Quanto mais um indivíduo se conhece, mais ele aprende sobre os seus limites e potenciais, forças e fraquezas. Indiretamente ele percebe que não é capaz de aprender tudo ou se adaptar em qualquer situação, que seus potenciais são determinados pelos seus limites. Portanto, essa parece ser uma conclusão inevitável quando se alcança um bom nível de autoconhecimento, de que nossos potenciais e limites até são influenciados pelo meio, mas são determinados por "nós mesmos", que podemos chamar de natureza, biologia, genética, intrinsicidades...
Minha lista de blogs
sábado, 11 de março de 2023
Crença na tábula rasa ou déficit de autoconhecimento??
terça-feira, 28 de fevereiro de 2023
Um exemplo real e documentado de influência ambiental predominante em seres humanos
A relação entre usar óculos de grau//miopia e viver na cidade
domingo, 26 de fevereiro de 2023
"A biologia não tem maior influência no comportamento humano do que o meio"
Afirmação tipicamente endossada por sociólogos e/ou cientistas sociais atualmente.
Sobre o nível concordância de fenótipo e personalidade/comportamento entre pais e filhos (biológicos)
Então, filhos que se parecem com os seus pais em fenótipo físico também tendem a apresentar grandes semelhanças de personalidade??
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023
Dois exemplos (um pessoal e o outro também) sobre o "determinismo biológico"
Novamente com base no meu argumento heterodoxo em sua defesa.
Sobre evidência direta e indireta
Dois exemplos: existência de Deus e de diferenças médias e intrínsecas entre indivíduos e grupos humanos.
terça-feira, 15 de novembro de 2022
Sobre facilidade cognitiva/psicológica e motivação intrínseca//extrínseca
I. Fulano GOSTA de matemática... primeiramente porque ele percebeu uma facilidade ou potencial para desenvolver suas capacidades nessa área;
quarta-feira, 1 de junho de 2022
Por que transformações radicais de personalidade ou inteligência são menos prováveis de serem verdade?
Vou pegar um exemplo fictício bem conhecido aqui no Brasil e na América Latina: Maria do Bairro.
terça-feira, 17 de maio de 2022
"Ninguém nasce ruim" , "qualquer um pode se tornar um serial killer"
1. "Ninguém nasce ruim"
De fato, ninguém nasce ruim e nem bom, se não podemos perceber tendências morais em recém-nascidos apenas com base em seus comportamentos.
No entanto, se uma pessoa apresenta uma constância de comportamentos "anti sociais",e especialmente se começa a apresentá-los ainda na infância, então, é provável que ela tenha predisposições psicológicas, de nascença para os mesmos, como se "tivesse nascido (predestinada a ser) ruim".
2. "Qualquer um pode se tornar um serial killer"
Seria como dizer que todo mundo corre o mesmo risco de escorregar de um precipício e se acidentar ou morrer. Mas não é todo mundo que vai com frequência a um lugar com precipício e nem que se arrisca quando está lá. Pois, se mesmo uma situação que, por infortúnio, pode acometer qualquer um de nós, não apresenta igual probabilidade para todos, quiçá a de se tornar um serial killer que, além de, geralmente, depender de circunstâncias ambientais específicas, também se relaciona com predisposições comportamentais.
Essa afirmação pode ser que tenha sido baseada na existência de serial killers que não aparentavam/aparentam ser psicopatas ou sociopatas e, sendo assim, qualquer um pode se tornar um "monstro".
Mas, se isso fosse verdade, o número de serial killers seria muito maior, se são muitas as pessoas, solitárias ou não, que sofrem "bullying", injustiças... e, nem por isso, saem por aí matando avulso.
quinta-feira, 28 de outubro de 2021
Sobre ateísmo e crença religiosa, correlação ou causalidade??
Uma pesquisa realizada com 1.417 residentes nos EUA descobriu que pessoas que cresceram em lares sem forte doutrinação religiosa são mais propensas a serem ateias.
Fonte:https://www.psypost.org/2021/10/new-psychology-research-identifies-a-robust-predictor-of-atheism-in-adulthood-61921
Então, os pesquisadores desse estudo concluíram que o principal fator para alguém se tornar ateu é se tiver tido uma criação secular ou sem (tentativa de) imposição de crença religiosa. De que, se quiser entender por que alguém se torna ateu, basta olhar para os seus pais...
Eu não sei se concordo com essa conclusão porque penso que foi encontrado uma correlação (positiva) entre as duas variáveis da pesquisa, ateísmo e tipo de criação recebida, e não uma relação diretamente causal entre elas. Por isso, acho que não é possível afirmar que a escolha individual pelo ateísmo seja unicamente determinada por uma educação não-religiosa dada pelos pais, se não são todos os ateus que cresceram nesse tipo de ambiente.
Como resultado de minha discordância pontuarei rapidamente nesse texto outros caminhos para um possível aprofundamento, tanto da pesquisa quanto do tópico que aborda.
Vamos a eles:
1⁰ ponto
"Pais menos religiosos são mais propensos a terem filhos menos religiosos e/ou ateus"
Foi o que esse estudo também descobriu, mas que não foi igualmente destacado pelos pesquisadores como uma possibilidade de explicação. Isto é, de que, talvez, exista uma relação de hereditariedade, em que pais menos religiosos, inclusive os que são moderadamente religiosos, são mais propensos a passar para os seus filhos suas "tendências genéticas" de moderação ou descrença, ou então mutações que aumentam a expressão dessas tendências. E, por estarmos falando de uma variedade de traços cognitivos e psicológicos e de polimorfismo na transmissão desses traços, também podem ter filhos menos ateus ou mais religiosos que eles.
2⁰ ponto
Perspectiva individual
Quais fatores intrínsecos, do indivíduo, e extrínsecos, do meio, que fazem com que nos tornemos ateus, agnósticos ou religiosos??
Acho que também seria importante entrevistar os participantes desse estudo para saber se existem outros fatores comuns entre eles, como certos traços cognitivos ou de personalidade, que podem ter contribuído para terem se tornado ateus. Eu mesmo já escrevi uns dois textos pensando sobre os possíveis fatores que me levaram ao ateísmo.
3⁰ ponto
Ateus ou não-religiosos??
Me parece que existe uma tendência de tratar ateus e não-religiosos como equivalentes. No entanto, existem diferenças de intensidade de convicção e, portanto, de possibilidade para mudar de opinião em relação à crença religiosa, até porque muitos dos que se definem como não-religiosos são de agnósticos. E, a relevância demográfica possivelmente verdadeira desses "não-religiosos" em relação aos "ateus convictos" pode explicar, em partes, casos interessantes como dos estados alemães que, de 1949 a 1990 compuseram a extinta Alemanha Oriental, e que, graças às ondas de secularização, iniciadas na segunda metade do século XIX, quando faziam parte do Reino da Prússia, continuadas durante a República de Weimar, na década de 20 do século XX, e intensificadas com os governos "comunistas", se transformaram, de uma sociedade de maioria formalmente protestante, para uma das regiões mais ateias da Europa e do mundo. Portanto, talvez, não seria apenas uma questão de ser mais propenso a ser religioso ou descrente, mas também de ser mais conformista. Afinal, essa ideologia, que foi criada pelo Estado "comunista", se tornou estruturalmente onipresente naquela sociedade, marcando gerações de maneira profunda. Seria até interessante saber o quanto desse ateísmo que é legítimo e o quanto que é herança cultural da ex Alemanha Oriental, se a maioria dos que a habitaram durante a sua existência[que ainda estão vivos] e seus descendentes são ateus por convicção ou especialmente por terem crescido em uma cultura marcada pela ausência de doutrinação religiosa. Independente disso, ainda existe e sempre existiu uma minoria de cristãos nessa região, o que sugere um caráter mais intrínseco, para alguns ou muitos daqueles que estão mais propensos à crença em metafísicas, e o mesmo para o ateísmo não-intermitente.
4⁰ ponto
Religião ou culto??
Para que alguém se torne religioso também é preciso que seja exposto à uma religião, preferencialmente se for desde cedo, e integralmente recíproco à sua influência. Mas, nem precisa ser uma religião porque pode até ser uma seita ou um culto. Aliás, parece que não existem muitas diferenças entre eles: o nome, o nível de poder político ou cultural e, portanto, de prevalência (as religiões são sempre mais "poderosas" que os cultos) e o direcionamento da crença (as religiões, caracteristicamente, se baseiam na crença em deus/deuses e eternidade, enquanto que os cultos são mais heterogêneos), porque são praticamente a mesma coisa. Por isso, até penso que a crença religiosa pode ser clinicame
segunda-feira, 28 de outubro de 2019
As origens do ''pobre''
sábado, 30 de dezembro de 2017
Estilo e projeção: biologia//mente//ênfase adaptativa ou evolutiva e construção individual do comportamento//ambiente flutuante
Temos estilo e o projetamos. Nossos estilos representam aquilo com o qual nascemos, nossos projetos e/ou manuais subjacentes de sobrevivência, adaptação e/ou evolução [no caso dos mais criativos e também dos mais sábios], nossos meios mais profundamente intrínsecos de nos agarrarmos à vida. Somos nós que construímos os nossos [próprios] ambientes particulares ou pessoais, de maneira bem mais dependente enquanto crianças, ainda que já demonstrando motivação intrínseca para perseguir por essa construção auto-biográfica, ao menos em relação ao nosso espaço existencial mais íntimo.
Via ''forma/estilo e expressão/projeção'', projetamos os nossos estilos, resultando no estabelecimento de um ''ambiente'' pessoal flutuante, ou ''cultura individual'', primeiro os aspectos mais hardware ou ''corpo'', e depois, como processo subsequente, sendo simbolizado com a arte//cultura [existencial e técnica] ou ''roupa''. A partir daí haverá o processo ou tentativa de encaixar o nosso ''milieu'' pessoal com o local, e em tempos de domínio do ''estado-nação'', com o nacional. Quando o molde não é capaz de se adequar à cultura coletiva [da maioria] então ocorre um processo potencialmente permanente de atomização ''mútua'' de ambas as partes, do coletivo em relação ao indivíduo, e do indivíduo em relação ao coletivo, porque a sua perspectiva existencial será demasiadamente única ou rara para caber em moldes que foram projetados para encaixar medianidades genéricas.
Eu disse que a cultura se divide em 3 setores fundamentais: o técnico/científico, o intelectual/filosófico e o artístico ou existencial. Pois bem, agora penso que, a maioria das pessoas tendem a sobre-enfatizar pelo técnico [científico/replicação da ciência produzida//deveres] e pelo existencial [artístico//entretenimento existencial/ parte dos direitos individuais] e a negligenciar pelo intelectual por razões não-intencionais, visto que é justamente aí que o uso independente das faculdades mentais para o raciocínio se torna mais importante, visto que no técnico, a capacidade de memorização e replicação das atividades que se consistem em sua definição, enquanto que o aspecto mais artístico ou cultural, é aquele que justifica e distrai os estilos [e projeções] individuais [distrai do tempo], especialmente em tempos de florescimento de sub-culturas ''urbanas'.
Quando o ambiente/projeção que criamos para nós não é minimamente equivalente ao ambiente maior ou coletivo, que representa, de maneira invariável, ''as massas'', então é muito provável que além de um constante atrito, como dito acima, também haverá um processo de associalização por parte do indivíduo, e/ou em relação à coletivização constante que basicamente se consiste a socialização. Ele não consegue se socializar porque construiu e/ou projeta um ambiente, derivado de seu estilo, que está muito discrepante da regra ou norma. Por exemplo, ele projeta um gosto cultural incomum a muito sofisticado enquanto que a maioria se conforma com um gosto comum e/ou trivial, resultando a priore em uma fricção de prioridades/ênfases e expectativas, e podendo a partir daí resultar no processo de atomização por parte deste indivíduo, dependendo do seu grau de tolerância com a projeção coletiva do ambiente em que vive.
Maior é o grau de profundidade quanto à vivência do ambiente pessoal, por lógica, maior será o grau de intolerância em relação àquilo que, lhe for diferente ou mesmo que lhe for antagonista. E grau de profundidade também pode se relacionar com: nível de criatividade, de talento [sabedoria hiper-localizada], que eu denominei de ''intelectualmente obsessivo''.
Portanto, partindo de minha triarquia dos tipos de inteligências [ainda não oficializada, creio eu]: cognitiva, intelectual e psicológica, parece lógico de se pensar que, os mais intelectualmente inteligentes, especialmente a partir de uma abordagem filosófica central, nuclear ou em prol da sabedoria, mas também independente de se estar neste nível agudo de clareza intelectual, serão os mais propensos, juntamente com os ''mais cognitivamente inteligentes'', a se assocializarem, ainda que, estes últimos possam encontrar meios para superar este desafio dentro dos seus ambientes de trabalho, ainda que parece ser regra geral que, mais intensamente distante das medianidades, mais difícil será para ''voltar''/regredir às médias ou tolerá-las.
Serão por 3 vias que, os mais inteligentes, e também qualquer outro grupo, acabarão se assocializando:
- hipo-capacidades interpessoais = característicos daqueles que são desequilibradamente inteligentes no aspecto cognitivo;
- excesso [ou não tão ''excesso''] de complexidade OU de idealidade [espectro da sabedoria] = intelectualmente inteligentes [em intensidade ou qualidade]
- hiper-capacidades interpessoais universais [diferente do tipo contextual/adaptativo, que seriam as mais adaptativas, por lógica] = de acordo com a minha ideia de que, a inteligência é, em seu conceito mais primordial, a busca pelo equilíbrio, e o mesmo no caso da inteligência emocional [ou deste tipo de inteligência emocional], e que todos os fatos são por si mesmos equilibrados ou manifestações do equilíbrio.
No mais é isso, nascemos com estilos, os projetamos, construindo os nossos ''milieu pessoais'' e a todo momento os comparamos com as culturas coletivas, e aqueles com os maiores problemas para se encaixarem ao ''mainstream'' serão os mais propensos à associalização, ou o ato de não-socializar.
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
Ambientes mais perigosos a longo prazo podem selecionar por maiores capacidades cognitivas mecanicistas...
Também talvez devêssemos pensar que,
maior a competição social//sexual dentro de uma população, maior a seleção por atributos psicológicos [''do' indivíduo, de sua personalidade] do que por atributos cognitivos [''do' indivíduo em relação ao ambiente, em suas capacidades intelectuais extrospectivas].
Exemplo: africanos subsaarianos
Se o ambiente é perigoso ou difícil a longo prazo então tenderá a selecionar por atributos adaptativos do indivíduo em relação ao seu ambiente resultando por exemplo em maiores capacidades cognitivas mecanicistas. E reprodução ~ k
Exemplo: eurasiáticos
Ou também com base do nível de biodiversidade inter e intra espécies...
Ambientes muito frios/ difíceis a longo prazo reduzem a diversidade fenotípica [maior pressão seletiva] e consequentemente aumentam a homogeneidade podendo resultar em maior cooperação de grupo particularmente em espécies mais sociais se todos serão mais parecidos ou menos diversos aumentando o desejo de cooperação.
Por lógica ou não, ambientes muito difíceis a longo prazo tenderão a forçar a espécie (social) para uma maior cooperação ou irá direciona-la para objetivos em comum, é aquelas: ou cooperamos ou perecemos. OU, aquilo que falei acima, ambientes muito complicados reduzem a diversidade fenotípica e em espécies sociais, que precisam cooperar entre si para sobreviver, isso poderá resultar em um aumento da cooperação, talvez em especial por causa desta redução na diversidade...
Em compensação uma menor dificuldade ambiental para a adaptação e a espécie poderá buscar por atributos mais em si mesma em termos de comportamento [mentalista] do que em-relação-ao ambiente [mecanicista], principalmente se houver maior competição interna.
É aquelas
Competição da espécie contra o ambiente, buscando sobreviver = maior seleção de atributos biológicos melhor atrelados à essa tarefa.
Competição individual, interna, ou mesmo, ''da espécie contra si mesma'' + alguma necessidade ainda muito importante/mas fracionada de luta contra o ambiente, buscando sobreviver = seleção mista de atributos biológicos tanto para competir sexualmente ou socialmente quanto para se adaptar ao ambiente.
A personalidade//inteligência emocional ou introspectiva (não universalmente ideal/mais desenvolvida mas contextualmente ideal) é uma das principais armas na competição sexual e em um cenário menos rigoroso será mais selecionada do que a cognição ou inteligência extrospectiva. E também reduz a seleção de cooperadores/beta, ou mantém este tipo em proporção menos frequente, e aumenta a seleção a de competidores/alfa.
OU ...
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
Personalidade está para o genótipo assim como o temperamento está para o fenótipo
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
"Quando eu falo herdável eu estou querendo dizer: geneticamente transmitido e influenciado". O que os estudos com gêmeos idênticos realmente analisam
Mais genético/intrínseco ou mais ambiental/extrínseco??
Um par de gêmeos idênticos nasce. Como se sabe eles compartilham uma grande semelhança genética ainda que possa variar. Imaginemos que sejam do tipo excepcionalmente idêntico, e que os seus pais não tenham condições financeiras para cuidar dos dois e portanto resolvem colocar um deles para a adoção. Os irmãos se separam. O filho adotado é criado em um ambiente muito diferente, cheio de luxos e conforto. Depois de 20 longos anos eles se reencontram, até porque o gêmeo adotado foi morar em outro país quando tinha apenas 2 anos. O reencontro foi cheio de surpresas. Mesmo em ambientes muito diferentes eles apresentaram muitas semelhanças em relação aos seus gostos culturais: ideologia, estilo do vestuário, hobbies... Ao invés de um contraste de tendências comportamentais e culturais, imposto pelas diferenças ambientais, os irmãos gêmeos mostraram-se surpreendentemente semelhantes. Não existe outra explicação que seja mais saliente e provável do que a similaridade genética.
Mas não precisamos falar de gêmeos idênticos para perceber fenômenos parecidos. Por exemplo, no sul do Brasil e no Canadá, as semelhanças de comportamento entre as pessoas de raça negra subsaariana são significativas, desde o narcisismo ou auto-estima mais inflados, passando pelo talento natural para a prática esportiva, pela tendência de uma menor aptidão intelectual, nomeadamente o de tez escolástica/técnica, chegando à incidência mais inflada de comportamento violento/criminoso/
Graus de "herdabilidade"??
Eu já mostrei o que penso em relação ao termo, ao seu uso por parte dos cientistas e o porquê de acreditar que esteja sendo mal empregado. Herdabilidade enquanto uma variação fenotípica em relação ao genótipo significaria que, quanto maior fosse, maior seria a variação em relação ao genótipo, "base de transmissão de características" ou "referência". Portanto se os pais são x e os filhos são xy então o nível de variação fenotípica, dos filhos, em relação ao genótipo, de ambos os pais, seria maior, isto é, alto nível de herdabilidade. No entanto a maneira como que se tem analisado essa variável tem sido a oposta, em que, quanto maior é a herdabilidade maior é a semelhança...entre gêmeos idênticos.
Pressupus que o "genótipo" nessa situação se consistiria na razão de similaridades entre eles, entre os gêmeos, e não necessariamente em um real genótipo, que no caso, a meu ver, inevitavelmente teria de se consistir nos progenitores ou fornecedores originais das informações genéticas de ambos.
O que eu também já disse: quando dizem herdabilidade, na verdade querem dizer hereditariedade, e isso me parece ser mais problemático porque se uma necessariamente não é a outra então há de se falar "um português mais claro".
O nível de semelhanças entre gêmeos idênticos é muito interessante e válido para esse tipo de pesquisa. E ao demonstrar que gêmeos idênticos especialmente os mais parecidos podem ser surpreendentemente semelhantes em uma variedade de gostos culturais e comportamentais, mesmo quando são criados afastados uns dos outros, prova o papel predominante ou dominante da genética no comportamento, ainda, é claro, que o ambiente também tenha o seu papel, que é muito importante mas não da maneira com que muitas pessoas tendem a acreditar. Pelo simples fato da vida necessitar de um cenário ou ambiente de vivência e por este cenário tender a ter um forte papel na seleção de suas características já nos mostra o quão fundamental o mesmo pode ser. No entanto em vida, a vida é primordialmente obediente a si mesma e portanto às suas próprias possibilidades de comportamento.
Com a leve impressão que já falei sobre isso. Que bom que foi breve.
sábado, 5 de agosto de 2017
Artificialismo nurturista e naturalismo geneticista
quarta-feira, 12 de julho de 2017
As origens da diversidade psico-cognitiva se alguém já não especulou
Metaforicamente falando é como se a senhora Oráculo resolvesse fazer uns bolinhos de chocolate pra você, então, todos estão recheados de chocolate/reconhecimento de padrões mas foram colocados em forminhas com formatos diferentes /ambientes.

quinta-feira, 6 de julho de 2017
"Ambiente": o redor imediato: onipresente
E a sua relação mútua com o ambiente: Onipotente
domingo, 25 de junho de 2017
A influência dos ''genes'' [imediato/constante/onipresente/onipotente/onisciente]
A relação entre os genes e o ambiente me parece muito mal entendida e especialmente por causa da falta de precisão semântica por parte das pessoas, em sua maioria, pelo que parece, ou é apenas pedantismo grátis de minha parte.
Quando dizem que os genes são ''parcialmente'' influentes para certa situação ou em especial, para certo comportamento, deixam a entender, mesmo sem ter consciência, que ''os genes, nesta narrativa, não são ou representam o próprio indivíduo''. Eu já comentei que ''nós somos os nossos genes'', e obviamente que, ''os nossos genes nos representam'', de maneira que, quando falamos: ''certo comportamento é fortemente genético'', estamos querendo dizer que ''certo comportamento é de autoria intrínseca do próprio indivíduo, isto é, de nós mesmos'', ainda que, é claro que o ambiente ou ''redor'' tem evidente PARTICIPAÇÃO. No entanto o protagonismo é sempre nosso.
Não existe tal coisa ''parcialmente genético'' nesta perspectiva, a meu ver e especialmente a partir de uma precisão semântica.
O que é SEMPRE ou quase sempre parcialmente genético não é o comportamento da pessoa, mas o seu resultado concreto, e ainda assim, TODOS que serão ''genéticos de origem'', de qualquer maneira. Talvez esta seja a questão fundamental: origem/ação primária versus resultado/reação secundária dos comportamentos.
O exemplo corriqueiro aqui do talento para tocar algum instrumento musical. O talento é claramente genético, pode ser ''estilo-savant'' e a pessoa apresentar uma capacidade fulminantemente intrínseca ou pode ser necessário mais tempo, mais aulas, e subsequente apreensão da técnica, para aprimorar o talento. No mais, se é mais diretamente genético ou não, ainda assim será totalmente dependente, primeira e fundamentalmente, da pré disposição ou potencial do indivíduo. No entanto ter à disposição algum instrumento musical e especialmente aquele em que se dá melhor, isto é, um fator concreta ou literalmente ambiental, é de vital importância para que possa resultar nessa conjugação: disposição cognitiva/talento e afetiva/motivação intrínseca [fator genético] + tempo [fator ambiental optativo especialmente se o talento não for naturalmente fulminante] + disponibilidade de instrumentos musicais [fator ambiental legítimo] = desenvolvimento e alcance total, predominante ou mesmo parcial do talento específico alvejado. Pode ser possível que, uma motivação intrínseca perturbada por outros fatores ou falta tempo e combinado com um talento que precisa ser mais lapidado, resulte em um alcance parcial de todo potencial. No mais, aquele que costuma ser realmente talentoso nessa mas também em qualquer outra área, tende a ser do tipo fulminantemente talentoso, isto é, que aprende que enorme rapidez ou facilidade e que ainda, de lambuja, apresenta habilidades criativas ou combinativas/manipulativas. Só que mesmo os fatores tidos como ambientais, a disponibilidade de tempo para estudar música + disponibilidade do instrumento musical, são todos indiretamente ''genéticos'' ou dependentes de ''pessoas''/seres vivos.
Eu estou literalizando essa narrativa, diga-se, sutil e exageradamente abstrata, e da melhor maneira possível: aplicando o conceito/quase o mesmo que literalizar.
''Influências ambientais'' são na verdade extensões do papel da ''genética'' que se espalha pelo ambiente, por exemplo, você que está em sua casa: que foi construída por um grupo de pessoas alguns anos atrás [pessoas= genética; habilidade para construir casas= genética; método de construção de casas de alvenaria que foi inventado por.. tcharam, pessoas: genética; você e o seu comportamento = genética; os seus parentes que vivem com você e os seus comportamentos habituais/e mesmo os errantes: genética; o ''seu'' animal de ''estimação'': genética]
Tudo aquilo que temos denominado de ''ambiente'' na verdade, como eu falei e prometo não repetir exaustivamente, se consiste em extensões das ''influências'' genéticas''.
Não ,o ambiente não é um bicho papão, tenha mais medo dos ''homens'' do que de ''coisas mágicas'' como o tal do [abstrato] ''ambiente''.
Se eu não tenho motivação para fazer uma prova: fator ambiental* Não, genético.
Se eu fico gripado: genético. Se eu cometo um crime [a partir da moralidade objetiva ou não]: genético. Se eu sou um engenheiro e construo uma casa e acaba sendo interditada porque eu a construí com a bunda: genético. Alguns fatores serão mais ''uni-genéticos'' ou ''uni-intrínsecos'', quando uma causa solitária que está em jogo. Outros é possível que serão mais acumulativos ou poli-intrínsecos.
Se a escola onde eu estudo é uma bosta: ambiental, porém, tudo tem uma origem orgânica ou ''genética'', especialmente quando estivermos falando dos seres vivos.
quarta-feira, 14 de junho de 2017
Resposta lógica/esperada ao ambiente versus genética

Em roma aja como os romanos... Só que nem sempre
A maioria das hipóteses e teorias de apelo ambiental ou behaviorista parece que apresentam algumas condições, uma delas implícita, para a auto-validação:
- Apenas ou fundamentalmente os fatores ou circunstâncias ambientais que podem explicar um padrão invariavelmente coletivo ou desproporcional de comportamento, por exemplo a correlação criminalidade x bairros pobres [pobreza causa violência];
- intervenções ou ações ambientais precisam afetar boa parte se não a totalidade de uma população ou grupo, exemplo: a correlação maior escolaridade x maior inteligência cognitiva/quantitativa : ao serem expostos a mais anos de "educação" as pessoas (supostamente) precisarão exibir um aumento em suas capacidades cognitivas e isso pode ser (supostamente) exemplificado por meio do QI (médio) dos phds.
No entanto sempre ou quase sempre haverão exceções que provarão regras ou desproporções assim como também o papel determinante da genética no comportamento como uma resposta final à essas interações, como eu gosto de falar. Me parece que esses behavioristas se esquecem que, mesmo em Roma, não serão todos que agirão como os romanos. E este fato nos dá uma pista em que, se não é fundamentalmente a pobreza que causa uma maior desproporção de comportamento violento porque existem de, exceções à maiorias de pessoas predominantemente pacíficas vivendo em bairros pobres, então outro fator que está mais intrinsecamente relacionado com as próprias pessoas pode ajudar a explicar essas diferenças individuais e sub-grupais de comportamento.
Muito daquilo que o behaviorismo neo-esquerdista prega como a verdade indissolúvel dos fatos pode ser definido como ''hipo-lógico'' ou ''lógica primária''. O exemplo: ''cultura x comportamento''. Segundo os behavioristas apenas a cultura/ambiente que pode e que altera ou constrói personalidades e temperamentos. Isso parece lógico visto de relance, visto rapidamente. E existem ''evidências primárias'' que pode estar parcial a totalmente certo. No entanto quanto mais adentramos nesse assunto mais evidências contrárias começam a ''pipocar'', como os exemplos viscerais das exceções que, mesmo tendo ''tudo contra'' age de maneira distinta. Mesmo em Roma, não agirá como os romanos, e se o ambiente ou a cultura não pressiona o indivíduo a mudar o seu comportamento para se adaptar, ou mesmo, ele vai se adaptando à sua maneira, então claramente isso quer indicar que não é a passividade do indivíduo ao ambiente que está sendo demonstrado mas o contrário, a atividade ou tomada de iniciativa do indivíduo que está respondendo ao ambiente e desconstruindo esta ''resposta lógica'', ''pobre e cercado de violência, logo me tornarei violento'', e não existem apenas exceções, mas muitas vezes um predomínio de comportamentos que não aderem às circunstâncias impostas pelo ambiente.
Portanto o behaviorismo faz sentido no início, mas mais parece se consistir em uma espécie de pensamento lógico-dedutivo:
- precipitado
- estupidamente arrogante
- preguiçoso
Justamente por parecer mais ''simples'', ''pessoas na cultura x se comporta de maneira tal, em média'', logo a cultura é o principal senão único fator responsável pelos seus comportamentos, correto*
Pense de novo.