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sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Por que eu não sou um leitor assíduo??

 Porque eu sou muito imaginativo 


Portanto, pelo menos em relação aos livros de ficção, não tenho necessidade de ler as estórias dos outros para atiçar minha imaginação ou me distrair se estou sempre produzindo as minhas com a mesma.

Porque eu sou muito introspectivo 

Da mesma maneira que acontece com a imaginação, a minha introspecção também ocupa uma fração considerável do meu tempo, impedindo que me dedique à leitura de livros grandes.

Porque eu sou muito distraído e curioso

Concentrar minha atenção na leitura de apenas um livro por determinado período parece impossível. Nem para ver vídeos curtos na internet, se eu também não consigo ver apenas um por vez. 

Porque eu sou, eu mesmo, um escritor

E, pelo menos para mim, me motiva mais a escrever, a produzir ideias, pensamentos, artigos, prosas e poesias, do que apenas ler os dos outros. 

Porque eu sou essencialista 

Eu tenho uma forte tendência de "ir direto ao ponto" ou de buscar o cerne da questão e, ler livros exige tolerância, de ir acompanhando cada capítulo, deixando que a estória se desenrole por si mesma.

Eu sou o tipo que não se importa que me digam como termina a estória de um livro ou de um filme.

Porque eu tenho interesses especiais e dominantes

Se ler livros grandes, que não estão necessariamente relacionados com os meus interesses intelectuais ou literários, não é, para mim, uma motivação intrínseca. 

Porque eu sou intolerante 

Qualquer "coisinha" que eu considere imoral ou inaceitável de estar em um livro, ainda mais se tiver o humor como suposta intenção, eu o paro de ler na hora. Por exemplo, teve um livro do Dostoiévski, O Idiota, que eu comecei a ler e não consegui continuar porque, logo no início da estória, o autor usa uma situação de extrema crueldade com um cachorro para "fazer rir".  

segunda-feira, 19 de março de 2018

Menor atividade na "rede da imaginação", maior sensibilidade sensorial//autismo??

A tal "default network" também poderia funcionar como um filtro em relação aos ruídos de fora menos [ou o oposto] em relação à vozes humanas (seres, próprios pensamentos, de maneira geral).

Sensibilidade mentalista/introspectiva versus mecanicista.

sábado, 10 de março de 2018

Imaginação = tipo de inteligência visual-espacial atrelada à "rede de introspecção"

Ou inteligência/capacidade visual-intrapessoal ou visual-autobiográfica

Inteligência visual-espacial = diferenciação entre autobiográfico e semântico.

Inteligência visual/imaginativa = sem essa diferenciação.

ou,
ou,
ou

[_ ã o]

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Simples explicação para a co-ocorrência de gênio e desordens mentais (se já não falei, e quase certo que sim)

Hipo, médio, hiper

Desordens: HIPER ou hipo...

Virtudes ou SUPER ORDENS: HIPER ou hipo 

Normal: médio ou amalgamado indiscriminado

Gênio: HIPER ou hipo 

O aumento de algumas virtudes pode vir acompanhado pelo aumento de desordens.


E a presença de desordens, pode amplificar virtudes OU reduzir deficiências.

Exemplo: imaginação hiper-ativa no caso do espectro psicótico que se for combinado com certas características [capacidades cognitivas acima da média, traços de personalidade específicos], pode vir a resultar em um perfil favorável à expressão da criatividade...

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

"Default network" ou rede intrapessoal?? Continuando com a minha...

... pretensiosa tentativa ''quixotiana'' de objetividade da linguagem [algo muito óbvio de se constatar, diga-se].

Recentemente eu vi um estudo em que mostrou que as pessoas com esquizofrenia e parentes próximos exibem hiper-conectividade e hiper-atividade na região do cérebro denominado de "default network" e portanto dificuldade de supressão da mesma], onde é produzido a introspecção, a meta-cognição e também a imaginação. Parece fazer sentido que aqueles que são afetados por distúrbios psicóticos e os seus parentes próximos compartilhem essas características neurofisiológicas claro que em graus variados. Eu, como um parente próximo de um portador de distúrbio psicótico (mentira patológica), acredito que também exiba hiper-atividade (e talvez hiper-conectividade) nessas áreas, se eu sou muito imaginativo, sonhador, e que isso também tenda a ter efeitos mais adversos como as minhas tendências paranoicas. Eu já cheguei a comentar em alguns textos que quando eu estou mais desligado desse estado, digamos, mais intrapessoal, e apenas me foco na interação com o exterior ou redor, a minha paranoia simplesmente desaparece. 


Agora partindo de minha ideia de hiper-objetividade e mesmo minimalismo na linguagem, eu vejo ''mais e mais'' essa tal 'Default Network' como uma "Rede Intrapessoal", ou de pensamentos desta natureza, e que deveríamos ou que poderíamos usar essa re-definição, por causa de seu caráter mais auto-entendível [ou não, e dane-se].

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Ainda mais claro pra mim que

eu "tenho" uma versão amalgamada da mentira patológica do meu tio materno como eu já falei algumas vezes. Ou seria melhor, de sua imaginação muito fértil, tal como um fenótipo estendido (paranoia, imaginação, etc). Só que, enquanto que ele não tem controle cognitivo para manter esse mundo imaginário apenas dentro da sua cabeça eu por enquanto tenho e espero sempre ter. De fato eu tenho um impulso para viver parte do meu tempo diário no meu mundo imaginário, com os personagens (a maioria de mulheres) e em seus cenários artificiais, tal como um escritor que vive a sua história, enquanto que o mentiroso patológico vai ainda mais longe nesse tipo de alienação pois pretende transformar o seu paralelismo existencial/intra-pessoal em algo real/compartilhado. Interessante como as três malditas: cultura, ideologia "ou" religião, parecem fazer o mesmo. Este impulso no entanto é controlável, por agora. Já não posso dizer o mesmo quanto ao meu tio e seria bom se mais pessoas além de mim pudessem de fato compreendê-lo via empatia interpessoal benigna total.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Excesso de imaginação: esquizofrenia e mentira patológica


Aquele que sente/percebe padrões onde não há/condição hiper imaginativa "passiva" ou involuntária/ (ação) primária [e em relação à verdade objetiva/concreta/imediata] 


ou mesmo: criatividade patológica involuntária

Daquele que cria padrões onde não há/ condição hiper imaginativa "ativa" ou "voluntária"/ (reação) secundária [e em relação à verdade subjetiva/abstrata/buscada/ampliada]


ou mesmo: criatividade patológica voluntária

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Criativo contínuo: espectro e com intersecções entre a TDAH, as psicoses e o autismo [um ''pouquinho' de cada*]

Eu sou um quase-TDAH...

Eu estou a alguns poucos quilômetros de distância do espectro menos alargado da TDAH. Mais um pouco fervendo no útero de mamãe e teria nascido bem mais desatento e [mentalmente/e talvez fisicamente] hiperativo. Assim como a um típico TDAH, a minha imaginação é fértil e os meus impulsos instintivos fortes, predominantes, principalmente na parte cognitiva. Sou apenas motivação intrínseca nesse lado, de modo que, ''estudar'' algo do qual não gosto visando por exemplo uma prova de concurso público, se consiste em uma espécie de odisseia pra mim, quase que como tentar levantar uma pedra muito grande [como eu já comentei].

E eu também estou pertinho do espectro maior das psicoses...

Isso, portanto, significa que eu ainda não sou um ''esquizo-forme'': esquizo-típico, esquizo-afetivo ou esquizo-sei-lá-o-que-mais...

Sou mais paranoico que a média, mas creio eu que tenho uma maior proporção de razões racionais para sê-lo, e no fim, paranoias super-bizarras, eu, definitivamente, nunca tive. Por perceber mais padrões, por ser mais sensível a eles, também acredito que isso se consista em mais uma manifestação branda de minha condição como vizinho próximo da rua esquizo-mórfica. Sem falar de minha leve porém companheira ciclotímia. 

Portanto se tivesse de capengar em mais um novo delírio pseudo-aproximativo estatístico eu me compararia com o cidadão comum pagador-de-impostos desta maneira

[Pertinho ou já dentro do espectro maior do autismo*

Especialmente em relação aos interesses 'obsessivos'' e pensamento mais literal*]

De 0 a 1

0 a 0,3 baixo [definitivamente não tenho/não sou]
0,4 médio baixo
0,5 médio [maior amplitude, ser ou não ser, eis a situação]
0,6 médio alto
0,7 a 0,8 [definitivamente eu sou/tenho]

TDAH [sintomas e ''sintomas''] = 0,6 [eu]

TDAH típico = 1,0

cidadão comum = 0,3

Esquizofrenia/ espectro psicótico = 0,5 [eu]

Esquizofrênico típico = 1,0
Esquizo-típico/afetivo = 0,7

cidadão comum [brasileiro médio] = 0,3


Transtorno ou personalidade bipolar = 0,5 [eu]

Bipolar típico = 1,0
Ciclotímico = 0,7

cidadão comum = 0,2/0,3

Autismo/espectro largo do autismo= 0,5 [eu]

Autista típico= 1,0
Asperger= 0,8/0,9
Autista de alto funcionamento= 0,9

cidadão comum = 0,2


sábado, 1 de julho de 2017

Materialista/partidário = menor imaginação/ abertura para a experiência = mais extrospectivo/ menos consciencioso = mais consumista = maior degradação ambiental ...

Vitalista/idealista = maior imaginação/abertura para a experiência = mais introspectivo/ mais consciencioso = menos consumista = menor degradação ambiental

Resultado de imagem para imagination spongebob

Apesar de parecer uma dicotomia política ou ideológica, eu acabei pegando uma perspectiva de comparação mais distinta em que ''o mais direitista'' será menos consciencioso que ''o mais para a esquerda'' do espectro, já que a conscienciosidade é um construto psicológico largo, com várias facetas, e algumas delas parecem estar mais presentes em tipos ideológicos menos enviesados para o ''lado direitista''. 

Neste sentido, a combinação de uma maior capacidade imaginativa + maior conscienciosidade, é possível que, logicamente falando, resultará com maior frequência em um maior autocontrole, porque uma maior imaginação tende a compensar ou a reduzir o desejo materialista/consumista mais agudo, pela própria situação de ''viver mais ou com maior assiduidade no próprio mundo'', do que no ''mundo exterior'', tendo como possível efeito um maior autocontrole, e mesmo uma maior conscienciosidade, no sentido/ou faceta de ''tomar consciência'', especialmente em relação ao meio ambiente. Também acho que, para alguns a predominantes tipos, maior a imaginação, maior a memória autobiográfica EM RELAÇÃO à memória semântica, e menor aptidão aos trabalhos e ambientes tecnologicamente antropomorfizados = maior consciência ambiental = maior vontade de viver em ambientes moderadamente naturais, e interesse em ''bens vitais'' [pessoas, seres] do que em ''bens materiais'' ou em sua aquisição. 

Maior imaginação pode vir a se relacionar com um maior bem-estar intrapessoal = ''eu fico mais satisfeito comigo'', e quanto maior a conjugação das duas variáveis, em termos de intensidade, maior a vulnerabilidade possivelmente acidental ou não-intencional para a hipo-socialização, sem necessariamente ser hipo-sociável, mas se tornando hipo-social, porque se a sua imaginação/você lhe basta, como eu já falei em outro texto, então sentirá menor necessidade da socialização para preencher a sua caminhada existencial.




sábado, 24 de junho de 2017

Um dos tipos de hipo-sociais

Difícil de socializar, mas por que*

Muitas pessoas sentem uma necessidade incontrolável para bater perna na rua, ou melhor para socializar. Eu não. 

E você*

Por ''me adorar'', eu não sinto grande falta da presença alheia, ao menos de um número mais significativo de pessoas ''dentro' ou em atrito com o meu território pessoal. 

Desde criança que, por causa de minha imaginação fértil e pelo que parece, certo bem-estar pessoal, que não sinto grande falta da socialização. Não é que eu não goste de fazer amigos, acho que todo mundo gosta, mas que, aqueles que são ''excelentes candidatos'' para compartilhar as suas vidas comigo escasseiam em minha ''comarca''. Muitos podem entender como ''elitismo'' e até seja, porque afinal de contas, tem aqueles que são muito R-seleção e acabam fazendo ''amizade'', diga-se, invariavelmente superficial, com um monte de gente ao longo de suas vidas. Como eu sou uma espécie de extremo-K neste sentido, então a priore eu terei muito mais dificuldade de manter relações interpessoais além de minha família imediata [e olhe, se não fosse pela conveniência já os teria dado cartão vermelho faz tempo]. Não é que eu seja super-mega-ultra-plus exigente, não necessariamente. Por exemplo o meu melhor amigo atualmente e espero que por todo o nosso resto compartilhado de vida, não é a pessoa mais inteligente nem a mais racional do mundo. Ele me faz bem sendo quem ele é, isso acontece, para o nosso bem assim como também para o nosso mal, porque dependendo dos defeitos, nós podemos cair em enrascadas, e é comum que isso aconteça mais com mulheres do que com homens.

No mais é isso, eu me basto e por me sentir tão satisfeito com a minha própria companhia, pode e parece ter consequências subsequentemente óbvias tal como uma hipo-socialização. 

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Impulso simulado= imaginação. Tentativa de re-explicar a minha teoria sobre a imaginação

No meu último texto sobre imaginação parece que eu não deixei muito bem explicado do que se tratava. Então agora com este texto possivelmente pequeno eu pretendo fazê-lo. Eu disse que a imaginação ou que a sua composição fundadora se consistiria em uma assimetria entre a vontade de fazer muitas coisas ou impulsividade e maior auto controle. Ficou estranho o uso do termo assimetria ainda que possivelmente falando faça sentido de alguma maneira. No entanto tive outras ideias de como explicar esta minha teoria de maneira menos confusa ou cavernosa. Vamos lá!

O próprio nome diz: impulso simulado. Vou pegar um exemplo proto-erótico, o nobre ato da masturbação. O sexualmente impulsivo que é incapaz de se conter, quando lhe vem à mente a vontade de fazer sexo, geralmente ou esperadamente, se porá a buscar pela consumação de tal ato até mesmo por vias extremamente imorais como o estupro. Em compensação quem é muito imaginativo pode ser capaz de, em partes, se contentar com uma "homenagem" no banheiro, imaginando cenas e forçando sensações. O que percebemos? Ele tem impulsos fortes. Mas também tem auto controle e pode ter a imaginação como aliada, como uma maneira de sanar temporariamente uma vontade que não pode satisfazer ao vivo, isto é, com uma pessoa de carne e osso. Não sei quanto a vocês mas eu sempre fui muito imaginativo e quando fico muito nervoso com uma pessoa ou situação eu imagino cenas sei lá, de assassinato/justiça final ou de brigas. Percebam que o imaginativo parece ou pode ser muito impulsivo mas também auto-controlado, tudo ao mesmo tempo. A imaginação aparece como uma maneira de conter a impulsividade ao menos parcialmente. Aquele que é muito impulsivo poderia ser o tipo que "vive a própria fantasia" tendo ou vendo poucas barreiras (geralmente morais) que o impeça de tentar consumar certo ato, imoral ou não.

Evidente que  a imaginação é um produto do pensamento abstrato [pensar além do imediato], de um maior autocontrole [via reflexão ideacional ou planejamento antes da ação], mas também de um maior impulso, se funciona justamente como uma simulação mental daquilo que se impulsionou ou desejou fazer.


Portanto quando sentimos a necessidade de fazer algo e não é possível de se consumá-lo ao vivo ou de maneira literal, então tenderemos a apelar para as nossas capacidades imaginativas, e claro que, aquele que as exibi-las de maneira, constante e [minimamente] vívida, muitas vezes o fará por causa de seu maior auto-controle, transbordamento em pensamentos vívidos, aquilo que não pôde consumar no exato momento. Também poderíamos pensar no imaginativo como alguém que tem muita vontade ou impulso de viver de maneira mais agitada mas por causa tanto de suas capacidades imaginativas quanto de seu maior auto-controle acaba utilizando deste artifício como compensação, ''concordando'' em partes com o meu primeiro texto sobre esse assunto. Portanto temos o impulsivo e o impulsivo com maior auto-controle, e que pode usar a imaginação como descarga de seus impulsos, de praticar no pensamento aquilo que pretendeu fazer de maneira literal ou real. Claro que, altos níveis de imaginação podem comungar com altos níveis de impulsividade comportamental, e mesmo a maioria dos mais imaginativos, por serem ou parecerem ser mais vívidos, acabarão sendo menos auto-controlados do que por exemplo uma pessoa com níveis mais baixos de imaginação, mais ''pé no chão''. Aqui eu propus que a imaginação parece funcionar como uma válvula de compensação, por parecer que se manifesta com maior intensidade em indivíduos que são ao mesmo tempo, mais vívidos/instintivos/impulsivos mas também mais auto-controlados. Transformam o impulso instintivo em simulação mental, ao invés de praticá-lo, de irem diretamente do pensamento para a ação. Portanto apesar de sua maior energia vívida, em média, pelo que parece ser, o muito imaginativo, justamente por causa de sua maior tendência para a deliberação ideacional/imaginativa, será mais propenso a dialogar e refletir mais, a priore, antes de praticar uma ou outra ação, tal como, metaforicamente, se tivéssemos uma grande massa de água seguindo em direção a certo porto e ao invés de invadi-lo e subsequentemente a cidade em frente, parasse em meio às barreiras e portanto jorrasse de maneira mais esparsada e fraca do que direta e portanto intensa. O imaginativo ou talvez alguns tipos, seria aquele que apresentaria uma grande carga de pensamentos ou impulsos instintivos mas que ao invés de se entregar à correspondência imediata dos seus desejos, ''dialogaria'' consigo mesmo com o intuito de frear as suas disposições impulsivas. O famoso ''contar até 10'', mas com imagens e sensações.


Ou nem tanto....

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Imaginação: assimetria entre a vontade de fazer muitas coisas + auto-controle

Será*

Tive um insight agora sobre a possível composição fundadora da imaginação: assimetria entre a vontade de fazer ''muitas coisas'' ''ao mesmo tempo'' [ou apenas faze-las] + maior autocontrole, tal como se a impulsividade comportamental fosse internalizada ao invés de praticada ao ''ar livre'', e em especial, ''as coisas'' que não estão facilmente acessíveis pra serem vividas. Enfim, mais uma ''teoria'', talvez a desenvolva um pouquinho mais, como eu, um homem econômico, gosto de fazer.  

terça-feira, 21 de março de 2017

Imaginação auditiva e um possível espectro: do auto-ventríloquo ao psicótico



Imagem relacionada


Quando eu estou "usando" a "voz interior" para imaginar, eu também estou quase mexendo minimamente com a língua e com a laringe, de maneira obviamente mais interna. Tal como um ventríloquo maravilhoso que sequer precisa mexer os lábios para dar voz ao seu boneco, se é que este profissional existe, eu sou do tipo que exibe uma "imaginação' auditiva mais manualmente deliberada, do que "puramente" mental, e talvez isso me ajude a não ter alucinações desta natureza como um esquizofrênico costuma ter

Eu percebo em mim uma maior motivação intrínseca para a imaginação, auditiva e visual, do que necessariamente uma maior capacidade de imaginação

Tal como eu falei sobre a minha imaginação visual, a mesma é de baixa resolução, porque eu não consigo simular com perfeição a realidade aqui fora dentro da minha mente, no máximo conseguindo reproduzir sequências distorcidas tanto em relação às cores quanto em relação à forma. E o mesmo acontece com a auditiva, em que eu consigo replicar com qualidade fraca os sons das vozes de pessoas conhecidas, de fenômenos atmosféricos, etc...

Enfim eu realmente não sei se algumas pessoas apresentam qualidade imaginativa superior, mesmo se este traço de fato varia consideravelmente entre elas. 


Se for o caso, e eu estou apostando que sim, se nós temos pessoas que praticamente não tem capacidade de imaginação nem motivação intrínseca para este tipo de atividade mental, então por que não pensar no exato oposto, e especialmente em relação à qualidade imaginativa*

Imaginação intrusiva ou de natureza psicótica 


Medo de fantasmas...


Eu já comentei que eu tenho medo de ''fantasmas'' mesmo sabendo que é muito provável que eles não existam. Você leu certo, ''é muito provável'', e deve ser por isso que continuo a temê-los. Quando não temos certeza de algo, a imaginação pode ou não criar asas. Por exemplo, se você está em um ambiente escuro e escuta vozes estranhas, isto é, você está ouvindo mas não está vendo, então, dependendo do nível de sua disposição imaginativa intrínseca você pode começar a ''ver coisas'', e claro, sem ter pedido ao teu cérebro para fazê-lo. 

A imaginação pode se dar de duas maneiras, deliberada ou voluntária, ou intrusiva, que se dá de maneira involuntária. Aqueles que estão dentro do espectro das psicoses serão mais propensos a ter uma imaginação involuntária ou intrusiva muito mais constante do que aqueles que não se encontram neste espectro. É interessante pensar se eles: apresentam também, em média, uma maior constância voluntária de imaginação voluntária, e também em relação à qualidade dos dois tipos.

No mais é isso...

Do quase ''auto-ventríloquo'' ao ''psicótico''.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Novamente sobre imaginação...

A minha imaginação auditiva é maior/ de melhor resolução, creio eu, do que a minha imaginação visual e, por um lado isso me protege de não ter alucinações visuais mas por outro lado me faz ter pequenas alucinações (ou não) auditivas...ou tendências paranoicas brandas porém características e/ou existentes.

sábado, 11 de março de 2017

Eu vivo entre a paranoia E a normalidade do piloto automático / instinto comportamental

Na última quinta eu ''me desliguei'' um pouco, ou liguei o meu piloto automático e me deixei levar pelo dia, por seu tempo sempre sem tempo para descansar. O resultado foi interessante. Por exemplo, eu fui à rua e não senti qualquer paranoia, qualquer sensação de estar sendo vigiado, de falarem de mim pelas costas [sendo ou não verdade). Nada disso. Eu vivi mais o mundo exterior, sem imaginação, sem pensamentos de perseguição fluindo em minha mente sem pedir licença, ouvi mais, vi mais, e fui mais, eu não sei se, a mim mesmo, mas com certeza mais conectado ao mundo exterior. Não tinham dois de mim, apenas a mim, físico, sentindo e reagindo ao mundo. Por uma tarde eu desliguei, sei lá, a minha segunda mente, a minha imaginação, e as coisas simplesmente fluíram e eu junto com elas. Como um avião no piloto automático, eu fui levado por minhas ações, apesar de vigiá-las de longe, tal como o pai que olha o filho entrar na escola, dobrando a esquina, Este é estado da normalidade, o de profunda e inquestionável ligação com o mundo exterior, estado este que não vem natural em mim ou que disputa espaço com o meu estado mais autoconsciente, e sim, que também é mais paranoico. 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Asiáticos tendem a imaginar de maneira periférica e brancos caucasianos tendem a imaginar de maneira centralizada de acordo com as diferenças "culturais" entre eles .... Caucasianos tendem a focalizar o centro da imagem, as figuras mais salientes. Leste asiáticos tendem a focar mais em toda imagem, quando estão imaginando...

Imagem relacionada

Fonte: artgallery.au.gov

Eu já postei e comentei sobre o famoso vídeo, disponível no you tube, sobre as diferenças ''culturais' de percepção/ênfase entre os leste asiáticos e os brancos ocidentais. Inclusive eu pretendo postar outro texto em breve sobre o mesmo assunto. Interessante como que, pelo que parece, leste asiáticos e brancos europeus tendam a se diferenciarem em termos de percepção/ênfase. Por exemplo, quando se prostram em frente à uma figura, leste asiáticos tendem a focar a imagem toda, enquanto que os brancos europeus (e respectivas diásporas) tendem a focar o centro da imagem, mais necessariamente nas figuras mais eminentes, mais salientes. Isso é interessante e certo dia eu tive um insight sobre isso em relação à imaginação. Bem, eu tenho a mesma disposição ''cultural'' de enfatizar as figuras mais importantes de uma fotografia ou pintura, assim como, parece, a maioria dos ''ocidentais'' tenderiam a fazer. E não é que quando eu imagino, algo parecido acontece comigo pois eu tendo a produzir figuras centrais. As questões são:

Imaginamos de maneira diferente*

Então será que algumas populações tendem a imaginar de maneiras distintas em relação à outras populações* Tanto em intensidade ou frequência imaginativa quanto no tipo, no estilo da imaginação*

Sabemos que algumas pessoas são mais imaginativas (e potencialmente criativas/hiper-perceptivas) do que outras. Mas e quanto ao estilo da imaginação, será que isso varia* Será que algumas pessoas imaginam de maneira mais centralizada, como eu, ou mais visualmente dispersada* 

Também sabemos que a qualidade da imaginação é provável que variará. Enfim.


quinta-feira, 28 de julho de 2016

Imaginação e tendências psicóticas



A minha imaginação é fértil mas não é de alta resolução, porque eu não consigo visualizar um cenário inteiro, por exemplo. Melhor pra mim** 

Pois se ela fosse muito boa o meu cérebro poderia entrar em parafuso e acreditar que as fantasias que crio na minha cabeça fossem parte da realidade exterior que percebe. Seria um prelúdio à psicose, com certeza. 

Eu não consigo visualizar um cenário inteiro, apenas ou especialmente as personagens principais, e meio borradas, ou que se formatam em cores meio opacas. O movimento ou comportamento dessas criações imaginárias é outro problema. Percebi algumas vezes  que eu consigo criá-los, mas apenas quando a mente encontra-se mais calma ou menos obsessiva com esta tarefa ou quando o faço de olhos fechados. Peçam-me para imaginar e compilar raças de cachorros e eu o farei só que sem ser em alta resolução e de modo potencialmente aleatório. No entanto eu sou bem fantasioso e muitas vezes o meu ímpeto para visitar o meu mundo paralelo tende a ser instintivo, tamanha a sede pelo conforto de me sentir como a um Deus, controlando, regulando, compondo ou destruindo este meu e somente meu mundo cavernoso. Este mundo paralelo encontra-se relacionado com os meus ''interesses obsessivos'' ou ''predominantes'' e em parte servem para atenuar o meu narcisismo.

O tempo de duração de minha imaginação também é pequeno e aparece em flashes em especial quando é feito de olhos abertos. Será que é igual pra todo mundo ou será que algumas pessoas conseguem imaginar por mais tempo, com maior resolução e com mais movimentos continuados entre ''uma cena e outra''**

Esta incapacidade de visualizar em tempo contínuo, em boa resolução pode explicar em partes o porquê de não ser um exímio desenhista. 


As cores da minha imaginação não são totalmente desbotadas, mas também não são muito realistas. E isso pode ser bom porque me faz seguro aqui neste mundo, já bem complicado, e evita que naufrague em uma outra loucura, em uma realidade inexistente que o meu cérebro cria, com personagens, cenários, histórias. Acho que as cores de fora influenciam na composição das cores de dentro de minha imaginação. Eu me pergunto se uma imaginação muito desenvolvida, e não apenas constante, possa ter efeitos deletérios para os seres humanos que nasceram assim... nomeadamente tendências psicóticas.

Eu já consegui imaginar uma cena ''inteira'', isto é, a composição completa de um movimento, mais especificamente em relação à execução de uma rotina de barras assimétricas na ginástica artística. Percebo que quando me esforço em demasia não consigo produzir grandes ''clipes''. É com base numa fluidez espiritual, isto é, calmo e agitado ao mesmo tempo que me faz construir cenas mais interessantes e criativas. 

Com os olhos fechados, obviamente que consigo prover uma melhor resolução, mas ainda sem o realismo que alguns podem prover de modo mais desenvolvido.

Portanto, apesar de hiperatividade, a minha imaginação não é como um televisor moderno, de alta resolução, realista, e talvez esta intuitiva/fácil diferenciação entre o imaginado e o genuinamente percebido (visto) contribui de certa maneira para não apresentar tendências psicóticas mais arraigadas.


O medo e o interesse/atração pelo desconhecido + psicose


Eu tenho certo interesse por ''atividades paranormais'' e que também resulta em uma certa fobia em especial sobre ''fantasmas''. Não existem provas contundentes sobre esses fenômenos mas o meu cérebro parece se sentir atraído por este tema. Quase sempre depois que vejo algum vídeo sobre o assunto eu me torno mais arredio, mais sobrecarregado, preocupado com o meu redor, se pode aparecer algum sinal, por exemplo um vulto. Então o meu lado mais racional ou ao menos mais tranquilizador, me convence que ''não existe tal coisa'' e com isso eu consigo dormir tranquilamente. Mas por mais que ''eu saiba'' que praticamente não existem evidências sobre a existência de ''fantasmas ou espíritos'', o meu cérebro, que é agnóstico de carteirinha, prefere deixar este assunto em aberto e com isso produz em mim um sentimento de incerteza, ''existe ou não existe*''. A incerteza é um convite à imaginação/especulação visual-ideacional recreativa. Em relação àquilo que o meu cérebro tem certeza eu não tenho qualquer preocupação, por exemplo, ao ver um vídeo sobre Jesus Cristo e logo depois ficar com medo de dar de cara com ELE no corredor de casa. 


sábado, 20 de fevereiro de 2016

Tornando útil a propensão a fantasia



"Um país chamado desejo"

Eu já comentei algumas vezes sobre o meu tio materno e sobre ele ser um mentiroso patológico. Falei brevemente sobre as mentiras fantasiosas que ele inventa e que tenta sagazmente forçar minha família e eu, de lambuja, a acreditar. 

Pois bem, esta relativa tendência para inventar, viver, acreditar em fantasias também está presente em mim mas de maneira adaptável, isto é, ao invés de arrumar problemas pra mim, esta disposição se tornou uma aliada para me ajudar a aguentar o mundo absurdamente estupido em que vivo ( em que vivemos).

E uma das maneiras mais interessantes para tornar útil aquilo que poderia ser apenas mais uma dor de cabeça foi a de inventar países em que todas as minhas ideias de mundo perfeito pudessem ser aplicadas. Das muitas obsessões que tenho, esta é com certeza uma das que, também, mais me ajuda a aguentar a vivacidade de minha mente enquanto uma híbrida de associações difusas a la esquizofrenia e apreço estético a detalhes específicos a la autismo. 

Semelhante a utilidade de um saco de pancadas para reduzir a ansiedade, a invenção e construção subsequente que possa dar sustentação a este devaneio controlado parece estar funcionando muito bem enquanto uma maneira de dispersar todas as minhas frustrações especialmente em relação a realidade coletiva produzida pelo ser humano, exponencialmente destrutiva e categoricamente idiota. 

Meu país, uma cidade-estado ao lado de Trinidad e Tobago, perto de Maracaibo, tropical, modernamente reluzente como Cingapura, progressista como San Francisco, filosófica como a Atenas de Sócrates, alegre, artística, sisuda e elegante como a uma tal Paris, salva-me do tédio que a vida propicia a todos os seus navegantes  e ao ódio de vivenciar o predomínio asfixiante da estupidez humana e pouco poder fazer ao menos por agora.  

Tem "males" que vem pra bem. A imaginação e engenhosidade tagarela do meu tio veio-me via hereditariedade indireta, manifestar-se em mim de maneira mais branda, e eu diria, mais controlada também. Como resultado posso colocar as minhas asas imaginárias para socorrer-me primeiramente de mim mesmo, mas com certeza também do mundo ignóbil do qual eu sou forçado a vivenciar.


O que em meu tio resulta em devaneios sofisticadamente construídos, pra mim, em doses mais parcimoniosas, resulta em uma janela de oportunidade para que possa trabalhar com o meu auto-controle.