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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

A vida é pelo toque



Sinto a vida pelo toque,
O acariciar destes pêlos,
O corpo quente junto ao meu,
Sinto-a, por mim uma recíproca,
Que é um momento único em minha vida,
De ter em mãos o que pertence ao todo,
O carinho é o sentir mais profundo da existência,
A matéria que pulsa, une a minha enquanto morremos de tanto respirar,
De tanto ser.

Pensar demais



O sábio conhece bem a maldade. Porque pensar demais também significa pensar em todos os tons de egoísmo e altruísmo.

Pensa sobre todas as possibilidades,
Do bem ao mal,
Das luzes ao manto escuro da incompreensão,
Como a um anjo e como a um demônio,
Em ajudar e em se resolver,
Em rir perverso e em rir confesso, sem nenhuma maldade em vista,
Pensar demais nos leva aos extremos,
A perdição da loucura, a chatice de uma severa estrutura, 
A amar as pessoas hoje e detesta-las amanhã,
A decidir que vai agir, e no por do sol, deitar na cama com as suas meias furadas,
A odiar o que escreve e adorar,
E perceber que o primeiro olhar é pelo instinto, e antes que troquemos os pés pelas mãos, vem a emoção a nos fazer de escravos, por definitivo, alimentar todas as ilusões,
Somos vítimas de nós mesmos,
E podemos levar os outros conosco por esta loucura,
Nada melhor define esta insana vida,
Tornar-se realmente normal, é ver a selva por cima,
E parar de sugar a energia dos que estão embaixo,
É tornar-se um sábio,
Aprender que basta a razão, na compreensão da realidade, sem qualquer contradição, adentrando profundo, dentro de cada fenômeno, 
Basta a emoção para amar quem em essência, saúda o deus que mora em si, 
Basta o instinto para vigiar os mais primitivos, 
Perfeito, neste zelo, nesta carta de alforria,
Libertar-se da própria ignorância, é libertar-se de si, primeiro, e transformaste numa perfeita comunhão, entre o seu ser e o seu interagir.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Sotaque e inteligência verbal entre paulistas, paulistanos, mineiros e cariocas e a consciência estética como fator diferencial para a composição de sotaques individuais neutros ou mesmo a mudança consciente




" vc sabia que o seu sotaque é muito feio"???

Não, muitas pessoas não sabem que tem modos de falar esteticamente desagradáveis e  pra falar a verdade nem ligam para a qualidade da sonoridade estética dos seus sotaques. 

A comunicação, em relação a qualquer língua ou idioma, apresenta duas possibilidades esteticamente agradáveis: Uma constância ou apreço vigilante a norma culta e enfatizando a clareza de comunicação ou o uso de recursos verbais poéticos ou metafóricos que possam embelezar a prosa habitual.

Mas a maioria não liga e termina por misturar o pragmatismo de uma certa eficiência na comunicação com a sujeição subconsciente aos caprichos verbais regionais. 

O diferencial de indivíduos excepcionais em relação aos comuns é justamente a consciência e posterior tomada de ações expressivamente complementares. Em palavras menos formais, os excepcionais sempre ligam profundamente/qualitativamente para algum ou mais de um aspecto da vida. Os normais raramente o fazem de uma maneira verdadeiramente altruísta, egocentricamente desprendida e/ou que tenha como ênfase na macro resolução precisa dos problemas ou entendimento profundamente qualitativo.

Ter consciência estética, uma maneira mais especifica de se denominar o perfeccionismo, se relaciona diretamente com ter ou desenvolver apropriado conhecimento/consciência da natureza universal de um ou mais aspectos da fenomenologia, dentre eles a linguagem humana, sua multitude de formas e os parâmetros de qualidade, tanto na forma como no conteúdo. 

O sotaque é claramente uma herança ambiental onde que o lugar será um fator muito influente (porém, sem ser exclusivo) para determina-lo e quanto maior for a inconsciência da natureza fenomenológica da vida e especificamente da vida humana maior será a submersão/aceitação da realidade compartilhada ou senso comum bem como da necessidade subsequente de legitima-la por intermédio de sistemas de pensamento positivo.


Ainda que a natureza ambiental do sotaque seja um fator obviamente notável, isso não significa que seja completamente obra das circunstancias, porque percebam que muitas pessoas apresentam desde cedo sotaques neutros. Eu sou uma delas. E além de não ter desenvolvido um sotaque típico da região onde cresci, ainda sou capaz de imitar com certa qualidade o jeito de falar de muitas outras regiões.

O seu sotaque é feio

"não, não é!!"


Negar algumas obviedades é um hábito humano por excelência. 

Novamente a minha ideia da existência de um espectro de personalidades mais resistentes ao abraço do ambiente em seu molde e em comparação àquelas que estão mais contextualmente suscetíveis de serem mais influenciadas.

A maioria das pessoas nascem e aprendem a falar de acordo com o sotaque predominante das regiões onde estão. 

Poucos são aqueles que desenvolvem uma grande consciência sobre a natureza deles, e se perguntam de onde vieram, obtendo por si mesmos ou por meio de procuras intelectualmente sábias, bem direcionadas, pelas respostas mais corretas que se tem disponível. 

A consciência estética, de valor ou das diferenças qualitativas, me parece ser um importante quesito na realidade dos sotaques visto que enquanto que a maioria das pessoas serão embebidas principalmente na infância via convivência familiar e/ou de grupo por esta influencia ambiental, e se " tornarão" inconscientes em relação às diferenças qualitativas mas não em relação às obvias diferenças de natureza como diferenciar um sotaque de quem mora em Salvador na Bahia (que dizem as más línguas estar bem próximo da ilha da rainha da morte, isto é, na boca do inferno) em relação ao sotaque de quem vive em São Paulo. 

A maioria das pessoas não mudam de sotaque, será??

É o que parece.

Pode vir também da necessidade. Pra que mudar o sotaque?? 

Apenas estudos avaliando esta capacidade que poderão prover melhores considerações sobre este assunto em particular.

No mais eu acredito e já falei sobre isso em alguns textos no velho blogue, que quem é bom para imitar outros sotaques também poderá ser bom para modificar o próprio quando quiser e que talvez isso pudesse indicar uma tendência a la Freud de construção incompleta da personalidade, em que ao invés de termos pessoas conclusivamente conscientes de si mesmas e portanto sempre numa panaceia de abordagens identitarias habituais em suas interações nós vamos ter aqueles com personalidades "incompletas" ou mesmo que estão mescladas com mais de uma identidade potencialmente perceptível, uma quase desordem de múltiplas personalidades que neste caso não serão "múltiplas" (ou não...). Parece lógico concluir que quem tem consciência estética ou de valor em relação às diferentes formas de se expressar também poderão faze-lo em relação a si próprios, inclusive com certa liberdade de escolha enquanto que ou o interesse será escasso em relação a quem não gosta de perder tempo consigo mesmo, ;) , ou realmente não só não tem consciência e interesse como também não são cognitivamente plásticos para realizar esta tarefa de auto manipulação. 

Consciência estética 

Por que a maioria dos paulistanos parecem ser tão claros e esteticamente corretos em suas formas de falar enquanto que mineiros e cariocas, por exemplo, deixam, em média, a desejar ou parecem verbalmente desleixados??

Anos e anos vendo telejornais e percebo uma superioridade do sotaque paulistano, isto é, falado especialmente na cidade de São Paulo, em quase todos os aspectos que são necessários para uma comunicação clara, convergente, precisa e fluidamente coerente. 

Sem o jeito cantado do sotaque nordestino em geral e especialmente do sotaque baiano, sem o jeito consistentemente desleixado do mineiro, onde que falar na norma informal se consiste em sua essência linguística, sem o jeito malandro, igualmente arrastado, do carioca, o sotaque da cidade mais populosa e rica do Brasil, mesmo falado por pessoas comuns, se ouve mais claro, preciso e coerente, especialmente quando existe a necessidade de se explicar alguma coisa, o comum nas reportagens com entrevistas. 

Desprezando os extremos das classes mais baixas e em conluio com extroversão, receita ideal para a internalização de gírias e expressões coloquiais, o carioca e o mineiro médio soam menos eloquentes do que o paulistano médio. Eu não tenho muitas dúvidas quanto a isso. Mesmo aqueles que trabalham em profissões mais cognitivamente exigentes, seja em Minas Gerais, no Rio de Janeiro ou no Nordeste, poderão em maior proporção transparecer menor eloquência do que quando ouvimos paulistanos. Pode ser apenas uma impressão equivocada, o que duvido um bocado, pode não ser tão generalizada como eu estou deixando a entender. Mas minhas impressões ou observações não foram retidas de devaneios de quando estava acordado, mas em precisas cadeias de padrões que como sempre são, recorrentes e interessantes.

Maior inteligencia verbal?


Uma possível complementaridade óbvia para esta situação pode ser uma maior média de inteligencia verbal dos paulistanos em relação as outras populações mencionadas, de mineiros e fluminenses (do estado do Rio de Janeiro) e também do Nordeste, visto que pela lógica, a cidade mais populosa e rica do país é muito provável de atrair uma grande leva de pessoas que sejam mais inteligentes, de uma maneira geral, produzindo nichos reprodutivos favoráveis para o aumento de pessoas dotadas de maiores capacidade cognitivas. 

Também é interessante comparar o sotaque da cidade de São Paulo bem como também a sua estrutura de fluidez comunicativa em relação aos que são falados no sul do país. 

O que eu tenho observado é que os ''paulistanos'', em média, também parecem se sobrepor em qualidade em relação aos sulistas brasileiros, mas não tanto

Uma cultura mais técnica** Maior proporção de introvertidos**

Muito provável que sim especialmente para a segunda proposta. 

Obs= qualquer sotaque será, na minha opinião, feio, se a comunicação não for bem estruturada. Em termos de eficiencia na comunicação e estética, que se assemelha analogamente a limpeza de um vestuário elegante, na moda, por exemplo, eu encontrei que ''os'' paulistanos em média, parecem melhores para cumprir com essas metas do que os outros grupos culturais brasileiros como ''os'' mineiros, os cariocas (e os fluminenses, obviamente) e os demais ''povos brasileiros'' que vivem nas regiões de climas intertropicais, enquanto que uma potencialmente possível pequena  porém consistente superioridade (relativa, que se baseia nos parametros apressadamente estabelecidos) será encontrada em relação aos brasileiros sulistas. 


Metáfora da distorção da realidade



Quem só vê depressão

Quem só vê montanhas

E quem pode aceitar as duas perspectivas que na verdade são complementos de uma mesma realidade.



E metáfora das fronteiras entre a fantasia e a realidade.




De quem pode aceitar as duas porém demarcando-as muito bem entre si...

... de quem não pode ou não tem a capacidade de fazê-lo.



O que é fantasia e o que é realidade? O que são fatos e o que são crenças ou factoides??

Pergunte a um esquizofrênico ou a um professor universitário!!

Ambos compartilharão em comum realidades pessoais salpicadas de fatos e crenças, também tomadas como factuais, ou factoides. O que diferencia o esquizofrênico do professor universitário, que em sua maioria não será composta por gênios e'/" ou sábios, não é que apenas o primeiro que será fortemente propenso a misturar a fantasia com a realidade, porque o segundo também o fará. A maior diferença a partir desta perspectiva comparativa será o grau de sofisticação das fantasias, que serão orgânica e potencialmente porosas em credibilidade, especificamente para quem que não estiver na pele DO PORTADOR deste transtorno, e que serão fenotípica, relativa a predominantemente sofisticadas para o segundo grupo. 

A grande maioria dos professores universitários não padecem da esquizofrenia, mas este fato, e nem a relativa superioridade cognitiva do grupo, lhes servirão como protetores contra o pensamento mágico

A capacidade de se separar precisamente fantasias e fatos parece estar escassa entre os seres humanos. Do contrário não veríamos tantas macro cadeias de ignorâncias sendo constantemente propagadas por eles. 

Se fosse possível mensurar com grande fiabilidade a capacidade das pessoas de construírem ou demarcarem fronteiras entre aquilo que determinam como fantasias ou factóides e como fatos ou realidades, então nós teríamos como potencial resultado uma grande e grave incidência de mescla entre os dois grupos, essenciais para a sabedoria, não apenas entre as pessoas de menor capacidade cognitiva mas também em relação a uma provável maioria de "mais" inteligentes. 

Algumas pessoas estão suscetíveis de rebaixarem qualquer diferença ou discrepância, especialmente se esta tendência for alimentada por aquilo que se compartilha e que se define como "senso comum". 

Não podem ver/suportar/aceitar a realidade das diferenças e passam a operar com base na busca pelas semelhanças ou mesmo essências universais e quanto mais generalizadas e vagas, melhor serão.

Do outro lado temos aqueles que só podem ver diferenças, são isolacionistas natos que não podem lidar com a complexidade ou não querem lidar e principiam por algum canal enfático de viés ou pré concepção relativa a predominantemente lógica, desprezando tudo aquilo que o outro lado busca.

O excesso da essência que nos une a todos ou o excesso da aparência ou expressão que inevitavelmente nos separará.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Blanche e Stanley a metáfora cinematográfica da esquerda intelectual e da direita pragmática



Grande inteligência verbal, verbosidade poética e filosófica, interpretação impecável, amor ao luxo, charme e grande capacidade de convencimento, propensão a mentir compulsivamente até ao ponto em que começa a acreditar nas próprias fantasias e baixa consciência dos seus atos. Simpatia impecavelmente educada e pouco zelo pelos outros. 

Este é o perfil psicológico resumidamente descrito de um mentiroso patológico, transtorno mental que foi brilhantemente representado por Vivien Leigh, no clássico filme " Um bonde chamado desejo", no início dos anos 50, mas parece se encaixar muito bem em muitos daqueles que "pertencem' a elite intelectual e artística da esquerda política.

Glutão, insensível, arrogante, sincero até demais, baixa inteligência geral e principalmente verbal, pouca tolerância e capacidade para internalizar conhecimentos gerais, direto ou pragmático e  instintivamente bom para farejar mentiras.

Este é o perfil daqueles que a partir de uma perspectiva política comparativa serão muito prováveis de darem grande preferência para a ideologia direitista ou conservadora.

É claro que os dois tipos de perfis psicológicos, particularmente difíceis para se conviver, se distribuirão de forma desconhecida em suas preferências ideológicas e políticas. 

Mas eu tenho a breve, insegura porém lógica impressão de que os arquétipos brilhantemente representados por Leigh e Marlon Brando, um dos maiores símbolos sexuais do cinema nos anos 50, neste filme citado, possam representar parcialmente bem os extremos simetricamente opostos entre si e que parecem obedecer a tendência política pós moderna.

Mentirosos patológicos adoram se passar por melhores do que realmente são. Nada mais coerente do que abraçar a ideologia narcisista do esquerdismo ocidental moderno, onde as aparências valem muito mais do que a essência de ações literais e lógicas para com aquilo que se fala. Portar-se perfeitamente e esbanjar boas maneiras adequadas para os tempos pós modernos enquanto que usufrui de todas as mordomias que tanto critica parecem ser a maneira idealmente perfeita para que um mentiroso patológico talentoso e (quase sempre) cínico possa "adaptar" as circunstâncias às suas necessidades mentais desequilibradas, em guerra com boa parte da realidade.

Enquanto que os esquerdistas " de fato" e mesmo alguns tipos de oportunistas como eu acho que se passa com muitos homossexuais, serão muito variados em seus elos de ligação com a ideologia "escolhida', tal realidade será menos porosa e mais homogênea ou consistente em relação ao perfil simetricamente oposto, dos direitistas e especialmente daqueles que de fato forem simetricamente opostos ao feminino verbalmente persuasivo a la esquerda intelectual elegante.

Este texto visa demonstrar dois perfeitos opostos, um que é tipicamente feminino e outro que será tipicamente masculino. O manipulador verbal e o confrontador bruto não-verbal. 

A força física e extrema sinceridade daquele que esbanja músculos e testosterona, àquele que devido a sua fraqueza ou fragilidade física, manipula ao máximo possível para evitar um confronto físico direto que com certeza lhe faria o perdedor.

O gênio é o desbravador intelectual por excelência

E a diferença entre a realização via expressão orgânica quantitativa-mente rara e a realização via expressão orgânica qualitativamente rara...




Cubo mágico,
Testes de qi,
Valor do pi,
Recitar lindos versos só de cabeça,
Tocar uma sonata famosa

Versus 

Inventar novas e úteis realidades com todas estas de cima

Marilyn vos savant foi e ainda é considerada um gênio especialmente por causa de suas pontuações muito altas em testes de qi. Mas o que é o gênio mesmo?


O critério para o gênio não é o qi que se tira a partir de testes cognitivos mas o grau de originalidade e utilidade de suas potencialidades cognitivas reverberadas em realizações, direcionadas ao mundo real literal. Ninguém pode fazer muita coisa com o qi 200 de Vos Savant. Pode-se concluir algo parecido em relação ao garoto que é prodígio e veloz para manipular coesamente o cubo mágico ou ao famoso autista britânico Daniel Tammet sobre a sua incrível capacidade de memorizar uma enorme quantidade de números que se sucedem a partir do famoso pi, o 3,14.

Todas essas realizações são oriundas das expressões orgânicas operacionalmente organizadas para a execução de determinada tarefa, hiper-específica como a de memorizar e regurgitar uma enorme quantidade de números da mais famosa dízima periódica até aos testes cognitivos, que são mais encorpados por uma maior diversidade de tarefas cognitivamente exigentes. Mas a criatividade nem se resume a isso, sequer se aproxima destes exemplos, ao menos se fosse adequadamente acessada enquanto um complemento potencial.

Pode-se mensurar as 3 realizações e portanto pode-se adequa-las a valores quantitativos . Mas em relação ao valor qualitativo apenas a façanha de Tammet que continuará no páreo. Ainda assim, ele não mostrou até agora uma utilidade original para se usar com o seu feito. Os savants destacam-se muitas vezes por isso. Eles tem grandes habilidades inatas, operacionalmente direcionadas as suas respectivas funcionalidades de maior ou único potencial, mas não podem extrapola-las, dando-lhes valores qualitativos, que regride a básica ideia de "utilidade original''.

As 3 realizações são para mera apreciação

Criatividade de alto nível e que está fora do mais óbvio campo de apreciação que se consiste a arte contemplativa,  é fundamentalmente utilitária. 

Qualidade é difícil de ser mensurada especialmente quando é nova ou original até porque escassearão critérios comparativos existentes para esta tarefa. 

O critério para o gênio é o mesmo que para o desbravador, que adentra florestas nunca antes exploradas, rios nunca antes navegados, realidades associativas que encontravam-se esquecidas na escuridão da ignorância e que foram despertadas tornando-se as novas raparigas do bordel chamado humanidade, cheirando a virgindade e inocência, prontas pra serem devoradas pelas massas testosteronicas cheias de mãos suadas e pegajosas. 

Que Vos Savant me perdoe mas ser original e útil é fundamental pra ser um gênio. 

Qi dentre outras realizações retidas de expressões orgânicas quantitavemente raras porém essencialmente contemplativas, em interação para com as suas melhores armas, são o resumo gentil que melhor se relaciona com o "esporte", estéril em utilidade, na maior parte das vezes, as artes do corpo e da vaidade extrapoladas até À ciências que nasceram de parto complicado e ainda estão teimando com a extrema necessidade da realidade, como a psicologia.

O arqueiro sem o seu arco, se tornará mais um no perigo de ser a próxima vítima indefesa.

O qi é o arco daquele que o usa como comprovação precipitada de sua genialidade. 

Qi é como o brilhante violinista, que tira lindas e corretas notas de seu instrumento, mas que não tem qualquer música de própria autoria que se aproxime daquelas que querem sempre vê-lo tocar. 

O gênio não precisa necessariamente comprovar a sua inteligência ou criatividade porque ambas dormem dentro de seu próprio ser. A arma do gênio está dentro de si mesmo, é a sua mente. Mas como ambas parecem ser altamente instintivas para ele, então inevitavelmente se expressarão, mediante a naturalmente urgente necessidade de, a priore, experienciar intensamente o mundo com este turbilhão natural de capacidade cognitiva qualitativa. 

O seu cérebro pode ser prodigioso para dar-lhe um possível potencial de utilidade mas se permanecer apenas neste potencial resumido a três dígitos então não sairá desta promessa, diga-se, relativamente precipitada.

Quem usa o seu cérebro com maestria, é que deveria ser mais estudado pela psicologia cognitiva.

Parafraseando uma certa pimentinha mexicana

"não basta ter um cérebro grande. Também é preciso saber usa-lo"

Saber usa-lo importa mais do que "potenciais estatisticamente quantitativos" que não se expressam de maneira predominantemente adequada ou qualitativamente coesa para com a realidade da necessidade ou a necessidade da realidade. 

Ser um gênio em testes cognitivos e nunca ser mais do que isso, não é muito diferente do que ser um gênio na destreza manipulativa do cubo mágico ou na ginástica artística ou no futebol, para mera apreciação.


Novamente, forma (cérebro-hormonal) e expressão (comportamental)



O que é o cérebro**

o cérebro é uma estrutura organica forjada pela combinação genética dos ''pais'' (e dos seus respectivos estoques genéticos familiares), ''mais', provavelmente, o desenvolvimento intra-uterino (se o desenvolvimento do cérebro não for herdado como um manual de desenvolvimento, ainda durante a concepção).

Esta estrutura interpreta as informações do ambiente e as internaliza, de acordo com a maneira com que está estruturado. Isso explica porque algumas pessoas internalizam algumas informações e outras não, ou versões que as renegam, se toda informação contém em si, a sua confirmação bem como também a sua negação.

Toda a estrutura organica ou cérebro tem maneiras particulares de filtrar as informações que estão percebendo e internalizando ou não. Isso dá fomento ao preconceito cognitivo. Esta tendencia é constante e muito forte porque é a maneira com que o cérebro opera em seu habitual. Qualquer transformação radical e poderá causar avarias irreversíveis em sua estrutura ou conformação. 

Os hormonios interagem, creio eu, a todo momento com os neuronios, obedecendo as regras particularmente hierárquicas de funcionamento dos cérebros, o ''filtro'' também pode ser entendido como um circuito estrutural em que ''o pensamento'' circula até ser internalizado e portanto concluído enquanto uma verdade ou fato. Como ja demonstrei por meio da metáfora do ferrorama, no velho blogue.

Novamente, o cérebro tem uma forma específica, constante (salvo injúrias) em sua expressão, que pode ser entendido como a projeção do seu ''circuito'' sob a forma de ações, uma espécie de holograma só que adaptado a realidade compartilhada e percebida. 

A metáfora da corrida com obstáculos para explicar sobre a expressão exponencial de um comportamento pré disposto



Todos em suas marcas, por este pequeno espaço e tempo, deverão ultrapassar os obstáculos e chegar na linha de chegada. O comportamento depende do ambiente assim como o ator depende do cenário. Uma nação relativamente pacífica (se comparada a um nível ideal de paz ...e muito pacífica para níveis humanos, isto é, não- ideais) como o Japão, lançou milhões de seus homens para fazer carnificinas por toda a Ásia, muitos deles que não eram mais do que jovens  pacatos na flor da idade esperando por suas esposas prometidas e algum emprego dentro do sistema social imperial, não apenas aceitaram tal desafio como também a ponto de se transformarem em seres sem qualquer piedade pela vida alheia especialmente  de outro país. E claro que existem soldados e soldados. Mas todos ou quase todos se convencem (ou são convencidos ) a matar homens de outra tribo ou comarca e o fazem.

Alguns comportamentos/engajamentos serão mais fáceis de serem desenvolvidos por uma grande gama de pessoas enquanto que outros serão muito mais difíceis, possivelmente por causa, tanto de sua própria natureza excepcional e isso tende a reverberar também em uma raridade demográfica ou proporcional.

Todos nós temos limites, de reciprocidade, tolerância e rejeição, para todos os tipos de potencial comportamental. 

Apenas pegue um ou "este" grupo de jovens corredores e os coloquem na frente de um rapaz homossexual e lhes digam para praticarem sexo com ele, um a um. Cada um caminhará para responder a este "DESAFIO" de maneira distinta especialmente se forem mais diversos entre si. Qualquer maior excitação em relação a esta proposta "indecente" já se consistirá em uma tendência, forte, ''de nascença'' OU, ainda que, mais forte que a de um heterossexual médio, dependerá de mais estímulos ambientais para que possa se tornar fixa/constante/mecânica (rotina internalizada). Nos diferenciamos enquanto níveis, onde que por razões, hormonais, mentais ou mesmo, relativamente ambientais (associação por gratificação), alguns ultrapassarão todas as "barreiras naturais" e chegarão na linha de chegada e claro que será relativo quem será o vencedor ou o perdedor. Temos um espectro de disposições comportamentais de mesma natureza, como as muitas gradações da cor azul, em que para alguns  haverá uma clara tendência para o engajamento neste comportamento enquanto que para outros será o exato oposto ou de intensidade fraca.

Recíproco (alta hereditariedade e naturalidade expressiva ) , tolerável ( média) ou repulsivo (baixa a negativa). 

Esta metáfora se junta as duas que usei para explicar sobre o comportamento como a metáfora dos elásticos e dos objetos que bóiam ou afundam quando são colocados dentro de um recipiente com água. 

Comportamentos agudamente recíprocos revelam disposições explícitas ou difíceis de serem controladas, predisposições que poderiam ser consideradas como "fraquezas" ou "vícios" e claro que dependerá enormemente da natureza e dos riscos ou vantagens que podem oferecer. Tudo é vício e o primeiro vício de todos é o de viver. Vivemos sem ter realmente a noção instintiva do porquê. O fazemos porque não temos a mais remota ideia do que nos aguarda ou não depois deste curto período de consciência. Os vícios são manifestações extremas de um espectro de gratificação, a associação de um certo comportamento/engajamento enquanto uma "coisa boa" a se fazer. Desde fumar até  crer em uma ideologia/religião. O vício é a repetição desequilibrada enquanto que o hábito é a repetição/rotina equilibrada, mas "também' um vício. Fumar um pouco versus fumar sem parar. Ninguém nasce com genes para fumar mas com uma certa suscetibilidade ou vulnerabilidade para se engajar neste tipo de gratificação  com um excesso em sua constância repetitiva e exponencialmente desgastante e desde que existam indústrias alimentando esta disposição ou vulnerabilidade. Claro que ser mais recíproco/ vulnerável estará querendo indicar por exemplo, detalhes biológicos como um maior apreço pelo cheiro do cigarro, similar ao apreço por alimentos doces ou azedos ou tolerância para alimentos apimentados por exemplo, tudo isso que reverbera em disposições de caráter físico.

Estamos todos enquanto sobreposições de camadas comportamentais em que uma suscetibilidade ou vulnerabilidade poderá se sobrepor ( e é possível concluir precocemente que seja uma situação muito comum) a outra ou mesmo amalgamarem-se entre si a ponto disto resultar num certo equilíbrio. Todo comportamento, mais uma metáfora, é como uma balança de peso, só que as suscetibilidades variarão a nível individual e de grupo, de acordo com a natureza/peso  da balança e dos "objetos/desafios transcendentais" que "são colocados para serem pesados". A minha balança comportamental para homossexualidade por exemplo pesa muito para este lado, mostrando que nesta metáfora o peso dela será maior do que o seu oposto dualista. O comportamento homossexual é dominante pra mim.

São muitos os exemplos a serem usados. Por exemplo. Sabemos que a maioria da população, ao menos em um pais como o Brasil é corruptível. Isto é, se colocados no poder apresentarão grandes chances de cometerem atos ilícitos seja em prol de seus familiares ou de si próprios. Dentro desta população haverá claramente uma variação de vulnerabilidade, escusado será dizer que mesmo sem ocupar posições de poder, muitos brasileiros já praticam constantes atos ilícitos.

O fato de um comportamento depender mais das intempéries ambientais do que outro para um individuo hipotético não significa que este seja desprovido de uma base natural ou bio-lógica, todos os traços comportamentais são intrínsecos ao ser. O que se diferenciam é na intensidade de suas expressões. Para alguns indivíduos, certos traços podem ser estimulados, até um certo limite, enquanto que para outros o mesmo comportamento já será naturalmente auto-estimulável. Também é evidente que existirão aqueles que serão praticamente imunes a certos tipos de comportamento.

Por que a maioria das pessoas mais inteligentes, a partir de critérios de qi ou psicométricos mas também em outros métodos de avaliação como as múltiplas inteligências (inteligências que estão mais relacionadas com o intelecto... Neste caso excluindo principalmente a corporal sinestésica) tendem a serem menos sociais??? E como que este déficit relativo pode ecoar enquanto compensação em outros aspectos como um maior engajamento em atividades intelectuais/ científicas?!

A expressão exponencial de um comportamento dependerá da natureza do ser, sua "durabilidade", do "comportamento" que está sendo avaliado, e das condições ou circunstâncias da área de convivência, mas quanto maior for a intensidade deste comportamento mais provável de se consistir em uma predominância espontânea do próprio ser em sua expressão, novamente, lhe virá tão natural que dificilmente não será expressado. Nem de cultura necessitará, só que se manifestará sem a sofisticação da mesma, em um estado hiper-cru.

Alguns nascem com grande suscetibilidade/vulnerabilidade para o comportamento homossexual, que sugere uma predominância de características biológicas que contribuem para esta tendência, outros nascem com alguma tendência que pode ser mediada pelas circunstâncias até ao extremo oposto deste espectro em que haverá uma natural repulsa pelo ato ainda que seja provável sugerir que os extremos serão mais raros e que dependendo do grau de necessidade, a maioria dos homens poderão ser coagidos ao menos enquanto "ativos" a praticar este tipo de comportamento. Alguns homossexuais apresentam virtual  inexistência de interesse sexual em relação ao sexo oposto enquanto que muitos outros serão tolerantes a prática heterossexual, que não condiz com a sua normalidade de constância comportamental sexual ativa ou literal

 (relativamente diferente dos aspectos psicológicos) mas não será completamente repelido. 

Novamente outro exemplo, alguns indivíduos podem se acostumar ao gosto/sabor da pimenta enquanto que outros serão alérgicos ao tempero. E claro que teremos entre o espectro uma grande diversidade de tolerância a pimenta, desde os que conseguem gostar mas sem qualquer preferência até os que serão quase alérgicos. E isto se aplica em todos os comportamentos/predileções humanos e não-humanos.

Novamente retomando a metáfora da corrida de obstáculos. Por exemplo em relação ao gênio, em termos de criatividade a maioria das pessoas acabarão caindo em algum obstáculo logo no início da corrida enquanto que o gênio conseguirá suplantar todos eles com agilidade e será o campeão (e continuará correndo como o Forrest Gump...)


A expressão comportamental pode ser exponencial e se tornar um vício, o genio parece ser um deles, que no entanto, será mais como um hábito do que algo que faça muito mal a saúde.

As barreiras de uma típica corrida de obstáculos funcionarão como freios naturais ou intrínsecos, isto é, que são oriundos do próprio ser, assim como também circunstanciais. Por exemplo, numa sociedade sem bebidas, presume-se que não haverão alcóolatras. Isto se a irritação natural que parece provocar muitos vícios não encontre ''alternativas locais'' para sanar a sede por álcool.

Todo este papo "natureza versus criação" tem um protagonista: O homem



Muito mais  diverso em comportamento/expressão do que a mulher, muito mais comum em grupos "de risco" ou problemáticos assim como também entre os mais brilhantes, é o homem que *parece* variar mais em seu comportamento, até porque compete muito mais por status e um bom acasalamento do que a mulher, sem falar nos outsiders excedentes sub-férteis.

O que vem primeiro, criação ou genética?? Nascemos prontos ou somos condicionados pelo meio social/circunstâncias?? 

Toda esta discussão sobre o comportamento humano se dá principalmente por causa da diversidade comportamental masculina mais prevalente tanto a níveis quantitativos quanto em níveis qualitativos, e especialmente em relação às expressões que são mais estremas/intensas ou perturbadoras. Desde o gênio até ao criminoso.

Estupro ou qualquer outro tipo de violência?? Brilhantismo ou estupidez intelectual?? Liderança ou extrema dependência?? Jovens que tem anos escolares ruins?? Conflitos diversos dentro das sociedades humanas??

Nem negro, nem judeu, nem homo, nem hétero, nem mesmo o ser humano, todo este debate forçosamente polêmico está predominantemente direcionado ou relacionado ao homem ou a natureza de sua psicologia, que é subjacente a todos os "problemas" humanos. Tudo se resume a competição masculina e a sua mente projetada para tal ação, muito mais binário e logicamente "animal" do que a mente da mulher, que sempre encarna a mãe apaziguadora e é por excelencia, menos competidora. Vamos ser sinceros aqui, disputar para quem tem o melhor corte de cabelo ou a melhor cor de batom não se equipara a guerras e conflitos de território individuais entre os homens.

Pegue um grupo de mulheres de todas as origens culturais e raciais e as coloque para conviver umas com as outras. O que você terá??

Uma grande probabilidade de termos muito menos conflitos do que se puséssemos apenas homens. Não é que a mulher seja muito mais perfeita que o homem, em média é claro. Mas não parecem haver mais dúvidas de que tenderá a ser  muito menos extrema que o homem tanto a nível individual quanto em relação a sua dinâmica coletiva habitual e também em relação a proporção de extremos comportamentais.

Na grande maioria se não em todas as nações oficiais, a mulher sempre comete, em média, menos crimes do que o homem. Quer degeneração maior do que a violência ?? Especialmente a de motivação torpe??

O fator testosterona parece explicar muito sobre a "história" humana

Em qualquer escola, as meninas se destacam mais pela docilidade e por apresentar certa simetria de resultados nas notas do boletim, enquanto que o oposto será muito mais comum entre os meninos. 

A vida feminina se resume a fazer fofocas falando mal das amigas pelas costas, ver novelas, ler livros, esperar por um bom relacionamento amoroso ou mesmo, em sociedades "modernas", sequer esperar por isso e aproveitar para se enfeitar com roupas da moda. O universo feminino é ''tricotar'' e é claro que isso não significa que TODAS as mulheres que serão assim, mas a maioria será ou é.

É claro que existem mulheres mais extremas mas a paisagem bio-cognitiva do "sexo frágil' denota uma maior homogeneidade de ponderação comportamental natural enquanto que o homem "precisa' sobreviver e "vencer" em um ambiente que lhe será  muito mais hostil, menos em ''paraísos masculinos'' como as sociedades islamicas. Engraçado que eu já nutri certa vontade de ter nascido mulher. Quando criança, a vida delas me parecia tão mais fácil do que a vida dos homens. E ainda parece mesmo em nações como aquelas cuja religião principal é o islam ( com exceção de algumas nações da África cujo duplo combo de estupidez etno-religiosa com certeza que faz a vida de qualquer um pior, especialmente quando "alá" lhe ordena cortar o clitóris da mulher para não ter prazer). 

Portanto, quando estiver debatendo se é a criação/educação ou genética que define o nosso comportamento pense que esta discussão dicotômica paira principalmente sobre o comportamento mais diverso 'e portanto" extremo do homem ou da população masculina. 

Eu que vivo num país muito mestiço, tenho notado com grande frequência esta realidade. Em uma nação super misturada como é o Brasil, a mulher ainda é muito mais comportamentalmente ponderada do que o homem.

A igualdade é principalmente feminina.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O tempo de minha vida



A vida passa dolorosamente lenta e intensa pra mim. E ainda mais em um contexto altamente irracional, tal sensação faz-se mais espinhenta do que em condições perfeitas de temperatura e pressão humanas. O jogo entre as circunstâncias e eu é totalmente justo e honesto. Da maneira com que os fatos se desenrolam diante de mim eu reajo e de maneira honesta não apenas com os meus sentimentos recíprocos mas também em relação a realidade em suas nuances mais precisas. Se me indigno é porque tenho razões pra la de racionais para agir deste jeito. Se estou feliz é porque a vida está sorrindo pra mim nos seus mínimos detalhes. Eu sou o verdadeiro termômetro da verdade em sua totalidade, a partir de minha perspectiva vital. Eu a percebo, exalo,me expresso pelo seu comportar. Meus olhos vestem de verdade cada informação e quanto mais eu costuro mais percepções se aderem a essas roupas, dando-lhe desenhos, cores e arremedos novos. De um simples pano, eu a transformo num belo vestido, e quanto mais complexidade, mais simples se torna, se quanto mais detalhes verídicos mais fácil será a verdade em nossa escala, se se percebe mais relações aumentam as respostas rente ao batalhão infinito de perguntas.

O meu cérebro e minha mente, minha consciência expandida, fazem dos meus dias solstícios de verão, onde o sol se põe mais tarde que lhe é de hábito, a cada despertar.  Apesar de minha ensolarada vida, eu preciso da chuva para lavar minha alma e me lembrar o que eu sei o que sou e que  nunca será o suficiente, apenas se fosse a totalidade da existência mas sou apenas uma única célula dentro de seu corpanzil fenomenológico, que é fenomenal e que se sustenta, por agora. 

Quando eu era criança ficava vendo as horas do relógio passarem, ansioso por ver o movimento do tempo a carregar-me apressado pelo colo. Eu sou ajustado a realidade em tempo real mas justamente por não conhece-la em sua franca totalidade, não sou idealmente conformado dentro desta forma, o espelho sincero daquilo que se vê pelos olhos, se sente com a alma, se respira pelo espírito e se toca pelo anseio de uma proposta, de uma razão. Ou eu sou um sujeito sortudo ou o mais sem sorte. Ou minha vanguarda me presenteará com a segurança de doces respostas finais ou me tirarão este bendito vício de viver, se nunca estarei saciado, jogando-me no esquecimento da grandeza, como mais uma estrela morta a ecoar suas cores a muito inexistentes. Somos som, mesmo o vazio do silêncio, se um extremo tem um ínfimo do outro em si, somos as cores da luz, se a morte pode ter um pouco de vida e renascer de suas cinzas, num bater de asas, numa realidade que só é plana aos olhos mortais. 
Eu vivo suspenso no espaço e tempo, passado, presente e futuro se condensam, eu celebro vivos e mortos, temo pelo futuro mas o aguardo imenso, nesta chama a sempre queimar meu coração, o fogo em mim é mais forte, pode dar-me calor quando o frio me encobre, pode esquentar além da necessidade, quando a raiva explode. Somos todos energias queimando em desespero, eu sou mais intenso neste ritmo e em qualidade, mas pra quê??

Por que o sábio é tão raro? Ele é tão raro?



O bom senso ( de direção) e/ou de julgamento é a característica que define o sábio em sua constante empreitada/abordagem em relação a vida. 

Se a humanidade fosse predominantemente racional ou sábia então veríamos uma constante melhoria de sua pegada no planeta que lhe dá vida assim como também entre si mesma, em suas interações. No entanto, o que tem caracterizado a "história humana" tem sido uma sequência constante de atropelos, maus julgamentos baseados no senso comum a partir de uma noção de realidade compartilhada e não pelo básico da inteligência, a percepção adequada ou correta da realidade, a realidade percebida. 

Os sábios aprendem com suas experiências (realidade percebida) assim como também com suas percepções ou previsões probabilísticas, a partir da lógica intuitiva, sentir (a expressão/comportamento da forma/ser) o instinto e trabalhar em cima desta sensação possíveis desdobramentos  subsequentes do espaço/tempo particular ou contexto existencial. 

A evolução é um acúmulo de adaptações visando a mitigação exponencial de problemas.

A maioria dos seres humanos micro-adaptam-se tanto em magnitude temporal quanto em espacial, a famosa conveniência, a hipocrisia que define tão vertiginosamente bem as linhas que compõem os novelos do tecido social. 

A raridade do sábio pode ser fruto de muitos fenômenos. Sabe-se e cada vez mais que escolhemos nossos pares de acasalamento ou ao menos de convivência de longo prazo por similaridades de comportamento e consequentemente de crenças. Nos ajustamos melhor a quem nos oferece potencial de reciprocidade existencial e/ou transcendental. Os opostos não se atraem, no máximo e me parece ser muito mais comum que os complementares que se atraiam. No entanto tal complemento não se fará suscetível no campo das ideias onde que a maioria preferirá aqueles que melhor retroalimentem suas abordagens existenciais do que aqueles que façam secar este açude, geralmente de miragens  que saneiam a sede mesmo se consistindo em ilusões de óticas. 

Portanto, por exemplo, o homem provedor, mais "tradicional" ou característico da realidade biológica humana, que tem predominado, se sentirá atraído pela femea que sentir a intrínseca necessidade de ser provida e portanto dominada dentro das relações conjugais. Por outro extremo, o homem mais amalgamado atrairá as mulheres que lhes complementarem no jogo de um domínio antônimo ao comumente estabelecido ou a partir de uma relação de cooperação mútua do que de sujeição de uma das partes e preferencialmente pela parte feminina. Dentro deste espectro altamente comum, fundamentam-se todas as sementes  que comporão  ambientes sociais dualistas ou mais especificamente, binários, ao invés de uma paleta de cores mescladas, nós teremos combinações puras de tons, que metaforicamente falando, resplandecerão a um macro sistema de interações, cooperações e transcendências humanas onde que os extremos se repelirão enquanto dissimilaridade mental e produzirão a matéria prima para a alienação ao "estranho", especialmente em relação ao que acredita e no que tem a dizer, os seres incompletos que internalizam versões extremistas e potencialmente conflitivas de realidade. 

Se o sábio é o anti binário e/ou dualista por natureza, então este padrão altamente lógico e comum pode ser uma das explicações para a sua raridade.

A raridade do sábio também pode estar sendo causada por sua provável baixa fertilidade se além de raro também tende inexoravelmente a renegar a sociedade em que vive se esta se encontra absolutamente tomada por muitas irregularidades ou irracionalidades. Ao preferir pela solidão as suas chances de acasalamento se reduzirão abruptamente e tal situação me parece ser a regra para quem nutre um carinho intrínseco pela razão absoluta. 

Muitos sábios, por causa de suas naturezas transcendentalmente hermafroditas também podem expressar esta dualidade internalizada em termos de sexualidade, outra razão para que muitos dos maiores observadores e conhecedores da alma humana e da fenomenologia se encontrarem solteiros ou em relacionamentos cuja procriação é uma impossibilidade bio-lógica. 

Seria até interessante pensar se o acasalamento planejado de extremos naturalmente  desviantes como homossexuais e lésbicas não poderiam resultar numa maior frequência de sábios partindo da ideia de mescla comportamental individual entre os dois grupos, que seriam a grosso porém filosófico modo, mais internamente dualizados entre os pólos feminino e masculino. 

O sábio concebe ideias tanto de natureza feminina ou "cuidadora", de mãe, empática, "misericordiosa", quanto de natureza masculina, corajosa, enérgica, objetiva e precisa. A racionalidade é a comunhão destes dois pólos.

Outra possibilidade é a de que se o perfil de personalidade sábia se consiste em uma "ordem" ao invés das costumeiras desordens psiquiátricas, então apenas ou especialmente um rigor seletivo que poderia reproduzir grandes levas de sábios, se não de grande magnitude ou gênios, ao menos de auto-atualizadores, naturais ajustadores a realidade percebida e racional.

Nuvens e seu julgamento



São nossas guardiãs, nos encharcam de vida, de esperança, nos guardam da escuridão absoluta e sua força descomunal, nos guardam dos mistérios lá fora mas nos mantém aqui dentro, deste inferno de óbvias maldades, 
Olham-nos de nariz empinado, e tem razão, o que somos se não seres jogados a própria sorte? Somos inferiores, nós, os seres humanos, em especial, temos talento para teimar, não é a curiosidade que nos singulariza, mas a nossa teimosia.

Nuvens de séria densidade, pronta para chorar em nós toda a sua revolta contida, que no seu plural de única identidade, se conforma numa aquarela de beldades e o que fazemos se não virar-lhe as costas?? Rimos torpes em nossas morosas realidades, de negar toda esta simplicidade, de nascermos renegados pela busca pela luz, se somos cobras cegas, não precisamos de cores reais, precisas, apenas de sussurros de cobras vivas e que enxergam bem. Preferimos pelo medíocre porque dos extremos vívidos, vive-se como ao tempo inconstante, constante em seu clima e suas transformações gigantes, que mal tocaremos os dedos dos pés, se modificarão por completo quando já não estivermos aqui, ao momento das emoções e da mãe razão a organiza-las, da euforia a indignação.  O lixo será nosso principal túmulo. De criaturas que desprezam a sabedoria e se alimentam da própria carniça de alma, como nauseabundos bêbados de tanta ilusão, matam despudoradamente e cunham de tradição, rezam por deuses da morte, mal sabem eles que a vida não é uma escravidão em busca de tesouros materiais, pois o único e principal é de carne e osso, algumas vezes nadam desde a muito tempo por mares antigos, outros lambem sua ferida no abrigo da chuva. O maior tesouro é a vida pra quem vive, mas com tais mentiras, em seus castelos de artifícios e certezas sem sentido, o valor da ilusão faz de uma pedra essencial aos olhos da verdadeira degeneração.

O vento em mim




Sinto a vida, vento em mim, se adentra
Sinto o presente passar, tornando-se o que já é passado,
Sinto o breve frio da noite, resvalando em meu peitoral pseudo amigo,
Sinto-me pelo contato com tudo o que há,
Sou como uma folha viva, a cair mais lenta, morta ao chão,
Deslizo pelo ar, desvio algumas vezes, do meu grilhão, do ser destino, 
Caio amante das sensações, 
Sou viciado, no mais fundamental de tudo isto, viver,
Me incito a abraçar a natureza, em seu vazio de matéria dura, 
Abraço agora porque não terei mãos no coletivo absoluto,
Serei uno, sem ser-me, serei água e não mais gota,
Até gotejar novamente..

será?

Novas ideias sobre intuição





Baixo preconceito cognitivo aumenta as chances de combinações incomuns de informações 

Nós apreendemos ou internalizamos informações e haverá uma predisposição forte para capturarmos aquelas que se comuniquem melhor com nossos perfis de personalidade. Perfis incomuns tenderão a ser terreno fértil para a  incubação e internalização de uma maior diversidade de informações e que em combinação com uma grande capacidade de raciocínio tornará o potencial de fertilidade e horizonte frutífero em uma realidade. 

Metaforicamente falando, é como se tivéssemos dois caixotes representando dois tipos de mentes 'extremas', a partir desta dimensão de observação e comparação, o primeiro tem sempre brinquedos de um único tema por exemplo apenas carros ou com pouca variação. O segundo tem uma grande diversidade de brinquedos, inclusive aqueles que não são considerados interessantes ou mesmo que nem são brinquedos. 

A incubação de informações se diferencia da internalização porque não se consiste na tomada factual desta matéria-prima do pensamento, isto é que já parte de conclusões sobre estas informações transformando-as em certezas. Por exemplo, a internalização da informação " o racismo é um crime". Informações ou fragmentos de informações incubados não costumam ser altamente perceptíveis ou explícitos àquele que o capturou, o que parece explicar parte do fenômeno que conhecemos como intuição. 

A maneira como que internalizamos e incubamos informações e em como que as trabalharemos, se assim desejarmos, está intimamente relacionada com a abordagem cognitiva, a expressão da cognição (forma), que é sempre particular ao indivíduo e ao grupo maior que representa e replica.

Problemas de comportamento da não-série= ''apenas os genes'' Disposição para problemas de comportamento aumentam com dificuldades de ''adaptação'' OU melhor, conformação relativamente adaptativa





O que são genes?? Eu já me questionei sobre. Concluí que os genes são ('como'') ''vidas simples'' que sofreram mutações desde quando eram de fato, simples, e foram se combinando, se diversificando, a partir de uma sucessão evolutiva de utilidade, se conformando e se estabilizando (como eu chamei, ''patógeno'' ou ''micro-organismos'' decantados). Viemos de micro-organismos simples (unicelulares) que apenas se replicavam, que depois passaram a produzir formas mais variadas além da replicação de clones, até que metamorficamente, começaram a produzir toda a sorte de tipos de vidas, até aquela que pode pensar reflexivamente sobre tudo isso, sobre suas próprias origens. Os genes começam ''selvagens'' e a seleção natural ou de qualquer outra natureza (enfim, processos seletivos progressivos) o vai decantando até estabilizá-lo ''completamente'. 

Aos 20 anos de idade voce tem um bom emprego e mudará pouco de profissão. Sua vida se estabilizará via ''conformação relativamente adaptativa'', um termo mais preciso do que o enganoso ''adaptação'', que é bem mais exigente em sua forma literal ou conceitualmente correta. Dependendo de sua expressão mórfica ou ''comportamento habitual'', voce não terá grandes percalços em sua vida.

O sistema burocrático de seleção de ''material humano'' para a ocupação de funções cooperativas dentro dos macro-sistemas que concebemos como ''sociedades, dá preferencia por aqueles que apresentam perfis cognitivos mais equilibrados, por muitas razões, 

- porque eles são proporcionalmente (demograficamente) predominantes,

- porque eles são bons para executar as multi-funções técnicas que caracterizam as sociedades modernas (como dirigir um carro, saber o básico sobre translações financeiras, interagir socialmente, internalizar rotinas repetitivas de natureza técnica) e a especialização superficial, por causa de seus perfis cognitivos, 

- porque eles tendem a conformidade social (transcendental),

- por razões ideológicas, como a crença na capacidade de superação intelectual universal via esforço ou educação.


As pessoas que exibem perfis cognitivos desequilibrados serão menos propensas a conseguirem um bom emprego, especialmente se houverem fissuras entre as habilidades mais requeridas, matemática e verbal. Muitos estudos tem encontrado relações entre problemas de comportamento (seja lá o que consideraram como ''problemas de comportamento'') e discrepancias cognitivas individuais. Perfis desequilibrados de capacidade cognitiva podem ser relativamente a predominantemente causais ou intrinsecamente correlativos com maiores pré-disposições para comportamentos intermitentes, dualisticamente extremistas, se comparados com as pessoas sem essas idiossincrasias, em média é claro. 

A forma expressa-se ou projeta-se pra fora, como pensamentos, ideias e ações, a partir de disposições espectrais de comportamentos. Mas é claro que o ambiente tem um papel na modulação destas tendencias e depende desta combinação fenotípica entre ''ser'' e ''lugar'' . Herdamos intensidades re(ativas) que se justapõe por obviedade física (o ser precisa do cenário de vivencia), aos ambientes de interação. Essas intensidades rea(ativas) se disporão numa relativa diversidade dualista de tipos, fraco a forte, em prol do equilíbrio ou do desequilíbrio interacional, etc... Poderíamos concluir por este trecho que ''apenas os genes importam para o comportamento''. De fato, para alguns casos, como os de deliquentes hereditários, é pouco provável que o ambiente terá enorme impacto em sua disfuncionalidade habitual e esperada. Algumas pessoas apenas nasceram em total disposição para o ''mundo do crime'', se se expressam metamorficamente, via abordagem cognitiva intrínseca que repele mecanicamente atitudes que resultem no equilíbrio fenotípica dos seres, entre si e em relação aos seus ambientes de vivencia. 

A longo prazo, veremos nestes de perfil delinquente, uma variedade individual de intensidade reativa condizente com sua condição, aqui enfatizada. N'alguns, tal disposição será tão característica, que se manifestará numa grande constância.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

A sabedoria da associalidade



Por que a socialização é um erro??

Porque se consiste numa eterna oitava série...

As pessoas, em média, não são racionais ou sábias... 

Somos nações individuais, temos território, fronteiras, uma capital, toda uma organização, somos nossos pequenos e supra auto importantes reinos. A socialização é o atrito constante e relativamente necessário destas nações-indivíduos. Como acontece com os territórios que ''fatiamos'' pela superfície terrestre, além da obrigatoriedade desta cooperação, também tornou-se imprescindível a existência de hierarquias, onde o maior se sobrepõe sobre os demais e especialmente sobre o menor. As justificativas para manter estes estados de coisas são sempre fracas por seu primitivismo em comum, o de fazer justiça para o mais forte, desprezando todos os princípios filosóficos de racionalidade.  Nesta crueza de nuances percebidas e rotineirizadas, faz-se da lógica pragmática, que se agiganta num domínio sufocante na natureza que nos circunda e que nos é parente não muito distante, a sua ideologia predominante. Em outras palavras, mantemo-nos enquanto animais mesmo em relação Às organizações que se vendem como distintas da selva. Na lei do mais forte, virtuosidades não tem valor, assim como os que as expressam em maior intensidade e constância. A criança mal educada, estúpida, que não aprende com os próprios erros, que não filosofa em seu ato mais cálido vive em muitíssimos de nós. Não evoluímos ao nível em que as massas possam ser elogiadas, visto que quando insultamos o homem comum, ecoa entre os milhões que assim o são. Mas talvez, os mais problemáticos de todos nem sejam aqueles que abundam em números, mas os que estão dentro do poder.


A sociedade é como um relógio de parede sempre defeituoso, que os engenheiros sociais tentam estancar tal falha, como se fosse resolver o problema e não apenas mitigar, atrasar a sua expansão caótica. A falha é dada enquanto um fatalismo universal humano por quem deseja justificar a si mesmo ao invés de ser honesto consigo. Tenta tornar domínio público aquilo que lhe é mais pessoal, ainda que não será totalmente cego nesta empreitada. A falha humana não é justificável em termos moralmente corretos nem deve ser tomada como uma essencialidade da espécie, pois não é. 

Devemos ter o mínimo de socialização e isso basta. Pessoas com muitos amigos não existem pois amigos de verdade são sempre poucos. Colegas, conhecidos e interesseiros profissionais povoam a sala de estar de suas casas, muito mais do que uma multidão de irmãos de espírito a confraternizar a vida em vossa companhia. 

O socializar em excesso ou fora de zonas de conforto é apenas tortura e deve ser evitado o máximo possível.

Para sábios e outros virtuosos é altamente recomendável evitar este sadismo pois irão se deparar com toda sorte de irracionalidades, quer  seja o produto do coração, das veias de emoção ou da lógica sem razão e portanto vazia de equilíbrio. Mas devem estar a par do novelo de incongruências que permeiam as mentes humanas, se expectativas costumam nos causar grande mal estar, tendo a verdade em mãos, ilusões serão poucas e sob controle. Não sofrerá sem ter precisa razão do porquê, não derramará lágrimas de desespero em vão. 

A filosofia do bem viver sempre nos aconselha no cultivo de amizades verdadeiras, deixando implícito que serão poucas mas muito boas. 

O sábio no entanto, é dos poucos que verá potencial de amizade na maioria dos homens. Sua nação-indivíduo, sempre muito bem governada, sabe se desculpar quando se excede, mitigar conflitos inevitáveis, exterminar os possíveis, e sempre primar pela perfeição de julgamento e ação. Mas ele e alguns outros são poucos no meio de uma multidão e justamente por isso que é sabedoria não se deixar envolver-se nestas teias de socialização. Faze-lo também é uma forma de se prevenir quanto a futuros problemas, estes que poderão ser evitados. Sofrimentos tantos os que já temos, é sábio nos livrarmos daqueles que estão mais fáceis de serem eliminados. 

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

A sabedoria da sentido a inteligência




E a honestidade observacional...

Ver o que se está vendo, reconhecer padrões de coerência e contradição e o toque do mestre sábio: Acrescentar harmonização ou resolução preventiva/ paliativa de problemas.

Ser inteligente, mas porquê? para quê?? Qual é a sua função?? Bom nas letras, nos números, nos versos ou no ritmo. Mas qual é o intuito subjacente de tudo isso?? Qual é o sentido da vida?? Se ainda não sabemos então qual seria o melhor sentido que poderíamos lhe dar??

A harmonia. 

Somos sortudos, somos. Existimos neste lindo planeta azul. Somos os seus filhos, estamos sob o seu manto protetor, como bebês em seus berços. Estamos protegidos da imensidão e talvez por isso que gostemos tanto de pequenezas, do simples ato de ignorar até as marcas dos próprios passos. Por causa do medo, caímos no feitiço de falsas seguranças, se são todas em vão, mais cedo ou mais tarde a realidade irá lhe assaltar, seja pelo sopro iminente da morte ou da vida, sem a sua brandura existencialista habitual, a ignorância de chafurdar na lama sem saber onde está e o porquê de brincar, uma eterna infância, faz-se adulto verdadeiro por perguntas e não por respostas artificialmente sistemáticas. A realidade esta mais la fora do que aqui dentro, la ela é mais pura em sua essência e menos maquiada pela ilusão das luzes humanas. 

Se estamos estáveis nestes ciclos da vida, sobrepujados de rios de estruturas, em seus complexos sistemas lógicos. O universo clama pelo equilíbrio e nós devemos copia-lo, dar-lhe voz neste existir de som e cores. Neste manto negro como o carvão, nesses embates de forças a compor nossa morada humilde bem como tudo que a rodeia. Nesta pressão, imperceptível aos ouvidos, que o silêncio cala com a sua solidão. 

O sentido é sempre o resguardo da vida, manter essa areia compacta e sossegada a palma das mãos até voar com o vento em busca de uma nova jornada. 

Todos os seres desejam o equilíbrio e apenas aquele que pode parar o tempo e tê-lo dentro da mente em muitas ocasiões, que pode descontinuar o caminho da ignorância contextual que os outros encontram-se transtornados, sem term qualquer conhecimento de suas realidades, e traçar um novo horizonte de perfeição ou ao menos em sua busca. Ser filósofo é copiar o amor da Terra por seus filhos, multiformes universos que brilham cores, peles e energia dentro de seus corpos generalizadamente minúsculos, por comparação. Se não há sentido conhecido ainda existe o que parece muito nítido, ao menos pra mim. Se queremos a evolução, precisamos ultrapassar este estado híbrido, de transição, sem supremacia de qualquer espécie, pois joga-la no passado e ver no presente a humildade de ser um grão de areia mas sem o niilismo a corromper suas forças e sua razão, sem o desespero de quem decidiu viver mais do que de saber.

Sem o norte da sabedoria a apontar o caminho de sua evolução a inteligência continuará em sua inútil luta incessante contra a realidade e sua mãe sábia, sem sentido, conhecido, logicamente construído ou aproximado. Continuará a fazer os seus castelos de areia sem entender o vento e o peso de cada grão.