Minha lista de blogs

Mostrando postagens com marcador autoconsciência. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador autoconsciência. Mostrar todas as postagens

sábado, 31 de agosto de 2024

A relação entre baixa autoconsciência/autoconhecimento, fanatismo ideológico, narcisismo e irracionalidade/The relationship between low self-awareness/self-knowledge, ideological fanaticism, narcissism and irrationality

 Quem se conhece pouco ou muito superficialmente, por extrapolação lógica, também compreende menos a realidade ao seu redor. Então, como recurso intuitivo e muito impreciso de orientação, está mais propenso a apelar para as ideologias e, nesse processo, acabar sofrendo doutrinação ideológica ou lavagem cerebral...


Quem se conhece pouco ou muito superficialmente também é pouco introspectivo, menos propenso a pensar sobre si mesmo, inclusive em um sentido autocrítico. E isso é provável que o torne atraído ao apelo de narrativas ideológicas que também estão pessoalmente enviesadas...

Quem se conhece pouco ou insuficiente também conhece pouco sobre os próprios limites e potenciais, e isso aumenta em demasia o risco de que  confunda sua própria perspectiva com a perspectiva do mundo, isto é, suas crenças ou expectativas pessoais com fatos...

Quem se conhece ou se entende pouco também está mais propenso a super ou subestimar suas capacidades, inclusive a racional, de julgamento factual e moral, e então a adotar postulados ideológicos, mesmo se forem baseados em distorções de fatos, falácias... tratando-os como verdades incontestáveis, desde que confirmem suas crenças pessoais... 

Quem se conhece ou se entende pouco está menos propenso a prestar atenção em si mesmo, em seus próprios pensamentos e sentimentos, e então a entrar em contradição com mais frequência. Ou também pode ser demasiado egocêntrico e a prestar muita atenção em si mesmo, mas especialmente em sua auto imagem distorcida, que faz pouca diferença em termos de auto compreensão...

Aquele que se conhece ou se entende pouco está mais propenso a ser narcisista, especialmente se superestima a si próprio. Então, está mais propenso a adotar apenas as crenças ideológicas que estão de acordo com os seus sentimentos, pensamentos, personalidade, circunstâncias pessoais... enfim, que reforçam seu egocentrismo, sua interpretação pessoalmente enviesada da realidade (ou super personalização/ irracionalidade) ao invés de buscar amadurecer intelectualmente para aceitar e lidar com os fatos tal como se apresentam...

Mas um baixo autoconhecimento também pode se manifestar pela síndrome do impostor tornando um indivíduo mais vulnerável a adotar crenças ideológicas de maneira acrítica, não necessariamente ou apenas porque reforçam suas crenças pessoais, mas também como maneira de mascarar sua auto percepção real ou exagerada de incapacidade de pensamento lógico-racional. E no caso de ser uma incapacidade verdadeira, se alinha mais ao caso de narcisismo, de super autoestima, do que de sub autoestima.



Those who know little about themselves or very superficially, through logical extrapolation, also understand less the reality around them. Therefore, as an intuitive and very imprecise resource for guidance, they are more likely to appeal to ideologies and, in the process, end up suffering ideological indoctrination or brainwashing...

Those who know little about themselves or very superficially are also not very introspective, less likely to think about themselves, including in a self-critical sense. And this is likely to make them attracted to the appeal of ideological narratives that are also personally biased...

Those who know little about themselves or insufficiently also know little about their own limits and potentials, and this greatly increases the risk that they will confuse their own perspective with the perspective of the world, that is, their personal beliefs or expectations with facts...

Those who know or understand little about themselves are also more likely to over- or underestimate their capacities, including rational, factual and moral judgment, and then to adopt ideological postulates, even if they are based on distortions of facts, fallacies... treating them as indisputable truths, as long as they confirm their personal beliefs...

Those who know or understand little about themselves are less likely to pay attention to themselves, to their own thoughts and feelings, and therefore to contradict themselves more often. Or they may also be too self-centered and pay too much attention to themselves, but especially to their distorted self-image, which makes little difference in terms of self-understanding...

Those who know or understand little about themselves are more likely to be narcissists, especially if they overestimate themselves. Therefore, they are more likely to adopt only ideological beliefs that are in line with their feelings, thoughts, personality, personal circumstances... in short, that reinforce their egocentrism, their personally biased interpretation of reality (or over-personalization/irrationality) instead of seeking to mature intellectually to accept and deal with the facts as they present themselves...

However, low self-knowledge can also manifest itself through impostor syndrome, making an individual more vulnerable to adopting ideological beliefs in an uncritical manner, not necessarily or only because they reinforce their personal beliefs, but also as a way of masking their real or exaggerated self-perception of inability to think logically and rationally. And if it is a true incapacity, it is more in line with the case of narcissism, of over-self-esteem, than of under-self-esteem.

terça-feira, 2 de julho de 2024

Hipótese: a autoconsciência como um elemento definidor de funcionalidade cognitiva e psicológica/Hypothesis: self-awareness as a defining element of cognitive and psychological functionality

 Primariamente em um contexto de transtorno mental 


Até mesmo como um elemento que pode melhorar capacidades que estão primariamente disfuncionais ou deficientes. 

Exemplos: aquele indivíduo com autismo que, apesar de apresentar dificuldades de interação social, consegue desenvolver uma excelente compreensão sobre as relações humanas e que pode ajudá-lo de alguma maneira a compensar suas dificuldades;

Aquele indivíduo com TDAH que, ao ser tornar consciente sobre as suas dificuldades de atenção e/ou regulação inibitória, se torna mais vigilante sobre as mesmas, conseguindo até melhorá-las, geralmente pela adoção de estratégias de compensação, por exemplo, anotando lembretes e tarefas ao invés de tentar memorizá-las de cabeça;

Aquele indivíduo com transtorno bipolar ou com algum transtorno do espectro psicótico que se torna o seu próprio psiquiatra, buscando por todos os recursos à sua disposição para lutar por sua saúde mental...


Primarily in a context of mental disorder

Even as an element that can improve capabilities that are primarily dysfunctional or deficient.

Examples: that individual with autism who, despite having difficulties in social interaction, manages to develop an excellent understanding of human relationships and who can help him in some way to compensate for his difficulties;

That individual with ADHD who, upon becoming aware of their difficulties with attention and/or inhibitory regulation, becomes more vigilant about them, even managing to improve them, generally by adopting compensation strategies, for example, writing down reminders and tasks instead of trying to memorize them in your head;

That individual with bipolar disorder or a psychotic spectrum disorder who becomes their own psychiatrist, seeking out all the resources at their disposal to fight for their mental health...

sábado, 3 de fevereiro de 2024

Mais pensamentos pecaminosos

 A crueldade, geralmente, é uma combinação entre covardia e injustiça 


Existem dois tipos de covardes, aquele que sempre foge das situações e aquele que sempre confronta com violência quem é menos forte que ele ou o faz de maneira desonesta, por exemplo, em bando 

No entanto, é o primeiro tipo que costuma ser mais moralmente condenado 

Já o outro seria o mais conceitualmente covarde, se a prudência é relativa aos contextos pessoal e circunstancial e, portanto, nem sempre é sinônimo de covardia, enquanto que, agir de maneira violenta com quem é mais fraco ou fazê-lo em bando contra apenas uma pessoa é sempre covarde

Aquele "vagabundo" que não trabalha, ainda não é diretamente explorado pela "sociedade capitalista", mais ou menos como o ladrão que rouba ladrão

A opinião mais racional é, frequentemente, a mais impopular 

A racionalidade é mais como uma habilidade de auto controle sobre a vontade ou a necessidade de interpretar fatos de acordo com os próprios sentimentos, isto é, um controle sobre a própria auto projeção 

A maneira mais direta de analisar a inteligência de um indivíduo é buscando saber o quão racional ele é ou está. Já a aplicação de uma bateria de testes cognitivos é uma maneira bem mais indireta, porque, enquanto todo altamente racional é muito inteligente, em termos racionais, existe uma maior diversidade de desempenho intelectual no mundo real quanto aos que pontuam mais alto em testes de QI 

O indivíduo altamente racional também é o mais autoconsciente e, portanto, o mais realista, aquele que menos filtra a realidade objetiva 

Contradições de direita 

1. 

" 'Bullying' reforça o caráter" 

Mesma pessoa, indignada 

"Vejam aquela pessoa branca sendo espancada por um homem negro sem qualquer razão aparente" 

2. 

"Nunca disse que o capitalismo é perfeito"

Mesma pessoa 

Geralmente incapaz de criticar o capitalismo, de perceber suas incongruências

"Não importam as eras, a nostalgia é sempre o mesmo sentimento subjetivo de que o passado vivido era melhor que o presente vigente"

Não mesmo, até pelas grandes irregularidades que tem caracterizado o fluxo da história humana. Por exemplo, uma pessoa que viveu plenamente sua juventude nos anos 20 do século XX, especialmente se foi nos EUA ou na Europa Ocidental, e viu a crise de 29 e a ascensão do nazifascismo, com certeza teve mais razão para sentir nostalgia sobre essa época do que outra que viveu toda sua vida sem passar por grandes turbulências sociais. Tal como hoje em dia, no ano de 2024 em que escrevo esse pensamento, as gerações mais velhas e mesmo os jovens que nasceram nas últimas duas décadas do século XX, têm razões mais lógicas para lamentar pelo tempo presente, muito mais turbulento, do que quem viveu toda sua vida sem ter a experiência de qualquer declínio civilizacional 

Os mais autoconscientes são os mais conscientemente contraditórios 

Uma intolerância extrema à divergências de opinião pode ser porque se acha que está mais certo sobre tudo pelo que se interessa ou porque realmente se está 

Dica: na maioria das vezes é o achismo da primeira opção

Também pode ser reflexo de uma grande insegurança (não-declarada) sobre a própria opinião ou sobre o nível de compreensão que tem sobre ela e associado a um desejo de preservá-la a todo custo

Uma das expressões mais típicas de irracionalidade é o etnocentrismo ou o nacionalismo extremo e/ou acrítico, mais uma clássica manifestação de anti-intelectualismo, de suspensão do pensamento lógico-racional em prol de uma doutrinação ideológica 

Ex ateus existem, tal como os ex religiosos. Mas também existem variações individuais de descrença e crença religiosa, sendo que, é possível pensar se a maioria dos ex ateus não eram dos mais convictos e a mesma lógica para os ex religiosos, de que não eram dos mais religiosos ou crentes. Eu já comentei que, aqueles que passam a se identificar como ateus ou agnósticos principalmente por motivação moral/emocional estão mais propensos a retornar à religião do que aqueles que o fazem por motivação intelectual. Pois em relação aos religiosos, eu acredito que o padrão seja o oposto, se o nível de intensidade de convicção religiosa é mediado pela ilógica emotiva da crença baseada na fé, que só é plenamente possível pela suspensão do pensamento lógico 

Os que mais clamam por justiça social também tendem a ser os mais desajustados, cultural ou socialmente, que também tendem a ser mais geneticamente mutantes que os mais ajustados. Também é por isso que tendem a adotar ideologias excessivamente irrealistas, paradoxalmente baseados no próprio realismo pessoal de desajuste, no realismo histórico de injustiças normalizadas, mas também no irrealismo de quererem alterar a realidade e, então, as sociedades para que reflitam suas naturezas minoritárias e/ou mais disfuncionais

Lógica controversa

Money dominates the world. "Jews' dominates the money. Jews dominate the world (??)

A maioria dos seres humanos são socialmente conformistas, por parecer que evoluíram, tal como indivíduos nominais de toda espécie social, como as formigas, para obedecerem a um comando hierárquico superior e contribuírem com a comunidade em que residem de acordo com as suas características físico-comportamentais. Porque, basicamente, toda organização social humana funciona como um organismo e os indivíduos que a constituem como células dos seus sistemas internos. Então, é possível dizer que existem tipos especializados, que alguns tipos são mais como células brancas, que detectam invasores externos ao organismo (grupos de imigrantes potencialmente problemáticos??) bem como células "doentes' ou "defeituosas', e outros que são como as hemácias (que ajudam a reparar os danos no organismo).

Eu ainda penso que, extremos políticos podem ser metaforicamente associados a estados patológicos. Por exemplo, a extrema direita, quando no poder, pode agir como uma doença autoimune, que ataca o próprio organismo, a partir de uma defesa desproporcional às células saudáveis, além do risco ampliado de atacar outros organismos. Já a esquerda no poder, pode agir também como uma doença que enfraquece o sistema imunológico, tal como a AIDS, fazendo com que as células menos saudáveis e elementos invasores se multipliquem...

Em termos de tipos, alguns seres humanos seriam mais como células do cérebro, como os neurônios, outros mais como células especializadas de outros sistemas, como o digestivo e o excretor. E, para representar os mais racionais e mais naturalmente inconformistas a contextos disfuncionais ou aquém de uma organização social plenamente equilibrada, eu penso nos neurônios localizados em áreas especializadas em autoconsciência, autoconhecimento, percepção objetiva do mundo e nos genes-espelho, relacionados à empatia


Com imigração em massa, disgenia, hegemonia de ideologias que negam diferenças intrínsecas de intelecto e comportamento e anti meritocracia, "progressistas" estúpidos estão tornando a possibilidade de uso de práticas eugênicas não apenas viáveis como necessárias

Aliás, também estão justificando a possibilidade da volta de ditaduras de direita no ocidente

Para, talvez, a maioria das pessoas, discursos generalistas ou coletivistas são muito mais fáceis de serem internalizados do que discursos com mais nuances, detalhes e perspectivas porque podem até se contradizer, aparentemente, mas não sustentam narrativas maniqueístas 

A seleção natural é mais sobre maximizar a sobrevivência do que a fertilidade, se é a primeira o seu objetivo final e a segunda um meio. Mas geralmente a fertilidade equivale à sobrevivência de uma espécie a nível coletivo, meio e fim indistinguíveis

O que todo autodeclarado progressista de esquerda deveria aprender

Que ninguém é obrigado a gostar de nada

Ninguém é obrigado a gostar do que ele gosta

Ninguém é obrigado a tolerar a presença do outro se não for por consentimento mútuo e se tiver poder de escolha

Enfim, de aprender o básico do convívio

Uma pessoa relativista: a arte, assim como o gosto pessoal, é relativa e subjetiva. 

Uma pessoa "de esquerda" e relativista: "a arte, assim como gosto pessoal, é relativa e subjetiva, mas... (Eu acho que) aquele filme é (objetivamente) excelente..." "Eu não entendo por que tem pessoas que não conseguem gostar desse ou daquele filme..."

Um relativista é idêntico a um absolutista. Ambos reduzem a complexidade de contextos culturais a tudo ou nada

Acadêmicos versus cientistas

Nem todo cientista é um acadêmico. Nem todo acadêmico é um cientista 

Acadêmico é aquele que, a priori, trabalha dentro de uma universidade, geralmente como professor 

Cientista é aquele que idealmente se dedica à ciência, à sistematização do pensamento lógico-racional em teoria e em sua prática, geralmente dentro de uma universidade. Mas também pode fazê-lo fora, por si mesmo 
Na verdade, tem muito acadêmico que, além de não ser um legítimo cientista, se comporta como um legítimo pseudocientista 

Maior o recorte demográfico, mais escassa é a frequência de pessoas boas

Pessoas boas existem mais como indivíduos do que como grupos 

Uma definição estrutural e básica para o transtorno mental é uma instabilidade estável, que é o oposto, mas ainda igual à própria vida, que se expressa como uma estabilidade instável 

Uma das maiores injustiças sociais é a diferença de acesso à estabilidade financeira entre indivíduos de classes sociais distintas, causada principalmente pela diferença de ajuda familiar, por exemplo, pelo pagamento da mensalidade de universidade particular, em contraste à ausência e eficácia dessa mesma ajuda por causa da penúria característica e intergeracional de muitos das classes menos privilegiadas. 

Mas, com o roubo do protagonismo da luta de classes pela de identidades dentro da hierarquia de prioridades das ditas esquerdas, o foco no classismo estrutural foi desviado para o racismo estrutural, supostamente intacto e mais importante...

O progressista típico acredita que abstrações, como "sociedade" ou "racismo estrutural", influenciam diretamente o comportamento das pessoas, isto é, ele inverte a ordem dos fatores em que, aqui, faz muita diferença, se é o mesmo que colocar a carroça na frente dos bois, afinal, as pessoas se comportam primariamente de acordo com as suas tendências psicológicas e cognitivas. Sim, o contexto influencia. E sim, mas o contexto não determina

Eu já comentei que a moralidade não é apenas humana, por também apresentar uma natureza universal, como sinônimo de imprescindibilidade a partir dos contextos adaptativo e evolutivo de indivíduos de uma espécie. Mas a moralidade também é uma ficção humana, por ser uma palavra abstrata, se a própria palavra já é, por si mesma, uma abstração, uma simbolização individualizada de elementos, fenômenos, derivações e ficções...

Nunca houve a necessidade de substituição de estilos musicais antigos pelos novos. Uma das razões para essa substituição e consequente perda de riqueza cultural tem sido as transformações econômicas, ainda mais a partir da hegemonia do capitalismo, sistema baseado no lucro ou a curto prazo

A cultura popular brasileira foi completamente obliterada pela cultura popular capitalista 

Ser bissexual não é como ser ambidestro, igualmente canhoto e destro, mas como ser ambivertido, extrovertido e introvertido, mais dependente do contexto e mais fluido em sua expressão


A imaturidade do passado era crer que existia um pai todo poderoso olhando por todos os seres humanos

A imaturidade do presente é acreditar que não existem limites nem deveres, apenas potenciais e direitos 

Para ser bem franco, e vindo de um homo(bi)ssexual, a homossexualidade é uma desordem hormonal, só que branda, não necessariamente uma doença. E também é por isso que a sociedade humana deveria tolerá-la, até certo ponto, incentivando comportamentos saudáveis e isso não inclui a promiscuidade, também por causa da imperfeição intrínseca da vida .

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Autoconsciência, abstração e linguagem

Hipótese tresloucada

O ato primordial da consciência é a constante autoprojeção do sujeito, por seus sentidos, aos ambientes em que está. Por exemplo, nesse exato momento, estou projetando minha visão (a mim mesmo) para reconhecer o meu quarto, os elementos que estão nele bem como o período do dia (está de noite).

Então, o ato primordial da autoconsciência é a percepção do sujeito quanto à sua própria individualidade e consequente//constante autoprojeção da mesma aos ambientes em que está.

Primeiro, nos percebemos como indivíduos (autoconsciência). Então, projetamos o que basicamente percebemos sobre nós mesmos aos demais elementos, derivações (comportamentos) e fenômenos.

Exemplo:

"Se eu reconheço a pedra como um elemento individual, é porque, antes, eu me reconheço como um indivíduo. Em outras palavras, eu projeto o que essencialmente percebo//sinto de mim mesmo sobre os outros elementos."

 É a partir daí que passamos a abstrair ou isolar e a manipular mentalmente elementos, comportamentos e fenômenos que percebemos ou com os quais interagimos, resultando no pensamento abstrato.

Até penso se a autoconsciência não poderia ser considerada como uma espécie de sentido...

Em contraste às criaturas autoconscientes, minha gata, meu alvo charmoso e preferencial de observação, projeta de si suas vontades e impulsos instintivos sobre os elementos, fenômenos e comportamentos com os quais interage, transformando-os, também como a sua imagem e semelhança, mas não como indivíduos e sim como meios para as suas ações.

Exemplo:

"Se ela reconhece uma pedra no chão,  não a reconhece como um elemento individual e sim como um meio para uma ação sua, 'brincar' com a pedra"

Ela percebe sensorialmente a pedra mas, mental ou intelectualmente, não a concebe como uma pedra por si mesma, mas como um meio pra sua ação ou vontade no momento.

Eu a percebo como um indivíduo igual a mim.
Ela me reconhece como um meio igual à ela mesma, que é um meio pra suas próprias ações ou expectativas de reciprocidade, o carinho que dedico à ela, por exemplo.


O ato de pensar, de produzir e escutar a tal "voz interior", compulsórios ao ser humano, reforça a consciência do "Eu". Eu posso pensar ou calcular ações mesmo sem ter qualquer intenção de praticá-las. Em contraste, tenho constatado que a minha gata não pode pensar sem que já esteja preparada para agir. Isso é agir por impulso calculado. Também agimos assim, alguns mais que outros. Sua atividade mental parece estar significativamente associada às suas ações instintivas.

Um dos aspectos centrais da autoconsciência é a capacidade de introspecção, de pensar sobre si mesmo, sobre seus comportamentos, de repensar os próprios pensamentos. Essa ação lhe parece impossível de conseguir porque, a priori, não é diretamente objetiva. Do "se penso, logo ajo". Se o que mais define o instinto é a indissociação entre calcular uma ação (pensamento) e de se praticá-la.

Uma provável diferença de nossa espécie em relação às outras, é que apresenta uma divisão de trabalho bem demarcada entre mente e corpo (ou sistema nervoso central e periférico), resultando na possibilidade de separação significativa, mas não total, do núcleo de sua consciência, o "Eu",  em relação à sua "periferia" (instintos e reações particulares). Não é à toa que a minha gata é tão fisicamente ágil e que eu seja tão intelectualmente constante. O corpo dela é sua arma de sobrevivência, enquanto que a evolução humana tem se concentrado no cérebro e nos membros superiores para a mesma e básica ação.

Até gosto de pensar, metaforicamente, na autoconsciência humana como uma célula eucariota, por se basear na separação predominante do núcleo da mente, ou individualidade, em relação à sua periferia de instintos (''material do citoplasma''), enquanto que, para os demais seres vivos, suas consciências seriam mais do tipo "procariota", porque não há nítida diferenciação entre o núcleo, o eu (o que eu sou) e a periferia da consciência (o que eu faço).

A linguagem humana emergiu dessa capacidade de projeção da autopercepção de individualidade aos elementos concretos e derivados, se palavras e números são símbolos que visam justamente individualizá-los: identificar, demarcar, categorizar o que, na realidade, existe solto e "descategorizado", ainda que diverso. Com o aumento da capacidade de armazenar informações ou do potencial de memória, mais a sofisticação mecânica da fala, nomear ou identificar elementos, comportamentos e fenômenos, foi se tornando significativamente necessário aos seres humanos. De grunhidos apontando para as "coisas" e onomatopeias imitando sons para nomes individuais ou palavras.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Hiper capitalismo: Alienação filosófica ou hiper existencial


Consumir para não pensar 

Banalização material da vida, da existência (e como eu já comentei, talvez em relação a outro aspecto: banalização também da inteligência)

Retrocesso na autoconsciência

Retorno ou resguardo da cadeia alimentar em humanos e subsequentemente nos animais não humanos domesticados, estes transformados em souvenires.

Estamos todos no mesmo barco mas o hiper capitalismo (ou talvez, o capitalismo por si mesmo) nos diz que não... Nos mantém atados às correntes da ignorância ego-centrada, das distrações materiais e da insensibilidade que permeiam a cadeia alimentar.


O consumo e o foco no consumo contribuem ostensivamente para manter as pessoas distraídas com as suas mundanidades e sem falar que também as seleciona, já que tornam esses defeitos de percepção filosófica [fulminantemente realista] a regra para a socialização e seleção.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

O artista é uma pessoa...

... geralmente comum ( cognitivamente falando, ao menos em termos de ''superdotação acadêmica''/de não serem, em sua maioria, de superdotados deste tipo) que 'evoluiu" para um estado mais intenso de autoconsciência.

Intenso e não necessariamente mais evoluído (que pode resultar na sabedoria).

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Continuando com a minha ideia de função e suporte qualitativo: inteligência

Resultado de imagem para suporte técnico vanilla sky

Fonte:http://whatculture.com/film/what-does-the-ending-of-vanilla-sky-really-mean

A maioria dos esquerdistas e das pessoas mais cognitivamente inteligentes, de uma maneira geral, são em média mais assimétricas em relação às suas inteligências, partindo de minha ideia de função (expressividade//quantitativa) e suporte qualitativo. Eles são, consideravelmente falando, denominados de mais inteligentes, justamente por apresentarem funcionamento (função) psico cognitivo, e centralmente o cognitivo, acima da média. No entanto em termos de funcionalidade (suporte qualitativo), serão fortemente propensos a deixarem a desejar. A função "inteligência" consiste em uma série bem diversa de comportamentos que a expressam enquanto que o suporte qualitativo é obviamente a qualidade do suporte ou cobertura para cada função expressada ou comportamento. O suporte qualitativo da inteligência, pode ser facilmente caracterizado pela auto-consciência, e também em relação a um de seus produtos mais importantes, diga-se, que são melhor expressados em combinação harmoniosa com a mesma, que é a compreensão factual ("heurística"). 

Pensamos, tendo uma função essencial que é o entendimento da realidade em que estamos, como meio de sobrevivência e possível replicação de nosso material biológico. A compreensão factual portanto, consiste na finalidade mais essencial da inteligência, independente da espécie ou ser vivo. As espécies não-humanas também precisam entender a realidade em que estão, para que possam se adaptar à elas, e continuarem com a sua replicação, do contrário perecerão. No entanto, a compreensão factual delas, que eu determinei, insossamente falando, que partiria de uma tal empatia procariota, acontece de modo agudamente direto, tendo os seus próprios corpos como vitrine ou "biblioteca" de seus conhecimentos vitais. Ao invés de simularem interações, via alcance sensorial//perceptivo, e disto buscando produzir uma coerência conclusivamente factual (em relação ao tamanho dos seus alcances perceptivos) sobre os seus funcionamentos, a maioria das formas de vida, especialmente as mais antigas, tende a fazê-lo de maneira direta, sem atravessadores perceptivos que possam isolar parcialmente o sujeito de uma interação ou contato imediato.

Como eu disse em um post recente a maioria dos mais cognitivamente inteligentes parecem caracterizar-se por uma elevada capacidade de auto-justificação, racionalização ou aquilo que achei mais apropriado denominar, irracionalização, em combinação com robusta expressividade ou nível quantitativo. No entanto no aspecto, diga-se, dos mais importantes, que é aquilo que chamo de suporte qualitativo, e que é melhor expressado por meio da compreensão factual, muitos deles deixam a desejar. Talvez até poderia denominar a nossa capacidade de "racionalização" como suporte parcial ou intermediário já que muito daquilo que buscamos justificar e tendo uma referência pessoal baseia-se em nossa própria capacidade de sobrevivência. No entanto novamente nos esbarraremos na dicotomia, falsa em um sentido essencial mas real ou forçada pelas circunstâncias, da idealidade e da realidade. Não é que o ideal seja uma mentira muito bem floreada. Mas é que na maioria das vezes o real não será o mesmo que o ideal. Tal como a maioria das formas de vida compreendem o mundo de modo muito mais auto-centrado ainda que objetivo, a maioria dos seres humanos buscam fazer o mesmo e com isso acabam renegando a idealidade ou sabedoria. Também é interessante perceber o papel inegavelmente altruísta da sabedoria já que, a partir do momento em que pensamos mais em nós mesmos de modo egoísta, inevitavelmente caminharemos para estabelecer rankings desiguais e potencialmente parciais ou incompletos, tanto em relação aos produtos de nossa empatia cognitiva, quanto da afetiva. A indignação moral hiper-seletiva dos esquerdistas, em média, mas também de muitos outros tribalistas, apenas nos mostra o quão incompleto e factualmente poroso o egoísmo, mesmo que involuntário, pode ser, já que passamos a julgar os elementos de interação//observação com base em nossos próprios princípios, sem se dar de modo universal ou objetivamente qualitativo. Pensamos naquilo que é melhor para nós mesmos, e não, a priore, naquilo que é melhor para todo mundo, e inevitavelmente a sabedoria, em sua supremacia, aparecerá como o único caminho possível.

Portanto, muitos altamente inteligentes especialmente em termos cognitivos mas também em termos psicológicos [quando se é mais esperto que ''cabeçudo''], apresentarão altos níveis de expressividade ou de valores quantitativos, incluindo ou mesmo, tendo como reverberação desse potencial em suas capacidades de irracionalização/racionalização. No entanto, no quesito ''suporte qualitativo'', que para a inteligência, INEVITAVELMENTE terá como ''princípio conclusivo'' de sua função essencial a compreensão factual, a maioria deles, pelo que parece, deixarão a desejar, já que usam as suas capacidades cognitivas de modos invariavelmente egoístas, conscientes ou nem tanto desta realidade.

domingo, 12 de novembro de 2017

Novamente para entender o conceito de inteligência é preciso primeiramente entender o conceito de comportamento já que a mesma consiste em um produto consideravelmente recorrente ou resultante do mesmo

Primeiro: o que é o comportamento?

O comportamento é a expressão (movimento) geralmente estereotípica/esperada ou aleatória de um agente [ou coletivamente falando], biológico, físico ou químico.

Segundo: o que é o auto-comportamento?

A expressão ativa ou voluntária, que parte do agente e/ou que não é apenas causada por terceiros, isto é, que não é apenas [física/quimicamente] reativa. Todos os seres vivos apresentam como aspecto central de suas existências o auto-comportamento, seja ele explicitamente evidente ou que se centraliza mais na sua sustentação, do que em seu deslocamento ou locomoção (exemplo planta).

Terceiro: o que tem levado o auto-comportamento a resultar na inteligência??

Todos os seres vivos, desde os primórdios da vida, e mesmo de uma logicamente possível proto ou pré-vida, precisam se adaptar aos ambientes em que estão, do contrário não encontrarão meios sustentáveis para continuarem a existir enquanto indivíduos e a se perpetuarem mantendo as suas coletividades, isto é, extraindo as suas fontes de energia e mantendo os seus ciclos de vida particulares. A adaptação, mesmo para a forma mais primitiva ou simples de vida, tem se dado portanto com base no espelhamento perfeccionista de suas formas e expressões sobre os seus ambientes de sobrevivência, entendendo-os organicamente, espelhando-os e tendo como finalidade o perpétuo estabelecimento de uma relação vantajosa para si. Adaptar é espelhar o ambiente e modificar o corpo tendo-o como referência primordial. Poder-se-ia dizer que, quando um ser vivo adapta-se a certo ambiente ele passa a entende-lo já que parte do mesmo será refletido em suas próprias adaptações corporais. Esta capacidade tem evoluído em direção à redução maximizada da intimidade desta relação, ser e ambiente, desembocando na inteligência humana. Primeiro o auto- comportamento tem centralizado diretamente na relação ser e ambiente, e ao longo da evolução tem se deslocado mais para o ser, mais especificamente em relação à parte do seu corpo que tem como função as suas faculdades intelectuais ou comportamentalmente mais decisivas, e tendo como resultado o aparecimento e sofisticação da autoconsciência. O nível de percepção dos seres mais primitivos sobre o ambiente em que estão, parece fazer com que se confundam com o mesmo, como se vissem a si mesmos como extensão do ambiente em que se adaptam, por terem autoconsciências mais fracas ou menos sofisticadas, do que por exemplo, a dos seres humanos. Portanto a capacidade ou necessidade de sobreviver via espelhamento do organismo ou ser sobre o seu ambiente, inevitavelmente falando, o tem tornado inteligente pelo menos a partir de um conceito mais amplo e simples//primário porém essencial do termo. 

Quarto: o que é a inteligência?

Como dito acima a inteligência é o auto comportamento, voluntário ou do ser, que se espelha ao ambiente e especialmente, na maioria das espécies não humanas, absorve o conhecimento de parte do mesmo, para si próprio, via adaptações fisiológicas (biológicas/psicológicas ou sensitivas), enquanto que nas espécies mais cognitivamente avançadas como a humana, este processo de transferência do entendimento do ambiente tem se dado centralmente no cérebro e/ou sistemas atrelados, poupando parcialmente o resto do corpo ou centralizando as adaptações mais no sistema nervoso especialmente o central. 


Quinto: como que tem se desdobrado?

Tem se desdobrado de acordo com o nível de diversificação das espécies e de diversidade dos ambientes em que tem se adaptado, mantendo os seus aspectos mais centrais, obviamente, mas mesclando a sua estrutura às necessidades de cada tipo de dinâmica.

Sexto: o que é inteligência humana?

Consiste na evolução da inteligência da vida em que os seus aspectos mais intrínsecos tem sido mais selecionados e sofisticados do que necessariamente uma adaptação conjunta do corpo e da mente, a regra nas demais espécies. Este provável processo de centralização da seleção, no cérebro/sistemas perceptivos, do que conjuntamente com o corpo, tem contribuído subsequentemente no maior desenvolvimento [mais assimétrico] dessas áreas. Então ao invés de adaptar todo o corpo a um ambiente, seleciona mais pelo aumento quantitativo e qualitativo dos órgãos mais diretamente atrelados com o raciocínio, aumentando o poder perceptivo e de retenção dessas percepções e como maneira de compensar a relativa redução do fitness (força ou destreza) do organismo mas também podendo maximizar o poder de prevenção, compreensão factual e ação efetiva/inteligente, tendo como fundamental intuito sanar as necessidades mais imperiosas, que para qualquer espécie é a sua sobrevivência e a sua continuidade pelo cenário da existência. Todas as espécies não humanas são consistentemente mais paliativas do que preventivas. A espécie humana é a que mais tem investido na estratégia de prevenção entendendo ou buscando entender o ambiente antes ou durante a sua interação com o mesmo. 

Sétimo: como que tem se desdobrado?

Principiado a partir da inteligência em suas múltiplas especializações/metamorfoses entre as demais formas de vida, a humanidade tem sido a primeira delas em que a capacidade perceptiva//sensorial tem adquirido feições mais holísticas do que hiper-especializadas, talvez por causa desta possível maior centralização da adaptação/inteligência no cérebro e correlacionados, do que ser fundamentalmente equilibrado com o resto do corpo. Possivelmente o sistema sensorial muito mais equilibrado, se comparado com o das outras espécies, tenha tido ou tenha um papel primordial para a inteligência humana, alargando os nossos alcances perceptivos, e até mesmo, além de nossas próprias esferas-de-sobrevivência.

O aumento da autoconsciência parece que inevitavelmente resultará no aumento da racionalidade especialmente se for de modo equilibrado entre a percepção cognitiva/dos padrões e a percepção emocional/julgamento estético dos padrões, visando o equilíbrio, a essência de qualquer fato, de toda a realidade. E talvez, se possível, ter sempre a sabedoria como ponto de partida e e de chegada, que talvez eu possa inclusive denominar de ciência existencialista ou hiper-realista, tal como a sua representante [idealmente], a filosofia, deve ser.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Cognição qualitativa: nível qualificativo de capacidade

Em condições ideais: Por QI (geral ou especifico) EM MÉDIA 

Predominantemente manual/minoritariamente intelectual: 90-80 ou <

Manual e intelectual equivalentes: 90-100

Princípio do predomínio intelectual: 100-110

Nível de professor: armazenador e transmissor de conhecimentos (a Priore):


110-120

Nível acadêmico/ pesquisador ou proto-cientista: intermediário entre o professor e o cientista 
115-130

Nível de cientista: investigador/analisador e potencial criador técnico/realista de novos conhecimentos ou fronteiras dos conhecimentos existentes

120-140

Nível de filósofo: investigador/analisador e potencial criador moral/transcendentalmente evolutivo ou hiper-realista de novos conhecimentos ou fronteiras dos conhecimentos existentes 

110-130

Nível de artista (separado dessa hierarquia): 110



Nível de predomínio da consciência/razão sobre a subconsciência/instinto


Em média (em condições características ou ''média característica'')

Subconsciente = instintos
Consciente = proto-razão 

Trabalhador braçal: subconsciente sobre o consciente

Artesão: Subconsciente sobre o consciente

Profissional ou trabalhador comum, equivalente manual e intelectual: Subconsciente sobre o consciente

Professor: Subconsciente e consciente equivalentes 

Professor acadêmico: Subconsciente e consciente equivalentes 

Cientista: Consciente acima do subconsciente 

Filósofo: Domínio exponencial do consciente sobre o subconsciente 

Artista: Subconsciente sobre o consciente ou equivalentes

domingo, 5 de novembro de 2017

Linha de habilidade/consciência: subconscientemente "conhecido"/"entendido", conscientemente inseguro e subconscientemente "desconhecido"/"não-entendido"

Se já não falei...

Exemplo: Habilidades verbais 

Subconscientemente falando, ele/ela sabe como escrever, sabe/apreendeu boa parte das regras ou convenções da norma culta. 

Conscientemente falando, ele/ela tem insegurança para escrever ou, em relação à certa regra da norma culta, exemplo: concordância verbal.

Subconscientemente falando, ele/ela não sabe que, não sabe, e como resultado escreve errado.


Parece que a percepção imediata, constante ou inescapável de incapacidade ou de dificuldade aumenta a consciência enquanto que tanto a falta quanto a presença de capacidade seguem ou tendem a seguir caminhos de ''subconsciência''. 

Fora do meio do caminho de habilidade, o excesso de habilidade inicial pode resultar no fracionamento de realizações ou ''habilidade final'', enquanto que a falta de habilidade inicial pode ter o mesmo efeito de subconsciência ou falta de auto-criticismo.  

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

O consciente é o oposto do subconsciente? Aliás o que é o consciente?

Nascemos com instintos e especialmente nós, humanos, expandimos esses instintos via cultura. Aliás mesmo sem a cultura é provável que ainda conseguiríamos expandi-los. Nascemos incompletos e "nos completamos" em vida. Continuamos a aprender ou a apreender por toda vida. Claro que este aprendizado se reduz ao longo do tempo ou melhor em especial o seu uso prático. Dizemos que "podemos agir por instinto" ou "através do subconsciente". Eu decidi transformar instinto e subconsciente em sinônimos. Quando agimos por instinto é porque o fazemos pelo subconsciente. É subconsciente, por exemplo, a minha condição sexual mutante. Além de se manifestar de modo muito sutil, o instinto também o faz de modo muito determinante ou dominante, e que também pode ser entendido como automático/auto-confiante/natural. Nunca fiz esforço algum para sentir desejo sexual por alguém do mesmo sexo. Independente da causa orgânica primordial, este tipo de comportamento vigorosamente determinado, tendenciosamente estereotipado também é inequivocamente instintivo ou subconsciente. Não é que, quando desejo um homem, o faço em estado de transe, mas que a origem deste desejo tenha uma natureza "hipnótica". Hipnose e instinto também são ou podem ser entendidos como sinônimos distantes, com a diferença que a hipnose instintiva nunca é forçada ou artificial tal como é o conceito mais verdadeira da mesma, muito pelo contrário pois é tomado por nós como absolutamente natural. O subconsciente é de onde derivam os nossos pensamentos, se consistindo em nossa constante auto-inferência ou melhor interferência em relação a uma interação perceptiva direta/seca com a realidade. Aliás, necessitamos da mesma por razões supra-evidentes, porque sem ela, não teríamos sequer uma fagulha de razão para sobreviver, para lutar por nossa própria torrente invariavelmente breve de vida. Distorcermos esta interação sempre que podemos pois na verdade a moldamos para que possa nos refletir, nós como os seus espelhos, diga-se, quebrados, retribuímos a dádiva misteriosa da vida, da existência, refletindo a realidade só que à nossa própria imagem e semelhança. A verdade ou a realidade para a maioria das pessoas, dos seres, é um meio, um veículo de sobrevivência, e não a sua finalidade. A finalidade não é entender mas usar aquilo que se propôs a entender como peça para o equilíbrio individual, subjetivo e/ou reduzido a uma esfera estreita de defesa, literal ou desejada, de indivíduos potencialmente agraciados, direta ou indiretamente.

O consciente não é o oposto do subconsciente pois deriva dele tal como uma reflexão ou resposta a ele. Não podemos e não devemos nos reduzir ao nada enquanto agentes perceptivos e tampouco deveríamos fazer o contrário mas é justamente o egoísmo que mais se sobrepõe à percepção, isto é, um excesso de auto-inferência, talvez porque o mesmo em doses não-idealisticamente equilibradas tenha sido extremamente efetivo no resguardo da vida.


 Todos nós, como eu já denunciei, temos grãos de verdade cravados/brutos em nossos genes ou instintos e o ideal seria, com eles, completar os nossos caminhos individuais e tendo apenas um único [e talvez o único e derradeiro] ideal, o mais maximizado de todos, que é a sabedoria.

O consciente portanto mais parece consistir em uma percepção ou reflexão consideravelmente nítida da realidade, expressando conhecimento cru ou desprovido de nós mesmos, seres vivos, isto é, sem auto-inferência, enquanto que o subconsciente dramaticamente consistiria na presença do ''eu-elemento'', e tendo o ser não como um princípio, apenas, mas também como um fim de suas próprias percepções. Claro que o ideal sempre pende para o equilíbrio que consiste na verdade-da-verdade, no fator g de qualquer verdade, porque tudo aquilo que existe no mundo dos reais apenas o faz por causa de seu equilíbrio estrutural ou lógico.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

E se o verdadeiro livre arbítrio existisse


... o EU (segunda consciência/ideal universal) seria mais influente sobre o instinto (primeira consciência).

Todo mundo sempre pensa no [considera como o] melhor [idealidade] quando pensa ou age, independente de que maneira [inclusive o psicopata]. A diferença é que na grande maioria das vezes são os nossos instintos/e neo-instintos que definem pra nós o que consideramos como o certo ou como o ideal e, usualmente falando, flertamos com frequência com erros mesmo quando acreditamos que se consistem em acertos ou no ideal.

O princípio cultural  do desprendimento do instinto ou despertar forçado/artificial do Eu [leia-se: treino], talvez possa funcionar como uma maneira de forçar as capacidades metacognitivas dos seres humanos. 

Em vez de funcionar como uma base, como um princípio, o instinto, em um cenário de [seu] predomínio, também será usado como referência final, enquanto que, em um cenário de sabedoria, não terá [quase] sempre a resposta final, e o oposto é o mais provável.

Eu já falei mas vamos repetir?? Inteligência/lógica evoluiu para a competição, racionalidade/sabedoria evoluiu para a cooperação maximizada...

... OU 

a maioria dos tipos de personalidades/instintos psicológicos que existem entre os seres humanos, são produtos evolutivos cujo principal propósito é a COMPETIÇÃO: consideravelmente individual/egoísta ou parcialmente individual/coletiva.

Por que a competição é intrinsecamente inferior à cooperação*

Eu já comentei e é fácil de se constatar que a cadeia alimentar não existe porque os seres vivos conscientemente assim a desejam mas justamente pela falta de auto-consciência entre eles.

Todos eles lutam para maximizar as suas seguranças existenciais para continuar com os seus respectivos ciclos de vida. A partir do momento em que adquirimos a faculdade da auto-consciência e determinado conhecimento sobre este assunto, podemos perceber que, o que move a cadeia alimentar é a ''ignorância natural'' das outras formas de vida que não tem plena consciência de suas condições existenciais, de onde estão, o que estão a fazer, o que são. Quando eu falo em ''plena consciência'' eu me refiro à ''consciência minimamente ideal'', que é alcançável apenas para o ser humano. Movidos por seus instintos [e também neo-instintos, quando apresentam maiores capacidades de neo-aprendizados além dos inatos], elas passam a agir e a interagir de maneira supra-eficiente, de acordo com os seus alcances perceptivos, mas também de maneira decididamente mais cega em relação à idealidade de interação, que inclusive lhes daria possibilidades reais para maximizar as suas capacidades de sobrevivência. Elas sobre-vivem, mais do que vivem. E esta realidade encontra-se presente e híbrida entre os seres humanos. 


terça-feira, 26 de setembro de 2017

Gênio: Singularidade bio-psico-cognitiva literal e o porquê de ser por agora tão raro e próximo das desordens e não apenas as mentais?

Seres humanos excepcionalmente singulares são raros, os que são, em sua grande maioria, "padecem' de desordens e na maioria dos casos as suas singularidades aberrantes, em boa parte, promovidas pela autoconsciência considerável [em intensidade, e não em qualidade], não serão vantajosas. 

Qualquer desvio mais significativo em relação à discreta diferenciação individual que qualquer tipo de processo seletivo [dentro de um grupo específico] promove e o mais provável serão as desordens dos mais diversos tipos, desde as menos severas até as mais comprometedoras. 

Um dos possíveis aspectos característicos dos gênios é a singularidade, a combinação excepcionalmente rara de traços de personalidade que em condições comuns não conseguiriam comunicar entre si. 

Também já comentei que ao contrário de um tipo de personalidade fortemente domesticada, culturalmente moldável, a personalidade do gênio seria em média ou consideravelmente falando, sem limites de contenção ['artificial'], podendo ir dos confins da doçura até aos confins da perversidade e em relação a uma variedade de dimensões ou clusters psicológicos e cognitivos. 

Talvez esta expansão invariavelmente aberrante e/ou mais livre da autoconsciência possa promover a singularidade ao invés de se tê-la desde o nascimento manifestando de maneira estereotipada e/ou instintiva, ainda que seja pouco provável que não terá um componente genético pré determinado pelos eventos natais, especialmente quando não se adquiriu o gênio por injúria.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Magnitude criativa: criatividade convergente/ neuro-plasticidade [níveis mais baixos de estereotipicalidade ou repetitividade comportamental] = níveis mais altos de ''criatividade' = genialidade

Neuro-plasticidade ou variabilidade comportamental/criatividade convergente também ou, é muito provável que, expresse altos níveis de AUTO-consciência, ou mesmo, ''MANUAL-consciência'', e portanto, baixos níveis de dominância do instinto sobre o comportamento.

domingo, 27 de agosto de 2017

Consciência para a auto-consciência, da reatividade ativa para a atividade reativa, da reação predominante ao meio, para a ação predominante

Sem autoconsciência a vida é mais propensa a se misturar ao ambiente, quase que, representando e expressando as suas vontades, do que a si mesma [proxy para o ''eu-ideal'']. A vida, quando se torna mais autoconsciente, também vai se tornando um pouco mais auto-centrada, e portanto mais ativa, do que reativa, ainda que toda vida também seja ativa. Nesse sentido pode-se dizer que ação/reação são quase que constantemente simultâneas quando o instinto é dominante.

Maior é a autoconsciência, menor é o espelhamento exclusivo ao ambiente de vivência, maior é o espelhamento pelo universo/pelo ideal. Ainda essencial, porque o ambiente/local é sempre onipresente, o aumento da autoconsciência também aumenta o alcance perceptivo além-do-indivíduo ou além-do-instinto, como eu já comentei.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

O embate interior entre a desordem e a ordem mental como possível causa para uma maior autoconsciência?

A ordem mental é um conceito novo ou não, que foi proposto por mim, e não sei se sequer o descrevi de maneira sucinta. No mais, foi divergentemente elementar pra mim que, se existem desordens mentais, então é possível que possam existir ordens mentais. Ao contrário do embate normal versus mentalmente desordenado ou reordenado, eu acredito que o primeiro não se consista exatamente no antônimo do espectro das desordens da mente, porque ao invés de ser uma legítima ordem no sentido de vigor/potência e de qualidade, trata-se de um amalgamento indiscriminado tanto das virtudes quanto dos defeitos psicológicos e cognitivos

Eu já falei que parece ser importante ter uma desordem mental de preferência não muito debilitante que possa servir como "desafio interior" ou intrapessoal, no caso da criatividade. Usei o aforismo: se eu nasço com um problema/desafio, ou eu o resolvo e possivelmente me transcendo, ou eu me tornarei o problema. Tem sido descoberto que o cérebro do mais criativo parece ser constituído tanto pelas características que compõem o cérebro do mais cognitivamente inteligente quanto pelas características que acabam aumentando a vulnerabilidade em cérebros menos saudáveis, e que tendem a resultar em transtornos mentais. Isso em relação à criatividade.


No entanto parece que não basta ter uma desordem, e no aspecto ou paisagem geral ainda ser normal [indiscriminada e invariavelmente amalgamado], porque isso tenderá a resultar na vitória da desordem sobre o resto. É tal como no caso de um país como a Suécia, metaforicamente falando, que tem uma desordem importada, nomeadamente de "imigrantes" ou de colonizadores, em sua maioria de muçulmanos, agressivos e férteis, e por outro lado tem uma população nativa treinada para não reagir ao assombro (((globalitário))) que ameaça a sua integridade, isto é, de conformistas ou ovelhas, fãs do grupo Abba e com cabelos platinados. Se a desordem é mais forte que a ordem então ela obviamente, a qualquer hora, vencerá esse embate. Mas se for o contrário então a ordem pode ser que consiga domesticar a desordem, de usá-la a seu favor.

Mas o que seria a ordem mental e especialmente a humana??? Nada mais do que, a priore, aquilo que faz o ser humano intelectualmente superior, de maneira onisciente/onipotente/onipresente, que é uma maior autoconsciência.

 Mais autoconsciente se está, maior é o potencial para o autoconhecimento, e concomitantemente para uma maior liberdade de direcionamento ideacional e comportamental, que seria basicamente o verdadeiro conhecimento, ao menos em termos intrapessoais. 

No entanto ao invés da autoconsciência como a ordem mental que luta contra a desordem, eu acredito que a mesma talvez possa ser pensada como o produto deste embate, quando a ordem mostra-se superior à desordem [especialmente quando existir uma desordem de fato]


A ordem mental seria então uma espécie de bússola instintiva que pende sempre para o "norte lógico", que parte desde a verdade ou realidade objetiva, concreta e imediata, até a certos confins da verdade subjetiva ou abstrata. 

A autoconsciência despertaria quando houvesse ou começasse a ter este atrito entre a desordem e a ordem interior, aumentando a auto conversação ou introspecção, tal como ter "problemas vitalícios' que não serão totalmente solucionados, como elemento atiçador do pensamento divergente. A autoconsciência alargada porém incompleta ou mais especializada, resultaria no aumento da criatividade. Por outro lado uma autoconsciência alargada e mais holística, é possível de se resultar em uma maior racionalidade, porque o perfeccionismo da criatividade se tornaria generalizado, ainda que tendenciosamente mais reduzido em intensidade. 


O modo ou estilo de pensamento lógico [uma espécie de senso comum a bom senso] seria então a ordem mental primária, ainda que, o "bem estar intrapessoal", uma espécie de "narcisismo significativo", em que a pessoa gosta de si mesma, independente de possíveis ou existentes traços comparativamente desfavoráveis, diferente do narcisismo típico, em que a pessoa se realiza fundamentalmente com base na exposição e aceitação pública predominante, também possa ser importante para torná-la ''bem-vinda'' dentro ''de si mesma'', para que então se torne mais introspectiva, porque parece ser comum o bloqueio natural para um maior auto-aprofundamento, não apenas no sentido do auto-conhecimento, mas também para a alienação positiva.

Ou também uma explicação ainda mais simples, em que a autoconsciência se consistiria apenas em uma continuidade de expansão do alcance perceptivo, para a extrospecção e ''claro', também para a introspecção, especialmente em uma perspectiva global ou holística, a capacidade de perceber várias perspectivas, enquanto que, como já comentei, a maioria dos seres vivos não-humanos seriam muito mais perceptivamente especializados.


Se o instinto nos cega e nos protege de certezas e de autoconfiança, então a redução de sua preponderância, aumentaria a consciência também em relação aos próprios defeitos, especialmente se forem de fato ''defeitos'.

Outra possibilidade é de que a relação entre autoconsciência alargada e a co-ocorrência de desordens/senso de singularidade, ainda que real, possa se consistir também em uma '''selective confounding'', em que, por causa das macro-diretrizes seletivas das culturas humanas, tem-se selecionado [e aprimorado ou decantado de mutações] os seres humanos mais amalgamados, enquanto que o mesmo não tem acontecido no caso dos mais autoconscientes, e sim, pode ser possível de se selecionar e combinar autoconsciência expandida com maior saúde biológica ou com menor mutações.

Portanto pode-se constatar por agora que sim, uma maior criatividade tende a ser um dos possíveis efeitos de uma heterogeneidade qualitativa da mente, provida tanto com uma ordem/bússola lógica quanto com uma desordem mental, e que a mesma possa ser definida tendenciosamente como uma espécie de ''autoconsciência alargada porém especializada''.

Autoconsciência se relaciona umbilicalmente com maior senso de realidade, um realismo mais existencial, mais profundo, do que o realismo cru, naturalista porém hipo-existencialista, que prevalece entre os seres vivos deste planeta. 

Uma maior criatividade também se relaciona com um maior senso de realidade/de perfeccionismo, tanto em relação às qualidades [idealização equivocada] quanto em relação aos defeitos/falhas/faltas de sua área de fixação e potencial aprofundamento... só que muito mais especializado do que holístico/filosófico.

No mais, até poderíamos pensar na sabedoria como uma espécie de ''criatividade direcionada para a filosofia'', que é uma área muito abrangente.

Em fim...

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Novamente: psicopatia versus gênio

Instinto psicológico versus instinto cognitivo 



Nível de intensidade responsiva estereotipada como parâmetro de diferenciação entre níveis instintivos, tanto para as atividades cognitivas/mecanicista e psicológicas/mentalista: a metáfora do circuito curto, médio e longo.

Quanto tempo demora para tomar um choque? 

Circuito curto/ mais intenso ou não de reposta: fraquezas ou déficits


exemplo: menor ''inteligência quantitativa''. Quando você tenta melhorar o seu vocabulário, se comparado aos de outros, mas ''ele'' não demonstra sinais de vida ou de ânimo, ;)

Circuito médio/ mais intenso ou não] de resposta: medianidades


exemplo: média ''inteligência quantitativa''

Circuito longo/ mais intenso ou não de resposta]: forças ou potencialidades


exemplo: maior ''inteligência quantitativa''/cognição. 

Todos invariavelmente  mediados pela capacidade de ''metacognição''.

Menos plástico é ''um traço'', mais instintivo, independente se for mais ''longo''/desenvolvido, médio ou ''curto''. 


Psicopatia: instinto psicológico e cognição deliberada 

Os psicopatas e em especial os mais impulsivos/característicos?] geralmente agem como autômatos em relação aos seus comportamentos psicológicos ou mentalistas, isto é, estes se consistem em seus instintos mais intensos, que são motivações intrínsecas ou naturais, ou que vem com facilidade/naturalidade e constância. 

Em compensação as suas empatias/comportamentos cognitivos e em especial quando [quase sempre] são direcionados para o meio social/evolutivo, mostram-se um pouco mais deliberados, isto é, com possibilidade de serem repensados, manipulados ou reorganizados. O comportamento cognitivo direcionado ao meio social [intelectual-prático] para o típico psicopata será mais instintivo em intensidade só que ao mesmo tempo mais deliberativo. Como se fosse um circuito elétrico mais intenso/instintivo porém mais longo, c
om maior potencial de cristalização de novas "informações" ou comandos além dos que já tem, isto é, além dos comandos primários/congênitos ou essencialmente instintivos.

Gênio: geralmente o oposto ou os dois só que em alto nível de intensidade.

O gênio parece ter o seu foco preferencial de instintividades no lado cognitivo do que no lado psicológico ainda que seja sempre importante frisar que ambos funcionam de maneira constantemente complementar  porque, mesmo que se centralize mais em um lado, dependendo da intensidade e mesmo sem depender dela, é provável que o afetivo sempre afetará o cognitivo e vice versa, se o afetivo funciona como o julgador de qualidade de nossas sensações que o cognitivo captura como padrões [ a emoção é o padrão transformado em sensação, como eu já comentei].

 
Por isso que a maneira com que o gênio captura ou produz os seus insights/intuição/mais instintivo, tende a se dar pelo lado cognitivo, por "simples" reconhecimento de padrões. Se o seu cognitivo é mais instintivo do que o seu psicológico então além de ser mais propenso a ter insights ele também poderá deliberar mais em termos afetivos e principalmente na hora de julgar ideias, hipóteses, pré-fatos, factoides ou fatos, seus ou de outrem [honestidade/humildade intelectual, geralmente insularizada/ específica]. No entanto parece evidente que também podem existir gênios, cuja intensidade instintiva pode ser cognitiva e psicológica. 

Pegando a ideia previamente demonstrada acima, a metáfora dos circuitos.

Se certo comportamento é desde sempre constante ou intenso pra você, que vem de maneira fácil ou natural, então é provável que será um de seus "instintos congênitos" mas que também podem se tornar "instintos adquiridos" nos casos em que a pessoa sofre uma lesão no crânio que altera a natureza do seu cérebro e consequentemente de [parte de] seu comportamento.


Instintos mais longos se consistem em nossas potencialidades ou ''potenciais forças'', por exemplo, se você desenvolveu uma maior capacidade verbal então isso significa que nasceu com um potencial de expansão desse instinto ou comando, em particular, e o desenvolveu, possivelmente a partir de um ambiente regular ou normal, e talvez mesmo em um ambiente muito ruim, ainda o desenvolveria, ainda que de outro modo. 

Instintos mais curtos seriam as nossas ''potenciais fraquezas'', psicológicas ou cognitivas. E os instintos médios seriam evidentemente aquilo em que somos medianos, claro, se comparado com os outros, mas também a partir de um valor universal de excelência.  

O que determina se algo é mais instintivo ou não, é a liberdade ou mesmo flexibilidade de re-leitura do comportamento, cognitivo ou psicológico.

Por exemplo, eu, que acredito ser mais cognitivamente instintivo, tenho grande dificuldade para direcionar as minha capacidades cognitivas para motivações extrínsecas, isto é, de direcioná-las para projetos que estão indiretamente relacionados a mim. Eu sei ou eu acredito que seja mais instintivo em minha cognição justamente por causa dessa dificuldade mas também por ser muito intuitivo. No entanto, em termos psicológicos eu pareço estar bem mais deliberativo, se comparado com o lado cognitivo, e acredito que uma das principais razões é a de ter uma espécie de ''personalidade intermediária'', que não é predominantemente homogênea em relação a diversos aspectos e portanto não tende a agir de igual maneira, que também quer indicar ''maior intensidade''. Portanto, mesmo a minha provável e maior capacidade deliberativa do meu comportamento, ainda não se consiste em um ''livre arbítrio total porém insulado'', porque parece se consistir em um reflexo de algo que é mais ''instintivo'' ou ''congênito'', algo com o qual eu nasci. Perfis intermediários, como eu já comentei, sobre a omniversão e ambiversão, parece que aumentam a flexibilidade de comportamento, de curto a longo prazo. Por exemplo, um bissexual tende a ser mais flexível em seu comportamento sexual do que um heterossexual ou um homossexual que por suas vezes tendem a ser mais homogêneos em suas ''escolhas' sexuais. O bissexual tem maior liberdade para escolher do que um típico homossexual, neste sentido, é claro. 

Nesse sentindo o meu conceito de intrinsecabilidade parece se encaixar com o nível de instintividade ou de prevalência e/ou intensidade de certo ''traço comportamental'' ou ''fenótipo menor''.

No mais, ainda assim, é o nível de autoconsciência que será o mediador final do nível de instintividade e quanto mais ''cognitiva ou afetivamente preconceituoso'' mais instintivo [impulsivo/autoconfiante/intuitivo] tenderá a ser.