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sábado, 10 de maio de 2025

Sinais de que a "esquerda" se comporta como uma religião

 Apesar de se considerar como uma ideologia política secularizada, que não se baseia em crenças sobre divindades e/ou planos metafísicos, a "esquerda" tem se comportado estruturalmente como uma espécie de religião e eu vou demonstrar por uma lista de sinais indicativos:



1. Tende a se basear em narrativas e não em fatos

Narrativas são interpretações pré concebidas (e tipicamente simplistas) de fenômenos, situações ou eventos, geralmente fechadas para críticas ou atualizações intelectualmente honestas. Um exemplo de narrativa à "esquerda" é a da "culpa branca", de que especialmente os brancos de origem europeia devem ser coletivamente responsabilizados por crimes cometidos no passado e no presente, omitindo más ações de outros grupos raciais, inclusive contra brancos, narrativa que expressa uma falácia de evidência suprimida, em que se conta "metade de uma história".

2. Tende a apresentar um estilo dogmático de pensamento 

Por apresentar uma estrutura de narrativas, então, essa estrutura também se constitui por meio de dogmas, que são afirmações ou pensamentos considerados como verdades absolutas dentro de um certo sistema de crenças e que, caracteristicamente, não correspondem a fatos ou verdades objetivas. O dogma da igualdade humana é um exemplo amplamente adotado por aqueles que se identificam com a "esquerda", de que não existem diferenças intrínsecas ou mais pronunciadas entre grupos humanos (sexo, raça...). 

3. Tende a se basear em crenças sem evidências verdadeiras ou forjadas 

Em outras palavras, tende a se basear na fé, na crença cega sobre determinados postulados, geralmente a partir de evidência forjada ou falsa. A crença cega de que não existem raças humanas ou que suas diferenças são apenas superficiais, da "cultura", é um exemplo de crença convicta "de esquerda" sem evidências verdadeiras ou com evidências falsas (argumentos falaciosos). 

4. Tende a se basear na emoção/subjetividade e não na razão/objetividade 

Ainda que não seja "tudo" o que defenda ou acredite, inverídico (bem mais complexo do que isso), se utiliza, com frequência, de métodos apelativos, como a chantagem emocional, para convencer ou defender seus pontos de vista. Pois apesar de não ser sempre intelectualmente desonesto apelar para a emoção, a "esquerda" tende a mostrar uma preferência insalubre por essa via, indicando que não apresenta uma fundação racional forte o suficiente para que possa priorizar a objetividade e a imparcialidade em suas abordagens. 

5. Apresenta preferência por uma linguagem mais abstrata ou metafórica do que literal 

Por exemplo, a obsessão da "esquerda" por certos termos, como o racismo, claramente um termo abstrato, uma ficção humana que é tomada como um fato tão sólido ou real quanto um elemento físico da natureza, e que ainda por cima têm sido usados para promover o silenciamento do diálogo ou crítica às suas definições e aplicações. Pois tal como uma típica religião, abusa da linguagem metafórica, tratando-a como se representasse algo além do plano abstrato. Esse tipo de conduta intelectual contribui para o mal julgamento. Por exemplo, atribuir às armas, a culpa pela violência, e não àqueles que as usam para praticar atos violentos, é um exemplo de mal julgamento porque ocorre uma inversão dos fatores, atribuindo causalidade a um elemento inanimado.

6. Apresenta um panteão mitológico 

Com líderes ou figuras políticas, artistas e outros tipos de "ilustres' que se destacaram historicamente e foram alçados pela "esquerda" como os seus mitos intocados. A maior diferença é que não são deuses gregos do Olimpo ou santos católicos, mas humanos de carne e osso, e cheios de contradições...

Além de um panteão de "admiráveis", também apresenta uma "lista negra" de "execráveis" (verdadeiros ou não, ou mais exagerados) com os quais "esquerdistas" adoram odiar, seus "goldsteins" de estimação (de acordo com a representação da "personificação do mal" pelo clássico da literatura universal, "1984" de George Orwell, e que mostra com fidelidade todos os traços de doutrinação e fanatismo de regimes políticos totalitários). 


7. É proselitista e irracionalmente intolerante

Bem semelhante à maioria das religiões tradicionais, os adeptos da religião "esquerdista" também buscam atrair novos convertidos, frequentemente de maneira agressiva, além de contribuírem para manter outros seguidores fortemente doutrinados, sempre almejando impor suas opiniões e crenças por todas as vias em que conseguem dominar, jurídica, culturalmente... ao invés de tolerarem um espectro mais amplo de diversidade ideológica ou de ideias e pensamentos, especialmente os que estão mais sensatos (independente de sua procedência no espectro político-ideológico), e de buscarem criticar de maneira honesta suas próprias crenças.

quarta-feira, 30 de abril de 2025

O fanatismo ideológico e o fundamentalismo religioso são expressões atávicas do comportamento humano

 Pois refletem deficiências ou incapacidades crônicas, atreladas ao pensamento mais avançado que o ser humano pode alcançar, que é o pensamento racional: reflexivo, autocrítico, autoconsciente, objetivo, imparcial, ponderado... Que mais nos capacita quanto ao potencial de melhorarmos nossa compreensão verdadeira sobre o mundo... Pois refletem instintos emotivos projetados na linguagem, em que os mesmos assumem a forma de palavras e conceitos e emulam a inteligência humana, escondendo sua natureza muito mais simples e vestigial: um atavismo da mente, tal como se um animal de outra espécie adquirisse a capacidade de aprender nossa linguagem complexa só que a usasse apenas para reforçar seus ímpetos instintivos. Nesse caso, no mundo real, tratando-se do próprio humano, um descompasso muito comum e pouco compreendido, frequentemente considerado como um fenômeno exclusivo do social ou da cultura e não ou principalmente como um fenômeno cognitivo e evolutivo, de algo mais profundo que não nos acomete igualmente se isso também depende das predisposições que apresentamos, em que alguns, ou muitos, mostram-se mais suscetíveis que outros. Portanto, mais irredutível é o indivíduo quanto às suas crenças pessoais, especialmente as que são categoricamente irracionais, mais guiado ou dominado pelos seus instintos emotivos, ele está. Se não haveria razão lógica de acreditar em desvarios que podem ser até facilmente refutados ou ao menos severamente problematizados, da crença pela fé na vida eterna e na existência divina à crença secular na igualdade humana absoluta, por exemplo. Se a única razão lógica, que eu tenho encontrado, para explicar esse suporte à crenças irracionais, é o benefício pessoal aparente ou sentido de fazê-lo, mas também por refletir uma auto projeção de expectativas e traços de personalidade da própria pessoa, de algo que ela acredita como um reflexo dela mesma, como um estado inebriante de autoconfiança excessiva, que leva a um estado menos sóbrio. Por isso ser tão caro a uma pessoa acometida por esse delírio de grandeza, criticar, testar e/ou abdicar mesmo de suas crenças mais irracionais, se para ela seria semelhante a mutilar seu próprio corpo, de cortar e jogar fora seus próprios pedaços de esperança, sonhos, motivação de vida e senso de realidade, mesmo se falsificado, e abrir espaço para fatos ou verdades que não gostaria de ter em sua mente como parte de seu sistema pessoal de crenças, que não comungam com o seu jeito de ser e pensar.

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Especulação sobre a distribuição geográfica, étnica/racial, sexual... dos tipos humanos definidos pelo autor de "As leis fundamentais da estupidez humana"

 Carlo Cipolla, economista italiano que escreveu esse livro e que eu já comentei e critiquei em alguns dos meus textos. Nesse texto, irei especular sobre como se distribuem esses tipos ou fenótipos/arquétipos... 


Primeiro, vamos a eles:

O inteligente: cujas ações beneficiam a si mesmo e aos outros 

O bandido: cujas ações beneficiam a si mesmo às custas dos outros 

O ingênuo: cujas ações beneficiam os outros às suas custas 

E o estúpido: cujas ações prejudicam a si mesmo e aos outros

Eu já fiz um texto criticando essas leis e o que ele escreveu sobre elas. Por exemplo, eu critiquei a definição restrita do tipo estúpido, como se o ingênuo e o bandido também não pudessem ser considerados como categorias de estúpidos. Apesar de considerar a minha crítica válida, aqui não é mais importante enfatizar esse apontamento já que será a partir das definições propostas pelo Cipolla que eu irei trabalhar a minha especulação sobre a distribuição das mesmas entre os grupos humanos. 

Cipolla também escreveu sobre o que acontece (de óbvio) em uma sociedade quando há um predomínio crescente de estúpidos, em sua quinta lei fundamental da estupidez humana. Eu coloco nesse texto um trecho relevante para ilustrar seus pensamentos específicos a esse tema, embaixo:

Quinta lei 

5. A pessoa estúpida é a pessoa mais perigosa que existe.

''E seu corolário:

Uma pessoa estúpida é mais perigosa que um bandido.

Não podemos fazer nada sobre os estúpidos. A diferença entre as sociedades que desmoronam sob o peso de seus cidadãos estúpidos e aquelas que os transcendem é a composição dos não estúpidos. Aqueles que progridem apesar de seus estúpidos possuem uma alta proporção de pessoas agindo de forma inteligente, aqueles que contrabalançam as perdas dos estúpidos trazendo ganhos para si e para seus semelhantes.

As sociedades decadentes têm a mesma porcentagem de pessoas estúpidas que as bem-sucedidas. Mas eles também têm altas porcentagens de pessoas indefesas e, escreve Cipolla, “uma proliferação alarmante de bandidos com conotações de estupidez”.

“Essa mudança na composição da população não-estúpida inevitavelmente fortalece o poder destrutivo da fração [estúpida] e torna o declínio uma certeza”, conclui Cipolla. “E o país vai para o inferno". 

(Eu também critiquei o que ele pontuou nesse trecho, nesse texto: "Analisando criticamente as 5 leis da estupidez humana").



Proposta especulativa sobre a distribuição dos tipos ou categorias de pessoas definidos por Carlos Cipolla 


Inteligente, ingênuo, bandido (ou esperto) e estúpido

* Esses tipos parece que são definições resumidas de composições de traços de personalidade e inteligência em que uma das características tende a se sobressair mais, por exemplo, a ingenuidade.

* Entre o inteligente e o estúpido, o ingênuo e o bandido também podem ser considerados tipos mistos que combinam traços desses fenótipos que seriam mais regulares, justamente os primeiros citados. 

Em ordem crescente, dos tipos mais comuns aos mais incomuns, com base no contexto atual, ano de 2024, e considerando as perspectivas individual e social.

Valendo ressaltar que não irei me arriscar mais, especulando porcentagens de como esses tipos se distribuiriam e que, portanto, mesmo o tipo menos comum para determinada população, de acordo com a minha especulação, não está explícito de que seja muito menos comum do que os outros. 

Por distribuição geográfica:

Américas:

América do norte 

EUA: ingênuo, inteligente/bandido/ estúpido

Canadá: ingênuo, inteligente, estúpido/bandido

México e América Central: ingênuo/ bandido/estúpido, inteligente 

Brasil e América do Sul (excluindo Argentina e Uruguai): ingênuo/ bandido/estúpido, inteligente 

Argentina e Uruguai: ingênuo, bandido/ estúpido/inteligente

Haiti(?): bandido/estúpido, ingênuo, inteligente

Comentário: uma constante em muitos países é o possível predomínio do tipo "ingênuo", cujas ações beneficiam os outros às suas custas, principalmente pelo contexto social, já que não há nenhum país que não esteja socialmente estruturado de uma maneira que produza uma pirâmide hierárquica de parasitismo das classes mais altas, no topo, em relação às outras classes, se diferindo apenas no quão desigual e explícito se expressa esse parasitismo, menos significativo, porém, existente, em "democracias sociais" de primeiro mundo, como os países escandinavos, e mais significativo em países subdesenvolvidos. 

No caso das Américas, eu percebo uma grande diferença nessa distribuição de tipos humanos propostos por Cipolla, em que os dois únicos países americanos de primeiro mundo, e que não são paraísos fiscais do Caribe, Canadá e EUA, apresentariam uma distribuição menos problemática, ainda com diferenças entre eles mesmos: o primeiro mais parecido com um país europeu, e os EUA em uma situação distributiva mais singular, mediante sua própria diversidade interna e idiossincrática, resultante de suas dimensões superlativas de território e demografia, bem como de sua história ímpar. A minha especulação também ressalta algo que, para muitos, especialmente latino americanos, é considerado uma verdade inconveniente, de que são os seus/nossos próprios povos que, em média, contribuem para manter seus/nossos países em um estado de subdesenvolvimento, não apenas a culpa histórica do colonizador europeu ou de suas "elites" político econômicas, se estas também tendem a expressar uma falta de caráter  comum nas populações desses países, de serem representativas das mesmas. Daí a maior proporção do tipo "bandido".  

Eu destaquei o Haiti, por ser o país mais pobre das Américas: a metade da ilha Hispaniola, marcada por uma história de guerras civis, ditaduras sangrentas e pobreza predominante. Pois um país tão caótico e precário, como esse, por acaso é produto apenas de sua história conturbada ou também de sua própria população?? (Excetuando sua fração "inteligente" que, definitivamente, não parece se consistir em uma maioria). Além disso, seu status de estado-pária social e político, que se arrasta por muitas décadas, também pode estar contribuindo para empoderar os tipos mais egoístas de sua população, muito abundantes em seus espaços de poder e típico de ditaduras ou estados autoritários. De qualquer maneira, também é possível especular se esse tipo é mais comum nesse país do que em outros (algo mais intrínseco) e se esse fator seria parte importante de explicação para a sua situação muito problemática. 


Europa: 

Europa Oriental: ingênuo, bandido, inteligente, estúpido 

(Países como Eslovênia e Estônia se sairiam melhor, pelo menos de acordo com os seus indicadores socioeconômicos) 

Europa Ocidental: ingênuo, inteligente/bandido, estúpido 

Europa Setentrional (Escandinávia): ingênuo, inteligente, estúpido/bandido

Europa Meridional: ingênuo/bandido, inteligente, estúpido

Comentário: Estereótipos se confirmando?? 

Europeus meridionais e orientais, em média, mais corruptíveis e, portanto, com mais bandidos, proporcionalmente?

Norte europeus, em média, mais ingênuos?

Talvez, reflexivo das próprias distribuições dos tipos de personalidade, em que os introvertidos seriam mais comuns entre os tipos ingênuo e inteligente (mais comuns no norte do velho continente), e os extrovertidos entre os tipos bandido e estúpido (mais comuns no sul da Europa). 

Mas, tipos introvertidos também parecem ser mais comuns na Europa Oriental. Pois uma possível diferença em relação à Europa Setentrional, que também explicaria suas diferenças culturais e políticas, seria a variação dos traços de personalidade, por exemplo: tipos melancólicos, mais ingênuos, mais comuns na Escandinávia e coléricos, mais propensos a serem de espertos ou bandidos, mais comuns na Europa Oriental (com base na tipologia de personalidade dos quatro temperamentos, que eu já sugeri ratificar como válido, excluindo apenas a hipótese relacionada à saúde que também foi desenvolvida na Grécia clássica e pela qual os quatro temperamentos derivam); além de diferenças histórico-contextuais, ainda que diferenças étnicas* entre nórdicos//germânicos e eslavos pareçam ser mais profundas do que resultados exclusivos de suas respectivas histórias.

* Correlativas com variações de traços mentais, de personalidade (intensidade, tipos) e inteligência (níveis, tipos...) 

É até interessante pensar como esses tipos propostos podem ser mais abrangentes como definições de inteligência do que outras maneiras de abordá-la e compará-la, tal como por teste de QI, se a mesma não se expressa apenas por meio de capacidades cognitivas tipicamente consideradas, de natureza técnica, como as capacidades linguísticas e matemáticas, mas também por meio da criatividade, da racionalidade e da inteligência emocional, isto é, de natureza contextual, se manifestando em todos os contextos, em que a participação e a influência dos traços de personalidade, considerados "não-cognitivos", é tão importante quanto os 'cognitivos". 

Também seria importante pensar sobre o quão intrínsecos são esses tipos: o quanto são reflexos reativos aos meios em que vivemos, de contextos mais específicos, e o quanto refletem nós mesmos, ou nossas disposições mais profundas...

Se, por exemplo, indivíduo X é mais ingênuo por razões estruturais ou também genéticas/biológicas//hereditárias?? 

Eu apostaria que é uma combinação dessas influências e mais, em que fatores intrínsecos, do próprio indivíduo, seriam mais influentes ou determinantes, ainda que os fatores extrínsecos, do meio, também têm um papel de influência, mas mais no sentido de contribuírem para canalizar tendências pré existentes e nunca de forjá-las sem um contexto anterior de predisposição, de modo que, se fulano é mais ingênuo, não é exclusivamente por causa do seu meio, mas também por já apresentar essa tendência ou predisposição e que foi exacerbada por suas interações nos ambientes em que se encontra. Portanto, esse pensamento sugere um constante atravessamento ou interseção entre as perspectivas individual e contextual, novamente, o exemplo do possível predomínio de ingênuos na maioria dos países, não apenas por disposição intrínseca, mas também como reflexo de como as sociedades estão organizadas (de modo variavelmente parasitário em que involuntariamente coloca na posição de subalterno enganado ou explorado a maioria da população).


África: 

África do Norte: bandido/ingênuo, estúpido, inteligente 

África Subsaariana: bandido, estúpido/ingênuo, inteligente 

Comentário: me perdoem todos aqueles bons samaritanos que cultivam apenas pensamentos fofinhos sobre a nossa espécie, especialmente sobre determinados grupos que apresentam um histórico e um presente de pobreza e atraso civilizacional (ainda que exista uma certa relatividade em determinar o que é avanço ou atraso civilizacional, que facilmente pode ser problematizado, tal como de se destacar o caráter tipicamente parasitário de sociedades complexas, excessivamente verticalizadas, em termos sociais). Eu sei que não é o hábito do puritanismo moral "de esquerda", mas há de se priorizar os fatos até mesmo para que se possa buscar por abordagens realmente eficazes no combate aos problemas sociais, econômicos e/ou morais de nossa espécie e não será com o abraço à narrativas bonitas, porém, falaciosas... Pois se é um meio social de guerras, violência e pobreza que incita o nosso lado mais egoísta, ainda é pouco provável que todos nós reagiremos de maneira igual se ou quando submetidos a circunstâncias parecidas. As evidências corroboram com a minha afirmação... Também pode ser e é muito provável que seja, que um meio social muito problemático primariamente reflita ações das próprias populações, tal como de se apontar para as pessoas que vivem em um bairro a sujeira de suas ruas do que de buscar por outros culpados. Então, os problemas sociais dos países outrora colônias de metrópoles europeias, principalmente os africanos e os latino americanos, não são resultados exclusivos do colonialismo europeu, mas principalmente de suas próprias ações, de suas "elites" e de suas próprias populações, claro, não de todos, mas de uma parte potencialmente não-desprezível, infelizmente. Um exemplo disso é a criminalidade urbana em cidades como Lagos, na Nigéria, e São Paulo, aqui, no Brasil; de maneira geral, na carência endêmica de solidariedade e respeito entre os habitantes de muitos países subdesenvolvidos, diga-se, até mais do que nos "desenvolvidos', que contribui para complicar suas situações socioeconômicas. Sempre ressaltando, novamente, que não se trata de toda população, se da África, Nigéria ou São Paulo, mas que também não se trata de uma minoria minúscula, e até em certos casos se pode pensar que se trata de uma maioria. E nem que seja uma situação impossível de ser corrigida ou melhorada, mas não da maneira politicamente correta, simples e bonitinha que muitos acreditam. 

Consequentemente, se não há generalização (associação absoluta) de causalidade entre grupo racial ou étnico e comportamento, então, não há "racismo" genuíno ou objetivamente determinado nessas afirmações.

No caso da África, especialmente da Subsaariana, é até possível pensar em uma explicação menos dura, ainda assim, inevitavelmente não-vitimista. De que, as populações humanas que vivem nessa parte do continente africano seriam, em sua maioria, de descendentes de caçadores/coletores (e não de agricultores ou camponeses), o que explicaria o descompasso cultural e cognitivo entre as suas capacidades médias de administração e organização social e o nível de civilização que os colonizadores impuseram e deixaram, depois que passaram suas colônias de volta para as mãos dos seus "donos" originais. Nesse sentido, pode-se, inclusive, dizer que é perfeitamente compreensível essa incapacidade percebida de gerência de sociedades complexas pela maioria dessas populações, mais compreensível do que em relação às populações que evoluíram historicamente, durante séculos, em ambientes civilizados, e também não apresentam uma verdadeira excelência civilizacional, que estão longe disso, o que inclui mesmo muitos países ditos de primeiro mundo (se como resultado de uma perda gradual, ou pontual, desta capacidade, ou mesmo de uma incapacidade crônica de desenvolvê-la). 

Outro ponto relevante que deve ser sempre ressaltado é de que, além da proporção desses tipos, a maneira como estão distribuídos hierarquicamente também pode contribuir para desenvolver ou atrasar sociedades, tal como, por exemplo, nos casos de países em que suas "elites" político econômicas definitivamente não são compostas por uma ampla maioria de indivíduos inteligentes, e sim de bandidos, mesmo se suas populações tiverem muitos inteligentes, isto é, se estiver acontecendo um sub aproveitamento deles. Então, não basta apenas saber se tem mais desse ou daquele tipo, mas se o pior tipo tem predominado em espaços de poder, como tem sido o caso de praticamente todas as sociedades humanas e especialmente das mais caóticas, como as africanas. 


Ásia:

Nordeste Asiático: ingênuo, inteligente/bandido, estúpido (excluindo China: bandido/inteligente/ingênuo, estúpido).
 
Sudeste Asiático: ingênuo/bandido, inteligente/estúpido 

Subcontinente Indiano: ingênuo, estúpido/bandido, inteligente 

Oriente Médio: bandido/ingênuo, estúpido, inteligente 

Comentário: também com base no que tenho percebido, tipos que contribuem de maneira mais negativa do que positiva, socialmente, parecem predominar nas regiões asiáticas menos desenvolvidas, e, claro, também mantendo a alta prevalência de ingênuos, com base na lógica comentada acima, especialmente a partir de um contexto social, de domínio estrutural de parasitismo das classes superiores (especialmente de certos setores) sobre as inferiores, em que uma maioria se submete à exploração econômica de uma minoria, literalmente trabalhando para enriquecê-la, ao invés de haver uma distribuição mais igualitária das riquezas produzidas.

Minhas observações:

O Japão se destacaria mais positivamente em todo continente asiático, mais parecido com os países desenvolvidos do Ocidente;

A China e o resto da Ásia Oriental apresentaria um padrão mais parecido com o continente asiático;

De novo, o subdesenvolvimento da maioria das regiões asiáticas (mas não apenas da Ásia) não reflete apenas a conjuntura histórico-social das mesmas, mas também a composição psicológica e cognitiva dos tipos humanos em suas populações, tais como os propostos pelo Carlo Cipolla, desde o topo até às bases de suas hierarquias. Na verdade, essa composição dos tipos humanos seria um fator mais causal ao nível de desenvolvimento social e econômico, enquanto a situação histórica e social mais como um reflexo dinâmico desse fator ao longo do tempo. 

Classe social 

Rico: bandido, inteligente/ingênuo, estúpido 

Classe média: ingênuo/inteligente, bandido, estúpido 

Pobre: bandido/ingênuo, estúpido, inteligente (?)

Comentário: sem querer "puxar sardinha" para a classe social em que eu, teórica e vagamente, me encaixo, mas parece que, se com base na possível percepção de que, aqueles de classe média tendem a apresentar um temperamento relativamente mais equilibrado, menos ganancioso ou impulsivo, e também uma média de inteligência suficiente para conseguirem trabalhar em profissões que pagam salários razoáveis, isto é, de que tendem a expressar características mentais menos extremas e que acabariam refletindo em suas posições na hierarquia social, o mesmo pode ser dito sobre as outras classes, porém, com tendências distintas: do "rico" ser mais propenso à ganância e, portanto, inescrupuloso, aliás, sua riqueza material como um resultado disso, e quanto ao "pobre", uma maior disposição para comportamentos impulsivos e que estão ambos respectivamente relacionados com tendências para altas e baixas capacidades cognitivas, explicando, em boa parte, mas não toda, suas situações sociais (a pobreza também é uma imposição histórica e arbitrária das "elites").


Religiosidade 

Ateu: ingênuo, inteligente/estúpido, bandido 

Religioso: ingênuo, inteligente/bandido/estúpido 

Comentário: com base no que tenho percebido sobre os auto declarados ateus, e desprezando aqueles indivíduos que declaram ter alguma crença religiosa, mas aparenta ser mais uma questão pragmática e/ou de conformidade social do que de uma disposição genuína, me parece razoável essa minha distribuição dos tipos humanos propostos por Cipolla para esse grupo, com mais ingênuos e inteligentes e menos bandidos, mas com uma proporção nada modesta de estúpidos, especialmente pela correlação com fanatismos ideológicos. Já no caso dos auto declarados religiosos, me parece que essa distribuição é mais equilibrada, até por ser uma população muito maior do que a de ateus, logicamente deduzindo que contém mais diversidade de tipos. Mas também pela própria natureza psicológica e cognitiva, especialmente dos ateus, um grupo mais homogêneo, cultural, ideológica e intelectualmente. De qualquer modo, talvez fosse mais adequado compará-los com fundamentalistas religiosos. Pois, por esse grupo, eu aposto em uma grande paridade entre os tipos ingênuos, bandidos e estúpidos, o que não mudaria muito em relação aos religiosos, de maneira geral. 

Vale destacar que essa definição de inteligência por Cipolla parece focar mais nas ações individuais do que na qualidade das intenções que levam a essas ações e por isso incluí o contexto social, já que não tem como separá-los totalmente, ainda mais a partir desse conceito que foi trabalhado por ele. 



Raça:

Brancos: ingênuo/inteligente, bandido/estúpido 

Orientais: ingênuo/inteligente/bandido, estúpido 

Judeus (etnia): bandido/inteligente, ingênuo, estúpido 

Negros de origem africana: bandido, estúpido, ingênuo/inteligente

Comentário: possivelmente, a comparação mais polêmica de todas, mas necessária, e que já foi feita acima, indiretamente, pelas nacionalidades. Mas como eu não me submeto a filtros ideológicos para sinalizar "fidelidade canina" a narrativas e discursos enviesados, inclusive pensando que a única maneira de, de fato, entender uma situação e buscar pelos meios mais efetivos para começar a solucioná-la, ainda mais se tratando de uma situação que pode ser considerada problemática, então, não tem como me abster desta frente de batalha contra totalitarismos, especialmente os "do bem", baseados em chantagens emocionais e/ou falácias morais e que têm de segundas à terceiras, quartas intenções... Pois aqui, mais uma vez, apenas aplico essa tipologia ao que se pode perceber na realidade das populações humanas, categorizadas pelo critério racial ou étnico, em que brancos caucasianos, especialmente os de origem europeia, e nordeste asiáticos, apresentam as distribuições ou proporções de tipos humanos de Cipolla mais favoráveis, com mais inteligentes e menos estúpidos, ainda que também apresentem proporções nada modestas de ingênuos, que tendem a ser predominantes, e de bandidos ou espertos, que tendem a predominar no topo de suas hierarquias sociais. O que acontece ou tem acontecido, até então, nesse último século, especialmente, é uma maior atuação dos tipos inteligentes que já são mais abundantes nessas populações, se comparadas com outras. No entanto, esse pêndulo relativamente favorável tem regredido, particularmente em sociedades ocidentais, com a hegemonia ideológica ou cultural do "wokeismo", uma espécie de "vírus" cuja infecção destrói o sistema imunológico da sociedade afetada, destruindo suas bases mais importantes ("harmonia' social, coesão etno-cultural...) que a mantém funcional em um alto nível. 


Sexo

Homens: bandido/inteligente, ingênuo/estúpido

Mulheres: ingênuo, inteligente/estúpido, bandido

Comentário: essa distribuição dos tipos humanos de Cipolla, também segundo as minhas observações, seria mais favorável aos homens intelectualmente, mas não emocional e moralmente. Pois é aquela situação que tem sido percebida, de haver mais homens entre os gênios, mas também entre os criminosos, e o padrão oposto para as mulheres, de apresentarem tendências estatísticas menos extremas. 


Orientação sexual

Héteros: ingênuo/bandido/inteligente, estúpido

LGBTs: ingênuo, estúpido/inteligente/bandido

Comentário: héteros representam a média humana, por serem a maioria. Portanto, com uma tendência possível de maior paridade entre ingênuos, bandidos e inteligentes, ainda que, não significa que a proporção de seres humanos crônica ou predominantemente estúpidos seja diminuta. LGBTs, por outro lado, apresentariam uma maior incidência de tipos estúpidos em relação aos héteros.


Políticos: bandido, estúpido, inteligente/ingênuo 

Artistas (o grupo, de maneira geral): ingênuo, estúpido/inteligente, bandido

Empresários: bandido, inteligente/estúpido, ingênuo

Comentário: três exemplos de classes profissionais e os seus estereótipos, se esses tipos de Cipolla forem aplicados, serão reiterados: tanto a classe política quanto a mercante, com uma abundância de bandidos ou cronicamente egoístas, enquanto a classe artística teria uma prevalência de tipos ingênuos. Também perceba que o perfil dos artistas seria oposto ao dos empresários. 


Esquerdistas (seguidores, não suas "elites" políticas e que também vale para os debaixo): ingênuo/ estúpido/inteligente, bandido 

Direitistas: ingênuo/ bandido/inteligente/estúpido

Comentário: direitistas "conservadores' e esquerdistas "progressistas', apesar de apresentarem algumas diferenças médias de crenças e comportamentos, seriam relativamente semelhantes nessa distribuição de tipos, com a predominância de ingênuos e uma distribuição mais igualitária de tipos. Eles se diferenciariam na proporção de bandidos (maior entre os de direita) e de estúpidos (maior entre os de esquerda). E sempre ressaltando que o tipo considerado menos comum não é necessariamente inexpressivo em termos estatísticos, por também depender da representatividade dos outros tipos no mesmo grupo ou população. 

Cientistas: inteligente/bandido, ingênuo, estúpido

-- Acadêmicos: ingênuo, inteligente/estúpido/bandido

Professores: ingênuo, inteligente/estúpido, bandido 

Ativistas: ingênuo/estúpido, inteligente, bandido 

4 ou 3 classes intelectuais e ½, sendo que a mais inteligente seria logicamente a dos cientistas genuínos e por isso que os separei dos acadêmicos, categoria mais vaga quanto à definição de ciência no sentido de ofício. 

Já os professores ficariam em uma posição mais intermediária nesse ranking, enquanto os ativistas ocupariam a posição mais baixa. Também é notório o aumento de frequência do tipo estúpido concomitante à diminuição do tipo bandido, do nível mais alto até ao mais baixo, uma possivelmente alta incidência de bandidos entre cientistas e de estúpidos entre acadêmicos (grande maioria das vezes representados por professores universitários e graduandos), o que parece ilógico na teoria, mas não na realidade, especialmente se nos basearmos nos critérios fracos que têm sido usados nos processos avaliativos e seletivos dos dois grupos, por exemplo, em que há um tácito desprezo na avaliação de capacidade ou proficiência qualitativa para o trabalho científico, incluindo essencialmente adesão e respeito aos princípios mais básicos da ciência, como a honestidade intelectual e a imparcialidade. 

quarta-feira, 1 de maio de 2024

"É a falta de religião a principal causa para as baixas taxas de fecundidade"/"The lack of religion is the main cause of low fertility rates"

 É verdade que o problema também é cultural, além de também ser econômico (custo de vida alto, insegurança financeira, falta de recursos para sustentar uma família...). Também é verdade que a crença religiosa se correlaciona com maior natalidade. Mas a atual crise demográfica não está unicamente relacionada com a falta de religião, ainda que também possa ou pareça estar tendo um efeito, porque outros fatores, como o domínio de uma ideologia muito individualista e materialista*, também tem contribuído para inibir iniciativas natalistas em larga escala, afinal, são muitos os que estão mais preocupados em acumular bens materiais e preservar ou aumentar o status social do que ter filhos biológicos.


* Uma ideologia associada ao materialismo e ao individualismo "modernos" é o feminismo, com o diferencial de estar diretamente direcionado às mulheres, pelo qual acontece um incentivo praticamente unilateral a um modo de vida "independente" ou "não-tradicional", cuja máxima satisfação estabelecida é a realização profissional e pessoal, não incluindo a constituição familiar, o matrimônio e/ou a maternidade, enquanto que seria mais adequado se fosse primariamente enfatizado como feminismo o direito de escolha da mulher, inclusive por um modo de vida mais "tradicional" ou ao menos sem associá-lo ao oposto de autonomia ou independência feminina. 

It is true that the problem is also cultural, in addition to being economic (high cost of living, financial insecurity, lack of resources to support a family...). It is also true that religious belief correlates with higher birth rates. But the current demographic crisis is not solely related to the lack of religion, although it may or appears to be having an effect, because other factors, such as the dominance of a very individualistic and materialistic* ideology, have also contributed to inhibiting natalist initiatives in large scale,after all, there are many who are more concerned with accumulating material goods and preserving or increasing their social status than having biological children.

* An ideology associated with "modern" materialism and individualism is feminism, with the difference of being directly aimed at women, through which there is a practically unilateral encouragement of an "independent" or "non-traditional" way of life, whose biggest established satisfaction is professional and personal fulfillment, not including family formation, marriage and/or motherhood, whereas it would be more appropriate if women's right to choose, including a more "traditional" way of life, were primarily emphasized as feminism. " or at least without associating it with the opposite of female autonomy or independence.

sábado, 2 de março de 2024

Mais provocações voluntárias

 Bondade sem racionalidade não é apenas estupidez, mas também insanidade


A essência da bondade ainda não é ser educado, como muitos parecem pensar, mas ser justo 

Ainda assim, o mais bondoso é aquele que é o mais altruísta e, ao mesmo tempo, mais justo. Uma raridade...

A essência podre do capitalismo é que vale tudo por dinheiro 

Conservadores adoram culpar a falta de religião, atualmente, no mundo ocidental, pelo que chamam de "degeneração moral". Mas muito dessas mudanças culturais são culpa da influência ideológica capitalista, particularmente da ganância de lucrar em cima de qualquer oportunidade, inclusive as consideradas mais "imorais"

A degeneração moral não é exclusiva à "esquerda". Séculos de hegemonia cultural tradicionalista ou conservadora, de pobreza, desigualdades sociais, preconceitos injustos, ideologias insanas dominantes e muitas guerras não nos deixam mentir  

Conservadores são, em média, falsos coletivistas?? 

Se é fácil se dizer a favor de uma sociedade quando a sua cultura espelha o seu modo de pensar e viver

O problema de conviver com pessoas com baixas capacidades cognitivas é que também tendem a ter uma baixa inteligência emocional 

E o problema de conviver com pessoas mais inteligentes é que também tendem a ter uma inteligência emocional mais baixa do que em comparação às suas capacidades cognitivas, mas são mais implícitas nessa expressão de deficiência do que as de menor capacidade, ou mais dissimuladas 

Quem defende um malfeitor (objetivamente determinado):

- Pensa que poderia estar na mesma situação dele, que agiria igual (pura especulação)

- Pensa que somos todos literal ou absolutamente iguais e que ele merece ter os mesmos direitos (mesmo depois de provar o contrário)

- E/ou é igual a ele

Boa parte das políticas atuais da dita esquerda ocidental se baseia em chantagem emocional barata 

Tipicamente, o esquerdista busca por explicações complexas para o que é mais simples, enquanto o direitista busca por explicações simples para o que é mais complexo 

Em torno de todo líder tirano, tem uma multidão de mercenários e idiotas 

Uma maneira típica de relativizar conceitos básicos, como verdade e conhecimento, é de produzir exemplos irrealistas ou extremos, tal como situações de "escolha de Sofia"

Muitos entendem inteligência emocional com empatia, controle e carisma. Mas, a Inteligência emocional também é sentir tristeza, raiva ou timidez em momentos ou circunstâncias adequados, vezes a longo prazo ou indefinidamente

Inteligência emocional também pode ser pela opção da distância 

O mais irracional tende a se tornar mais "bonzinho" quando percebe que é oprimido e o oposto quando percebe que está mais "empoderado"

O mais racional tende a se tornar mais aguerrido quando percebe que é objetivamente oprimido, mas mais moderado quando está no poder (o que, em termos adaptativos, parece ser menos lógico)

Pais não tendem a gostar mais de um filho porque aparenta ser mais 'problemático" que os outros, mas apenas porque gostam mais, sem ter uma explicação além disso

Pais que não colocam nenhum limite adequado aos seus filhos são tão problemáticos quanto aqueles que impõem limites demais 

Pais que não percebem conflitos entre os seus filhos, especialmente conflitos que geram tratamentos injustos de uma parte à outra, também não estão mostrando excelência nesse ofício

Em relação ao conhecimento sobre o mais básico, a verdadeira filosofia é suficiente, pois não precisa da ciência e sua especialização da lógica, se basta a sua generalização. Por exemplo, quanto à crença religiosa, um filósofo legítimo não precisa do método científico para duvidar de sua veracidade

A diferença entre o mais sábio e o mais inteligente é tamanha que chega a ser comparável à diferença entre duas espécies distintas 

É quase certo de se afirmar que a maioria dos autodeclarados filósofos são uma combinação entre um artista (escritor ou poeta) e um cientista fracassados, isto é, que fracassam em ser um ou outro, de maneira genuína, e acabam se tornando um nenhum entre os dois, ao invés de buscarem ser exatamente como um filósofo, uma combinação equilibrada entre o artista emotivo ou o existencialista e o cientista analítico ou o realista

Quando você escreve muito bem, é capaz, mas também muito provável que irá preencher boa parte da sua escrita com o seu ego disfarçado 

A crença de que a França é um grande centro filosófico é um provável sintoma de pseudo intelectualismo

O relativismo cultural e o igualitarismo atraem do mais ingênuo ao mais perverso. Mas, geralmente, o tipo mais comum é uma combinação entre os dois, até por ser assim todo fanático verdadeiro 

Tão desprezível quanto os fanáticos são os falsos moderados

Indivíduos autodeclarados de esquerda ou a favor da justiça social querem acabar com todos os privilégios, supostamente... Mas a única maneira de fazê-lo seria pelo estabelecimento de uma sociedade plenamente meritocrática, ou uma intelectocracia (o meu modo ideal de sociedade, o governo dos mais sábios) 

Um perfil exemplar de irracionalidade extrema é a de um indivíduo que acredita em Deus, Marx e Lamarck ao mesmo tempo

Acreditar que o capitalismo é um modelo ideal de meritocracia é outro sintoma 

A doutrinação ideológica (ao contrário da educação/filosofia) é uma sistematização da falácia da evidência suprimida 

Se o coletivismo é o sacrifício do indivíduo pelo "bem da sociedade", o individualismo é o sacrifício da sociedade pelo "bem do indivíduo"?

Eu já disse em outros textos ou pensamentos que a religião, assim como a ideologia, é uma forma de auto terapia mais intuitiva. No entanto, também posso dizer que essa auto terapia é um tipo de mascaramento do transtorno que deveria ser corretamente tratado. Tal como de, ao invés de dizer a uma pessoa com transtorno psicótico que os seus pensamentos delirantes são delirantes, de concordar com a realidade ou parte da realidade que ela resolveu distorcer para acomodar suas questões pessoais divorciadas dos fatos

sábado, 3 de fevereiro de 2024

Mais pensamentos pecaminosos

 A crueldade, geralmente, é uma combinação entre covardia e injustiça 


Existem dois tipos de covardes, aquele que sempre foge das situações e aquele que sempre confronta com violência quem é menos forte que ele ou o faz de maneira desonesta, por exemplo, em bando 

No entanto, é o primeiro tipo que costuma ser mais moralmente condenado 

Já o outro seria o mais conceitualmente covarde, se a prudência é relativa aos contextos pessoal e circunstancial e, portanto, nem sempre é sinônimo de covardia, enquanto que, agir de maneira violenta com quem é mais fraco ou fazê-lo em bando contra apenas uma pessoa é sempre covarde

Aquele "vagabundo" que não trabalha, ainda não é diretamente explorado pela "sociedade capitalista", mais ou menos como o ladrão que rouba ladrão

A opinião mais racional é, frequentemente, a mais impopular 

A racionalidade é mais como uma habilidade de auto controle sobre a vontade ou a necessidade de interpretar fatos de acordo com os próprios sentimentos, isto é, um controle sobre a própria auto projeção 

A maneira mais direta de analisar a inteligência de um indivíduo é buscando saber o quão racional ele é ou está. Já a aplicação de uma bateria de testes cognitivos é uma maneira bem mais indireta, porque, enquanto todo altamente racional é muito inteligente, em termos racionais, existe uma maior diversidade de desempenho intelectual no mundo real quanto aos que pontuam mais alto em testes de QI 

O indivíduo altamente racional também é o mais autoconsciente e, portanto, o mais realista, aquele que menos filtra a realidade objetiva 

Contradições de direita 

1. 

" 'Bullying' reforça o caráter" 

Mesma pessoa, indignada 

"Vejam aquela pessoa branca sendo espancada por um homem negro sem qualquer razão aparente" 

2. 

"Nunca disse que o capitalismo é perfeito"

Mesma pessoa 

Geralmente incapaz de criticar o capitalismo, de perceber suas incongruências

"Não importam as eras, a nostalgia é sempre o mesmo sentimento subjetivo de que o passado vivido era melhor que o presente vigente"

Não mesmo, até pelas grandes irregularidades que tem caracterizado o fluxo da história humana. Por exemplo, uma pessoa que viveu plenamente sua juventude nos anos 20 do século XX, especialmente se foi nos EUA ou na Europa Ocidental, e viu a crise de 29 e a ascensão do nazifascismo, com certeza teve mais razão para sentir nostalgia sobre essa época do que outra que viveu toda sua vida sem passar por grandes turbulências sociais. Tal como hoje em dia, no ano de 2024 em que escrevo esse pensamento, as gerações mais velhas e mesmo os jovens que nasceram nas últimas duas décadas do século XX, têm razões mais lógicas para lamentar pelo tempo presente, muito mais turbulento, do que quem viveu toda sua vida sem ter a experiência de qualquer declínio civilizacional 

Os mais autoconscientes são os mais conscientemente contraditórios 

Uma intolerância extrema à divergências de opinião pode ser porque se acha que está mais certo sobre tudo pelo que se interessa ou porque realmente se está 

Dica: na maioria das vezes é o achismo da primeira opção

Também pode ser reflexo de uma grande insegurança (não-declarada) sobre a própria opinião ou sobre o nível de compreensão que tem sobre ela e associado a um desejo de preservá-la a todo custo

Uma das expressões mais típicas de irracionalidade é o etnocentrismo ou o nacionalismo extremo e/ou acrítico, mais uma clássica manifestação de anti-intelectualismo, de suspensão do pensamento lógico-racional em prol de uma doutrinação ideológica 

Ex ateus existem, tal como os ex religiosos. Mas também existem variações individuais de descrença e crença religiosa, sendo que, é possível pensar se a maioria dos ex ateus não eram dos mais convictos e a mesma lógica para os ex religiosos, de que não eram dos mais religiosos ou crentes. Eu já comentei que, aqueles que passam a se identificar como ateus ou agnósticos principalmente por motivação moral/emocional estão mais propensos a retornar à religião do que aqueles que o fazem por motivação intelectual. Pois em relação aos religiosos, eu acredito que o padrão seja o oposto, se o nível de intensidade de convicção religiosa é mediado pela ilógica emotiva da crença baseada na fé, que só é plenamente possível pela suspensão do pensamento lógico 

Os que mais clamam por justiça social também tendem a ser os mais desajustados, cultural ou socialmente, que também tendem a ser mais geneticamente mutantes que os mais ajustados. Também é por isso que tendem a adotar ideologias excessivamente irrealistas, paradoxalmente baseados no próprio realismo pessoal de desajuste, no realismo histórico de injustiças normalizadas, mas também no irrealismo de quererem alterar a realidade e, então, as sociedades para que reflitam suas naturezas minoritárias e/ou mais disfuncionais

Lógica controversa

Money dominates the world. "Jews' dominates the money. Jews dominate the world (??)

A maioria dos seres humanos são socialmente conformistas, por parecer que evoluíram, tal como indivíduos nominais de toda espécie social, como as formigas, para obedecerem a um comando hierárquico superior e contribuírem com a comunidade em que residem de acordo com as suas características físico-comportamentais. Porque, basicamente, toda organização social humana funciona como um organismo e os indivíduos que a constituem como células dos seus sistemas internos. Então, é possível dizer que existem tipos especializados, que alguns tipos são mais como células brancas, que detectam invasores externos ao organismo (grupos de imigrantes potencialmente problemáticos??) bem como células "doentes' ou "defeituosas', e outros que são como as hemácias (que ajudam a reparar os danos no organismo).

Eu ainda penso que, extremos políticos podem ser metaforicamente associados a estados patológicos. Por exemplo, a extrema direita, quando no poder, pode agir como uma doença autoimune, que ataca o próprio organismo, a partir de uma defesa desproporcional às células saudáveis, além do risco ampliado de atacar outros organismos. Já a esquerda no poder, pode agir também como uma doença que enfraquece o sistema imunológico, tal como a AIDS, fazendo com que as células menos saudáveis e elementos invasores se multipliquem...

Em termos de tipos, alguns seres humanos seriam mais como células do cérebro, como os neurônios, outros mais como células especializadas de outros sistemas, como o digestivo e o excretor. E, para representar os mais racionais e mais naturalmente inconformistas a contextos disfuncionais ou aquém de uma organização social plenamente equilibrada, eu penso nos neurônios localizados em áreas especializadas em autoconsciência, autoconhecimento, percepção objetiva do mundo e nos genes-espelho, relacionados à empatia


Com imigração em massa, disgenia, hegemonia de ideologias que negam diferenças intrínsecas de intelecto e comportamento e anti meritocracia, "progressistas" estúpidos estão tornando a possibilidade de uso de práticas eugênicas não apenas viáveis como necessárias

Aliás, também estão justificando a possibilidade da volta de ditaduras de direita no ocidente

Para, talvez, a maioria das pessoas, discursos generalistas ou coletivistas são muito mais fáceis de serem internalizados do que discursos com mais nuances, detalhes e perspectivas porque podem até se contradizer, aparentemente, mas não sustentam narrativas maniqueístas 

A seleção natural é mais sobre maximizar a sobrevivência do que a fertilidade, se é a primeira o seu objetivo final e a segunda um meio. Mas geralmente a fertilidade equivale à sobrevivência de uma espécie a nível coletivo, meio e fim indistinguíveis

O que todo autodeclarado progressista de esquerda deveria aprender

Que ninguém é obrigado a gostar de nada

Ninguém é obrigado a gostar do que ele gosta

Ninguém é obrigado a tolerar a presença do outro se não for por consentimento mútuo e se tiver poder de escolha

Enfim, de aprender o básico do convívio

Uma pessoa relativista: a arte, assim como o gosto pessoal, é relativa e subjetiva. 

Uma pessoa "de esquerda" e relativista: "a arte, assim como gosto pessoal, é relativa e subjetiva, mas... (Eu acho que) aquele filme é (objetivamente) excelente..." "Eu não entendo por que tem pessoas que não conseguem gostar desse ou daquele filme..."

Um relativista é idêntico a um absolutista. Ambos reduzem a complexidade de contextos culturais a tudo ou nada

Acadêmicos versus cientistas

Nem todo cientista é um acadêmico. Nem todo acadêmico é um cientista 

Acadêmico é aquele que, a priori, trabalha dentro de uma universidade, geralmente como professor 

Cientista é aquele que idealmente se dedica à ciência, à sistematização do pensamento lógico-racional em teoria e em sua prática, geralmente dentro de uma universidade. Mas também pode fazê-lo fora, por si mesmo 
Na verdade, tem muito acadêmico que, além de não ser um legítimo cientista, se comporta como um legítimo pseudocientista 

Maior o recorte demográfico, mais escassa é a frequência de pessoas boas

Pessoas boas existem mais como indivíduos do que como grupos 

Uma definição estrutural e básica para o transtorno mental é uma instabilidade estável, que é o oposto, mas ainda igual à própria vida, que se expressa como uma estabilidade instável 

Uma das maiores injustiças sociais é a diferença de acesso à estabilidade financeira entre indivíduos de classes sociais distintas, causada principalmente pela diferença de ajuda familiar, por exemplo, pelo pagamento da mensalidade de universidade particular, em contraste à ausência e eficácia dessa mesma ajuda por causa da penúria característica e intergeracional de muitos das classes menos privilegiadas. 

Mas, com o roubo do protagonismo da luta de classes pela de identidades dentro da hierarquia de prioridades das ditas esquerdas, o foco no classismo estrutural foi desviado para o racismo estrutural, supostamente intacto e mais importante...

O progressista típico acredita que abstrações, como "sociedade" ou "racismo estrutural", influenciam diretamente o comportamento das pessoas, isto é, ele inverte a ordem dos fatores em que, aqui, faz muita diferença, se é o mesmo que colocar a carroça na frente dos bois, afinal, as pessoas se comportam primariamente de acordo com as suas tendências psicológicas e cognitivas. Sim, o contexto influencia. E sim, mas o contexto não determina

Eu já comentei que a moralidade não é apenas humana, por também apresentar uma natureza universal, como sinônimo de imprescindibilidade a partir dos contextos adaptativo e evolutivo de indivíduos de uma espécie. Mas a moralidade também é uma ficção humana, por ser uma palavra abstrata, se a própria palavra já é, por si mesma, uma abstração, uma simbolização individualizada de elementos, fenômenos, derivações e ficções...

Nunca houve a necessidade de substituição de estilos musicais antigos pelos novos. Uma das razões para essa substituição e consequente perda de riqueza cultural tem sido as transformações econômicas, ainda mais a partir da hegemonia do capitalismo, sistema baseado no lucro ou a curto prazo

A cultura popular brasileira foi completamente obliterada pela cultura popular capitalista 

Ser bissexual não é como ser ambidestro, igualmente canhoto e destro, mas como ser ambivertido, extrovertido e introvertido, mais dependente do contexto e mais fluido em sua expressão


A imaturidade do passado era crer que existia um pai todo poderoso olhando por todos os seres humanos

A imaturidade do presente é acreditar que não existem limites nem deveres, apenas potenciais e direitos 

Para ser bem franco, e vindo de um homo(bi)ssexual, a homossexualidade é uma desordem hormonal, só que branda, não necessariamente uma doença. E também é por isso que a sociedade humana deveria tolerá-la, até certo ponto, incentivando comportamentos saudáveis e isso não inclui a promiscuidade, também por causa da imperfeição intrínseca da vida .

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Um exemplo contextualizado de pensamento altamente racional

 Ser mais crítico ao islã e/mas se colocar ao lado da Palestina, no conflito com Israel


Se essa religião, assim como a grande maioria das religiões, tem um longo histórico de atrocidades que, aliás, continuam a ser perpetuadas, tal como a opressão verdadeira contra mulheres e minorias sexuais. 

E se, quanto ao conflito Israel-Palestina, é a causa palestina a mais moralmente justificável, no sentido de racionalmente defensável, de luta pela independência desse povo, ainda mais a partir da tomada arbitrária de suas terras pelos judeus, depois da repartição do território, com a oficialização do estado de Israel no final dos anos 40 do século XX.

Pois se colocar completamente ao lado de Israel e se declarar anti-islã ou o oposto dá praticamente no mesmo, por serem pontos de vista excessivamente  tribalistas, mas também porque ambos fazem "vista grossa" para os crimes cometidos pelos seus grupos super protegidos. Em outras palavras, é possível se declarar pró Palestina sem se tornar fanático pelo islamismo, de conseguir analisar e julgar contextos de maneira separada, isto é, de maneira mais ponderada. 

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Das razões para a força da crença em deus e na vida eterna

 Está o amor pela própria vida, por essa sensação única de existir, aos outros que se ama e que são vão com o sopro da morte, que não aceita que possa ser tão pouco, se a vida, para nós, é tudo o que somos, o que experimentamos. Por isso, mais vale se agarrar a uma explicação que nos garanta que nossas vidas, nossas experiências existenciais, continuarão, infinitamente, do que aceitar a possibilidade muito menos extraordinária e reconfortante,  de que tudo se vai para nunca mais voltar, inclusive nós mesmos e então de suportar o peso da consciência, da própria fragilidade e finitude.


Também está o medo de encarar de frente ou de viver com o peso dessa consciência, de viver sabendo que haverá um fim definitivo, de aceitar a possibilidade real e mais lógica de que, tudo o que fazemos nada mais é do que "enxugar gelo", se por mais inteligentes e eruditos conseguirmos nos tornar, tudo se acaba com um simples adeus. 

terça-feira, 15 de agosto de 2023

Novamente sobre ciência, filosofia e religião

 Como começaram:


Unidas. Indissociadas. 

Como estão:

A religião ocupando o lugar que era para ser da filosofia e a filosofia, deslocada de suas funções mais condizentes, disputando com a ciência a hegemonia sobre a busca e a produção de conhecimento, mas mais literalmente pra ver qual delas que é mais difícil de ser compreendida pelo público leigo. A ciência, separada da filosofia e disputando com uma versão sua, deslocada e descaracterizada, passando a tratá-la como antagonista e não como colaboradora. 

A religião era pra ser a própria filosofia, a busca e vivência pelas verdades ou conhecimentos existenciais, os mais decisivos, derradeiros ou absolutos. Ou a filosofia que era pra ser a nossa* religião, a sabedoria, e tendo como base justamente esses conhecimentos, os mais importantes. Era a filosofia que deveria organizar moralmente uma sociedade, orientando-a, com base na compreensão mais realista do mundo, e a ciência contribuindo com a filosofia também para melhorar a sociedade em termos práticos. Mas o que temos e, desde há um bom tempo, são ideologias não-filosóficas disputando a hegemonia política, cultural e moral que, idealmente, seria da única e verdadeira filosofia ou sabedoria...

Resultado: 

A ciência abraçou sua versão cientificista, excessivamente pragmática, isto é, eticamente irresponsável, facilmente cooptada pelo poder, independente de sua qualidade moral.

Boa parte da filosofia, e não apenas atualmente, é "bobagem profunda" (em inglês: profound bullshit) se passando por "sofisticação filosófica", porque se tornou excessivamente abstrata ou teórica, enviesada em pensamentos e reflexões vagas, na estética do pensamento do que na qualidade do seu conteúdo, se dividindo em múltiplas ideologias erroneamente denominadas de "filosofias" e essas, por sua vez, disputando a hegemonia da sociedade e, quando a conquistam, geram novas formas de doutrinação e opressão do que de legítima educação e justiça. 

Já a religião nunca conseguiu evoluir para o nivel filosófico, estagnando-se sob a forma de mitologia, porque, ao invés de responder às perguntas universais e objetivas que faz desde os primórdios da autoconsciência humana, tradicionalmente fabrica respostas paroquiais, geralmente afastadas de um rigor racional.

Enfim, cada uma passou a direcionar seu olhar excessivamente para si própria ou, nem isso, e apenas se distorcem de maneira grosseira, desprezando a possibilidade de adotarem suas versões mais ideais, a ciência como busca, produção e ampliação do conhecimento humano, voltada para uma perspectiva mais geral e prática, a filosofia como avaliadora do que a ciência produz e voltada para uma perspectiva mais essencial ou existencial, e moral, e a religião justamente como esse núcleo da filosofia, ou sabedoria. 

*A filosofia, enquanto sabedoria, se tornou praticamente a minha "religião".