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sábado, 7 de maio de 2022

"Você é um vagabundo que não quer trabalhar"

 Auto análise do meu caso de inadaptação


Depois de um bom tempo sem conseguir encontrar trabalho e, na verdade, sem ter procurado muito também, eu tenho concluído que sou cronicamente dependente dos outros, inclusive quanto às minhas necessidades mais básicas, como ter o que comer e um teto para morar. Eu cheguei a fazer faculdade e tirar o diploma, mas como a profissão mais provável de exercer seria a de professor, declinei deste compromisso por incapacidade psicológica, específica ao mesmo. Então, desde que me formei tenho estado num hiato profissional, tradicionalmente falando, de não ter carteira assinada, com um emprego e um salário oficiais. Eu também comecei a escrever e considero essa atividade como algo além de "mera" recreação. De qualquer maneira, para os olhos de nossa sociedade, eu sou um fracassado vagabundo que não quer trabalhar. Até poderia ser alguém que, legitimamente, não quer trabalhar e, sejamos sinceros, pois se pudesse escolher, a maioria optaria pela "vida mansa", ainda mais se for para ganhar um salário baixo, com jornadas exaustivas e sofrer humilhações de "patrões" safados que só pensam em seus lucros. Mas eu gostaria mesmo de estar trabalhando para ganhar meu dinheirinho e poder ter mais autonomia.

Para mostrar que essa dependência crônica é mais complexa do que muitos pensam, talvez, não apenas no meu caso, eu vou listar abaixo os fatores que tem me impedido de correr atrás de um emprego.

Sem mais demoras, saiba por que eu não sou apenas mais um vagabundo que não quer trabalhar...

1. Timidez ou ansiedade social

Eu tenho essa tendência de me preocupar muito com a opinião alheia e, mesmo que tenha conseguido diminuí-la, não é algo que se cura por ser parte do meu jeito de ser. Eu sei muito bem que a timidez tende a limitar nosso rol de possibilidades, inclusive as profissionais, especialmente para os que são mais arredios. E, diferente do que é comum de se pensar, é muito difícil, se não impossível, "mudar" a própria personalidade. A minha timidez é uma maneira que a minha mente encontrou de me ajudar a [sobre]viver, principalmente em uma sociedade em que relações abusivas fazem parte da sua ''normalidade''.

Eu poderia acrescentar minha antropofobia, meu grande medo em relação à espécie humana, de sua capacidade, que parece infinita, de cometer crueldades.  

1.1 Baixa autoestima

A timidez também é um sinal de se ser menos autoconfiante. No meu caso, eu diria que a tenho de modo mais flutuante, com altos e baixos.

2. Gagueira

Não bastasse ser tímido, eu também sou gago, do tipo residual, porque consegui, por conta própria, controlar parcialmente minha gagueira, mas sem ter aprendido técnicas que poderiam fazer toda diferença. Tudo por causa de uma negligência inexplicável dos meus pais que, quando eu era criança e, depois, adolescente, jamais me levaram a um profissional de fonoaudiologia. Pois o estigma de ser gago é tão alto quanto o de qualquer outra desordem mental.

3. Perfil cognitivo discrepante

Meu perfil cognitivo pende de maneira significativa para as profissões das ciências humanas, onde as capacidades de se comunicar e interagir socialmente são muito importantes. Agora, junte a isso o fato de ser tímido e gago, o que me resta??

E não só isso porque, para passar em concurso público ou universidade, é exigido conhecimentos gerais e/ou capacidade de memorização, enquanto que o meu perfil é mais específico e forte no pensamento divergente no que no convergente. Eu ainda poderia citar minha alta capacidade racional que me faz mais propenso a entrar em conflito com os outros e suas crenças irracionais, e que, com certeza, não me ajudaria se fizesse ou fizer uma outra faculdade, se na educação superior a conformidade ao que é passado pelos professores, tal como na escola, é uma das regras implícitas mais básicas. 

4. Motivação intrínseca predominante

Desde que me conheço por gente, eu sempre busquei fazer o que quis e, principalmente, no âmbito intelectual, de estudar, "brincando" com os meus interesses especiais. Pois eles sempre dominaram a minha atenção de maneira significativa, mesmo quando eu tinha consciência de que deveria me dedicar a uma atividade extrínseca aos meus desejos para alcançar um objetivo desejável, por exemplo, de estudar (memorizar) para a prova de concurso público e tentar tirar uma boa nota.

5. Realismo ou maturidade filosófica

Imagine você ter cristalizado em sua mente que: dinheiro é apenas papel, que somos todos iguais, em essência, que não existe vida após a morte, que só existe essa que temos para viver, que a mentira não tem maior valia que a verdade...??

Combinando esse realismo com os meus descompassos, minha motivação para seguir as etapas normativas da vida em sociedade tem sido extremamente baixa. Minha incapacidade de tratar o mundo humano com respeito a ponto de me jogar em sua selva de regras estúpidas, ganância e hipocrisia, de normalizá-lo no meu cotidiano, tem me forçado a uma espécie de exílio parcial.

6. Transtornos e condições mentais

Além da ansiedade social, eu poderia citar outros transtornos nos quais eu estou mais perto de ser diagnosticado, mas não o suficiente, por não apresentar uma estereotipia clínica para nenhum deles. Autismo, personalidade borderline, TDAH... Se conseguisse pelo menos um diagnóstico, poderia usá-lo como álibi para mostrar às pessoas o porquê de não conseguir me adaptar, como a maioria delas, ou de incorporá-lo no meu currículo em branco, mas nem isso.

A conclusão mais plausível que eu posso chegar é a de que ninguém em sã consciência gostaria de estar sem emprego, sem qualquer perspectiva de futuro, dependente da caridade alheia, primariamente da família, e estigmatizado pelos outros, chamado de parasita, vagabundo, inútil...

domingo, 19 de novembro de 2017

Gagueira na leitura da mente, mais um relato pessoal

"Do nada" eu comecei a ter tiques nervosos a partir do momento em que passo a olhar para faces alheias, em sua maioria. Encontrei algumas possibilidades de explicações ou ao menos para falar sobre os mecanismos anatômicos que seguiram essas mudanças. Agora pego novamente a ideia de que este meu problema atual tenha uma base emocional acoplada à uma tendência da minha mente de se tornar obsessiva em relação a assuntos intelectuais ou interpessoais, tendo como aspecto característico o mesmo problema que resulta na gagueira. Pois então, tal como o gago pensa que a fluência dá-se com base no controle consciente ou voluntário da fala, que não se consiste em sua verdade, eu passei a me tornar obsessivo com a possibilidade de controlar conscientemente ou deliberadamente as minhas reações emotivas às interações interpessoais de todas as magnitudes especialmente quando passei a prestar atenção ansiosa a qualquer uma delas na rua ou em casa. E quando parei de achar que todo mundo é importante nesse aspecto diga-se essencial da vida, a minha ansiedade na reciprocidade interpessoal simplesmente reduziu [ainda que não muito] como tem acontecido por agora.


Intolerância à opiniões//e ações subjetivamente diferentes e consequente conflito ou empatia interpessoal defensiva excepcionalmente ansiosa



Creio eu que os meus níveis de estresse subiram tanto que comecei a ter esses tiques, enfim, como eu já revelei, eu também sou um ''snowflake'', só que ao contrário da maioria deles, eu não me irrito por qualquer coisinha, não se consiste em um estado pré-histérico embasado em besteiras ou em ideias//informações predominantemente equivocadas...

Agora eu preciso começar a lutar contra esse estado extremo de neurose que acabei por me encontrar nas últimas semanas, se não acredito que terei problemas no futuro, se já não estou tendo-os no presente...

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Novas auto observações sobre gagueira

Gagueira = multi tarefa 

Ao menos no meu caso, eu sinto que quando gaguejo, é também porque a minha "default network" está ativa, fazendo com que faça duas atividades ao mesmo tempo e consequentemente fracionando a eficiência das duas. Talvez...

sábado, 21 de outubro de 2017

A luta entre o meu subconsciente e o meu consciente

Aquilo que o meu subconsciente/instintos concluiu e quer me forçar a fazer. 

O meu subconsciente é:


não-confrontativo;
atipicamente medroso [que eu já tentei explicar];
tendenciosamente depressivo;
sincero;
honesto/transparente...

porém...

intolerante com dissidências;
super-prático.


O meu subconsciente concluiu que eu devo me afastar de qualquer situação/interações com pessoas que agridem à minha epiderme existencial inclusos:

- os meus irmãos
- a maioria das pessoas, especialmente se forem: de classe social baixa, homens, negros ou mulatos, jovens e muito extrovertidos/potencialmente irresponsáveis a desrespeitosos, com ''valores morais'' distintos...

....

Quando me deparo com comportamentos não-verbais que já se tornaram alvos preferenciais de minha empatia defensiva [e de lambuja a agressiva], ou mesmo com uma pessoa específica (exemplos: um tio paterno, meu irmão do meio...), este meu sistema reativo identifica, se prepara e dispara reações não verbais/faciais de repulsa e/ou alerta, por exemplo, piscar de olhos, evitar olhar para o rosto da pessoa.

O meu sistema empático (defensivo) também sobre-reage/antecipa para qualquer expectativa de abordagem ou interação que for menos rotineira.

Exatamente como acontece com a gagueira mas que se dá através de meu comportamento ou expressividade recíproca facial.


Super-preparação para ação/ansiedade e como resultado uma reação excessiva.

Sim eu acho que estou ficando [de novo] disfluente na arte de lidar com o outro, especialmente se for consideravelmente ''outro'', em relação a mim.

O meu consciente sabe mas pouco pode conter as pré-concepções de procedimento a que fui habituado, diga-se, excessivamente, pelo próprio meu subconsciente, via memória autobiográfica e sistema empático de defesa/e se possível de ataque. Claro que isso se relaciona com a minha timidez interpessoal. 

O meu subconsciente acumulou muitas de minhas (auto) atualizações morais/idealistas e reage de maneira lógica tentando me proteger das interações que por ventura poderão desencadear possíveis decepções ou perigos. Enfim me transformou em um floco de neve ''especial'', para o meu próprio bem, diz ele.


O meu subconsciente/instinto/empatia defensivos age tal como naqueles filmes-desastre em que uma nave espacial alienígena acaba de destruir um prédio importante de uma cidade americana e uma mulher, ao invés de sair correndo desesperada, titubeia a fuga e fica ''admirando'' os "fogos de artifícios" que avançam em sua direção, enquanto que a sua filha, anos luz mais esperta, puxa com força a sua camisa para que corram da morte certa no local em que estão. A ''filha'' é análoga ao meu subconsciente. A ''mulher/mãe'' é análoga ao meu consciente ou a mim mesmo.

O meu subconsciente está me alertando que é hora de dar tchau e cair fora do lugar onde estou se eu já tenho como bagagem/conhecimento cultural muitas das causas e efeitos factuais, esperados desta (((implosão explosiva))) arquitetada por aqueles (((anjinhos caídos))). 


O meu subconsciente é assim mesmo, como eu falei no início do texto. E eu, ou, o meu consciente, luta contra ele todo dia.

Portanto o meu subconsciente quer me isolar e me afastar de problemas já identificados. Só que, como eu não tenho condição alguma para fazer isso, então eu fico cá mesmo onde estou.

Nossos conscientes são sempre minimamente idealistas ou lógicos, em relação a nós mesmos, mas os instintos [e neo-instintos diretamente relacionados ou expandidos dos instintos] que herdamos, algumas ou muitas vezes, estarão aquém de nossas necessidades conscientes, resultando neste hiato ou briga entre subconsciente e consciente.

OU

NÃO

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Omniversão ou ambiversão "patológica'??

Eu sou um ''ambivertido intenso'' de nascença? A omniversão existe mesmo? Ou alguns fatores importantes me impedem de ser mais extrovertido?? 

O introvertido [característico, que não está consideravelmente conurbado com outros tipos de expressões comportamentais] sente o mundo de maneira mais intensa que o extrovertido. Eu já comentei que o primeiro sente o mundo de maneira mais correta e portanto mais reciprocamente/possivelmente assimétrica enquanto que o segundo tende a ser mais constante ou generalizado. Em um ambiente cheio o introvertido sente esta densidade demográfica elevada. O mesmo talvez não possa ser dito sobre o extrovertido. Em um ambiente vazio de pessoas e de estímulos o introvertido especialmente o característico, sentirá este vazio. O mesmo talvez não possa ser dito em relação ao extrovertido. Não é que ele não sinta os contrastes. A diferença é que parece sentir [muito] menos. O introvertido parece prestar maior atenção ao ambiente que o extrovertido.

No mais eu estava pensando sobre isso porque desde a um bom tempo que eu achava que era um introvertido e recentemente comecei a me questionar se a minha introversão é realmente mais genética / significativamente característica ou se é mais como o produto [secundário] das circunstâncias extrínsecas e intrínsecas, ou indireta, que alguns chamam de "introversão patológica".

A introversão patológica ou artificial consistiria supostamente em uma introversão causada por fatores secundários como no meu provável caso, gagueira e sexualidade desviante, por exemplo. No entanto parece que ainda não se sabe se a maioria ou se uma fração dos introvertidos apresentariam esta constelação de fatores intrínsecos e extrínsecos que por sua vez seriam os responsáveis por suas maiores inibições ou sensibilidades. Parece que não. Tenho a impressão que mais do que uma ''introversão patológica'', nós na verdade estejamos falando de ''timidez reforçada'', que pode ter um impacto em alguns tipos de ambivertidos* ou mesmo de maior sensibilidade, obviamente em relação ao ambiente.


No mais existem gagos e homossexuais que são extrovertidos. Aliás a maioria dos homossexuais parecem ser bem mais extrovertidos do que introvertidos. E também, no caso dos gagos, pode haver uma correlação entre introversão e a própria condição e acabar resultando naquilo que chamei acima de ''timidez reforçada'' e não unicamente em uma causalidade, da gagueira resultando em uma maior inibição.

Eu pensei então que talvez possa ser mais introvertido também por causa desses fatores, mas como mostrei rapidamente acima, se existem exceções, então a ideia de causalidade pode não ser a mais viável, ao menos para me explicar. Acho que por ter uma mente mais lógica e empática, por me interessar mais por pessoas, e portanto por ser mais mentalista, e generalizadamente lógico/ou racional, sinto que esses traços que apresento, sejam de fato, dignos de vergonha, em especial a gagueira mas também a homossexualidade, ainda que já sejam assuntos quase totalmente resolvidos pra mim e que eu mesmo, literalmente falando [o meu EU], acredite que, especialmente em relação à segunda, não haja tanto alarde para sentir vergonha, porque falo mais em relação às impressões que os outros tendem a ter. 


Se eu sou mais lógico [a ponto de ser mais racional], a priore, então eu vou identificar a gagueira e a homossexualidade como desordens potencialmente infrutíferas mediante uma perspectiva evolutiva, que só não é mais importante do que a existencial, mas que se relaciona consideravelmente com as nossas auto-percepções de ''qualidades' e defeitos.

E se eu sou mais empático, de maneira geral, mas mais para a cognição do que para a afetividade, ainda que também o seja nesta segunda, então eu vou ser mais sensitivo à opinião alheia sobre mim.


Conjugue os dois e vamos ter um aumento de precaução em relação às [outras] pessoas, e mesmo em relação a si mesmo, em como que se comporta durante as interações pessoais. 

No entanto ainda pode ser possível pensar em pessoas que sejam mais ou menos lógicas e gagas, e mesmo assim, mais extrovertidas, denotando possivelmente uma natureza intrínseca e causal para a extroversão, que é causada ''por si mesma'', tal como uma tendência marcante de resposta instintiva, e o mesmo no caso de todo o espectro de sensibilidade ambiental, incluindo portanto ambiversão e introversão.

No mais, alguns dos meus ''traços'' mais marcantes parecem ter aparecido desde a tenra idade por exemplo uma forte tendência ao hiper foco (mais lúdico mas real), sendo que a minha primeira obsessão começou bem cedo [sobre dinossauros] como eu já comentei. A minha grande disposição para o hiper-foco [lúdico] pode ter um efeito em como que me comporto em relação aos outros, me tornando mais interessado nos meus assuntos prediletos ''do momento', do que na socialização. No entanto talvez tenhamos muitas pessoas que também apresentam hiper-foco, de maneira mais intensa, se quase todo mundo é um pouco ou muito focado em alguma coisa, em suas predileções existenciais, só que elas conseguem conciliá-lo até de maneira natural com a socialização. Portanto culpar o hiper-foco de maneira generalizada por uma tendência para a hipo-socialização pode não ser o mais correto a ser feito. E no meu caso, os meus assuntos de interesse ainda são ou se tornaram socialmente polêmicos, só pra piorar um pouquinho. Se é com relação às pessoas com as quais nós temos maior intimidade que nós mostramos quem realmente somos, então eu posso dizer que seja mais calmo em algumas dimensões de minha personalidade, em termos interpessoais, e mais consideravelmente em termos intrapessoais, especialmente nos dias de hoje, mais bem humorado e prestativo em meu lar doce lar assim como também com aqueles que estão mais próximos de mim e que merecerem, mas a minha hiper-sensibilidade permanece e talvez revele a minha introversão não-forjada ou ''patológica' assim como também uma perceptividade aguçada. De fato eu estou mais sensível ao ambiente, não a um nível autista, mas estou, talvez ao nível de um introvertido neurotípico. 


Será que desde criança que eu sou assim* Tentando puxar pela memória, alguns rasgos ou frascos do espaço/tempo que vivenciei e que ainda teimam, graças a ''deus', a continuarem dentro da minha cabeça, eu tenho a impressão que desde a tenra idade já apresentava muitos dos níveis expressivos de comportamentos que tenho hoje. Realmente não sei dizer se antes dos meus 7, 8 anos eu era tão introvertido como agora, mas estou quase certo que sempre fui muito perceptivo e como consequência curioso, interessado sobre o meu ambiente, o meu redor. Tenho uma leve impressão, talvez uma falsa memória, de que eu já não gostava de participar de eventos sociais, nomeadamente na escola, antes dos meus oitos anos, ainda que o fizesse. Parece que no início eu ficava ansioso [talvez toda criança fique um pouco* talvez o uso da palavra ''toda'' não faça sentido neste contexto] e mesmo chegava a pensar em refugar, mas acabava participando desses eventos [forçados]. Sempre fui mais caseiro, não tinha muitos amigos e parece que não gostava de brincar com muitas crianças, mas sozinho [sinal de independência intrapessoal e maior ''criatividade primitiva' ou lúdica] ou com ''apenas'' uma criança ''de cada vez''. Como 7 anos passam rápido então eu não tive tempo, talvez, para saber como que teria me comportado além desse curto período e no ambiente que predominou em minha primeira infância, que foi bem distinto daquele que passou a predominar a partir deste período e até bem recentemente.

A relação entre maior criatividade [ao menos a do tipo lúdica] e solidão é que enquanto que uma criança regular parece necessitar de outras crianças em sua companhia para brincar, as mais ''precocemente' criativas talvez tendam a ser auto-suficientes para as mesmas tarefas.

Maior autoconsciência e racionalidade??


Então  estou tentando entender se eu sou mais software ou hardware em relação a minha introversão. Parece que um dos traços comuns entre os muito criativos é justamente este contraste interno/ ou maior plasticidade de personalidade. Pode ser necessário novamente diferenciar timidez de introversão e buscar pelo conceito da segunda e claro, aplicando-o ou contextualizando-o. Eu já falei que a timidez mais parece se consistir em uma introversão muito forte e mais direcionada ou sensível para as relações inter-pessoais, mais mentalista. Ainda que, de acordo com a minha re-definição, a timidez se consista em um tipo e/ou nível de introversão, a mesma, em sua manifestação mais característica e menos modificada por interações de outros ''traços'', seria exatamente aquilo que falei acima, e até de maneira mais neo-simplificada, isto é, em uma maior disposição para prestar atenção ao redor ou ambiente, basicamente uma espécie de maior sensibilidade ambiental, não no sentido de abraçar árvores, mas de ser mais sensível aos seus estímulos, padrões ou detalhes, influenciando na maneira de perceber/e pensar antes de agir, em uma maior frequência. Eu até já especulei se a timidez seria mais uma reação secundária a uma combinação entre introversão/maior sensibilidade ao ambiente e mentalismo, mais circunstâncias ambientais favoráveis a este aperto de vulnerabilidade tornando-se em uma vulnerabilização ou ''vulnerabilidade consumada''.


Se eu não sou um ambivertido ou introvertido patológico, e se talvez possa do alto de meu delírio me auto-denominar como um ''omnivertido'', que ou aquele que comunga com as características de ambos os níveis usualmente opostos em seu espectro comum [sem serem amalgamados como no caso dos ambivertidos comuns], isto é, que estou constantemente motivado ''pelo ambiente'' [e também por mim mesmo, por causa dos meus interesses específicos, e/ou que esteja introspectiva e extrospectivamente estimulado, dando liga à fundação deste canal criativo mais constante ou alerta], tal como um extrovertido, mas que também esteja constantemente absorvido por seus padrões, os que são capturados, tal como um introvertido, e que isso possa se manifestar numa maior sensibilidade perceptiva, então também posso pensar se, uma possível maior autoconsciência, representada por capacidades metacognitivas ou introspectivas mais constantes e progressivamente precisas, não tenha contribuído, desde cedo em vida + circunstâncias ambientais não-favoráveis, só que no início de maneira mais subconsciente, para o estabelecimento de uma personalidade extrínseca menos interpessoalmente receptiva, e não necessariamente em uma ''introversão ou ambiversão patológica''.

Portanto eu não sou um ''introvertido ou ambivertido 'patológico''', que se tornou mais arredio em relação às outras pessoas apenas ou fundamentalmente por razões secundárias, e acho até difícil acreditar que tal conceito exista de fato, especialmente por causa do termo ''patológico''. Os 3 fatores-chave que tem delineado as minhas reações comportamentais de maneira generalizada são: maior sensibilidade e perceptividade ao ambiente; maior racionalidade e maior mentalismo. Antes, quando eu era menos auto-entendido, e reagia de maneira mais instintiva ou irreflexiva, os fatores que predominavam eram: maior sensibilidade [introversão] ao ambiente + maior mentalismo ou interesse/e preocupação pela opinião alheia/por pessoas + ambiente invariavelmente desfavorável, amplificando essas tendências. E sim, pelo fato de ter reconhecido em mim desde cedo, e por razões óbvias, gagueira e sexualidade desviante, contribuiu para me tornar ainda mais arredio, sem sombra de dúvidas, mas não fundaram a minha introversão, talvez a minha timidez. A minha praticidade e/ou falta de necessidade de socialização, também é muito provável que tiveram influência. A partir do momento em que encontrei o caminho da sabedoria principiando pelo auto-conhecimento, este fator adentrou como um re-organizador de minha percepção.

Portanto como conclusão final desta confusão proto-arranjada acima eu não sou um ''pseudo-introvertido'', ou eu acredito que não seja, porque eu sempre apresentei características que se relacionam com a introversão, porque mesmo em um ambiente mais familiar eu as exibo, isto é, sou mais perceptivo, sensível ao ambiente e claro às pessoas ao meu redor, ainda que a própria ideia de introversão ou extroversão precise ser talvez melhor aprofundada. 

sábado, 14 de janeiro de 2017

Hiper sensitivo à flutuações ambientais versus hipo sensitivo

A trajetória da minha família nessas últimas três décadas tem sido de altos e baixos. Pode-se dizer que começamos muito bem a década de 90 e a terminamos com metade das expectativas, tal como se fôssemos a ex União Soviética no inicio dos anos 90, ainda uma super potência e no final da mesma década já em estado avançado de crise e decadência, sendo representada pela CEI, claro desprezando qualquer exagero de associação e focando na essência da mesma, em nossas similaridades superficiais. Eu me lembro que quando eu mudei de cidade o padrão de vida que tínhamos se deteriorou bastante a partir de uma sequência de infortúnios financeiros. E me lembro que eu era altivo, dominante, alegre porém já mostrando meus traços psicológicos mais "hardware" desde sempre como a obsessão por interesses específicos. E me lembro que mudei de temperamento não sei "quantificar" o quanto,  quando fui para a outra cidade e fui percebendo uma série de mudanças no estado de coisas, se antes eu era uma criança pequena, vivia nas asas e no conforto de meus pais e de nossa boa situação financeira, se já convivia com outras pessoas/crianças, e que mostrava no entanto uma relação de equidade com os outros, em contraste com o que viria a acontecer depois. O tempo passou e eu fui me tornando mais tímido, arredio, especialmente por causa de minha gagueira e em especial do seu reconhecimento por minha parte, reconhecer os outros e suas demandas, me conhecer melhor, me localizar nesta nova e mais complicada perspectiva existencial contextual ou "software", de perceber que o mundo já não era tão fácil assim pra mim e pelo contrário, porque a partir daquele momento eu que deveria lutar para me equilibrar nele, sem grande amparo.

Se por um lado a nova vida foi ruim pra mim o mesmo não pode ser dito em relação ao meu irmão do meio que foi o que menos sentiu a mudança, mesmo sendo poucos anos mais velho do que eu.


 Mentes mais comuns tendem a se adaptar em qualquer lugar onde forem predominantes, pois já esta praticamente tudo pronto pra elas, os amigos ou"amigos", as relações sociais, o sentimento de estar certo e tendo poucos dedos queixosos apontando, te condenando. Quando o ambiente não é hostil não há com o que se preocupar. E no entanto talvez toda esta robustez aparente de fato seja mais hardware e como resultado reforce imensamente o software, em especial se tiver grande intrinsicabilidade/intrinsecabilidade. 

Por outro lado, este excesso de segurança também pode resultar em prisão tornando-os dependentes dos seus ambientes, passando a tratá-los como autoridades máximas. E a falta constante de segurança em composição a uma personalidade mais sensível ou mesmo emocionalmente flutuante pode resultar no aumento da autoconsciência, em ser melhor na apreensão de problemas, de ser crítico ao ambiente que lhe negou aconchego, que lhe rejeitou desde cedo e se tal intrinsecabilidade/intrinsicabilidade for muito forte então mesmo em um hipotético ou ideal paraíso pessoal não se limitaria a alveja-lo de elogios pois buscaria aumentar a sua perfeição e portanto apreendendo-se de mais problemas que mentes relaxadas demais jamais conseguiriam conceber. 

Percebe-se que as nossas reações estão sempre conjugadas à complexidade dos ambientes em que estamos, sob muitas perspectivas que nos interessam e que algumas personalidades parece que serão bem mais robustas ou re-adaptativas, o nível de agradabilidade tenderá a reforçar esta robustez e que por outro lado essas mentes também caminharão para se tornarem mais dependentes ou subservientes aos ambientes que lhes acolheram. Integridade ou estabilidade muitas vezes pode se transformar em prisão ou em limitação, da mesma maneira que muitos se não a maioria dos homossexuais, por exemplo, ao enfatizarem ou ao darem grande prioridade de importância à sua homossexualidade, passam a se limitarem a ela, ''trabalhando ao seu redor'', reduzindo a amplitude ou alcance de suas mentes à condição que levarão por toda uma vida, e isso acontece com todos nós, e parece a priore inevitável, ainda também precisemos separar para cada caso e condição ou característica o grau de limitação bem como também de periculosidade da mesma, isto é, se pode ser muito perigosa para nós, para o nosso bem estar, sem possibilidade de re-configuração da mesma por exemplo, as minhas propostas justamente sobre a homossexualidade.

Interessante também perceber como que as personalidades hiper sensíveis tendem a atrair ambientes pessoais hostis, especialmente por serem peças raras e por estarem em contraste gritante com o mundo glutão, embotado de emoção e cheio de superficialidades que tende a caracterizar o reino humano. Tal como presas naturais, por sermos diferentes e por talvez atrairmos a atenção daqueles que mandam e que desejam manter a ordem das coisas, por lhe serem flagrantemente conveniente mantê-las assim. Isto é, não bastasse nascermos mais ''agudos'' também tendemos a atrair muito da monstruosidade ou primitivismo humanos pra cima de nós, sem nos perceber. 


Eu poderia dizer, como conclusão, que por viver em um ambiente onde sou uma minoria [de muitos tipos e que esta raridade aumentou desde que comecei a incorporar outras identidades minoritárias por exemplo o vegetarianismo]  e com o adendo de minha hiper-sensibilidade, emocional e objetivamente/filosoficamente objetiva, tenho vivido em uma espécie de ''limbo existencial'', em uma espécie de sub-ótimo ou sub-idealidade, que está muito aquém de minhas exigências ou necessidades, mas que, ao contrário daquele que se satisfaz e que se tornará consideravelmente relaxado em seu paraíso existencial particular, eu continuaria com minha curiosidade mesmo vivendo em um ambiente subjetivamente ideal, isto é, que é ideal pra mim. 

Portanto a minha personalidade atual tem se resultado mais num tipo reativo e re-integrativo, aquele que sobrevive, mais do que vive, por causa dos constantes atritos que afetam a sua/minha epiderme. 

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Combo de ideias interessantes (ou não)

1- A "humanidade" precisa de hospícios discretos e não (apenas) de escolas


2- Internalizadores passivos versus internalizadores ativos ou manipulativos - - - criativos

Internalizador lógico e ilógico 

Não aprendemos porque na maior parte das vezes apreendemos e de acordo com as características biológicas de nossos sistemas corpo e mente. 

Internalizamos e usamos essas apreensões a ''nosso'' favor, ou acreditamos que assim o fazemos. 

O aprender é basicamente a compreensão factual, é o apreender de um reflexo espectralmente perfeccionista da realidade. 

O internalizar é o modo habitual de raciocínio humano que a Priore não obedece a critérios qualitativos que resultaria em uma constância em sua compreensão factual. Somos como esponjas que absorvem água. Absorvemos /internalizamos e o sábio é aquele que passa a questionar as suas próprias internalizações pra ver se elas refletem a verdade factual mas também holisticamente sensorial (emocional) que inevitavelmente terá como fim a harmonia, a busca pela harmonia ou a maximização da segurança existencial. 

O clássico estupido raramente o faz e portanto tende a toma-las (as suas internalizações) como verdades absolutas sem qualquer precisa e necessária reflexão. 

Somos todos de internalizadores e alguns poucos que serão por definitivo de pensadores constantes, predominantemente eficientes e fundamentalmente realistas. Todos nós pensamos é claro mas geralmente esta capacidade se dará de modo mais mecânico/instintivo/internalizante do que reflectante. 

Ao invés de pensadores divergentes e convergentes eu penso que seria melhor via precisão semântica usar o adjetivo "internalizador" como um termo ainda mais corretamente constatável do que este que tem sido usado. 

Também preferi mudar o termo divergente e convergente por acreditar que a divergência  inevitavelmente se converterá em uma convergência, isto é, havendo uma continuidade complementar por passivo/ativo. E também porque estes termos parecem evidenciar com melhor eficiência em como que criatividade e conformidade se manifestam. Então internalizamos e os mais criativos serão ativos em relação àquilo que internalizaram via manipulação enquanto que o internalizador habitual aceitará ou tomará as suas internalizações como verdades finais ou absolutas


3- Autista: "o pensador lento/deliberado", tdah/psicoses: "o pensador rápido/precipitado"


4-  Por que eu consigo ler perfeitamente em voz baixa ou sussurrando?

O ponto crítico da disfluência.

Por lógica operacional, o gago deveria gaguejar mesmo quando lê ou fala em voz... só que isso não acontece, ao menos comigo. 

Eu consigo ler ou falar, até perfeitamente quando o faço em voz baixa/e aos sussurros.

Por que será**

Eu tenho voz baixa, interior, um pouco nasalada e a maioria das pessoas não entendem o que falo, pela primeira vez..

Eu sempre gaguejo quando alguém não entende o que eu disse e pede para que explique novamente.

Talvez eu também consiga falar/ler se o fizer aos gritos

É claro que eu tenho uma zona de desconforto em relação ao volume de minha voz, pois quando eu preciso repetir o que eu disse eu tendo a aumentar o volume da voz, um pouco acima de minha média de volume da voz.

5- Aprender é reanalisar e domesticar o instinto 

6- IDI índice de desenvolvimento individual 

A metáfora dos países e dos indivíduos

Estúpidos universais ou idiotas morais são como os países mais pobres

80% de ''pobres'' ou "80%" de ignorância 

Os sábios são como os países mais ricos em qualidade de vida


7- Família nuclear gera maior competição interna, atomização social e fracionamento das comunidades

8- A filosofia é uma tentativa de freio da humanidade


Veja o que você esta fazendo

Sem ela a humanidade mais parece se comportar como um trem desgovernado

9- Serenidade, a "melancolia alegre"

O lado mais iluminado ou menos escuro da melancolia, uma pequena, contida e constante alegria

A calma contemplativa 

10- Coletividades não, plurindividualidades, sim

Qual é a diferença??

O coletivo sacrifica o indivíduo

A plurindividualidade o valoriza mas mantendo-se e entendendo-se  como um organismo


11- Sem firulas, eis o filósofo 

O pensador objetivo, fulminante e holístico 

A principal ilusão ou distração humana, o fator g de todas as outras distrações, é a de nos desviar daquilo que realmente importa

O filósofo verdadeiro é o menos distraído 

Um dos principais trabalhos do filósofo é justamente o de manter o foco no mundo real além da ilusão humana e enquanto um mediador do espectro existencial/transcendental maior de ''nossa'' espécie.



12- Ímpar e par 

O estado emocional impar como a melancolia é como uma laranja cítrica que apesar de sua acidez pode-se extrair sensações mais adocicadas enquanto que um estado emocional par se consiste naquele que é o fim em si mesmo ao invés de um possível começo tal como uma laranja estragada ou já muito doce, em que a sua finalidade já se revela logo no primeiro sentir. 
O impar é a possibilidade ou riqueza de caminhos. O par é a bruta conclusão, sem qualquer chance de desvio ou independência.


13- Pra que tanto livro?? Criatividade e inteligência... Sem sabedoria 

"quem lê tanta Notícia"

Desperdício lógico-criativo, a norma humana de se pensar 

Pra quê tanto livro didático, cadernos, se no final, todo este material didático terá pouco efeito na inteligência humana e ainda por cima emporcalhará a natureza??

Agora vamos pensar quantos bilhões de lápis, borrachas, cadernos e livros são feitos por ano, usados e desperdiçados, e pra quê??

A educação faz todos geniais??

Qual é a eficiência da educação em, supostamente, prover maior conhecimento aos seres humanos?? Ou será que alguns ensinamentos extremamente importantes, algumas técnicas essenciais não estão sendo ensinadas?? Como o autoconhecimento e em como pensar corretamente?



14- Abertura para a experiência cognitiva ou impulsividade cognitiva : Criatividade 

A criatividade é uma forma de abertura para experiência, eufemismo para impulsividade, puramente intelectual, para explorar novas possibilidades de vivência ou de uso

15- Por que a maioria dos seres humanos são egoístas?? Porque a maioria deles é de autômatos subconscientes que acabam atendendo aos seus desejos vitais ou imediatistas ao invés de tentarem repensar as suas ações em especial àquelas que lhes são ou que lhes parecem naturalmente cabíveis/desejadas. De fato é muito ruim quando nos preparamos para certa ação e a interrompemos no meio do processo. E esta realidade manifesta-se de maneira predominante em nossas vidas e ''passa batida'' para uma importante parcela dos seres humanos.


16- Na onda de meu escrutínio semi-caótico sobre a dualidade proposta: automático/instintivo -- manual/reflexivo .... a gagueira enquanto uma falha instintiva na comunicação oral abstrata

Aprendemos a andar e depois de um tempo nunca mais esquecemos...

Muitos aprendem a andar de bicicleta e tal aprendizado nunca se esquece, em condições normais...

Também aprendemos a falar que geralmente se dá sem maiores percalços. Menos no caso dos gagos que passam a exibir disfluência...

O gago, como eu já falei antes acredita subconscientemente que a fala é manual, mas na verdade, para a maioria das pessoas que não gaguejam, a fala é instintiva. Fala-se sem saber como se fala enquanto que o gago a partir do momento em que percebe em si uma dificuldade quanto à naturalidade instintiva (se não for um pleonasmo) da fala, passa a tentar falar de maneira manual, isto é, ''mexendo na marcha'', estudando o próprio ato ''mecânico' da mesma e claro resultando em nervosismo.

[A esquizofrenia como uma disfluência da mente para capturar e entender a realidade/verdade objetiva]

Portanto a gagueira pode ser também entendida como um modo manual da fala ao invés do automático/instintivo, similar a outras condições como a dislexia. 

Algo que para a maioria é: direto, espontâneo, fácil, básico, instintivo ... para gagos, disléxicos e outros, será quase uma epopeia. Parece elementar que o gago encontra-se menos evoluído neste aspecto e também interessante pensar que o ''manual'' possa representar tanto uma evolução quanto um atraso, ou os mesmos, isto é, que a gagueira, por exemplo, talvez possa representar ao mesmo tempo o passado humano de transição para a evolução psico-cognitiva em direção à capacidade instintiva/automática de aprendizado da linguagem ou ''habilidade oral ou de fala abstrata'', assim como também um atraso, por mostrar-se, por agora, mal-adaptativa.

O manual portanto parece representar, dependendo da característica, um desafio/dificuldade/fraqueza, ou uma facilidade/força. 




quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Todo o introvertido começa "autista" nas interações mas se torna quase neurotipico quando consegue ter confiança substancial em suas amizades e uma prévia (ou não) sobre pensamento vertical e horizontal



Quando estou conhecendo uma pessoa ou se não tenho grande intimidade com ela eu costumo controlar a minha gagueira recorrentemente"residual". Em compensação, com quase todos aqueles em que nutro uma grande confiança eu costumo relaxar significativamente e não fico muito preocupado se estou gaguejando, em especial se não for repreendido por causa disso. Da mesma maneira que nos tornamos mais relaxados para sermos nós mesmos de acordo com que avança o grau de intimidade interpessoal também é o costume ou hábito reduzir o cuidado de tratamento em relação ao outro, que é uma constante quando temos de lidar com desconhecidos ou marginalmente conhecidos. Pompas e cerimônia vão para os ares quando nos tornamos essencialmente íntimos validando a metáfora dos porcos espinhos de Schoppenhauer.

Os extrovertidos não se diferenciam dos introvertidos apenas porque são mais efusivos ou expansivos mas principalmente por causa de suas autoestimas geralmente acima da média e tendendo a desconfiar pouco das intenções dos outros assim como também exagerando as próprias forças. Eles tendem a trabalhar as suas interações interpessoais com base na superfície ou aparência daqueles que passam por suas vidas.

Em compensação, os introvertidos tendem a ser bastante desconfiados e eu diria mais, quase 'autistas' em termos de timidez forçada pela confusão na leitura da mente, geralmente extrovertida, nas primeiras etapas de interação interpessoal com desconhecidos e especialmente aqueles que terão potencial para uma maior constância ou frequência de interações, isto é, de longo a indeterminado prazo. Claro que esta tendência será mais provável de se dar ao nível da micro-adaptação, porque o extrovertido médio tende a ser mais cínico e entendido em relação à subjetividade social, afinal de contas as culturas humanas, em especial a ocidental, praticamente refletem o jeitinho todo especial de ser de uma boa parte deles: frívolo, que privilegia aparência ao invés da essência, competitividade, desprezo pela sabedoria, sadismo, etc...


 Extroversão não é necessariamente sinônimo de ingenuidade nem a introversão de desconfiança, fato que será o mais provável de se dar a nível intrapessoal, isto é, o extrovertido, tomado por sua confiança exagerada sobre si mesmo, acreditando de fato saber quem é, tal como a um sábio, se porá a interagir com base em seu auto-resumo enquanto que o introvertido parece ser mais vulnerável a agir de maneira ingênua quando estiver interagindo a nível inter-pessoal, isto é, em relação aos demais, em especial, quando a maioria desses demais forem de extrovertidos. 

Interessante observar que o introvertido tende a discriminar as pessoas com base em seus valores qualitativos e que portanto tal tarefa não pode ser efetuada sem um estudo mais minucioso e personalizado de cada pessoa que interage com ele. Claro, são deduções generalistas e com certeza existe uma grande diversidade de tipos (formas) e abordagens (expressões) mas com uma tendência de similaridade subjacente ou enraizada, isto é, a origem do pensar e agir de ambos tendem a ser respectivamente homogêneas aos grupos psicológicos cabíveis mas os resultados serão diversos por causa da diversidade da mente humana em perceber e construir o seu mapa de realidade que neste caso será subjetivo ou potencialmente equivocado se existe apenas uma realidade a ser entendida e que está onisciente a todos os ambientes de existência-ação.

O introvertido demonstra maior capacidade de regulação ou controle de quem se tornará parte essencial de sua caminhada e de quem não será ao passo que o festivo extrovertido terá critérios menos ponderados e qualitativos ainda que dependendo das circunstâncias fenotípicas (a natureza do ser e do ambiente em comunhão interativa) a introversão poderá ser mais problemática do que lógica e superior a extroversão, que de fato é ao menos a partir de um viés essencial ou intrínseco (precaução é sempre melhor que assumir riscos, introversão > extroversão).

Em sua base conceitual a introversão adere a ideia primordial de qualidade que parece desprezar via dualidade os valores de quantidade. O introvertido prefere a qualidade para quase tudo enquanto que o extrovertido é quase sempre movido pela quantidade (popularidade) e isso pode nos ajudar a entender um pouco o porquê de serem muito mais propensos a serem materialistas bem como também a julgarem as pessoas com base em seus "sucessos" mundano-tecnocrático ou monetário do que por aquilo que ''são'' ou a partir deste viés de consideração analítica.


O problema dos critérios qualitativos de escolhas pessoais é que são dependentes da qualidade das informações que alimentam nossas transcendências sendo que para muitas personalidades mais complexas e que geralmente serão de introvertidos e ambivertidos nós vamos esperar vulnerabilidades que são resultados diretos desta maior complexidade de julgamentos via critérios qualitativos ou uma maior vulnerabilidade de assimetrias de operacionalidade basal ou de pensamento/para o entendimento, que geralmente resultará em algo diversamente diferente da sabedoria. Portanto, construções semanticamente ricas sobre a realidade social porém fracas em lógica parecem ser produtos relativamente comuns que muitas mentes mais complexas costumam comprar ou produzir. O fraco pelo pensamento profundo também tende a sacrificar paradoxalmente a percepção holisticamente realista de muitos introvertidos. Outra possibilidade é que o excesso de confiança intrapessoal, um mal comum aos introvertidos (confiança interpessoal, comum aos extrovertidos, estes que tendem a confundir os dois níveis enquanto que os introvertidos comuns podem ser mais propensos a exagerar as suas habilidades intrapessoais, que inevitavelmente terminam se conurbando com nossa ''memória ambiental'', aquilo que guardamos ''do ambiente, de nossas vivências'' e o que entendemos disso)


Pensamento horizontal versus vertical 



O pensamento vertical ou profundo 

Os introvertidos são mais propensos a serem de pensadores profundos e por serem mais influenciados por suas transcendências trans-verticais  estão mais vulneráveis de interpretar equivocadamente o mundo primitivo e raso (horizontal) que os engloba, de acordo com os seus modos possível ou comumente mais avançados.



O pensamento horizontal ou superficial

Os extrovertidos podem ser mais propensos ao pensamento horizontal ou holístico, produzindo as famosas generalizações de natureza social, que não estão erradas pelo menos durante o momento em que são desenvolvidas. 


Os extrovertidos tendem a ser mais socialmente perceptivos, dotados de naturezas mais mamíferas. Mas como falei ao longo deste texto uma das prováveis razões é a de que os ambientes sociais em que vivem tendem a refletir os seus tipos de mente.




quarta-feira, 6 de abril de 2016

Gagueira, emoção e música... como acabar com a sua gagueira**




Se você é gago então tente ler, só que de uma maneira diferente, com emoção, com ênfase, como se estivesse lendo as suas falas para uma peça de teatro que hipoteticamente você fará.

As pessoas que não tem problema de gagueira são capazes de falar separando a emoção, isto é, sem entonação ou ênfase nas palavras, enquanto que, segundo a minha mais nova loucura, os gagos, em média (ou não), seriam mais propensos a gaguejar sem a emoção enquanto um complemento para a fluência o que em outras palavras, pode sugerir um estilo diferente da mesma, com reverberações neuro-culturais.

Os gagos não gaguejam quando estão cantando, nem quando estão ''atuando'', que é quase o mesmo que ''ler dando entonação às frases, isto é, reconhecendo o estado emocional que elas pedem e usá-lo'', falando com emoção. O falar mais cantado, pode ser uma das chaves para controlar e até mesmo adaptar-se acaso ''padecer' desta situação, reduzindo dramaticamente a sua gagueira.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Sobreposição de bio-variáveis = personalidade




Por que eu sou um introvertido?

Porque eu sou gago,


Porque eu sou sexualmente minoritário,


Porque eu sou emocionalmente hipersensível,


Porque eu tenho hiperidrose,


Porque eu tenho a face avermelhada,


Porque, por ser mais racional, eu deduzo que quanto maior a profundidade e quantidade nas interações sociais mais provável de me tornar irritado,


Porque eu tenho uma tendência para o pensamento literal, objetivo, enfaticamente essencial, o inverso da subjetividade social,


Porque eu sou um solucionador de problemas "idealista',


Porque eu detesto pessoas contraditórias,


Porque eu tenho um cérebro mais introvertido,


Porque eu sou muito honesto e sincero,


Porque eu sou moralmente perfeccionista enquanto que o ambiente "onde" vivo (planeta "terra") é o exato oposto,


Porque eu sou intolerante a estupidez e ignorância..