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terça-feira, 13 de junho de 2023

Proposta de expansão do espectro da psicose...

 ... para o vício (especialmente o extremo), a mentira patológica, o fanatismo ideológico e o fundamentalismo religioso (mesmo a própria crença religiosa em si), pois todos compartilham um mesmo sintoma: pensamentos delirantes ou falsas crenças, com a ausência relativa a predominante de alucinações (dependendo do caso).


Eu já comentei sobre essa proposta em outros textos, de categorizar comportamentos em um sentido psiquiátrico sem um viés cultural, político ou ideológico (ou seja, diferente do que tem sido feito). Neste, apenas a expandi para outras condições, além das primeiras que havia pensado, em que se percebe esse fator em comum (inequivocamente). 

domingo, 3 de dezembro de 2017

Não sei se já falei sobre isso: autismo (espectro da associabilidade predominantemente involuntária) como um "desligue" natural e variável quanto às subjetividades sociais excessivas


Seriedade/literalidade/ objetividade

Eu já comentei e não tenho dúvidas que não fui o primeiro, nem o último a falar sobre isso, que os amigos são geralmente raros enquanto que colegas e conhecidos abundam entre nós. Mesmo dentro das famílias não é nada incomum termos mais colegas e conhecidos do que amigos. A amizade é o amor, geralmente sem sexo, ainda que também possa acontecer, perfeitamente falando, tendo o segundo. É a relação direta, de grande compreensão e carinho mútuos, isto é, entre dois ou mais indivíduos. E parece ser raro entre os seres humanos assim como também terrivelmente mal compreendida. 


Coleguismo é um nível intermediário consideravelmente mais comum e muito confundido com amizade.

O ser humano médio tem um fraco por subjetividades porque, parece que, adora viver neste breu de objetividades, por ser ou parecer, a priore, mais ameno de se fazê-lo do que em um mundo muito direto. Como resultado adaptou-se/foi sendo selecionado para mentir e para ser enganado quanto à uma grande quantidade de pendengas sociais ou interpessoais. Um dos efeitos colaterais da cooperação: baixando a guarda e por tabela também a sinceridade (invariavelmente falando). É um mundo lotado de artifícios que nada mais  são do que engôdos parciais ou totais, ainda que também existam fatos aí embutidos ou misturados, ou melhor, perdidos. E o autista não nasceu em média programado para jogar este jogo. Outro tipo neurodiverso que não parece ter nascido assim é o tdah, especialmente os tipos mais impulsivamente sinceros. Não estou querendo dizer que autistas em média não saibam mentir ou que também não acabem desejando por eufemismos de tratamento, especificamente direcionados pra si próprios, do que de sinceridades. Acho que os subtipos autistas (especialmente de aspergers) mais sociáveis são aqueles que mais buscarão por amizades só que...

... eles, geralmente, não conseguirão diferenciar amigos, colegas e conhecidos. Daí a ingenuidade...

Colegas podem até ser considerados como meio amigos ou o coleguismo como uma meia amizade, porque ainda terá muitos elementos que caracterizam ou que se expressarão de maneira similar à amizade. O conhecidismo é outro estágio das interações pessoais que dispensa maiores explicações. Pois então, subconscientemente ou nem tanto, a maioria dos neurotípicos consegue lidar com este espectro sabendo diferenciar, que não será sempre de maneira precisa, amigos, colegas e conhecidos. 


Interessante pensar que do outro lado do espectro autismo-psicoses, os psicóticos e arredores, também terão dificuldades para lidar com esta complexidade, e eu já comentei sobre isso ao denominar esta, digamos, falha, de "intolerância à ambiguidades interpessoais". Ou é amigo ou não é. Ou é colega ou não é. 

O autista médio não entende a ambiguidade. O psicótico médio a confunde, tal como ter um mínimo de conhecimento sobre algo e de ter grande motivação para lidar com ele só que não sem entendê-lo. 

Tal como esta metáfora: O autista, em média, não sabe cantar e/ou não sente motivação para cantar, mas precisa viver em uma sociedade onde todos cantam. O psicótico tem grande motivação para cantar, mas não sabe fazê-lo de modo minimamente apropriado [ao contexto neurotípico ou normativo].

Você me conhece ou me entende?


Os autistas e os psicóticos, em média, talvez sim talvez não, desejam estabelecer relações diretas/francas, só que como não compreendem essas diferenças entre amizade, coleguismo e conhecidismo, passam a exibir grandes dificuldades para lidar com o outro  [e neurotípico], se decepcionando e/ou também podendo atuar como os responsáveis pelo mal estar. 

No mais é isso. O mundo social é subjetivo, conveniente, excessivamente complexo, muitas vezes falso. Autistas, psicóticos e arredores tendem a ser o oposto por meios ou razões distintas. Como eu já falei, com certeza que tem um bocado de verdade, não apenas na assimetria e mal adaptação dessas desordens em relação ao meio social, mas também porque revela algumas das principais falhas dos meios de socialização humana, que por si mesma poderia ser entendida como uma desordem coletiva invariavelmente necessária para o estabelecimento de uma vida social robusta ou apenas dentro das normas. Como perfeccionistas histriônicos (ou talvez nem tanto), os dois tipos sofrem efeitos psicossomáticos causados por essa frustração diária no lido com os outros, com a maioria. O autista, em média, valoriza, de maneira instintivamente pura, pela verdade (mesmo que na maioria das vezes não a alcance, ao menos em seu início = espinha dorsal da macro realidade) enquanto que o psicótico o faz em relação à confiança [confiar no outro], e como ambas as imprescindibilidades filosóficas encontrar-se-ão ingratamente ralas ou caoticamente espalhadas pelo tecido social, então as suas tolerâncias excepcionalmente baixas para ambiguidades desta natureza interpessoal, inevitavelmente os farão reagir de modo excessivo (ou nem tanto) aos valores que prezam e que são na maioria das vezes fachadas ou arremedos.


terça-feira, 21 de novembro de 2017

O criativo tende a ser mais intelectualmente autotrófico

Assim como também tende a ser o [mais] psicótico*

Autotrofia intelectual = criação da própria originalidade* 

Que, sem uma bússola lógica acabará caindo no espectro psicótico, e com a presença da mesma, e poderá se tornar criativo, no sentido literal da coisa, isto é, no criador [e não apenas enquanto um hiper-perceptivo, como quase todo criativo é, pontual ou generalizadamente falando]. OU também, o mais criativo seria também mais heterotrófico, enquanto que o menos criativo// isto é, a maioria das pessoas, seria predominantemente heterotrófico, e o psicótico consideravelmente autotrófico.


domingo, 29 de outubro de 2017

Hiper-introspectivos/psicóticos, surrealistas /culturalistas, realistas/naturalistas, sábios, hiper-realistas

...hiper-extrospectivos (categoria possivelmente inexistente no mundo real).


Hiper-realistas = essencialmente humanos, fruto direto de uma maior autoconsciência.


Realistas = mais alinhados à seleção natural, por isso que tendem a refletir com maior coesão à realidade natural.

Surrealistas = psicóticos parciais, tal como um esquizotípico [pseudo-esquizotípico] só que com as suas crendices individuais predominante a parcialmente apofênicas, ou factualmente incompletas, popularizadas ou transformadas em um culto/cultura. 



Conservadores: realistas + surrealistas
Neo-esquerdistas/socialmente liberais: hiper-realistas + surrealistas


Conscientemente realista, subconscientemente surrealista. 

Sábios: hiper realistas + realistas + parcialmente culturalistas/surrealistas.


Predominantemente consciente, o domínio da consciência sobre a subconsciência.

Neo-esquerdistas: surrealistas + hiper realistas (consciente)

Porém: subconscientemente realistas (hipocrisia típica de esquerdista). 

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Criativo contínuo: espectro e com intersecções entre a TDAH, as psicoses e o autismo [um ''pouquinho' de cada*]

Eu sou um quase-TDAH...

Eu estou a alguns poucos quilômetros de distância do espectro menos alargado da TDAH. Mais um pouco fervendo no útero de mamãe e teria nascido bem mais desatento e [mentalmente/e talvez fisicamente] hiperativo. Assim como a um típico TDAH, a minha imaginação é fértil e os meus impulsos instintivos fortes, predominantes, principalmente na parte cognitiva. Sou apenas motivação intrínseca nesse lado, de modo que, ''estudar'' algo do qual não gosto visando por exemplo uma prova de concurso público, se consiste em uma espécie de odisseia pra mim, quase que como tentar levantar uma pedra muito grande [como eu já comentei].

E eu também estou pertinho do espectro maior das psicoses...

Isso, portanto, significa que eu ainda não sou um ''esquizo-forme'': esquizo-típico, esquizo-afetivo ou esquizo-sei-lá-o-que-mais...

Sou mais paranoico que a média, mas creio eu que tenho uma maior proporção de razões racionais para sê-lo, e no fim, paranoias super-bizarras, eu, definitivamente, nunca tive. Por perceber mais padrões, por ser mais sensível a eles, também acredito que isso se consista em mais uma manifestação branda de minha condição como vizinho próximo da rua esquizo-mórfica. Sem falar de minha leve porém companheira ciclotímia. 

Portanto se tivesse de capengar em mais um novo delírio pseudo-aproximativo estatístico eu me compararia com o cidadão comum pagador-de-impostos desta maneira

[Pertinho ou já dentro do espectro maior do autismo*

Especialmente em relação aos interesses 'obsessivos'' e pensamento mais literal*]

De 0 a 1

0 a 0,3 baixo [definitivamente não tenho/não sou]
0,4 médio baixo
0,5 médio [maior amplitude, ser ou não ser, eis a situação]
0,6 médio alto
0,7 a 0,8 [definitivamente eu sou/tenho]

TDAH [sintomas e ''sintomas''] = 0,6 [eu]

TDAH típico = 1,0

cidadão comum = 0,3

Esquizofrenia/ espectro psicótico = 0,5 [eu]

Esquizofrênico típico = 1,0
Esquizo-típico/afetivo = 0,7

cidadão comum [brasileiro médio] = 0,3


Transtorno ou personalidade bipolar = 0,5 [eu]

Bipolar típico = 1,0
Ciclotímico = 0,7

cidadão comum = 0,2/0,3

Autismo/espectro largo do autismo= 0,5 [eu]

Autista típico= 1,0
Asperger= 0,8/0,9
Autista de alto funcionamento= 0,9

cidadão comum = 0,2


sexta-feira, 28 de julho de 2017

Profundidade ideacional: psicose ou criatividade?? Profundidade em relação a assuntos impessoais/cognitivos (espectro do autismo?), intermediários/intelectuais a pessoais/psicológicos (espectro das psicoses?)

Se aprofundar muito [que eu já comentei várias vezes inclusive em forma de poesia] 

Eu já comentei que os meus interesses específicos superaram a barreira podemos dizer assim da obsessão e se tornaram parte de mim, em algo natural.


No entanto poderia ser outra coisa. Aliás em outras épocas é provável que tenha sido, ao menos em uma carga maior, por exemplo em relação ao meu "ex' auto-neuroticismo. 

Poderíamos dizer que a maioria das pessoas são mais rasas [e necessariamente não há nada de tão errado, a priore, porque é até vantajoso, de alguma maneira, pra elas de serem assim]  enquanto que quanto mais profundo se é, maior será a vulnerabilidade para as desordens mentais, especialmente no caso das psicoses. 


Da mesma maneira que eu transformei a psicologia em algo natural, em parte de mim, e a partir de então passei a "estuda-la", de te-la sempre em mente todos os dias, e como eu já comentei num texto recente, em importante fração do meu tempo, eu poderia ter "incorporado" outros assuntos e diga-se menos "amenos" ou comuns como a psicologia. E acredito eu que os mais vulneráveis e em condições psicóticas de fato tendem a "incorporar" assuntos menos saudáveis e essa naturalização ao invés de torna-los criativos os faz progressivamente atomizados da macro realidade. 

A diferença entre pensar todos os dias em psicologia, de se fazê-lo em relação àquilo que os outros estão pensando sobre você ou sobre supostos "eventos paranormais" em seu quarto. Parece que, quanto mais pessoal ou autobiográfica é a sua obsessão, maior será o risco de desenvolver algum tipo parcial a predominante de psicose.

Autismo x esquizofrenia

Interesses específicos apenas entre os autistas??

Psicóticos também tenderiam a apresentar interesses específicos mas de natureza psicológica ou ''autobiográfica'', daí as psicoses ou de suas causas** 



quarta-feira, 17 de maio de 2017

Psicose tradicional (em relação à concretude), psicose abstrata (em relação à verdade subjetiva) ou "psicose inteligente")

O esquizofrênico/psicótico [assim como também os tipos menos intensos como os esquizotípicos] tem alucinações tanto em relação à verdade objetiva ou concretude quanto em relação à verdade subjetiva ou abstrata. Em compensação também é possível ser ou se tornar mais psicótico"apenas" em relação à verdade subjetiva ou abstrata. Isto é, pode-se ter uma capacidade perceptiva primária dentro da normalidade, em relação à verdade imediata ou concreta, mas não em relação à [potencial] verdade que se produz mais além do imediato e concreto/físico. É justamente aí nesta falha comum da espécie humana que toda sorte de sistemas de crenças factualmente diversos em qualidade (ou falta dela) tem sido construídos. Acho que já falei sobre isso mas não a partir desta [micro, nano...] perspectiva. Eu disse que o ser humano exibe uma capacidade perceptiva/sensorial balanceada em relação à verdade objetiva ou concretude [em contraste aos outros seres vivos], enquanto que em relação à verdade subjetiva ou abstrata ele se torna perceptivamente assimétrico, resultando em uma multitude de psicoses parciais abstratas, isto é, distorções da macro-realidade, expandida além da concretude/verdade objetiva. O ser humano pode reconhecer os padrões imediatos ou concretos de uma floresta, mas pode se confundir para compreender além daquilo que os seus sentidos captam e que a sua percepção interpreta de imediato, em relação a este cenário, isto é, pode produzir pensamentos conclusivos de causa e efeito contraditórios a equivocados, por exemplo, em relação à dinâmica da cadeia alimentar presente neste lugar hipotético. E esta situação se torna mais grave quando ele precisa interpretar a realidade social de sua própria espécie, mas especialmente, a ''realidade ou verdade existencial'', isto é, sobre si mesmo ou tudo aquilo que está mais vinculado a si mesmo. Para escapar de todas essas incertezas existenciais, que se relacionam umbilicalmente com as suas próprias existências ou vidas, um número invulgarmente alto de seres humanos optará pela certeza das crenças do que pela incerteza dos fatos desta natureza [existencial]. Isso também se relaciona com o deslocamento de uma perspectiva eu-cêntrica para uma perspectiva mais impessoal, em que deixamos de ser o centro até mesmo de nossas próprias atenções, para nos tornarmos ''insignificantes'' aos olhos da grandiosidade cósmica.  

Portanto quando começamos a elaborar e a priorizar os tipos de pensamentos, ideias e ''ânsias ou expectativas'' que hegemonizarão as nossas mentes [que está sob a influência dos genes/instinto], nos tornaremos mais vulneráveis para internalizar sistemas proto-psicóticos de crenças que alimentarão nossos ''egoísmos perceptivos [irracionais]''. Parece que temos dois tipos de pessoas que acabam priorizando ou enfatizando por ''pendengas existenciais'': os medrosos ou escapistas e os valentes ou realistas. Os primeiros exibem uma motivação intrínseca para pensar com maior frequência e importância sobre essas questões existencialistas, só que, por alguma razão, provavelmente de natureza instintiva/genética [tipo, nível de inteligência, especialmente a de natureza analítica; tipo ou nível de personalidade, etc],  acabarão buscando pelo escapismo das crenças humanas, tendendo a abraçar aquela que melhor se comunicar, sob vários níveis [psicológico, fisiológico ou étnico...], com eles. Os segundos também exibem a mesma motivação intrínseca mas reagem de maneira diametralmente oposta, em que, ao invés de fugirem do desafio que escolheram, o aceitam de maneira substancialmente significativa. Os escapistas assim como os realistas não ''escolheram'' priorizar por questões existenciais, mas precisam reagir a este constante assalto, e na totalidade das vezes [a partir do momento em que estamos delineando o conceito de maneira explícita: o escapista] o farão com base na fuga desta interação OU com meios para se enganarem, isto é, tal como se estivessem sempre olhando para morte no espelho [principal de casa] mas acreditando ou passando a acreditar que depois dela haverá vida novamente ou qualquer outro tipo de metafísica infinita. E uma conclusão óbvia deste assunto é que a maioria dos seres humanos serão muito mais escapistas [ideologia, cultura, religião] do que realistas.

Mesmo a maioria dos ateus, ao menos hoje em dia, tem escapado de um abraço sincero e completo à realidade, e trocado a religião pela ideologia, tal como eu tenho comentado desde quando eu tinha o velho blogue.





segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Criatividade mentalista é um estado de pré-autoconsciência absoluta e obsessiva

Novamente o exemplo do experimento soviético 

A vigília ideacional obsessiva tende a ser frutífera para a criatividade. No entanto níveis muito altos de vigília ou alerta podem causar insônia a estados mentais psicóticos. 

Portanto pode-se dizer que os níveis pré-psicóticos mais altos de vigília/ideação são os mais frutíferos para a ruminação divergente potencialmente criativa. E os mesmos também podem ser entendidos como estados pré autoconscientes absolutos, muito próximos dos estados autoconscientes absolutos que foram demonstrados no "experimento" soviético, em que que algumas almas desafortunadas foram usadas como cobaias para se ''saber'' por quanto tempo que o ser humano é capaz de ficar acordado, diretamente, sem dormir.


Os estados mais elevados da criatividade se assemelham/aproximam destes estados, por isso que eu os defini como pré-psicóticos.

Talvez todo estado hiper-autoconsciente seja ou termine por resultar em obsessão, visto que a ruminação ideacional se tornará uma realidade absolutamente constante.

A ruminação ideacional obsessiva dos mais criativos tende a se aproximar deste estado final e totalmente mórbido ou não-adaptado que o ser humano pode ser capaz de chegar.

Os mais criativos talvez possam exibir diariamente ou por semana uma atividade ruminativa ideacional muito mais intensa, constante e flutuante do que em relação aos neurotípicos ou aos neuroatípicos hipo-ideativos.

Os mais criativos seriam então de hiper-ideativos.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Imaginação e tendências psicóticas



A minha imaginação é fértil mas não é de alta resolução, porque eu não consigo visualizar um cenário inteiro, por exemplo. Melhor pra mim** 

Pois se ela fosse muito boa o meu cérebro poderia entrar em parafuso e acreditar que as fantasias que crio na minha cabeça fossem parte da realidade exterior que percebe. Seria um prelúdio à psicose, com certeza. 

Eu não consigo visualizar um cenário inteiro, apenas ou especialmente as personagens principais, e meio borradas, ou que se formatam em cores meio opacas. O movimento ou comportamento dessas criações imaginárias é outro problema. Percebi algumas vezes  que eu consigo criá-los, mas apenas quando a mente encontra-se mais calma ou menos obsessiva com esta tarefa ou quando o faço de olhos fechados. Peçam-me para imaginar e compilar raças de cachorros e eu o farei só que sem ser em alta resolução e de modo potencialmente aleatório. No entanto eu sou bem fantasioso e muitas vezes o meu ímpeto para visitar o meu mundo paralelo tende a ser instintivo, tamanha a sede pelo conforto de me sentir como a um Deus, controlando, regulando, compondo ou destruindo este meu e somente meu mundo cavernoso. Este mundo paralelo encontra-se relacionado com os meus ''interesses obsessivos'' ou ''predominantes'' e em parte servem para atenuar o meu narcisismo.

O tempo de duração de minha imaginação também é pequeno e aparece em flashes em especial quando é feito de olhos abertos. Será que é igual pra todo mundo ou será que algumas pessoas conseguem imaginar por mais tempo, com maior resolução e com mais movimentos continuados entre ''uma cena e outra''**

Esta incapacidade de visualizar em tempo contínuo, em boa resolução pode explicar em partes o porquê de não ser um exímio desenhista. 


As cores da minha imaginação não são totalmente desbotadas, mas também não são muito realistas. E isso pode ser bom porque me faz seguro aqui neste mundo, já bem complicado, e evita que naufrague em uma outra loucura, em uma realidade inexistente que o meu cérebro cria, com personagens, cenários, histórias. Acho que as cores de fora influenciam na composição das cores de dentro de minha imaginação. Eu me pergunto se uma imaginação muito desenvolvida, e não apenas constante, possa ter efeitos deletérios para os seres humanos que nasceram assim... nomeadamente tendências psicóticas.

Eu já consegui imaginar uma cena ''inteira'', isto é, a composição completa de um movimento, mais especificamente em relação à execução de uma rotina de barras assimétricas na ginástica artística. Percebo que quando me esforço em demasia não consigo produzir grandes ''clipes''. É com base numa fluidez espiritual, isto é, calmo e agitado ao mesmo tempo que me faz construir cenas mais interessantes e criativas. 

Com os olhos fechados, obviamente que consigo prover uma melhor resolução, mas ainda sem o realismo que alguns podem prover de modo mais desenvolvido.

Portanto, apesar de hiperatividade, a minha imaginação não é como um televisor moderno, de alta resolução, realista, e talvez esta intuitiva/fácil diferenciação entre o imaginado e o genuinamente percebido (visto) contribui de certa maneira para não apresentar tendências psicóticas mais arraigadas.


O medo e o interesse/atração pelo desconhecido + psicose


Eu tenho certo interesse por ''atividades paranormais'' e que também resulta em uma certa fobia em especial sobre ''fantasmas''. Não existem provas contundentes sobre esses fenômenos mas o meu cérebro parece se sentir atraído por este tema. Quase sempre depois que vejo algum vídeo sobre o assunto eu me torno mais arredio, mais sobrecarregado, preocupado com o meu redor, se pode aparecer algum sinal, por exemplo um vulto. Então o meu lado mais racional ou ao menos mais tranquilizador, me convence que ''não existe tal coisa'' e com isso eu consigo dormir tranquilamente. Mas por mais que ''eu saiba'' que praticamente não existem evidências sobre a existência de ''fantasmas ou espíritos'', o meu cérebro, que é agnóstico de carteirinha, prefere deixar este assunto em aberto e com isso produz em mim um sentimento de incerteza, ''existe ou não existe*''. A incerteza é um convite à imaginação/especulação visual-ideacional recreativa. Em relação àquilo que o meu cérebro tem certeza eu não tenho qualquer preocupação, por exemplo, ao ver um vídeo sobre Jesus Cristo e logo depois ficar com medo de dar de cara com ELE no corredor de casa.