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terça-feira, 15 de novembro de 2022

O que está por trás da crença e da descrença religiosa?

 É a suscetibilidade para crer sem buscar por evidências que confirmem a veracidade da crença ou pelo menos uma base lógica para acreditar, que pode ou tende a resultar na crença religiosa e a predisposição ao oposto, para crer especialmente a partir de evidências ou pelo menos por uma base lógica, que expressa um maior potencial de desenvolvimento do pensamento lógico-racional ou imparcial-objetivo. Daí a correlação entre crença religiosa e um maior risco de crença em fake news e teorias conspiratórias. 


Pois o que também está por trás da crença ou da descrença religiosa é o quão dominante está a intuição sobre o pensamento crítico-analítico ou lógico-racional, no sentido de estilo cognitivo. Pois, mais intuitivo é o indivíduo, maior a sua tendência de acreditar em algo sem ter evidências, literalmente de "preferir acreditar em sua intuição". E claro que, entre o mais e o menos religioso, existe um espectro de tipos mais moderados e, portanto, de misturas dessas tendências.

Ressaltando que, essa correlação já foi encontrada em algumas pesquisas sobre o tema e também que, a intuição em si não é prejudicial à racionalidade, apenas ou especialmente se for sempre preferida em relação ao pensamento crítico-analítico, até porque ela pode estar certa. O problema é que, sem uma análise posterior, essa probabilidade tende a ser mais aleatória.

Uma fraqueza que pode ser mais comum aos menos crentes é uma tendência de preconceito em relação à sua intuição (que tende a resultar na heurística) e que é o oposto para os mais crentes, de ter preconceito pelo pensamento crítico-analítico. Isso corrobora primariamente ao que já comentei em outro texto, sobre indivíduos de esquerda, que são desproporcionalmente propensos a serem ateus e agnósticos, de também padecerem da síndrome do impostor, resultando numa maior dependência por autoridades acadêmicas ou ideológicas para construírem e/ou validarem suas crenças, e sobre indivíduos de direita, que são desproporcionalmente propensos a serem religiosos, de também paderecem de uma síndrome, mas oposta, de Dunning-Krueger, que se reflete na construção de crenças a partir de uma confiança excessiva sobre suas capacidades intelectuais ou racionais, resultado de uma confiança excessiva na própria intuição. 

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Pessoas muito intuitivas e introspectivas e o péssimo hábito involuntário de fazer perguntas idiotas

Especulação hiper extrapolativa

Primeiro, são todos os mais intuitivos mais introspectivos?? Ou, são todos os mais introspectivos mais intuitivos??

Depois respondo (chuto) essa...

Teve uma sexta em que eu fui passear na cidade grande, isto é, a cidade de porte médio que engolfa em influência a micro (ou mico, dependendo da demografia) região onde me encontro. Então eu fui para o ponto de ônibus espera-lo e apareceu um que é de uma cidade vizinha. Cheguei à porta e perguntei ao motorista se o ônibus iria para a "cidade grande". O mesmo com um olhar de tédio disse que sim. Cheguei a perguntar duas vezes para ver se me entendeu e para ter certeza, em minha sofrível, pouco uniforme e involuntariamente não-verbal capacidade de comunicação. Qual é o problema disso?? Simples, a cidade desse ônibus fica em direção oposta ao da "cidade grande". Eu sabia, mas na hora algo me fez esquecer. Talvez a minha memória cambaleante. Talvez porque eu tinha acabado de escrever uns pensamentos ou frases para outro texto, estava concentrado neles, vi o ônibus se aproximando e corri para perto do meio fio para chama-lo com o típico sinal de mão. Interrompi bruscamente, tal como um freio, uma imersão à uma atividade intelectual intuitiva, já que escrevo geralmente a partir deste estilo ''vazante'',  para realizar uma atividade excepcionalmente corriqueira. Agora pouco eu tive um insight que me fez chegar até esse texto, de que uma das possíveis razões para a tendência de desatenção de tipos como eu, que conjugam altos níveis de introspecção e intuição, seja justamente as mesmas, e em atrito com a realidade, se, para nos concentrarmos, precisamos desligar parte de nossas atenções à interação imediata com o redor. E até "voltarmos" "100%" para ela, pode ser que esse processo ocorra de modo mais lento. E isso parece se aproximar à minha ideia sobre a natureza de multitarefa da atividade imaginativa, que, ao se manifestar, tenderia ou o faria de modo categórico, a fracionar a capacidade de atenção à realidade imediata, resultando, por exemplo, em um aumento de vulnerabilidade para fazer perguntas idiotas.


Então voltemos à pergunta do início do texto. Eu não sei, acho que primeiro devemos voltar aos conceitos de ambas, intuição e introspecção, para ver até onde que uma se comunica conceitualmente com a outra. A intuição é um estilo de pensamento ou raciocínio que acontece de modo consideravelmente subconsciente, quando o indivíduo não sabe como que aquela ideia lhe veio à cabeça. A introspecção é outro estilo de pensamento, diga-se, consideravelmente distinto, já que se caracteriza por altos níveis de deliberação intelectual, geralmente relacionada com tópicos intrapessoais, ainda que tudo aquilo que pensamos sempre principia por nós mesmos, e isso parece óbvio de ser constatado.

Portanto, pessoas que comungam os dois tipos de pensamento é possível que, em média, não sejam conscientes quanto ao grau de diversidade de estilos que estão a efetuar cotidianamente por meio de suas mentes, do mais subconsciente ao mais consciente. 

Quando temos os dois estilos em uma mesma pessoa é esperado, talvez, que, como resultado, apresente um potencial para a criatividade, especialmente para os níveis mais altos de realização criativa, visto que, quem pensa mais sobre as suas ações ou atividades pode ser ou se tornar mais apurado para melhora-las, enquanto que, apenas a intuição em altos níveis, e teremos uma pessoa com menor controle sobre essa capacidade imaginativa.  

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Novidade interior [pré-factual] = ideação neo-intuitiva ... e exterior, sensorialmente percebida ou sentida ... e mais um pensamento [possivelmente repetitivo] sobre intuição e criatividade

Pré-ideia 

''O cérebro'' sabe o que vc vai pensar antes que o faça.

''O cérebro'' se antecipa.

Mas e na criatividade??

 O momento Eureka é quando, ao invés de combinar informações já internalizadas para produzir uma narrativa interna familiar, tal como construir uma frase [via criatividade convergente], "você" simplesmente combina informações remotas entre si, resultando em uma nova narrativa. O ''cérebro'' também se anteciparia, mas ao invés de construir uma narrativa invariavelmente conhecida, o resultado seria uma narrativa desconhecida ou nova. O mesmo sinal de surpresa em relação à alguma coisa agradavelmente interessante [ou nem tão agradável] que presenciou, por exemplo, vendo um novo elemento na ginástica artística, se ascenderá quando tiver uma ideia criativa puramente intuitiva, diferente da intuição parcial ou conjugada com esforço consciente.


Poderíamos dizer, ou eu apenas, pondo-me como sempre em risco, que:

A TODO MOMENTO estamos re-embaralhando os nossos pensamentos com o intuito de dar-lhes certa coerência constante, tal como uma réplica da realidade imediata [de acordo com o alcance perceptivo de cada um], e que existe um espectro, desde aqueles que super-organizam os seus pensamentos, ou que, nascem com cérebros fortemente fiados desta maneira, até àqueles que apresentam um tempo maior para organiza-los e que muitas vezes o farão de modo mais desorganizado. Temos, obviamente, aqueles que se localizarão no meio deste espectro e que exibirão uma performance mediana, tanto para a organização [e também nível de estereotipicalidade ou repetitividade nessa organização] e rapidez, quanto para a desorganização e lentidão. E por fim vamos ter os níveis de intensidade. 

Geralmente a maioria ou muitos dos mais inteligentes, caminharão para organizar os seus pensamentos de modo rápido, seguro e/ou progressivamente repetitivo. E isso, claro que, caminhará para matar boa parte do potencial criativo. Sem falar dos casos mais extremos ou patológicos, por exemplo, a esquizofrenia, em que a capacidade para organizar os pensamentos visando à construção de certa coerência ou lógica, se encontrará demasiadamente perturbada.

Ainda vamos ter uma minoria dentro desta sub-população [de mais cognitivamente inteligentes], que será menos eficiente nesta capacidade de organização [constante] do pensamento. E por fim, teremos aqueles que serão INTENSAMENTE 'medianos', no sentido que, serão para ambos os lados, organizados e desorganizados, ou mais flutuantes nesse aspecto, tendendo a agir de modo mais alternado. 

Maior a desorganização, maior o potencial de ''originalidade bruta'' ou ''instantânea''. No entanto o risco para o pensamento errático também será muito alto. 

Mais equilibrado, mas ao mesmo tempo intenso, for este atributo, que é essencial para as funções intelectuais, maior será o potencial para a ''originalidade decantada'' ou mesmo ''lógica'', já que boa parte de nossos pensamentos não são manualmente construídos, mas intuitivamente/subconscientemente produzidos, sem que tenhamos plena consciência do processo. A criatividade útil se consistiria na sobrevivência da lógica em um ''cenário de terra -- arrasada ou quase', uma ilha-continente de lógica, em meio a um oceano [pacífico ou índico] de ''loucura''.


Novidade interiormente construída [ideação neo-intuitiva] e exteriormente percebida


Imagine que você vai a um parque de diversão e se depara com um ''brinquedo'' que nunca tinha visto. Imediatamente os seus sentidos, enfim = você, ficará muito mais alerta porque se consistirá em uma nova informação. Novas informações podem ser completamente novas ou também podem se consistir em quebra de padrões familiares ou esperados. Por exemplo, você está sentado, vê uma caixa à sua frente, e de repente um palhaço Bozo escroto salta repentinamente, fazendo com que tome aquele susto vergonhoso.

Essas novidades são exteriormente capturadas, e nós, enquanto sujeitos ou agentes passivos, simplesmente não temos controle sobre elas, nem mesmo em como que reagiremos à elas/como que interpretaremos -- emocionalmente -- os seus padrões. 

No entanto, podemos, nós mesmos, fabricar novidades com base em nossas capacidades intelectuais, e em especial aqueles que são muito criativos. Portanto também podemos ser agentes ativos na produção de novidades ou originalidades, só que tal surpresa se dará a partir de uma perspectiva introspectiva. 

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Abertura para a experiência e conscienciosidade, intuição versus deliberação, exploração versus comedimento, simpatia afetiva versus simpatia cognitiva

Abertura para a experiência/ hiper-excitabilidades [exploração da ou a partir da ''lógica basal'']:

- maior impulsividade ou ímpeto exploratório intelectual, estético, sexual.. [a partir da ''lógica basal/naturalista''].

ex.: paixão por um assunto.

Feminismo.

A maioria dos esquerdistas pós-modernos/sexualmente liberais // e também a maioria ou muitos dos superdotados *

- maior intuição/estilo de pensamento instintivo 

ex.: Ao invés de deliberar sobre as próprias ações, agir com base nas próprias vontades/impulsos, mais subconsciente/instintivo. Não exatamente com base naquilo que é o mais correto, mas naquilo que acha que é o mais correto.

Tomar como absolutamente ou predominantemente correto a ''teoria do gênero'' porque: gostou dela/acha que faz sentido, por razões puramente cognitivas ou psicológicas [por exemplo, uma moça lésbica que subconscientemente ou nem tão subconsciente, acredita que essa ''teoria'' possa ajudá-la em sua auto-confiança e também para melhor se ajustar à sociedade em que vive].

Idem // e também a maioria das mulheres.

- simpatia afetiva [sente mais sobre as outras pessoas, do que analisa os seus e outros padrões de comportamento]

ex.: Sente simpatia ou conexão superficialmente [a priore] benigna, neutra ou maligna sobre certa pessoa ou grupo de pessoas.

A maioria dos neo-esquerdistas ocidentais em relação às ''minorias' ''protegidas' // e também das mulheres.



Conscienciosidade/ hipo-excitabilidades [''lógica basal'']:

- maior deliberação ou ímpeto [medianamente] auto-consciente intelectual, estético, sexual... ;)

ex.: ser ponderado ou comedido em relação a novos conhecimentos, especialmente aqueles que pareçam muito desviantes daquilo que é considerado como ''lógico''/''lógica basal/naturalista''.

A maioria dos conservas mais moderados// e dos homens.

- maior deliberação ideacional/estilo de pensamento auto-consciente

ex.: pensar antes se certa atitude poderá afetar alguém.

Honestidade, conformidade...

A maioria dos conservas mais moderados [mas em níveis, parece-me mais moderados justamente em relação aos traços mais virtuosos como a honestidade e menos moderados/mais expressivos em relação aos menos virtuosos como a conformidade acrítica, porque como eu já sublinhei, em um ambiente ou cenário competitivo, os aspectos menos suaves de nossos traços de personalidade tenderão a ser menos favorecidos pelos mais ''robustos', até mesmo para que possamos nos tornar aptos para os constantes embates que povoarão os nossos cotidianos].

- simpatia cognitiva [analisa mais sobre as outras pessoas, do que sente em relação aos seus e/ou outros padrões de comportamento]

A maioria dos conservas [euro-caucasianos] mais ''barra-pesada'' em relação aos ou à maioria dos negros [subsaarianos].

domingo, 7 de maio de 2017

Primeiro o raciocínio, intuitivo ou deliberado, de tez racional ou ponderada...

... depois a construção da compreensão factual.

A compreensão factual vem depois da racionalidade, por se consistir em seu produto, ainda que, também possa se dar por meio dos ''preconceitos cognitivos factualmente corretos'' ou ''intuição instintiva factual/ proto-racional'', se, como eu gosto de dizer, nós já nascemos dispostos a reconhecer certas dimensões factuais especialmente as que são retidas a partir da ''espinha dorsal da macro-realidade'', isto é, partes de nossas próprias expressões intelectuais /ações primárias intelectuais, não apenas nos refletem, em termos de disposições psico-cognitivas, mas também estão naturalmente aptas na apreensão de certas dimensões factuais que compõem o ambiente de existência em que estamos/ e mesmo independente do tipo de ambiente. Por exemplo, uma pessoa que exibe baixos níveis de etnocentrismo, é capaz de reconhecer de maneira intuitiva, antes da verbalização, as ''dimensões factuais'' que advogam corretamente por uma natureza mutável, categoricamente esparsa, diversa e parcialmente subjetiva das categorias ou classes demográficas, como no caso das raças e etnias humanas. Por outro lado, este mesmo indivíduo pode ser vulnerável a rechaçar outras importantes peças factuais que terminariam por compor o todo deste sistema de fatos, e não apenas uma de suas dimensões, por exemplo, de negar a existência ou relevância das raças humanas, de maneira unilateral. Aquilo que sempre falo sobre a estupidez, que se consiste na incompletude que é tomada como o todo de uma verdade particular. Tal como completar um espectro de cores do arco-íris, o mesmo acontece com praticamente todo tipo de fato. As raças humanas, por exemplo, são e não são revelantes, depende do ponto de vista que estiver sendo enfatizado. No entanto, ainda é preciso buscar por um aprofundamento porque apesar de serem desimportantes, mediante alguns ângulos de visualização, as raças humanas também serão importantes, e neste caso em específico, o essencial é saber, apesar desta diversidade factual de perspectivas /e de possibilidades, qual delas que irá pesar mais, de maneira negativa ou positiva, isto é, a caminho da harmonização, da finalidade filosófica. As raças humanas apresentam subgrupos universais dentro de si mesmas, por exemplo, os homossexuais, outros tipos neurológicos como os autistas, mais [neuro]culturalmente diferenciados, como os nerds ou mais psico-fisiológicos, como os esportistas. No entanto, apesar desta diversidade interna, todas as raças humanas apresentam padrões de comportamentos, benignos, neutros e malignos, que lhes são mais característicos. Outros argumentos interessantes podem ser levantados, em favor da preservação dos estados mais depurados das raças, por exemplo, se a raça é irrelevante então qual seria o problema de preservar os seus estados mais depurados* Outro argumento decisivo seria: se as raças não são relevantes então por que nos países, regiões e áreas de maioria negra, é regra significativa haver uma desproporção de criminalidade, desrespeito interpessoal e pobreza**

 O exemplo do indivíduo que é baixo em etnocentrismo, nos mostra que, tendemos a sobrepor as nossas disposições psico-cognitivas OU instintivas à frente da realidade que está sendo percebida, mesclando-as e daí produzindo uma percepção híbrida, do tipo de instinto que predomina no ser [ser menos etnicamente tribalista] sendo verbalizado e culturalizado, e resultando em uma cultura pessoal/ciclo de ideação e ação, que enfatiza por este ponto de perspectiva: ''raças não são cientificamente relevantes... portanto não tem problema de se relacionar com uma pessoa de outra raça, e mesmo de ter filhos com ela''

O diferencial do observador holisticamente perspicaz em relação a um indivíduo ''comum' é que o primeiro, ao se sobrepor acima dos seus próprios instintos, poderá aceitar e mesmo se engajar em uma maior variedade de realidades particulares. O meu caso por exemplo em que, apesar de perceber e aceitar as diferenças raciais e étnicas de temperamento e de capacidades psico-cognitivas, eu não vejo qualquer problema de me relacionar com pessoas de outras raças, especialmente se esse relacionamento, se der com pessoas do mesmo sexo, com personalidades parecidas [ou no meu caso, melhor não, ;)] e/ou se não resultar em filhos. Menor a sujeição ao próprio instinto, maior a variedade de escolhas/''livre' arbítrio, mas também uma maior plasticidade e alcance da compreensão factual, especialmente em relação a esses assuntos que são os mais importantes pra nós de qualquer maneira. O indivíduo comum é mais provável de se atolar naquilo que o seu instinto lhe diz que é o mais certo, sem antes ter analisado corretamente e possivelmente sem grandes chances de se fazê-lo em qualquer outro momento futuro. 


terça-feira, 25 de abril de 2017

QI: tamanho do instinto cognitivo culturalizado

Definições de instinto cognitivo [intuição convergente] e psicológico [impulsividade/espontaneidade]:

Eu já comentei que o instinto não é apenas ou especialmente uma ''maior agressividade'', porque esta se correlacionaria com ele, especialmente por causa do vigor da seleção natural que tende a selecionar os seres vivos mais agressivos. O instinto na verdade se consistiria nos comportamentos inatos do ser vivo, que não foi apreendido, mas que é intuitivamente compreendido e espontaneamente usado [ ou o inverso, que também dá no mesmo, ;), espontaneamente compreendido e intuitivamente usado, ou é até melhor ). 

O instinto, assim como muitos outros conceitos da psicologia, pode ser dividido em dois: o afetivo ou comportamental/psicológico e o cognitivo. O instinto afetivo se manifestaria com base no comportamento inatamente impulsivo ou espontâneo e o instinto cognitivo se manifestaria com base no ''comportamento cognitivo intuitivo'', por exemplo, a capacidade da aranha de tecer a sua teia. Se a aranha aprende a produzi-la via ''cultura'', eu realmente não sei, eu tenho quase certeza que não, que a aranha já nasce com essa habilidade. Outro exemplo é o voo dos pássaros, que parece ser menos instintivo que o tecer das teias pela aranha, porque os pássaros não nascem sabendo voar, mas já apresentam ''disposições'' intrínsecas, mentais e fisiológicas, muito fortes, que tornam este aprendizado possível, natural e esperado pra eles. 

Da mesma maneira que o pássaro já nasce com as disposições fisiológicas e mentais aptas para o voo, só que precisa ser ensinado por seus pais para desenvolver essas habilidades, o mesmo acontece com o ser humano em relação a uma série de atividades psico-cognitivas, em especial a linguagem. E em ambos os casos, é papel do instinto e do seu tamanho fazê-lo. Como as bases instintivas humanas são superlativas, então nós podemos agregar mais ''conhecimentos'' ou melhor, ''técnicas'', além daquilo que já temos, desde ou a partir do nascimento. Então, podemos expandir os nossos instintos além dos valores que ''herdamos'. Entenderam bem, eu quis dizer ''expandir os nossos instintos''. E o fazemos principalmente com base na cultura, que nada mais é do que a externalização de nossas tendências, técnicas/cognitivas e comportamentais, especialmente as mais basais, em que, ao invés de nascermos sabendo todas elas, nós vamos, ao longo de nossos vagarosos desenvolvimentos, apreendendo-as, para mais ou para menos. Ainda há de se pensar o quão importante a cultura é para nos forjar, porque se fosse verdade mesmo que tivesse todo esse poder que behavioristas e similares tendem a ressaltar, então existiria uma homogeneidade muito mais significativa de ''normalização'' ou ''equalização'' dessas tendências, e o que na verdade nós temos é uma tendência para uma maior variedade de respostas de curto e longo prazo a essas interações. Em relação às nossas capacidades psico-cognitivas o principal divisor de águas é a sua verbalização ou culturalização. Devidamente impregnada por essa memorização semântica inicial, a segunda etapa é a de aprender a lê-la e a replicá-la em palavras e números. terceira etapa será a de manipulá-las, em folhas de papel, ou ''ao vivo'', com as outras pessoas, e mesmo, consigo mesmo. 

Os testes cognitivos capturam, portanto, o tamanho médio de nossos instintivos cognitivos, já culturalizados. 

O tamanho do instinto cognitivo/extensões instintivas mecanicistas ou cognitivas é o tamanho/valor quantitativo da inteligência genotípica, que também pode ser denominada de ''inteligência instintiva', que na espécie humana é mais expansível do que de qualquer outra espécie.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Analise antes, critique depois...

No início, quando ainda somos novinhos, analisamos primeiro e criticamos depois [ ou não, só parece lógico, mas não é factual porque quando somos crianças ainda estamos nos desenvolvendo mentalmente, ainda que seja verdade que tendamos a ser mais curiosos nesta fase do que na vida adulta]. Ou, a partir do momento em que vamos amadurecendo, biologicamente falando, vamos nos tornando mais crítico-'analíticos'', e menos em analítico-críticos, isto é, passamos a criticar antes para analisar depois, mas analisar o que**

A crítica que fazemos primeiro, é claro. 

A crítica, em um mundo perfeito, deve vir quase sempre depois da análise.

 Primeiro, compilamos fatos [ e factoides ], construímos as nossas compreensões factuais sobre certo assunto, da maneira mais neutra possível. 

Só depois que será necessário a crítica, isto é, criticar aquilo que foi analisado. O problema é que ao longo do tempo, pelo que parece, vamos nos tornando mais e mais críticos, e sem termos sido analíticos antes, porque como vamos ampliando nossos arcabouços pessoais de informações, fatos e de factoides [especialmente quando não temos ciência de que também os internalizamos], então vamos ''deixando'' de analisar as informações antes de criticá-las, porque como já temos informações internalizadas ou ''referências de 'análise' '' então as usamos rapidamente, como se fossem muito mais úteis do que uma simples, honesta e imprescindível análise/re-conhecimento de padrões. Em outras palavras, quando aprendemos algo novo e o internalizamos, tal como se fosse a verdade absoluta, tendemos a deixar de lado a análise, que passa a ser entendida como ''voltar atrás''. Mas é sempre importante fazê-lo pois demonstra maior humildade intelectual além de ser muito mais eficiente, por incrível que possa parecer. Portanto a maioria tende a pensar assim ''se eu já estou no nível 4 por que é que eu teria que voltar ao nível 1 para entender sobre certo assunto*'' E a resposta é muito simples, porque o ''nível 1'' é o reconhecimento direto de padrões, é a base para qualquer tipo de atividade ou esforço intelectual ou cognitivo. É a volta às origens/à estrutura do pensamento que é universal em relação a todas as questões: reconhecimento de padrões.

No entanto é claro que precisamos ter uma base para que possamos analisar e é inevitável que acabaremos construindo e ampliando os nossos arcabouços de informações internalizadas e que os usaremos, com cada vez mais rapidez e confiança. Na verdade, é aquilo que sempre falo: não somos nós, mas ''os nossos cérebros'' que o fazem por nós. Portanto mesmo quando já tivermos bases é importante voltar à velha análise/reconhecimento de padrões, de coerência, independente de qualquer outro fator, e só depois, tomar as medidas que pressupõe-se, serão as mais sábias, pois esta é a verdadeira, a derradeira ou primordial base de tudo aquilo que pensamos e que fazemos.

Sim, você pode ter internalizado que ''o racismo institucionalizado seja o principal causador das diferenças raciais em desempenho escolar, laboral e de padrão de vida''. Você, portanto, ''já se encontra no nível 4'', factualmente correto ou nem tanto. No entanto você precisa voltar ao simples e imprescindível reconhecimento de padrões para saber se isso é verdade, verdade parcial ou não. Por exemplo, se o racismo é institucionalizado [leia-se, universalizado] então por que é que temos pessoas ''negras'' (usando novamente a ''forçação de barra'' racismo = anti-negro) muito bem sucedidas*

 Esta dúvida é fruto de um básico reconhecimento de padrões, porque se existe uma institucionalização sistemática e universal de discriminação [negativa] contra os negros então não faz sentido que tenhamos uma minoria deles que seja muito bem sucedida. Será que eles pagam uma taxa extra pra não serem pegos pelo bicho papão ''racismo institucionalizado''**

(isto ainda não significaria que ''portanto não existe racismo'')

No entanto também temos outra questão porque, pelo que parece, ser talentoso para um ''simples' reconhecimento de padrões, não está universalmente presente entre os seres humanos, ou talvez, também, a principal fraqueza humana não esteja exatamente em sua cognição, mas em seu lado psicológico.

Quase todo mundo é capaz de reconhecer os padrões mais salientes de qualquer assunto, especialmente os assuntos ''mais importantes'' ou ''oniscientes''. O problema portanto não parece ser especialmente a cognição, pois não é ela que nos rende com o seu charme irresistível mas justamente o nosso lado psicológico, porque é lá que terminaremos de construir os nossos pontos de vistas, e talvez possamos até mesmo dizer que a crítica é muito mais emocional do que a análise, ainda que em uma estrutura crescente e ideal de pensamento, toda crítica precise ter como base uma análise precisa.

Parece que a análise tende a funcionar exatamente como um freio instintivo, ainda que inevitavelmente precisará passar pela crítica, que me parece, sempre ser mais emotiva, e que geralmente tende a ter um resultado não muito agradável aos olhos da sabedoria. 

O lógico analisa ''sem criticar''... o intuitivo emotivo critica, ''sem analisar''...

O lógico, aquele que eu defini como ''parcialmente racional'', que apesar de seguir uma linha factual termina frio e pragmático demais para poder alcançar ares mais racionais, quiçá sábios, me parece que tende a analisar, especialmente aquilo que tem sido a regra, geralmente naturalista, e a criticar pouco, especialmente em relação à questões que exigirem maior sensibilidade, resultando em julgamentos frios, que são entendidos, pretensamente falando, como corretos. Como a maioria das pessoas, o lógico também será fortemente propenso a criticar primeiro OU a analisar a própria crítica, só que geralmente construída com base em seus preconceitos cognitivos cristalizados, e que tendem a estar mais próximos da realidade, especialmente a ''insensível'' realidade no/do reino animal, na/da ''realidade por si mesma''. O lógico, segue a lógica da natureza. Não está de todo errado porque no fim nada está 100% errado, mas tampouco será perfeccionista ou ideal. O lógico ao desprezar o lado afetivo ou emocional da realidade se perderá de um caminho de completude perceptiva que evidentemente necessita deste aspecto para se completar e portanto se fazer autenticamente característica. O caminho para uma completude perceptiva não precisa apenas de um calculismo frio de análise mas também o calor de nossas emoções, ambos, bem pontuados e colocados.

O emocional, que é mais intuitivo, em média, por outro lado, parece que tenderá a fazer o caminho oposto, se tornando demasiadamente crítico e menos analítico e com agravantes pois a sua compreensão factual tenderá a ser muito mais poluída por factoides do que a compreensão factual dos tipos mais lógicos. Quem critica mais o faz por razões mais emocionais do que analíticas. Quem analisa mais ou excessivamente, será mais pragmático, menos revoltado* mais apático* ... enquanto que o ideal mesmo é o de ser preciso no pensamento, em que algumas vezes será necessário ser mais emocional, em outras vezes mais analítico, e em outras situações, mais equilibrado entre os dois. O fato é que no final, o mais importante é o de respeitar e seguir a estrutura ideal de pensamento, observar e analisar primeiro e criticar depois

Mas criticar o que*

Oras, criticar a compilações de padrões que encontrou... e sempre compará-las com as suas ''referências de 'análise' '' ou bases. 

Por exemplo, vamos imaginar que você tenha internalizado que ''somos todos iguais''. Então, como método correto de pensamento, você precisará comparar este dogma com a realidade, com os padrões que for encontrando. Dentro desta frase existem muitas possibilidades de interpretação, a maioria delas que não estão erradas. Como eu já falei em um texto bem antigo, podemos ser todos iguais por sermos vidas. Isso não está errado. No entanto, não somos clones, que literalizaria e universalizaria o termo, transformando-o em uma verdade absoluta. Se não somos clones então a frase ''somos todos iguais'' está particularizadamente correta mediante algumas perspectivas mas não em relação a outras. 

Portanto, o emotivo mais intuitivo internaliza com mais vigor e se torna mais confiante para criticar... sem analisar, sem voltar ao básico reconhecimento de padrões, enquanto que o lógico, mais frio e analítico em seu pensamento, será mais propenso a desprezar uma análise emocional (crítica), limitando-se a uma fria varredura de padrões e tendendo a aceitar o mundo como ele é, ponderando por poucas mudanças, especialmente aquelas que forem de natureza mais emocional, mais moral. Critica menos em termos moralmente factuais, mas tende, assim como o mais emotivo, a ''analisar a própria crítica'', ainda que o seu arcabouço de informações internalizadas não tenda a diferir muito em relação à ''insensível'' realidade 'natural'. Precisamos, idealmente falando, passar por todos esses processos: primeiro a análise, segundo, a crítica e como resultado o julgamento, que pode ser entendido como a terceira e derradeira parte deste processo. O lógico analisa demais, e critica de menos, ainda que no final, ele acabe também ''analisando a própria crítica'', que como foi dito, tende a ser mais ''pé no chão'', ''convencional'' e mesmo mais factual, ainda que incompleta. O intuitivo critica demais, porque toda crítica parte de uma motivação emocional, enquanto que toda análise parte de uma motivação mais puramente cognitiva. E ao criticar demais, volta menos ao básico reconhecimento de padrões, pois confia muito em suas bases ''nível 4..''. Neste caso, além de ''analisar a própria crítica/ informações internalizadas ao invés da própria análise/reconhecimento de padrões'' também o fará com base em uma maior poluição de factoides, os próprios exemplos que eu usei: ''racismo institucionalizado como causa das diferenças raciais'' e ''somos todos iguais''. Pensadores mais racionais e os mais sábios caminharão para usar essa estrutura de pensamento de maneira mais adequada com o possível diferencial em que os primeiros tenderão a ser mais repetitivos em suas ''condutas ideacionais'', respeitando a estrutura do pensamento, até demais, sempre analisando primeiro, e criticando depois, enquanto que o mais sábio sabe que em muitas situações a emoção será mais importante ou mesmo a ordem ideal de como pensar nem sempre será tão ideal assim. Talvez até pudéssemos descrever o racional como uma espécie de ''sábio frio''.


domingo, 5 de fevereiro de 2017

Eu sou mais intuitivo ou deliberado em meu estilo de pensamento*

Quem já é habitué em meu blog, desde o velho Santoculto, sabe que os meus textos são irregulares em qualidade. Alguns dos meus textos são ridiculamente chatos, em outros eu tenho exagerado na verborragia e por fim, ainda temos aqueles em eu acerto a mão. Eu já percebi algumas particularidades que jogam a meu favor. Primordialmente, por ser uma pessoa comum e relaxada em relação às ''formalidades frívolas'', eu escrevo melhor quando uso linguagem figurada e expressões como as de cima. Eu também percebi que eu sou muito mais desorganizado para escrever textos e que isso se dá especialmente porque eu sou muito mais intuitivo em estilo de pensamento ou a partir desta perspectiva de estilo. Quando eu vou escrever qualquer coisa as ideias costumam fluir rapidamente em minha cabeça e fica difícil ou mesmo preguiçoso de minha parte organizá-las para que fiquem mais próximas de um padrão formal de escrita e de texto. Tal como uma regurgitação de pensamentos, ideias, palavras, quando vem a fluidez, quando ''eu pego no tranco'', e a minha mente começa a fluir rapidamente, como agora, eu não consigo fazê-lo de modo organizado ou ''caprichado'', novamente, obedecendo à regras de formalidade na apresentação e na escrita. 

De fato eu não nasci com essa capacidade de organizar as ideias de maneira caprichada, porque o meu estilo de pensamento é intensamente/ preferencialmente intuitivo, ainda que eu tenha conseguido desenvolver a minha capacidade de ao menos deliberar sobre as minhas ideias e pensamentos.

É isso. Se você quiser saber se é mais intuitivo ou mais deliberado no estilo de pensamento, observe a si mesmo, quando estiver por exemplo escrevendo um texto. Ainda que todo pensamento se dê ou se principie pela intuição, os mais intuitivos tendem a fazê-lo de maneira mais rápida, intensa, preferencial ou significativa, como eu comentei logo acima, enquanto que os mais deliberados são capazes de organizar os seus pensamentos e ideias, formatando-os de maneira mais organizada, coisa que eu definitivamente não consigo fazer.

O estilo de pensamento do mais intuitivo é como abrir uma torneira. Quando aberta, flui água. O estilo de pensamento daquele que é mais deliberado no entanto tende a se dar de maneira menos fluida ou em cascata ideacional, e suas ideias tendem a cair a quase conta-gotas, podendo assim organizá-las melhor enquanto que o turbilhão rápido de ideias e pensamentos que flui de mentes mais intuitivas só dá o tempo de escrevê-las, sem se preocupar com a organização ou mesmo com a estética, porque se consiste em uma espécie de regurgitação mental.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Combos reflexivos...

1- Todo mundo é, basalmente, de tudo, o que difere é a intensidade e o nível de (auto)consciência sobre aquilo que se é...

2- Intuição, outra ideia (ou não) 

Pré-ideia 

O cérebro sabe o que você vai pensar antes que pense. O cérebro quase sempre se antecipa.

Mas e na criatividade??

O cérebro analisa, cria e ascende o seu alerta para que repense sobre um pensamento incomum que acabou de produzir, que não havia se antecipado. Quando o cérebro cria algo novo ''ele'' ascende o seu alerta para que o seu estado consciente possa avaliá-lo. A ideia divergente e potencialmente criativa é o pensamento que não foi antecipado pelo cérebro, que não lhe foi familiar. O momento eureka é quando, ao invés de combinar informações já internalizadas/conhecidas para produzir uma narrativa interna familiar, ''o cérebro'' simplesmente combina informações remotas entre si, resultando em uma ''narrativa interna'' desconhecida ou nova. O mesmo sinal de surpresa em relação a alguma coisa agradavelmente interessante que por ventura podemos presenciar, por exemplo, vendo um novo exercício na ginástica artística, se ascenderá quando tiver uma ideia criativa puramente intuitiva, diferente da intuição parcial, só que esta sensação será bem mais interna, tal como se o cérebro fizesse cócegas em você.


ESTAMOS EM UMA RELAÇÃO PASSIVA em relação ao nosso cérebro ou ''primeira consciência/instinto''...

e já falei sobre isso..

nosso cérebro/primeira consciência é como a ''rainha má'' enquanto que ''nós'' mesmos, isto é, nossa segunda consciência/mente, é como a ''princesa presa no calabouço'', típica trama de um conto de fadas (ou fodas)

e nosso comportamento se consiste numa tentativa de negociação constante entre aquilo que o cérebro quer e aquilo que nós, de fato, queremos.

não é a toa que o ser humano é o mais louco dos seres vivos,

porque no fundo todo ser humano sabe que é louco, mas a sua razão é de uma finura, de uma inocência típica de princesas de contos de fada, boazinha, ingênua e portanto facilmente manipulável ou mandada pelo ímpeto instintivo, a ''rainha má''.


3- Por que eu quase sempre "ganho" os debates?


Porque eu tenho um mapa moral completo e é fácil completar os mapas alheios ou apontar os erros dos outros, tal como a um cientista que aponta para um rato de laboratório (coitado) o caminho da saída do labirinto que criou para os seus ''experimentos''.

4- Odeio sermões, especialmente quando o sermão é

- injusto e/ou tolo

- a pessoa que está me dando o sermão não se olhou antes no espelho pra avaliar se tem real/absoluta competência pra fazer esta tarefa.

Sermões injustos são matéria prima para ideações divergentes.

5- Inteligência verbal pode ser em média tal como endo-fenótipo(s) para ''mentira patológica''... 

e deve explicar porquê tantos ''verbalmente talentosos'' tendem a ser engolfados por ''ideologias'', ''religiões'', enfim, por incompletudes perceptivas tomadas enquanto completudes/verdades absolutas.

6- A linguagem está para o ser humano assim como ''o gato'' está para a eletricidade no vizinho: mal feita, desencapada, mentirosa e usada para fins egoístas...

7- A inteligência: o que é melhor pra mim, A sabedoria: o que é melhor pra ''todos'...

... pra todos que merecerem o melhor.

8- Sutileza entre nepotismo injusto e justo 

O nepotismo justo poderia ajudar a melhorar a impressão objetivamente precisa que usualmente tem se desenvolvido sobre a família e a sua real utilidade. 

Parente serve pra quê mesmo? 

Algumas vezes nos ajudam mas na maioria dos casos ou são inconvenientes quando se tornam íntimos demais ou se tornam distantes e frios quando se afastam e quando são forçados a conviver ou a ajudar outro parente que esteja precisando não é nada incomum que o façam de má vontade. 

Nepotismo tem sido visto como uma falha moral irremediável mas como eu sempre costumo dizer a maioria das palavras abstratas são amorais em sua raiz e não confundir com imorais. Isto é, por expressarem conceitos mais complexos que em sua maioria dependerão do contexto para que então possam ser moralizadas. O favorecimento de parentes pode se dar de maneira injusta quando este favorecimento terminar afetando negativamente a outras pessoas inocentes. Quando uma pessoa que não é da família, perde um direito, institucionalizado ou moralmente objetivo,  em relação a outro parente e não se tenta equalizar esta situação pode-se concluir que se consistirá em um nepotismo injusto ou imoral. Em compensação quando este favorecimento não tiver maiores efeitos a terceiros ou quartos então poderá ser conclusivamente determinado como um nepotismo potencialmente justo. Por exemplo, ajudar um parente quando estiver necessitado, em suma, de dar uma razão para acreditarmos que a família sirva para alguma outra coisa a não ser de passar genes e heranças em diante e fomentar ambientes micro-sociais tóxicos de inveja e fofocas maldosas. 



quinta-feira, 18 de agosto de 2016

A todo momento o nosso sistema corpo mente...

...está reproduzindo ou mantendo íntegra a realidade que presenciamos. Qualquer ruído fisiológico maior neste sistema pode ameaçar esta reprodução imparável da realidade ou verdade objetiva, a realidade imediata e concreta. Em mentes esquizofrênicas o sistema corpo mente encontra-se perturbado.

 Vamos pensar em nossos sistemas corpo mente como uma fábrica de revistas. Então temos os jornalistas, a equipe da edição e a fábrica em que as revistas são produzidas. Em um cérebro normal o andamento da produção é coerente desde a equipe de jornalistas até a fábrica. Em um cérebro esquizofrênico este andamento é constantemente interrompido ou modificado e aquilo que os sentidos captam ou jornalistas escrevem não será o mesmo que será produzido na fábrica e vendido nas bancas. Este processo metaforicamente representado se refere à captura sensorial da realidade (pedantismo grátis de minha parte), a interpretação desta realidade pelo cérebro e por fim a conclusão final, que na metáfora se divide desde a produção das notícias, a confecção da revista, a produção física das mesmas na fábrica e a sua distribuição pelo mercado consumidor. O cérebro é autófago porque consome aquilo que produz.

Em uma mente intermediária entre a esquizofrenia e a normalidade os dois cenários coexistem isto é existe uma integridade no processamento das informações e também rompantes psicóticos neste processo. E em uma mente essencialmente lógica esses rompantes tenderão a obedecer a sua tendência primordial que é de perceber o mundo como ele é, superficialmente falando, a partir de uma narrativa coerente. O diferencial entre o criativo que produz ideias bizarras a equivocadas e em relação àquele que produz ideias novas e potencialmente úteis é justamente a essência cognitiva de sua mente

Portanto voltando à metáfora, as notícias produzidas pelos jornalistas podem ser reeditadas na edição mas de uma forma original e potencialmente útil enquanto que o editor do cérebro esquizofrênico será mais prolífico em suas reedições, cometendo mais erros. Uma revista carregada de reedições versus uma revista com poucas reedições no caso do cérebro normal e no caso do cérebro intermediário nós vamos ter uma revista com mais reedições mas que terão um editor mais emparelhado com a proposta da revista que é a lógica. 

A criatividade pode ser entendida metaforicamente desta maneira mas também por outra possibilidade.

Se o cérebro esta a todo momento assim como o batimento do coração, trabalhando para manter íntegra e coerente a sua interpretação da realidade, então se uma mente for menos íntegra então apresentará um sobre-trabalho para manter a integridade de coesão da percepção. A minha proposta para explicar a criatividade ou melhor ideias intuitivas, que quase sempre são criativas é a de que como resposta a picos de desarranjo na atividade cerebral o cérebro em um momento de leve desespero reintegra a informação de maneira embaralhada, produzindo ideias criativas e que em cérebros mais lógicos porém menos íntegros poderão ainda ter alguma utilidade prática além de sua óbvia originalidade.


.... E a complementaridade com a minha outra teoria para explicar a intuição criativa, isto é, o cérebro precisa estar totalmente enérgico, em todas as suas regiões, para poder resultar na intuição. No entanto quase todo tipo de criatividade se dá de modo específico de maneira que apesar do trabalho integrado de todo o cérebro para o pensar divergente intuitivo  a finalidade ou intuição se dará para um pensamento especifico. Tal como o vulcão  em que uma energia integrada em todo o seu corpo resulta na erupção do seu material super quente ou lava, o mesmo parece acontecer com a atividade cerebral que produz a intuição criativa. E como eu também falei, o cérebro sabe antes de nós quando pensamos em fazer alguma coisa, porque nós somos também obviamente os nossos cérebros, mas quando não sabemos como foi que chegamos a uma ideia então parece lógico pensar que este pensamento tenha se dado de modo muito veloz. Partindo de minha outra ideia de que por causa de organizações incomuns do cérebro algumas de suas partes serão muito mais prodigiosas ou ativas do que outras resultando na motivação intrínseca, obsessão intelectual especifica e culminando na criatividade. E a intuição aparece como resultado desta organização assimétrica. Isto é, o pensar intuitivo criativo não é reconhecido pelo próprio cérebro como "familiar" por ser novo, uma nova combinação,  mas também provavelmente por se dar de modo mais rápido, um pensamento mais rápido, mais rápido que o cérebro não pôde alcança-lo, não pode se antecipar, deixando a real impressão de que a intuição foi depositado por outra força em nossa mente.

Quando fazemos cocegas em nós mesmos o cérebro já sabe o que vamos fazer e por isso se prepara ou podemos dizer "conta o final do filme". 

Quando temos ideias intuitivas criativas é como quando outra pessoa faz cócegas em nós, nossos cérebros não sabem e por isso que reagem com surpresa. As (maioria das) ideias intuitivas criativas são não capturadas pelo cérebro por ser nova e portanto não familiar mas principalmente por ser mais rápida (uma hipótese é claro). O resultado é que o cérebro ao não reconhece-la como o seu próprio produto simplesmente nos faz crer que surgiu sem qualquer esforço, isto é, que ''não fomos nós que a produzimos''.

Por que a maioria das minhas idéias intuitivas são lógicas??

Ao menos pra mim, acredito que por ter um pensamento basal (verdadeiro fator g*) predominantemente lógico (e divergente).

domingo, 7 de agosto de 2016

A todo momento o nosso sistema corpo mente...

... está reproduzindo ou mantendo íntegra a realidade que percebemos. Qualquer ruído fisiológico maior neste sistema pode ameaçar esta reprodução imparável da realidade ou verdade objetiva, a realidade imediata e concreta. Em mentes esquizofrênicas o sistema corpo mente encontra-se perturbado. Vamos pensar em nossos sistemas corpo mente como uma fábrica de revistas. Então temos os jornalistas, a equipe da edição e a fábrica em que as revistas são produzidas. Em um cérebro normal o andamento da produção é coerente desde a equipe de jornalistas até a fábrica. Em um cérebro esquizofrênico este andamento é constantemente interrompido ou modificado e aquilo que os sentidos captam ou jornalistas escrevem não será o mesmo que é produzido na fábrica. Este processo metaforicamente representado se refere à captura sensorial da realidade, a interpretação desta realidade pelo cérebro e por fim a conclusão final, que na metáfora se divide desde a produção das notícias, a confecção da revista, a produção física das mesmas na fábrica e a sua distribuição pelo mercado consumidor. O cérebro é autófago porque consome aquilo que produz.

Em uma mente intermediária entre a esquizofrenia e a normalidade os dois cenários coexistem, isto é, existe uma integridade no processamento das informações e também rompantes psicóticos neste processo. E em uma mente essencialmente lógica esses rompantes tenderão a obedecer a sua tendência primordial que é de perceber o mundo como ele é, a partir de uma narrativa coerente. Este é o  diferencial entre o criativo que produz ideias bizarras a equivocadas, em relação àquele que produz ideias novas e potencialmente úteis, justamente a essência cognitiva de sua mente, o padrão essencial ou subjacente do seu pensamento, que tende a ser predominantemente lógico.

Portanto voltando à metáfora, as notícias produzidas pelos jornalistas podem ser reeditadas na edição mas de uma forma original e potencialmente útil enquanto que o editor do cérebro esquizofrênico será primeiramente mais prolífico em suas reedições, cometendo muito mais erros. Uma revista carregada de reedições versus uma revista com poucas reedições no caso do cérebro normal e no caso do cérebro intermediário nós vamos ter uma revista com mais reedições mas que terão um editor mais emparelhado com a proposta da revista que é a lógica/coerência. 

A criatividade pode ser entendida metaforicamente desta maneira mas também por outra possibilidade.

Se o cérebro esta a todo momento assim como o batimento do coração, trabalhando para manter íntegra e coerente a sua/nossa interpretação da realidade, então quando for um cérebro menos íntegro apresentará um sobre-trabalho para manter a integridade da percepção. A minha proposta para explicar a criatividade ou melhor ideias intuitivas divergentes, que quase sempre são criativas é a de que como resposta a picos de desarranjo na atividade cerebral o cérebro em um momento de leve desespero reintegra a informação de maneira embaralhada, produzindo ideias criativas e que em cérebros mais lógicos porém menos íntegros poderão ainda ter alguma utilidade prática além de sua óbvia originalidade. 

A criatividade então se consistirá na recuperação do cérebro a partir de um rompante extra-perceptivo (psicótico) ou desarranjo/descompasso do mesmo em sua tarefa constante de nos manter dentro da realidade/verdade objetiva (e abstrata, a partir de um alcance perceptivo humano), produzindo um horizonte de utilidade original (ideia criativa).


Uma hipótese potencialmente errada, mas que mal há*



sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Razão e emoção ... emoção cognitiva e afetiva



Dentro da psicologia existem dois termos complementares: Empatia cognitiva e afetiva.

A empatia cognitiva se consiste na capacidade de se compreender de maneira mecânica ou sistêmica o comportamento, não apenas de seres vivos mas também da realidade por si mesma. Ao contrário de se restringir apenas ao conceito humano de empatia, colocar-se no lugar do outro OU entender, e de modo cognitivo, este termo parece ser aplicável às outras formas de vida enquanto uma abordagem universal só que claramente mais desenvolvida nos seres humanos e em especial em alguns seres humanos.

A empatia afetiva por sua vez se consistiria na pura sensação ou sensibilidade, isto é, "primeiro" percebemos geralmente de maneira cognitivamente intuitiva e depois sentimos. A emoção mais parece se consistir em uma das características da expansão da consciência por se parecer com uma reflexão do reconhecimento cognitivo/instintivo anterior. A emoção também pode ser entendida como uma manifestação reduzida do instinto, este que praticamente cega os seres em relação à realidades que não sejam diretamente relacionadas a si mesmos enquanto que a razão se consistiria em uma evolução adequada resultando em um gradual equilíbrio cognitivo -- afetivo. 

Os animais não humanos são a priore e via de regra mais cognitivos/instintivos e portanto inconsciente a subconscientemente egoístas. Isto é, eles analisam cognitivamente, de acordo com os seus alcances perceptivos e sistemas corpo-mente, e tendem a exibir menor reação reflexiva ou afetiva. 

O ser humano tende a sentir a realidade de maneira mais profunda se é mais consciente desta realidade, isto é, que não está inteiramente relacionada a si mesmo. 

O ser humano menos evoluído é o psicopata justamente por ver a realidade de modo absolutamente centrada em si mesma, tal como fazem a grande maioria dos animais não-humanos (e também dos seres humanos, só que de modo menos intenso, em média).

O ser humano mais evoluído é o sábio por fazer exatamente o oposto do psicopata/ser vivo não-humano, em média. E no entanto ambos tendem a ser fortes na cognição isto é no reconhecimento sistemicamente superficial da realidade ou de parte dela. O sábio se distancia do psicopata por expandir este reconhecimento direto da realidade em direção à empatia/reconhecimento afetiva/reflexivo--emotivo--senciente.

O psicopata compreende melhor  sobre esta realidade do que a maioria, que também usa a sua compreensão, geralmente incompleta ou confusa, de modo egoísta, realidade esta que é indiferente ao nosso ego. O psicopata é o vencedor desta ''disputa'' subjacente em relação à maioria das pessoas ''normais'', menos dos sábios.  O psicopata, livre desta evolução meio caótica e muitas vezes ingrata da moralidade, filtra a realidade de maneira puramente cognitiva e a usa para o próprio benefício, como a grande maioria dos seres vivos não-humanos tendem a fazer, mesmo que esbocem atitudes altruístas, porque no final, haverá um predomínio dessas atitudes ego-cêntricas ou para a própria sobrevivência. O psicopata seria uma mistura de animal não-humano e de ser humano, porque, respectivamente, pensa de modo puramente instintivo ou ego-cêntrico como um ser vivo não-humano tende a fazer, e com um alcance perceptivo do mesmo nível que os outros seres humanos. Isto é, exibe uma ''liberdade'' de interpretação cognitiva e portanto mais correta, de modo frio, afastado ou pragmático e sem a empatia afetiva para re-sentir, ele passa a agir exatamente como muitos tipos de animais não humanos, só que tendo consciência de sua maldade e como é de praxe entre os seres humanos, sem poder ou mesmo desejar fazer diferente.

O sábio, novamente, tem ambos os sistemas (holisticamente perceptivos), cognitivo e afetivo, muito desenvolvidos. O psicopata até poderia ser entendido como uma espécie de sábio incompleto assim como a lógica também pode ser entendida como uma racionalidade incompleta.

A ideia de que a razão encontra-se afastada da emoção é parcialmente correta porque precisamos primeiro pensar cognitivamente para então depois sentir emocional ou afetivamente. O psicopata faz a sequência correta, a priore, mas não tem qualquer ou pouca afetividade, que se encontre separada do próprio ego. Alguns tipos de seres humanos pensam primeiro de modo emocional, que já se consiste numa violação estruturalmente fatal da lógica e com usuais reverberações negativas em suas ações visto que quem pensa primeiro com o ''coração'', estará mais propenso a ser guiado por ''ele'' e de se tornar vulnerável à exploração de outros seres/pessoas.


A regra usual é, primeiro, a ''empatia cognitiva'' (mediante o meu conceito mais holístico, isto é, se colocar no lugar/sentir-sensorialmente e reconhecer a existência de certa ''coisa'') e depois a ''empatia afetiva''. O psicopata, pelo que parece, apenas entende, e isso talvez já seja meio-caminho para agir de modo puramente calculista/cognitivo, tal como uma máquina, tal como uma vespa parasita ou um predador felino, só que com o mesmo alcance perceptivo que é comum aos seres humanos. O psicopata entende cognitivamente, O sábio antes entende cognitivamente  e sente emocionalmente depois, claro numa constância progressivamente qualitativa. Muitos seres humanos respeitando a evolução da humanidade a partir de outras espécies, enquanto continuidade lógica de evolução, também pensam primeiro de maneira cognitiva e pensa/sente emocionalmente depois, porém as suas abordagens são geralmente incompletas, isto é, não buscam a melhor das respostas. 

O sábio então pensa como um psicopata ou como um animal não- humano, de modo lógico e ao refletir o seu pensar o enriquece com a necessidade de se sentir e é a partir dai que ele começa a construir a sua razão, completando o ciclo do pensamento, cognitivo e afetivo. O sábio seria como o ''gênio'' da ''normalidade'', só que com base em uma excelência para o entendimento ativo do bom senso, que eu já comentei que se consiste na evolução qualitativa do senso comum.

A emoção assim como várias outras facetas mentais da humanidade encontra-se mais intensa ou desenvolvida nos seres humanos e tem um papel importante a priore de tornar nossas percepções mais equilibradas e menos "frias" e incompletas (egocêntricas), que é a regra no meio natural.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Quanto mais longe do instinto mais ingênuo?? E a perspectiva existencial perfeita do sábio, a zona habitável pra ''vida inteligente''

O ser humano é o animal menos instintivo de todos. Mas entre nós alguns ainda serão menos instintivos do que os outros. Um padrão recorrente. Em qualquer eleição para presidente ou plebiscito "os mais [ cognitivamente ] inteligentes" tendem a votar de maneira equivocada em especial a partir de uma perspectiva instintiva enquanto que o oposto tende a ocorrer entre os "menos [ cognitivamente ] inteligentes". O voto pela saída do Reino Unido na União Europeia é um exemplo desta realidade. Também é provável esperarmos que uma grande proporção de americanos "mais [ cognitivamente ] inteligentes" votem no candidato democrata para presidente ainda que tais tendências pareçam variar de país para país. 

Escolhas politicas estupidas parecem ser lugar comum para uma grande proporção de pessoas que exigem "maiores capacidades cognitivas". E essas escolhas tendem a se correlacionar significativamente com abordagens instintivas.  Por exemplo, ser a favor ou contra a imigração em massa pode revelar o quão "instintivamente inteligente" você está

O instinto e a intuição são formas habituais do pensamento humano e predominantemente dominantes entre as outras espécies. O instinto é veloz e eficiente mas são justamente as suas qualidades que podem ser problemáticas em especial em ambientes em constante transformação. 

Comportamentos herdados são instintivos por excelência e revelam o modo de vida/estratégia de sobrevivência das espécies. O ser humano exibe em média menor influência instintiva em seu comportamento quando comparado com outras espécies ainda que permaneça forte e atuante de qualquer maneira. Alguns seres humanos são ainda menos instintivos que os outros. O aumento do pensamento reflexivo parece se relacionar com uma redução do instinto. Outro fator potencialmente correlativo e desvantajoso é que a redução do instinto pode tornar o ser, humano ou não, mais vulnerável à técnicas de hipnose se o mesmo também define as nossas personalidades.

Maior livre arbítrio = menor senso de identidade, mais demorado será a construção desta identidade, mais vulnerável  será este processo e maiores serão as chances de formar seres humanos manipuláveis. 

Por outro lado os seres humanos mais instintivos tenderão a apresentar um senso excessivo de identidade, a partir de uma perspectiva humana, uma autoconfiança excessiva perto do nível de uma megalomania. 

Pelo que parece o melhor caminho por agora para o pleno entendimento da realidade da identidade do indivíduo se dá a partir do meio deste espectro entre o livre arbítrio e o instinto. No entanto um livre arbítrio, por agora inexistente, sugere uma maior domesticação, e mais, sem ter uma proposta lógica, visto que não viveremos pra sempre e talvez a possibilidade de transcender as nossas identidades pareça excessivo, sem razão nem propósito. O cérebro perde a plasticidade e o suposto maior arbítrio dos mais domesticados, livres de doses maiores de instinto que os faria menos plásticos em seus comportamentos, como não tem utilidade lógica, os transforma em seres manipuláveis, por serem desprovidos de sensos mais protuberantes de si mesmos ou autoconfiança. 

O sábio novamente por se localizar no meio deste espectro se embebe tanto da necessidade fundamental de se saber quem é quanto pela possibilidade de contestar a si mesmo, isto é, unindo duas abordagens espectralmente opostas, tendo consciência e confidência instintiva sobre si mesmo, mas ao mesmo tempo desconfiando, se julgando, ou a reflexão.


Tal acontece com o planeta Terra que encontra-se em uma zona habitável de nosso sistema solar, além de outras características únicas, o mesmo acontece com o sábio que se encontra em uma zona habitável para a real vida inteligente, em um sentido constante, imediato e portanto exponencialmente dominante, de se tentar ser de fato inteligente a todo momento, aquilo que os humanos tendem a tratar como ''o pecado da perfeição comportamental''. 

A domesticação por reduzir o instinto pode aumentar a reflexão, mas não a um nível da sabedoria, pois funciona mais como um ''não-instinto'' do que como uma sabedoria, que como eu já falei antes, também é constituída pelo mesmo.

Observando os cachorros mais mansos, percebemos que a falta de instinto nos torna altamente vulneráveis ao ataque alheio, exatamente como ''presas fáceis'' porque com isso deixamos de 

nos entender
desconfiar das outras pessoas

até mesmo por causa de uma provável redução do pensamento intuitivo não-criativo, isto é, o modo de pensar habitual de todas as formas de vida, incluindo a humana.

Certas impressões ou preconceitos cognitivos estão apenas certos ainda que potencialmente conflitivos justamente por se consistirem em técnicas de abordagem ideacional e comportamental pragmáticas, lógicas, solucionadoras de problemas praticamente homicidas, que não pensam em nuances, mas de maneira eficaz em generalizações espectralmente corretas ou por aproximação/impressão.

Caímos no velho espectro do predador e da presa. 

Portanto como conclusão deste texto, muitos dos mais cognitivamente inteligentes, também parecem ser mais domesticados, isto é, destituídos de uma maior capacidade instintiva, resultando na ingenuidade, em especial, para lidarem com as outras pessoas. Tal como raças caninas muito domesticadas estes tipos de humanos parecem ser muito vulneráveis tanto para a domesticação cultural, se já exibem um déficit instintivo, quanto para o abuso de outras pessoas. 

O sábio comunga com as duas psicologias, do predador e da presa, e por isso que é perfeito para a função de administrador das sociedades humanas, para entender o comportamento e prover as soluções que de fato serão as mais racionais.

Presas tem pouca intuição sobre a intenção alheia por serem menos não-verbais. Predadores por outro lado serão muito fortemente não-verbais, denotando grandes habilidades de manipulação/caça. 

No entanto, a psicologia da presa relaciona-se muito com a sabedoria por mostrar o quão grande pode ser o valor do amor em um mundo brutalmente misterioso como é o nosso.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Hipótese sobre a intuição: Funcionamento assimétrico/"independente" ou mais rápido de alguma parte do cérebro em relação ao resto do órgão...

...que passa a ideia que não pensamos para termos ideias intuitivas. 

A minha nova hipótese para explicar e entender a intuição. Todos nós temos intuição mas em uma minoria ela será muito mais intensa. O funcionamento assimétrico ou que aparenta maior independência de uma das partes do cérebro em relação às demais, e nomeadamente, em relação as que monitoram os pensamentos, se existirem é claro, produz a sensação de não-reconhecimento das próprias ideias puramente intuitivas, isto é, a sensação de que não fizemos qualquer esforço deliberado para produzi-las, de que elas vieram até nós sem que tivéssemos chamado, que muitos poetas chamam de ''musas''. 


Reconhecemos pra nós mesmos os pensamentos que estamos mais familiarizados ou que já foram internalizados. No entanto quando produzimos uma nova ideia a consciência cerebral não a reconhece como produto de seu esforço. 

Vamos imaginar um experimento metafórico em que nós temos dois cronômetros em que um precisa monitorar o outro, claro, usando tecnologia avançada de computador. Desta maneira os dois conseguirão acompanhar um ao outro sem maiores problemas. Mas e se um dos cronômetros for programado pra ser muito mais rápido que o outro???


Então este reconhecimento/acompanhamento mútuo é provável de não ser bem sucedido. Quando temos ideias intuitivas o sistema cerebral que monitora os nossos pensamentos não as reconhece como nossas, como seus produtos. Já quando memorizamos ou internalizamos uma ideia ou pensamento, e quando a recobramos para que possa ser usada, não existe qualquer sensação estranha de que veio ''do nada''.

 É como no caso da hanseníase quando o portador sofre algum atrito em uma parte afetada do seu corpo e o cérebro não interpreta "logicamente" como ''sentir dor'', ou melhor,  quando fazemos cócegas em nós mesmos e quando outra pessoa faz, claro se você tiver sensibilidade nas áreas que forem estimuladas. O cérebro se antecipa pois já sabe que iremos fazer cócegas em nós mesmos. Mas quando é outra pessoa então sentimos cócegas porque o cérebro é pego desprevenido. O mesmo acontece com a intuição em que o cérebro não consegue reconhecer as nossas ideias intuitivas como nossas. Mas por que isso acontece*

 A partir de um nível neurobiológico, como é que temos ideias originais???

 Segundo uma de "minhas' teorias, os criativos apresentariam idiossincrasias cerebrais, geralmente de assimetrias no funcionamento de seus cérebros, isto é, uma das áreas funcionando acima da média em relação às outras. A maioria dos mais criativos costumam ser muito mais inteligentes/perspicazes mas apenas em algumas áreas. A assimetria cerebral bem que poderia ser entendida como uma marca neurobiológica para a criatividade. 

Poetas, escritores, cientistas relacionados a uma ou dois áreas mais específicas etc, são assim. 

E quanto mais original ou essencial for o criativo, mais intuitivo ele será. Eu por exemplo que tive essa ideia por pura intuição logo que acordei pra ir ao banheiro às seis da manhã, exibo um perfil psico- cognitivo intermediário, entre as ciências 'mais' difíceis (disposição mecanicista de pensamento) e as humanidades (disposição mentalista de pensamento), e assimétrico, isto é, que é muito bom em alguns aspectos mais específicos da inteligência verbal, nomeadamente a sua parte fluida e muito ruim em matemática, em que sei apenas o básico, apenas até a sexta série do ensino médio, extremamente ruim para solucionar problemas matemáticos e em geometria que é quase o mesmo que grego antigo pra mim.

Portanto, o cérebro não é capaz de reconhecer ou monitorar a atividade em áreas que são assíncronas/mais rápidas em relação às demais e isso acontece especialmente em cérebros que exibem uma distribuição altamente assimétrica de atividades/forças. É interessante notar que a criatividade tende a ser o produto de uma atividade cerebral integrada, só que, a meu ver, isso não impede que também seja o resultado de assincronia dessas forças. O cérebro todo se ilumina, mas as partes mais intensas se iluminarão muito mais resultando na intuição, aquela minha ideia que já expus até mesmo em forma de poesia, o pensar muito rápido ou intuitivo. E esta maior intensidade/velocidade não será plenamente percebida ''pelo cérebro'', resultando nesta estranha sensação quando temos ideias criativas, de que elas vieram até nós sozinhas, sem termos feito qualquer esforço.

Ao menos em relação a mim mesmo eu vejo uma relação praticamente fundadora ou intrínseca entre esta assimetria ou seria melhor, assincronia de atividades cerebrais e a criatividade. É uma hipótese, é claro.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Intuição pura (não sabe como) e intuição parcial (apreensão de detalhes)




Tive uma percepção -da- percepção um dia desses. Foi a ideia metafórica de associar a tragédia do Titanic com a farofada da decadência ocidental atual que me veio de uma maneira puramente intuitiva, isto é, sem ter qualquer conhecimento de sua origem, de como que cheguei a ela, ou que ela chegou até mim. Foi com certeza uma intuição pura. Em compensação ''ontem'' eu tive uma intuição parcial, isto é, eu estava ruminando sobre um certo assunto e me veio uma nova maneira (ao menos pra mim) de se pensar sobre ele. Intuição pura é mágica, misteriosa e avassaladora. Algumas de nossas melhores ideias, versos ou pensamentos vem justamente por ela. Em relativo contraste, a intuição parcial não parece ser muito impressionante ainda que seja instrumentalmente fundamental de qualquer maneira.

A intuição parcial parece se relacionar com a apreensão de detalhes ou reconhecimento de novos padrões advindos de um esforço mental direcionado anterior. Isto é, parece que se consiste em um exercício mental sistematicamente reflexivo, pensar várias vezes e objetivamente sobre o objeto de interesse até tropeçar em alguma nova associação.