Minha lista de blogs

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Sobre o conceito mais universal de inteligência.../About the most universal concept of intelligence...

 ... compartilhado por todas as formas de vida*


Capacidade de adaptação e que, em termos mais objetivos, significa capacidade de sobrevivência, em especial pela busca por fontes de energia/alimento e pela detecção de riscos e perigos, sendo que, a segunda capacidade seria ainda mais universal, por se manifestar de maneira mais conceitualmente homogênea (meios e objetivo) entre as espécies, porque a primeira capacidade, ainda que igualmente fundamental, pode se manifestar de maneira diversa, inclusive com o mínimo de esforço cognitivo ou perceptivo, tal como no caso das espécies autotróficas, que não encontram sua fonte de energia pela predação (estratégica) de outras formas de vida.

* E que eu já comentei nesse outro texto: "Evolução, inteligência e justiça social"


Então, e sobre QI??

São as pessoas que pontuam mais alto nos testes cognitivos, em média, mais inteligentes para encontrar fontes de energia/alimento e na detecção de riscos, perigos...?? 

Em relação à primeira capacidade, sim, por haver uma correlação positiva entre alto QI e maior renda, mas, com um grande porém, se as sociedades modernas têm sido, em partes, desenhadas para acomodar essa parcela da população, facilitando sua adaptação, aliás, uma invenção justamente dos mais inteligentes... Já em relação à segunda capacidade, de detecção de riscos, essa relação se torna mais complexa e até surpreendentemente destoante da dedução mais lógica, pois se usarmos pontuações em testes cognitivos como parâmetro comparativo e as confrontarmos com comportamentos e crenças de pessoas de diferentes faixas de inteligência, ainda mais nessa primeira metade da terceira década de século XXI, chegaremos ao resultado de que, pontuar alto se correlaciona positivamente com ideias e pensamentos que refletem mais sobre ingenuidade e fidelidade ideológica do que sobre uma real compreensão específica aos tópicos relacionados, que pode contribuir para uma tomada de julgamento mais adequado, no sentido de mais racional ou alinhado aos fatos. Por exemplo, se pegarmos discussões sobre políticas de imigração e multiculturalismo, particularmente indivíduos de raça branca e ideologia à esquerda, abundantes entre aqueles que pontuam alto em testes de QI, estarão mais propensos a ter opiniões excessivamente positivas sobre os mesmos, de que, portanto, os países onde vivem, mas também outros países, especialmente se forem similares, devem ser mais receptivos a imigrantes e refugiados do que cautelosos ou céticos, enquanto que, é justamente uma opinião contrária a essa maior receptividade (discursiva) que é a mais ponderada, se se baseia nos prós e contra que têm acumulado sobre tais políticas e desequilibrando para os contra, como o aumento da criminalidade e de conflitos culturais, além do predomínio de argumentos fracos usados para apoiá-las, tal como de que os imigrantes são importantes para combater o envelhecimento demográfico e seus efeitos na economia ou que países com histórico de colonialismo devem ser generosos na recepção de imigrantes como maneira de compensar suas atitudes do passado, como se fossem medidas plenamente sensatas e certas que resolverão seus respectivos problemas, se quanto à primeira, o mais adequado seria de, primeiro, incentivar a natalidade da população nativa, com políticas social e economicamente pró-natalistas (mas também preferencialmente pró- ambientalistas, que busquem por um equilíbrio e não uma nova explosão demográfica) e, quanto à segunda, a melhor maneira de compensar seria ajudando os países outrora colônias a se desenvolverem, se não adianta receber os seus efetivos em grande número, já que isso não irá acabar com as mazelas dos seus países, além do potencial (que tem sido comprovado) de causar mais problemas nos países que os recebem. Um outro exemplo em que o básico bom senso traduzido a um contexto de segurança pública e pessoal e que uma parte nada modesta da população de maior QI, guiada por doutrinação e conformidade ideológica, tem se posicionado contrariamente é sobre a lógica da aplicação de políticas mais severas no combate à criminalidade, preferindo por políticas mais brandas que são comprovadamente menos efetivas, até por contribuírem para aumentar a insegurança e o crime ao invés de combatê-los. Pois pode até ser o caso de que muitas dessas pessoas, por não conviverem diariamente com o grosso da "bandidagem", confortáveis em seus bairros de classe média e alta, tenham opiniões, diga-se, ignorantes sobre isso, porém adaptativo aos seus ciclos sociais, tal como nos da educação superior, saturados de conformismo ao politicamente correto vigente, dito "de esquerda"; o que não as redime totalmente, se continua a se tratar de uma grande falha na detecção de perigos, riscos, problemas, de curto, médio a longo prazo... mesmo se não as atingem diretamente, ainda que praticamente todo aquele que vive em uma cidade de porte médio ou grande em boa parte do mundo ocidental, pelo menos, se sente inseguro em alguns ou muitos contextos em seu cotidiano, demonstrando que, mesmo vivendo em bairros distantes dos periféricos ou mais pobres não os torna completamente imunes à insegurança pública.

Seria esse o maior teste dos testes de QI??


..shared by all life forms*

Capacity to adapt and which, in more objective terms, means survival capacity, especially through the search for energy/food sources and the detection of risks and dangers, and the second capacity would be even more universal, as it manifests itself in a more conceptually homogeneous (means and objective) between species, because the first capacity, although equally fundamental, can manifest itself in different ways, even with minimal cognitive or perceptual effort, such as in the case of autotrophic species, which do not find its source of energy through (strategic) predation of other life forms.

* And which I have already commented on in this other text: "Evolution, intelligence and social justice"


So, what about IQ??

Are people who score higher on cognitive tests, on average, more intelligent in finding energy/food sources and in detecting risks, dangers...??

In relation to the first capacity, yes, because there is a positive correlation between high IQ and higher income, but, with a big caveat, if modern societies have been, in part, designed to accommodate this portion of the population, facilitating their adaptation, in fact , an invention of precisely the most intelligent... In relation to the second capacity, risk detection, this relation becomes more complex and even surprisingly different from the more logical deduction, because if we use scores in cognitive tests as a comparative parameter and confront them with behaviors and beliefs of people of different intelligence ranges, even more so in this first half of the third decade of the 21st century, we will arrive at the result that scoring high correlates positively with ideas and thoughts that reflect more on naivety and ideological loyalty than on a real specific understanding of related topics, which can contribute to making a more appropriate judgment, in the sense of being more rational or aligned with the facts. For example, if we take discussions about immigration policies and multiculturalism, particularly individuals of white race and leftist ideology, abundant among those who score high on IQ tests, will be more likely to have overly positive opinions about them, which therefore , the countries where they live, but also other countries, especially if they are similar, should be more receptive to immigrants and refugees than cautious or skeptical, while it is precisely an opinion contrary to this greater (discursive) receptivity that is the most considered , if it is based on the pros and cons that have accumulated about such policies and imbalanced towards the cons, such as the increase in crime and cultural conflicts, in addition to the predominance of weak arguments used to support them, such as that immigrants are important to combat demographic aging and its effects on the economy or that countries with a history of colonialism should be generous in welcoming immigrants as a way of compensating for their past attitudes, as if they were completely sensible and certain measures that will solve their respective problems, if in terms of first, the most appropriate would be to, first, encourage the birth rate of the native population, with socially and economically pro-natalist policies (but also preferably pro-environmentalist, which seek a balance and not a new demographic explosion) and, as for the second , the best way to compensate would be to help the countries that were formerly colonies to develop, otherwise there is no point in receiving their troops in large numbers, as this will not end the problems of their countries, in addition to the potential (which has been proven) to cause more problems in the countries that receive them. Another example in which basic common sense translated into a context of public and personal security and in which a far from modest part of the population with higher IQ, guided by indoctrination and ideological conformity, has taken a contrary position is regarding the logic of applying more stringent policies. severe measures to combat crime, preferring softer policies that are proven to be less effective, even as they contribute to increasing insecurity and crime instead of combating them. Because it may even be the case that many of these people, because they do not live daily with the bulk of the "banditry", comfortable in their middle and upper class neighborhoods, have opinions that are, let's say, ignorant about this, but adaptable to their social cycles, such as higher education, saturated with conformity to the current political correctness, so-called "left-wing"; which does not completely redeem them, if it continues to be a major failure in detecting dangers, risks, problems, in the short, medium to long term... even if they do not affect them directly, even though practically everyone who lives in a medium or large city in much of the Western world,at least, feel insecure in some or many contexts in their daily lives, demonstrating that even living in neighborhoods far from peripheral or poorer neighborhoods does not make them completely immune to public insecurity.

Could this be the biggest test of IQ tests?

Sobre a confusão entre liberdade e ilimitadismo/About the confusion between freedom and unlimitedism

 É o mesmo que confundir um conceito e sua expressão básica com uma de suas expressões mais extremas. Tal como confundir alegria com algazarra ou tristeza com depressão.


It is the same as confusing a concept and its basic expression with one of its more extreme expressions. Such as confusing joy with noise or sadness with depression.

Frequentemente, a polarização não é entre conservadorismo e progressismo, mas.../Often, the polarization is not between conservatism and progressivism, but...

 .... entre "limitadismo" e "ilimitadismo"


Entre duas ideologias antagônicas, uma que quer limitar tudo e outra que não quer limitar nada. Uma que é sobre menos liberdade e outra que é sobre mais liberdade, ambas dependentes de contexto.


.... between "limitedism" and "unlimitedism"


Between two antagonistic ideologies, one that wants to limit everything and the other that doesn't want to limit anything. One that is about less freedom and another that is about more freedom, both context dependent.

O Brasil sempre foi o país da burrice e da falta de personalidade, da esquerda à direita/Brazil has always been the country of stupidity and lack of personality, from left to right

 Praticamente tudo o que se faz lá fora, especialmente de insensato, o Brasil adora copiar. É inacreditável!! E essa dificuldade de pensar por contra própria e com racionalidade está democraticamente distribuída por todo o espectro político-ideológico nesse país. Porque, de um lado, temos a "esquerda" tupiniquim traduzindo de maneira literal as chucrices das esquerdas gringas, principalmente a estadunidense, e impondo-as sempre que podem, sem direito a um mínimo de reflexão bem direcionada e objetiva, sem que seja mais uma divagação estilosa (sua especialidade)... E do outro lado, também não há nada de novo no front, porque o mesmo acontece, a(s) "direita(s)" brasileira(s) apenas copiando e repetindo posicionamentos, pensamentos, ideias e crenças vindos de fora, alimentando essa polarização que desune e enfraquece ao invés de unir o povo. São tradutoras impecáveis, mas carentes de personalidade e de real inteligência. Nós que sofremos...



Practically everything that is done abroad, especially foolish things, Brazil loves to copy. It's unbelievable!! And this difficulty in thinking independently and rationally is democratically distributed across the entire political-ideological spectrum in this country. Because, on the one hand, we have the national "left" literally translating the nonsense of the foreign Lefts, mainly the American one, and imposing them whenever they can, without the right to a minimum of well-directed and objective reflection, without it being more a stylish digression (his specialty)... And on the other side, there is nothing new on the front either, because the same thing happens, the Brazilian "right wing(s)" just copying and repeating positions, thoughts , ideas and beliefs coming from outside, fueling this polarization that disunites and weakens instead of uniting the people. They are impeccable translators, but they lack personality and real intelligence. We who suffer...

terça-feira, 14 de maio de 2024

Quanto vale um jornalista, atualmente??/How much is a journalist worth these days?

 Ou talvez desde sempre...


Com um exemplo que se tornou a regra em muitos países ocidentais:

'Homem negro comete crime hediondo"

Filtro jornalístico atualmente, mancomunado com o "politicamente correto da 'esquerda' burguesa":

"SUJEITO/JOVEM/INDIVÍDUO... comete crime hediondo"

Homem branco comete crime hediondo 

Filtro "jornalístico" atual:

"Homem BRANCO comete crime hediondo" 

Com que intuito manipular informações desta maneira?? 

Parece que já está subentendido. Ênfase na narrativa de demonização de brancos e santificação de negros... 



How much is a journalist worth these days?

Or maybe sincever...

With an example that has become the rule in many Western countries:

'Black man commits heinous crime'

Current journalistic filter, submitted with the "political correctness of the bourgeois 'left'":

"SUBJECT/YOUNG/INDIVIDUAL... commits heinous crime"

White man commits heinous crime

Current "journalistic" filter:

"WHITE man commits heinous crime"

What is the purpose of manipulating information in this way?

It seems like it's already understood. Emphasis on the narrative of demonization of white people and sanctification of black people...

Diferença exemplificada entre tristeza, melancolia e depressão /Difference exemplified between sadness, melancholy and depression

 "Luisinho ficou TRISTE com a nota vermelha na prova"


Estado emotivo básico, temporário, superficial e comum, que pode se relacionar com qualquer tipo de situação.

"Luís teve um momento de MELANCOLIA naquele domingo, refletindo sobre a sua vida, o que deixou saudades e o que virá"

Estado emotivo mais denso ou profundo, geralmente específico (relacionado com questões mais gerais ou existenciais) e que também pode se manifestar de maneira mais constante, como um traço de personalidade (e que está relacionado a um risco maior de ter depressão). 

"Prostrado na cama de tanta tristeza, Luís foi diagnosticado com DEPRESSÃO pelo psiquiatra, na semana passada"

Condição psiquiátrica ou de saúde, transtorno mental, sintomático, mais constante ou inflexível, que exige tratamento adequado e urgente...

Em suma e, respectivamente: estado comum de tristeza; estado profundo, mas não-patológico (mais reflexivo) de tristeza e, por fim, um estado patológico. 

Claro que é uma proposta de interpretação, se tratando de termos abstratos, especialmente no caso da melancolia...


"Luisinho was SAD about the lower score on the test"

Basic, temporary, superficial and common emotional state, which can relate to any type of situation.

"Luís had a moment of MELANCHOLY that Sunday, reflecting on his life, what he missed and what will come"

A denser or deeper emotional state, generally specific (related to more general or existential issues) and which can also manifest itself in a more constant way, as a personality trait (and which is related to a greater risk of having depression).

"Prostrate in bed with so much sadness, Luís was diagnosed with DEPRESSION by the psychiatrist last week"

Psychiatric or health condition, mental disorder, symptomatic, more constant or inflexible, which requires adequate and urgent treatment...

In short and, respectively: common state of sadness; deep but non-pathological (more reflective) state of sadness and, ultimately, a pathological state.

Of course, it is a proposal for interpretation, when it comes to abstract terms, especially in the case of melancholy...

O perfil mais ingrato/The most ungrateful profile

 Quem olha pra mim, até pode dizer que eu sou tímido, mais fechado, mas também pode dizer que eu sou educado e até calmo e simpático, dependendo da pessoa e do contexto de interação comigo. Também pode dizer que eu sou inteligente, no sentido de mais inteligente, de mais capaz. E, apesar de gostar de um elogio, ainda mais quando não é exagerado ou falso, esse último pode ou, costuma servir como um argumento em potencial para me criticarem por, até hoje, em que escrevo esse texto, do alto dos meus 35 anos e à beira de completar mais um ciclo, não ter conseguido um emprego. Porque as aparências mostram o que não é visível e essencial sobre a minha inteligência, em que, se estou acima da média, não é sobre as capacidades mais requisitadas para uma larga fração de empregos que inclui capacidades de interação social típica e de memorização ou aprendizado superficial e convergente. Esse, talvez, seja um dos principais motivos para que neurodivergentes, como eu, não tenham ou consigam ser empregados, porque além das nossas capacidades mais fortes não serem as mais requisitadas na maioria das profissões, ainda tendemos a apresentar perfis cognitivos muito assimétricos, cuja distância entre forças e fraquezas é grande o suficiente para limitar de maneira significativa o nosso rol de possibilidades profissionais. E, para piorar, no meu caso e que, talvez, também seja o de outras pessoas, como mostrado no início do texto, a ausência de uma deficiência cognitiva evidente, mas que se manifesta de modo mais específico e relativo, torna um diagnóstico oficial bem mais difícil, preferencialmente para autismo de suporte 1, antiga síndrome de Asperger (ou TDAH, mas com características autistas??), afinal, como que uma pessoa que aparenta ser, não apenas normal, mas, também, acima da média, tão articulada e supostamente capaz de aprender qualquer coisa ou se adaptar a qualquer ambiente de trabalho, não consegue passar com folga para a universidade pública, em um concurso ou estar empregada?? No meu caso, porque o meu perfil psico-cognitivo parece perfeitamente compatível só com algumas poucas profissões, como eu tenho mostrado em meus textos e versos: para a escrita, para funções repetitivas e simples e/ou para o trabalho acadêmico*, diga-se, o de fato, que não é só para tirar diploma, mestrado, doutorado... Pois quanto ao primeiro é muito difícil que um escritor consiga ganhar a vida só escrevendo e publicando livros (ingrata profissão de artista em que apenas uma minoria consegue se sustentar apenas trabalhando nessa área). Já, quanto ao segundo, novamente, a educação superior parece estar organizada para funcionar como uma fábrica de diplomas e de status social, ainda mais nas ciências humanas, totalmente dragadas por pseudociências "do bem" (que eu comentei mais a fundo nesse texto: Sobre as "pseudociências do bem", "de esquerda" e o mais grave). Sem falar que, como eu já comentei em outros textos, seus processos seletivos e avaliativos tacitamente discriminam de maneira excludente indivíduos com perfis cognitivos assimétricos, ao se basearem em provas generalistas, isto é, dificultando nossa entrada na universidade. 


* Eu ainda poderia trabalhar como professor, mas as minhas idiossincrasias psicológicas, mais um ambiente muito tóxico (com jornada de trabalho exaustiva, competição e picuinhas entre colegas da profissão, classes superlotadas e estudantes, em sua maioria, muito mal educados) tornam essa opção pouco viável para mim. 

Pinguins de Galápagos 

Existe uma espécie de pinguins que, por alguma razão que desconheço, acabou alocada no arquipélago de Galápagos, localizado na região intertropical, próxima à linha do Equador. Uma espécie até então conhecida por se adaptar apenas ao clima frio da Antártica... Então, eu penso o mesmo para mim e outros neurodivergentes na mesma situação e com o mesmo perfil que os meus, se também estamos em um limbo de sub adaptação, alocados longe do ideal que seria de estarmos direcionando nossas capacidades especialmente no mundo das ciências, com base nas nossas capacidades de percepção de padrões e paixão genuína por nossas áreas de interesse, ainda que tenha conseguido me firmar como escritor e poeta por meios próprios e, por enquanto, sem qualquer fim lucrativo.

 The most ungrateful profile

Anyone who looks at me might say that I'm shy, but they might also say that I'm polite and even calm and friendly, depending on the person and the context of interaction with me. They can also say that I am intelligent, in the sense of more capable. And, although I like a compliment, even more so when it is not exaggerated or false, the latter can or usually serves as a potential argument for criticizing me for, even today, when I write this text, at the age of 35 and on the verge of completing another cycle, not having found a job. Because appearances show what is not visible and essential about my intelligence, in which, if I am above average, it is not about the skills most required for a large fraction of jobs that include typical social interaction skills and memorization or learning, superficial and convergent. This, perhaps, is one of the main reasons why neurodivergent people, like me, do not have or are able to be employed, because in addition to our strongest abilities not being the most required in most professions, we still tend to present very asymmetrical cognitive profiles, whose the distance between strengths and weaknesses is great enough to significantly limit our range of professional possibilities. And, to make matters worse, in my case, and perhaps also in other people's cases, as shown at the beginning of the text, the absence of an obvious cognitive deficiency, but which manifests itself in a more specific and relative way, makes an official diagnosis much more difficult, preferably for autism level/support 1, former Asperger syndrome (or ADHD, but with autistic characteristics??), after all, how can a person who appears to be not only normal, but also above average, so articulate and supposedly capable of learning anything or adapting to any work environment, can't easily pass to a public university or be employed? In my case, because my psycho-cognitive profile seems perfectly compatible with only a few professions, as I have shown in my texts and verses: for writing, for repetitive and simple functions and/or for academic work*, say, de facto, not just to get a diploma, master's degree, doctorate... Because as for the first, it's very difficult for a writer to be able to make a living just by writing and publishing books (a thankless artist's profession in which only a minority can support yourself just by working in this area). As for the second, again, higher education seems to be organized to function as a factory of diplomas and social status, even more so in the human sciences, totally dredged by "good" pseudosciences (which I commented in more depth in this text: About the "pseudosciences of good", "leftist" and the most serious). Not to mention that, as I have already commented in other texts, its selection and evaluation processes tacitly discriminate in an exclusive manner against individuals with asymmetrical cognitive profiles, by being based on generalist tests, that is, making it difficult for us to enter university.

* I could still work as a teacher, but my psychological idiosyncrasies, plus a very toxic environment (with exhausting working hours, competition and nitpicking among colleagues in the profession, overcrowded classes and students, for the most part, very poorly educated) make this an option hardly viable for me.

Galapagos penguins

There is a species of penguins that, for some reason I don't know, ended up living in the Galápagos archipelago, located in the intertropical region, close to the Equator. A species hitherto known to adapt only to the cold climate of Antarctica... So, I think the same for me and other neurodivergents in the same situation and with the same profile as mine, if we are also in a sub-adaptation limbo, allocated far from the ideal that would be directing our capabilities, especially in the world of science, based on our ability to perceive patterns and genuine passion for our areas of interest, even though I managed to establish myself as a writer and poet through my own means and, for now, without any profit purpose.

Por que eu "ainda" me declaro como progressista??/Why do I "still" declare myself as progressive??

E eu me pergunto por que a maioria dos autodeclarados progressistas ainda se declaram progressistas?? 


Porque, diferente deles, eu jamais abaixo a cabeça ou desvio o olhar para uma injustiça mesmo se estiver sendo praticada pelo meu melhor amigo, quiçá por um partido político ou grupo identitário...


Deve ser por isso que eu continuo me declarando como progressista, por pura coerência e, também, deve ser por isso que eles fazem o mesmo, por pura incoerência... 


 And I wonder why most self-declared progressives still declare themselves progressive??


Because, unlike them, I never lower my head or look away from an injustice, even if it is being practiced by my best friend, perhaps by a political party or identity group...


That must be why I continue to declare myself as progressive, out of pure consistency and, also, that must be why they do the same, out of pure inconsistency...

Sobre a correlação (proposta) entre transtorno de personalidade borderline ou limítrofe e talento dramático/On the (proposed) correlation between borderline personality disorder and dramatic talent

 Ana Beatriz Barbosa é uma psiquiatra conhecida nos meios de comunicação brasileiros por sua capacidade de auto promoção, pelos seus livros e pelo seu carisma. Então, desde a um tempo que, aleatória e esporadicamente, comecei a acompanhar suas entrevistas e que também comecei a discordar de algumas de suas afirmações, por achá-las demasiado fantásticas*. Uma que mais me chamou a atenção foi a afirmação de que existe uma relação praticamente causal entre transtorno borderline ou limítrofe e ter um potencial para o talento dramático, justamente por causa da natureza deste transtorno de personalidade, cujo sintoma mais característico é uma instabilidade emocional crônica. De maneira mais literal, ela afirmou que, (praticamente) todo grande ator ou atriz é "borderline". Porém, contudo, todavia, existem alguns exemplos bastante notórios de que essa afirmação de causalidade não se replica para todos, talvez nem mesmo para a maioria dos casos, tal como o da brilhante atriz estadunidense Meryl Streep, que, se com base em observação dos seus traços de personalidade, definitivamente não aparenta qualquer desequilíbrio emocional severo, até o oposto disso. Pois ela não é a única. Eu também poderia citar outra camaleoa da atuação, a australiana Toni Collette, que apresenta o mesmo perfil: personalidade aparentemente tranquila e um talento gigante para incorporar diferentes personagens. No entanto, isso não significa que uma possível correlação positiva entre apresentar transtornos de humor e talento para a atuação não tenha qualquer respaldo científico, se já existem estudos que têm encontrado essa correlação em outras áreas do mundo das artes, como na escrita. O que parece ser mais provável ou próximo a uma verdade nesse tópico específico é de que transtornos de humor, como o de personalidade borderline ou limítrofe, pode ajudar no tipo literalmente mais dramático de atuação, que não é o mesmo que o tipo mais camaleônico. Para esse, eu até penso que o oposto é o mais provável, de que uma personalidade equilibrada, se não serve como um elemento de destaque na promoção de uma maior capacidade de atuação, pelo menos atua como um elemento de suporte, necessário para quem se especializa em incursões psicológicas profundas (um outro exemplo de grande atriz que não parece sofrer de transtorno de humor é Liv Ullmann, musa e ex esposa do lendário diretor Ingmar Bergman, conhecida por suas atuações dramáticas muito intensas/ e, para não ser injusto, dois exemplos de atores ou atrizes de grande talento que provavelmente sofriam de algum transtorno mental e faleceram de maneira precoce e trágica: Heath Ledger e Brittany Murphy). 


Claro que não estou pretendendo substituir uma proposta de causalidade por outra, mas de sugerir uma correlação interseccional entre os dois tipos de capacidade de atuação e os dois perfis psicológicos. 

* Desprezando completamente a pseudagem "quântica" que ela tem se enveredado ultimamente...

On the (proposed) correlation between borderline or borderline personality disorder and dramatic talent

Ana Beatriz Barbosa is a psychiatrist known in the Brazilian media for her ability to self-promote, her books and her charisma. So, since a while ago, I randomly and sporadically started following her interviews and I also started to disagree with some of her statements, finding them too fantastic*. One that caught my attention was the statement that there is a practically causal relationship between borderline disorder and having a potential for dramatic talent, precisely because of the nature of this personality disorder, whose most characteristic symptom is chronic emotional instability. More literally, she stated that (practically) every great actor or actress is “borderline”. However, there are some very notable examples that this statement of causality does not apply to everyone, perhaps not even to the majority of cases, such as that of the brilliant American actress Meryl Streep, who, if based on observation of his personality traits definitely do not appear to have any severe emotional imbalance, even the opposite of that. Well, she's not the only one. I could also mention another acting chameleon, Australian Toni Collette, who presents the same profile: an apparently calm personality and a huge talent for incorporating different characters. However, this does not mean that a possible positive correlation between having mood disorders and acting talent does not have any scientific support, if there are already studies that have found this correlation in other areas of the arts, such as writing. What seems more likely or closer to truth on this specific topic is that mood disorders, such as borderline personality disorder, can help with the literally more dramatic type of acting, which is not the same as the more chameleonic type. For this one, I even think that the opposite is more likely, that a balanced personality, if it does not serve as a prominent element in promoting a greater capacity for action, at least acts as a supporting element, necessary for those who specializes in deep psychological forays (another example of a great actress who does not seem to suffer from a mood disorder is Liv Ullmann, muse and ex-wife of legendary director Ingmar Bergman, known for her very intense dramatic performances/ and, not to be unfair, two examples of highly talented actors or actresses who probably suffered from some mental disorder and died prematurely and tragically: Heath Ledger and Brittany Murphy).

Of course, I am not intending to replace one causality proposal with another, but to suggest an intersectional correlation between the two types of acting capacity and the two psychological profiles.

* Completely disregarding the "quantum" bullshit she's been into lately...

O que é extremamente irritante de cada lado da polarização político-ideológica?/What is extremely irritating on each side of the political-ideological polarization?

 Para mim, é a pretensão/presunção intelectual e a hipocrisia do lado esquerdo e a insensibilidade e a neurose do lado direito...


For me, it's the intellectual pretension/conceit and hypocrisy on the left and the insensitivity and neurosis on the right...

"Esquerdistas sofrem de transtorno do espectro autista"?/"Leftists suffer from autism spectrum disorder"?

 Pergunta do Quora. Minha resposta 


Se partindo do provável pressuposto de que existe uma maior correlação entre alta carga mutacional e filiação político-ideológica mais à esquerda, a resposta é um não, mas não um não redondo, porque sua pergunta é uma generalização absurda e gratuitamente provocativa, ainda que, sem, necessariamente, estar sem qualquer respaldo, se, com base no fato provável acima, então, há uma maior proporção de indivíduos diagnosticados com autismo e dentro do espectro, mas sem um diagnóstico oficial, entre os ditos esquerdistas. No entanto, acredito que, para qualquer filiação ideológica extremista, radical ou fora do "mainstream" (senso comum corrente), existe uma tendência de ter mais indivíduos "neurodivergentes". Esse também parece ser o caso da extrema direita e existem até evidências anedóticas de terem mais autistas entre eles. A correlação popular que muitos têm "acusado" de existir entre autismo e esquerdismo pode ser por dois fatores, um mais concreto, confirmado por estudos, e outro por percepção anedótica: a correlação entre autismo, ateísmo ou irrreligiosidade e esquerdismo, e entre autismo, ingenuidade (causada por déficit em teoria da mente) e, novamente, esquerdismo. Nesse último, seria mais ou menos de que, contextualmente, indivíduos de esquerda tendem a julgar mal o caráter de outras pessoas e a também fazê-lo embalados por indução ideológica, tal como de considerar aqueles de grupos historicamente marginalizados como menos passíveis de expressar comportamentos cruéis por indução intrínseca, de algo da própria personalidade, se pensam que tendem a ser induzidos por circunstâncias socioeconômicas ou culturais, enquanto que tendem a generalizar e de maneira mais negativa aqueles que não compactuam com as suas crenças com fidelidade canina. Em outras palavras, parece que, indivíduos mais à esquerda usam suas crenças ideológicas como referências primárias de análise comportamental ao invés de analisarem o comportamento por si mesmo, bem como a sua frequência, por acreditarem que os contextos histórico, social e cultural (abstrações que se manifestam de maneira mais estrutural) se sobrepõem ao contexto individual, influenciando-o de maneira decisiva.

Question from Quora. My answer

If starting from the probable assumption that there is a greater correlation between high mutational load and more left-wing political-ideological affiliation, the answer is a no, but not a round no, because your question is an absurd and gratuitously provocative generalization, even though, without necessarily being without any support, if, based on the probable fact above, then there is a greater proportion of individuals diagnosed with autism and within the spectrum, but without an official diagnosis, among the so-called leftists. However, I believe that for any ideological affiliation that is extremist, radical or outside the "mainstream" (current common sense), there is a tendency to have more "neurodivergent" individuals. This also appears to be the case on the far right and there is even anecdotal evidence that they have more autistic people among them. The popular correlation that many have "accused" of existing between autism and leftism may be due to two factors, one more concrete, confirmed by studies, and the other by anecdotal perception: the correlation between autism, atheism or irreligiosity and leftism, and between autism, naivety (caused by a deficit in theory of mind) and, again, leftism. In the latter, it would be more or less that, contextually, individuals on the left tend to misjudge the character of other people and also to do so under ideological induction, such as considering those from historically marginalized groups as less likely to express behaviors cruel by intrinsic induction, from something in their own personality, if they think that they tend to be induced by socioeconomic or cultural circumstances, while they tend to generalize and in a more negative way those who do not agree with their beliefs with canine loyalty. In other words, it seems that individuals on the left use their ideological beliefs as primary references for behavioral analysis instead of analyzing the behavior itself, as well as its frequency, because they believe that the historical, social and cultural contexts (abstractions that manifest themselves in a more structural way) overlap the individual context, influencing it in a decisive way.

Mais um exemplo de correlação (negativa) entre QI e racionalidade/Another example of a (negative) correlation between IQ and rationality

 Por que parece que uma parte considerável de pessoas "de" QI acima da média se declaram de esquerda, política e ideologicamente?? E o que isso implica à racionalidade?? 


Obter uma alta pontuação em testes cognitivos, a priori, significa apenas isso. Significa que soube ser mais rápido e preciso na resolução das questões propostas, o que é não muito diferente de conseguir encaixar um cubo mágico com rapidez e precisão. E que também não é lá muito diferente do que tirar notas altas no colégio ou vencer disputas de xadrez, se são todos exemplos do uso da inteligência para uma certa finalidade, às vezes mais específica, outras vezes mais generalista. Ainda assim, nenhum deles é uma prova cabal de se ser ou estar mais racional, no sentido de sensato, prioritário aos fatos, às evidências ou à verdade objetiva, isto é, quanto a um, se não o aspecto mais importante da inteligência humana. Na verdade, existem vários estudos que não têm encontrado sequer uma correlação positiva entre os dois. Pois, a partir dos padrões de comportamento relativamente comuns, observados em indivíduos "de alto QI", é possível concluir que, o mais provável é haver uma correlação fraca à negativa. Uma boa demonstração disso, do quão pouco correlativos altas pontuações em testes cognitivos e alta capacidade racional devem estar, é pela quantidade de pessoas "de alto QI" (por dedução ou resultado) que se apegam a pensamentos, ideias e/ou argumentos que são desviantes dos fatos, contraditórios, falaciosos, potencialmente injustos... Particularmente aquelas que se tornam defensoras inflexíveis a ideias e pensamentos ditos "de esquerda", mesmo os desvarios mais óbvios, só por serem originários dos seus pares ideológicos. Desvarios óbvios que, diga-se de passagem, compõem uma parte importante das bases das crenças "esquerdistas", tal como e especialmente a negação do papel da biologia no desenvolvimento e comportamento humanos e em suas diferenças. Então, não parece difícil entender porque é improvável haver uma forte correlação entre QI e racionalidade, se os testes, além de serem testes e não exatamente evidências definitivas de inteligência, não avaliam a racionalidade, nem mesmo os "testes de racionalidade" que já foram inventados, se a melhor maneira de avaliá-la é pela qualidade do sistema individual de crenças, do quão firmado em fatos ou evidências e em argumentos ponderados está, por ser mais abrangente do que uma avaliação com base em como nos comportamos em situações hipotéticas e específicas. Portanto, não é possível que pontuações em testes de QI possam refletir níveis de capacidade racional, ainda mais de indivíduos que pontuam alto neles, mas acreditam com profunda convicção que, por exemplo, as raças humanas e as diferenças entre os sexos são apenas construções sociais (basicamente negando o que os sentidos podem perceber, por conformidade ideológica). Ainda vale dizer que, essa aparente correlação entre fanatismo político e QI, não se limita apenas aos que se declaram "de esquerda" ou "progressistas", apesar de parecer que se manifesta de maneira mais dogmática nesse grupo em particular, também por ser firmarem menos no "senso comum", ou no "bom senso" (pensamento lógico-racional) do que seus antagonistas, "direitistas conservadores", se suas crenças tendem a exigir doses extras de auto convencimento do que simplesmente se convencerem pela percepção de fatos (não significa que tudo o que defendem esteja equivocado, intelectual e moralmente, mas isso é verdadeiro para um bocado do que acreditam). 

Another example of a (negative) correlation between IQ and rationality

Why does it seem that a considerable proportion of people "with" above-average IQs declare themselves to be on the left, politically and ideologically? And what does this imply for rationality?

Getting a high score on cognitive tests, a priori, means just that. It means that I knew how to be faster and more precise in solving the proposed questions, which is not very different from being able to solve a Rubik's cube quickly and accurately. And it's also not much different than getting high grades in school or winning chess matches, if they are all examples of using intelligence for a certain purpose, sometimes more specific, other times more general. Still, none of them is complete proof of being/becoming more rational, in the sense of sensible, prioritizing facts, evidence or objective truth, that is, regarding one, if not the most important aspect of human intelligence. In fact, there are several studies that have not found even a positive correlation between the two. Because, based on the relatively common behavior patterns observed in "high IQ" individuals, it is possible to conclude that there is most likely a weak to negative correlation. A good demonstration of this, of how little correlation high scores on cognitive tests and high rational capacity may be, is by the number of "high IQ" people (by deduction or result) who cling to thoughts, ideas and/or arguments that are deviant from the facts, contradictory, fallacious, potentially unfair... Particularly those who become inflexible defenders of so-called "left-wing" ideas and thoughts, even the most obvious nonsense, just because they originate from their ideological peers. Obvious nonsense that, by the way, makes up an important part of the bases of "leftist" beliefs, such as and especially the denial of the role of biology in human development and behavior and their differences. So, it doesn't seem difficult to understand why there is unlikely to be a strong correlation between IQ and rationality, if the tests, in addition to being tests and not exactly definitive evidence of intelligence, do not assess rationality, not even the "rationality tests" that have already been invented, if the best way to evaluate it is by the quality of the individual belief system, how based on facts or evidence and on thoughtful arguments it is, as it is more comprehensive than an evaluation based on how we behave in hypothetical and specific situations. Therefore, it is not possible that scores on IQ tests can reflect levels of rational capacity, even more so of individuals who score high on them, but believe with deep conviction that, for example, human races and differences between the sexes are just social constructs (basically denying what the senses can perceive, due to ideological conformity). It is also worth saying that this apparent correlation between political fanaticism and IQ is not limited only to those who declare themselves "left-wing" or "progressive", although it seems to manifest in a more dogmatic way in this particular group, also because they are less firm in "common sense", or in "good sense" (logical-rational thinking) than their antagonists, "conservative right-wingers", if their beliefs tend to require extra doses of self-convincing than simply being convinced by the perception of facts ( does not mean that everything they defend is wrong, intellectually and morally, but that is true for a lot of what they believe).

sábado, 4 de maio de 2024

Um paradoxo da mente nostálgica/A paradox of the nostalgic mind

 Ou de algumas mentes mais nostálgicas, como a minha, é o paradoxo de ser mais seletiva quanto a eventos do passado que são preservados como lembranças, no sentido de sobreviverem apenas ou especialmente os mais interessantes ou alegres, também no sentido de estabelecer uma relação afetiva apenas com esses eventos vividos e não com aqueles, menos positivos, que se tornam memórias; uma tendência anti-traumática que contribui para pintar o passado com cores mais generosas do que realmente foi. E, então, essa mesma tendência que previne ou mitiga o risco de internalizar eventos negativos profundamente e, portanto, de gerar traumas, também aumenta a intensidade e a frequência de um sentimento de nostalgia ao mostrar um passado aparentemente desprovido de grandes tensões e conflitos, como se tudo o que o indivíduo já passou fosse um "mar de rosas", o que contribui para torná-lo mais melancólico (falo isso por experiência própria) e que, por fim,  aumenta o risco de que possa desenvolver quadros de depressão. Em suma, a nostalgia é um sentimento positivo e, às vezes, exageradamente positivo sobre o passado, que inibe o estabelecimento predominante de relações traumáticas a eventos específicos que já foram vivenciados. Mas esse mesmo sentimento que acaba agindo como uma imunidade ao trauma, pode tornar o indivíduo mais nostálgico excessivamente apegado ao seu passado e isso o levar a quadros psicopatológicos, especialmente a depressão.


Or for some more nostalgic minds, like mine, it is the paradox of being more selective regarding past events that are preserved as memories, in the sense that only or especially the most interesting or joyful ones survive, also in the sense of establishing an affective relationship only with these lived events and not with those, less positive, that become memories; an anti-traumatic tendency that contributes to painting the past in more generous colors than it really was. And then, this same tendency that prevents or mitigates the risk of deeply internalizing negative events and, therefore, generating trauma, also increases the intensity and frequency of a feeling of nostalgia by showing a past apparently devoid of great tensions and conflicts, as if everything the individual has ever been through was a "bed of roses", which contributes to making them more melancholic (I speak this from experience) and which, ultimately, increases the risk that they may develop depression. In short, nostalgia is a positive and sometimes exaggeratedly positive feeling about the past, which inhibits the predominant establishment of traumatic relationships with specific events that have already been experienced. But this same feeling, which ends up acting as an immunity to trauma, can make the individual more nostalgic, excessively attached to their past and this can lead to psychopathological conditions, especially depression.

O que Foo Fighters e suas músicas representam para mim?/What do Foo Fighters and their music represent to me?

 Representam uma época, nos anos 2000, em que o mundo parecia menos perigoso e errático, mesmo se fosse apenas uma impressão pessoal, de um espaço específico da experiência humana, de minha perspectiva de vida. 


Representam um apego ao tempo, meu pulso nostálgico. Também outro traço de personalidade, o meu desejo por um ideal de calmaria, por suas músicas tranquilas, de um mundo que a minha mente nunca permitiu que se tornasse realidade. E sua permanência reflete uma necessidade de não desistir dos meus sonhos possíveis. 

They represent a time, in the 2000s, when the world seemed less dangerous and erratic, even if it was just a personal impression, from a specific space of human experience, from my perspective on life.

They represent an attachment to time, my nostalgic pulse. Also another personality trait, my desire for an ideal of calm, for its peaceful music, for a world that my mind never allowed to become reality. And its permanence reflects a need not to give up on my possible dreams

São os mais racionais mais para a esquerda ou para a direita??/ Are the most rational ones more to the left or to the right?

 Eu disse nesse texto: "Você é ou se considera uma pessoa altamente racional??", que os indivíduos mais racionais estão mais propensos a se declararem como progressistas e até especifiquei e reforcei alguns posicionamentos que mais estariam propensos a adotar. Eu também enfatizei no mesmo texto que os mais racionais seriam uma minoria muito pequena e isso talvez ajude a corroborar primariamente essa especulação sobre a correlação entre alta capacidade racional e inclinações político-ideológicas. De qualquer maneira, ainda se trata de um salto especulativo que eu fiz e influenciado pela atmosfera política daquela época e ano em que escrevi esse texto. Pois de uns tempos para cá, eu comecei a repensar se é real ou possivelmente válido, ou seguro, fazer essa afirmação, afinal, da mesma maneira que a direita ocidental tem vários posicionamentos variavelmente desviantes da ponderação racional, o mesmo pode ser dito e até um pouco mais sobre a esquerda. Então, ao mesmo tempo que reafirmo a possibilidade de que o meu salto especulativo esteja correto, ainda que tenha feito uma afirmação mais forte, de "ser muito provável", também deixo uma dúvida, se, como tenho feito, me baseei em mim mesmo, em minha maneira idiossincrática de me categorizar ideológica e politicamente, como um progressista não-partidário, dissidente e/ou discordante de boa parte das narrativas, dos discursos e das políticas "de esquerda". Se é razoável pressupor que os mais sensatos, nesse contexto, tendam a buscar por pontos de vista racionais, independente de qual lado que estão sendo defendidos e de, consequentemente, acabarem se posicionando mais no centro do espectro político-ideológico, diga-se, uma lógica, a priori, primária (redundantemente falando). E mesmo me usando como exemplo (pedante?), apesar do meu modo de auto categorização , apenas com base em como se distribuem as tendências de posicionamentos nesse espectro, eu acabo caindo mais para o centro (um tipo mais aberrante de "centrista"). Como conclusão, quanto aos "outros' indivíduos altamente racionais, aplico a mesma lógica demonstrada acima. Ainda assim, acredito que muitos desse grupo, talvez a maioria, se inclinem mais para a esquerda do que para a direita, especialmente porque, historicamente, a direita sempre defendeu certas ideologias (pensamentos, ideias, argumentos...) e políticas abertamente contrárias à razão. Mas, claro, os atropelos tão profundos e constantes da ou, das esquerdas, também são notórios demais para não serem percebidos pelos pensadores mais sensatos. Portanto, se, e se apenas com base em como que o espectro político-ideológico está constituído, é logicamente menos provável que a maioria dos indivíduos mais racionais acabe muito para um lado ou para o outro, se ambos apresentam falhas intrínsecas e profundas. O que pode acontecer é de serem mais coerentemente reativos às ondulações sociais, culturais e políticas, em que, quando um lado está como a "situação" e, portanto, tende a se exceder no poder, se tornam mais críticos ao mesmo, ao invés do típico irracional que tende a se posicionar muito convictamente em um dos lados e a defendê-lo independente do que possa fazer de errado, agindo tal como um partidário inflexível. 



I said in this text: "Are you or do you consider yourself a highly rational person?", that the most rational individuals are more likely to declare themselves as progressive and I even specified and reinforced some positions that they would be more likely to adopt. I also emphasized in the same text that the most rational would be a very small minority and this perhaps helps to primarily corroborate this speculation about the correlation between high rational capacity and political-ideological inclinations. In any case, it is still a speculative leap that I made and influenced by the political atmosphere of that time and year in which I wrote this text. For some time now, I have started to rethink whether it is real or possibly valid, or safe, to make this statement, after all, in the same way that the Western right has several positions that varyly deviate from rational consideration, the same can be said and even a little more on the left. So, at the same time that I reaffirm the possibility that my speculative leap is correct, even though I have made a stronger statement, of "being very likely", I also leave a doubt, if, as I have done, I based it on myself , in my idiosyncratic way of categorizing myself ideologically and politically, as a non-partisan progressive, dissident and/or discordant with much of the "left-wing" narratives, speeches and policies. If it is reasonable to assume that the most sensible, in this context, tend to search for rational points of view, regardless of which side they are defending and, consequently, end up positioning themselves more in the center of the political-ideological spectrum, let's say, an a priori, primary logic (redundantly speaking). And even using myself as an example (pedantic?) . In conclusion, regarding the "other" highly rational individuals, I apply the same logic demonstrated above. Still, I believe that many of this group, perhaps the majority, lean more to the left than to the right, especially since, historically, the The right has always defended certain ideologies (thoughts, ideas, arguments...) and policies that are openly contrary to reason. But, of course, the deep and constant abuses of the left are also too notorious not to be noticed by the most sensible thinkers. Therefore, if, and if only based on how the political-ideological spectrum is constituted, it is logically less likely that the majority of the most rational individuals will end up very much on one side or the other, if both have intrinsic and profound flaws. What can happen is that they are more consistently reactive to social, cultural and political undulations, in which, when one side is like the "situation" and, therefore, tends to overreach in power, they become more critical of it, instead of the typical irrational person who tends to position himself very firmly on one side and defend it regardless of what he may do wrong, acting like an inflexible partisan.


Sobre racionalidade e neurose/About rationality and neurosis

 Até certo ponto de intensidade reflexiva, os mais neuróticos e os mais racionais praticamente formam um mesmo grupo de indivíduos que estão constantemente pensando ou refletindo sobre tudo o que lhes interessa. Então, além desse ponto, e começam a se diferir de modo que, os mais racionais são os "neuróticos' que aprendem a direcionar sua intensidade reflexiva para um caminho mais produtivo, particularmente usando-a como um meio para a melhoria de sua compreensão objetiva e imparcial da realidade, um dos objetivos mais característicos da racionalidade, e que ainda pode ajudá-los em suas adaptações nos ambientes sociais em que vivem (e que não têm que se dar de modo estritamente tradicional). 


By a certain point of reflective intensity, the most neurotic and the most rational practically form the same group of individuals who are constantly thinking or reflecting on everything that interests them. Then, beyond that point, they begin to differ so that the most rational are the 'neurotics' who learn to direct their reflective intensity in a more productive path, particularly using it as a means for improving their objective understanding. and impartiality of reality, one of the most characteristic objectives of rationality, and which can also help them in their adaptations to the social environments in which they live (and which do not have to occur in a strictly traditional way).

quarta-feira, 1 de maio de 2024

"É a falta de religião a principal causa para as baixas taxas de fecundidade"/"The lack of religion is the main cause of low fertility rates"

 É verdade que o problema também é cultural, além de também ser econômico (custo de vida alto, insegurança financeira, falta de recursos para sustentar uma família...). Também é verdade que a crença religiosa se correlaciona com maior natalidade. Mas a atual crise demográfica não está unicamente relacionada com a falta de religião, ainda que também possa ou pareça estar tendo um efeito, porque outros fatores, como o domínio de uma ideologia muito individualista e materialista*, também tem contribuído para inibir iniciativas natalistas em larga escala, afinal, são muitos os que estão mais preocupados em acumular bens materiais e preservar ou aumentar o status social do que ter filhos biológicos.


* Uma ideologia associada ao materialismo e ao individualismo "modernos" é o feminismo, com o diferencial de estar diretamente direcionado às mulheres, pelo qual acontece um incentivo praticamente unilateral a um modo de vida "independente" ou "não-tradicional", cuja máxima satisfação estabelecida é a realização profissional e pessoal, não incluindo a constituição familiar, o matrimônio e/ou a maternidade, enquanto que seria mais adequado se fosse primariamente enfatizado como feminismo o direito de escolha da mulher, inclusive por um modo de vida mais "tradicional" ou ao menos sem associá-lo ao oposto de autonomia ou independência feminina. 

It is true that the problem is also cultural, in addition to being economic (high cost of living, financial insecurity, lack of resources to support a family...). It is also true that religious belief correlates with higher birth rates. But the current demographic crisis is not solely related to the lack of religion, although it may or appears to be having an effect, because other factors, such as the dominance of a very individualistic and materialistic* ideology, have also contributed to inhibiting natalist initiatives in large scale,after all, there are many who are more concerned with accumulating material goods and preserving or increasing their social status than having biological children.

* An ideology associated with "modern" materialism and individualism is feminism, with the difference of being directly aimed at women, through which there is a practically unilateral encouragement of an "independent" or "non-traditional" way of life, whose biggest established satisfaction is professional and personal fulfillment, not including family formation, marriage and/or motherhood, whereas it would be more appropriate if women's right to choose, including a more "traditional" way of life, were primarily emphasized as feminism. " or at least without associating it with the opposite of female autonomy or independence.

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Sobre heresias máximas, genocídios (ou suicídios coletivos), soluções e problemáticas/About maximum heresies, genocides (or collective suicides), solutions and problems

 Uma potencial solução ou mitigação para um problema sério, tratado como heresia máxima no nosso tempo: o "genocídio" ou (risco de) "extinção" de populações brancas 



Amish, menonitas e judeus ortodoxos têm uma coisa em comum, além da religiosidade ferrenha: são culturalmente insulares, endogâmicos e também se destacam por suas altas taxas de fecundidade. Ok. Mas e daí, o que isso tem haver?? 

Tem que seriam um modelo de solução para a atual e grave crise demográfica... e racial que assola o mundo ocidental*, em que, mantidas as condições demográficas das últimas quatro ou cinco décadas, até o final desse século XXI, ocorrerá um evento de extinção em massa das populações de raça branca em praticamente todo mundo (com algumas poucas exceções, particularmente as citadas), por causa de suas taxas de fecundidade e de natalidade muito baixas, de suas taxas crescentes de miscigenação racial (fenótipos altamente recessivos) e da imigração excessiva para países, atualmente, de maioria branca, como EUA e França. E tudo isso depois de anos de aparelhamento ideológico das principais instituições do mundo ocidental, sequestradas por extremistas radicais "de esquerda" (e talvez ou, também, por outro grupo, como especulei nesse texto: "Genocídio branco patrocinado pela "judiaria organizada": 'teoria' conspiratória ou realidade??"), para impor ideologias que promovem o auto-ódio por culpa histórica e coletiva apenas a indivíduos de raça branca, e políticas danosas à integridade étnica de suas nações, tal como o "multiculturalismo" (basicamente, alto fluxo de imigração de indivíduos de outras raças). E claro que não me esqueço da combinação entre feminismo** e capitalismo*** que contribuem para derrubar as taxas de fecundidade e natalidade para níveis muito baixos, atualmente. 

* Não apenas no mundo ocidental, mas também em outras regiões do mundo, como na Ásia Oriental 

** Muitas mulheres adiando ou se abstendo da maternidade por razões profissionais, por também associarem emancipação ou autonomia feminina à igualdade com os homens 

*** Alto custo de vida; pouco ou nenhum suporte aos casais jovens, especialmente os de classe média, que desejam ter filhos e também às famílias constituídas

Então, a constituição de comunidades étnicas de brancos preocupados com o risco real de extinção de suas cepas, centralizadas em uma cultura de auto preservação, seria uma potencial solução ou, ao menos, uma mitigação desse problema. Porém, sem estar livre de problemáticas, especificamente por causa do risco do surgimento de um ou mais cultos dominados por sociopatas (abundantes na extrema direita) e, portanto, ideologicamente corrompidos, que pode levar ao fracasso prematuro desse empreendimento humanitário ou o oposto, ao seu sucesso, mas associado a uma administração potencialmente antiética. 

Mas isso é... racismo???

Um povo ou etnia querer preservar a si mesmo é racismo, por acaso??? Racismo não seria negar ou ser contra isso??

E não é "apenas' uma questão de preservar variações fenotípicas, mas de também preservar as populações humanas que apresentam as médias mais altas de capacidades cognitivas**** e consequentes realizações civilizacionais, especialmente brancos de origem europeia e nordeste asiáticos (existem grupos igualmente ameaçados de extinção por razões parecidas, de outras regiões, como os Parsis, um grupo étnico que vive, em sua maioria, na Índia e que tem um peso desproporcional de contribuições sociais e históricas ao país). Ou seja, não é "apenas' uma questão moral, mas também funcional, pragmática, em que está em jogo o futuro da humanidade. 

**** Cujo potencial é essencialmente hereditário.



  A potential solution or mitigation for a serious problem, treated as the ultimate heresy in our time: the "genocide" or (risk of) "extinction" of white populations


Amish, Mennonites and Orthodox Jews have one thing in common, besides staunch religiosity: they are culturally insular, endogamous and also stand out for their high fertility rates. Ok. But so what, what does this have to do with??

They must be a model solution for the current and serious demographic... and racial crisis that is plaguing the Western world*, in which, maintaining the demographic conditions of the last four or five decades, by the end of this 21st century, will occur an event of mass extinction of white populations practically everywhere in the world (with a few exceptions, particularly those mentioned), because of their very low fertility and birth rates, their increasing rates of racial miscegenation (highly recessive phenotypes) and excessive immigration to countries, currently, with a white majority, such as the USA and France. And all this after years of ideological rigging of the main institutions of the Western world, hijacked by "left-wing" radical extremists (and perhaps or, also, by another group, as I speculated in this text: "White genocide sponsored by "organized Jewry": conspiracy 'theory' or reality??"), to impose ideologies that promote self-hatred through historical and collective guilt only on individuals of the White race, and policies that are harmful to the ethnic integrity of their nations, such as "multiculturalism" (basically, high immigration flow of individuals of other races). And of course I don't forget the combination between feminism** and capitalism*** that contribute to bringing fertility and birth rates to very low levels today.

* Not only in the Western world, but also in other regions of the world, such as East Asia

** Many women postpone or abstain from motherhood for professional reasons, as they also associate female emancipation or autonomy with equality with men

*** High cost of living; little or no support for young couples, especially those from the middle class, who wish to have children and also for formed families

Therefore, the creation of ethnic communities of White people concerned about the real risk of extinction of their strains, centered on a culture of self-preservation, would be a potential solution or, at least, a mitigation of this problem. However, without being free from problematizations, specifically because of the risk of the emergence of one or more cults dominated by sociopaths (abundant on the far right) and, therefore, ideologically corrupt, which could lead to the premature failure of this humanitarian enterprise or the opposite, to its success, but associated with potentially unethical management.

But is this... racism???

A people or ethnic group wanting to preserve themselves is racism, by any chance??? Racism wouldn't mean denying or being against it??

And it is not "just" a question of preserving phenotypic variations, but also of preserving human populations that present the highest averages of cognitive abilities**** and consequent civilizational achievements, especially Whites of European origin and Northeast Asians (there are groups equally threatened with extinction for similar reasons, from other regions, such as the Parsis, an ethnic group that lives, for the most part, in India and that has a disproportionate weight of social and historical contributions to the country). a moral issue, but also a functional, pragmatic one, in which the future of humanity is at stake.

**** Whose potential is essentially hereditary.

sábado, 27 de abril de 2024

Sobre mais dois casos de manipulação semântica para fins políticos supostamente benignos: discriminação e segregação/About two more cases of semantic manipulation for supposedly benign political purposes: discrimination and segregation

 (Eu já falei sobre o caso da xenofobia nesse texto: "Novo exemplo de desonestidade 'de esquerda': xenofobia")

Sempre imorais??

Discriminar é o ato de tratar de maneira diferente, de diferenciar.

Segregar é o ato de separar, dividir ou isolar.

São duas palavras abstratas e, como costuma acontecer com esse tipo de palavra, estão desprovidas de uma determinação moral que só é imposta a partir de uma contextualização. Isso significa que, discriminar pode ser moralmente bom ou ruim, assim como segregar. No entanto, graças ao aparelhamento ideológico progressivo das instituições tradicionais, especialmente no mundo ocidental, essas duas palavras têm sido unilateralmente determinadas como imorais, também no sentido de injustas ou irracionais, como se segregar ou discriminar fosse sempre errado (exagerado, desnecessário, cruel...).

Ainda dentro de suas respectivas possibilidades, existem atos correspondentes de auto discriminação e de auto segregação, quando são mais direcionados para si mesmo. Um bom exemplo de auto segregação é a existência de grupos religiosos, vezes determinados por linhagens raciais, tal como os judeus ortodoxos e os amish. Já em relação à auto discriminação, pode e costuma se dar em vários contextos pessoais, mesmo sem ser percebida pelo indivíduo.



Exemplos em que segregação e discriminação não são imorais:


Segregar indivíduos ou grupos de indivíduos objetivamente considerados perigosos para a segurança pública ou mesmo de se auto segregar em relação aos mesmos...

Discriminar pelos artistas mais objetivamente talentosos para uma finalidade específica que busca pelo primor artístico.

A própria meritocracia é um tipo de discriminação positiva.

Separar vagas de estacionamento para deficientes físicos; tratar deficientes mentais de maneira positivamente diferenciada ou positivamente discriminatória.


Exemplos históricos de práticas de segregação e discriminação que têm sido retratados como absolutamente abjetos pelos mesmos indivíduos que inventaram e/ou adotam manipulações semânticas desses termos:


Segregação racial na África do Sul e no sul dos EUA


Pois apesar de serem exemplos de segregação por critério de raça e portanto, passíveis de crítica*, se é mais racional segregar por critérios mais objetivos, tal como por comportamento, não foram baseados unicamente no desejo ou intuito de separar indivíduos por raça, mas também e, justamente, com base em estatísticas de comportamento por grupo racial. Portanto, mesmo se o critério usado fosse o comportamento, ainda ocorreriam níveis variados de segregação racial, por causa das diferenças médias de tendências comportamentais entre as populações humanas.


* Pelo critério de auto segregação, há pouco com o que discutir.


Por fim, é importante destacar que discriminar e segregar são atos constantes, praticamente inevitáveis em nossas vidas e também nos ambientes sociais em que navegamos. Então, lutar contra algo que nós é tão lógico, básico e natural não parece contraproducente. Como conclusão, o ideal seria de buscarmos pelas medidas mais racionais ou justas de discriminação e segregação e não de nos iludirmos tratando-as como desejavelmente descartáveis.


 (I already talked about the case of xenophobia in this text: "New example of 'left-wing' dishonesty: xenophobia")


Always immoral??


Discriminating is the act of treating differently, of differentiating.

Segregation is the act of separating, dividing or isolating.


They are two abstract words and, as is often the case with this type of word, they are devoid of a moral determination that is only imposed through contextualization. This means that discriminating can be morally good or bad, just like segregating. However, thanks to the progressive ideological rigging of traditional institutions, especially in the Western world, these two words have been unilaterally determined to be immoral, also in the sense of unfair or irrational, as if segregating or discriminating were always wrong (exaggerated, unnecessary, cruel. ..).


Still within their respective possibilities, there are corresponding acts of self-discrimination and self-segregation, when they are more directed towards oneself. A good example of self-segregation is the existence of religious groups, sometimes determined by racial lineages, such as Orthodox Jews and the Amish. Regarding self-discrimination, it can and usually occurs in various personal contexts, even without being noticed by the individual.


Examples where segregation and discrimination are not immoral:


Segregating individuals or groups of individuals objectively considered dangerous to public safety or even self-segregating in relation to them...

Discriminate among the most objectively talented artists for a specific purpose that seeks artistic excellence.

Meritocracy itself is a type of positive discrimination.

Separate parking spaces for disabled people; treat mentally disabled people in a positively differentiated or positively discriminatory way.


Historical examples of segregation and discrimination practices that have been portrayed as absolutely abject by the same individuals who invented and/or adopted semantic manipulations of these terms:


Racial segregation in South Africa and the southern US


Because despite being examples of segregation based on race criteria and therefore subject to criticism*, although it is more rational to segregate based on more objective criteria, such as behavior, they were not based solely on the desire or intention to separate individuals by race, but also and, precisely, based on behavioral statistics by racial group. Therefore, even if the criterion used was behavior, varying levels of racial segregation would still occur, because of the differences in average behavioral tendencies among human populations.


* According to the self-segregation criterion, there is little to argue with.


Finally, it is important to highlight that discriminating and segregating are constant acts, practically inevitable in our lives and also in the social environments in which we navigate. So, fighting against something that is so logical, basic and natural to us does not seem counterproductive. In conclusion, the ideal would be to look for the most rational or fair measures of discrimination and segregation and not to deceive ourselves by treating them as desirably disposable.

sexta-feira, 26 de abril de 2024

I wasnt born for this world /Eu não nasci para esse mundo

 Therefore, in the drift I keep

Right in the middle of sea
From its dirty waters
High and murky waves
Useless madness
Constant rage
Dominant cruelty
Clinging to the skirts of the one I love most
Like a cornered boy who forgot to grow up
Who never learned to flap wings and fly
Like a fallen angel
That only add weight to the body
Always fragile
To Desire 
Always so large
Stomping the feet to avoid sink
Without the gifts of an adapted life
Chronically misaligned
Not knowing what a worker's routine is
But knowing from them that it's not easy
Even without the privilege of an illusion
Where the straight line doesnt bends
Without filtering the world
Sipping its salty flavor
Subjected to its bitter mood, heat or cold
Shallow and deep
Living directly
But I survive
Because I got used to the white clouds
With the pleasure of affection
With hunger and thirst
And the satiety of a cycle
With hope always burning
With this so difficult addiction
As if i always reborn
As if it weren't impossible

Eu não nasci para esse mundo

Por isso, na deriva eu continuo 
Bem no meio do mar
De suas águas sujas
De suas ondas altas e turvas
De sua inútil loucura
De sua constante estupidez
De sua dominante crueldade 
Agarrado nas saias de quem eu amo mais
Como um menino acuado que esqueceu de crescer 
Que nunca aprendeu a bater asas e voar
Como um anjo caído 
Que só fazem peso ao corpo 
Sempre frágil
Aos desejos
Sempre fartos 
Batendo os pés para não afundar
Sem os artifícios de uma vida adaptada 
Cronicamente desalinhado
Sem saber o que é a rotina de um trabalhador
Mas sabendo por eles que não é fácil 
Que é injusta
Ainda mais sem o privilégio de uma ilusão 
Em que a reta não encurva
Sem filtrar o mundo
Sorvendo o seu sabor salgado 
Submetido ao seu humor amargo, calor ou frio 
Raso e profundo
Vivendo diretamente 
Mas eu sobrevivo 
Porque me acostumei com as nuvens brancas
Com o prazer de um carinho
Com a fome e com a sede
E a saciedade de um ciclo
Com a esperança sempre ardente 
Com esse vício tão difícil
Como se sempre renascesse 
Como se não fosse impossível