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quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Como identificar um adulto infantilizado??

 Pergunta do quora. Minha resposta. 


Pelas roupas que usa??

Não.

Pelo jeito que fala??

Não.

Pelos seus gostos culturais??

Não.

Pelas circunstâncias nas quais se encontra??

Não.

Pelo nível de racionalidade??

Sim. Não há maior maturidade do que essa. Apenas veja esses adultos ideologicamente doutrinados, incapazes de aceitarem quando ou onde estão errados, de considerarem as opiniões dos outros, especialmente as que são mais ponderadas, enfim, de estarem abertos à verdade objetiva e imparcial mesmo se divergir dos seus pontos de vista. Não parecem, são ou se comportam como crianças birrentas que se acham superiores moral e intelectualmente que os outros, donas absolutas da verdade e sem terem provado por A + B.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

A religião é tal como a infância, mas não exatamente no bom sentido

 Porque tal como uma criança, o religioso não chega a desenvolver ou consolidar sua consciência sobre a morte, porque não acredita na muito provável realidade da finitude da vida. 


Também como uma criança, ele sente uma grande necessidade de ter uma autoridade absoluta ou um pai, como Deus, para obedecer e/ou para se sentir amparado.

Ainda, como uma criança, ele pensa que o mundo gira em torno de si mesmo e é por isso que abraça narrativas antropocêntricas, típicas das crenças religiosas. 

Enfim, tal como uma criança, ele é governado mais por sua imaginação do que por sua razão. 

sábado, 13 de agosto de 2022

Ainda sobre Admirável Mundo Novo...

 ... até nos detalhes da caracterização dos personagens, Aldous Huxley se inspirou na realidade, tal como no caso de Bernard Marx, o protagonista da trama, ao sugerir que sua melancolia (que o torna muito realista) e fisiologia franzina, para um "alfa +", resultam de equívocos cometidos durante o período em que foi "produzido" em um útero artificial, similar ao fato de que, no mundo real, os indivíduos mais despertos sobre as ilusões humanas também são mais mutantes que os "normais", em sua maioria de alienados ou socialmente condicionados.

sábado, 7 de maio de 2022

"Você é um vagabundo que não quer trabalhar"

 Auto análise do meu caso de inadaptação


Depois de um bom tempo sem conseguir encontrar trabalho e, na verdade, sem ter procurado muito também, eu tenho concluído que sou cronicamente dependente dos outros, inclusive quanto às minhas necessidades mais básicas, como ter o que comer e um teto para morar. Eu cheguei a fazer faculdade e tirar o diploma, mas como a profissão mais provável de exercer seria a de professor, declinei deste compromisso por incapacidade psicológica, específica ao mesmo. Então, desde que me formei tenho estado num hiato profissional, tradicionalmente falando, de não ter carteira assinada, com um emprego e um salário oficiais. Eu também comecei a escrever e considero essa atividade como algo além de "mera" recreação. De qualquer maneira, para os olhos de nossa sociedade, eu sou um fracassado vagabundo que não quer trabalhar. Até poderia ser alguém que, legitimamente, não quer trabalhar e, sejamos sinceros, pois se pudesse escolher, a maioria optaria pela "vida mansa", ainda mais se for para ganhar um salário baixo, com jornadas exaustivas e sofrer humilhações de "patrões" safados que só pensam em seus lucros. Mas eu gostaria mesmo de estar trabalhando para ganhar meu dinheirinho e poder ter mais autonomia.

Para mostrar que essa dependência crônica é mais complexa do que muitos pensam, talvez, não apenas no meu caso, eu vou listar abaixo os fatores que tem me impedido de correr atrás de um emprego.

Sem mais demoras, saiba por que eu não sou apenas mais um vagabundo que não quer trabalhar...

1. Timidez ou ansiedade social

Eu tenho essa tendência de me preocupar muito com a opinião alheia e, mesmo que tenha conseguido diminuí-la, não é algo que se cura por ser parte do meu jeito de ser. Eu sei muito bem que a timidez tende a limitar nosso rol de possibilidades, inclusive as profissionais, especialmente para os que são mais arredios. E, diferente do que é comum de se pensar, é muito difícil, se não impossível, "mudar" a própria personalidade. A minha timidez é uma maneira que a minha mente encontrou de me ajudar a [sobre]viver, principalmente em uma sociedade em que relações abusivas fazem parte da sua ''normalidade''.

Eu poderia acrescentar minha antropofobia, meu grande medo em relação à espécie humana, de sua capacidade, que parece infinita, de cometer crueldades.  

1.1 Baixa autoestima

A timidez também é um sinal de se ser menos autoconfiante. No meu caso, eu diria que a tenho de modo mais flutuante, com altos e baixos.

2. Gagueira

Não bastasse ser tímido, eu também sou gago, do tipo residual, porque consegui, por conta própria, controlar parcialmente minha gagueira, mas sem ter aprendido técnicas que poderiam fazer toda diferença. Tudo por causa de uma negligência inexplicável dos meus pais que, quando eu era criança e, depois, adolescente, jamais me levaram a um profissional de fonoaudiologia. Pois o estigma de ser gago é tão alto quanto o de qualquer outra desordem mental.

3. Perfil cognitivo discrepante

Meu perfil cognitivo pende de maneira significativa para as profissões das ciências humanas, onde as capacidades de se comunicar e interagir socialmente são muito importantes. Agora, junte a isso o fato de ser tímido e gago, o que me resta??

E não só isso porque, para passar em concurso público ou universidade, é exigido conhecimentos gerais e/ou capacidade de memorização, enquanto que o meu perfil é mais específico e forte no pensamento divergente no que no convergente. Eu ainda poderia citar minha alta capacidade racional que me faz mais propenso a entrar em conflito com os outros e suas crenças irracionais, e que, com certeza, não me ajudaria se fizesse ou fizer uma outra faculdade, se na educação superior a conformidade ao que é passado pelos professores, tal como na escola, é uma das regras implícitas mais básicas. 

4. Motivação intrínseca predominante

Desde que me conheço por gente, eu sempre busquei fazer o que quis e, principalmente, no âmbito intelectual, de estudar, "brincando" com os meus interesses especiais. Pois eles sempre dominaram a minha atenção de maneira significativa, mesmo quando eu tinha consciência de que deveria me dedicar a uma atividade extrínseca aos meus desejos para alcançar um objetivo desejável, por exemplo, de estudar (memorizar) para a prova de concurso público e tentar tirar uma boa nota.

5. Realismo ou maturidade filosófica

Imagine você ter cristalizado em sua mente que: dinheiro é apenas papel, que somos todos iguais, em essência, que não existe vida após a morte, que só existe essa que temos para viver, que a mentira não tem maior valia que a verdade...??

Combinando esse realismo com os meus descompassos, minha motivação para seguir as etapas normativas da vida em sociedade tem sido extremamente baixa. Minha incapacidade de tratar o mundo humano com respeito a ponto de me jogar em sua selva de regras estúpidas, ganância e hipocrisia, de normalizá-lo no meu cotidiano, tem me forçado a uma espécie de exílio parcial.

6. Transtornos e condições mentais

Além da ansiedade social, eu poderia citar outros transtornos nos quais eu estou mais perto de ser diagnosticado, mas não o suficiente, por não apresentar uma estereotipia clínica para nenhum deles. Autismo, personalidade borderline, TDAH... Se conseguisse pelo menos um diagnóstico, poderia usá-lo como álibi para mostrar às pessoas o porquê de não conseguir me adaptar, como a maioria delas, ou de incorporá-lo no meu currículo em branco, mas nem isso.

A conclusão mais plausível que eu posso chegar é a de que ninguém em sã consciência gostaria de estar sem emprego, sem qualquer perspectiva de futuro, dependente da caridade alheia, primariamente da família, e estigmatizado pelos outros, chamado de parasita, vagabundo, inútil...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Maturidade filosófica

 Não importa quem você é, onde vive, o que faz, seu nível profissional, educacional, se é rico, classe média ou pobre, se está no ápice da vida ou à beira da morte, porque a maturidade mais importante de todas não é a de ser um vencedor da civilização, mas de enfrentar a realidade, sem tapar os olhos ou reprimir os sentidos. É a maturidade mais simples e decisiva de todas, de apenas seguir a filosofia, em sua essência, de buscar a verdade e nada mais que a verdade, sem cair na tentação de adulterá-la para agradar a si mesmo. E começando com as verdades mais absolutas, de compreender e aceitar que tudo será em vão, que todo sucesso mundano é um castelo de areia sendo consumido pelo tempo, que não há um sentido da vida além ou maior que ela mesma, que não há escapatória, e que o único refúgio é o amor, a amizade e a união. Não é fácil reduzir-se em humildade e apenas aceitar esses fatos, e outros tantos, e ir aceitando, sem discutir, sem lutar, construindo meios de sobrevivência ao acordar do mundo das ilusões e perceber que vivemos no deserto do real (tal como o do filme Matrix), em uma realidade desoladora, porém a mais verdadeira. Mas são muitos os que nunca despertam, que são indiferentes, colaboradores ou protagonistas das mentiras humanas e de suas consequências terríveis. Que agem como delinquentes, irresponsáveis, achando que são os mais maduros.  São apenas os mais loucos. 

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Nível de maturidade intelectual/humana

 Do ideológico-artístico/surrealista ao filosófico-científico/hiperrealista)



Nível ideológico/artístico ou imaturo


Predominante em seres humanos


Características


Subjetivismo:


"Eu acredito apenas no que quero acreditar ou naquilo que me faz sentir bem"


Domínio da fantasia: da linguagem metafórica ou conotativa em relação à denotativa ou literal:


"Deus irá te ajudar"

"Armas matam"


Grande dependência psicológica por ideologias:


"Eu só creio naquilo que a minha ideologia prega porque eu sei que nunca erra"


"Me basta crer para saber"


Distorção ou imprecisão dos fatos:


"Todos os homens são estupradores em potencial"


"Sentir atração pelo mesmo sexo é crime, doença ou pecado"


"Raças humanas não existem. Os seres humanos são absolutamente iguais. Apenas o ambiente e/ou a criação que nos faz diferentes"


Arrogância e desonestidade:


"A realidade é tudo aquilo que a minha ideologia prega ou diz. Existem verdades 'inconvenientes' que sempre precisam ser filtradas."


Alienação à hiperrealidade:


"Dinheiro vale mais que vidas"


"Eu tenho certeza que existe vida após a morte"


"Somos essencialmente diferentes. Os de classe social mais 'alta' são (absolutamente) superiores aos das outras classes"




Nível filosófico-científico ou hiperrealista: nível máximo de maturidade intelectual


Raro em seres humanos


Características


Objetivismo:


"Apesar de ter as minhas crenças e opiniões, eu preciso buscar pela verdade objetiva para ser justo"


Domínio da verdade: preferência pela linguagem denotativa ou literal sobre a conotativa ou metafórica.


"Se deus existisse, tal como muitos acreditam, ele apareceria, 'em pessoa', para te ajudar"


"Não são as armas que matam, mas quem as usa"


"Podemos ser essencialmente iguais, por sermos humanos (e vidas). Mas, também somos diferentes"


Grande desconfiança em relação às ideologias:


"A realidade precisa se sobrepor a qualquer ideologia, até mesmo para que possa ser testada quanto ao seu nível de veracidade ou justiça com os fatos."


"Eu preciso saber para crer"


Precisão aos fatos:


"A maioria dos homens não é de estupradores em potencial"


"Sentir atração pelo mesmo sexo é basicamente uma variação da sexualidade"


"Raças humanas existem. Os seres humanos (e vivos) são essencialmente iguais, mas diferentes em suas 'superfícies'. Criação e ambiente não são os únicos fatores relevantes para os nossos desenvolvimentos, intelectual e moral, porque já nascemos com predisposições ou tendências para os mesmos"


Humildade:


"Eu preciso aceitar os fatos, para então, buscar pela melhor maneira de me adaptar à realidade"


Compreensão e vivência a partir da hiperrealidade:


"Dinheiro é apenas papel. A vida não tem preço"


"Somos essencialmente iguais por sermos seres frágeis e finitos. Por isso que, a solidariedade e a igualdade deveriam ser princípios básicos para todos nós"

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Se já não falei: IDADE MENTAL.. e sua subdivisão essencial

A idade mental, por lógica, se dividiria em dois tipos, a cognitiva e a afetiva ou psicológica. Temos o nível [progressivamente] evolutivo ou ''adaptativamente acumulativo'' da inteligência [o comportamento fundamental do comportamento para a adaptação de qualquer forma de vida], mensurável pela idade mental cognitiva. E temos o nível evolutivo [idem] do ''controle qualitativo'' da inteligência, ou capacidades afetivas, mensurável pela idade mental afetiva ou emotiva. 

[Lembrando que estamos falando de medidas contextuais, já que a média de inteligência tende ao deslocamento ou à mudança do seu epicentro de acordo com o ritmo evolutivo]

Idade mental cognitiva [aquilo que os testes cognitivos mensurariam, parcialmente falando]:

idade mental cognitiva infantil: capacidades ou níveis quantitativos bem abaixo da média-Greenwich = QI menor ou igual a 70

idade mental cognitiva adolescente: capacidades ou níveis quantitativos abaixo da média-Greenwich = entre 70 e 90

idade mental cognitiva adulta: capacidades ou níveis quantitativos em torno da média-Greenwich = entre 90 e 110

idade mental cognitiva mais madura: acima de 110...

capacidades acumulativas


Idade mental afetiva ou psicológica [nível de maturidade: resiliência, entendimento e controle das emoções]:

idade mental afetiva infantil: exatamente no nível de desenvolvimento crono-biológico de uma típica criança

idade mental afetiva adolescente: novamente, no mesmo nível que um típico adolescente

idade mental afetiva adulta: no mesmo nível que um típico adulto

idade mental afetiva mais madura: nível acima de um típico ''animal adulto'', bem mais racional, auto-consciente a sábio...

capacidades manipulativas

Combinações logicamente especuladas:

idade mental cognitiva infantil + idade mental afetiva infantil

baixa inteligência cognitiva + baixa inteligência emocional

idade mental cognitiva infantil + idade mental afetiva adolescente

baixa inteligência cognitiva + média-baixa inteligência emocional

...

Idade mental cognitiva madura = superdotação 
idade mental afetiva madura = sabedoria ou astúcia 

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Maturidade =/= independência


Novamente sobre epicentros semânticos/conceituais

Pode-se ser

- independente e maduro
- independente e imaturo
- dependente e maduro
- dependente e imaturo

E também novamente: realizações pessoais de curto [dentro de casa/do ciclo social nuclear ou familiar], médio [ciclo social estendido] e longo alcance...


Maturidade = sabedoria// maturidade intelectual

Independência = maturidade reprodutiva//social

domingo, 21 de maio de 2017

Não sei se já falei sobre isso [quase certo que sim, mas com outras palavras]...

... Que seja rápido!!

Frieza versus maturidade/controle emocional

Pra ter controle emocional é preciso ter emoções, primeira e obviamente, e de preferência muitas delas. Quem é emocionalmente frio geralmente ou definitivamente não terá uma grande carga emocional para que possa ser controlada. É fácil controlar algo quando o tem em valores parcos. É um desafio e uma possível conquista quando se tem algo em valores mais superlativos e consegue impor-lhes o seu controle. 

E a maturidade emocional se oriunda a partir deste controle e não da frieza ou de uma falta de impulsos emotivos. Novamente, não confundir uma possível sabedoria [empatia cognitiva/emotiva elevadas === que são importantes para um verdadeiro entendimento da realidade, ao menos em relação às suas particularidades mais importantes, a tal ''espinha dorsal da macro-realidade''] com uma provável psicopatia [empatia cognitiva elevada/emotiva permanentemente debilitada]. 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

A auto-crítica é o princípio da maturidade e da racionalidade...

Somos muitas vezes excepcionais para ver os defeitos alheios [assim como também tudo aquilo que eles, os outros fazem, por exemplo, as suas profissões, especialmente se forem diferentes das nossas], mas tendemos a pecar gravemente na hora de nos olharmos no espelho e buscar por nossas próprias falhas de maneira honesta.

A fronteira que separa a racionalidade e a sabedoria, ou também, a maturidade intelecto-emocional, da lógica e tudo aquilo em que se manifesta, é justamente a capacidade de auto-crítica, honesta, completa (moral/afetivo e lógico/cognitivo) e construtiva.


sábado, 27 de agosto de 2016

A evolução humana ideal se dá com base na maturidade emocional...

Maior a maturidade emocional, maior a racionalidade, maior a eficiência na mitigação de perigos eminentes, enfim a maximização da sobrevivência...

domingo, 14 de agosto de 2016

Maturidade mental forma e expressão

O comportamento é o eco da essência, em contato com o mundo exterior.

A maturidade mental/sabedoria é o completo desenvolvimento, o ótimo comportamental humano

Todas as nossas ações tem uma origem/epicentro e função universalmente essenciais: o nosso resguardo orgânico ou sobrevivência. 

O mais essencialmente inteligente ainda que não possa ser traduzido em "completamente" inteligente é aquele que nasceu com o dom da sabedoria, que se consiste na capacidade de analisar, entender e interagir com o mundo de maneira essencialmente existencial ou correta, numa constância exponencialmente perfeccionista, se o mundo humano diversamente especializado esteja chafurdado em sua própria loucura por virar às costas para a natureza tratando-a como se não fosse uma continuidade de sua realidade.

Por meio do pensamento reflexivo ou repensar podemos buscar pelos melhores meios de mantermos nossos resguardos existenciais ou em segurança mas também podendo expandi-lo alem de nosso conforto egoísta.

O estupido essencial é aquele que despreza esta realidade mais holística e menos autocentrada colocando a si e aos demais em potenciais e previsíveis perigos. O estupido confia no próprio ego. O sábio é o que mais desconfia. Viver é sobreviver, e para sobreviver é preciso entender a realidade. Toda vida, em especial a vida humana, é uma sobrevida por excelência mediante a sua intensa fragilidade. 

O sábio genotípico, isto é, aquele que nasce com grande disposição para a sabedoria é aquele que exibe o mais sofisticado dos instintos dentre as formas de vida ao completá-lo com a emoção e a razão de maneira exponencialmente perfeccionista. O sábio, sabendo mais sobre si mesmo, ao invés de se consistir em um ser que encontra-se à mercê de sua sorte, comum aos seres humanos e não-humanos, por desenvolverem rascunhos vagos sobre si mesmos, sobre os outros seres em interação e sobre o ambiente em que estão, é/se torna o senhor de si mesmo, ao principiar em si mesmo, de modo absolutamente lógico (e subsequentemente racional), se toda expressão principia-se por sua forma, enquanto ecos de suas características literais ou físicas. O sábio é um grande pensador basal que compreende a necessidade de se pensar (para agir) corretamente desde às suas origens, enquanto que o típico estúpido simplesmente despreza esta lógica progressiva, contínua, principiando errado e geralmente complicando as suas ações durante a sua vida.

O sábio genotípico é a manifestação em tempo real do ser humano em seu estado mental definitivamente evoluído especialmente se comparado com os tipos predominantes de nossa era mas também em relação àqueles que tem prevalecido desde a muito

A expansão natural e lógica do instinto, antes e geralmente direcionado pelas circunstâncias, como acontece com a maioria das espécies mediante as suas estreitas perspectivas existenciais isto é, o alcance perceptivo que só pode proteger a si e com base na repetição de suas ações, sem o pensar autoconsciente, ou que pode estender a sua segurança para uns poucos de sua própria tribo, até aos seres que se tornam capazes de ampliar as suas perspectivas, começando pelos mamíferos e chegando até nós. A perspectiva humana é a mais equilibrada, holística e paradoxalmente ou não também é a mais sutil, e esta sutileza faz-se ainda mais protuberante entre os mais essencialmente inteligentes, nomeadamente os sábios e os gênios criativos, em termos de sutileza cognitiva, sem necessariamente levar em conta o todo do comportamento, que inclui o componente psicológico.

Conhecer é o reconhecer/ter consciência que por sua vez finaliza-se inevitavelmente no julgamento moral, se a filosofia assim o faz em relação ao pensar, do princípio e de seu fim.

A forma e a expressão do sábio genotípico, que é o ótimo do comportamento humano em especial e obviamente fundamental no que se refere à sua própria sobrevivência ainda que muitas vezes não se converta em comportamentos decididamente adaptáveis, o faz teoricamente, e é importante ter em mente que isso não falsifica as afirmações ditas neste texto.  A conclusão logicamente correta de que o sábio genotípico exibe o ótimo do comportamento humano e que isso não resulte em direta ''adaptação'' em relação aos demais não é uma contradição porque as sociedades humanas não exigem de boa parte de seus "cidadãos" este tipo de constância comportamental o que com certeza resultaria em um aumento do número de sábios genotípicos.

Ao perceber com maior qualidade, sutileza e precisão a realidade que a maioria dos demais de sua espécie, o sábio genotípico apenas se coloca como o mais avançado nesta particularidade cognitiva que é essencial para a existência e põe-se muitas vezes como um observador da estupidez humana. O sábio não é o melhor engenheiro, artista ou cientista, mas será o melhor ser humano, especialmente em termos ideacionais, prelúdio para as ações.


O grande defeito do sábio é que muitas vezes não será um agente da ação. 

Ele não precisa ser um gênio da matemática, da poesia, das ciências biológicas, ele só precisa entender o mundo de maneira mais precisa, objetiva, moralmente correta ou harmônica e agir de acordo, pois quem compreende a realidade da maneira como de fato é, terá grande vantagem, teoricamente falando, em relação àquele que se desdobra para nega-la substituindo-a por crenças esquizo-somáticas, como as múltiplas crenças/culturas humanas.

 Ele pode ver além do verdadeiro horizonte à sua frente enquanto que o tolo essencial precisa checar em sua planilha cultológica se é permitido ver o horizonte, e além dele ou mesmo, o vê, mas de modo bastante distorcido, em que ao invés de uma descrição pluri-correta da complexa realidade que o alcance perceptivo humano consegue captar, é treinado para interpretá-lo de acordo com o seu manual de escravidão mental (cultura, religião, ideologia...). Quem não precisa de sistemas de crenças para viver é teórica e intimamente mais livre do que aquele que se submete a esses (aos seus) caprichos esquizo-somáticos. 

Portanto nós temos a criatividade ou a capacidade neo-perceptiva, a inteligência ou a capacidade adaptativo/lógico-perceptiva e a sabedoria ou a capacidade harmônico-perceptiva, que se consiste na potencial maximização da própria sobrevivência, ampliando o seu ''campo de força'' ou ''ciclo objetivamente moral''. 


A inteligência é fortemente individualista. 
A sabedoria, por causa de sua maior amplitude perceptiva, é antes de tudo holística e portanto altruísta. 

Inteligência e criatividade são estágios que continuam dentro da cadeia alimentar & seleção natural e portanto funcionam como técnicas essenciais destes alcances perceptivos restritos, incompletos e sub-autoconscientes. 

A sabedoria já se consiste na superação destas etapas em que nos pomos a frente, nos vendo, ao invés de apenas ser/agir sem ''se ver'', sem saber sobre o que está fazendo. 

Portanto a sabedoria se consiste na vitória em relação ao que muitos humanos identificam como ''Deus'', metaforicamente falando, como se ao invés de ''deixarmos nas mãos de Deus'', começássemos a fazer por conta própria e de maneira sábia ou absoluta/exponencialmente correta. A sabedoria consiste-se na própria evolução, auto-direcionada, ainda que árdua mediante a difícil labuta de se desvencilhar do próprio instinto assim como também das muitas falhas que nos compõe de modo naturalmente indiscriminado, nomeadamente as falhas morais, se a moralidade encontra-se subjacente a qualquer comportamento.

Um dos aspectos mais diferenciadores do ''ser humano'' é justamente o seu potencial e muitas vezes a sua capacidade de fazer os melhores julgamentos morais.

Metaforicamente falando é como se a sabedoria se caracterizasse visualmente como a potencial construção de um campo de força ao redor daquele que o emana, o sábio, o seu epicentro-forma, ou ainda mais precisamente, como uma camada de ozônio, que protege a vida na Terra e a si mesma. Ao invés de mitigar problemas como usualmente faz a inteligência, ou procurar por novas soluções (para os problemas) como faz a criatividade, a sabedoria se antecipa aos mesmos. 

A sabedoria imita a vida em sua essência, o equilíbrio orgânico.


O equilíbrio é a palavra-chave da existência e sem ele nada daquilo que conhecemos seria possível.

A inteligência imita a vida em sua expressão, o desequilíbrio comportamental, a psicose da pressa e da teimosia ou cultura se consiste em uma tentativa de superação, a caminho justamente da sabedoria.


Enquanto que todos continuam tentando se completar, o sábio é o ser vivo que encontra-se mais completo, ainda que isso não signifique que não terá mais nenhum trabalho e apenas vivenciará a sua existência de modo absolutamente inerte, pelo contrário, pois a sua tarefa é das mais árduas.

A de, dentro de um alcance perceptivo psico-cognitivo essencial, que não é apenas em relação a uma especialidade cognitiva, não confundir com as mesmas, onde todos os monstros humanos se encontram, conseguir suportar tamanha dor de saber e viver além de suas capacidades de suportar logo à sua frente a finalidade da existência assim como também a dúvida/angústia existencial maior. 

Pessoas normativamente neurológicas se tornariam fortemente propensas à depressão neurotípica assim como também à ideações suicidas, se não ao próprio ato infame porém invariavelmente justificável, se fossem postas na mesma perspectiva existencial do sábio genotípico.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

A sabedoria da associalidade



Por que a socialização é um erro??

Porque se consiste numa eterna oitava série...

As pessoas, em média, não são racionais ou sábias... 

Somos nações individuais, temos território, fronteiras, uma capital, toda uma organização, somos nossos pequenos e supra auto importantes reinos. A socialização é o atrito constante e relativamente necessário destas nações-indivíduos. Como acontece com os territórios que ''fatiamos'' pela superfície terrestre, além da obrigatoriedade desta cooperação, também tornou-se imprescindível a existência de hierarquias, onde o maior se sobrepõe sobre os demais e especialmente sobre o menor. As justificativas para manter estes estados de coisas são sempre fracas por seu primitivismo em comum, o de fazer justiça para o mais forte, desprezando todos os princípios filosóficos de racionalidade.  Nesta crueza de nuances percebidas e rotineirizadas, faz-se da lógica pragmática, que se agiganta num domínio sufocante na natureza que nos circunda e que nos é parente não muito distante, a sua ideologia predominante. Em outras palavras, mantemo-nos enquanto animais mesmo em relação Às organizações que se vendem como distintas da selva. Na lei do mais forte, virtuosidades não tem valor, assim como os que as expressam em maior intensidade e constância. A criança mal educada, estúpida, que não aprende com os próprios erros, que não filosofa em seu ato mais cálido vive em muitíssimos de nós. Não evoluímos ao nível em que as massas possam ser elogiadas, visto que quando insultamos o homem comum, ecoa entre os milhões que assim o são. Mas talvez, os mais problemáticos de todos nem sejam aqueles que abundam em números, mas os que estão dentro do poder.


A sociedade é como um relógio de parede sempre defeituoso, que os engenheiros sociais tentam estancar tal falha, como se fosse resolver o problema e não apenas mitigar, atrasar a sua expansão caótica. A falha é dada enquanto um fatalismo universal humano por quem deseja justificar a si mesmo ao invés de ser honesto consigo. Tenta tornar domínio público aquilo que lhe é mais pessoal, ainda que não será totalmente cego nesta empreitada. A falha humana não é justificável em termos moralmente corretos nem deve ser tomada como uma essencialidade da espécie, pois não é. 

Devemos ter o mínimo de socialização e isso basta. Pessoas com muitos amigos não existem pois amigos de verdade são sempre poucos. Colegas, conhecidos e interesseiros profissionais povoam a sala de estar de suas casas, muito mais do que uma multidão de irmãos de espírito a confraternizar a vida em vossa companhia. 

O socializar em excesso ou fora de zonas de conforto é apenas tortura e deve ser evitado o máximo possível.

Para sábios e outros virtuosos é altamente recomendável evitar este sadismo pois irão se deparar com toda sorte de irracionalidades, quer  seja o produto do coração, das veias de emoção ou da lógica sem razão e portanto vazia de equilíbrio. Mas devem estar a par do novelo de incongruências que permeiam as mentes humanas, se expectativas costumam nos causar grande mal estar, tendo a verdade em mãos, ilusões serão poucas e sob controle. Não sofrerá sem ter precisa razão do porquê, não derramará lágrimas de desespero em vão. 

A filosofia do bem viver sempre nos aconselha no cultivo de amizades verdadeiras, deixando implícito que serão poucas mas muito boas. 

O sábio no entanto, é dos poucos que verá potencial de amizade na maioria dos homens. Sua nação-indivíduo, sempre muito bem governada, sabe se desculpar quando se excede, mitigar conflitos inevitáveis, exterminar os possíveis, e sempre primar pela perfeição de julgamento e ação. Mas ele e alguns outros são poucos no meio de uma multidão e justamente por isso que é sabedoria não se deixar envolver-se nestas teias de socialização. Faze-lo também é uma forma de se prevenir quanto a futuros problemas, estes que poderão ser evitados. Sofrimentos tantos os que já temos, é sábio nos livrarmos daqueles que estão mais fáceis de serem eliminados.