Minha lista de blogs

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Sobre o conceito mais universal de inteligência.../About the most universal concept of intelligence...

 ... compartilhado por todas as formas de vida*


Capacidade de adaptação e que, em termos mais objetivos, significa capacidade de sobrevivência, em especial pela busca por fontes de energia/alimento e pela detecção de riscos e perigos, sendo que, a segunda capacidade seria ainda mais universal, por se manifestar de maneira mais conceitualmente homogênea (meios e objetivo) entre as espécies, porque a primeira capacidade, ainda que igualmente fundamental, pode se manifestar de maneira diversa, inclusive com o mínimo de esforço cognitivo ou perceptivo, tal como no caso das espécies autotróficas, que não encontram sua fonte de energia pela predação (estratégica) de outras formas de vida.

* E que eu já comentei nesse outro texto: "Evolução, inteligência e justiça social"


Então, e sobre QI??

São as pessoas que pontuam mais alto nos testes cognitivos, em média, mais inteligentes para encontrar fontes de energia/alimento e na detecção de riscos, perigos...?? 

Em relação à primeira capacidade, sim, por haver uma correlação positiva entre alto QI e maior renda, mas, com um grande porém, se as sociedades modernas têm sido, em partes, desenhadas para acomodar essa parcela da população, facilitando sua adaptação, aliás, uma invenção justamente dos mais inteligentes... Já em relação à segunda capacidade, de detecção de riscos, essa relação se torna mais complexa e até surpreendentemente destoante da dedução mais lógica, pois se usarmos pontuações em testes cognitivos como parâmetro comparativo e as confrontarmos com comportamentos e crenças de pessoas de diferentes faixas de inteligência, ainda mais nessa primeira metade da terceira década de século XXI, chegaremos ao resultado de que, pontuar alto se correlaciona positivamente com ideias e pensamentos que refletem mais sobre ingenuidade e fidelidade ideológica do que sobre uma real compreensão específica aos tópicos relacionados, que pode contribuir para uma tomada de julgamento mais adequado, no sentido de mais racional ou alinhado aos fatos. Por exemplo, se pegarmos discussões sobre políticas de imigração e multiculturalismo, particularmente indivíduos de raça branca e ideologia à esquerda, abundantes entre aqueles que pontuam alto em testes de QI, estarão mais propensos a ter opiniões excessivamente positivas sobre os mesmos, de que, portanto, os países onde vivem, mas também outros países, especialmente se forem similares, devem ser mais receptivos a imigrantes e refugiados do que cautelosos ou céticos, enquanto que, é justamente uma opinião contrária a essa maior receptividade (discursiva) que é a mais ponderada, se se baseia nos prós e contra que têm acumulado sobre tais políticas e desequilibrando para os contra, como o aumento da criminalidade e de conflitos culturais, além do predomínio de argumentos fracos usados para apoiá-las, tal como de que os imigrantes são importantes para combater o envelhecimento demográfico e seus efeitos na economia ou que países com histórico de colonialismo devem ser generosos na recepção de imigrantes como maneira de compensar suas atitudes do passado, como se fossem medidas plenamente sensatas e certas que resolverão seus respectivos problemas, se quanto à primeira, o mais adequado seria de, primeiro, incentivar a natalidade da população nativa, com políticas social e economicamente pró-natalistas (mas também preferencialmente pró- ambientalistas, que busquem por um equilíbrio e não uma nova explosão demográfica) e, quanto à segunda, a melhor maneira de compensar seria ajudando os países outrora colônias a se desenvolverem, se não adianta receber os seus efetivos em grande número, já que isso não irá acabar com as mazelas dos seus países, além do potencial (que tem sido comprovado) de causar mais problemas nos países que os recebem. Um outro exemplo em que o básico bom senso traduzido a um contexto de segurança pública e pessoal e que uma parte nada modesta da população de maior QI, guiada por doutrinação e conformidade ideológica, tem se posicionado contrariamente é sobre a lógica da aplicação de políticas mais severas no combate à criminalidade, preferindo por políticas mais brandas que são comprovadamente menos efetivas, até por contribuírem para aumentar a insegurança e o crime ao invés de combatê-los. Pois pode até ser o caso de que muitas dessas pessoas, por não conviverem diariamente com o grosso da "bandidagem", confortáveis em seus bairros de classe média e alta, tenham opiniões, diga-se, ignorantes sobre isso, porém adaptativo aos seus ciclos sociais, tal como nos da educação superior, saturados de conformismo ao politicamente correto vigente, dito "de esquerda"; o que não as redime totalmente, se continua a se tratar de uma grande falha na detecção de perigos, riscos, problemas, de curto, médio a longo prazo... mesmo se não as atingem diretamente, ainda que praticamente todo aquele que vive em uma cidade de porte médio ou grande em boa parte do mundo ocidental, pelo menos, se sente inseguro em alguns ou muitos contextos em seu cotidiano, demonstrando que, mesmo vivendo em bairros distantes dos periféricos ou mais pobres não os torna completamente imunes à insegurança pública.

Seria esse o maior teste dos testes de QI??


..shared by all life forms*

Capacity to adapt and which, in more objective terms, means survival capacity, especially through the search for energy/food sources and the detection of risks and dangers, and the second capacity would be even more universal, as it manifests itself in a more conceptually homogeneous (means and objective) between species, because the first capacity, although equally fundamental, can manifest itself in different ways, even with minimal cognitive or perceptual effort, such as in the case of autotrophic species, which do not find its source of energy through (strategic) predation of other life forms.

* And which I have already commented on in this other text: "Evolution, intelligence and social justice"


So, what about IQ??

Are people who score higher on cognitive tests, on average, more intelligent in finding energy/food sources and in detecting risks, dangers...??

In relation to the first capacity, yes, because there is a positive correlation between high IQ and higher income, but, with a big caveat, if modern societies have been, in part, designed to accommodate this portion of the population, facilitating their adaptation, in fact , an invention of precisely the most intelligent... In relation to the second capacity, risk detection, this relation becomes more complex and even surprisingly different from the more logical deduction, because if we use scores in cognitive tests as a comparative parameter and confront them with behaviors and beliefs of people of different intelligence ranges, even more so in this first half of the third decade of the 21st century, we will arrive at the result that scoring high correlates positively with ideas and thoughts that reflect more on naivety and ideological loyalty than on a real specific understanding of related topics, which can contribute to making a more appropriate judgment, in the sense of being more rational or aligned with the facts. For example, if we take discussions about immigration policies and multiculturalism, particularly individuals of white race and leftist ideology, abundant among those who score high on IQ tests, will be more likely to have overly positive opinions about them, which therefore , the countries where they live, but also other countries, especially if they are similar, should be more receptive to immigrants and refugees than cautious or skeptical, while it is precisely an opinion contrary to this greater (discursive) receptivity that is the most considered , if it is based on the pros and cons that have accumulated about such policies and imbalanced towards the cons, such as the increase in crime and cultural conflicts, in addition to the predominance of weak arguments used to support them, such as that immigrants are important to combat demographic aging and its effects on the economy or that countries with a history of colonialism should be generous in welcoming immigrants as a way of compensating for their past attitudes, as if they were completely sensible and certain measures that will solve their respective problems, if in terms of first, the most appropriate would be to, first, encourage the birth rate of the native population, with socially and economically pro-natalist policies (but also preferably pro-environmentalist, which seek a balance and not a new demographic explosion) and, as for the second , the best way to compensate would be to help the countries that were formerly colonies to develop, otherwise there is no point in receiving their troops in large numbers, as this will not end the problems of their countries, in addition to the potential (which has been proven) to cause more problems in the countries that receive them. Another example in which basic common sense translated into a context of public and personal security and in which a far from modest part of the population with higher IQ, guided by indoctrination and ideological conformity, has taken a contrary position is regarding the logic of applying more stringent policies. severe measures to combat crime, preferring softer policies that are proven to be less effective, even as they contribute to increasing insecurity and crime instead of combating them. Because it may even be the case that many of these people, because they do not live daily with the bulk of the "banditry", comfortable in their middle and upper class neighborhoods, have opinions that are, let's say, ignorant about this, but adaptable to their social cycles, such as higher education, saturated with conformity to the current political correctness, so-called "left-wing"; which does not completely redeem them, if it continues to be a major failure in detecting dangers, risks, problems, in the short, medium to long term... even if they do not affect them directly, even though practically everyone who lives in a medium or large city in much of the Western world,at least, feel insecure in some or many contexts in their daily lives, demonstrating that even living in neighborhoods far from peripheral or poorer neighborhoods does not make them completely immune to public insecurity.

Could this be the biggest test of IQ tests?

Sobre a confusão entre liberdade e ilimitadismo/About the confusion between freedom and unlimitedism

 É o mesmo que confundir um conceito e sua expressão básica com uma de suas expressões mais extremas. Tal como confundir alegria com algazarra ou tristeza com depressão.


It is the same as confusing a concept and its basic expression with one of its more extreme expressions. Such as confusing joy with noise or sadness with depression.

Frequentemente, a polarização não é entre conservadorismo e progressismo, mas.../Often, the polarization is not between conservatism and progressivism, but...

 .... entre "limitadismo" e "ilimitadismo"


Entre duas ideologias antagônicas, uma que quer limitar tudo e outra que não quer limitar nada. Uma que é sobre menos liberdade e outra que é sobre mais liberdade, ambas dependentes de contexto.


.... between "limitedism" and "unlimitedism"


Between two antagonistic ideologies, one that wants to limit everything and the other that doesn't want to limit anything. One that is about less freedom and another that is about more freedom, both context dependent.

O Brasil sempre foi o país da burrice e da falta de personalidade, da esquerda à direita/Brazil has always been the country of stupidity and lack of personality, from left to right

 Praticamente tudo o que se faz lá fora, especialmente de insensato, o Brasil adora copiar. É inacreditável!! E essa dificuldade de pensar por contra própria e com racionalidade está democraticamente distribuída por todo o espectro político-ideológico nesse país. Porque, de um lado, temos a "esquerda" tupiniquim traduzindo de maneira literal as chucrices das esquerdas gringas, principalmente a estadunidense, e impondo-as sempre que podem, sem direito a um mínimo de reflexão bem direcionada e objetiva, sem que seja mais uma divagação estilosa (sua especialidade)... E do outro lado, também não há nada de novo no front, porque o mesmo acontece, a(s) "direita(s)" brasileira(s) apenas copiando e repetindo posicionamentos, pensamentos, ideias e crenças vindos de fora, alimentando essa polarização que desune e enfraquece ao invés de unir o povo. São tradutoras impecáveis, mas carentes de personalidade e de real inteligência. Nós que sofremos...



Practically everything that is done abroad, especially foolish things, Brazil loves to copy. It's unbelievable!! And this difficulty in thinking independently and rationally is democratically distributed across the entire political-ideological spectrum in this country. Because, on the one hand, we have the national "left" literally translating the nonsense of the foreign Lefts, mainly the American one, and imposing them whenever they can, without the right to a minimum of well-directed and objective reflection, without it being more a stylish digression (his specialty)... And on the other side, there is nothing new on the front either, because the same thing happens, the Brazilian "right wing(s)" just copying and repeating positions, thoughts , ideas and beliefs coming from outside, fueling this polarization that disunites and weakens instead of uniting the people. They are impeccable translators, but they lack personality and real intelligence. We who suffer...

terça-feira, 14 de maio de 2024

Quanto vale um jornalista, atualmente??/How much is a journalist worth these days?

 Ou talvez desde sempre...


Com um exemplo que se tornou a regra em muitos países ocidentais:

'Homem negro comete crime hediondo"

Filtro jornalístico atualmente, mancomunado com o "politicamente correto da 'esquerda' burguesa":

"SUJEITO/JOVEM/INDIVÍDUO... comete crime hediondo"

Homem branco comete crime hediondo 

Filtro "jornalístico" atual:

"Homem BRANCO comete crime hediondo" 

Com que intuito manipular informações desta maneira?? 

Parece que já está subentendido. Ênfase na narrativa de demonização de brancos e santificação de negros... 



How much is a journalist worth these days?

Or maybe sincever...

With an example that has become the rule in many Western countries:

'Black man commits heinous crime'

Current journalistic filter, submitted with the "political correctness of the bourgeois 'left'":

"SUBJECT/YOUNG/INDIVIDUAL... commits heinous crime"

White man commits heinous crime

Current "journalistic" filter:

"WHITE man commits heinous crime"

What is the purpose of manipulating information in this way?

It seems like it's already understood. Emphasis on the narrative of demonization of white people and sanctification of black people...

Diferença exemplificada entre tristeza, melancolia e depressão /Difference exemplified between sadness, melancholy and depression

 "Luisinho ficou TRISTE com a nota vermelha na prova"


Estado emotivo básico, temporário, superficial e comum, que pode se relacionar com qualquer tipo de situação.

"Luís teve um momento de MELANCOLIA naquele domingo, refletindo sobre a sua vida, o que deixou saudades e o que virá"

Estado emotivo mais denso ou profundo, geralmente específico (relacionado com questões mais gerais ou existenciais) e que também pode se manifestar de maneira mais constante, como um traço de personalidade (e que está relacionado a um risco maior de ter depressão). 

"Prostrado na cama de tanta tristeza, Luís foi diagnosticado com DEPRESSÃO pelo psiquiatra, na semana passada"

Condição psiquiátrica ou de saúde, transtorno mental, sintomático, mais constante ou inflexível, que exige tratamento adequado e urgente...

Em suma e, respectivamente: estado comum de tristeza; estado profundo, mas não-patológico (mais reflexivo) de tristeza e, por fim, um estado patológico. 

Claro que é uma proposta de interpretação, se tratando de termos abstratos, especialmente no caso da melancolia...


"Luisinho was SAD about the lower score on the test"

Basic, temporary, superficial and common emotional state, which can relate to any type of situation.

"Luís had a moment of MELANCHOLY that Sunday, reflecting on his life, what he missed and what will come"

A denser or deeper emotional state, generally specific (related to more general or existential issues) and which can also manifest itself in a more constant way, as a personality trait (and which is related to a greater risk of having depression).

"Prostrate in bed with so much sadness, Luís was diagnosed with DEPRESSION by the psychiatrist last week"

Psychiatric or health condition, mental disorder, symptomatic, more constant or inflexible, which requires adequate and urgent treatment...

In short and, respectively: common state of sadness; deep but non-pathological (more reflective) state of sadness and, ultimately, a pathological state.

Of course, it is a proposal for interpretation, when it comes to abstract terms, especially in the case of melancholy...

O perfil mais ingrato/The most ungrateful profile

 Quem olha pra mim, até pode dizer que eu sou tímido, mais fechado, mas também pode dizer que eu sou educado e até calmo e simpático, dependendo da pessoa e do contexto de interação comigo. Também pode dizer que eu sou inteligente, no sentido de mais inteligente, de mais capaz. E, apesar de gostar de um elogio, ainda mais quando não é exagerado ou falso, esse último pode ou, costuma servir como um argumento em potencial para me criticarem por, até hoje, em que escrevo esse texto, do alto dos meus 35 anos e à beira de completar mais um ciclo, não ter conseguido um emprego. Porque as aparências mostram o que não é visível e essencial sobre a minha inteligência, em que, se estou acima da média, não é sobre as capacidades mais requisitadas para uma larga fração de empregos que inclui capacidades de interação social típica e de memorização ou aprendizado superficial e convergente. Esse, talvez, seja um dos principais motivos para que neurodivergentes, como eu, não tenham ou consigam ser empregados, porque além das nossas capacidades mais fortes não serem as mais requisitadas na maioria das profissões, ainda tendemos a apresentar perfis cognitivos muito assimétricos, cuja distância entre forças e fraquezas é grande o suficiente para limitar de maneira significativa o nosso rol de possibilidades profissionais. E, para piorar, no meu caso e que, talvez, também seja o de outras pessoas, como mostrado no início do texto, a ausência de uma deficiência cognitiva evidente, mas que se manifesta de modo mais específico e relativo, torna um diagnóstico oficial bem mais difícil, preferencialmente para autismo de suporte 1, antiga síndrome de Asperger (ou TDAH, mas com características autistas??), afinal, como que uma pessoa que aparenta ser, não apenas normal, mas, também, acima da média, tão articulada e supostamente capaz de aprender qualquer coisa ou se adaptar a qualquer ambiente de trabalho, não consegue passar com folga para a universidade pública, em um concurso ou estar empregada?? No meu caso, porque o meu perfil psico-cognitivo parece perfeitamente compatível só com algumas poucas profissões, como eu tenho mostrado em meus textos e versos: para a escrita, para funções repetitivas e simples e/ou para o trabalho acadêmico*, diga-se, o de fato, que não é só para tirar diploma, mestrado, doutorado... Pois quanto ao primeiro é muito difícil que um escritor consiga ganhar a vida só escrevendo e publicando livros (ingrata profissão de artista em que apenas uma minoria consegue se sustentar apenas trabalhando nessa área). Já, quanto ao segundo, novamente, a educação superior parece estar organizada para funcionar como uma fábrica de diplomas e de status social, ainda mais nas ciências humanas, totalmente dragadas por pseudociências "do bem" (que eu comentei mais a fundo nesse texto: Sobre as "pseudociências do bem", "de esquerda" e o mais grave). Sem falar que, como eu já comentei em outros textos, seus processos seletivos e avaliativos tacitamente discriminam de maneira excludente indivíduos com perfis cognitivos assimétricos, ao se basearem em provas generalistas, isto é, dificultando nossa entrada na universidade. 


* Eu ainda poderia trabalhar como professor, mas as minhas idiossincrasias psicológicas, mais um ambiente muito tóxico (com jornada de trabalho exaustiva, competição e picuinhas entre colegas da profissão, classes superlotadas e estudantes, em sua maioria, muito mal educados) tornam essa opção pouco viável para mim. 

Pinguins de Galápagos 

Existe uma espécie de pinguins que, por alguma razão que desconheço, acabou alocada no arquipélago de Galápagos, localizado na região intertropical, próxima à linha do Equador. Uma espécie até então conhecida por se adaptar apenas ao clima frio da Antártica... Então, eu penso o mesmo para mim e outros neurodivergentes na mesma situação e com o mesmo perfil que os meus, se também estamos em um limbo de sub adaptação, alocados longe do ideal que seria de estarmos direcionando nossas capacidades especialmente no mundo das ciências, com base nas nossas capacidades de percepção de padrões e paixão genuína por nossas áreas de interesse, ainda que tenha conseguido me firmar como escritor e poeta por meios próprios e, por enquanto, sem qualquer fim lucrativo.

 The most ungrateful profile

Anyone who looks at me might say that I'm shy, but they might also say that I'm polite and even calm and friendly, depending on the person and the context of interaction with me. They can also say that I am intelligent, in the sense of more capable. And, although I like a compliment, even more so when it is not exaggerated or false, the latter can or usually serves as a potential argument for criticizing me for, even today, when I write this text, at the age of 35 and on the verge of completing another cycle, not having found a job. Because appearances show what is not visible and essential about my intelligence, in which, if I am above average, it is not about the skills most required for a large fraction of jobs that include typical social interaction skills and memorization or learning, superficial and convergent. This, perhaps, is one of the main reasons why neurodivergent people, like me, do not have or are able to be employed, because in addition to our strongest abilities not being the most required in most professions, we still tend to present very asymmetrical cognitive profiles, whose the distance between strengths and weaknesses is great enough to significantly limit our range of professional possibilities. And, to make matters worse, in my case, and perhaps also in other people's cases, as shown at the beginning of the text, the absence of an obvious cognitive deficiency, but which manifests itself in a more specific and relative way, makes an official diagnosis much more difficult, preferably for autism level/support 1, former Asperger syndrome (or ADHD, but with autistic characteristics??), after all, how can a person who appears to be not only normal, but also above average, so articulate and supposedly capable of learning anything or adapting to any work environment, can't easily pass to a public university or be employed? In my case, because my psycho-cognitive profile seems perfectly compatible with only a few professions, as I have shown in my texts and verses: for writing, for repetitive and simple functions and/or for academic work*, say, de facto, not just to get a diploma, master's degree, doctorate... Because as for the first, it's very difficult for a writer to be able to make a living just by writing and publishing books (a thankless artist's profession in which only a minority can support yourself just by working in this area). As for the second, again, higher education seems to be organized to function as a factory of diplomas and social status, even more so in the human sciences, totally dredged by "good" pseudosciences (which I commented in more depth in this text: About the "pseudosciences of good", "leftist" and the most serious). Not to mention that, as I have already commented in other texts, its selection and evaluation processes tacitly discriminate in an exclusive manner against individuals with asymmetrical cognitive profiles, by being based on generalist tests, that is, making it difficult for us to enter university.

* I could still work as a teacher, but my psychological idiosyncrasies, plus a very toxic environment (with exhausting working hours, competition and nitpicking among colleagues in the profession, overcrowded classes and students, for the most part, very poorly educated) make this an option hardly viable for me.

Galapagos penguins

There is a species of penguins that, for some reason I don't know, ended up living in the Galápagos archipelago, located in the intertropical region, close to the Equator. A species hitherto known to adapt only to the cold climate of Antarctica... So, I think the same for me and other neurodivergents in the same situation and with the same profile as mine, if we are also in a sub-adaptation limbo, allocated far from the ideal that would be directing our capabilities, especially in the world of science, based on our ability to perceive patterns and genuine passion for our areas of interest, even though I managed to establish myself as a writer and poet through my own means and, for now, without any profit purpose.