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terça-feira, 15 de novembro de 2022

Sobre facilidade cognitiva/psicológica e motivação intrínseca//extrínseca

 I. Fulano GOSTA de matemática... primeiramente porque ele percebeu uma facilidade ou potencial para desenvolver suas capacidades nessa área;


II. Ciclano TEM FACILIDADE para se socializar com os outros... porque já apresentava traços de personalidade favoráveis à socialização;

III. Beltrano já passou em vários concursos públicos... não apenas por causa de seu esforço empregado nos estudos, mas também por uma FACILIDADE para memorizar o conteúdo das provas. Pois até mesmo uma motivação extrínseca, em que meios e fins ou objetivos não são os mesmos, também depende de uma percepção de facilidade ou potencial específico à atividade requisitada.  

Portanto, todo grande esforço ou motivação é antecedido por uma percepção de potencial intrínseco, que é o mesmo que "nível de facilidade de aprendizado" ou "engajamento". 

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Níveis de motivação intrínseca ou extrínseca são provavelmente determinados pela biologia

 ''A motivação extrínseca também é intrínseca...''


Piadas sem graça à parte, nossas motivações, de se fazer algo visando uma recompensa posterior ou tendo a própria ação como finalidade, não estão igualmente distribuídas para todos, porque alguns são mais intrinsecamente motivados que outros e vice-versa. Segundo que, nossos níveis de motivação, intrínseca e extrínseca, são biologicamente determinados, por não serem resultados da influência direta do meio sobre nós, se são características neurológicas, geralmente estáveis e provavelmente inatas. Por exemplo, a minha motivação intrínseca muito forte e dominante que tem determinado a minha obsessão diária pelos meus interesses especiais. Uma motivação intrínseca muito forte, tal como a que apresento, também pode ser sintoma ou sinal de transtornos, como o espectro do autismo.

sábado, 7 de maio de 2022

"Você é um vagabundo que não quer trabalhar"

 Auto análise do meu caso de inadaptação


Depois de um bom tempo sem conseguir encontrar trabalho e, na verdade, sem ter procurado muito também, eu tenho concluído que sou cronicamente dependente dos outros, inclusive quanto às minhas necessidades mais básicas, como ter o que comer e um teto para morar. Eu cheguei a fazer faculdade e tirar o diploma, mas como a profissão mais provável de exercer seria a de professor, declinei deste compromisso por incapacidade psicológica, específica ao mesmo. Então, desde que me formei tenho estado num hiato profissional, tradicionalmente falando, de não ter carteira assinada, com um emprego e um salário oficiais. Eu também comecei a escrever e considero essa atividade como algo além de "mera" recreação. De qualquer maneira, para os olhos de nossa sociedade, eu sou um fracassado vagabundo que não quer trabalhar. Até poderia ser alguém que, legitimamente, não quer trabalhar e, sejamos sinceros, pois se pudesse escolher, a maioria optaria pela "vida mansa", ainda mais se for para ganhar um salário baixo, com jornadas exaustivas e sofrer humilhações de "patrões" safados que só pensam em seus lucros. Mas eu gostaria mesmo de estar trabalhando para ganhar meu dinheirinho e poder ter mais autonomia.

Para mostrar que essa dependência crônica é mais complexa do que muitos pensam, talvez, não apenas no meu caso, eu vou listar abaixo os fatores que tem me impedido de correr atrás de um emprego.

Sem mais demoras, saiba por que eu não sou apenas mais um vagabundo que não quer trabalhar...

1. Timidez ou ansiedade social

Eu tenho essa tendência de me preocupar muito com a opinião alheia e, mesmo que tenha conseguido diminuí-la, não é algo que se cura por ser parte do meu jeito de ser. Eu sei muito bem que a timidez tende a limitar nosso rol de possibilidades, inclusive as profissionais, especialmente para os que são mais arredios. E, diferente do que é comum de se pensar, é muito difícil, se não impossível, "mudar" a própria personalidade. A minha timidez é uma maneira que a minha mente encontrou de me ajudar a [sobre]viver, principalmente em uma sociedade em que relações abusivas fazem parte da sua ''normalidade''.

Eu poderia acrescentar minha antropofobia, meu grande medo em relação à espécie humana, de sua capacidade, que parece infinita, de cometer crueldades.  

1.1 Baixa autoestima

A timidez também é um sinal de se ser menos autoconfiante. No meu caso, eu diria que a tenho de modo mais flutuante, com altos e baixos.

2. Gagueira

Não bastasse ser tímido, eu também sou gago, do tipo residual, porque consegui, por conta própria, controlar parcialmente minha gagueira, mas sem ter aprendido técnicas que poderiam fazer toda diferença. Tudo por causa de uma negligência inexplicável dos meus pais que, quando eu era criança e, depois, adolescente, jamais me levaram a um profissional de fonoaudiologia. Pois o estigma de ser gago é tão alto quanto o de qualquer outra desordem mental.

3. Perfil cognitivo discrepante

Meu perfil cognitivo pende de maneira significativa para as profissões das ciências humanas, onde as capacidades de se comunicar e interagir socialmente são muito importantes. Agora, junte a isso o fato de ser tímido e gago, o que me resta??

E não só isso porque, para passar em concurso público ou universidade, é exigido conhecimentos gerais e/ou capacidade de memorização, enquanto que o meu perfil é mais específico e forte no pensamento divergente no que no convergente. Eu ainda poderia citar minha alta capacidade racional que me faz mais propenso a entrar em conflito com os outros e suas crenças irracionais, e que, com certeza, não me ajudaria se fizesse ou fizer uma outra faculdade, se na educação superior a conformidade ao que é passado pelos professores, tal como na escola, é uma das regras implícitas mais básicas. 

4. Motivação intrínseca predominante

Desde que me conheço por gente, eu sempre busquei fazer o que quis e, principalmente, no âmbito intelectual, de estudar, "brincando" com os meus interesses especiais. Pois eles sempre dominaram a minha atenção de maneira significativa, mesmo quando eu tinha consciência de que deveria me dedicar a uma atividade extrínseca aos meus desejos para alcançar um objetivo desejável, por exemplo, de estudar (memorizar) para a prova de concurso público e tentar tirar uma boa nota.

5. Realismo ou maturidade filosófica

Imagine você ter cristalizado em sua mente que: dinheiro é apenas papel, que somos todos iguais, em essência, que não existe vida após a morte, que só existe essa que temos para viver, que a mentira não tem maior valia que a verdade...??

Combinando esse realismo com os meus descompassos, minha motivação para seguir as etapas normativas da vida em sociedade tem sido extremamente baixa. Minha incapacidade de tratar o mundo humano com respeito a ponto de me jogar em sua selva de regras estúpidas, ganância e hipocrisia, de normalizá-lo no meu cotidiano, tem me forçado a uma espécie de exílio parcial.

6. Transtornos e condições mentais

Além da ansiedade social, eu poderia citar outros transtornos nos quais eu estou mais perto de ser diagnosticado, mas não o suficiente, por não apresentar uma estereotipia clínica para nenhum deles. Autismo, personalidade borderline, TDAH... Se conseguisse pelo menos um diagnóstico, poderia usá-lo como álibi para mostrar às pessoas o porquê de não conseguir me adaptar, como a maioria delas, ou de incorporá-lo no meu currículo em branco, mas nem isso.

A conclusão mais plausível que eu posso chegar é a de que ninguém em sã consciência gostaria de estar sem emprego, sem qualquer perspectiva de futuro, dependente da caridade alheia, primariamente da família, e estigmatizado pelos outros, chamado de parasita, vagabundo, inútil...

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Inibição latente/subjacente, instinto e domesticação

O seu gato é mais distraído [que você] porque ele/ela é mais instintivo?? Ou pelo contrário, ele é, na verdade, muito concentrado!?

Maior o instinto, maior a inibição latente [instintiva] / maior concentração em relação ao próprio modo de sobre-viver.


Instinto = filtro perceptivo extremamente eficiente.

Neste sentido, por exemplo, crianças e adolescentes negros (preferencialmente) de periferia [mas também qualquer outro tipo que for efusivamente característico] seriam mais instintivos DO QUE distraídos /talvez sonhadores, porque tenderão a não prestar atenção nas aulas e porque estarão dando maior atenção a si mesmos, se maior o instinto, maior a motivação intrínseca generalizada [psicológica e cognitiva].



A inibição latente até poderia ser entendida como ''nível de eficiência estereotípica de comportamento instintivo'' porque no mundo natural qualquer distração genuína tende a ser fatal para a sobrevivência.


O instintivo, o sonhador, o distraído [legítimo] e o neo-instintivamente [domesticadamente] concentrado


O mais instintivo: alta inibição latente instintiva = presta maior atenção a si mesmo/ maior motivação intrínseca generalizada e basal, isto é, instintiva. 

Exemplo: o comportamento de qualquer ser vivo que não foi domesticado ou ''comportamento original''.

O mais sonhador: maior ativação do pensamento simulatório/imaginativo/especulativo em detrimento invariável [baixo a alto nível de intrusão ou concorrência] às ''tarefas'' do dia-a-dia resultando em uma maior atividade introspectiva e portanto maior distração em relação ao que se passa em dado momento em certo espaço ou situação. 

Exemplo: quando nós, os mais sonhadores, entramos em um estado de ''fluido ideacional'' e vivenciamos experiências diretamente advindas de nossas hiper-atividades introspectivas resultando em um desligamento temporário da realidade que nos circunda no dado momento e espaço.

O mais distraído: inibição latente instintiva e neo-instintiva/domesticada oscilantes = excesso de frequência em multitarefa, em relação ao seu comportamento de curto prazo.

Exemplo: quando uma pessoa pretende fazer duas tarefas ao mesmo tempo mas acaba sacrificando uma das duas, ou as duas, em termos de execução com qualidade ou precisão pretendida.

A longo prazo: apofenia invariável praticamente vitalícia em relação à macro-realidade.

O mais domesticado/neo-instintivo típico: inibição latente instintiva menos intensa que a inibição latente neo-instintiva; maior motivação extrínseca. 

Exemplo: quando uma pessoa internaliza uma série de comandos sem maior criticismo, e em especial quando é diretamente transmitido por seus ''superiores'.


Eu até mesmo poderia definir a inibição latente instintiva de inibição subjacente.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Toda inteligência pode também ser considerada como "emocional' porque se consiste no reconhecimento correto/reflexão minimamente correta de padrões ou

do COMPORTAMENTO de certo conjunto de elementos, abstratos ou reais.

E, no mais, GOSTAR de: ler, fazer contas ou resolver problemas matemáticos, ou manipular figuras geométricas, ou ver como que um dispositivo mecânico é feito por dentro, ou como que as pessoas se comportam enfim, TUDO ISSO precisa de um estado AFETIVO ou EMOTIVO [predominantemente] CONSTANTE de reciprocidade à empatia receptiva ou benigna/motivação intrínseca, porque do contrário as EMOÇÕES NEGATIVAS serão os resultados mais esperados.

Sim, sim, sim.

Paixão pelo que está fazendo = emoção.

O estado afetivo é uma constante onisciente em relação à cognição, ainda que possam existir/ocorrer assimetrias entre eles. 


quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Criativo contínuo: espectro e com intersecções entre a TDAH, as psicoses e o autismo [um ''pouquinho' de cada*]

Eu sou um quase-TDAH...

Eu estou a alguns poucos quilômetros de distância do espectro menos alargado da TDAH. Mais um pouco fervendo no útero de mamãe e teria nascido bem mais desatento e [mentalmente/e talvez fisicamente] hiperativo. Assim como a um típico TDAH, a minha imaginação é fértil e os meus impulsos instintivos fortes, predominantes, principalmente na parte cognitiva. Sou apenas motivação intrínseca nesse lado, de modo que, ''estudar'' algo do qual não gosto visando por exemplo uma prova de concurso público, se consiste em uma espécie de odisseia pra mim, quase que como tentar levantar uma pedra muito grande [como eu já comentei].

E eu também estou pertinho do espectro maior das psicoses...

Isso, portanto, significa que eu ainda não sou um ''esquizo-forme'': esquizo-típico, esquizo-afetivo ou esquizo-sei-lá-o-que-mais...

Sou mais paranoico que a média, mas creio eu que tenho uma maior proporção de razões racionais para sê-lo, e no fim, paranoias super-bizarras, eu, definitivamente, nunca tive. Por perceber mais padrões, por ser mais sensível a eles, também acredito que isso se consista em mais uma manifestação branda de minha condição como vizinho próximo da rua esquizo-mórfica. Sem falar de minha leve porém companheira ciclotímia. 

Portanto se tivesse de capengar em mais um novo delírio pseudo-aproximativo estatístico eu me compararia com o cidadão comum pagador-de-impostos desta maneira

[Pertinho ou já dentro do espectro maior do autismo*

Especialmente em relação aos interesses 'obsessivos'' e pensamento mais literal*]

De 0 a 1

0 a 0,3 baixo [definitivamente não tenho/não sou]
0,4 médio baixo
0,5 médio [maior amplitude, ser ou não ser, eis a situação]
0,6 médio alto
0,7 a 0,8 [definitivamente eu sou/tenho]

TDAH [sintomas e ''sintomas''] = 0,6 [eu]

TDAH típico = 1,0

cidadão comum = 0,3

Esquizofrenia/ espectro psicótico = 0,5 [eu]

Esquizofrênico típico = 1,0
Esquizo-típico/afetivo = 0,7

cidadão comum [brasileiro médio] = 0,3


Transtorno ou personalidade bipolar = 0,5 [eu]

Bipolar típico = 1,0
Ciclotímico = 0,7

cidadão comum = 0,2/0,3

Autismo/espectro largo do autismo= 0,5 [eu]

Autista típico= 1,0
Asperger= 0,8/0,9
Autista de alto funcionamento= 0,9

cidadão comum = 0,2


sexta-feira, 30 de junho de 2017

Nós ''não'' herdamos'' traços psicológicos, mas ''preconceitos'' cognitivos/e afetivos e mais um tombo...

Motivação intrínseca/ concentração intrínseca = instinto

Motivação extrínseca/ concentração extrínseca = redução do instinto/impulsividade/ espontaneidade comportamental x repensar e reorganizar/redirecionar a ação instintiva, geralmente que se consiste em uma gratificação pessoal mais longa ou indireta, que exige 'sacrifícios'' antes de ser [finalmente] executada.

"Gratificação atrasada" = motivação extrínseca


''Gratificação instantânea'' = motivação intrínseca

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Hiper perceptividade = curiosidade = perfeccionismo

O trajeto criativo e o porquê que nem todo curioso é lógico e/ou criativo (rápida e novamente os fatores conscienciosidade e abertura para a experiência)

Se eu percebo mais que os outros, claro que, dependendo para quê perspectiva que estiver falando, então eu vou ser, muito provavelmente, mais sensível ao ambiente/às suas interações, isto é, o meu cérebro ''filtra'' menos as informações OU internaliza, superficialmente, a priore, mais informações, transformando a minha ''memória de curto prazo'' em uma espécie de ''playground'', sacrificando a sua eficiência operacionalmente convencional, mas por outro lado, pendendo a compensar com base em insights criativos. 

Se eu percebo mais que os outros, então eu posso me tornar mais curioso em relação àquilo que estou percebendo.

E se percebo mais e me torno mais curioso, então eu também posso perceber mais incongruências, corretamente percebidas/factuais ou não, do que as outras pessoas.

Faça esse experimento. Olhe para uma das cadeiras que estão na sua sala de estar. Primeiro você terá uma motivação, um motivo para olhar para uma cadeira. Segundo, você, ao invés de desprezá-la como a maioria faz em relação às ''coisas banais'', irá se aproximar dela, capturando os seus padrões gerais, que podem ser visíveis mesmo a partir de uma certa distância, e possivelmente poderá também começar a capturar as características que estão menos explícitas. Dependendo de suas características psico-cognitivas você pode começar a pensar em novos designs para essa cadeira, como que ela poderia ser reconstruída ou modificada. Se você for: um especialista em carpintaria ou mesmo em arquitetura e por tabela, mais criativo que a média, é possível que chegará finalmente a de fato trabalhar em um novo design. E se for muito criativo, ao nível de gênio, tendo ou não talento nessa área, mas especialmente se o tiver, então é possível que as chances de pensar em/ e de construir um produto completamente novo serão significativas. 

Como eu já devo ter falado a hiper-sensibilidade cognitiva/geralmente atrelada à psicológica [que aliás, estou para publicar um texto voltando neste assunto, sobre essas supostas diferenças...] ou hiper-perceptividade, leva à curiosidade/''abertura para a experiência'', que pode levar ao perfeccionismo. Mas a partir daí, para ''continuar nessa viagem'' de maneira bem sucedida há de se ter maior conscienciosidade, especialmente em relação à: humildade intelectual, honestidade intelectual [que também são facetas do autoconhecimento], geralmente de natureza especializada, enfim em relação à algumas de suas facetas. 

Portanto para frisar de maneira conclusiva: maior motivação intrínseca/psicológica + hiper-sensibilidade/perceptividade cognitiva [maior hiper-excitabilidade especialmente a intelectual ou ''abertura para a experiência'' ] **= maior atenção a detalhes = maior curiosidade = + algumas facetas importantes da ''conscienciosidade'' = perfeccionismo = potencial criativo [lógico-divergente a transcendente].

** Eu não tenho plena certeza se uma maior motivação intrínseca, isto é, de natureza psicológica, seja causal ou simplesmente a mesma coisa que uma maior hiper-sensibilidade cognitiva. Partindo do fato que uma maior motivação necessariamente não resultará em um maior talento, por ser dependente de outras variáveis, por exemplo, o autoconhecimento [específico], então acredita-se que a motivação intrínseca inevitavelmente desencadeará uma maior sensibilidade cognitiva/apreensão de padrões. O que difere um mal cantor de um excelente cantor não é exatamente ou sempre porque o primeiro tem pouca motivação ou interesse em cantar, mas é porque ele não tem uma maior sensibilidade cognitiva e mais especificamente autoconhecimento o suficiente para poder se comparar aos outros, julgar a qualidade da própria voz e com isso buscar melhorá-la, isto é, denotando ao menos neste aspecto, maior honestidade/ não se enganar] e humildade/ aceitar as próprias limitações] intelectual. Até poderíamos pensar se o que difere um sub-talentoso ou mesmo um indivíduo sem-talento, de um talentoso, não seria justamente, ao invés de uma maior motivação intrínseca para cantar, uma motivação extrínseca, tal como o artista que está em busca da fama mas não do desenvolvimento e consumação do seu talento. Preocupado demais em ser aclamado, este indivíduo hipotético [porém muito comum entre as celebridades] daria pouca atenção a si mesmo, via introspecção, e também via extrospecção, comparando-se aos outros, buscando lapidar algum potencial que possa ter. Como aquilo que já comentei: pessoas regulares costumam ser nem muito introspectivas, nem muito extrospectivas. Os cientistas seriam mais extrospectivos/menos mentalistas enquanto que os artistas seriam mais introspectivos/mais mentalistas, ainda que ambos seriam também mais propensos a variarem mais neste espectro enquanto que o tipo intelectual comum seria mais regular ou constante em sua ''posição''. E ainda temos os filósofos [especialmente os de fato] que seriam tal como o indivíduo regular, meio termo entre a introspecção e a extrospecção, mas pendendo a variar tanto quanto os artistas e os cientistas.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Conjugação motivação intrínseca e talento. Como identificar um "estupido universal", uma pessoa comum e um talentoso??

Não sei se já comentei sobre isso mas vamos lá 

Resolvi me concentrar apenas nos tipos mais evidentes ou marcantes

Motivação intrínseca (proxy para especialização) x versus nível de talento


Tipo 1: motivação intrínseca mediana x talento mediano 


A maioria das pessoas dependendo do país [mas, geralmente todos ou a grande maioria]

Tipo 2: motivação intrínseca alta x talento baixo

O famoso ''estúpido'' [estúpido universal] que está provido de déficits severos em autoconsciência/meta-cognição.

Neste grupo ainda podemos encontrar aquele que, parece, concentrar-se em suas forças só que também as exagera, resultando em uma espécie de pseudo-talento baixo, isto é, transformando as forças em fraquezas, justamente por causa da deficiência em meta-cognição. E também teremos aquele que de fato confunde as suas fraquezas com as suas forças, denotando níveis ainda mais severos de autoconhecimento/auto-entendimento, o famoso ''cantor de chuveiro'' que resolve passar vergonha em programas de tv especializados, geralmente em relação à qualidade do canto.

Tipo 3: motivação intrínseca baixa x talento alto

O ''talentoso [em potencial] preguiçoso''

Este também pode ser um caso de baixa autoconsciência/meta-cognição porque existe a necessidade da reciprocidade, ou não, em relação à potencialidade que de fato possa ser muito desenvolvida, de maneira que, também é possível e esperado que alguns [ou talvez muitos] indivíduos sejam mais de um tipo, por exemplo, sendo ''preguiçoso' ou 'sem ter conhecimento'' quanto a um real potencial de desenvolvimento e no entanto com foco naquilo que não tem muito talento ou mesmo que definitivamente não o tem. Exemplo, um compositor fraco mas que se tivesse maior interesse conseguiria se tornar um ótimo instrumentista, claro, partindo da lógica que este tipo de conjugação não seja apenas possível de existir mas que também não seja muito rara.

Ainda poderia pensar no tipo ''motivação intrínseca alta x talento mediano'' para explicar aquele que acaba se tornando muito focado em um assunto ou tarefa, mas que não consegue ir além, limitando-se, a priore, à sua memorização superficial. Como sempre o bom senso [intrapessoal] delimitará a fronteira entre saber e não saber os próprios limites.



domingo, 27 de novembro de 2016

A maioria das pessoas neurotipicas...



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Fonte: café sem pó

... são capazes de ficarem concentradas ou mesmo de dedicarem suas vidas por longo tempo à tarefas extrínsecas ou que não estão profundamente conectadas a si mesmas.

As pessoas mais criativas (e/ou criativas contínuas) são quase que organicamente incapazes de fazer o mesmo porque fazem especialmente aquilo que tem vontade, portanto, são intrinsecamente motivadas, de maneira considerável e geralmente a curto prazo ou de momento, no caso das ''criativas contínuas'' ou que se dedicam a projetos de longo prazo, no caso das ''criativas descontínuas''. 


Eu já falei sobre este assunto mas nada como uma imagem como esta acima para ilustrar perfeitamente o meu pensamento.

sábado, 5 de novembro de 2016

''Efeito Flynn'' em termos intelectuais** A secularização do Ocidente tem feito as pessoas artificialmente mais inteligentes, em termos intelectuais/culturais*




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Fonte: pinterest


As pessoas são intelectualmente preguiçosas ou demasiadamente comodistas. Ao invés de procurarem, via curiosidade, pelas melhores análises e julgamentos da realidade, internalizando-as em seu cotidiano, elas tendem a esperar, tal como bebês de colo, que as informações e/ou ordens sejam trituradas e passadas pra elas, independente de suas qualidades, tal como papinha dada à criança recém nascida. 

Percebe-se que a maioria dos seres humanos não são nem de intelectualmente interessados, nem de intelectualmente obcecados.

 O nível de motivação intrínseca e dedicação quase que diária ao conhecimento, em especial aquele que for mais concreto, mais relacionado com o mundo real, encontra-se abruptamente reduzido em uns bons rincões de humanidade, enquanto que a obsessão intelectual, que se consiste em uma manifestação consideravelmente característica da inteligência, em seus níveis mais desenvolvidos, encontra-se praticamente reduzida à uma minoria de seres humanos. E entre o torpor intelectual das ''massas'' e a curiosidade insaciável de uma minoria, nós temos uma classe-tampão de ''intelectualmente interessados'', que combinam parte da psicologia do primeiro com a do segundo grupo, geralmente as massas ''de'' QI razoavelmente alto (a muito alto) que povoam as universidades.

 Portanto, sem mudanças culturais, a partir da base, a maioria das pessoas serão fortemente propensas a se conformarem, e mesmo com as mudanças, dependendo do grau de vantagem que a nova onda de conformidade poderá propiciar à elas, uma maioria em potencial se adaptará à nova roupa do rei, sem qualquer substancial escrutínio, este que tende a se dar via introspecção, quando debatemos com nós mesmos sobre as crenças que internalizamos, isto é, que se consistem em diálogos internos.

Temos visto grande transformação na cultura e nos pontos de vista do ''senso comum'' em especial no Ocidente em que no início do século XIX, a maioria das pessoas, especificamente na Europa e na América Anglo-saxônica, tinham como ''fonte de conhecimento'' a religião cristã. Com a secularização progressiva houve uma redução dramática do domínio da narrativa cristã sob o senso comum das massas. A partir do momento em que um conjunto de ideias baseadas em uma mistura vulgar de pensamento mágico e pensamento naturalista (religião) foram sendo substituídas por um conjunto de ideias mais enraizadas no mundo real, e portanto mais ''científicas'', as pessoas em média foram se tornando em receptadoras e agentes de ideias menos fantasiosas, em outras palavras, de mais intelectualmente inteligentes. Claro que esta mudança não foi completamente direcionada para um sentido ideal, e que, é provável que não tenha se traduzido em melhorias orgânicas/mentais entre os seres humanos expostos a essas mudanças. 

Por exemplo, o percentual de pessoas, menores de 25 anos, que ''não acreditam em Deus'', na Islândia, segundo pesquisas recentes, atingiu um valor bastante significativo. Isso significa que os islandeses se tornaram mais intelectualmente inteligentes**

 Artificialmente falando, pelo que parece, sim, porque pelo fato de ''terem'' substituído o besteirol cristão por algo menos fantasioso, pôde-se constatar que eles tem se tornado mais intelectualmente inteligentes ou que as novas gerações tem se tornado mais intelectualmente/filosoficamente (culturalmente) inteligentes. No entanto, essas macro-comparações vagas dizem pouco em termos de idealidade assim como também de mudanças intrínsecas, isto é, o aumento de uma maior precisão intelectual/moral pode não ter tido como resultado um igual aumento na qualidade psico-cognitiva intrínseca ou genotípica, em outras palavras, que a secularização nesta sociedade não foi acompanhada por um salto qualitativo de inteligência genotípica, que as pessoas tenham se tornado organicamente mais inteligentes, mas aparentemente. 

As pessoas nascem dentro de um certo ambiente, bastante secularizado, e não são inculcadas desde cedo a seguirem qualquer religião. No entanto, tal processo de secularização tem acontecido em todo Ocidente e eu acho que é comum que os jovens sejam mais propensos a serem descrentes e que ao longo do tempo o torpor típico das pessoas médias acabe assentando esta euforia e cinismo juvenis. Eu acredito que as pessoas médias, justamente por serem médias, encontram-se mais adaptáveis a essas mudanças culturais, enquanto que é claro que aquelas que estiverem sendo mais favorecidas por essas novas ondas de conformidade/senso comum, é provável que exibirão características intrínsecas (intrinsicabilidade) mais naturalmente/biologicamente dispostas pra este caminho, por exemplo, no caso de se ser mais intensamente ateu e/ou agnóstico em relação à secularidade da ''modernidade''.

Isso significa que precisamos pensar o quão plásticos estamos em relação às nossas crenças religiosas e eu acredito que esta particularidade obedecerá à regra geral dos comportamentos, isto é, que todos nós teremos uma plasticidade individualmente limitada de comportamento, que variarão individualmente em termos de intensidade, e que será mediado por interações com o ambiente, baseado na maneira com que o mesmo se apresenta e em que como respondemos a ele.

O aumento do número de filhos que nascem de pais mais velhos, presume-se, mais mutantes,  pode ter um efeito real/biológico em larga escala nessas mudanças culturais. Aumento no tamanho do cérebro** Conjecturas... 

O que sabemos por agora é que, quando os centros de inculcação cultural mudam as suas narrativas, a maioria das pessoas tendem a mudar também, para acompanhar os seus rebanhos. Ateus e agnósticos verdadeiros são raros. No entanto, eu acredito que a inculcação cultural anti-religiosa desde cedo e generalizada pode fazer um monte de gente normal (que segue normas) e média internalizar narrativas mais científicas e ou corretamente filosóficas, ainda que tendam a fazê-lo de modo superficial. O que também é bastante perceptível é o processo de esquerdização das narrativas culturais mais proeminentes, que em outras palavras significa: ''troca de pele'' cultural, da religião para a ideologia. A ideologia geralmente se passa como mais científica ou como mais filosoficamente correta, do que a religião, que já se consiste em sua metamorfose final, em sua imposição generalizada. Em outras palavras, toda religião nasce como ciência ou filosofia, se transforma em ideologia por um tempo e termina exatamente como religião, isto é, o nível de força de sua imposição cresce de acordo com que perde o seu brilho/encanto inicial e mentiroso. 

Portanto pode-se dizer que a maioria dos jovens islandeses não são ou se tornaram exatamente em pensadores racionais até mesmo porque é provável que sejam ou que se tornem ''progressistas'', ''globalistas'' ou ''esquerdistas''. Eles estão mais racionais, é verdade, mas não são, pelo que parece, por definitivo racionais, em constância, qualidade ou precisão de julgamentos equilibrados e factualmente corretos. Percebe-se que muitos deles simplesmente estão sendo inculcados na ideologia globalista/esquerdista. 

Se perguntarmos às pessoas que nasceram no início do século XX sobre uma série de questões morais/filosóficas, é provável que a maioria nos dará respostas moralmente questionáveis, que foram embasadas em pontos de vistas religiosos, enquanto que se fizermos o mesmo experimento, e de preferência com uma farta amostra representativa, só que com jovens, é provável de termos uma maior proporção de respostas mais moralmente corretas, que foram baseadas em algum conhecimento científico ou filosoficamente/moralmente correto -- preciso. Por exemplo, a homossexualidade é pecado condenado por Deus versus a homossexualidade encontra-se presente em várias outras espécies além da humana e portanto é um comportamento natural.

Por outro lado todo o conhecimento naturalista, muitos que foram embasados e expressados em/como pré-conceitos minimamente corretos, porém vulgarmente generalistas, que era a regra, juntamente com a metafísica bondade cristã, nos tempos de nossos bisavós, tem sido perdido, justamente para o incremento na parte da moralidade objetiva. Tira-se de um lado, coloca-se em outro. Por exemplo, as raças humanas existem e [todos] os negros são menos inteligentes que os brancos versus as raças humanas não existem especialmente por causa do legado moralmente equivocado deste termo em relação aos seres humanos e aos seus direitos ... e ... os negros não são menos inteligentes que os brancos porque as causas para essas disparidades são as diferenças ambientais e o racismo do grupo mais forte/opressor, isto é, dos brancos.

Enquanto que o sábio genotípico ou intrínseco tenderá a aceitar os dois conjuntos de concepções, naturalista e moral, e os melhorará em demasia, ou ao menos tentará fazê-lo, o ser humano comum, normal, que segue normas, e médio, tenderá a ser persuadido de maneira subconsciente a seguir um dos modelos parciais e superficialmente corretos de entendimento e de interação com o mundo, resultando em algumas dessas vampiras que já tanto falei: cultura, religião ou ideologia. Uma menor compreensão sobre os próprios mecanismos de operacionalidade ou comportamento também quer indicar uma maior vulnerabilidade para acatar as necessidades irreflexivas do próprio ego, e de acordo com a profusão de ideias, pensamentos e diretrizes que estão sendo constantemente despejadas dentro das sociedades humanas, especialmente das mais complexas, produzindo, e a nível individual, aquilo que chamamos de co-evolução cultura e genética/biologia. Isto é, as pessoas vão sendo selecionadas para certa cultura, se houver reciprocidade ''benigna' entre ambas as partes. 

Portanto como conclusão, por agora, percebe-se claramente uma melhoria a nível superficial do ''senso comum'' no que se refere à moralidade objetiva/proporcionalidade comportamental, mas por outro lado, percebe-se uma perda cultural de todo o conhecimento naturalista acumulado, expressado por meio de ''pré-conceitos'' ou seria melhor, generalizações sobre as diferentes nuances do comportamento humano, ainda que generalistas e minimamente corretos. 

Vamos ficar todos bonzinhos e super-mega-ultra compreensivos. 
...

Isto quer indicar que com o deslocamento da narrativa oficial, a partir de um epicentro religioso/cristão, para um epicentro científico/secular, houve uma melhoria relativa na qualidade das informações, ideias, pensamentos e diretrizes que são socializadas, e com isso podemos concluir previamente que as novas gerações foram se tornando mais intelectualmente inteligentes, em comparação às gerações mais antigas, mais inculcadas com pensamento religioso, ainda que tal melhoria foi apenas a nível muito superficial, porque ao invés de uma completude no pensar e agir, que faria com que melhorássemos os pontos válidos, predominantemente de natureza naturalista, que eram parte do senso comum há 80, 90 anos atrás, o sistema sócio-cultural ocidental tem apenas deslocado o seu epicentro, da religião para a ideologia, e com segundas intenções, pois embutido à religião, ao velho epicentro cultural, encontra-se o conhecimento naturalista, e este tem sido ostensivamente atacado, sendo tratado erroneamente (e propositalmente))))) como o oposto da moralidade objetiva, que também tem sido superficialmente trabalhada, e novamente, com segundas, terceiras, quartas intenções maquiavélicas. 


Resultado de imagem para cobertor curto

Fonte: Equilíbrio e Família

Puxou para um lado, mas tirou do outro lado. 

''(d)Efeito Flynn'' = melhorou superficialmente no quesito intelectual/moral, piorou no quesito naturalista.


quarta-feira, 11 de maio de 2016

O (real) lunático e o gênio, a grande distância entre as suas motivações intrínsecas (bom senso pessoal) e motivações extrínsecas (senso comum pessoal)





Os gênios criativos (e os de outros tipos, como eu já propus em um longínquo texto do velho blogue) fogem ao ''senso comum'', em busca de seus bons sensos personalizados, isto é, mergulham ''dentro de si mesmos'', tomados por uma obsessão, geralmente específica, sobre determinado conhecimento e passam a desenvolvê-la, mesmo ao ponto de alcançar o Olimpo da originalidade de alto nível, dando-lhes o merecimento deste rótulo.

Como resultado, a distância entre as suas obrigações mundanas ou extrínsecas (extrínsecas ao ser, ''de fora''), ou senso comum, e as suas obrigações existenciais (espectro do desenvolvimento pessoal ou talento) ou intrínsecas, tenderá a ser ou a se tornar significativa, porque ao priorizar pelo desenvolvimento intrínseco, só que direcionado para um certo campo do conhecimento humano, acabará por sacrificar uma boa parte de suas obrigações/vantagens ''mundanas''/evolutivas, tornando-se potencial-a-exponencialmente alienado às convenções quase sempre grosseiras do ''senso comum''.

Algo parecido acontece com o verdadeiro lunático, que ou aquele que, tomado por uma grande energia ou motivação, igualmente intrínseca, passa a lutar por seus objetivos, infundados, potencialmente equivocados ou mesmo, grosseiramente equivocados, e também se tornará cada vez mais alienado ao senso comum ou mesmo, irritável à sua (constante) exposição. E claro que o mesmo tenderá a acontecer com os gênios criativos no que diz respeito à crescente irritabilidade, ao serem constantemente expostos à ignorância ecoada pelas massas espacialmente dominantes.

A partir desta obsessão  pelo próprio desenvolvimento psico-cognitivo, geralmente direcionado a um domínio específico, gênios e (verdadeiros) lunáticos (orgânicos e intensamente ativos no alimento de sua loucura ''iluminada'') é muito provável que produzirão respectivamente, realizações criativas retidas de uma originalidade profunda e/ou sutil, úteis ou disfuncionais.

E por outro lado, nós vamos ter a maioria das pessoas, cujas motivações intrínsecas e extrínsecas estarão mais ou menos emparelhadas entre si, resultando em um padrão existencial de vida conformado com as ''obrigações'' semi-cativas que caracterizam a organização do trabalho na maior parte das sociedades humanas.

A fuga do senso comum, poderá ter 3 caminhos centrais e espectralmente largos ou diversos:

- em busca pelo bom senso ou espectro da sabedoria (e personalização perfeccionisticamente espelhada na realidade percebida),

- a fabricação de um senso existencial personalizado, como pode acontecer com muitos tipos de criativos e com isso, deixá-los mais próximos do ''senso pessoal psicótico'',

- a fabricação de um senso existencial personalizado e consideravelmente avesso aos fatos ou à realidade logicamente percebida.

Escusado será dizer que o próprio senso comum encontrar-se-á próximo dos sensos pré-fantasiosos e psicóticos, por esboçarem a subjacência de uma tolerância e mesmo ativo engajamento em direção à ''realidades'' antropomorficamente manipuladas ou que fogem ao mundo real.



domingo, 3 de abril de 2016

Hipótese (sempre amadora): a natureza balanceada ou andrógena do cérebro criativo. E a continuação do debate sobre a suposta maior intuição da mulher



Foco de homem, emoção e intuição de mulher.


A criatividade, como eu já comentei, apresenta um processo que começa fundamental ou predominantemente intuitivo e termina predominantemente lógico-a-racional. Isto é, primeiro é necessário ter ideias criativas, depois é necessário usar a lógica e trabalhá-las. Este é o toque de gênio que diferencia ideias boas mas soltas ou mal trabalhadas com ideias/argumentos de qualidade. A lógica também funciona para peneirar excessos ou faltas e para direcionar o andamento desta construção ideacional. Primeiro, é necessário pensar ''como mulher'', depois, é importante ''agir como um homem'', grosseira e generalizadamente falando.

Portanto, é necessário a emoção (motivação) e a intuição mais desenvolvidas, como acontece com a típica mulher (feminina, como diria a Chilindrina) e a maior disposição para o foco ou especialização, mais desenvolvido no homem neurotípico (e hiper-desenvolvido entre autistas, para coisas, e anti-sociais, para seres coisificados) 

A imagem que ilustra este texto e que eu já usei em um texto anterior, parece perfeita para mostrar como que o cérebro criativo se caracterizaria a partir deste ponto de observação comparativa que foi proposto pelo desenho. O típico criativo teria um cérebro mais balanceado, mais simétrico e portanto com fraca ou menor lateralização, como acontece com o cérebro ''tipicamente'' feminino  (e com os cérebros que expressam transtornos comportamentais e/ou de operacionalidade). No entanto, ele também apresentaria uma tendência para o foco, o típico padrão masculino, mais assimétrico, concentrado, especializado. Até poderíamos pensar na expressão criativa como um produto integrado dos dois modelos de cérebro. Cérebros mais balanceados, a priore, teriam um pouco das vantagens e desvantagens de ambos os modelos mais específicos, ou seja, seriam mais andrógenos.

Recentemente, um estudo realizado em vários países (ou que compilou estudos realizados em vários países) encontrou que as mulheres são bem mais propensas a serem religiosas do que os homens que por sua vez estão mais representados entre aqueles que declararam não ter qualquer religião. O padrão autismo-personalidade anti-social= ateísmo/lógica= masculino e esquizofrenia/distúrbios de humor/psicoses= religião/intuição= feminino, estão fazendo muito sentido aqui!!

Também é interessante pensar se a maioria das mulheres que se definem como ''não-religiosas'', ateias ou agnósticas, não possam na verdade abraçar subconscientemente teísmos e especialmente as ideologias, a ''evolução'' da ''religião'' e que um dos fatores-chave para este comportamento seja exatamente a natureza neurobiológica de seus cérebros, em média.

Em outras palavras, as mulheres que são verdadeiramente ateias ou agnósticas deve ser raríssimas, bem mais que os homens de igual natureza.



As mulheres são mais intuitivas***



Graças ao meu amigo Mister X, eu consigo entender melhor esta máxima e até concordar parcialmente com ela. Sim, as mulheres estão mais naturalmente engajadas no pensamento intuitivo. Mas, este fato torna prolífica a probabilidade de cometerem muito mais erros lógicos do que os homens, porque elas tenderão a confiar mais na intuição do que na lógica (e posteriormente, racionalidade). A intuição sem foco tende a resultar em problemas de lógica e posterior racionalidade. Não está totalmente errada, mas também não está alguns anos-luz de um produto completo do pensamento racional/sábio. E a intuição feminina parece se dar, de acordo com os meus conhecimentos extremamente rasos em neurociência, justamente por causa desta maior interação entre os dois hemisférios cerebrais, e também por causa do maior acesso ao hemisfério direito onde algumas características tipicamente femininas repousam como a emoção e os padrões de funcionamento são mais randômicos.



sexta-feira, 11 de março de 2016

Intuições criativas dos gênios e outros vícios de virtudes



A intuição dos gênios criativos é um processo de internalização profunda de certa informação ou conhecimento (como eu já mostrei de outro ângulo neste texto) em que ocorre a mistura de identidades do ser e da coisa que está sendo escrutinada. É um processo simultâneo de coisificação e humanização que produz o estado mental apto para explodir em uma grande densidade de ideias criativas. De fato, o gênio se apaixona por seu objeto de interesse e o mesmo passa a fazer parte de sua identidade essencial.

Ao falar e pensar sobre as suas ideias o gênio está a pensar sobre si mesmo.

O neuro-típico tende a internalizar de maneira (mais) rasa as informações que lhe chama a atenção, mantendo bem demarcadas as fronteiras entre a sua identidade, do ser, em relação ao fenômeno de maior interesse momentâneo ou de longo prazo. 

O conhecimento preferido passa a fazer parte da identidade do gênio e de outros virtuosos. Mas não é o bastante porque algo parecido costuma acontecer com muitos monomaníacos. O que diferencia esta mistura de identidades de talentosos, monomaníacos sem potencial de talento e os gênios é que os últimos são capazes de expandir as áreas de seu conhecimento, isto é, eles não se tornam fãs devotos, mas em parte do conhecimento de melhor estima, no nível mais alto de empatia, isto é, colocar-se no lugar ''da coisa'' a ser observada, de sê-la, e pensar em novos meios de se vê-la. 


Portanto, em ordem crescente de virtuosidade criativa, nós temos os fãs comuns, no nível mais baixo desta cadeia hierárquica intelectual, os monomaníacos com interesses de natureza intelectual (filosofia, ideologia, religião ou artes) ou cognitiva (matemática, biologia), os monomaníacos com motivação intrínseca para manipular os seus objetos/coisas de interesse, isto é, os tipos mais talentosos, neste nível, a adoração começa a ser substituída pela empatia completa, isto é, se ver como o objeto, sem fronteiras entre o ser e a coisa. Por último nós vamos ter obviamente os gênios criativos, que perpassam o limite da adoração (proxy para fanatismo), ou 'empatia parcial' (no sentido empático), e a partir do momento em que caem de amores por um objeto de interesse em particular, passam a criar laços consistentes e permanentes de constantes internalizações, uma espécie de cognitofagia.


Qualidade (sábio) versus quantidade (polímata)


O acúmulo de conhecimento do sábio não se dá especialmente a nível quantitativo, que resultaria em um polímata, mas a nível qualitativo e como acontece com o gênio, esta relação que é profundamente impactante, passa a exigir do sábio a melhoria constante de sua abordagem em relação ao mundo, isto é, que sempre se auto-ajuste em prol da sabedoria, em busca do caminho da iluminação, do sentido e do valor da vida.



A intuição é o estado completamente oposto da ansiedade

A extrema auto-sincronia intelectualmente produtiva

Quando nos tornamos ansiosos seja na procura por um certo objeto ou para que algo aconteça, geralmente, por causa desta tentativa de dominar o tempo, o que mais desejamos simplesmente não se expressará, seja para encontrar uma caneta ou para esperar, por exemplo, por um grande amor.

A fluidez da vida é um dos grandes mistérios da existência, e a intuição aparece como a inteligência/pensamento que está conectada neste ritmo sereno e constante, um processo extremamente poderoso que tem sido essencial para a humanidade, para o seu bem ou para o seu mal. 

Ao nos vermos destituídos de uma constância instintiva de comportamento, ao mesmo tempo em que abrimos espaço para o pensar reflexivo, paradoxalmente, parece que também fechamos a válvula que nos possibilidade criar por meio do instinto, algo que poucos seres humanos são capazes de fazer a um nível impressionantemente novo e de qualidade.

O ser humano parece ter percebido o valor dos defeitos e é isso que nos faz tão distintos.


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O papel da perspectiva existencial para a criatividade



A Perspectiva existencial é a arquitetura do existir, que se faz por meio da sobreposição de bio-variáveis em conluio com o meio de vivência e/ou fatores ambientais únicos (macro, decisivos e/ou estruturais). 

As bio-variáveis se sobrepõem hierarquicamente umas às outras como castelos/arquiteturas de prioridades existenciais/transcendentais, produzindo modos de atuação que tendem a ser lógicos/recíprocos à essas "necessidades vitais". 

A maioria das pessoas tendem a apresentar mais similaridades de operacionalidade entre si do que diferenças e esta realidade caminhará para produzir as tão odiadas massas ou coletividades. 

Das minorias que exibem os modos mais singulares nós vamos ter os criativos e quanto maior ou mais constante for a influência da criatividade no comportamento/ato de existir, mais únicas serão as suas perspectivas existenciais. Escusado será dizer que não basta estar singularmente localizado dentro do ambiente evolutivamente compartilhado para ser muito criativo, mas principalmente, que esta situação seja acompanhada por predicados que possam incrementar a autopercepção de singularidade, como uma maior inteligência intrapessoal


Talvez a própria criatividade já possa ser pré-concebida enquanto uma arquitetura bio-existencial "e' cognitiva incomum que resulte em intuições novas e de qualidade, a base primordialmente conceitual deste fenômeno.

Metaforicamente falando é como se  a maioria das pessoas estivessem em posições ou localizações discretamente distintas entre si, enquanto que os tipos mais singulares pudessem ser encontrados em localizações completamente discrepantes, via perspectiva existencial


Localizações distintas produzem campos de visualização ou perspectivas distintas e quanto mais singular, mais interessante, novo e potencialmente útil será.... e novamente, se for acompanhado pela ''bio-aparelhagem'' necessária. Não basta ''ter'' ou ''estar'', também é preciso ''ser''.

Os mais similares interpretam a realidade de forma potencialmente parecida e a cultura aparece como uma maneira de reuni-los sob bandeiras transcendentais homogêneas, que melhor lhes apetecem. 

Os mais criativos são, primeiramente, como aves raras e a possibilidade que o fenômeno das massas possa afeta-los será potencialmente pequena se o ápice da criatividade e especialmente da personalidade criativa nada mais será do que o extremo senso de individualidade (não confundir com individualismo). 


O verdadeiro gênio criativo ou auto-criativo é a anti matéria do conformista coletivista

Somos movidos por intuições. Os nossos cérebros operam de maneira intuitiva, distribuindo funções por meio de um falso-ponto cego ou aleatoriedade relativa. É por isso que muitas vezes (na maioria das vezes) agimos de maneira instintiva e emocional. Muitas vezes seremos muito mais reativos do que reflexivos, isto é, de estudarmos as nossas próprias reações. O que difere uma epifania criativa de um cotidiano normal de operacionalidade cerebral ou "convergente", é a sua novidade e não necessariamente a sua natureza intrínseca ou orgânica. 


O gênio criativo, "alienado" dentro de seu casulo singular de percepções, dará grande prioridade a sua maneira única de entender o mundo, produzindo novas ideias e/ou associações, enquanto que os neurotipicos recuperarão as suas internalizações e/ou memórias de maneira intuitiva, porque afinal de contas, poucos tem o hábito de pensar sobre os próprios pensamentos e muito daqueles que o fazem ainda se dará via intuição. Não sabemos como que nossos pensamentos chegam tão rápidos até nós. (isso se existirem gagos mentais...) Recuperamos internalizações para atuar no mundo a todo momento, isto é, usamos nossos crescentes arcabolsos perceptivos, filtrados por nossas respectivas formas ou bio-variáveis (bio-arquitetura).

O criativo é aquele que, ao invés de apenas recuperar lembranças, também produzirá nova matéria prima para que mais lembranças e/ou conhecimentos possam ser coletivamente internalizados e aproveitados dentro dos ambientes humanos, mas primeiramente por eles mesmos.

O gago pensa sobre a própria fluência e em como que ela poderá ser expressada, pensa em sua operacionalidade mecanica ou técnica. 


"Eu vou falar assim " eu quero comprar uma barra de chocolate" "

Ele ensaia como que irá falar na débil tentativa de prevenir que gagueje, pois acredita que o modo de pensar humano nao tende a ser puramente reativo

O criativo pensa em ideias que nunca foram pensadas. O neurotípico pensa em ideias que foram compartilhadas, apesar de ter alguma disposição individual e invariavelmente fraca para produzir novas ideias. 

Da mesma maneira que pensamos sem ter ideia de como o fazemos, que se dá intuitivamente, o mesmo acontece com a criatividade. E na minha opinião o fator chave que explica o porquê dos criativos e especialmente os mais geniais, se diferenciarem em relação aos tipos neurotipicos não será apenas por causa de seus estilos cognitivos, que podem ser demonstrados por seus cérebros, mas também por causa de suas perspectivas existenciais singulares, que também explicam as motivações (interesses) intrínsecas ou prioridades evolutivas/existenciais/transcendentais incomuns.

Resumindo, o gênio criativo é como um superdotado (ou um  ''muito' inteligente) mas existencialmente direcionado para prioridades incomuns, que serão ricas em novas percepções e muito mais detalhistas quanto às nuances da realidade (consciencia estética) do que em relação aos zumbidos repetitivos das colmeias humanas.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Tentativa para explicar a inteligência autista e do espectro subsequente dos "intelectualmente/cognitivamente obsessivos" em comparação com os neurotipicos



Uma ginasta profissional tende a gastar 8 horas por dia ou mais treinando para se aperfeiçoar no esporte

A prática leva a perfeição. E claro, motivação intrínseca ou reciprocidade natural pelo que se está fazendo ( gostar de verdade), talento ou potencial  e vantagens biológicas são essenciais para que esta máxima se torne consideravelmente verdadeira. 

Por que não pensar o mesmo para a inteligência??? 

As pessoas mais cognitivamente e/ou intelectualmente inteligentes gastam muito mais tempo estudando sobre os seus interesses específicos. 


Eu já defini as diferenças entre os intelectual/cognitivamente interessados e os intelectual/cognitivamente obsessivos. Ter interesse é diferente de estar ou ser obcecado

Eu posso ter interesse pela ginástica artística, como de fato eu tenho, acompanhar as competições, saber um pouco sobre as ginastas mais importantes, saber um pouco sobre a história do esporte e sobre as regras de pontuação e exercícios. Mas alguém que desenvolveu uma obsessão pelo esporte é muito provável que acumulará um conhecimento muito mais amplo e correto do que o meu

Ainda que sabedoria e criatividade possam funcionar como boas estratégias que compensam um menor acúmulo de conhecimentos, presume-se logicamente que quanto mais conhecedor se está, mais inteligente em certo assunto se estará. 

O autista, universalmente caracterizado por uma disposição latente para a obsessão por interesses específicos, poderia ser comparado ao esportista que dedica muitas horas do dia para o treino e aperfeiçoamento no esporte que pratica

Assim como a (o) ginasta, o autista, gastará muitas horas dos seus dias estudando e aperfeiçoando em relação aos seus interesses de fixação. Enquanto que o cérebro do neurotipico médio está "equilibradamente' distribuído para atender as diferentes prioridades vitais, desde as sociais até às intelectuais, o cérebro do autista médio e funcional estará muito mais enfatizado em relação às prioridades intelectuais específicas, resultando no déficit social mas com compensações potencialmente espetaculares. Além de pesquisar, estudar e se aprofundar, o autista médio também pensará nos seus objetos de fixação, mesmo quando não se der conta


Uma ideia que vou desenvolver nos próximos textos sobre a personalidade, esta que se caracterizaria enquanto uma estrutura hierárquica de prioridades essenciais (existenciais). A maioria dos seres humanos tem como ''núcleo de personalidade'' ou ''espírito'' a sociabilidade ou enfase (engajamento) na socialização, porque afinal de contas, nós somos seres sociais, por excelencia. Alguns poucos seres humanos se caracterizariam por não serem essencialmente sociais, abrindo janelas de oportunidades para que possam se debruçar no escrutínio de fenomenos ''não-humanos'' ou particularidades que não sejam meramente conformativas (''adaptativas''). Portanto, não será precipitado concluir que os essencialmente associais (não confundir com anti-sociais), ou a maioria deles, tenderão a desenvolver grande empatia e potencial de reciprocidade exponencialmente intelectual em relação aos seus objetos de interesse, a famosa paixão do genio, só que direcionada para elementos que não são literalmente humanos, a paixão por suas ideias.

Isso em partes contribui para validar parcialmente a teoria de que muitas horas de fixação em relação a certa atividade levará a perfeição.

Mas sem um talento natural e uma grande reciprocidade ou motivação intrínseca, nenhum indivíduo conseguirá sustentar por muito tempo esta luta contra o próprio bem estar, a sua zona cognitiva de conforto. 

E é basicamente o que fazemos uns com os outros ao nos sujeitarmos a ignomínia dos processos seletivos pseudo meritocraticos, desde a escola até o trabalho.


Só que enquanto que para a maioria dos essencialmente sociais, os fins justificam os meios, para os essencialmente associais, os fins sempre se justificarão por si mesmos, se não for pleonamos demais.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Combo de ideias sobre sabedoria, religião, personalidade, seleção natural...






1- O reconhecedor de padrões mentalistas e a solidão. 


Em um mundo de erros, o sábio perde o ar que mantém a sua chama acesa. Problemas nunca lhe são boa companhia, mas os outros não parecem ligar. O sábio tem uma vantagem que compartilha com facínoras da fauna humana, a capacidade para entender as pessoas, mais do que elas mesmas podem fazer. Mas ao contrário da agressividade despudorada do predador humano, o sábio, tem em conluio com seu talento natural, um outro presente sem igual, a sua moralidade, sempre num frenesi de expansão e melhoria, que  nos colocariam sob os cuidados de um excelente guia, mas que ao invés de libertar-lo, o aprisiona em sua redoma de melancolia e solidão. Incapaz de lidar a moda humana da casa, na base na força e da sagacidade sedutora e maledicente, o sábio se isola mediante o acúmulo de antecedentes quase sempre realistas e portanto negativos. Ver defeito em humano é tão simples e deprimente...


2- A não-crença é sempre buscar pela realidade e racionalizá-la enquanto agentes potenciais da harmonização.


O oposto da religião não é o ateísmo, pois se consiste na crença pela descrença, mas a sabedoria, que se consiste na busca incessante pela verdade límpida dos fatos a fim de continuar a trilhar o caminho da harmonia ou razão. Descrer me parece impossível. Mesmo o mais cético dos homens ainda crê e sua principal fé será justamente o seu ceticismo. Quem duvida de tudo está quase tão perdido em relação a quem acredita em tudo. Tudo é um pouco verdade, mesmo que muito remotamente verdadeiro.

 Mas a verdade não é a tomada de um aforismo semântico como este mas pela precisão da percepção. A verdade não-humana (e humana) é estrutural, isto é, coerente, que funciona mas que não é harmônica, especialmente a partir de uma micro escala perceptiva, a escala da vida ( a Terra é mais harmônica, a vida terrestre ainda não é).

A ênfase pela verdade ainda é uma crença  especificamente porque não sabemos bem o porquê de viver, o sentido absoluto da existência, percebida e auto-percebida. Mas a sua carga de ilusão e fantasia, não restam dúvidas, de que será muito menor do que as de todos os outros sistemas ideológicos.

Crer na sabedoria é respeitar a realidade bruta da estrutura, do sistema que nos mantém enquanto entidades fisiologicamente coesas e sustentáveis, em outras palavras, respeitar a nós mesmos, nossas existências. Respeita-la e a partir disso, enquanto entidades relativamente independentes dos fenômenos existenciais (atmosféricos, evolutivos), enfatizar pela harmonia a partir da micro esfera de vivência, dar um salto adiante em relação ao estado atual de transição em que estamos, este hibridismo de "animal" e "pós animal", tornando-se um fenômeno da existência, um elemento a mais de harmonização.



3- Ordem de personalidade: Auto funcionalidade e não apenas ou fundamentalmente o funcionamento PARA a sociedade.


Você precisa estar bem consigo mesmo primeiramente do que PARA servir ao sistema social razoavelmente justo ou não em que se vive. 

Eu posso estar desempregado, morar na casa dos meus pais ou mesmo morar na rua e estar bem comigo mesmo. Para a sociedade (especialmente via psiquiatria) eu serei uma pessoa disfuncional ou com forte risco de aderir a estilos de vida esteticamente insalubres como estar pobre, dependente ou mesmo dentro de uma instituição psiquiátrica.

O toque das grandes mentes é o de quebrar a realidade compartilhada e de buscar por causas e efeitos que estejam implícitos e/ou subjacentes, além do senso comum (potencialmente equivocado), usando o bom senso/sabedoria. Parece óbvio pensar que alguém que não tenha conquistado um padrão de vida que aos olhos da sociedade hipócrita e materialista será interpretado como de valor, será determinado como um ser disfuncional e dentro destas  perspectivas esta máxima não estará equivocada. Mas a partir de uma totalidade possivelmente percebida de perspectivas, tal afirmativa tornar-se-á enfraquecida pelo acúmulo de informações relevantes que desconstruirão as pré concepções mundanas quanto a suposta totalidade da verdade compartilhada ou senso comum, a causalidade perfeitamente espelhada, o conceito do conceito, as palavras como espelhos de uma realidade que se mostra supra-evidente e supra-necessária, em  todas as suas formas, cores e dinâmica. 

Quebrando a realidade compartilhada/imposta, pode-se deixar de lado obviedades lógicas ou mesmo que pareçam lógicas a primeira vista e primar pela hiperrealidade da essência, o simples ato de ser, a forma ainda em seu potencial expressivo.

Desta maneira se poderá dar o valor intrínseco do ser em sua  auto-funcionalidade e não apenas ou fundamentalmente para servir enquanto "cooperador" do e para o sistema.



4- 'Judeus" pensam logicamente e não racionalmente.



Esperto, astuto ou sagaz, mas não muito a ponto de tomar as rédeas da civilização sem a necessidade de dominação por medo ou coerção, difícil de ser detectada pelo "goy", mas fácil de ser notada por sábios. 

Apenas sadismo ou estupidez podem explicar o porquê deste circo histérico e primitivo que se tornou a civilização ou que sempre foi, só que mais intensa em seu estágio terminal.

Pensam como "animais" inteligentes e não como humanos completos, como animais-humanos e não como humanos-animais, isto é, em que a subconsciência perceptiva passa a ser domada.



5- Seleção negativa é genocídio. A maioria das composições bio comportamentais minoritárias estão sob "não-seleção" mas o polimorfismo que as sustenta contribuem para compo-las fenotipicamente sem a necessidade de seleção direta.


6- Regressão a média.... quem nasce mais ''evoluído' (mutante) do que a grande maioria de sua população, será menos propenso a ter filhos que regredirão a média ou ao menos dentro da panaceia espectral de traços usualmente compartilhados desta população. O processo de ''purificação'' da carga mutacional, também acontece a nível familiar.


7- Mutação ''OU'' quimerismo causado por idade mais avançada dos pais... relato auto-bio-gráfico. Os genes dos pais tem preferencia, mas de acordo com que o tempo passa e as mutações vão se acumulando, existe a possibilidade de que os genes ''da família'' possam se mesclar com os genes preferenciais (dos pais), como parece que aconteceu comigo, enquanto uma relativa quimera genética dos meus pais E do meu tio materno.



Os genes de nossos pais são PREFERENCIAIS para serem ''totalmente' passados de maneira inter-geracional...

... mas eles não são apenas os seus genes mas uma relativa quimera de genes da família, portanto, talvez todas as pessoas compartilham os genes com os seus parentes mais próximos como os irmãos, explicando parcialmente como que se daria a variação natural de hereditariedade, isto é, a probabilidade de combinações genéticas dos pais. 


Então, por alguma razão conhecida, por exemplo, a idade mais avançada dos pais, pode acontecer dos genes que 'não são deles', aumentarem proporcionalmente, resultando em filhos mais distintos, em aparencia ou em comportamento, ou nos dois. Se parecer mais com os tios ou com outros parentes próximos em alguns ou vários aspectos...


8- Cingapura tem índices altos de suicídio??

Cingapura parece perfeita para se analisar a relação ou influencia entre o clima e estados emotivos depressivos ou eufóricos. 

Uma grande proporção de uma população de ''maior cognição geral'' como a chinesa e que está inserida dentro de um ambiente tropical. 

O frio causa a depressão ou estados pré-mórbidos***

Com certeza pode ter um papel para aumentar, mas a raiz causativa é fundamentalmente genética. 


9- Por que os EUA tem uma proporção tão pequena de universidades de alto nível??



Toda nação deveria ter um aparato estatal de educação superior de altíssimo nível que pudesse capturar e alocar uma boa quantidade de sua população mais cognitivamente prodigiosa bem como as demais populações de alta capacidade técnica, a fim de usufruir o máximo possível dos seus recursos humanos disponíveis, de maneira não-predatória, é claro.

So que...



10- Educação ensina técnicas e não em "como pensar corretamente/sabiamente".


Já se nasce predisposto a pensar mediante certos estilos relativamente homogeneos de pensamento.

Esta disposição é provável de se fazer preponderantemente constante ao longo da vida.

A escola ensina fundamentalmente as "técnicas operacionais" em todos os campos mais populares do conhecimento humano que tem sido acumuladas. E junto a esta realidade factual, também doutrina o seu corpo discente a cooperar dentro do simulacro de vida adulta que reproduz em seus domínios físicos assim como também em relação a sua "filosofia" realisticamente inadequada ou fantasiosa.

Dentro desta panaceia de técnicas, muitas serão de caráter científico e filosófico duvidosos ou terão uma mistura de fatos e factoides, coesamente perfilados, especialmente dentro do ramo das ciências humanas, drenadas em todo o seu potencial pela política e mais objetivamente falando, pela loucura humana.



11- Para entender a realidade você precisa entender sobre diferenças.

Pois se toda a realidade fosse igual, não haveria contraste que pudesse compor-se numa dualidade de fenômenos existentes. Cores, formas, texturas, a realidade é a composição de contrastes justapostos e mutualmente cooperativos. 


12- Hiperatividade mental a marca do gênio??


Pessoas com déficit de atenção e hiperatividade tendem a serem fisicamente hiperativas e isso também pode estar querendo sugerir algum tipo de hiperatividade mental  (especialmente naquela parte de influencia o sistema nervoso periférico), parece um pouco óbvio de se constatar.

O gênio mais parece caracterizar-se como uma hiperatividade mental específica resultando na obsessão/paixão, potencial de aprofundamento intelectual específico, alimentado por esta motivação intrínseca excessiva e obsessivamente direcionada.



13- Os conservadores tem consigo um bom raciocínio lógico explícito mas tendem a ser incapazes de desenvolver esta capacidade ao nível racional.

14- Os genes estão subjacentes a qualquer comportamento humano, porque é basicamente aquilo que compõe a matéria organica viva.

15- O espaço sideral é a sobreposição do espaço e do tempo.

O Espaço é o tempo, a gravidade é o espaço e tempo 'separados'' ou mutualmente assimétricos.

16- O "normal" é uma profusão de adaptações ou amalgamações de vários transtornos mentais.

 Mentiroso patológico (religião, cultura, ideologia, nas interações interpessoais)

Psicopatia (especialmente para os seres humanos não relacionados e outros 'animais")

Autismo ( alienação social e especialmente, a ingenuidade por parte das pessoas "boas', dificuldade de operar com base na ''teoria da mente''... ainda que existam muitos parenteses para serem exaltados neste caso. o Autismo é provavelmente o trans-torno da mente mais difícil de ser comparado e reduzido a uma condição patológica, especialmente em relação ao seu caráter mental)

Tdah (ansiedade, o trabalho/gratificação que produz ansiedade, sadismo comportamental ou sinceridade pragmaticamente bruta, falta de atenção em relação aos detalhes, que são sempre muito importantes ) ...


17- A vida complexa é uma composição mutante e expandida de vidas simples. Portanto a ideia de descontinuidade entre nós e um vírus, especialmente mediante uma perspectiva religiosa (ou seja, mediante um conto de bruxas), é virtualmente impossível. 

18- O''s' brancos não sabem dançar a melodia da vida. é por isso que estão sendo apaticamente eliminados por aqueles que demonstram melhor gingado.

19- A realidade é dualista ou espectral, a ideologia é binária. O espectro reduz o ímpeto pelo conflito, o binarismo basicamente se consiste na voz que grita por guerras.

A gravidade molda e mantém montanhas e depressões, rios e lagos, desertos e florestas densas, o frio Plutão ao quente Mercúrio, as formas e a natureza essencial são matérias primas para a dualidade, o sistema naturalmente métrico que compõe cada poro do existir. A dualidade não é apenas os extremos mas principalmente as suas zonas de transição. Sem elas a realidade não seria um continuo de cores, formas e forças.

O homem do alto de sua evolução perceptiva, precipitou-se ao concluir que um meio possa representar um todo. A fração de um inteiro não é um inteiro, mas a cultura do homem se baseia neste equívoco básico. Todas as formas vívidas ou vida, soltas por essas estufas naturais, agem por este princípio, em busca de sua completude e o homem é ou deveria ser o propósito final, libertando-se de sua condição de ignorância natural e a substituindo pela perfeição ou sabedoria, iniciando passos árduos em direção ao inteiro que se consiste a verdade. A ideologia em seu binarismo permanece em sua estupidez de tomar uma correlação como se fosse uma causalidade absoluta, 1=1, 0=0, 2=2, a supra moralidade é a precisão dualista e não a comodidade de uma binária ideologia, a verdade pela metade. 0,5=1, para os estúpidos.



20- O ser é uma composição de variáveis justapostas que reverberam em identidades diversas.

21-  Onde nasce o bom senso/sabedoria?

Na origem do pensar, na base da reação, nas primeiras gotículas de chuva, nas primeiras horas do dia, nas primeiras estrelas da noite, no refletir antes do agir ou durante os primeiros movimentos, no primeiro espreguiçar. Reconhecer padrões e julga-los, lhes sentenciar destinos ou desdobramentos, antes de qualquer sofisticação. Seguir pelo caminho da harmonia, se para qualquer entendimento, necessita-se de coesão. No primeiro olhar ao último bocejar. Mesmo em arrependimentos. O sábio pode e deve errar, a sabedoria não está apenas na prevenção mas também na correção.

22- A bondade suprema se da pela seleção...


No presente, e buscando um novo amanhecer,
Cultivar flores para exalar amores,
E cortando espinhos, para que não derramem nosso vinho sangue,
Ao ser humano, dar-lhe a fundamental lição,
Cuidar de tudo e não ser como um furacão,
Amar a razão, como quem ama o próprio respirar,
Nossa responsabilidade é muito maior,
Encontramos a Deus e ele mora em nós,
Tudo tem um caminho se tem sabedoria,
Tudo faz sentido mesmo no orgulho da escuridão,
Se temos em mãos a tocha do saber,
Tudo é conhecimento, porque tudo que é digno, vale apena, e não apenas a entreter,
Ao sábio cabe ser este guia, aos ouvidos sábios, cabem escutá-lo.

23- Repetição e tradição.

O mesmo ritual, de ano em ano, a mesma sensação, por relógios ou calendários, nos encontramos pela repetição, pela segurança** Também, mas tradição é o seu nome mais adequado. Parece que ''precisamos', nos conforta, nos dá a sensação de termos algum controle, sobre o tempo, sobre o espaço, sobre nós mesmos. O repetir, o eternizar sem se-lo, selar um compromisso anual, de criar coerencia em um mundo incoerente, sem um supra-sentido conhecido. A tradição, que em bocas humanas, quase sempre remete a sacrifícios da carne, mostra-se como uma poderosa reguladora, de nossa sensação mais irrequieta, que alguma coisa tem que fazer sentido. E de sua essencia fixa, de seu repetir e passar tal repetição, de geração em geração, a tradição acoberta mais e mais nossos viveiros, até tomá-los por inteiro, nos fechando em uma grande lona obscura, donde estórias certas nos aliviarão!!! é a tradição, numa gravidade a tragar-nos para céus de estrelas, nosso morrer vivendo, nada mais portentoso, um luxo, do que o ouro de se sentir seguro e amado, ah Deus!!!

A tradição da primavera, do frio do inverno, das chuvas de verão, o repetir também ao natural, nu, sem alegorias carnavalescas ou vestimentas de tribos arabescas, a cultura humana acompanhando o tempo, em seu constante navegar e se impondo como um tronco maduro em relação a folhas mortas. 


A religião é o sem sentido dentro de um outro vazio sem sentido conhecido

A ilusão dentro de outra, o sonho dentro de um maior, detalhes que se detalhizam numa espiral de loucura, de fantasias, a areia que, de pequena, torna-se ainda menor, ao se esmigalhar-se rente as palmas das mãos.

24-  A maneira com que a sociedade está organizada também pode ter um efeito no comportmento das pessoas**

Anglo-saxões saem de casa cedo enquanto que os tipos mais coletivistas permanecem na casa dos pais ou mesmo próximo a eles por muito tempo.

De onde veio esta ''tradição cultural''** Como que isso se comunica com as predisposições comportamentais**

25Se deseja conhecer as pessoas de verdade observe como que elas tratam os seus familiares (especialmente se partir de comportamentos irracionais).

26- Ser humano também é rotina, hábito. A queda abrupta da fertilidade na Eurásia não pode ser explicada apenas pela genética.

27 - As pessoas não são/ respeitam aquilo que se tornam/ são.

Um historiador academico medio não é um inquisidor imparcial e completo dos eventos humanos ...

Todos os burocratas evitam naturalmente a sabedoria, o fator g/ base da inteligência  o bom senso ou bom julgamento.


28- Convivência humana é permeada por insultos.

29- O que importa não é a religião ou qualquer outra bobagem abstrata, são as vidas....