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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Outra proposta tresloucada: o introvertido (e tipos parecidos) incorpora mais o ''humor'' do ambiente que o extrovertido...

O ambiente está cheio de pessoas. Então eu pego um espelho e o aponto para a multidão. Pronto, o espelho os está refletindo. Ou melhor, eu pego um termômetro e mensuro a temperatura do local. Ou ainda melhor, eu pego uma pessoa introvertida e a coloco neste ambiente denso, cheio de pessoas, de barulho, de olhares, de cheiros, de intencionalidades, etc... 

O introvertido parece que incorpora mais o ''humor'' do ambiente do que o extrovertido, que parece ser mais insensitivo a essas mudanças e mesmo, intrinsecamente mais motivado, seja em um ambiente isolado ou bem no meio do turbilhão social. O introvertido reage de acordo com o ambiente, o extrovertido parece ser mais insensível ao ''humor'' do mesmo.

O extrovertido, [parece que é] por ser mais instintivo/impulsivo, parece ser mais ativo do que reativo, isto é, que a sua extroversão, mais do que uma reação ao ambiente, mais parece se consistir em uma ação intrínseca/primária, independente do ambiente, em um impulso mais do que em uma resposta.

Sonhos, saudades e medos...

A emoção é a resposta de todo o corpo,
O tato gela, a audição aguça, o paladar azeda ou adoça, a visão vislumbra ou endossa,
O sonho ou o pesadelo, chorar piedade, ou correr sem rumo, em desespero, 
De não querer mais acordar, que o beijo da vida nunca o desperte,
No sonho, todos os sentidos se tornam um só,
Podemos ficar excitados, confusos, tristes ou acoados,
Podemos sentir a alegria, aquela ilusão, como se fosse a felicidade, 
E podemos sonhar acordados, ou apenas concluir,
Quando noite e dia são um só,
Quando a chuva se casa com os raios do sol,
Quando é a saudade que nos invade e nos domina, 
Quando nos sentimos firmes, porém calmos,
Confiantes, porém conformes, 
Quando choramos, mas sorrindo e entregues,
Quando encontramos a vida, só por um pouquinho,
E num por, os olhos se fecham, e voltamos à cegueira, ao vício de querer,
Ao invés de deixar-se e morrer,
No medo, a morte nos encontra e nos caça,
A reconhecemos primeiro, as veias ficam frias, o coração palpita, suamos, como um choro, como um grito, e nos preparamos,
aflitos, sem pensar muito, 
E o corpo reage ao mundo,
Reage à ação,
Ao mito,
Se o ato de responder à vida, é o mesmo que sorrir, sofrer,
Que o ato de ser, de ecoar todo o seu mistério, 
Que refletir as suas cores, que refletir raios, rancores,
Que refletir aos padrões que a tudo constroem e destroem,
Enxugamos água enquanto derretemos, 
Em sonhos, saudades e medos, 
Reagimos, rezamos, chamamos por Ele,
nos enganamos, porque chamamos por nós mesmos,
Chamamos por Deus, por nosso ideal,
Por nosso Eu-sabedoria... 

''Distância psicológica'' para alguns transtornos de personalidade e outras variáveis... via ''big five traits''

  Em média...    


                       Extroversão / Estabilidade emocional / Agradabilidade

Psicopatia             0,7                         0,8                             0,2                


                       Escrupulosidade / Abertura para a experiência

Psicopatia             0                                    0, 6




                      Extroversão / Estabilidade emocional / Agradabilidade

Sociopatia           0,8                            0,5                             0,4


                      Escrupulosidade / Abertura para a experiência

Sociopatia               0,2                                0,7



Surpreendentemente ou nem tanto a psicopatia parece se relacionar com alguns dos traços ''mais positivos'' do big five traits, como a extroversão e a estabilidade emocional. Eu estimei [ ;), que parece bem óbvio } que o nível de ''escrupulosidade'' ou conscienciosidade e de agradabilidade, entre os psicopatas, será, em média, extremamente baixo como parece ser o lógico neste caso.

As possíveis diferenças entre a sociopatia e a psicopatia é a de que o sociopata ainda age como um neurotípico emocional, com toda a paleta de emoções ''humanas' presentes... enquanto que o psicopata busca emular a personalidade neurotípica média, porque não lhe vem de maneira natural.




                 Extroversão / Estabilidade emocional / Agradabilidade  

Autismo           0,3                          0, 4                           0,4


                   Escrupulosidade / Abertura para a experiência

Autismo                0,7                             0,5



Eu estipulei (chutei, ;)) que a ''distância psicológica'' do espectro do autismo em relação aos ''cinco traços'' se dará pela seguinte ordem crescente de importância: evidentemente menor na extroversão, moderadamente baixo em estabilidade emocional e agradabilidade, moderado em abertura para a experiência e alto em escrupulosidade. E claro que posso estar perfeitamente errado. A ideia de ''moderado'' pode ser enganosa neste caso, pois pode ser confundido como ''baixo'' ou de ''baixa intensidade''. Partindo da ideia que o espectro do autismo seja bastante diverso no quesito abertura para a experiência mesmo no âmbito individual e pela própria ideia de ''moderado'', esta ''distância psicológica'' baseada em meu conceito de intrinsicabilidade/ intrinsecabilidade, significa que ''uma correlação'' de 0,5 na verdade significa que, tanto a nível individual quanto a nível coletivo, haverá uma tendência de grande variabilidade de tipos ou de potencial expressivo, isto é, que haverá uma grande variação em abertura para a experiência entre os autistas, e que também poderá haver uma heterogeneidade interna na manifestação desta característica a nível individual,  por exemplo, de se ser muito intenso em uma faceta da ''abertura para a experiência'' mas muito baixo em outra.





               Extroversão / Estabilidade emocional / Agradabilidade

TDAH             0,7                          0,4                           0,4


               Escrupulosidade / Abertura para a experiência

TDAH             0,3                                0,7



Alto em extroversão e em abertura para a experiência ( déficit de atenção e hiperatividade, respectivamente ;) ). Moderadamente variável [e não necessariamente baixo} em estabilidade emocional, agradabilidade e em escrupulosidade. 





                        Extroversão / Estabilidade emocional / Agradabilidade

Esquizofrenia          0,4                          0,2                             0,3


                        Escrupulosidade / Abertura para a experiência
                     
Esquizofrenia              0,4                             0,8



Interessante perceber que em relação a quase todos os traços ''mais positivos'' a esquizofrenia, segundo o meu chute pensado, pontuará abaixo da ''média de variabilidade'' [de intrinsecabilidade}.







                      Extroversão / Estabilidade emocional / Agradabilidade

Sabedoria               0, 3                      0,7                               0,7


                      Escrupulosidade / Abertura para a experiência

Sabedoria                0,8                               0,7







                      Extroversão / Estabilidade emocional / Agradabilidade


Criatividade           0,5                          0,4                           0,4



                       Escrupulosidade / Abertura para a experiência


Criatividade                 0, 4                           0,8




O criativo, por ser em média menos introspectivo, também tenderá a ser menos introvertido e mais ambivertido, ainda que estejamos usando o ''velho'' ''big five traits'' para estipular/chutar, analisar e comparar essas diferenças, e portanto a minha ideia de omniversão não está sendo usada (mas eu tenho  a impressão de que se localizaria entre a sabedoria e a criatividade). As diferenças entre os dois tipos também podem ser notadas por meio de suas médias de estabilidade emocional em que o criativo será em média mais propenso a maiores desníveis de humor que o [mais] sábio. Em abertura para a experiência ambos pontuarão alto, especialmente o criativo, e o sábio tenderá a pontuar alto especialmente na faceta ''intelecto'' deste construto psicológico. Em escrupulosidade os sábios devem pontuar muito alto em claro contraste com o criativo, que tende a ser mais intuitivo e portanto mais instintivo/impulsivo. Em agradabilidade novamente percebemos as diferenças contrastantes entre os [mais] sábios e os [mais] criativos. Interessante notar que os [mais] sábios tendam a pontuar mais alto em quase todos os traços ''positivos'' do big five, menos na extroversão.




                      Extroversão / Estabilidade Emocional / Agradabilidade

Inteligência           0,5                            0,7                          0,7


                       Escrupulosidade / Abertura para a experiência

Inteligência                0,7                             0,7



As semelhanças entre ''inteligência'' [cognitiva ou QI} e sabedoria são grandes. No entanto, enquanto que a primeira mais parece se manifestar de maneira mais moralmente diversa (e portanto com maior diversidade de imoralidade, em contraste com a sabedoria que é impossível de ser imoral) e de modo mais superficialmente qualitativo, especialmente em termos psicológicos/comportamentais, a sabedoria manifestar-se-ia de modo muito mais autêntico/característico/genuíno, moralmente falando, tal como uma inteligência menos cognitiva e com desígnios laborais, e mais como uma inteligência real, existencialmente realista, centralizada na qualidade do comportamento e do pensamento, mais do que em sua aplicação em tarefas puramente cognitivas. 






''Distância psicológica'' das macro-raças humanas

                                     Extroversão / Estabilidade Emocional / Agradabilidade  

Europeus caucasianos           0,5                          0,6                            0,6


                                      Escrupulosidade / Abertura para a experiência

Europeus caucasianos              0,6                                0,6



                                     Extroversão / Estabilidade Emocional / Agradabilidade

Leste asiáticos                       0,4                        0,8                               0,5


                                     Escrupulosidade / Abertura para a experiência
                                   
Leste asiáticos                         0,7                               0,4




                                     Extroversão / Estabilidade Emocional / Agradabilidade


Africanos subsaarianos        0,8                         0,4                              0,4


                                        Escrupulosidade / Abertura para a experiência

Africanos subsaarianos               0, 4                               0, 6








                                    Extroversão / Estabilidade Emocional / Agradabilidade


Judeus asquenazes*               0,7                         0,6                             0,4



                                   Escrupulosidade / Abertura para a experiência

Judeus asquenazes                 0, 5                             0,7


* A estimativa ou chute mais fraco



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Classe sociais/cognitivas e big five traits (estimativa, é claro... lógica intuitiva /chute pensado)

Em média

Extroversão: moderadamente alta nas classes altas,
 moderada nas classes médias 
e alta nas classes baixas

Estabilidade emocional: moderadamente alta nas classes altas, 
alta nas classes médias e
 baixa nas classes baixas

Amabilidade: baixa nas classes altas, 
moderada nas classes médias
 e moderada nas classes baixas

Escrupulosidade: moderadamente baixa nas classes altas, moderadamente alta nas classes médias
 e moderada nas classes baixas

Abertura para experiência: moderadamente alta nas classes altas, moderadamente baixa nas classes médias
 e baixa nas classes baixas


Classes sociais refletem as características psicológicas/ cognitivas das pessoas que pertencem ou que buscam pertencer a elas 

Os mais ricos tendem a ser mais enérgicos, agressivos, motivados (ambiciosos) para o enriquecimento material. Poder e conforto/segurança maximizada se consistem em suas principais motivações existenciais/sociotípicas. 

Os mais ricos também tendem a ser mais astutos (tipo imoral de criatividade prática) do que as outras classes, tendendo a mentir e a manipular com o intuito de se sobressaírem em relação às outras classes sociais.

Os mais ricos que não apresentam qualquer significativa presença de traços de personalidade anti-social são como as pessoas de classe média só que providas de maiores capacidades psico-cognitivas. 

Os socialmente moderados tendem a buscar, conscientes ou não, por um certo equilíbrio, porque a principal razão que os motiva é a estabilidade social/existencial [mundana/tecno-funcional]. 

Os mais pobres sem traços de personalidade anti-social são como os socialmente moderados mas com menores capacidades psico-cognitivas (especialmente as de natureza ''quantitativa') enquanto que aqueles com maior presença de psicopatia, sociopatia ou outro transtorno permanente/intrínseco de conduta, tendem a se assemelhar aos mais ricos com as mesmas características mas se diferenciam por suas menores capacidades maquiavelicamente mentalistas de parasitismo ou mesmo de predação. 

Os mais pobres sem esses transtornos tendem a buscar também por uma maior estabilidade social/existencial, tal como fazem os socialmente medianos ou de classe média. 

Portanto, generalizadamente falando, nós temos três macro-grupos sociais em que os de classe social mais alta são os que mais diferenciam por buscarem pela maximização de seus confortos pessoais e também pelo poder, enquanto que as outras classes sociais, ainda que existam níveis de desejo por dominação, só que mais moderados, são, universalmente  falando, mais direcionados para a estabilidade existencial via trabalho e remuneração assalariada. 

Interessante pensar que a maior presença de elementos anti-sociais de diversos níveis de intensidade nas classes mais baixas tendem a fazê-los mais parecidos com as classes mais altas, ainda que o ''pobre'' sem essas ''exuberâncias'' sejam muito mais parecidos com os ''socialmente medianos''. 

Distância psicológica entre os traços de personalidade big five


                      Introversão / Estabilidade  Emocional / Escrupulosidade / Agradabilidade 
Introversão             1                               0,4                              0,4                      0,6                    


                     Abertura para a experiência/ Extroversão 

Introversão                        0,4                             0



O exemplo hipotético acima é uma demonstração desta minha (ou não) ideia que eu peguei da ''distância genética'' entre as populações/raças etnias humanas. Por que não uma ''distância psicológica''**

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Não existe lei da natureza

Resultado de imagem para cadeia alimentar


Os animais não-humanos apresentam variável porém homogeneamente diminuta autoconsciência SE forem comparados aos seres humanos. Eles não se matam porque é a lei da natureza, porque se eles fossem plenamente despertos pra realidade eu não duvido que passariam a ter muito mais remorso por suas ações inter-destrutivas que delineiam a cadeia alimentar. Eles são um grupo excepcionalmente diverso de vidas que não agem como agem porque tem plena consciência de seus atos pois são, assim como nós ainda continuamos a ser, forçados a agirem assim, não o fazem por plena vontade, por clara consciência dos seus atos. O instinto os faz se matarem, se predarem. A autoconsciência é por si mesma a expansão da capacidade da vida que se consiste no espelho do universo, de perceber, entender mais profundamente a realidade em que se encontra, em que está, e de se agir de maneira subsequentemente lógica ao seu grau de autoconsciência e eu diria mais de consciência da realidade

A "lei da natureza" não é, olho por olho dente por dente, porque esta não é a causa mas o efeito da causa tal como toda lei é uma causa e com efeitos. A lei da natureza neste sentido e que eu continuo a teimar que não possa ser chamada assim de lei [ou talvez sim} se consiste na quase universalidade da hegemonia do instinto e da parca clareza de entendimento factual sobre as ações dos seres vivos


 Portanto não tente justificar a sua preguiça e mesmo vilania egoísta de caráter culpando a natureza porque além de excessivamente abstrato ainda será concretamente equivocado para não dizer o mínimo.

A auto-crítica é o princípio da maturidade e da racionalidade...

Somos muitas vezes excepcionais para ver os defeitos alheios [assim como também tudo aquilo que eles, os outros fazem, por exemplo, as suas profissões, especialmente se forem diferentes das nossas], mas tendemos a pecar gravemente na hora de nos olharmos no espelho e buscar por nossas próprias falhas de maneira honesta.

A fronteira que separa a racionalidade e a sabedoria, ou também, a maturidade intelecto-emocional, da lógica e tudo aquilo em que se manifesta, é justamente a capacidade de auto-crítica, honesta, completa (moral/afetivo e lógico/cognitivo) e construtiva.


Macro concreto versus ou/e abstrato, qual é a diferença*

Toda abstração factual é uma macro-concretude ou sistema de fatos compilados (ao invés de ser apenas um fato isolado e concreto), tende a representar a expressão ou comportamento do concreto ou orgânico ''simples''  e/ou tem uma raiz concreta/orgânica simples. Não existe abstração pura. 

''Empatia'' e 'capacidades sociais'': Você é capaz de concordar com as outras pessoas mesmo se não o faz internamente* Você é capaz de mentir facilmente* Você é capaz de criar uma persona social que é diferente de sua real personalidade*

Autistas nascem sem personas sociais pré-programadas 

Somos ou tendemos a ser diferentes pessoas em diferentes ambientes e isso até pode ser denominado de adaptabilidade social.

No entanto os autistas pelo que parece tendem a ser eles mesmos, isto é, as mesmas pessoas em diferentes ambientes, especialmente quando ainda não tomam plena consciência de suas diferenças e subsequentes tentativas dolorosas de re-adaptação.

Podemos dizer que para ''os'' autistas (se isto se consistir em uma realidade universal ou macro-característica do grupo) ''o mundo é a sua casa'', mesmo quando não deveria ser. 

Ou não....

Por que a homofobia** Incapacidade subjetiva ou pessoal de lidar com situações ou questões complexas MAIS adendos sobre os sociotipos ''observador'' e ''trabalhador''

Me coloque para fazer uns exercícios de matemática mas não espere um sorriso franco do meu rosto, porque eu não vou te dar. Sim, eu vou ficar ansioso, chateado, olhando pra a janela, se tiver uma, desatento, porque eu não gosto e não tenho vocação natural pra resolver problemas matemáticos. A matemática é complexa demais pra mim, parece até que estou lendo em grego clássico ou em mandarim lá da Cochinchina. A matemática me faz ter certeza quando à incerteza e isso me deixa nervoso, mas não é apenas comigo, e não apenas a matemática, porque pra outras pessoas outros fatores podem ter o mesmo efeito indesejável. Quando os nossos cérebros avantajados e complicados se deparam com algo que identificam como ''ilógico'', que não faz sentido,  que é complexo demais pra entender então tende a refugar ou a demonizá-lo. É o que parece acontecer com os homofóbicos especialmente quando nos deparamos com os seus argumentos, quase sempre nesta linha da ''normalidade e da anormalidade'' ou melhor, daquilo que consideram como natural e como inatural.

Homossexuais não procriam ou raramente o fazem e isso já é motivo para que os homofóbicos irreflexivos [n]os ataquem, porque em suas cabeças hiper-pragmáticas, de trabalhadores, as coisas tem sempre que ter alguma serventia, tem de ser úteis pra alguma finalidade, do contrário, são inaturais, inúteis, problemáticas, etc..

E nada mais histriônica porém significativamente útil do que um procriador porque sem vida, não há vida. 

Em um outro e se possível breve texto eu vou comentar sobre este cisma existencial entre os sociotipos de trabalhadores e de observadores, isto é, entre a ''conscienciosidade'' e a ''abertura para experiência'', mas que também podem ser, creio eu, facilmente traduzidas como ''ordem e utilidade'' versus ''experimentação e vivenciação''.

Como eu já falei nos primeiros textos para diferenciar os sociotipos, os trabalhadores, por serem desprovidos de uma grande consciência ou despertar da vida, por serem mais amalgamados, mais ''bichanos'', mais domesticados, mais designados para o trabalho, tal como se fossem [e talvez sejam} proto-savants de alto funcionamento, tem pouca fome de viver intensa e significadamente. O contrário acontece com o mais desperto observador, que por causa de sua condição melancólica e eufórica, isto é, omnivertida, completa enquanto ser, rapidamente internaliza e torna ainda mais real, mais consciente, a artificialidade que se consistem as sociedades humanas, vendo-as como insuficientes para que possam sanar as suas fomes de curiosidade e de vivenciação, pelo simples ato de viver a vida. O trabalhador não liga que ele está vivendo, que isso é fantástico, único, misterioso e frágil, não liga se morrer amanhã, ou o faz de modo muito mais pragmaticamente desprendido do que o observador. Uma das características deste sociotipo assim como das massas em geral é de um constante torpor que os torna muito menos curiosos e entusiasmados com a vida desde as coisas supostamente mais simples, como o canto dos pássaros ou uma chuva de verão. Muitos trabalhadores são de esquizotípicos parciais, pois tendem a se ligar à crenças metafísicas que os garantem certezas existenciais, isto é, ''resolvem'' justamente o problema da incerteza existencial que praticamente caracteriza o observador e o faz observar e sentir o mundo de maneira muito mais intensa.

Viver é a finalidade em si... 

O trabalhador internaliza rápida e precipitadamente que o laboratório social em que vive e em que é usado, se consiste na única e perene verdade, ou, apesar de saber que não é apenas isso, não tem forças intrínsecas que o faça superar esta etapa de conscientização e de posterior tomada subsequentemente lógica de decisão, isto é, de despertar quanto à vil realidade que antes tomava como a única que existia, e a de se tentar se desconectar deste nível baixo, semi-servil de consciência existencial e de buscar por valores morais/éticos e filosóficos/de vivenciação ou experimentação da vida muito mais altos, metaforicamente falando, de começar a escalar as montanhas em busca da cristalina sabedoria. 

Portanto para a maioria dos trabalhadores, especialmente os mais característicos ou pragmaticamente utilitários e portanto ''anti-artísticos'', a homossexualidade nada mais é do que um transtorno sem utilidade, enquanto que para a maioria dos observadores, especialmente os mais característicos ou uber-artísticos/verdadeiramente filosóficos/sábios a homossexualidade se consiste em mais uma característica ou variedade de comportamento que apresenta o simples e fundamental valor da vivenciação, da experimentação, porque a vida assim o é, em seu íntimo, queiramos ou não, entendamos ou aceitamos ou não, independente do seu valor ''utilitário'' e neste caso, mais especificamente falando, do seu valor reprodutivo. Mas para uma mente existencialmente ou filosoficamente limitada, de natureza insensível, eternamente pré-consciente [eternamente enquanto dure}, não existe tal coisa. Isso explica o porquê deste tipo tender a ser ''artisticofóbico'', porque não consegue ver o valor existencial da arte, porque ele já não é capaz de ver valor na vida em si, em sua própria vida, ainda que a viva mais protegida das amarguras de uma auto-consciência mais desperta e que muitas vezes pareça amá-la mais do que a nós. Nada se equipara à autenticidade ou à honestidade dos fatos, e quanto mais desperto ou conhecedores estamos sobre algo, mais autênticos ou legítimos estaremos e portanto, um melancolicamente eufórico pensador, inevitavelmente verá mais valor na vida, de maneira menos ou mais completa, do que um trabalhador, mais auto-protegido de sua verdade, tal como se tivéssemos dois cavalheiros disputando o amor de uma dama e um deles soubesse mais de sua pretendida do que o outro, isto é, mais próximo da verdade, da autenticidade de se de fato saber.

A homossexualidade como conclusão é vista pelos homofóbicos que são em sua maioria de mentes mais estreitas, de trabalhadores [e quando ocorrem mesclas deste tipo com outros sociotipos, o ódio à homossexualidade caminhará para ser inevitavelmente de natureza pragmática, que tende a ser intimamente relacionada com a sua mentalidade pragmaticamente utilitária), como um estorvo sem valor [reprodutivo], apesar de que, baseados em uma perspectiva sub-perceptiva eles estão certos, porque eles são incapazes de compreende-la, pois está acima de suas capacidades, e até poderíamos concluir que, homofóbicos especialmente os de trabalhadores, também tendem sentir o mesmo sentimento de incompreensão e desprezo em relação ao valor da arte. Se não compreendemos, refugamos nos aprofundar no assunto, ou o demonizamos.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Ideologia, irracionalidade e a metáfora do carro com defeito

Vamos imaginar que você decidiu comprar um carro. Foi na concessionária, escolheu o modelo e o comprou. Como é um caso hipotético e metafórico você percebeu defeitos de fabricação no veículo mas decidiu comprar porque ele é o seu número. Então chega em casa com o carro e passa a usá-lo em seu cotidiano. Os defeitos dele estão aí mas você não liga porque está apaixonado pelo carro. O carro tem problemas pra dar marcha ré mas você não liga e tenta justificar dizendo que todos os carros acabam tendo problemas ou que este defeito não é nada perto daquilo que outros carros costumam ter. Isso é irracional. Escolher um carro sabendo que tem defeitos e ainda por cima justifica-los. Em um mundo real você teria sido interditado por algum psiquiatra por ordem de seus familiares. Quando interagimos com o mundo inanimado, seja com o inanimado natural ou o inanimado artificialmente criado por "nós", ou mesmo quando o fazemos com os outros seres vivos tendemos a ser ao mesmo tempo, extremamente frios mas também bastante precisos, porque afinal de contas  não há nada de errado em dizer que aquela pedra é feia ou que acha que aquele animal é feio ou estúpido. No entanto quando passamos a lidar com nós mesmos um mundo de atalhos, de labirintos ou subterfúgios se abre pra nós e esta relação franca, objetiva e fria desaparece. 

E se eu lhe dissesse que você, a maioria de nós é muito provável que está praticando o exemplo metafórico acima, do carro com defeito!??


Sim a grande maioria já caiu de amores por algum carro com defeito e o comprou.


Apenas mude a palavra carro por sistema de ideias pra ver no que acontece.


E lembrando que sanidade mental não é o mesmo que saúde intelectual, ainda que tendam a se correlacionar. A sanidade mental é sinal de que está tudo ok com o cérebro no que diz respeito ao seu funcionamento. A saúde intelectual é sinal de que está tudo ok com a expressão do cérebro, ou aquilo que o cérebro é capaz de produzir. Poder-se-ia dizer que um cérebro mais criativo e racional/a sábio seja um ótimo sinal de saúde ou vigor intelectual, intelectualmente falando. Mas que isso necessariamente não significa que está tudo ok ou normativamente ok com o cérebro, se tanto a criatividade quanto a sabedoria necessitam da ordem e da desordem para alcançar a completude perceptivo-analítica, psico-cognitiva (criatividade) e moral/ macro-existencial (sabedoria). Sanidade mental também pode ser interpretado como ''homogeneidade de intensidade'', a brandura da medianidade enquanto que a saúde intelectual tende a ser o produto de uma maior intensidade porém com igual força da balança para equilibrar os saltos, a dinâmica vívida que tanto a criatividade quanto a sabedoria/ criatividade moral tendem a resultarem.

Sabedoria também é saber o momento certo

Eu me lembro muito bem na escola acho que na terceira ou quarta série quando uma colega de classe (da qual eu nutria interesses tímidos) em um jogo promovido pela professora me sorteou e como resultado teve que escrever algo sobre mim numa folha de papel e depois me enviar. Eu não me lembro direito quem foi que eu peguei e o que eu escrevi, mas sei quem foi que me sorteou e o que ela escreveu porque aquilo me impactou a ponto de se tornar lembrança cristalizada. Ela escreveu que eu sou um garoto legal que sabe a hora certa pra brincar e pra prestar atenção na aula. Sim, ela disse isso em palavras. Sim ela foi bastante precisa em sua observação. Eu me lembro de ter concordado totalmente com os seus dizeres. E hoje eu vejo que apesar de não ser perfeito eu tenho mesmo esta tendência de saber o momento certo.

Outro exemplo


Palavrões ou palavras chulas?? Apenas em momentos mais quentes. É ''sexy'' bancar o ''machão de linguajar chulo'' apenas no momento certo (geralmente na cama) e com a pessoa certa. 

Pode parecer incrível constatar isso mas é verdade. As pessoas geralmente nascem com falta de ''semancol'' e erram bastante na hora de ter a reação ou a percepção certa das ''coisas''.

Aplicando a pirâmide etária das classes sociais para as classes cognitivas para explicar a erosão da inteligência humana



https://ecodebate.com.br/foto/150506.gif


''Woodley Effect''



Classe social tende a se sobrepor à classe cognitiva de maneira que, as pessoas que ocupam as profissões mais prestigiosas e que ganham mais dinheiro tendem, inevitavelmente, a serem mais inteligentes do que aquelas que ocupam as profissões mais humildes e que tendem a ganhar e a acumular menos dinheiro, em média, é claro. Tal como comparar um empresário ou um professor universitário com um gari. Primeiro, é evidente que em termos cognitivos, os primeiros tenderão a ser mais inteligentes que o gari. Segundo que se fosse feito uma comparação com grande amostra representativa, eu não duvidaria que a taxa de fertilidade dos garis fosse maior do que a taxa de fertilidade dos professores universitários e dos empresários. Este é o ponto. Em um cenário ''moderno', a taxa de fertilidade das classes sociais mais altas tendem a ser bem menores do que das classes sociais mais baixas. 


Síndrome do padre católico


Em um ambiente de alta competição e com a possibilidade de aumentar a riqueza pessoal e familiar e consequentemente a própria comodidade as pessoas tendem a reduzir as suas taxas de fertilidade ou o número de filhos, coisa que ''todo mundo já sabe''. Tal como o padre católico que não tem filhos para não fracionar os bens materiais da igreja, muitas pessoas estão chegando ao ponto de sequer constituírem  família justamente pensando na maximização da segurança econômica assim como também do conforto pessoal, aquilo que o dinheiro pode oferecer. 

E como as classes sociais tendem, em média, [ imperfeita porém correlativamente positiva] a representarem também o nível [e tipo] de capacidade cognitiva das pessoas, como os exemplos acima, então podemos sem grande alvoroço constatar que, se a fecundidade das classes média e média alta/profissionais, está baixa e se a fecundidade das classes baixas está alta, então está acontecendo um processo cognitivamente disgênico, isto é, de erosão do nível de inteligência e especialmente de capacidades cognitivas desta população se, as mesmas são geneticamente dispostas e herdadas, se o ambiente tem menor influência em seu núcleo mais genotípico e se o nível de mobilidade social não é muito alto, na maioria das sociedades.

A melhoria na qualidade do ambiente evidentemente que poderá maximizar o nível ou teto qualitativo de nossas capacidades. No entanto sem um aumento real ou genotípico de inteligência, neste caso, que está enfatizada em seu aspecto mais cognitivo, esses melhoramentos no ambiente não conseguirão sustentar por muito tempo esta queda nas capacidades reais, que são mais independentes e ''darwiniamente transmitidas'', diga-se. 

Portanto, hoje, quase todos tem acesso à educação, e a maioria está alfabetizada. No entanto, as pessoas que são menos geneticamente inteligentes, e neste caso, novamente, em seus aspectos mais cognitivos, estão tendo mais filhos que aquelas que são mais geneticamente inteligentes e isso significa basicamente que a população menos inteligente está aumentando e a mais inteligente está diminuindo. 

Acima nós temos a pirâmide etária brasileira que está fracionada entre as classes sociais. Percebe-se com clareza que os brasileiros que tem maior renda salarial estão tendo em média menos filhos, e envelhecendo mais, fato que pode ser observado por meio da proporção de pessoas mais velhas e de jovens (crianças/adolescentes]. E o oposto para os brasileiros que ganham menos. E isso pode ser facilmente traduzido para as ''classes cognitivas'' em que os mais inteligentes estão tendo menos filhos, se também são eles que tendem a ganhar mais e que os menos inteligente estão tendo mais filhos, se também são eles que tendem a ganhar menos. Com certeza que esta  não é uma boa nova se uma menor inteligência cognitiva tende a se relacionar com maior tendência para a criminalidade, violência em geral, bem como também para a pobreza, porque as pessoas menos inteligentes tendem a ser mais impulsivas e portanto a planejar menos os seus recursos/dinheiro além de haver uma tendência correlativa entre menores capacidades cognitivas e transtornos mentais, nomeadamente as de personalidade anti-social (ainda que esta também pareça ser muito comum entre as classes sociais mais altas).

O efeito Flynn se consiste num achado por agora muito irregular em sua base, de aumento nas pontuações em testes cognitivos desde que os mesmos foram inventados e passaram a ser usados para avaliar as capacidades ''intelectuais'' das pessoas. Coincidentemente houve uma melhoria significativa no padrão de vida das populações especialmente no Ocidente.  Então tem-se creditado como causa do efeito Flynn a melhoria generalizada no padrão de vida, nos índices de alfabetização, no acesso à educação e mesmo numa ''melhor'' alimentação, enquanto que ainda que possa ter alguma verdade aí, me parece cedo demais para concluir qualquer coisa. O que não parece ser o caso do efeito Woodley, como eu tentei mostrar acima. 

Eu percebo em mim que quando eu estou pensando muito eu me torno mais introvertido do que quando eu não estou [ e portanto, agindo mais do que pensando]


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fonte: cineclick

Eu, eu mesmo...

Em minha primeira infância eu fui muito mais extrovertido, mais impulsivamente ativo do que no resto de minha nada mole vida até agora. Eu já comentei que mudanças na situação financeira, de status da minha família e de cidade, me afetaram de maneira significativa. No entanto eu não acredito que isso tenha me moldado tão profundamente assim, como se eu já não tivesse nascido com esta disposição de reação, porque afinal de contas, o meu irmão do meio parece que passou muito bem por esta fase de transição e de novos desafios. No entanto, o comportamento não é apenas o comportar mas também o reagir e se as coisas não se mostrarem fáceis pra você então tenderá a desenvolver meios de defesa, de proteção contra um ambiente mais complicado. Todos nós temos esta paleta de ''cores comportamentais'' à disposição, e todos nós temos as ''cores comportamentais preferidas'', que mais usamos. Em condições de ''descanso comportamental'', pelo que parece, partimos de um ''zero quase absoluto'', de relaxamento ou mesmo de inércia, e a partir daí que nossas intensidades ou ''velocidades'' bem como também as qualidades dessas reações passarão a se desdobrar como respostas reativas protetivas ou receptivas. Temos ''as duas'' praticamente. O meu exemplo pessoal mostra que duas pessoas, da mesma família, que passam por situações parecidas, reagem de maneiras distintas às mesmas, até mesmo porque além de já se diferenciarem, de maneira mais intrínseca, elas também podem passar por diferentes desafios, como aconteceu no meu caso e do meu irmão do meio [e também que pessoas diferentes também tendem a atrair diferentes situações, mesmo for em um ambiente comum, até mesmo porque se você for um outsider então terá muito menos pessoas para fazer amizades além da percepção de ''impopularidade'' por parte dos demais, enfim, praticamente uma tendência de ''efeito avalanche'' ou ímã de situações que requerem maior protecionismo ou cautela do que recepção positiva). 


Pensar demais pode te fazer artificial no comportamento [ e eu já comentei também sobre outro efeito colateral do ''excesso' de pensamento = gagueira ] mas também mais perceptivo e racional.

Extrovertidos tendem a ser superficiais no pensamento e autênticos/automáticos no comportamento...

Introvertidos tendem a ser profundos/autênticos no pensamento e artificiais/manuais no comportamento...

Pensar de menos te faz mais autêntico, sem truques pré- decorados ou neuroses sobre como se comportar, sendo você mesmo, mesmo em relação aos seus possíveis defeitos naturalmente disponíveis de conduta comportamental.


Em minha possível condição como um omnivertido eu tenho percebido que quando não estou pensando muito eu me torno muito mais emocionalmente relaxado e até mesmo menos introvertido do que quando eu estou pensando muito [especialmente se for de maneira mais auto-neurótica], ainda que nesta fase, que tem sido constante pra mim, eu também me sinta mais intelectualmente realizado e feliz do que quando eu não estou pensando muito e consequentemente agindo mais, pois nesta outra fase, eu me encontro bem menos autoconsciente ou auto-ciente, menos conscientemente auto-centrado, também em relação aos meus próprios pensamentos, ideias, impressões... No mais eu vejo que eu até consigo atingir a um nível normal de extroversão, mas que não vem de maneira natural.


Com pessoas muito queridas, que são raras, eu me torno até bastante extrovertido [eu já comentei sobre isso, quanto à ''extroversão particularista'' do introvertido]. Em compensação com pessoas estranhas, em termos de familiaridade, e/ou de similaridade/empatia o exato oposto é o mais provável de ser.

Imaginemos analogamente os diferentes gostos ou sensações que os alimentos podem nos causar, desde o doce, passando pelo cítrico, até chegar ao azedo e por fim à sensação mais desagradável que os nossos sentidos podem nos proporcionar. Algo parecido, contínuo às sensações simples e portanto mais complexo, acontece conosco em relação às pessoas [, situações, assuntos, etc], em que algumas mais se parecerão com doces, enquanto que outras serão mais azedas, até aquelas que praticamente serão intragáveis pra nós. 

É aquela velha máxima: piloto automático/instintivo (mais extrovertido) versus piloto manual/reflexivo/questionador (mais introvertido)

E quando temos mais consciência/conhecimento sobre nós mesmos, sobre os nossos comportamentos, também podemos fazê-lo em relação aos nossos pensamentos. É como se de fato começássemos a aprender como que funcionam as coisas, ''do/see it yourself'', ao invés de confiar cegamente apenas em nossas habilidades instintivas mais convergentes. É basicamente como se, apesar de sabermos como andar de bicicleta (hipoteticamente é claro), voltássemos a ver cada etapa, cada mecanismo desta atividade, para entendermos como que sabemos fazer isso; ver o funcionamento do próprio mecanismo ou o mecanismo do próprio funcionamento [o mecanismo do mecanismo]

A omniversão também pode ser compreendida como o despertar mais profundo da auto-consciência ao invés de ''apenas' vivenciar níveis mais altos da mesma, sem qualidade e/ou direcionamento, como geralmente acontece com o introvertido médio. A omniversão/oniversão seria a completude do homem em sua capacidade perceptiva. 

A partir disso novamente podemos concluir que, introversão, ambiversão//omniversão e extroversão se consistem em estados ou níveis [em ordem decrescente] de intensidade sensorialmente perceptiva, tal como se todos pertencessem, metaforicamente falando, à mesma cor [ ''azul'' ] e se diferenciassem apenas na tonalidade da mesma.   E que pode ser possível de se concluir que a introversão se consista em uma reação protetiva à uma atividade mental mais intensa e que a extroversão por sua vez pode ser definida como uma reação receptiva à uma atividade mental menos intensa.

 Eu posso estar errado* Absolutamente, mas esta tem sido a minha impressão, especialmente em relação ao meu comportamento, quando estou mais comportamentalmente intuitivo, instintivo, e portanto re-pensando menos as minhas ações, a minha gagueira residual é mais provável de cessar,  e eu sou mais provável de fluir, mesmo ao ponto de um estado mais caracteristicamente extrovertido.

Um desafio:

Um introvertido pode se tornar mais extrovertido se "deixar a vida o levar"?? Evitando o hábito de pensar muito sobre tudo??


E um típico extrovertido pode se tornar mais pensante e menos comportamentalmente impulsivo se começar a forçar o seu cérebro um pouco mais??


Criatividade como o máximo aproveitamento qualitativo da inteligência, mas como*

As pessoas neuro-comuns tendem a internalizar os aspectos ''mais importantes'' ou tópicos de um determinado assunto e dependendo de suas capacidades psico-cognitivas elas também tendem a fazê-lo sem grande criticismo ou uso do pensamento analítico-crítico ou com bases factuais fracas.

O pensador médio, se podemos chamá-lo assim, seria mais disponível para a prática deste exercício puramente intelectual que se consiste o pensamento analítico-crítico e como consequência ele tenderia a criticar, para maior ou menor intensidade, maior ou menor assiduidade e com melhor ou pior qualidade, aquilo que está ''estudando'. 

Em compensação os mais criativos iriam além do pensamento analítico-crítico pois também forçariam as suas capacidades psico-cognitivas além das zonas de conforto, isto é, das informações que já existem, buscando por novas possibilidades, novos ângulos de entendimento até mesmo chegando ao ponto de criar novos paradigmas, de alargar as fronteiras do assunto que lhes interessou de maneira mais profunda. Dificilmente os criativos não criticarão as suas áreas de escrutínio ou estudo direcionado, minucioso e obcecado, afinal de contas, não se pode alargar as fronteiras de certo conhecimento sem tê-lo criticado antes, sem ter visto defeito ou possibilidade de expansão.

Portanto as pessoas ''neuro-comuns'' tendem a se tornar empáticas e possivelmente reflexivas em relação às perspectivas ou facetas do assunto que melhor lhes convirem, ou a abraçarem os seus preconceitos cognitivos mais naturais. Já os pensadores ''médios'' tendem a visualizar também os defeitos ou conflitos de coerência interna dos assuntos que estão analisando. Em outras palavras, as pessoas ''neuro-comuns'' analisam rapidamente, e internalizam, se gostarem do que estiverem lendo, vendo ou ouvindo, e a partir daí passam a ''analisar a própria crítica''. Os pensadores ''médios'' ainda são capazes de analisarem e de criticarem com o intuito ou intenção de um melhor entendimento ou aprendizado, em especial quando o assunto lhe for de interesse. E por fim nós vamos ter os tipos mais criativos, especificamente aqueles que são de pensadores criativos, que além de analisarem, também partem de suas críticas, mais coesas (crítica da análise) ou nem tanto (''crítica da crítica'', como eu tentei explicar no último link) a fim de expandir ou ampliar o conhecimento por meio da criatividade. 

Pensadores criativos poderiam então serem denominados como ''maximizadores mentais'' por aproveitarem o máximo de suas capacidades psico-cognitivas ao ponto de conseguirem produzir insights que podem ampliar as fronteiras do próprio conhecimento que se dedicaram a estudar.   Até poderíamos dizer que eles usam mais as suas cabeças, literalmente falando, do que os outros, ainda que seja notório a existência de grande facilidade intuitiva para que este aproveitamento maximizado possa acontecer. 

Seria interessante testar os limites das capacidades psico-cognitivas das pessoas, especialmente em relação a esses assuntos que são mais generalistas ou imprescindíveis (espinha dorsal da macro-realidade) pra ver até onde conseguem chegar, se com grande pressão eles seriam capazes de ''superar os seus limites'' e possíveis consequências {sequelas] deste sobre-esforço.


O aluno, um futuro trabalhador... O pensador, um futuro pária

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Da não-série: acho que já falei sobre isso.... Maior é o seu nível de idiossincrasia e dependência por interações sociais, maior será a sua ansiedade

Duas pessoas hipotéticas: a primeira é uma ''average joey'': emocionalmente estável, socialmente conformista, culturalmente normativa e intelectualmente mediana. Ela tem à sua disposição até 70% da população do ambiente em que se encontra para: estabelecer relações sociais normais, como conversar, e mesmo fazer amizades, superficiais (ou coleguismo) ou mais profundas. Não se sabe exatamente se a sua estabilidade emocional, um dos aspectos mais importantes para a saúde mental humana, se deva exclusivamente por razões intrínsecas ou genéticas, ''born that way'', ou se existe uma importante parcela de influência quanto à 'qualidade' da sua situação social.

Podemos pensar neste caso da seguinte maneira metafórica: um ambiente com grande disponibilidade de alimento e outro com escassa disponibilidade.

E podemos pensar nos alimentos como pessoas. Se você pode conversar e até mesmo se tornar amigo da maioria das pessoas que vivem na mesma cidade que a sua então a sua ''fome social'' praticamente não existirá pois será sempre sanada de uma maneira ou de outra, por exemplo, por meio de elevado grau de familiaridade e/ou amor ao ambiente em que se encontra ou topofilia.

A segunda é uma ave rara, que se encontra em um cenário completamente oposto. Ela é emocionalmente instável, socialmente inconformista, culturalmente anormativa e intelectualmente avançada. Ela tem à sua disposição menos que 10% da população do ambiente em que se encontra para: estabelecer relações sociais normais e eu diria mais, não se chatear... Sim, se você está em um ambiente e você está sempre encontrando problemas, problemas reais, em outras palavras, se é uma pessoa perfeccionista neste sentido, então é muito provável que não será topofílico em relação ao mesmo e que caminhará para construir uma armadura ou proteção no intuito de suportá-lo e não necessariamente de vivê-lo. Assim como acontece com o primeiro caso, mas de maneira oposta, também temos de nos perguntar se a instabilidade emocional deste indivíduo hipotético tem como causa a sua intrinsicabilidade ou disponibilidade característica e natural para este tipo de reação, isto é, de que seria emocionalmente instável em qualquer lugar (e mais provável de ter alguma desordem mental congênita ), ou se, menos do que uma ação primária do próprio organismo, isto se consista em uma reação secundária, isto é, ainda que residam causas intrínsecas, se estas estão sendo fortemente acentuadas por condições [pessoalmente] desfavoráveis do ambiente.

Portanto, novamente, não é apenas: ''ser doente mental ou não ser, eis a questão'', porque também é necessário saber o quão bem adaptado, familiarizado, positivamente recíproco estará o seu redor.
O grau de intrinsicabilidade também é importante porque se certo comportamento mal-adaptado, em termos de bem estar pessoal, que é o mais importante, se der, sem qualquer causa racionalmente ou factualmente justificada, então é provável que se consista, mais do que em uma reação ao ambiente, em uma ação do próprio organismo, ou ação primária, e que portanto acusará a presença de uma desordem mais intrínseca que se manifesta em qualquer tipo de ambiente, ainda que isso não seja desculpa para não se buscar por atenuações destas interações, nesses casos, que muito comumente já são mais dolorosas do que para as pessoas ''normais'. 

É claro também que o nível de resiliência ou resistência psicológica, especificamente em relação à interações sociais negativas, também é importante, isto é, o quão resistente o indivíduo está ao sofrer qualquer tipo de discriminação ou chateação, de curto a longo prazo. Esta relação entre as variáveis do ambiente e dos seres é de extrema importância assim como também de se analisar bem de perto para saber se a causa é mais intrínseca ou congênita ou se teve como causa situações do ambiente. 


domingo, 19 de fevereiro de 2017

Normal não é o ideal mas uma espécie de hipo-abnormal ou hipo-ideal

O normal é a 'anulação'' dos extremos 

O ideal é a soma e uso perfeccionista dos extremos


Ou também, o normal é a combinação dos defeitos dos extremos e o ideal é a combinação de suas qualidades, tal como no caso dos dois tipos de androginias sexuais: a ''normal''/homossexual e lésbica típicos e a ''ideal''/sábia.

Desculpe meu caro professor mas o senhor ou a senhora não ensinam NADA, apenas se o aluno quiser aprender...

Ação e reação...

Ação: o professor passa a matéria no quadro e a explica aos alunos.

Reação: os alunos leem a matéria ou ouvem o professor e a/o entendem, ou não.

Ao invés de pensarem na ideia de ''transferência de conhecimento'' acho melhor começarem a olhar para a ideia de  ''empatia cognitiva contagiosa, do professor para o aluno'', de conseguir contagiar o aluno com a sua demonstração de paixão e ainda que ele lhe seja ''cognitivamente empático'' tendo o mesmo nível quantitativo [ou acima] e tipo similar de estilo [tipo de capacidade que influencia em nossos ''gostos cognitivos'']. Isso explica porque uma aluna que é mais talentoso na parte verbal será mais propensa a se dar melhor neste aspecto e em especial quando tem uma professora ou um professor igualmente inteligente e ainda que tenham simpatia mútua.

O princípio do aprendizado dá-se-ia por meio de um genuíno contágio benigno, ou não, uma espécie de auto-tatuagem de parte do conhecimento que foi apreendido e cravado ''na pele'', de uma nano-biografia cognitiva ou intelectual autorizada. Isto é, quando o aluno olha para o que está sendo passado no quadro ou 'explicado através do seu livro didático [e supérfluo] e sente empatia ou conexão com isso a ponto de internalizá-lo mesmo sem ter plena consciência de sua internalização. 

O aprendizado tem como bases reais a capacidade de diferenciar fatos e seus tipos, de factoides e seus tipos [compreensão factual], desde os mais difíceis de serem percebidos até aos mais evidentes, em que geralmente tenderão a ser confundidos com fatos mais por razões psicológicas [fraqueza psicológica] do que por razões puramente cognitivas [ diferentes tipos e níveis de capacidades cognitivas ou incompatibilidade entre o conhecimento/conjunto de padrões coerentes a incoerentes e o ser, especialmente o ser humano, o mais autoconsciente de todos os seres vivos terráqueos]. 

Até poderíamos dizer que a maioria dos casos de apofenia de natureza psicológica, isto é, que foi causada por alguma fraqueza psicológica, implícita ou mais explícita, são reações protetivas do organismo [humano] para evitar o confronto direto com a realidade ou basicamente o realismo, seja para evitar a depressão existencial [e a partir daí a grande maioria das religiões nascem, desta tendência e necessidade humanas de evitar o confronto direto com a realidade}, seja para justificar os próprios atos, quando a crença [não necessariamente religiosa] surge exatamente deste viés, e neste caso temos o exemplo do ''carnismo'' ou do hábito de comer ''carne'', MESMO quando se dão conta que o mesmo tem implicações morais e práticas (mega-indústria que escraviza milhões de seres vivos para servirem de prato para ''nós', etc). Em ambos os casos acontece um caso de fuga de um confronto direto com a realidade que não querem aceitar, mas por motivações distintas, porque no primeiro se dará como medida protetiva contra a depressão [existencial ou melancolia] e no segundo se dará como medida protetiva contra a autoconsciência do próprio egoísmo, se tendemos a nos pintar como seres muito mais maravilhosos e consistentemente corretos, do que realmente somos. 

Portanto sem empatia cognitiva, literalmente falando, sem similaridades de nível quantitativo e qualitativo, entre o cérebro do professor e o cérebro do aluno, não haverá ''transferência do conhecimento'' ou este se fará a conta-gotas. Não é o professor quem ensina, é o aluno que/m grava [parte d]aquilo que o professor lhe passou ou não. A posição do professor me parece bem mais passiva do que a maioria deles tendem a acreditar mas ainda me parece que são muito necessários, um pouco menos para os alunos mais inteligentes, especialmente quando desenvolvem métodos mais práticos para passar a matéria, em outras palavras, quando são mais criativos. No mais é isso, o professor age, lecionando, e o aluno reage, apreendendo [primeira etapa para o aprender], nem tanto ou um seco não.

Sociopata é um parasita, o psicopata é um predador e o sábio... é um cooperador mutualista

Possível causa complementar para o aumento de 'casos' de autismo e também para a disgenia

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No passado, porque a maioria dos casamentos eram arranjados a maioria dos ''nerds'' tinham chances de acasalar. A maioria dos homens se casavam e tinham filhos. Casamentos arranjados tem sido extremamente comuns nas sociedades do Leste Asiático e eles têm a mais alta média de QI [hoje em dia] + seleção direcional para as habilidades acadêmicas. Casamentos arranjados também eram lugar comum no passado ocidental. Hoje, no Ocidente [mas também no oriente], porque vivemos em sociedades que valorizam a beleza e a popularidade, muitos nerds, geralmente os mais inteligentes, acabam ficando na "zona de amigos" ou ''friendzone'', namorando, se casando menos ou tendo filhos mais tarde. As sociedades ocidentais parece que foram projetadas para o caminho disgênico.

Se a inteligência está correlacionada com traços de personalidade neotênica ou atraso na maturação psicológica, as pessoas mais inteligentes, em média, e especialmente os homens, estão claramente em desvantagem porque, enquanto que eles são projetados para o estilo de vida de baixa velocidade, os seus rivais estão em alta velocidade, se casando e/ou tendo filhos cedo. Estamos vivendo basicamente em um ambiente de competição aberta e estamos percebendo que a inteligência superior pelo menos a de formato acadêmico/ QI tende a tornar os seres humanos mais dependentes de estruturas culturais vantajosas. É como colocar uma variante domesticada competindo diretamente contra uma variante selvagem da mesma espécie (cachorro versus lobo).

E porque nerds tem tido, em média, mais problemas para encontrar uma companheira reprodutiva no início da vida adulta, eles tem constituído família mais tarde provavelmente aumentando a sua carga mutacional e maiores chances de ter filhos autistas, que é claramente uma forma ''aberrante'' de nerdismo ou combinação de traços de personalidade e cognição, em que no caso dos nerds neurotípicos nós temos basicamente uma cognição e uma psicologia fortemente ''masculinas' ainda que amalgamado quanto ao nível de instintividade bem como também de sociabilidade sexual, que talvez em outras palavras possa ser chamado de ''ambiguidade psicológica implícita'', enquanto que no caso do autismo nós tendemos a ter uma cognição mais masculina mas com uma psicologia mais feminina ou ao menos mais andrógina.

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Portanto em um ambiente que valoriza traços intelectualmente ''superficiais'' como beleza e popularidade, os mais inteligentes, especialmente os homens, no que diz respeito à cognição ou habilidades cognitivas ''masculinas' superiores, sem falar dos fatores aditivos por exemplo uma igual tendência para a neotenia fenotípica ou fisiológica em que os nerds tendem a olhar menos atraente ou mesmo mais infantil [ e eu já falei da neotenia psicológica], e sem o fator reprodutivamente protetivo dos casamentos arranjados em que a maioria dos homens são beneficiados, os efeitos disgênicos serão muito prováveis de se tornarem significativos.

Quando falamos de decisões morais estamos falando de você e eu... estamos falando dos nossos direitos e deveres e isso é essencial... '' moralidade é sentimentalismo'', só pra quem liga apenas pra si mesmo

Aprendendo a debater...

Refute ponto a ponto se puder.

Evite criar novos pontos sem esclarecer ou ao menos tentar esclarecer os pontos pendentes, em outras palavras, não tente mudar de assunto, sem antes ter esclarecido os pontos anteriores.

Introversão, ambiversão/omniversão e extroversão... níveis de instintividade*

Por ser ou por estar mais introvertido, ainda que acredite que seja mais ''omnivertido'', eu sou mais negativamente tendencioso com os extrovertidos, mas isso necessariamente não é uma coisa ruim porque de fato, quando estamos mais tendenciosos quanto aos nossos ''desafetos'' tendemos a ser bons para perceber os seus defeitos... e claro que, piores para perceber as suas qualidades e como consequência para julgá-los de maneira completa ou correta [bem como também para apontar os nossos próprios defeitos)

Partindo desta lógica eu intuo que devo ser bom para perceber e compilar os defeitos dos extrovertidos, ainda que como de costume para todos nós, eu tenha que fazer maior esforço para encontrar as suas qualidades. No mais vamos a mais um de meus devaneios pretensamente precisos. 

O espectro de temperamento reativo à percepção [sensorial], basicamente o popular ''introversão-ambiversão [omniversão]- extroversão'' parece revelar algo mais além de si mesmo, porque eu tenho comigo que os extrovertidos, por causa de suas menores percepções ou profundidade de percepção sensorial serão também mais propensos à impulsividade comportamental e por sua vez revela algo mais sobre os seus níveis de instintividade ou de comportamento não-reflexivo.

Se a extroversão ''faz as pessoas'' agirem mais/com maior frequência sem antes ter pensado de maneira analítica, crítica, vulgo ''reflexiva'', então parece haver uma relação forte da mesma com níveis mais altos de instintividade. E no último texto que acabei de publicar percebe-se que quanto maior extroversão maiores serão as tendências impulsivas no comportamento, se o instinto não é apenas sinal de maior tendência para a violência mas também para o simples agir-''sem-pensar'' ou ''ação/pensamento simultâneos''.

E ponto final.

Parasitas não-humanos são mais mentalistas do que mecanicistas... insetos como as aranhas são mais mecanicistas do que mentalistas... sim o espectro mentalista-mecanicista também no reino não-humano dos seres vivos

Hipótese [pseudo ou subjetivo insight): mega-efeito fundador para maiores capacidades abstratas


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Isso não significa que os povos ancestrais africanos não tinham capacidades abstratas mas que o efeito fundador ''para essas maiores capacidades'' foi muito maior para os humanos que saíram do continente e que se tornaram os ''não-africanos'' ( todos os outros povos fora da África). Portanto aquela população de humanos que deixou o continente africano, como muitos já devem saber desde ''sempre'', de acordo com a teoria ''fora da África'' e com os resultados da distância genética entre as populações humanas, foram ''auto-selecionados'', isto é, já se diferenciavam da população que ficou no continente. É como se tivéssemos duas populações, uma em que todos os seus membros são de cor azul, e outra em que apenas alguns deles são assim. Pode ter havido alguma forte ''auto-seleção'' resultando tanto em uma maior homogeneidade genética entre os ''não-africanos'' como também uma seleção igualmente homogênea para melhores capacidades abstratas [''todos azuis'']. Novamente, isso não significa que todos aqueles que ficaram no continente africano não apresentavam essas características, mas que essas características se encontravam mais dispersas neste grupo e pelo que parece foram menos intensamente selecionadas. Eu posso estar, como quase sempre, dizendo alguma besteira, mas eu tenho a impressão que o estereótipo típico do africano subsaariano e de sua diáspora, ainda que não represente a sua totalidade demográfica, pode ser representativo desta população humana que permaneceu e em maior predomínio no continente africano.

Níveis significativos de impulsividade ou instintividade parecem caracterizar boas frações das populações africanas e de diáspora, enquanto que isso não significa que portanto as outras populações não serão propensas à impulsividade, a mesma como um construto psicológico, pode manifestar-se em muitas facetas ou mesmo de maneira mais intensa e completa, ou em menor intensidade e também em integridade característica. Por exemplo, tanto na Índia quanto na África negra ainda temos milhões de pessoas tendo filhos e em condições muito pobres, mas mesmo quando comparamos os dois grupos e sub-grupos de risco, os indianos ainda parecem ser menos impulsivos por exemplo no que diz respeito à criminalidade ou quanto ao risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, sem falar nos níveis mais baixos de extroversão dos indianos, mesmo dos mais pobres e impulsivos, em comparação aos africanos, e também aos seus subgrupos de maior risco.

Eu também já comentei que em termos de extroversão os negros africanos estão entre os mais extrovertidos enquanto que os níveis de introversão aumentam consideravelmente entre os ''não-africanos'' e mesmo entre as populações que parecem estar mais relacionadas aos africanos subsaharianos, em termos de aparência fenotípica e de nível de capacidade de produzir sociedades complexas, por exemplo, os australianos aborígenes. E sabemos que a introversão por si mesma já se consiste em uma tendência intelectual para um maior detalhismo, que está mais apta para perceber padrões do que a extroversão que é mais impulsiva/instintiva (*) e socialmente direcionada.

Em outras palavras a introversão tende a correlacionar com maiores capacidades abstratas, de pensamento preventivo, e quanto maior a extroversão maior o impulso para agir antes de pensar, maior o instinto* E no caso humano, o instinto direcionado para o meio social ou sociabilidade. 

Enfim...

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Sabedoria, não é apenas um direcionamento auto-consciente...

...isto é, definitivamente inteligente, organizado, detalhista e moralmente correto que tem como ferramente a racionalidade mas também um direcionamento em direção ao fim da competição cega, ''animal-esque'', em prol de uma evolução cooperativa conjunta... é a expansão da percepção consciente de apenas uma dimensão egoísta para uma perspectiva pluri-dimensional... se consiste no próximo [hiper-lógico ou auto-evidente] passo da evolução eu não diria apenas humana, mas a partir do alcance perceptivo que os humanos se encontram.

A evolução humana pode dar um passo auto-consciente muito alto e galgar outros níveis de inteligência ou pode continuar a se sujeitar ao ''velho'' estilo de evolução, presente no resto da fauna terrestre que tende a ser impreciso, lento, doloroso, geralmente ineficiente e mais, potencialmente auto-destrutivo.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A sabedoria: de se começar pelo começo, a espinha dorsal da realidade...

A racionalidade parece funcionar ou ser mais como um modo de operacionalidade que está fortemente presente ou que é intrinsecamente auxiliar para a prática da sabedoria e esta, por sua vez, parece se consistir no direcionamento super-lógico ou epicentricamente lógico, principiando ''pelo começo'' para o entendimento básico e fundamental do mundo, por onde nós mesmos começamos, isto é, por nós mesmos, por onde a percepção a priore subjetiva do ser se principia, brota.

Os meios dos espectros é onde vive a "zona morta" de anulação mútua dos extremos e onde vive a ''zona viva'' onde ocorre a soma dos mesmos

No meio de um espectro de intensidade (como todos são) ocorre no mesmo lugar mas em dimensões ou níveis distintos o oposto: A anulação (-1 + 1) invariavelmente predominante da intensidade ou estabilização e também a soma (1+1 ... yesss) dos opostos ou extremos do espectro resultando em um novo nível qualitativo e quantitativo de intensidade, que comunga com os extremos mas que também pende à estabilização.

Os exemplos da ambiversão ou anulação dos extremos: introversão e extroversão e da omniversão ou soma desses extremos. 

Se analisarmos a inteligência das pessoas...

... por meio de seu conceito-raiz: capacidade de interligar os pontos...

 ... então não restam dúvidas de que estaremos falando tanto de talento fluido mais do que o cristalizado (ainda que este também seja obviamente muito importante) e de criatividade prática e a maioria das pessoas aparecerão como perifericamente inteligentes, capazes de aprender ou mesmo como autodidatas a ligarem os pontos em suas áreas de trabalho mas de maneira não tão [subjetivamente] perfeccionista em relação a si mesmas bem como ao ambiente em que estão que se consiste em sabedoria, no conhecimento mais primordial, basal e importante, a espinha dorsal ou estrutura da (macro) realidade

De fato estamos todos savant/trabalhadores e muito menos de "verdadeiros savant [em francês] /sábios"/pensadores

A seleção cultural tem dado preferência para o trabalhador/ mal-criadamente chamado de serviçal, ao invés do pensador e a partir disso temos tratado a inteligência como tudo aquilo que o trabalhador é capaz de fazer desde o nível mais basal até ao seu nível mais excepcional porque temos este sociotipo em abundância como referência, mesmo para comparações com grande amostra e também porque foram os próprios trabalhadores (sociotipo) que inventaram os testes cognitivos e os tem usado para comprovar o que é e como que se manifesta a inteligência, sorrateiramente desprezando o aspecto em que estão mais medíocres, no psicológico, e que é fundamental para "interligar os pontos" de maneira racional à sábia [completude]. 

Ao contrário da ideia popular de que os tipos psico-cognitivos menos especializados se consistam na maioria, porque os testes de QI sequer mensuram o todo da inteligência (interação mínima e diversamente coerente entre o cognitivo e o psicológico) ainda que o faça muito bem em relação à sua área de abrangência, na verdade ao observarmos as outras pessoas e a nós mesmos percebe-se que estamos designados à especialização e o que nos diferencia é a que grau de especialização estamos, bem como também a conjugação motivação intrínseca + talento ou facilidade natural bem direcionados porque é possível acontecer de se ter um talento natural para certa área mas não ter motivação intrínseca necessária para alimentar este potencial e o oposto também, de se ter muita motivação mas pouco talento que geralmente resulta em uma das características manifestações da quase universal síndrome de Dunning-Kruger, ou déficit no autoconhecimento, especialmente em relação à própria inteligência. 

A macro realidade é a espinha dorsal ou estrutura da realidade que principia-se como eu tenho falado por nós mesmos, por nossos autoconhecimentos e coesamente se propaga como ondas em relação à sua zona de epicentro ou impacto isto é por meio de nós mesmos e por nossas compreensões factuais que desenvolvemos sobre os ambientes em que estamos e dos elementos que os compõem.


A espinha dorsal da realidade tende a ser omnisciente se não em sua compreensão factual ao menos em sua visualização, constância de interação e imprescindibilidade. Nós somos imprescindíveis pra nós mesmos, o conhecimento sobre o ambiente em que estamos é imprescindível pra nós, os elementos que compõem o ambiente em que estamos é imprescindível pra nós. E deveria ser imprescindível ''começar do começo'', por nós mesmos e em interação e possível entendimento em relação ao ambiente em que estamos e os seus elementos (outras pessoas, outros seres vivos, conhecimento geográfico...).

As ''humanidades'' são as bases da espinha dorsal da realidade ou macro-realidade. 

Como conclusão deste texto, nota-se que o conceito primitivo, de raiz ou primordial e aplicação do termo inteligência, tem sido sequestrado por indivíduos que são predominantemente do sociotipo do trabalhador e a partir daí direcionado a sua aplicação apenas para as atividades do mesmo, isto é, ''a capacidade de ligar os pontos, só que especialmente os que estão atrelados ou que são exigidos na escola e nos ambientes de trabalho''. A capacidade de ligar os pontos de maneira coesa ou factualmente correta, também em relação aos ambientes sociais, familiares, e mesmo apenas pelo simples ato de ''ligar os pontos'' a fim de completar o quebra-cabeças de uma certa particularidade, buscando por sua compreensão ou reflectância perfeita, não está sendo ''mensurada'' pela psicometria.

A prática ou mesmo o conceito-prática ou conceito-efeito, deveria ser a prática do conceito-descrição e muitas vezes, se não na maioria delas, a partir do conceito-primitivo ou de raiz, que representa a sua espinha dorsal, a sua estrutura omnisciente a qualquer de suas ações mais características, e no caso da inteligência, estamos a falar de ''ligar os pontos de maneira coerente'', que eu já havia denominado como ''fazer julgamentos perfeitos'', e mais como um conceito-prática ou conceito-efeito.