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sábado, 30 de agosto de 2025

A principal diferença entre hiperfoco e fanatismo ideológico

O hiperfoco é uma característica que é mais comum em algumas condições, como o autismo e o TDAH. Indivíduos com hiperfoco apresentam um interesse forte e constante sobre determinados tópicos, podendo ficar várias horas por dia concentrados nesses interesses ou por um tempo indeterminado, em que o hiperfoco pode ser ainda mais profundo ao se manifestar durante um longo período da vida. Pois o hiperfoco também pode se manifestar como a estrutura cognitiva e/ou psicológica de um fanatismo ideológico, geralmente quando o foco obsessivo se volta para temas políticos ou ideológicos. Mas não apenas por se direcionar para esses temas, porque o elemento mais importante para determinar o fanatismo ideológico é a existência de uma inflexibilidade convicta sobre as próprias crenças que perpassa o bom senso, isto é, em que o nível de convicção é tão alto que impede o indivíduo afetado de fazer uma autocrítica constante sobre elas e que também é sobre si mesmo, por exemplo, sobre o quão baseadas em fatos, evidências ou ponderação analítica elas estão.

terça-feira, 2 de julho de 2024

Hipótese: a autoconsciência como um elemento definidor de funcionalidade cognitiva e psicológica/Hypothesis: self-awareness as a defining element of cognitive and psychological functionality

 Primariamente em um contexto de transtorno mental 


Até mesmo como um elemento que pode melhorar capacidades que estão primariamente disfuncionais ou deficientes. 

Exemplos: aquele indivíduo com autismo que, apesar de apresentar dificuldades de interação social, consegue desenvolver uma excelente compreensão sobre as relações humanas e que pode ajudá-lo de alguma maneira a compensar suas dificuldades;

Aquele indivíduo com TDAH que, ao ser tornar consciente sobre as suas dificuldades de atenção e/ou regulação inibitória, se torna mais vigilante sobre as mesmas, conseguindo até melhorá-las, geralmente pela adoção de estratégias de compensação, por exemplo, anotando lembretes e tarefas ao invés de tentar memorizá-las de cabeça;

Aquele indivíduo com transtorno bipolar ou com algum transtorno do espectro psicótico que se torna o seu próprio psiquiatra, buscando por todos os recursos à sua disposição para lutar por sua saúde mental...


Primarily in a context of mental disorder

Even as an element that can improve capabilities that are primarily dysfunctional or deficient.

Examples: that individual with autism who, despite having difficulties in social interaction, manages to develop an excellent understanding of human relationships and who can help him in some way to compensate for his difficulties;

That individual with ADHD who, upon becoming aware of their difficulties with attention and/or inhibitory regulation, becomes more vigilant about them, even managing to improve them, generally by adopting compensation strategies, for example, writing down reminders and tasks instead of trying to memorize them in your head;

That individual with bipolar disorder or a psychotic spectrum disorder who becomes their own psychiatrist, seeking out all the resources at their disposal to fight for their mental health...

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Algumas opiniões sobre o autismo: mudança de categorização, medicalização excessiva.../Some opinions about autism: change of categorization, excessive medicalization...

 Acho que o ideal seria que a síndrome de Asperger voltasse, porque eu, particularmente, não consigo ver na mesma categoria, uma pessoa com nível 1 de suporte e outra de nível 3. Para a primeira, existem questões mais contextuais que problematizam sua capacidade de adaptação no seu meio social e profissional. Já quanto à outra, a adaptação não se problematiza em relação ao seu meio, mas em relação à si mesma, à sua própria autonomia corporal, fortemente prejudicada, de maneira que, o autismo nível 3 poderia facilmente ser considerado uma deficiência neuro física, tal como um deficiente físico ou mental. 


De não ser doença. Ok para a grande maioria dos casos de suporte nível 1. Mas para muitos do suporte nível 3, é possível enquadrá-lo como uma categoria patológica e incurável, até mais difícil de lidar e conviver do que para um deficiente físico ou mental, que geralmente apresenta um quadro estável. O autismo nível 3 é uma combinação de deficiência e transtorno, entre uma falta definitiva e um déficit de controle ou da própria autonomia. Portanto, ao igualar os níveis em uma mesma sombrinha de definição, pode-se borrar as diferenças significativas de funcionalidade entre os níveis. Sempre fui contra a extinção da síndrome de Asperger e subsequente generalização do termo autismo para todos os níveis. É sim, mera questão semântica, a priori. Mas as palavras também servem para destacar diferenças, ainda mais quando existem e são latentes. 


Some opinions about autism: change of categorization, excessive medicalization...

I think the ideal would be for Asperger's syndrome to return, because I, personally, cannot see a person with level 1 support and another with level 3 in the same category. For the first, there are more contextual issues that problematize her ability to adaptation in her social and professional environment. As for the other, adaptation is not problematized in relation to its environment, but in relation to itself, to its own bodily autonomy, which is strongly impaired, so that level 3 autism could easily be considered a neurophysical disability, such as as a physically or mentally disabled person.

Of not being a disease. Ok for the vast majority of level 1 support cases. But for many level 3 support cases, it is possible to classify it as a pathological and incurable category, even more difficult to deal with and live with than for a physically or mentally disabled person, who generally presents a stable situation. Level 3 autism is a combination of disability and disorder, between a definitive lack and a deficit in control or autonomy. Therefore, by equating the levels in the same definition umbrella, significant differences in functionality between the levels can be blurred. I have always been against the extinction of Asperger's syndrome and subsequent generalization of the term autism to all levels. Yes, it is a mere semantic issue, a priori. But words also serve to highlight differences, even more so when they exist and are latent.

terça-feira, 21 de maio de 2024

Sobre o problema da medicalização excessiva, com dois exemplos: autismo e transexualidade/About the problem of excessive medicalization, with two examples: autism and transsexuality

 Anos 90: "Filho de fulana é mais tímido, introvertido... prefere brincar sozinho do que com as outras crianças e tem um vocabulário avançado"


Diagnóstico típico: "ele parece ser uma criança 'normal'. Só é um pouco diferente dos outros". 


Ano 2024


Diagnóstico: "ele deve ser autista"


Problematização: por um lado, é problemático sempre atribuir diferenças cognitivas e psicológicas à norma local ou padrão à psiquiatria. Por outro lado e, por causa das próprias irregularidades constitutivas das sociedades humanas, às vezes é necessário apelar para um diagnóstico médico visando um suporte extra aos indivíduos que se vêem negativamente afetados por suas diferenças em atrito adaptativo aos seus meios social e econômico ( que eu já comentei, minha proposta de categorização e diferenciação diagnóstica: transtorno contextual). 


Anos 90: "aquela menina gosta de 'coisas de menino'... não se veste como as outras meninas de sua faixa etária"


Diagnóstico típico: "ela só é uma menina diferente. Pode ser coisa da idade, de sua personalidade ou de sua orientação sexual e nada mais que isso"


2024: 


Diagnóstico: "ela deve ser trans"


Problematização: crianças com severa disforia de gênero existem. Mas nem toda criança que é inconformista ao seu gênero tem disforia, porque não é toda menina que gosta de coisas de meninos ou vice-versa que se sente ou que gostaria de ser do sexo oposto. Por isso, é necessário ter muita cautela nesses casos, para não fazer julgamentos prematuros que podem ter sérias consequências a médio e longo prazo na vida dos envolvidos (na verdade, mesmo no caso de crianças com disforia grave de gênero, candidatas ideais à legítima condição de transexualidade, ainda não é racionalmente recomendável que sejam incentivadas a se identificarem como trans ou mesmo submetidas à intervenções médicas visando uma suposta transição sexual, por serem crianças e pelos efeitos notórios e potencialmente negativos dessas intervenções em mentes e corpos que estão em fase de desenvolvimento).


90s: "So-and-so's son is more shy, introverted... he prefers to play alone than with other children and has an advanced vocabulary"


Typical diagnosis: "He seems like a 'normal' child. He's just a little different from the others."


Year 2024


Diagnosis: "he must be autistic"


Problematization: on the one hand, it is problematic to always attribute cognitive and psychological differences to the local norm or standard on psychiatry. On the other hand, and because of the very constitutive irregularities of human societies, it is sometimes necessary to appeal to a medical diagnosis in order to provide extra support to individuals who find themselves negatively affected by their differences in adaptive friction to their social and economic environments (which I I have already commented on my proposal for categorization and diagnostic differentiation: contextual disorder).


90s: "that girl likes 'boy things'... doesn't dress like other girls in her age group"


Typical diagnosis: "she's just a different girl. It could be her age, her personality or her sexual orientation and nothing more than that"


2024:


Diagnosis: "she must be trans"


Problematization: children with severe gender dysphoria exist. But not every child who is gender nonconforming has dysphoria, because not every girl who likes boy things or vice versa feels or would like to be the opposite sex. Therefore, it is necessary to be very careful in these cases, so as not to make premature judgments that could have serious consequences in the medium and long term in the lives of those involved (in fact, even in the case of children with severe gender dysphoria, ideal candidates for the legitimate condition of transsexuality, it is still not rationally recommended that they be encouraged to identify as trans or even subjected to medical interventions aimed at a supposed sexual transition, as they are children and due to the notorious and potentially negative effects of these interventions on minds and bodies that are in the development phase. ).



terça-feira, 14 de maio de 2024

O perfil mais ingrato/The most ungrateful profile

 Quem olha pra mim, até pode dizer que eu sou tímido, mais fechado, mas também pode dizer que eu sou educado e até calmo e simpático, dependendo da pessoa e do contexto de interação comigo. Também pode dizer que eu sou inteligente, no sentido de mais inteligente, de mais capaz. E, apesar de gostar de um elogio, ainda mais quando não é exagerado ou falso, esse último pode ou, costuma servir como um argumento em potencial para me criticarem por, até hoje, em que escrevo esse texto, do alto dos meus 35 anos e à beira de completar mais um ciclo, não ter conseguido um emprego. Porque as aparências mostram o que não é visível e essencial sobre a minha inteligência, em que, se estou acima da média, não é sobre as capacidades mais requisitadas para uma larga fração de empregos que inclui capacidades de interação social típica e de memorização ou aprendizado superficial e convergente. Esse, talvez, seja um dos principais motivos para que neurodivergentes, como eu, não tenham ou consigam ser empregados, porque além das nossas capacidades mais fortes não serem as mais requisitadas na maioria das profissões, ainda tendemos a apresentar perfis cognitivos muito assimétricos, cuja distância entre forças e fraquezas é grande o suficiente para limitar de maneira significativa o nosso rol de possibilidades profissionais. E, para piorar, no meu caso e que, talvez, também seja o de outras pessoas, como mostrado no início do texto, a ausência de uma deficiência cognitiva evidente, mas que se manifesta de modo mais específico e relativo, torna um diagnóstico oficial bem mais difícil, preferencialmente para autismo de suporte 1, antiga síndrome de Asperger (ou TDAH, mas com características autistas??), afinal, como que uma pessoa que aparenta ser, não apenas normal, mas, também, acima da média, tão articulada e supostamente capaz de aprender qualquer coisa ou se adaptar a qualquer ambiente de trabalho, não consegue passar com folga para a universidade pública, em um concurso ou estar empregada?? No meu caso, porque o meu perfil psico-cognitivo parece perfeitamente compatível só com algumas poucas profissões, como eu tenho mostrado em meus textos e versos: para a escrita, para funções repetitivas e simples e/ou para o trabalho acadêmico*, diga-se, o de fato, que não é só para tirar diploma, mestrado, doutorado... Pois quanto ao primeiro é muito difícil que um escritor consiga ganhar a vida só escrevendo e publicando livros (ingrata profissão de artista em que apenas uma minoria consegue se sustentar apenas trabalhando nessa área). Já, quanto ao segundo, novamente, a educação superior parece estar organizada para funcionar como uma fábrica de diplomas e de status social, ainda mais nas ciências humanas, totalmente dragadas por pseudociências "do bem" (que eu comentei mais a fundo nesse texto: Sobre as "pseudociências do bem", "de esquerda" e o mais grave). Sem falar que, como eu já comentei em outros textos, seus processos seletivos e avaliativos tacitamente discriminam de maneira excludente indivíduos com perfis cognitivos assimétricos, ao se basearem em provas generalistas, isto é, dificultando nossa entrada na universidade. 


* Eu ainda poderia trabalhar como professor, mas as minhas idiossincrasias psicológicas, mais um ambiente muito tóxico (com jornada de trabalho exaustiva, competição e picuinhas entre colegas da profissão, classes superlotadas e estudantes, em sua maioria, muito mal educados) tornam essa opção pouco viável para mim. 

Pinguins de Galápagos 

Existe uma espécie de pinguins que, por alguma razão que desconheço, acabou alocada no arquipélago de Galápagos, localizado na região intertropical, próxima à linha do Equador. Uma espécie até então conhecida por se adaptar apenas ao clima frio da Antártica... Então, eu penso o mesmo para mim e outros neurodivergentes na mesma situação e com o mesmo perfil que os meus, se também estamos em um limbo de sub adaptação, alocados longe do ideal que seria de estarmos direcionando nossas capacidades especialmente no mundo das ciências, com base nas nossas capacidades de percepção de padrões e paixão genuína por nossas áreas de interesse, ainda que tenha conseguido me firmar como escritor e poeta por meios próprios e, por enquanto, sem qualquer fim lucrativo.

 The most ungrateful profile

Anyone who looks at me might say that I'm shy, but they might also say that I'm polite and even calm and friendly, depending on the person and the context of interaction with me. They can also say that I am intelligent, in the sense of more capable. And, although I like a compliment, even more so when it is not exaggerated or false, the latter can or usually serves as a potential argument for criticizing me for, even today, when I write this text, at the age of 35 and on the verge of completing another cycle, not having found a job. Because appearances show what is not visible and essential about my intelligence, in which, if I am above average, it is not about the skills most required for a large fraction of jobs that include typical social interaction skills and memorization or learning, superficial and convergent. This, perhaps, is one of the main reasons why neurodivergent people, like me, do not have or are able to be employed, because in addition to our strongest abilities not being the most required in most professions, we still tend to present very asymmetrical cognitive profiles, whose the distance between strengths and weaknesses is great enough to significantly limit our range of professional possibilities. And, to make matters worse, in my case, and perhaps also in other people's cases, as shown at the beginning of the text, the absence of an obvious cognitive deficiency, but which manifests itself in a more specific and relative way, makes an official diagnosis much more difficult, preferably for autism level/support 1, former Asperger syndrome (or ADHD, but with autistic characteristics??), after all, how can a person who appears to be not only normal, but also above average, so articulate and supposedly capable of learning anything or adapting to any work environment, can't easily pass to a public university or be employed? In my case, because my psycho-cognitive profile seems perfectly compatible with only a few professions, as I have shown in my texts and verses: for writing, for repetitive and simple functions and/or for academic work*, say, de facto, not just to get a diploma, master's degree, doctorate... Because as for the first, it's very difficult for a writer to be able to make a living just by writing and publishing books (a thankless artist's profession in which only a minority can support yourself just by working in this area). As for the second, again, higher education seems to be organized to function as a factory of diplomas and social status, even more so in the human sciences, totally dredged by "good" pseudosciences (which I commented in more depth in this text: About the "pseudosciences of good", "leftist" and the most serious). Not to mention that, as I have already commented in other texts, its selection and evaluation processes tacitly discriminate in an exclusive manner against individuals with asymmetrical cognitive profiles, by being based on generalist tests, that is, making it difficult for us to enter university.

* I could still work as a teacher, but my psychological idiosyncrasies, plus a very toxic environment (with exhausting working hours, competition and nitpicking among colleagues in the profession, overcrowded classes and students, for the most part, very poorly educated) make this an option hardly viable for me.

Galapagos penguins

There is a species of penguins that, for some reason I don't know, ended up living in the Galápagos archipelago, located in the intertropical region, close to the Equator. A species hitherto known to adapt only to the cold climate of Antarctica... So, I think the same for me and other neurodivergents in the same situation and with the same profile as mine, if we are also in a sub-adaptation limbo, allocated far from the ideal that would be directing our capabilities, especially in the world of science, based on our ability to perceive patterns and genuine passion for our areas of interest, even though I managed to establish myself as a writer and poet through my own means and, for now, without any profit purpose.

"Esquerdistas sofrem de transtorno do espectro autista"?/"Leftists suffer from autism spectrum disorder"?

 Pergunta do Quora. Minha resposta 


Se partindo do provável pressuposto de que existe uma maior correlação entre alta carga mutacional e filiação político-ideológica mais à esquerda, a resposta é um não, mas não um não redondo, porque sua pergunta é uma generalização absurda e gratuitamente provocativa, ainda que, sem, necessariamente, estar sem qualquer respaldo, se, com base no fato provável acima, então, há uma maior proporção de indivíduos diagnosticados com autismo e dentro do espectro, mas sem um diagnóstico oficial, entre os ditos esquerdistas. No entanto, acredito que, para qualquer filiação ideológica extremista, radical ou fora do "mainstream" (senso comum corrente), existe uma tendência de ter mais indivíduos "neurodivergentes". Esse também parece ser o caso da extrema direita e existem até evidências anedóticas de terem mais autistas entre eles. A correlação popular que muitos têm "acusado" de existir entre autismo e esquerdismo pode ser por dois fatores, um mais concreto, confirmado por estudos, e outro por percepção anedótica: a correlação entre autismo, ateísmo ou irrreligiosidade e esquerdismo, e entre autismo, ingenuidade (causada por déficit em teoria da mente) e, novamente, esquerdismo. Nesse último, seria mais ou menos de que, contextualmente, indivíduos de esquerda tendem a julgar mal o caráter de outras pessoas e a também fazê-lo embalados por indução ideológica, tal como de considerar aqueles de grupos historicamente marginalizados como menos passíveis de expressar comportamentos cruéis por indução intrínseca, de algo da própria personalidade, se pensam que tendem a ser induzidos por circunstâncias socioeconômicas ou culturais, enquanto que tendem a generalizar e de maneira mais negativa aqueles que não compactuam com as suas crenças com fidelidade canina. Em outras palavras, parece que, indivíduos mais à esquerda usam suas crenças ideológicas como referências primárias de análise comportamental ao invés de analisarem o comportamento por si mesmo, bem como a sua frequência, por acreditarem que os contextos histórico, social e cultural (abstrações que se manifestam de maneira mais estrutural) se sobrepõem ao contexto individual, influenciando-o de maneira decisiva.

Question from Quora. My answer

If starting from the probable assumption that there is a greater correlation between high mutational load and more left-wing political-ideological affiliation, the answer is a no, but not a round no, because your question is an absurd and gratuitously provocative generalization, even though, without necessarily being without any support, if, based on the probable fact above, then there is a greater proportion of individuals diagnosed with autism and within the spectrum, but without an official diagnosis, among the so-called leftists. However, I believe that for any ideological affiliation that is extremist, radical or outside the "mainstream" (current common sense), there is a tendency to have more "neurodivergent" individuals. This also appears to be the case on the far right and there is even anecdotal evidence that they have more autistic people among them. The popular correlation that many have "accused" of existing between autism and leftism may be due to two factors, one more concrete, confirmed by studies, and the other by anecdotal perception: the correlation between autism, atheism or irreligiosity and leftism, and between autism, naivety (caused by a deficit in theory of mind) and, again, leftism. In the latter, it would be more or less that, contextually, individuals on the left tend to misjudge the character of other people and also to do so under ideological induction, such as considering those from historically marginalized groups as less likely to express behaviors cruel by intrinsic induction, from something in their own personality, if they think that they tend to be induced by socioeconomic or cultural circumstances, while they tend to generalize and in a more negative way those who do not agree with their beliefs with canine loyalty. In other words, it seems that individuals on the left use their ideological beliefs as primary references for behavioral analysis instead of analyzing the behavior itself, as well as its frequency, because they believe that the historical, social and cultural contexts (abstractions that manifest themselves in a more structural way) overlap the individual context, influencing it in a decisive way.

domingo, 6 de agosto de 2023

Um mito sobre o fenótipo ampliado do autismo. (Ainda sobre o problema dos transtornos contextuais)

 (Texto-base: "Sobre transtornos contextuais")


"Indivíduos com traços do 'espectro ampliado do autismo' apresentam sintomas dessa condição apenas em uma escala mais branda. Essas características geralmente não interferem muito na qualidade de vida de um indivíduo e não são suficientes para desencadear um diagnóstico de transtorno do espectro do autismo."


Pois, na realidade, é muito provável que existam casos de indivíduos com mais traços autistas do que a média, mas não o suficiente para preencherem todos os critérios para o diagnóstico de autismo, que apresentam muitas dificuldades de inserção social e profissional. Essa parece ser a minha situação, por perceber que apresento traços direta e indiretamente associados ao autismo e, em partes por causa deles, mas também pelo despreparo da sociedade brasileira em lidar com a neurodiversidade, me encontrar sem emprego formal, até à idade de 34 anos (2023) e, desde que me graduei na universidade. Por exemplo, minha dificuldade de interação social, também por não compartilhar os mesmos interesses com uma provável maioria dos meus pares etários ou círculos sociais disponíveis na minha região, por falta de identificação cultural, ainda que não signifique que esteja completamente desprovido de contatos. Outros fatores relacionados ao espectro do autismo e que dificultam meu ajuste social e profissional é o meu perfil cognitivo que parece ser muito assimétrico, típico em autistas e também em portadores de outras condições neuropsiquiátricas, que está mais forte nas capacidades de percepção e raciocínio do que de aprendizado (de acordo com o modelo de inteligência que propus) e, como resultado, faz com que dificulte passar em um concurso público, uma via popular e relativamente acessível de inserção profissional, se esse tipo de prova exige mais conhecimentos gerais e capacidade de memorização ou aprendizado do que de conhecimentos específicos e capacidades criativa e de raciocínio, em outras palavras, é um tipo de avaliação que praticamente exclui o meu perfil, por focar nas minhas fraquezas cognitivas. Então, junte a isso minha obsessão ou motivação intrínseca e constante aos meus interesses específicos que ocupam uma boa parte do meu tempo, diariamente, e temos uma confluência de fatores que me desfavorecem de maneira crônica. Por isso que, em casos como o meu, talvez seja preciso buscar por uma relação de causalidade entre os "traços autistas" que apresento com as minhas dificuldades crônicas de ajuste para julgar se há uma necessidade de diagnóstico, ao menos de síndrome de Asperger, ou não. 

Apenas uma demonstração dos meus traços direta e indiretamente associados ao autismo

Diretamente associados: obsessão por interesses específicos e dificuldade de socialização.

Indietamente associados: disfluência ou gagueira, perfil cognitivo assimétrico, ser canhoto, fobia social, pertencer a uma minoria sexual...

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Uma característica comum a gênios e autistas

Um prazer intrínseco para aprender ou se entreter com o conhecimento, sem vê-lo como uma obrigação ou como um meio para um fim, (ganhar dinheiro), mas como um fim em si mesmo.

domingo, 11 de junho de 2023

A correlação entre autismo e introversão não é uma mera coincidência estatística...

 ... ao contrário do que muitos ativistas e especialistas sobre o tópico afirmam ou têm deixado a entender. Porque, além da maioria dos autistas serem de introvertidos, estes, por sua vez, são mais parecidos com os autistas, se comparados com os mais extrovertidos.


Afinal, introvertidos gostam de estar sozinhos porque também estão mais orientados para o seu mundo interior e são mais sensíveis a estímulos externos. A diferença é que a hipersensibilidade autista é mais sensorial enquanto que a sensibilidade introvertida é mais social e emocional. Esses traços explicam porque ambos apresentam maior dificuldade de adaptação ao meio social, se, novamente, são mais superestimulados e tendem a desenvolver uma maior complexidade mental. No caso dos introvertidos, essa dificuldade é acentuada, especialmente em sociedades em que há uma preferência cultural pela extroversão ou onde são minoria.

Em termos cognitivos, autistas e introvertidos neurotípicos também parece que compartilham semelhanças, tais como: interesses especiais desde a infância, maior atenção aos detalhes, inclinação para pensar de maneira mais lógico-racional e dificuldade para a multifocalidade. 

É verdade que autismo e introversão não são a mesma coisa, que a maioria dos introvertidos não é autista, mas, são variações de constituição cerebral ou neurológica aparentemente próximas, de espectros vizinhos e que, justamente por essa aparente proximidade, se sobrepõem. Pois pode ser que se relacionem no mesmo nível de dois irmãos biológicos que são, em média, 50% geneticamente diferentes (e iguais) entre si, porém, irmãos. 

Eu não sei se já foi feito alguma comparação  entre os cérebros de autistas e neurotípicos/neuroatípicos não-autistas introvertidos para saber o quão parecidos estão. 

Lembrando que, também se correlacionam com outros traços, como a timidez e dificuldade de comunicação (disfluência ou gagueira).

"FAA"?? 

O fenótipo ampliado do autismo consiste numa maior presença de "traços autistas", principalmente em parentes dos portadores, mas que não são ''suficientemente autistas'' para receberem um diagnóstico, e também em indivíduos "não-autistas" sem relação de parentesco com portadores ou diagnosticados (tal como parece acontecer comigo). Pois eu aposto que muitos desses indivíduos devem ser de introvertidos e, mesmo que, pelo que especulei, o introvertido não-autista médio tende a ser mais parecido com o autista médio, particularmente o de "alto funcionamento".

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Sobre a correlação entre ateísmo e autismo

 Autistas são mais propensos a serem ateus que não-autistas por terem, em média, uma menor capacidade de "teoria da mente" (detecção da intencionalidade alheia)??



Ateísmo e autismo compartilham algumas semelhanças de maneira que os autistas são mais propensos a serem ateus e os ateus não-autistas, neurotípicos ou neuroatípicos, tendem a ter mais traços autistas. MAS é uma correlação interseccional (diferente de uma correlação paralela), não uma causalidade. Uma teoria da mente mais deficiente não necessariamente torna você ateu, mas mais propenso a interpretar mal a intencionalidade das outras pessoas. A característica fundamental que ajuda alguém a se tornar ateu e que também é comum entre os autistas é uma dificuldade de entender o pensamento metafórico (fundamental para qualquer narrativa religiosa) e/ou preferência pela literalidade na comunicação ( pensamento literal também é fundamental para a ciência).

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Sobre a correlação entre ateísmo e autismo

 Autistas são mais propensos a serem ateus que não-autistas por terem, em média, uma menor capacidade de "teoria da mente" (detecção da intencionalidade alheia)??



Ateísmo e autismo compartilham algumas semelhanças de maneira que, os autistas são mais propensos a serem ateus e os ateus não-autistas, neurotípicos ou neuroatípicos, tendem a ter mais traços autistas. MAS é uma correlação interseccional (diferente de uma correlação paralela), não uma causalidade. Uma teoria da mente mais deficiente não necessariamente torna você ateu, mas mais propenso a interpretar mal a intencionalidade das outras pessoas. A característica fundamental que ajuda alguém a se tornar ateu e que também é comum entre os autistas é uma dificuldade de entender o pensamento metafórico (fundamental para qualquer narrativa religiosa) e/ou preferência pela literalidade na comunicação (pensamento literal também é fundamental para a ciência).

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Possíveis fatores para explicar o aparente aumento dos "casos' de autismo nas últimas 4-5 décadas

Vacinas?? 


Esse ainda não.

1. Endogamia fenotípica 

A "endogamia genotípica" é quando indivíduos de uma mesma família biológica: primos ou até irmãos, procriam entre si, geralmente associado a um risco mais alto de gerar descendentes com doenças congênitas ou saúde debilitada, por causa da baixa diversidade genética envolvida. Pois também parece ocorrer um outro tipo de endogamia, mas que se dá quando indivíduos com fenótipos muito parecidos procriam entre si. 

Bem, e como que isso se relaciona com o autismo?? 

Pois você por acaso sabe onde que a incidência desse transtorno complexo tem sido mais alta?? 

Em regiões onde há uma grande densidade demográfica de cientistas, engenheiros, técnicos da computação, por exemplo, no vale do Silício, que fica no norte da Califórnia...  

Então, um aumento nesse tipo de procriação em que pessoas escolhem seus parceiros com base em suas próprias preferências e não com quem a família escolhe, também pode estar contribuindo para aumentar a incidência de autismo.

2. Diminuição da taxa de fecundidade e aumento da idade dos progenitores

Especialmente em países desenvolvidos, casais heterossexuais têm tido menos filhos e mais tarde, atrasando a chegada do primogênito para além dos 30 anos. Essa tendência é maior para os que têm mais escolaridade. Pois o autismo está geneticamente relacionado com alto QI ou maiores capacidades cognitivas e que está associado a uma maior escolaridade. 

Menos filhos e mais tarde + endogamia fenotípica = aumento proporcional de autistas em relação à população total. Não necessariamente um aumento bruto, mas relativo. 

3. Aumento da altura média e também do percentual de 'obesos"

O autismo está relacionado com grande peso e maior capacidade craniana ao nascer, que se relacionam com maior peso e altura em indivíduos adultos.

Então, menos filhos e mais tarde + endogamia fenotípica + aumento da altura e/ou peso da população = aumento da suscetibilidade ou risco (dependendo da gravidade) de ter filhos autistas OU no espectro/ aumento relativo de indivíduos autistas.

4. Fatores ambientais 

Tabagismo ou alcoolismo durante a gravidez e poluição atmosférica são alguns fatores ambientais associados ao autismo, mas, em relação ao primeiro, eu tenho minhas dúvidas já que existem pais de autistas que não fumam e nem bebem, e também que a maioria dos filhos de pais que têm esses vícios crônicos muito provavelmente não são autistas. Portanto, podem ser mais correlações do que causalidades ou, então, em certos casos, pode depender da gravidade do vício durante a gravidez, especialmente pelo comportamento da grávida. Também pode acontecer que, vícios crônicos já seriam expressões de uma natureza mais instável ou mutante que aumentaria o risco ou suscetibilidade de geração de descendentes, herdeiros dessa mesma natureza, mais instável, e que o vício ainda poderia aumentar a severidade da carga mutacional transmitida. 

5. Aumento de diagnósticos, inclusive os equivocados 

Melhorias na identificação clínica de indivíduos autistas e um aumento de diagnósticos equivocados também podem estar contribuindo para o aumento aparente da incidência de autismo. Pense que, antes, o percentual de diagnosticados era extremamente baixo ou nulo, provavelmente porque a maioria dos autistas que recebia um diagnóstico não era de autismo e sim de outra condição. Talvez, a proporção de autistas 'sempre" foi, se não igual, pelo menos não tão dramaticamente maior...

6. Vacina, MAS não exatamente o que você pode estar pensando

Indivíduos que, antes, estariam em maior risco de falecer na infância se fossem acometidos por doenças infecciosas 'típicas" dessa faixa etária, nas últimas 6 ou 7 décadas, têm sido vacinados em grande proporção, resultando numa forte diminuição das taxas de mortalidade infantil. Porém, pode ser que muitos desses indivíduos estariam em maior risco de falecer por doenças infecciosas, justamente por terem nascido com uma maior carga mutacional, geralmente um indício de saúde mais frágil, incluindo aqueles que apresentam mais traços do espectro do autismo, neuroatípicos não-autistas e autistas. Então, a vacinação universal das últimas décadas permitiu que a maioria dessas crianças chegasse à vida adulta, possivelmente aumentando a proporção de indivíduos autistas ou dentro do espectro na população geral. Além disso, alguns (ou muitos?) deles também procriam, passando seus genes que aumentam a suscetibilidade para ter descendentes autistas ou com mais traços.

Não, vacinas não causam autismo, mas... e mesmo assim, é um mal muito menor do que não vacinar. 

Como conclusão, especialmente no mundo ocidental, temos uma população jovem (até 40 anos) proporcionalmente menor, por causa de décadas com baixas taxas de fecundidade (muito abaixo do limite mínimo de reposição), mais alta, mais bem alimentada, mas também mais propensa à obesidade e mais mutante, tanto por razões estatísticas quanto por outras razões, tais como as citadas. Todos esses fatores podem estar contribuindo para esse aumento aparente no registro de diagnósticos de autismo.

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

6 prováveis mitos sobre o Autismo

 1. É apenas um jeito diferente de ser 


O espectro do autismo é uma condição complexa por ser, ao mesmo tempo, uma identidade individual e um transtorno neurológico, similar às síndromes de Down e Williams, ao contrário do que alguns (ou muitos) "autivistas" pregam... 

Outro diferencial de complexidade do autismo em relação à outras condições é a presença de um potencial inato para certos talentos irregularmente distribuído entre os "portadores". 

E isso varia de caso para caso, desde os mais "brandos", em que o autismo tende a ser percebido e/ou vivenciado como uma identidade pessoal do que como um transtorno, até aos mais "severos", em que é percebido e/ou vivenciado como uma grande limitação de adaptação e autonomia.

Até parece que esses ativistas da neurodiversidade têm se inspirado no ativismo LGBT para afirmar que o autismo não é um transtorno. Mas, diferente dele, não é possível traçar qualquer relação de causalidade de sintomas psiquiátricos ou fisiológicos com a diversidade sexual, se a mesma se consiste e se limita conceitualmente à atração pelo mesmo sexo e/ou grande identificação com o sexo oposto.

2. Está causalmente relacionado com uma maior capacidade racional 

Este é, provavelmente, o mito mais popular entre os autistas, de que, por causa de uma tendência de estarem mais desconectados da vida social ou de serem percebidos como menos emotivos, acabariam se tornando mais racionais que os neurotípicos. Bem, se de acordo com as minhas experiências de uma década em debates ou conversas pela internet com indivíduos autistas, eu diria que, a maioria deles não parecia mais racional, para mim, no sentido de estarem excepcionalmente aptos a pensar de maneira imparcial e objetiva. Além do mais, a racionalidade não é produto de uma ausência de emoções durante o processo de raciocínio, mas de controle, compreensão e cooptação das mesmas para que possam contribuir com a geração de pensamentos ou julgamentos mais ponderados, afinal, elas são fundamentais paras as nossas avaliações estética, moral e até objetiva. 

Dificuldade de interação social, sozinha, também não aumenta a racionalidade, porque não é necessário que um indivíduo esteja inserido dentro de um grupo para que possa se [auto]condicionar ideologicamente. 

Pois parece ser uma combinação de fatores intrínsecos e extrínsecos que contribui para nos tornar mais ou menos racionais... 

Pode ser verdade que, em média, autistas sejam mais racionais que neurotípicos, por serem comparativamente mais propensos a pensar de maneira lógica, mas duvido que seja uma diferença muito notável. Também pode ser verdade que exista uma desproporção de indivíduos autistas altamente racionais se comparados com os neurotípicos. Mas, por enquanto, não há qualquer evidência disso. Pois, se for me basear nas minhas experiências de interação e percepções sobre o ativismo da neurodiversidade, centralizado no autismo, e do nível médio de doutrinação ideológica da população autista, independente de qual ideologia, que é um bom parâmetro de avaliação de capacidade racional, a minha conclusão, novamente, não será favorável à confirmação desta causalidade proposta...

3. Está causalmente relacionado com genialidade criativa 

Mesmo em relação aos autistas mais academicamente inteligentes, bem como aos que apresentam talentos excepcionais, do tipo "savant", um gênio é essencialmente identificado por suas realizações criativas de grande qualidade ou impacto. 

Por isso que, desempenhos excepcionais ainda não são exatamente o mesmo que manifestações genuínas de genialidade, especialmente quando não há originalidade envolvida. Esta é a diferença entre um violinista muito talentoso e um compositor de música clássica altamente original e que tem bom gosto. Pois esse violinista ainda pode ser um grande compositor ou, pelo menos, excepcional na capacidade de improvisar... mas, se se dedicar "apenas" ao ofício de músico instrumentista, então, não pode ser considerado um "gênio".

De qualquer maneira, uma performance fantástica, sem ser original, não lhe torna menos fantástica por isso... 
 
É verdade que indivíduos geniais e autistas compartilham vários traços, como uma tendência para ter atenção aos detalhes, obsessão por interesses especiais e de não ser muito sociável. Nem por isso, o autismo causa a genialidade, já que a maioria dos autistas não é ou se tornou genial, nem a maioria dos gênios é autista. 

4. Não existem autistas de alto e de baixo funcionamento 

O ativismo da neurodiversidade, por causa de uma pretensa empatia, disfarçada de "ciência", resolveu eliminar a distinção que se fazia entre os autistas. Portanto, desde que essa decisão foi tomada, autistas de alto e de baixo funcionamento deixaram de existir, supostamente... 

Mas não há razão para mentir sobre algo tão evidente. E não, não parece difícil de entender que, o autismo de alto funcionamento não significa plena capacidade de adaptação social, se se consiste em uma comparação entre autistas e não com neurotípicos...

5. Autistas são sempre incompreendidos, que só querem ser aceitos pela sociedade

Pedantismo e arrogância 

Duas tendências de comportamento que parecem ser comuns entre os autistas, especialmente os de alto funcionamento. Nesse sentido, estão muito parecidos com os neurotípicos de alto QI, já que também tendem a ser, se de maneira mais implícita ou não, pedantes e arrogantes, excessivamente confiantes sobre suas capacidades intelectuais.  

Sim, o fato de que a maioria dos autistas só querem ser aceitos ou compreendidos pela sociedade, não significa que não possam agir de maneiras reprováveis.

5.1 Não existem autistas de má índole

Como se todo autista fosse ingênuo, que sempre diz a verdade e que não é capaz de cometer atos cruéis ou ter pontos de vista moralmente errados. Arrogantes e pedantes, eu já sei que podem ser...

6. Não existem ''neurotípicos com mais traços "autistas' do que a média''

Não bastassem negar as diferenças de funcionamento entre autistas, alguns (ou muitos) ativistas da neurodiversidade também parecem negar a existência de neurotípicos com alta intensidade de traços autistas (eu, por exemplo), como se não fosse possível haver uma continuidade entre os espectros do autismo e da neurotipicalidade, porque afirmam que, ou se é autista ou não...

Na verdade, também não existe uma divisão nítida entre indivíduos considerados neurotípicos e neuroatípicos, principalmente os que apresentam uma maior mistura de características ou comportamentos associados à "normalidade" e à excentricidade cultural//comportamental. De qualquer maneira, neuroatípicos com mais traços "autistas" que a média e que não são suficientemente autistas para serem considerados como tal, existem.

Com essa pequena lista, não tenho como intenção denegrir a comunidade autista, mas de combater mentiras fabricadas e defendidas por muitos ativistas que dificultam nossa compreensão sobre o tópico, até para abordá-lo da melhor maneira possível. 

domingo, 11 de setembro de 2022

Saúde mental

Me lembro de umas férias de verão, no início dos anos 2000, em que sequer fui à varanda de casa, de tão acostumado com o conforto do meu lar, tão independente dos outros para passar o tempo, mas, também, tão preocupado com a opinião alheia. Me lembro que, por causa disso, minha mãe, em conluio com minha tia, conseguiram uma psicóloga da prefeitura para me consultar. Eu não tinha plena consciência de que estava tendo crises de fobia social, de que precisava de ajuda para me entender e deixar de ser tão arredio. Eu também não havia percebido que a psicóloga com a qual passei a me consultar, não deveria estar atendendo pessoas fragilizadas, mediante o seu amadorismo, especialmente quando me diagnosticou como maníaco-depressivo, vulgo bipolar, logo nas nossas primeiras sessões, já querendo me enfiar antidepressivo goela abaixo. Então, eu duvidei do seu diagnóstico e uma reportagem sobre o transtorno, que passou num programa de domingo, foi a prova de que precisava para confirmar minha suspeita e rechaçar qualquer tentativa de me medicar, se não havia qualquer razão para isso. Naquela fatídica reportagem, uma "atriz bipolar" comentou que não conseguia viver normalmente sem a medicação, e isso me fez perguntar, para mim mesmo, qual deveria ser a façanha que estava fazendo, já que nunca precisei de medicação para estabilizar o meu humor... Foram alguns meses de consulta com uma mulher fria que me dava conselhos rasos que qualquer outra pessoa poderia dar, por exemplo, de que eu deveria me comportar como os adolescentes de minha idade para não acabar isolado, ao invés de, primeiro, tentar me entender. Pelo menos em uma coisa ela foi certeira, em perceber a relação de minha gagueira com a personalidade do meu pai, quando foi chamado para conversar com ela. Eu tive que voltar na memória para reconhecer o momento em que comecei a falar e a gaguejar, e a falta de paciência do meu pai para lidar com essa situação. Sem querer condená-lo, afinal, ninguém é perfeito. 


Eu não sei por que parei de me consultar. Acho que ela me deu alta por alguma razão insossa. Sofri à minha maneira, intuitivamente resiliente, durante a época mais complicada de nossas vidas, a adolescência. Mas também fui muito feliz ali... Consegui passar para a universidade, começando a frequentá-la em 2008, aos 18 anos. Mas, a inquietude de me entender, ainda mais sabendo que era diferente dos outros, continuou. Então, ao ter acesso à internet, passei a procurar por explicações ou diagnósticos para saber por que não era como a maioria. Primeiro, foi o autismo. Depois, eu acho que foi a TDAH. Aí, não lembro a ordem. Só sei que já pesquisei sobre psicopatia, personalidade limítrofe, alta sensibilidade, depressão, ciclotímia, superdotação, fobia social, timidez, psicose... Hoje, eu tenho concluído que devo ter uma espécie de amálgama moderada de expressão desses transtornos e traços que pesquisei. Mas, sem conseguir ser plenamente enquadrado em quase nenhum deles, no máximo, de ser mais autoconsciente, distraído, tímido, irritadiço e sensível. Não sei o que é pior: não ser diagnosticado ou ser e, pelo menos, ter esse diagnóstico, tanto como uma orientação de como proceder quanto como um álibi para justificar aos outros o porquê das minhas excentricidades e dos meus descompassos de adaptação na sociedade em que tenho vivido. 

No entanto, eu melhorei muito desde esse período, de minha primeira consulta com uma psicóloga, especialmente quando comecei a me aceitar do jeito que eu sou, incluindo minha sexualidade; de quando parei de tentar ser quem os outros gostariam que eu fosse. A resposta era muito mais simples do que imaginava, pois estava na minha frente, no espelho... Foram longos anos de auto rejeição e, hoje, eu me sinto muito mais livre e tranquilo do que naqueles tempos sempre saudosos para mim, mas que também foram muito desafiadores... 

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Sobre prodígios, QI e uma proposta de extrapolação

 Segundo a ideologia do culto ao QI, se um indivíduo apresenta grande capacidade matemática, por exemplo, isso se deve ao seu alto QI, diga-se, ao QI "performance" ou sua "média geral". 


Mas, por que não pensar que sua grande capacidade se deva à si mesma e não necessariamente às suas capacidades cognitivas gerais?? 

Entendo que, para conseguir compreender teorias e resolver problemas matemáticos é preciso ter uma boa inteligência linguística, mas não precisa ser no mesmo nível de um Machado de Assis. E, para o perfil oposto, esse pensamento pode ser até mais verdadeiro. 

Isso explicaria o "fator g" se, por causa do papel basilar da linguagem na inteligência humana, em relação ao Ql, haveria uma relação necessária do QI verbal com os outros. 

Parece uma lógica simples em que, uma grande capacidade em certo ramo sugere uma alta capacidade no mesmo sem que seja condicional ser "mais inteligente" em todos os domínios do conhecimento acadêmico.

Pois tem um artigo muito interessante  https://blogs.scientificamerican.com/beautiful-minds/the-mind-of-the-prodigy/ que fala dos últimos achados sobre prodígios: crianças e adolescentes que apresentam talento precoce em alguma área e que não pode ser explicado apenas por treino, que pode corroborar para esta linha de pensamento que estou propondo, porque, um desses achados, mostra que não existe uma relação significativa entre pontuar alto em testes cognitivos e se tornar um prodígio de grande talento, especialmente no meio artístico. Também foi encontrado que os 18 prodígios analisados*, como um grupo, apresentaram uma maior proporção de traços autistas, excepcional memória de trabalho e pontuações discrepantes nos subtestes cognitivos. Por exemplo, o caso de um que pontuou 108 em QI performance e apenas 70 em visual espacial (que não o impediu de ganhar um prestigioso prêmio por suas habilidades de improvisação de jazz, tornando-se a pessoa mais jovem a se apresentar com um músico famoso em um dos melhores locais de música dos EUA).

* Apesar do número pequeno de prodígios, por serem tão raros, ainda pode ser considerado uma boa amostra.

Então, eu penso se essa lógica proposta e apoiada pelo padrão encontrado nesse estudo, de discrepância de desempenho cognitivo e sem a restrita necessidade de ter um alto QI, possam ser variavelmente extrapolados para outras áreas, além das que foram analisadas... 

sábado, 7 de maio de 2022

"Você é um vagabundo que não quer trabalhar"

 Auto análise do meu caso de inadaptação


Depois de um bom tempo sem conseguir encontrar trabalho e, na verdade, sem ter procurado muito também, eu tenho concluído que sou cronicamente dependente dos outros, inclusive quanto às minhas necessidades mais básicas, como ter o que comer e um teto para morar. Eu cheguei a fazer faculdade e tirar o diploma, mas como a profissão mais provável de exercer seria a de professor, declinei deste compromisso por incapacidade psicológica, específica ao mesmo. Então, desde que me formei tenho estado num hiato profissional, tradicionalmente falando, de não ter carteira assinada, com um emprego e um salário oficiais. Eu também comecei a escrever e considero essa atividade como algo além de "mera" recreação. De qualquer maneira, para os olhos de nossa sociedade, eu sou um fracassado vagabundo que não quer trabalhar. Até poderia ser alguém que, legitimamente, não quer trabalhar e, sejamos sinceros, pois se pudesse escolher, a maioria optaria pela "vida mansa", ainda mais se for para ganhar um salário baixo, com jornadas exaustivas e sofrer humilhações de "patrões" safados que só pensam em seus lucros. Mas eu gostaria mesmo de estar trabalhando para ganhar meu dinheirinho e poder ter mais autonomia.

Para mostrar que essa dependência crônica é mais complexa do que muitos pensam, talvez, não apenas no meu caso, eu vou listar abaixo os fatores que tem me impedido de correr atrás de um emprego.

Sem mais demoras, saiba por que eu não sou apenas mais um vagabundo que não quer trabalhar...

1. Timidez ou ansiedade social

Eu tenho essa tendência de me preocupar muito com a opinião alheia e, mesmo que tenha conseguido diminuí-la, não é algo que se cura por ser parte do meu jeito de ser. Eu sei muito bem que a timidez tende a limitar nosso rol de possibilidades, inclusive as profissionais, especialmente para os que são mais arredios. E, diferente do que é comum de se pensar, é muito difícil, se não impossível, "mudar" a própria personalidade. A minha timidez é uma maneira que a minha mente encontrou de me ajudar a [sobre]viver, principalmente em uma sociedade em que relações abusivas fazem parte da sua ''normalidade''.

Eu poderia acrescentar minha antropofobia, meu grande medo em relação à espécie humana, de sua capacidade, que parece infinita, de cometer crueldades.  

1.1 Baixa autoestima

A timidez também é um sinal de se ser menos autoconfiante. No meu caso, eu diria que a tenho de modo mais flutuante, com altos e baixos.

2. Gagueira

Não bastasse ser tímido, eu também sou gago, do tipo residual, porque consegui, por conta própria, controlar parcialmente minha gagueira, mas sem ter aprendido técnicas que poderiam fazer toda diferença. Tudo por causa de uma negligência inexplicável dos meus pais que, quando eu era criança e, depois, adolescente, jamais me levaram a um profissional de fonoaudiologia. Pois o estigma de ser gago é tão alto quanto o de qualquer outra desordem mental.

3. Perfil cognitivo discrepante

Meu perfil cognitivo pende de maneira significativa para as profissões das ciências humanas, onde as capacidades de se comunicar e interagir socialmente são muito importantes. Agora, junte a isso o fato de ser tímido e gago, o que me resta??

E não só isso porque, para passar em concurso público ou universidade, é exigido conhecimentos gerais e/ou capacidade de memorização, enquanto que o meu perfil é mais específico e forte no pensamento divergente no que no convergente. Eu ainda poderia citar minha alta capacidade racional que me faz mais propenso a entrar em conflito com os outros e suas crenças irracionais, e que, com certeza, não me ajudaria se fizesse ou fizer uma outra faculdade, se na educação superior a conformidade ao que é passado pelos professores, tal como na escola, é uma das regras implícitas mais básicas. 

4. Motivação intrínseca predominante

Desde que me conheço por gente, eu sempre busquei fazer o que quis e, principalmente, no âmbito intelectual, de estudar, "brincando" com os meus interesses especiais. Pois eles sempre dominaram a minha atenção de maneira significativa, mesmo quando eu tinha consciência de que deveria me dedicar a uma atividade extrínseca aos meus desejos para alcançar um objetivo desejável, por exemplo, de estudar (memorizar) para a prova de concurso público e tentar tirar uma boa nota.

5. Realismo ou maturidade filosófica

Imagine você ter cristalizado em sua mente que: dinheiro é apenas papel, que somos todos iguais, em essência, que não existe vida após a morte, que só existe essa que temos para viver, que a mentira não tem maior valia que a verdade...??

Combinando esse realismo com os meus descompassos, minha motivação para seguir as etapas normativas da vida em sociedade tem sido extremamente baixa. Minha incapacidade de tratar o mundo humano com respeito a ponto de me jogar em sua selva de regras estúpidas, ganância e hipocrisia, de normalizá-lo no meu cotidiano, tem me forçado a uma espécie de exílio parcial.

6. Transtornos e condições mentais

Além da ansiedade social, eu poderia citar outros transtornos nos quais eu estou mais perto de ser diagnosticado, mas não o suficiente, por não apresentar uma estereotipia clínica para nenhum deles. Autismo, personalidade borderline, TDAH... Se conseguisse pelo menos um diagnóstico, poderia usá-lo como álibi para mostrar às pessoas o porquê de não conseguir me adaptar, como a maioria delas, ou de incorporá-lo no meu currículo em branco, mas nem isso.

A conclusão mais plausível que eu posso chegar é a de que ninguém em sã consciência gostaria de estar sem emprego, sem qualquer perspectiva de futuro, dependente da caridade alheia, primariamente da família, e estigmatizado pelos outros, chamado de parasita, vagabundo, inútil...

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Introversão "patológica' versus introversão adaptativa

O introvertido ''patológico' seria justamente aquele que não teria a capacidade de se adaptar a partir desta faceta de sua personalidade, que, portanto, se manifestaria de maneira rígida ou estereotípica. E quando falo "se adaptar" e em relação ao contexto da introversão, eu me refiro a de se ajustar de acordo com o grau de intimidade, em que, maior a confiança com o outro, maior a extroversão ou exposição de sentimentos, relaxamento e ''sincronização'' com o seu comportamento, em média, isto é, o melhor uso da mesma. Em outras palavras, a introversão em intensidade mas não em controle de qualidadeO introvertido patológico simplesmente não seria capaz deste ajuste, mesmo conseguindo um grau elevado de intimidade com outro indivíduo. 

O introvertido adaptativo seria exatamente como um extrovertido [ou um ambivertido] hiper-seletivo que só demonstra a sua personalidade interior e portanto também os aspectos relacionados à extroversão [a sua totalidade ou aspectos mais consideráveis], para os indivíduos que conquistarem a sua confiança. 

Este tipo não seria exatamente um ambivertido típico, porque o seu ímpeto introvertido, não se manifesta apenas nas relações sociais mas também nos aspectos mais essenciais como o estilo de pensamento [por exemplo, maior introspecção ou capacidade para o pensar reflexivo e também maior sensibilidade ao ambiente].


Aqui também se percebe uma certa superioridade, à priore, da introversão, em relação à extroversão, já que esta segunda seria basicamente como uma exploração do ambiente, em especial do ambiente social, de maneira impulsiva, tal como sair para outro país com uma cultura diferente sem buscar compreende-la, ainda que isso não signifique que todo extrovertido agirá assim, mas muito mais propenso de faze-lo. O introvertido e em especial o mais adaptativo, analisaria ou buscaria conhecer melhor o ''ambiente alheio'', de outras pessoas [e seres], antes de interagir, de entrar em contatos de segundo, terceiro ou quarto graus.  

Faz todo sentido ser mais desconfiado com ''estranhos'' e apenas se ''abrir'' mais quando já tiver conhecimento suficiente sobre eles... 

Aí deveríamos também diferenciar o grau de extroversão ''na intimidade [desejada ou, a priore, benignamente alcançada]'', porque se apresentar um nível mais alto da mesma nesta situação, então, ao invés de ser um introvertido adaptativo, é provável que seria mais como um ambivertido típico [no sentido de natureza e não de nível de raridade] ou como um omnivertido. Ou não, aqui sempre tem essa opção, ''nenhuma das especulações anteriores/acima''.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Combitos

Se já não estavam com saudades... vamos lá mais um combo de proto, pseudo-especulações.

1- Conservadorismo e alta "herdabilidade"/ ou melhor hereditariedade 

E inteligência cognitiva média e/= alta herdabilidade

Traços mais comuns são os mais herdáveis


2- Você é homo-cultural??

Só se interessa por "assuntos de homem":
- futebol ou esportes coletivos;
- carros, caminhões...;
- como "pegar" mulheres;
- sexo;
-


3- Especulação: tipos de audição perceptiva/psico-cognitiva

Audição periférica predominante: baixa inibição latente, criatividade, mentalismo

Audição difusa

Audição central predominante: alta inibição latente, inteligência, mecanicismo

Audição concentrada


4- Autismo = hiper sensibilidade sensorial; ADHD = Hiper sensibilidade hormonal; esquizofrenia = Hiper sensibilidade cognitiva

5- Pensamentos vexaminosos sobre genética... E quando o filho puxa totalmente um dos pais??

Ao menos em aparência..

Apreendemos naquela aula básica de hereditariedade que os filhos são uma combinação genética dos pais. No entanto parece que podem ocorrer casos em que o filho puxa totalmente um dos lados, a ponto de dizermos que "a mãe emprestou a barriga" especificamente quando o filho ou a filha puxa totalmente o pai em aparência, e talvez, também, em comportamento. Quando isso acontece, como entender??


Lanço a potato quente procês..
..

Ok, tive uma luz.

Aí parece que aquela ideia de ''luta entre os genes maternos e paternos'' do Chris Badcock [autor da teoria dos genes impressos] faz bastante sentido aqui...

Não é exatamente uma combinação de genes mas uma luta entre eles, e algumas vezes um dos lados oblitera totalmente o outro ao menos no fenótipo.

6- Fãs: obsessão por interesses [autístico] mentalistas e/ou mais especificamente por pessoas (psicótico)

7- Como estimar capacidade/memória verbal:

Memória*, da ortografia à gramática.

Parece óbvio mas pra mim foi um insight subjetivo. Mais verbalmente inteligente se é, ao menos nesses aspectos, melhor em gramática, que equivaleria a um aprofundamento desse conhecimento.

* aqui estou usando os meos conceitos de memória instintiva e ambiental, isto é, respectivamente as bases do comportamento [instintos] que 'herdamos', e os ''neo-instintos'', que são continuidades de desenvolvimento dessas bases, em vida.

8- Hipótese: Mais criativos e sábios...

... Tem menos "memória junk".

Sabe aquelas memórias que só são para enfeite [sabendo disso ou não]* Então, pode ser que os dois tipos tenham menos desta memória, resultando em uma maior eficiência no uso da mesma, ou, também, que tenham mais da ''memória divergente'', quando se internaliza os próprios insights, enfim... deixa pra lá.

9- Repetências produtAs de uma demência pré-cox 

A criatividade é como ''ter'' esquizofrenia, mas em seu aspecto de intensidade mental: pensamentos intrusivos ou involuntários ou impulsivos, de estar com a mente sempre em movimento, mas de não resultar em alucinações..