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sábado, 15 de julho de 2023

Sobre transtornos contextuais

 Nem a timidez e nem a introversão são transtornos mentais. Mas, contextualmente falando, os mais introvertidos, que tendem a ser mais tímidos, especialmente em sociedades em que há uma preferência quase patológica pela extroversão, como o Brasil e os EUA, tendem a apresentar maiores dificuldades de adaptação no meio social e mesmo profissional em que se encontram, aumentando o risco de que desenvolvam transtornos mentais, como a ansiedade e a depressão. Por isso que, nesses casos, pode-se dizer que não são transtornos que expressam diretamente alguma condição congênita, tal como o TDAH* e o autismo, porque resultam de contextos, isto é, de uma combinação individual de traços de personalidade, ou de maneira geral, de intrinsicidades, incluindo outros traços, com os ambientes de criação e vivência. Em outras palavras, é uma soma de fatores que resulta em um contexto desfavorável. Por exemplo, um indivíduo introvertido que vive sua infância acuado em um ambiente hostil à sua presença e que, ao longo do tempo, acaba apresentando um quadro de ansiedade social.


* Apesar de ser considerado um transtorno mental de natureza mais intrínseca, existe um estudo muito interessante que descobriu que, portadores de TDAH


se adaptam melhor em certos ambientes, sugerindo que, talvez, também seja um transtorno mais contextual. 

Infelizmente, parece que a ignorância em relação a esse tipo de transtorno predomina entre profissionais da saúde mental, incluindo pesquisadores, já que, além de não ser plenamente diferenciado da categoria de condições de natureza mais congênita, como o autismo, em que o contexto não é o fator mais relevante para se manifestar (apesar de também ser importante para a capacidade de adaptação do portador), ainda é tratado como um desajuste absolutamente ajustável à normalidade e que, portanto, o melhor "tratamento", juntamente com uma intervenção medicamentosa precoce ou compulsória, é o incentivo à imitação de comportamentos normativos, desprezando a natureza psicológica do "'paciente", como que o seu contexto o está influenciando, como ajudá-lo a se ajustar de acordo com as suas possibilidades e não de acordo com um modelo convencional de adaptação, que não é capaz de incorporar. Na verdade, um transtorno mental contextual seria uma maneira que o indivíduo encontrou para se adaptar a um contexto desfavorável, diga-se, uma maneira mais reativa, subconsciente, preventiva e/ou defensiva. Como conclusão, é necessário entender o que acontece, contextualmente, para, então, propor intervenções que realmente busquem ajudar o indivíduo a se adaptar da melhor maneira, de acordo com os seus potenciais e limites. Primeiramente, de reconhecer que esse tipo de transtorno ou de diferença existe.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Dois exemplos (um pessoal e o outro também) sobre o "determinismo biológico"

 Novamente com base no meu argumento heterodoxo em sua defesa.


Primeiro exemplo: timidez. 

Bem, se fosse verdade que a minha timidez está sendo causada apenas por "fatores ambientais", então, todos ou pelo menos a grande maioria daqueles que têm vivido sob as mesmas circunstâncias que as minhas deveriam apresentar a mesma reação. Só que não é bem isso o que acontece...

No meu caso, ainda tem outros fatores que contribuem para aumentar minha timidez, além da percepção de relativa hostilidade ou atrito à minha pessoa nos ambientes sociais em que tenho transitado: minha gagueira, agora residual, e minha (homo)bissexualidade. Mas, como não são todos os tímidos que são LGBTs ou gagos, e nem todos os gagos e LGBTs que são tímidos, é necessário que exista uma predisposição... (é provável exista uma correlação interseccional ou não-paralela entre gagueira e timidez de modo que, a maioria dos gagos podem estar tímidos, em partes pela própria gagueira. Mas tenho quase certeza que maioria dos tímidos não apresenta disfluência da fala). 

Portanto, a timidez, pelo menos a minha, é principalmente a minha reação à certas condições do meio e que ainda se relaciona com outros traços, além dos citados, como uma tendência para uma autoestima baixa ou instável.

Segundo exemplo: limites básicos de um corpo ou organismo

Pois se eu entrasse em uma piscina e a água fosse esquentando gradualmente, chegaria o momento em que não aguentaria o calor e acabaria saindo da piscina. Então, é plausível concluir que condições específicas do meio me causaram essa reação direta e logicamente relacionada.  

Influência ambiental?? 

Com certeza, mas o que determinou o meu tempo de tolerância à temperatura da água foram os limites do meu corpo. Portanto, a influência genética ou biológica foi mais decisiva. Mas eu acredito que é sempre mais relevante que a influência do meio, por ser a que determina limites e potenciais de reação ou comportamento dos organismos.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Mais uma compilância de achismos & achados

 A. Timidez não é "excesso de si mesmo"


É o oposto, dos outros em si mesmo, por ser uma preocupação excessiva em relação à opinião alheia...

É a paranoia que é um "excesso de si mesmo". 

Pois parece que existe um ponto de intersecção entre timidez e paranoia, quando o excesso de preocupação sobre a opinião alheia faz com que a pessoa também passe a acreditar que é mais importante aos outros do que realmente é...

E ressaltando que não é tudo que parece paranoia que é paranoia;

B. A timidez também pode ser o efeito colateral de uma autoconsciência mais desenvolvida;

C. Todo capitalista incorrigível ou orgulhoso é um mercenário porque trabalha apenas em troca de dinheiro... Na verdade, o próprio sistema capitalista nos impõe uma "ditadura do dinheiro"...

Então, não seria equivocado chamar o capitalismo de MERCENARISMO;

D. Uma das atitudes mais sutilmente asquerosas é aquela em que gente ''rica'' fala de deus e o quão justo e bondoso ''ele'' é;

E. O Brasil é um país em que agir como um deficiente intelectual é uma regra social importante...

O contrato social no Brasil se consiste em explorar ou ser explorado;

F. O único caminho para o talento criativo é a autenticidade...

Eu, como um pensador que escreve [não me considero um escritor], acredito que tenho me sobressaído em minhas análises sobre política, sociedade, comportamento...

Mas eu também gostaria de escrever mais reflexões pessoais e tenho percebido que o meu maior problema tem sido o de negar meu próprio jeito de pensar e escrever por um jeito que eu acho que deveria emular e que não tenho;

G. Entre os heterossexuais, há uma desproporção de sociopatas e psicopatas.

Entre as minorias sexuais, há uma desproporção de deprimidos e ansiosos. 

Já os psicóticos abundam em todos os grupos;

H. Sobre sabedoria e racionalidade 

O desenvolvimento da sabedoria acontece a partir de um acúmulo de conhecimentos, que contribui para um melhor julgamento.

Já o desenvolvimento da racionalidade acontece, primeiro, pela eliminação de uma carga ou acúmulo de preconceitos e fanatismos internalizados, para que, progressivamente, torne o pensamento mais imparcial e objetivo. 

Resumindo. Uma é definitivamente sobre acumulação (de conhecimentos). A outra é primariamente sobre eliminação (do acúmulo de preconceitos e fanatismos). 

Concluindo. A sabedoria não é possível de ser plenamente desenvolvida sem que a racionalidade também seja, por ser o nosso controle de qualidade de pensamentos e opiniões;

I. O termo ou, diagnóstico, mais correto para os que acreditam com muita convicção em afirmações extraordinárias sem evidências extraordinárias...

... tal como a crença religiosa, seria o de transtorno psicótico, do tipo delirante-irracional e histórico-culturalmente definido.

J. Entre o parasitismo e a cooperação individual...

.... existe uma zona de neutralidade em que não há ajuda direta e efetiva ao outro, mas também não há exploração do mesmo. O meu exemplo ou caso, por enquanto, como um filho na casa dos 30 anos que não trabalha e é sustentado pelos pais. Pois, apesar disso, eu não estou abusando deles financeiramente e, portanto, não sou um filho-parasita. Afinal, eu não dou mais gastos a eles do que já gastam por si mesmos, pelo menos de maneira excessiva. Além de existir a possibilidade de acabar me tornando cuidador deles na velhice se já se encontram no início da sétima década de vida;

K. Quando se fala sobre se é o meio ou a biologia que influencia o comportamento...

... na verdade, é sobre o meio ou NÓS mesmos.

L. Mais alto é o nível acadêmico, maior a tendência para: arrogância, vaidade e conformidade ideológica, especialmente nas ciências humanas, onde "panelinhas" são a regra...

M. Grupos oprimidos ou marginalizados, e mais desprezados pelas esquerdas:

Albinos africanos, apóstatas do mundo muçulmano, brancos em situação de discriminação, brancos pobres...

N. "Eu não sou chato. É você que é maluco" 

O. Não existe cultura sem genética

A genética ou a biologia equivale ao corpo e a cultura à roupa. 

P. "Conservadorismo é sobre natureza, biologia..."

Impedimento: feministas que não cortam seus pelos naturais...

Q. Uma das maiores diferenças entre o pseudo-intelectual e o verdadeiro é o quão vaidoso ou preocupado de se passar como "mais inteligente" (ou aparentar) ele está;

R. Sobre a superioridade predominante da qualidade sobre a quantidade

Tomar um sorvete delicioso versus tomar dez sorvetes com sabores medíocres... ; 

S. O ignorante sincero quer ter o direito de dizer o que quiser sem medir consequências. O sábio honesto quer ter o direito de dizer a verdade ou de defendê-la, medindo as consequências do quê e como dirá; 

T. Ninguém está totalmente errado, nem Adolf Hitler, Mao Tsé Tung, Stálin, Putin ou Kim Jon Un... mas o mais importante é estar predominantemente certo e é aí que, na política, tal tipo escasseia há muito tempo;

U. Sobre homens "fortes"

"Homens fortes" são, na verdade, um bando de covardes que gostam de "atuar" como mais masculinos 'ou' viris. Para mim, esse termo é involuntariamente satírico, inclusive para quem o usa. 

Existem homens realmente "fortes" além da força física: no caráter, na inteligência, na coragem, e sim na compaixão e na empatia também, por que não?? 

Força é um termo abstrato e multidimensional.

V. A maioria das competições com poucos vencedores é arbitrária 

X. Determinismo não é totalitarismo

Por exemplo, o determinismo biológico que, de acordo com o meu argumento pseudo-paradoxal, é o mais provável de ser verdade, por ser sempre a biologia de um organismo que determina sua evolução e suas reações ao meio e não necessariamente ou apenas o meio. Determinar no sentido de "dar a resposta final". Mas isso não significa que o meio não tem nenhuma importância, só que será, de qualquer maneira, mais secundária do que primária. 

Determinismo não é exatamente o mesmo que "destinismo", de algo estar absolutamente destinado a acontecer, ou "inflexismo", de algo que nunca pode alterar sua forma ou expressão, mas desde que seja determinado ou limitado de acordo com o seu fator mais decisivo.  

W. Autoconfiança é literalmente...

... Não se preocupar ou muito pouco com a opinião alheia e estar sempre se sentindo auto-suficiente em termos qualitativos, sem se comparar com frequência. 

Y. Outro problema de se comparar testes de QI com balança de peso...

... é o de comparar um teste, que é uma estimativa sobre algo, com uma mensuração verdadeira. Se quando eu estou em cima de uma balança, eu não estou testando o meu peso e sim pesando uma dimensão dele.


Z. A atemporalidade do mais racional ou da racionalidade

Não importa onde ou quando, se agora ou na época do Império Romano, se há um século ou há um milênio, porque desde a emergência da autoconsciência humana que os indivíduos mais autoconscientes e, portanto, mais racionais, ao terem desenvolvido o pensamento crítico, têm feito as mesmas observações e chegado à respostas muito parecidas, sobre justiça, existência, moralidade...

sexta-feira, 3 de junho de 2022

Não, o povo brasileiro não é mais empático e nem simpático

Empatia é o ato de se colocar em perspectivas alheias, com o objetivo de compreendê-las. 

Simpatia é o ato de sentir afeição, ter respeito ou educação pelos outros.

Quanto mais empático é o indivíduo, maior a tendência para ser simpático.

A simpatia facilita a ter empatia que, por sua vez, facilita a ter compaixão. 

Porém, é comum que se confunda simpatia com extroversão ou sociabilidade. Pode ser porque uma pessoa extrovertida precisa ser simpática mais vezes por interagir mais com os outros. Mas quantidade não é o mesmo que qualidade e, neste caso, nem com regularidade, já que, da mesma maneira que uma maior frequência de interações aumenta a necessidade ou chance de ser simpático, o mesmo acontece com o risco de ser antipático. Uma pessoa mais introvertida também pode ser mais simpática, se ela for mais frequentemente educada ou afetuosa em suas interações mesmo que interaja menos. Inclusive, me parece que os mais tímidos, que tendem a ser de introvertidos, além de serem mais empáticos que a média, também são mais simpáticos: afetuosos, respeitosos, educados...

Justamente por causa dessas diferenças que, os povos mais extrovertidos do mundo, tal como o brasileiro, não são, a priori, mais empáticos e nem simpáticos, ainda que possam aparentar uma maior simpatia por causa da extroversão. 

"Podemos' ser, em média, mais alegres/extrovertidos, mas definitivamente não parece que "somos' mais honestos, solidários, educados e/ou afetuosos que a maioria dos outros povos. 

sábado, 7 de maio de 2022

"Você é um vagabundo que não quer trabalhar"

 Auto análise do meu caso de inadaptação


Depois de um bom tempo sem conseguir encontrar trabalho e, na verdade, sem ter procurado muito também, eu tenho concluído que sou cronicamente dependente dos outros, inclusive quanto às minhas necessidades mais básicas, como ter o que comer e um teto para morar. Eu cheguei a fazer faculdade e tirar o diploma, mas como a profissão mais provável de exercer seria a de professor, declinei deste compromisso por incapacidade psicológica, específica ao mesmo. Então, desde que me formei tenho estado num hiato profissional, tradicionalmente falando, de não ter carteira assinada, com um emprego e um salário oficiais. Eu também comecei a escrever e considero essa atividade como algo além de "mera" recreação. De qualquer maneira, para os olhos de nossa sociedade, eu sou um fracassado vagabundo que não quer trabalhar. Até poderia ser alguém que, legitimamente, não quer trabalhar e, sejamos sinceros, pois se pudesse escolher, a maioria optaria pela "vida mansa", ainda mais se for para ganhar um salário baixo, com jornadas exaustivas e sofrer humilhações de "patrões" safados que só pensam em seus lucros. Mas eu gostaria mesmo de estar trabalhando para ganhar meu dinheirinho e poder ter mais autonomia.

Para mostrar que essa dependência crônica é mais complexa do que muitos pensam, talvez, não apenas no meu caso, eu vou listar abaixo os fatores que tem me impedido de correr atrás de um emprego.

Sem mais demoras, saiba por que eu não sou apenas mais um vagabundo que não quer trabalhar...

1. Timidez ou ansiedade social

Eu tenho essa tendência de me preocupar muito com a opinião alheia e, mesmo que tenha conseguido diminuí-la, não é algo que se cura por ser parte do meu jeito de ser. Eu sei muito bem que a timidez tende a limitar nosso rol de possibilidades, inclusive as profissionais, especialmente para os que são mais arredios. E, diferente do que é comum de se pensar, é muito difícil, se não impossível, "mudar" a própria personalidade. A minha timidez é uma maneira que a minha mente encontrou de me ajudar a [sobre]viver, principalmente em uma sociedade em que relações abusivas fazem parte da sua ''normalidade''.

Eu poderia acrescentar minha antropofobia, meu grande medo em relação à espécie humana, de sua capacidade, que parece infinita, de cometer crueldades.  

1.1 Baixa autoestima

A timidez também é um sinal de se ser menos autoconfiante. No meu caso, eu diria que a tenho de modo mais flutuante, com altos e baixos.

2. Gagueira

Não bastasse ser tímido, eu também sou gago, do tipo residual, porque consegui, por conta própria, controlar parcialmente minha gagueira, mas sem ter aprendido técnicas que poderiam fazer toda diferença. Tudo por causa de uma negligência inexplicável dos meus pais que, quando eu era criança e, depois, adolescente, jamais me levaram a um profissional de fonoaudiologia. Pois o estigma de ser gago é tão alto quanto o de qualquer outra desordem mental.

3. Perfil cognitivo discrepante

Meu perfil cognitivo pende de maneira significativa para as profissões das ciências humanas, onde as capacidades de se comunicar e interagir socialmente são muito importantes. Agora, junte a isso o fato de ser tímido e gago, o que me resta??

E não só isso porque, para passar em concurso público ou universidade, é exigido conhecimentos gerais e/ou capacidade de memorização, enquanto que o meu perfil é mais específico e forte no pensamento divergente no que no convergente. Eu ainda poderia citar minha alta capacidade racional que me faz mais propenso a entrar em conflito com os outros e suas crenças irracionais, e que, com certeza, não me ajudaria se fizesse ou fizer uma outra faculdade, se na educação superior a conformidade ao que é passado pelos professores, tal como na escola, é uma das regras implícitas mais básicas. 

4. Motivação intrínseca predominante

Desde que me conheço por gente, eu sempre busquei fazer o que quis e, principalmente, no âmbito intelectual, de estudar, "brincando" com os meus interesses especiais. Pois eles sempre dominaram a minha atenção de maneira significativa, mesmo quando eu tinha consciência de que deveria me dedicar a uma atividade extrínseca aos meus desejos para alcançar um objetivo desejável, por exemplo, de estudar (memorizar) para a prova de concurso público e tentar tirar uma boa nota.

5. Realismo ou maturidade filosófica

Imagine você ter cristalizado em sua mente que: dinheiro é apenas papel, que somos todos iguais, em essência, que não existe vida após a morte, que só existe essa que temos para viver, que a mentira não tem maior valia que a verdade...??

Combinando esse realismo com os meus descompassos, minha motivação para seguir as etapas normativas da vida em sociedade tem sido extremamente baixa. Minha incapacidade de tratar o mundo humano com respeito a ponto de me jogar em sua selva de regras estúpidas, ganância e hipocrisia, de normalizá-lo no meu cotidiano, tem me forçado a uma espécie de exílio parcial.

6. Transtornos e condições mentais

Além da ansiedade social, eu poderia citar outros transtornos nos quais eu estou mais perto de ser diagnosticado, mas não o suficiente, por não apresentar uma estereotipia clínica para nenhum deles. Autismo, personalidade borderline, TDAH... Se conseguisse pelo menos um diagnóstico, poderia usá-lo como álibi para mostrar às pessoas o porquê de não conseguir me adaptar, como a maioria delas, ou de incorporá-lo no meu currículo em branco, mas nem isso.

A conclusão mais plausível que eu posso chegar é a de que ninguém em sã consciência gostaria de estar sem emprego, sem qualquer perspectiva de futuro, dependente da caridade alheia, primariamente da família, e estigmatizado pelos outros, chamado de parasita, vagabundo, inútil...

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Introversão + emotividade = timidez; introspecção + emotividade = tendências paranoicas [em elevada intensidade]

Introversão + estado emotivo mediano = introversão mais purificada, característica ou que não está interseccionada com outras intensidades 

Introversão + hipo-emotividade = frieza emocional


 

Introversão: relacionado com o comportamento (hipo) social e/ou com o comportamento EM GERAL.


O introvertido prefere ficar sozinho/ter o um tempo para si mesmo, e/ou de ter como companhia uma menor densidade de pessoas.

Introspecção: relacionado com o estilo/tipo e com a intensidade do pensamento.


O introspectivo é pura e simplesmente alguém que apresenta maior frequência de pensamento interno, isto é, que pensa mais sobre a sua realidade e tudo o que nela está contido. 


Em outras palavras o muito introvertido [tímido] não é o mesmo que o mais introvertido [introvertido], supostamente...

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Transtorno obsessivo compulsivo e arredores: mentalismo mecanicista

Sistematização/ordenação de informações intra e interpessoais...

O que já havia comentado: 

[e também ...]... a paranoia ou timidez mentalista//indutiva, e a timidez ou paranoia mecanicista/ dedutiva...

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Timidez = excesso de agradabilidade

Timidez = paranoia mecanicista

[semelhante à gagueira social, se não for um tipo...]

Sistematiza em excesso.

Deduz ansiosamente = hipóteses e teorias potencialmente factuais sobre as próprias pendengas sociais.



Paranoia = timidez mentalista


Mentaliza em excesso.

Induz ansiosamente = conjecturas diversamente potencialmente-factuais sobre as próprias pendengas sociais. 

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Novo relato pessoal

Nesses últimos dias eu tenho tido problemas em minha visão, com tiques nervosos, dificuldade para olhar para faces e até visão turva/ fotossensibilidade. Alguma explicação ou causa emocional?? Excesso de estresse? Talvez. No entanto acho que a causa principal parece ser anatômica. Eu tenho o rosto bastante assimétrico e acho que a parte do meu rosto, do nariz até ao maxilar ou boca, parece ser deslocável. Logo quando eu a desloco, talvez para baixo, eu começo a ter os problemas relatados. Já quando eu forço o centro da minha face no meu nariz, esses problemas simplesmente acabam. Foi o que acabou de acontecer. Passei a forçar por razões puramente não previamente pensadas esta minha parte do meu rosto e voila, os meus problemas se acabaram. Agora vejo tudo normal e não tenho tiques nervosos especialmente quando estou fitando rostos alheios. Engraçado que esta "nova" configuração me dá uma expressão mais séria enquanto que a configuração que eu estava me dá uma expressão talvez mais normal mas também de tristeza.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Diferenças entre ansiedade e paranoia e analogia com introversão e timidez

A ansiedade se consiste pela espera de um acontecimento futuro.

A paranoia se consiste em um hiper atividade ideacional geralmente de natureza intrapessoal e interpessoal. 

Apesar das definições tenderem a ser distintas mais parece que a paranoia está contida na ansiedade assim como a timidez está contida na introversão.

Todo estado de paranoia é de ansiedade
Todo estado de timidez é de introversão

Mas nem toda ansiedade é ou está em um nível de paranoia 
E nem toda introversão é ou está em um nível de timidez 

O tímido tende a ser mais reativo/geralmente de retração ou cautela do que ideativo. O paranoico tende a ser o oposto, sendo muito mais ideativo do que reativo. 

O tímido tende a ser mais dedutivo enquanto que o paranoico tende a ser mais indutivo. O tímido deduz que não é popular, que se importa com a opinião alheia e que as coisas não virão fáceis pra ele...como deseja. O paranoico induz aquilo que os outros estão pensando sobre si mesmo. Parece-me que o paranoico tenderia a ter mais o estilo criativo de pensamento indutivo/e abdutivo enquanto que o tímido tenderia a ter mais o estilo inteligente de pensamento dedutivo, tenderia OU seria assim especialmente se estivermos falando de tímidos e paranoicos típicos

A ansiedade e a introversão  podem ser sobre qualquer fator inclusive por fatores impessoais enquanto que  timidez e paranoia forçosamente se consistem em  respectivas hiper-versões mentalistas das duas acima, ainda que os assuntos sociais ou pessoais sejam predominantes de qualquer maneira, e que a timidez seja mais ou pareça ser mais como uma mistura de estilos, por ser mais dedutiva/mecanicismo/inteligência do que indutiva/mentalismo/criatividade.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Timidez e introversão




Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmdwott7B_DOwuWsZk4ValB3d0qCaONqs9b5JJ-seQIH0WZzTdUyW2cFKPHH5fUS0zpa6lhrbhXun5R2eTEIItUO9vaY8iaVEgaOogGsyTxyO_8BwTZKe7NVtG0WMmYMCYga2vP8jxGgs/s1600/amendoim.jpg

Virou moda na psicologia diferenciar timidez de introversão e existe até uma certa razão lógica para se fazê-lo mas o quão correto está essa diferenciação eu realmente não sei, por isso que eu vou especular.

Timidez e introversão não são semanticamente falando a mesma coisa mas estatisticamente falando a maioria das pessoas tímidas são introvertidas e consequentemente existe uma elevada incidência de pessoas introvertidas que são tímidas. Segundo que a definição de timidez cai perfeitamente dentro do espectro da introversão e até poderia ser entendida como uma manifestação mais intensa da mesma. Ambos, introvertidos e tímidos tendem a ficar caracteristicamente sobrecarregados quando estão em ambientes densamente povoados, de seres [especialmente os humanos] e/ou de outros tipos de informações [ainda que seja discutível se a sobrecarga do introvertido tenda a ser sensorialmente generalizada ou especialmente em relação às interações de natureza inter-pessoal]. 


O grande diferencial é que nem todo introvertido terá tendências para: baixa auto-estima e/ou paranoia inter-pessoal. Em compensação quase todo tímido será assim, variando claro a que nível. Todo introvertido e todo tímido se sobrecarregam pelas informações especialmente as de natureza interpessoal e portanto repelem ambientes com muita gente, com pessoas estranhas ou aparentemente hostis, pelas mesmas razões. A diferença é que o introvertido não-tímido seria mais como aquele tipo que captura intensamente as informações, o seu cérebro responde como ação primária por meio da sobrecarga só que sem desenvolver mais as suas impressões ideacionais ou verbais, enquanto que o tímido continuará neste caminho, verbalizando, pensando mais nessas nuances e como resultado se tornando mais ansioso, mais paranoico. Claramente que a sobrecarga de informações de natureza inter-pessoal é maior em tímidos do que em introvertidos não-tímidos. 

Vamos imaginar que nós temos duas pessoas, dois homens que estão se preparando para viajar de avião. O primeiro está mais tranquilo, senta em seu lugar, prepara o fone de ouvido, está alheio às variáveis que o cerca, ele ainda está nervoso, porque tem medo de avião, mas aguenta firme

O segundo está muito mais nervoso, pensativo sobre todas as variáveis, com medo se o avião vai cair, se tem algum terrorista a bordo, etc. Ele está tão nervoso que não consegue permanecer no seu lugar e abandona o avião. Claramente um sinal de fobia. 

Agora vamos imaginar uma situação corriqueira em que um professor (sempre) força os seus alunos a se apresentarem para a turma para que possam explicar os seus trabalhos. O introvertido não-tímido é muito provável que ficará mais nervoso que o extrovertido mas menos que o tímido. Já o tímido ficará ainda mais retraído/defensivo. Claramente que timidez e introversão estão muito próximas a ponto de podermos denominar a primeira como uma manifestação mais intensa da segunda, que pode ser mais generalizada, neste caso, em conluio com tendências introspectivas mais intensas [e menos organizadas], ou específica, que explicaria o fenômeno do ''tímido não-introvertido'', ou melhor, do ''tímido menos introvertido.. mas ainda introvertido''.


Se a introversão nada mais é ou se principia por meio de uma forte tendência para sobrecarga sensorial e a timidez parece se manifestar exatamente desta maneira só que mais mentalista/inter-pessoal do que generalizadamente sensorial, então parece ser difícil que se possa diferenciar tanto assim uma da outra. 

Nós também temos que analisar o grau de auto-estima, outras variáveis aditivas por exemplo, se vier acompanhada por gagueira, e também os problemas comuns que os mais propensos à timidez costumam ter, por exemplo, na escola com os seus "coleguinhas". 


A timidez pode ser considerada como uma disposição de comportamento/ intensidade [re]ativa, que evidentemente tenderá a ser mediada pelo ambiente, podendo ser intensificada pelo mesmo, dependendo de sua qualidade, se houver perseguição sistemática e sádica ou bullying, por exemplo, mais algum agravante, novamente o exemplo da gagueira, ou reduzida, se ao invés de fatores negativos o ambiente se mostrar o oposto.

O introvertido não-tímido é um tímido com auto-estima e neuroticismo medianos ou dentro da média normal de intensidade 

e

O tímido é o introvertido/ ou ambivertido mais neurótico/ e paranoico [auto-neurótico) e com menor auto-estima, fatores que amplificam a sua introversão.


Junte neuroticismo, baixa auto-estima (auto-neuroticismo) e introversão e teremos o perfil típico do tímido.

Os dois partem da mesma base, a tendencia à sobrecarga sensorial, porque ambos parece que apresentam grande capacidade de filtrar os estímulos externos nomeadamente os de natureza interpessoal.

O tímido tende a ser mais verbal consigo mesmo, mais neuroticamente introspectivo enquanto que o introvertido não- tímido tende a ser mais não-verbal, percebendo via ação primária o grau de densidade de informações de várias naturezas em seu ambiente e dependendo do seu nível, se tornando sobrecarregado, mas sem com isso se tornar paranoico e/ou muito vigilante à opinião alheia sobre si mesmo/ baixa auto-estima.

A metáfora da onda do mar


O introvertido não-tímido sente as ondas baterem ''em suas costas'' com maior intensidade que o extrovertido, enquanto que o tímido não apenas as sente mas também, porque está alguns metros abaixo do nível do mar/ baixa auto-estima, as águas/pensamentos/estímulos acabam invadindo a sua praia/costa adentro. 

O introvertido ao se sentir sobrecarregado, se afasta para recuperar, recarregar as suas energias ou descarregar, melhor dizendo.

Em compensação o impacto no tímido é muito mais forte, quase que mini-traumático, a ponto de fazê-lo involuntariamente se preocupar com a repercussão deste impacto. Não restam dúvidas ao menos pra mim que o que delimita a introversão da timidez é o nível de neuroticismo, de auto estima/potencial paranoico e também de auto-centralidade, se toda paranoia nasce de uma [possivelmente] falsa impressão de ser o centro das atenções.


Existe extrovertido tímido? Ou são todos de ambivertidos??



Apesar de bem descritos esses conceitos podem ser fracamente aplicados tornando-os mais vagos e imprecisos do que imaginamos. É verdade que existem espectros comportamentais de intensidade/quantidade e de qualidade. É verdade que existem (predominantemente) extrovertidos, ambivertidos e introvertidos. É verdade que existe a timidez bem como também o seu oposto, o extremo desembaraço nas interações inter-pessoais (geralmente bem adocicado com grande auto-estima).


Mas também é verdade que pessoas muito diferentes tendem a repelir e a serem repelidas por aqueles que não fazem parte do seu grupo, ou seja, o fator circunstancial também está presente como uma adição ou amplificação para o afloramento de certa tendência.

 Também é verdade que certos perfis ou combinações/composições de personalidade podem nos tornar mais tímidos e que talvez sem elas seríamos menos fechados ou cautelosos em relação aos outros por exemplo, o meu próprio caso, como um gago parcialmente  controlado e homossexual. Se eu não fosse os dois OU se a sociedade em que vivo não fosse tão primitiva talvez eu não tivesse me tornado tão tímido, ainda que esta variação de intensidade ainda continuasse presente em mim como um potencial disponível de reação

A sociedade apresentou-se com mais garras que apertos de mão a mim e eu ainda sou muito neurótico, analítico e idealista, fator aditivo que amplifica as minhas técnicas de defesa. 

Talvez a minha timidez foi mais uma reação protetiva, a construção de uma armadura, a providência paliativa de um casco de tartaruga do que qualquer outra coisa. Talvez todo tímido seja muito intenso,  mesmo em qualidade, em relação à sua teoria da mente, com níveis mais altos de paranoia do que um típico introvertido não-tímido e que ser muito forte em teoria da mente nos faça sentir os espinhos da intimidade mesmo quando não estamos íntimos das outras pessoas, porque estamos designados para conviver/interagir a nível profundo com os outros mesmo que a recíproca não seja verdadeira

Talvez a intolerância para a ambiguidade interpessoal, que eu especulei que encontra-se presente no espectro psicótico/hiper-mentalista, também esteja atuante na timidez, e quando as pessoas são ambíguas, por sermos muito mais diretos e honestos, tendemos a nos tornar mais defensivos exatamente por interpretamos [não tão exageradamente} este tipo de atitude como ''perigo'' ou ''escusa, que é difícil de entender, que não é direta ou clara''. 

Tal como no caso ''ouvido/audição absoluta'', ideal pra música, ou da ''visão absoluta'', ideal para as artes plásticas, também pode/deve existir uma espécie de ''teoria da mente 'absoluta''' só que consequentemente nos faz mais enfatizados/interessados e mesmo ao ponto da obsessão por aquilo que os outros estão pensando.

O introvertido pode ser menos interessado nos outros ou mesmo menos mentalista do que o extrovertido enquanto que o que define o tímido é justamente o seu interesse ''involuntário'' por aquilo que os outros fazem, são, e pensam sobre ele e mais porque geralmente eles estão certos quanto às maledicências ou grosserias que são, comumente, direcionadas a eles.

Mas talvez o extrovertido seja em média mais mentalista que o introvertido, e o oposto para o introvertido, e no entanto ainda assim mais mentalista, só que de uma maneira menos auto-centralizada, se o introvertido tende a ser bem mais analítico do que o extrovertido, de qualquer maneira, então caminhará para ser mais mecanicista ou extrospectivo inter-impessoal quanto de mais mentalista ou introspectivo/extrospectivo-interpessoal.

Como seres que demonstram maior ''fraqueza', as pessoas comuns que tendem a operar de maneira mais subconsciente, ao invés de enfatizar por suas qualidades, que podem ser muitas, tendem a destratá-los, exatamente porque veem a timidez como um sinal de fraqueza, de inferioridade. 

Sempre simulamos a intimidade por estarmos muito abertos ao convívio mais íntimo/honesto mas a realidade social mostra-se de maneira completamente diferente. Com as pessoas com as quais eu confio eu sou muito menos tímido. Será que é assim com todo introvertido e também com todo tímido?? Nos tornamos extro com os nossos poucos confidentes?? E se os nossos confidentes ou tipos fossem a maioria da população??

Eu tenho a impressão que a timidez possa ser entendida mais como uma reação secundária, como uma resposta re-adaptativa, como um produto intensificado da introversão, ou melhor, de graus de introversão, que também pode se manifestar em ambivertidos, porque eu não acredito na existência de ''extrovertidos-tímidos''...

Se a extroversão é o oposto da introversão e se a timidez se consiste em uma intensificação de algumas das características introvertidas mais importantes então é impossível ser ''hipo e hiper-estimulável'', ao mesmo tempo, para o mesmo contexto, até mesmo porque aquilo que geralmente denominamos de ''ambivertidos'' nada mais seria do que uma diversidade de intensidades intermediárias, isto é, entre os extremos deste espectro, a introversão e a extroversão.

 O extrovertido seria mais, interpessoalmente falando, hiper-extrospectivo estimulável e hipo-introspectivo estimulável, o introvertido seria mais hiper-introspectivo estimulável, enquanto que o tímido seria ainda mais hiper-introspectivo estimulável, isto é, mais estimulado por seus pensamentos do que por suas ações.

Interessante pensar que a tendência para auto-centralidade ou narcisista do extrovertido tende a fazê-lo menos conectado com o seu redor, se tende a se tornar mais escravo de suas vontades do que o introspectivo e do tímido. Isso é paradoxal porque apesar de ser mais narcisista ele também tende a ser menos introspectivo. Parece que maior é a introspecção maior será o auto-perfeccionismo e portanto maior será a consciência dos próprios defeitos, ainda que eu já tenha falado que o excesso de introspecção sem níveis minimamente adequados de extrospecção ou auto-interesse/egocentrismo, sem se comparar aos outros de maneira factualmente correta e mesmo holística (por exemplo, concluindo que é um grão de areia perdida na imensidão do universo) tende a fazê-lo mais classicamente narcisista e mesmo hipo-conhecedor de si mesmo.

 O introspectivo justamente por ser alto em introspecção, extrospecção pessoal e impessoal, isto é, por tender a filtrar uma grande densidade de informações e de detalhes tenderá a se tornar mais consciente dos seus defeitos ainda que não necessariamente de maneira precisa, e mesmo mais humilde e conectado com o seu redor, mais consciente de seus pensamentos, que são prelúdios de suas ações. 

A possibilidade que introvertidos e tímidos sejam peças mais escassas na maioria das demografias humanas também pode ser um fator, e até mesmo ao ponto de pensarmos se a reação protetiva, contra o mundo extrovertido, geralmente marcado pela superficialidade nas relações humanas, possa ser entendida como uma sinalização ''orgânica'' de perigo/ de potencial preventivo de não-adaptação 'ideal', em relação àqueles/ extrovertidos que lhes são ''estranhos'', especialmente no caso dos extrovertidos 

A introversão por si mesma já se consiste em um nível protetivo de intensidade de filtro sensorial, enquanto que a timidez se consistiria em uma re-adaptação, em uma intensificação deste mecanismo de proteção, e claro que sem sabedoria, se fará de maneira menos ideal. Tal como ficar um pouco e muito bêbado, a fobia social da timidez já será como uma reação secundária histriônica de proteção ao impacto forte que as interações inter-pessoais terão neste tipo de mente.

Estamos falando de ''risco'' versus ''defesa'' e também o tipo e/ou o nível de operacionalidade de nossas mentes para responder às interações sensoriais/padrões. Percebe-se claramente que a ação primária se consiste no nível de filtragem sensorial/informações de padrões que estão sendo capturados, enquanto que as reações secundárias serão: extroversão, ambiversão/bi-versão*, introversão e/à timidez

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Personalidade adaptativa/paliativa versus personalidade intrínseca

O meu próprio exemplo (e que também é de tantos outros). 

É o nível de reciprocidade ambiental que define parte da personalidade.

Muitas pessoas, porque tem as suas expectativas de conformidade/'adaptação' frustradas, desde cedo em suas vidas, e a longo prazo, tendem (parece que podem) a adotar mecanismos paliativos de auto- conservação


Por exemplo ansiedade social e timidez.

Indivíduos introspectivos em ambientes sociais discrepantes a si mesmos tendem a ser os mais propensos a adotarem este tipo de medida psicológica paliativa.

A proporção de pessoas psicologicamente similares e a possibilidade de proto adaptação dentro deste contexto social que contribui para definir a personalidade extrínseca ou aquela que é compartilhada com outros pares

Por causa da natural hostilidade e impulsividade ou menor consciência do extrovertido que muitos introvertidos e também de pensadores profundos/introspectivos se tornam ariscos ou socialmente arredios. Claro que uma maior sensibilidade a ruídos extrínsecos, em especial quando forem vozes humanas (no meu caso por exemplo) tende a contribuir para uma maior intolerância em relação aos ambientes sociais, no entanto, os fatores acima também parecem ser decisivos para tornar alguém mais arredio ao ''convívio social'' [predominantemente com extrovertidos].

Nos tornamos mais ansiosos em relação às pessoas que exibem prevalente à significativa diferença de impulsos psicológicos e muito mais relaxados com aquelas com as quais exibimos similaridades psicológicas que são costumeiramente expressadas por ''hábitos'' e gostos culturais. 

A personalidade intrínseca se consiste na expressão de nosso verdadeiro eu, se consiste em uma expressão direta de nossa psicologia, aquilo que de fato somos em nossas intimidades pessoais, e muitas pessoas acabarão adotando medidas paliativas ou re-adaptativas, em especial quando o ambiente não lhe for convidativo, desde sempre e a longo prazo. 

Se o mundo, e em especial o ambiente em que estou, tivesse mais "sabedores" eu acho que eu seria, se não mais extrovertido, ao menos, mais socialmente relaxado, e na verdade, porque eu comecei a desprezar, virar as costas para o mundo social, ao menos daqui, onde vivo, que me tornei mais relaxado. A minha personalidade adaptativa/paliativa é consideravelmente introvertida, tímida e portanto socialmente repelente. No entanto, a minha personalidade intrínseca é vívida, ambivertida, de bom humor, orgulhosa, mais ousada, perceptiva e sim, introspectiva. Aquilo que a maioria das pessoas pensam sobre mim, ou, a impressão que deixo sobre mim, quanto à minha timidez, diminui de sobremaneira quando ''passam'' a me conhecer melhor. 


Por razões racionalmente subconscientes, desde a minha infância, que o meu organismo tem repelido convívio mais profundo com a maioria das pessoas e hoje eu consigo entender o porquê, pois esta subconsciência racional, de ir catando os miolos de pão, tal como João e Maria, percebendo padrões recorrentes e incongruências de conduta comportamental, por exemplo, por ter sofrido [de maneira fraca porém constante] alguma perseguição sistemática e sádica nos tempos de escola, emergiu de seu estado pré-reconhecível e tornou-se mais e mais evidente, nítido.

Em um ambiente psicológica e/ou demograficamente favorável, eu não duvido que me tornaria/tornarei muito mais relaxado e acho que esta regra não serve apenas pra mim mas para a grande maioria das pessoas e dos seres vivos. Em ambientes individuais ou simplesmente indivíduos parcial a predominantemente convidativos, de alguma maneira, à minha pessoa, a timidez ou desconfiança e relativa falta de trejeitos para lidar com os outros, é substituída pelo seu oposto. 

Para mim assim como também para muitos outros tipos que se assemelham a mim, os seres humanos funcionam como ambientes recém-descobertos, ainda predominantemente inóspitos, e portanto cautela e desconfiança, são mais do que recomendáveis.

Resultado de imagem para floresta inospita

Fonte: sinopse