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sábado, 24 de maio de 2025

Sobre o terraplanismo do comportamento

O terraplanismo virou sinônimo informal para pseudociências em redes sociais nos últimos anos.Também pudera, por ser uma das pseudociências mais óbvias, uma falsificação absurda de fatos científicos atualmente muito básicos, como o formato do planeta Terra, se tornou alvo fácil para o deboche, especialmente entre os que se pensam como mais entendidos em ciências. Por isso que eu também resolvi adotá-lo para me referir a uma série de pseudo conhecimentos, mas sobre o comportamento humano, que têm se tornado hegemônicos no governo, na mídia e na academia, e que, por ironia do destino, tendem a ser erroneamente ratificados como conhecimentos legítimos por muitos dos que adoram caçoar dos terraplanistas originais... Também me acostumei a chamar esses terraplanismos de "pseudociências do bem" (ideologicamente enviesadas à "esquerda" no espectro político-ideológico). Então, sem mais demora, vamos a eles: 


1. De que o comportamento humano é produto apenas das circunstâncias do meio ou de que somos meros reagentes, com pouca vontade própria 

Uma espécie de "circunstancialismo" negacionista porque despreza a importância da biologia ou natureza do indivíduo humano em relação ao seu próprio comportamento, que tem como provável inspiração, a crença na tábula rasa, de que nascemos tal como folhas de papel em branco e que nossas características mentais são moldadas apenas pelas experiências de vida. Como se os nossos traços mentais também não fossem,em média, herdados dos nossos progenitores, tal como acontece com os traços "físicos". Aliás, os nossos comportamentos psicológicos e cognitivos são expressões predominantemente estáveis da morfologia e constituição dos nossos cérebros, bem como de outros aspectos orgânicos mais intimamente relacionados, como os hormônios, em interação com o meio. Também são "físicos". E isso nos leva ao segundo terraplanismo do comportamento...

2. De que o comportamento humano é exclusivamente mental, no sentido suposto de ser metafísico ou alheio a "padrões físicos"

Como se a mente e, apenas ou especialmente a mente humana, apresentasse uma natureza radicalmente diferente do resto do corpo, como se também não fosse física e química, mas uma espécie de abstração que transcende tais "limitações"... Eu já denominei esse tipo de pensamento, que pode ser considerado um pensamento falacioso, de semanticalismo, em que se apregoa uma significância exagerada à palavra em relação ao elemento ou fenômeno que simboliza, ainda mais quando se trata de um termo mais imaginário do que real ou que não apresenta uma evidência confirmada. Quanto a esse tipo de terraplanismo que nega a natureza físico-química da mente, eu poderia chamá-lo de "mentalismo", uma ênfase absolutamente excessiva na "mente" a ponto de tratá-la como uma realidade por si mesma e não como o mais provável de ser: uma expressão derivada. 

Sim, sim, "fisicalismo", de longe, a hipótese mais sensata sobre o que seria a mente humana, basicamente o que foi dito nesse ponto, e que é a mais aceita pela ciência. Mais uma discussão inútil levantada e sustentada pela filosofia, ou por essa "filosofia" sem filtro de qualidade, em que teorias divorciadas de uma colaboração mínima e necessária com o pensamento científico continuam a ser consideradas no campo das discussões intelectualmente pertinentes, mesmo se não apresentam qualquer evidência (ou pista indireta) de que sejam factíveis. 

3. De que o comportamento humano é invariavelmente lógico 

Uma espécie de ênfase excessiva no  caráter lógico do comportamento humano, mais no sentido de ação e reação recíprocas, tal como pelo exemplo de que, se um indivíduo tiver uma criação desprovida de carinho e compreensão durante seus anos formativos, ele inevitavelmente se tornará um adulto de caráter dúbio. No entanto, a personalidade é um fator muito relevante nessa dinâmica, que torna essa ideia de reação diretamente recíproca ou "lógica", menos evidente. E como os traços de personalidade, além de serem padrões reativos, também tendem a ser mais estáveis ou variavelmente independentes do que acontece ao redor do indivíduo humano... Outro exemplo é a ideia de que as condições do meio unilateralmente propiciam a certos comportamentos, tal como no caso de se estar em uma situação de pobreza e cometer crimes, até como uma justificativa para o cometimento de ações do tipo, e que ainda costuma vir com a solução genérica do combate às desigualdades sociais, como se apenas o meio que fosse causal em relação a esse ou àquele comportamento e como se toda ação humana fosse reciprocamente lógica, aqui, em que a pobreza ou negligência social justificaria a prática de crimes. E mesmo que sempre exista uma interação óbvia e constante entre meio e ser humano, o que determina nossos comportamentos, no sentido de "dar a resposta final", somos "nós mesmos" ou o que apresentamos de personalidade, inteligência... de como temos reagido, interpretado e concluído de nossas experiências. Novamente, um apelo à minha defesa "heterodoxa" de validação do determinismo biológico como uma verdade absoluta, bem diferente do que, especialmente, os tais terraplanistas do comportamento, tendem a se posicionar...

Pois um dos equívocos técnicos mais básicos que têm sido cometidos à exaustão na área da psicologia, e que contribuem para o surgimento desses terraplanismos, é o de confusão entre correlação e causalidade, por exemplo, da correlação positiva entre tipo de criação recebido e capacidade de discernimento moral, em que muitos pesquisadores acadêmicos têm chegado à conclusão de que o tipo de criação é um fator causal ao desenvolvimento do caráter de um indivíduo humano, ao invés de pensar na possibilidade menos generalista e, portanto, menos extraordinária, de que pais tendem a gerar filhos que herdam deles traços de personalidade parecidos, ocorrendo essa concordância estatística mais robusta, primariamente se baseando em um dos fatos mais básicos da biologia, não apenas da humana, a hereditariedade, e não apenas dos "traços físicos", já que o tipo de criação também reflete traços de personalidade de um indivíduo, nesse caso, os pais, em interação com o seu meio familiar. Então, em palavras mais fáceis, temos: pais mais intrinsecamente amorosos mais propensos a ter filhos mais amorosos ou empáticos (ainda que essa regra não pareça ser significativa, até pela natureza relativamente aleatória dos padrões de hereditariedade de traços entre seres humanos. De qualquer maneira, essa tendência de concordância de traços de personalidade e inteligência entre pais e seus filhos biológicos é maior do que a de discordância, por isso, de haver uma correlação mais positiva do que negativa). 


4. De que o comportamento humano é produto exclusivo da criação ou educação 

Uma espécie de "criacionismo comportamental" em que se credita tudo do comportamento humano à criação que se recebe durante os anos formativos, novamente, negando o fato de que já praticamente nascemos com predisposições psicológicas e cognitivas (que também podem ser denominadas de padrões) que herdamos dos nossos progenitores (mais em um sentido combinatório do que diretamente transmitido) e que, inclusive, começamos a expressá-las desde os primeiros anos de vida. Um exemplo de hipótese que foi levantada com base nessa pseudociência é a da "mãe refrigeradora", para explicar o autismo. 

4.1 De que o comportamento humano é produto exclusivo da cultura 

Uma variação negacionista da influência da biologia no comportamento humano do que já foi mostrado acima, só que focando na crença de que é a cultura, o fator mais importante de influência. Mas a cultura, em média, reflete características psicológicas e cognitivas da população que a expressa, inclusive a tendência comum de conformidade social, se tratando de uma espécie altamente social, como a nossa. A cultura não veio primeiro ou do nada. E mesmo no caso de ditaduras absolutas, tal como o da Coreia do Norte, em que se percebe uma imposição mais direta de uma cultura sobre uma população, a segunda sempre acaba se adaptando, também por conformidade, ainda que, nesse exemplo, trata-se de uma cultura mais tradicional que mudou pouco de antes da revolução socialista, cujas mudanças mais notórias foram a introdução de um culto de personalidade dos líderes e o aumento significativo da restrição de liberdades individuais e/ou democráticas. Mas mesmo no caso de mudanças culturais (de comportamento ou costumes) ou intergeracionais mais significativas, como as que têm acontecido no mundo ocidental, primeiro que, não poderiam acontecer sem que houvesse uma possibilidade biológica para isso, com base naquela lógica muito básica de que, não é possível um indivíduo se tornar algo que não está disponível como uma possibilidade em seu rol de plasticidade comportamental, tal como no exemplo de um indivíduo com capacidades cognitivas modestas que, em um cenário normal de trajetória de vida, não pode se tornar superdotado (em um sentido mais academicamente tradicional) apenas por esforço ou dedicação nesse objetivo. Portanto, essas mudanças não podem estar ou não estão totalmente divorciadas da biologia. Segundo que, não são todos de uma geração que reagem parecido com o seu meio cultural, vide a existência de indivíduos explicitamente opostos às tendências de comportamento de sua geração. Terceiro que, também é importante notar a existência de uma parcela da população que adere apenas superficialmente à cultura vigente, por conformidade, mas mais no sentido de pressão social para, pelo menos, não se posicionar contrariamente aos postulados determinados como a ordem do dia, de se conformar pelo silêncio.  Resumidamente falando, seres humanos diferentes tendem a reagir de maneiras diferentes às mesmas pressões do meio cultural. Sim, especialmente em comparação às outras espécies, somos muito generalistas. Mas isso não significa que nossa plasticidade comportamental seja indefinida ou infinita...

Então, essa crença de que somos mais generalistas do que realmente somos nos leva ao quinto terraplanismo...


5. De que o comportamento humano é muito plástico ou adaptativo, também no sentido de indefinido/sem limitações absolutas 

Como se os nossos limites emocionais e cognitivos fossem sempre e apenas uma questão de bloqueio mental e que, com uma intervenção adequada, fosse possível superá-los. Por exemplo, a hipótese de que seria uma ansiedade específica que explica dificuldades para aprender matemática e não que possam ser reflexos de características do próprio perfil cognitivo do indivíduo, algo mais intrínseco, e que, portanto, não podem ser absolutamente alteradas. 

Isso nos leva aos exemplos de terraplanismos do comportamento de algumas disciplinas específicas:

Da educação 

Parte da crença de que todo estudante que não apresenta deficiências intelectuais evidentes apresenta um potencial parecido ou idêntico de desenvolvimento de suas capacidades cognitivas e que, o que mais os diferencia quanto ao desempenho acadêmico, é o esforço empregado nos estudos mais as condições do meio (o quão favoráveis ou desfavoráveis estão). Também é aplicado ao comportamento ou às diferenças de personalidade, em que são atribuídas aos mesmos fatores: culturais, de criação, ou do meio, e nunca à própria natureza (biologia ou "genética") do estudante.

Existem outras expressões de terraplanismos do comportamento na área da educação, mais especificamente em disciplinas como história e geografia, em que existe um domínio de narrativas do mesmo tipo, só que aplicadas em contextos sociais e históricos, tal como de que as principais ou únicas razões para as diferenças de desenvolvimento social e econômico entre as nações são as suas trajetórias históricas e culturais, desprezando completamente fatores biológicos, como a inteligência e o temperamento médios de suas populações. 


Da psicologia 

Pode ser considerado como o terraplanismo original do comportamento, por se relacionar com o conhecimento que lida diretamente com o comportamento humano. E como já foi comentado, se baseia em uma espécie de analfabetismo científico disfarçado de ciências humanas, por exemplo, por estar sempre propondo hipóteses que confundem correlação com causalidade em relação aos fatores que influenciam os nossos comportamentos, sempre apontando para os fatores ambientais ou do meio como os mais influentes, delegando à biologia um papel irrelevante. 

Da biologia 

Nesta disciplina, o negacionismo da influência predominante da própria biologia no comportamento humano, mostra-se mais sofisticado, justamente por se tratar da própria biologia, especialmente com a ascensão da epigenética, um ramo derivado da genética provavelmente válido em termos científicos, mas que tem sido usado para confrontar e invalidar a importância da própria genética no comportamento e no desenvolvimento humano e não para somar conhecimentos. Daí, como é o costume de uma típica pseudociência, pobre em multidisciplinaridade, atribui-se tudo de um fenômeno ou situação, no caso, o comportamento, a uma mesma causa, a "epigenética" ou "influências supostamente independentes, paralelas e/ou externas à variação e à determinação genética", enquanto que uma análise mais cientificamente adequada considera todos os fatores envolvidos e busca construir uma hierarquia dos fatores mais influentes aos menos influentes (que, nesse caso, seria a biologia como mais influente que o meio na determinação do comportamento humano, um fato ratificado pela percepção de padrões que corroboram positivamente para essa conclusão, tal como pelo fracasso predominante de intervenções pedagógicas na promoção de uma melhoria substancial do desempenho acadêmico dos estudantes). 


Da criminologia 

A mesma inversão de relação entre causa e efeito, só que dentro de um contexto judicial, em que o sujeito humano é colocado em uma posição mais secundária de importância em relação ao seu próprio comportamento e que, em uma situação de prática de crimes, predominam as crenças de que fatores do meio, e não a índole, que a explica (o primeiro terraplanismo), e também na completa regeneração moral de qualquer um que cometa crimes (o terceiro, o quarto e o quinto)...

Também existem algumas ideologias ideologicamente aparentadas e radicais, como o abolicionismo penal, que pregam pelo fim das penitenciárias, isto é, com base nesses terraplanismos, além de outras fontes filosófica e cientificamente duvidosas...

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Sobre crianças ferais e aculturação

 Se os casos de crianças ferais são absolutamente legítimos, no sentido de que, realmente se tratam de uma maioria de crianças aparentemente normais, sem qualquer deficiência intelectual congênita, que foram criadas em condições de ausência absoluta de socialização e aculturação com outros humanos resultando em severos déficits comportamentais. Isso prova que, sem esses processos de socialização e aculturação nos primeiros anos de vida, podemos regredir a um nível inferior de desenvolvimento mental. No entanto, a maioria das crianças humanas, quando expostas desde os primeiros dias de vida ao convívio com outros de sua espécie, geralmente parentes mais próximos, isto é, ao serem submetidas a condições normais de criação, apreendem com grande naturalidade e facilidade "o que é ser humano", de tal modo que parece ser um potencial ou capacidade com o qual se nasce. Pois se fosse apenas o meio que determinasse o nível de "humanidade" de um ser humano, então, não seria difícil educar animais de outras espécies a se comportarem como tal desde que fossem criados de acordo.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Um exemplo real e documentado de influência ambiental predominante em seres humanos

 A relação entre usar óculos de grau//miopia e viver na cidade


Atualmente, existe uma prevalência de pessoas que usam óculos nos países do Extremo Oriente. Mas, antes da urbanização e industrialização desses países, a maioria dos seus habitantes morava na zona rural e não usava óculos. Então, esse é um exemplo claro de influência do meio em seres humanos, mas sempre a partir da presença ou percepção de uma predisposição biológica, nesse caso, de uma vulnerabilidade para a degeneração ocular, geralmente parcial e estável, tal como a miopia, e a necessidade de existirem determinadas condições do meio que funcionem como fatores de gatilho: de viver em uma cidade com eletricidade e, portanto, ficar mais tempo acordado durante a noite, forçando a vista; de se expor a um grande volume de informações visuais ao morar num local com muita gente, etc... Outro provável fator é o racial e/ou étnico já que esse fenômeno tem sido observado, especialmente nesse nível, em algumas e não em todas as populações humanas. 

Percebam que, para que fatores ambientais sejam mais importantes que fatores genéticos ou biológicos (mas não ou nunca absolutamente, se a biologia é basal ao organismo) há de se ter como resultado um predomínio de indivíduos influenciados pelos mesmos. 

domingo, 26 de fevereiro de 2023

"A biologia não tem maior influência no comportamento humano do que o meio"

 Afirmação tipicamente endossada por sociólogos e/ou cientistas sociais atualmente. 



Mas a biologia é basal a qualquer organismo, porque tudo o que é biológico é orgânico. Portanto, não importa o quão influentes possam ser as forças externas ao ser, porque as influências internas ou intrínsecas, isto é, do seu próprio "meio biológico" estarão, por osmose, sempre presentes, justamente por essas razões tão óbvias. 

(E novamente o meu argumento heterodoxo a favor do determinismo biológico... )

Sem falar que, o que sempre determina os limites de adaptação, resiliência ou desenvolvimento de um organismo é sua biologia. Pois se um organismo sofre alterações por influência de certos fatores ambientais ou do meio, isso acontece principalmente por já apresentar uma vulnerabilidade ou suscetibilidade orgânica percebida a partir desse evento. Afinal, um ser humano pode machucar o braço, mas não pode desenvolver asas, assim como uma criança pode apresentar um desenvolvimento cognitivo bem acima da média, resultado de um potencial intrínseco percebido, e uma outra apresentar um desenvolvimento típico, igualmente por causa de um potencial intrínseco.

Sobre o nível concordância de fenótipo e personalidade/comportamento entre pais e filhos (biológicos)

 Então, filhos que se parecem com os seus pais em fenótipo físico também tendem a apresentar grandes semelhanças de personalidade?? 


Provável que sim. 

Inclusive, acredito que todos nós conhecemos alguém que se parece muito com um de seus pais, não apenas em aparência física, mas também em personalidade ou comportamento.

Eu mesmo conheço um caso marcante na minha família, de uma prima de fenótipo racial misto, que teve 3 filhos com 3 homens diferentes. Pois a filha mais nova dela é de um relacionamento com um homem branco do sul. A menina é praticamente a cara do pai (só a sua pele que é mais escura), e também em temperamento (mais soturno), se sua personalidade definitivamente não é igual à de sua mãe. 

Como se costuma dizer, de brincadeira: "ela só emprestou o útero".

Casos  como esse em que o filho ou a filha nasce com "a cara" de um dos pais biológicos e ainda por cima "puxa" sua personalidade é comum ou não?? 

Eu acho que, mesmo se for encontrado de não ser comum, é uma demonstração interessante de hereditariedade mais direta ou unilateral de traços físicos e de comportamento.

Mas será que esse tipo de correspondência também acontece em outros cenários?? Por exemplo, filhos biológicos que apresentam uma aparência física mais misturada dos seus progenitores exibindo uma mistura parecida em relação às suas personalidades...

Eu sempre achei que fosse uma mistura dos meus pais em aparência e temperamento, que o meu irmão do meio puxou mais o meu pai e o mais velho mais a minha mãe ou a família dela...

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Dois exemplos (um pessoal e o outro também) sobre o "determinismo biológico"

 Novamente com base no meu argumento heterodoxo em sua defesa.


Primeiro exemplo: timidez. 

Bem, se fosse verdade que a minha timidez está sendo causada apenas por "fatores ambientais", então, todos ou pelo menos a grande maioria daqueles que têm vivido sob as mesmas circunstâncias que as minhas deveriam apresentar a mesma reação. Só que não é bem isso o que acontece...

No meu caso, ainda tem outros fatores que contribuem para aumentar minha timidez, além da percepção de relativa hostilidade ou atrito à minha pessoa nos ambientes sociais em que tenho transitado: minha gagueira, agora residual, e minha (homo)bissexualidade. Mas, como não são todos os tímidos que são LGBTs ou gagos, e nem todos os gagos e LGBTs que são tímidos, é necessário que exista uma predisposição... (é provável exista uma correlação interseccional ou não-paralela entre gagueira e timidez de modo que, a maioria dos gagos podem estar tímidos, em partes pela própria gagueira. Mas tenho quase certeza que maioria dos tímidos não apresenta disfluência da fala). 

Portanto, a timidez, pelo menos a minha, é principalmente a minha reação à certas condições do meio e que ainda se relaciona com outros traços, além dos citados, como uma tendência para uma autoestima baixa ou instável.

Segundo exemplo: limites básicos de um corpo ou organismo

Pois se eu entrasse em uma piscina e a água fosse esquentando gradualmente, chegaria o momento em que não aguentaria o calor e acabaria saindo da piscina. Então, é plausível concluir que condições específicas do meio me causaram essa reação direta e logicamente relacionada.  

Influência ambiental?? 

Com certeza, mas o que determinou o meu tempo de tolerância à temperatura da água foram os limites do meu corpo. Portanto, a influência genética ou biológica foi mais decisiva. Mas eu acredito que é sempre mais relevante que a influência do meio, por ser a que determina limites e potenciais de reação ou comportamento dos organismos.

Sobre evidência direta e indireta

 Dois exemplos: existência de Deus e de diferenças médias e intrínsecas entre indivíduos e grupos humanos.


Evidência direta: comprovação conclusiva de uma especulação ou hipótese.

Em relação a Deus, se "ele" realmente aparecesse e demonstrasse "quem" é ou desse um sinal inequívoco de sua existência.

Em relação às diferenças médias e intrínsecas entre indivíduos e grupos humanos, basicamente se forem conclusivamente comprovadas, sob todos os aspectos ou níveis possíveis, especialmente por análises genéticas e/ou biológicas (caminhando para isso). 

Evidência indireta: percepção de ausência ou de existência de padrões verdadeiros (comportamentos ou estruturas que se repetem, que são característicos).

Em relação a Deus, tem-se percebido uma ausência absoluta de qualquer padrão verdadeiro anterior que, indiretamente, corrobore para a sua existência, em oposição a outras possibilidades que também não têm evidências diretas ou indiretas*, por exemplo, de vidas extraterrestres (tamanho do universo, existência de inúmeros planetas parecidos com a Terra e a lógica de que podem existir vidas neles*).

* Existem evidências indiretas que são padrões verdadeiros e diretamente relacionados ao tópico de investigação. E na ausência delas, ainda existem padrões anteriores ou não-diretamente relacionados que corroboram para uma possível confirmação de uma hipótese ou especulação.

Em relação às diferenças médias e intrínsecas entre indivíduos e grupos humanos existem muitos padrões verdadeiros que, indiretamente, indicam que podem ser ou que são reais, por exemplo, o fato de que filhos adotivos tendem a se parecer mais em personalidade e inteligência com os seus pais biológicos do que com os seus pais de adoção, mesmo depois de muitos anos de separação.

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Por que transformações radicais de personalidade ou inteligência são menos prováveis de serem verdade?

Vou pegar um exemplo fictício bem conhecido aqui no Brasil e na América Latina: Maria do Bairro. 


Maria do Bairro é uma novela mexicana dos anos 90 do século XX, de grande sucesso, que fala da história, baseada na famosa peça de teatro "Pigmalião" de George Bernard Shaw, de uma moça pobre, humilde e de bom coração que trabalha como catadora (marginal, segundo Soraya Montenegro) e que, depois de ser apadrinhada por um ricaço, aos poucos aprende a se tornar uma mulher refinada e inteligente. Portanto, segundo essa novela, a classe social tem um efeito causal ao nível de educação e inteligência de uma pessoa. Só que, na verdade, não é bem assim porque nada impede que uma pessoa pobre possa ser ou se tornar culta e educada... E sim, elas existem...

Então, para fazer justiça com os dramalhões mexicanos, tem a novela A Usurpadora, em que a personagem Paulina nunca precisou "aprender" a ser educada e "inteligente" mesmo vindo de condição humilde. Pois ela é um exemplo mais realista porque mostra que a classe social, sozinha, não  é capaz de alterar, de maneira radical, a personalidade e/ou a inteligência de uma pessoa, que ela pode muito bem "ter nascido" ou "desenvolvido" por conta própria, independente de sua posição na sociedade, uma maior polidez ou elegância em seu comportar, e também uma maior capacidade intelectual. 

Na verdade, essa é uma visão classista, preconceituosa em relação aos mais pobres/explorados. 

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Uma validação pseudo-paradoxal do determinismo biológico

 A epigenética não prova a ideologia da tabula rasa (ou igualitarismo)...



Durante alguns meses do rigoroso inverno europeu de 1944-45, invasores nazistas cortaram todo suprimento de comida de 4,5 milhões de pessoas, nas regiões ainda ocupadas do território neerlandês, resultando em uma crise de fome coletiva que matou aproximadamente 20 mil pessoas por desnutrição severa. Então, décadas depois, suas consequências continuaram a ser sentidas na geração dos filhos de mulheres que estavam grávidas naquele período crítico da história dos Países Baixos, porque foi percebido que apresentavam uma maior incidência de doenças metabólicas, como o diabetes e a obesidade, problemas cardiovasculares, esquizofrenia... do que em relação ao restante da população do mesmo país.

Pois parece notório observar que, condições extremas, de acordo com o que é considerado extremo para cada espécie, costumam causar efeitos extremos nos organismos dos seres vivos. No entanto, também é necessário que esses organismos não estejam adaptados a suportar tais condições, tal como no caso dos seres humanos. Portanto, não é apenas o ambiente que os influencia, porque eles respondem e interagem de acordo com as suas próprias naturezas (seus limites e potenciais adaptativos).

Em relação ao famoso exemplo acima, muito usado como demonstração de efeitos epigenéticos transgeracionais, ele não prova que o meio é mais importante que a biologia, mesmo que muitos tenham chegado a essa conclusão. Na verdade, prova que é a biologia que determina as reações comportamentais e/ou orgânicas dos seres vivos às diferentes condições ambientais nas quais se encontram, sempre ela que dá a resposta final. Por isso que, se o organismo humano fosse plenamente adaptado à uma situação de penúria alimentar, não sofreria com maiores repercussões se fosse submetido à mesma.

Afinal, o que torna algumas espécies mais adaptadas à condições extremas, como algumas bactérias, e outras não?? 

Principalmente as suas biologias.

Níveis de motivação intrínseca ou extrínseca são provavelmente determinados pela biologia

 ''A motivação extrínseca também é intrínseca...''


Piadas sem graça à parte, nossas motivações, de se fazer algo visando uma recompensa posterior ou tendo a própria ação como finalidade, não estão igualmente distribuídas para todos, porque alguns são mais intrinsecamente motivados que outros e vice-versa. Segundo que, nossos níveis de motivação, intrínseca e extrínseca, são biologicamente determinados, por não serem resultados da influência direta do meio sobre nós, se são características neurológicas, geralmente estáveis e provavelmente inatas. Por exemplo, a minha motivação intrínseca muito forte e dominante que tem determinado a minha obsessão diária pelos meus interesses especiais. Uma motivação intrínseca muito forte, tal como a que apresento, também pode ser sintoma ou sinal de transtornos, como o espectro do autismo.

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Sobre níveis de ceticismo

 Vejamos três exemplos:


Predomínio da influência biológica na inteligência humana, existência de vida extraterrestre e de deus/eternidade.


Em relação à possibilidade de predomínio da influência biológica na inteligência humana, existem padrões, que são rastros de evidências concretas, por serem comportamentos ou características que se repetem, que corroboram para a sua veracidade. Existem vários exemplos desses padrões. Um deles é o fato de que filhos adotados tendem a apresentar níveis similares de inteligência aos dos seus pais biológicos do que dos seus pais adotivos. Com base nisso, é racionalmente recomendável que o nível de ceticismo sobre essa possibilidade seja baixo.


Em relação à existência de vidas extraterrestres, não existe sequer um rastro de evidências concretas ou de padrões, tal como têm no primeiro exemplo, se a grande maioria dos relatos e provas de aparições de naves estranhas ou de abduções são duvidosos. No entanto, existem razões lógicas baseadas em padrões existentes que, indiretamente, corroboram para a possibilidade de existência de vida fora do planeta Terra. Por exemplo, o tamanho impensavelmente descomunal do universo, cheio de planetas e sistemas solares similares ao nosso, com potencial de terem condições de abrigar vida simples à complexa. Por isso, é racionalmente recomendável que o nível de ceticismo sobre essa possibilidade seja médio.


Por fim, temos o caso da crença na existência de deus/eternidade, que não tem absolutamente nada, nem rastro de evidência concreta nem razão lógica respaldada por padrões existentes que, indiretamente,  corroborem para a sua plausibilidade. A única e remota ou proto razão lógica pela qual se baseia é a de que "se toda criação tem um criador (supostamente falando), então, o mundo ou o universo também tem e que se chama deus". Se tudo o que existe teve um momento de surgimento ou "criação", não significa que tudo foi literalmente criado por uma entidade consciente e absolutamente poderosa. Mesmo que não seja possível provar, pelo método científico, nem a existência nem a inexistência de deus/eternidade, não há nada de remotamente concreto que apoie a tese de que exista,sem falar que o ônus da prova recai sobre aqueles que acreditam. Portanto, é racionalmente recomendável que o nível de ceticismo sobre essa possibilidade seja o mais alto possível.


Pois se deveríamos, por exemplo, repensar sobre os métodos tradicionais de ensino usados na maioria das escolas, por estarem baseados na crença de que o meio tem um papel predominante no intelecto humano, em  relação à biologia; se também deveríamos  continuar preocupados ou ansiosos com a possibilidade de descoberta ou de aparição de seres vivos vindos de outro planeta; não mais deveríamos manter ou tolerar o nível de influência cultural e política das "religiões" organizadas nas sociedades humanas, no máximo delegando-as um nível similar de poder, em sua maior parte,  inofensivo, que atualmente tem a astrologia. 


quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Forças, medianidades, fraquezas e aquele métodos

0 a 0,3 = baixo grau de expressividade 
0,4 = médio baixo grau 
0,5 = médio ou grau muito variável 
0,6 = médio alto grau
0,7 a 1 = alto grau de expressividade

E estimativa com o tipo médio 

Biológico
Físico
Psicológico
Cognitivo 

Biológico (até agora) 

Basicamente o sistema imunológico 

Fraquezas: ~ 0,4-0,5
Medianidades: ~ 0,9
Forças: ~ 0,3-0,4


[indivíduo 'médio']


Fraquezas: 0,3-0,4
Medianidades: 0,9
Forças: 0,5

Explicação: 

Até hoje, desprezando vacinas, ambiente limpo ou relativamente baixa exposição a patógenos, sem contar aqueles que estão contidos em poeira por exemplo, nunca padeci de qualquer doença muito séria, graças à...sorte?? Mas o conjunto da obra também não é lá...uma Brastemp... então chutei-me um "sistema imunológico" mediano, com fraquezas no limite da tolerabilidade mínima e forças não muito...fortes, já que sou bem mais mediano, creio eu. Claro que este chute pode sofrer alterações no futuro (ai de mim!!)

Físico (resistência física/ musculatura/vigor físico)

Fraquezas: 0,7??
Medianidades: 0,5
Forças: 0,3-0,4


Fraquezas: 0,3-0,4
Medianidades: 0,8
Forças: 0,5-0,6

Explicação:

Sim eu sou consistentemente preguiçoso como já devo ter comentado, não desenvolvo músculos com grande facilidade [sequer os tenho, de fato] e ainda sou fisicamente fraco. A fraqueza venceu, meu povo!! 0,7 de acordo com a minha "regrinha de três" está de ótimo tamanho porque além desse valor e teremos níveis crônicos e/ou patológicos de preguiça/cansaço físico, debilidade física geral, e pelo menos isso eu não tenho, to lá na esquina, bem perto, mas "ainda" não tenho. Já culpei minha hiperatividade mental mas talvez não seja apenas isso se temos workaholics que geralmente são hiperativos nos dois. 

Psicológico

Fraquezas: 0,7
Medianidades: 0,7
Forças: 0,7


Fraquezas: 0,4-0,5
Medianidades: 0,9
Forças: 0,4-0,5

Explicação 

Será?? 

Sou opostos, muito emocionalmente instável mas também muito emocionalmente estável (ou talvez seja só pedantismo). Forças e fraquezas psicológicas parecem estar páreo a páreo no meu caso. 

Cognitivo 

Fraquezas: 0,7
Medianidades: 0,8
Forças: 0,6-0,7


Fraquezas: 0,4
Medianidades: 0,9
Forças: 0,3

Explicação:

Em minhas fraquezas (matemática por exemplo) eu sou um tropeço de "burro". Já comentei que minhas habilidades matemáticas estacionaram na sexta série né?? Sabe quando a gente está começando a aprender a resolver problemas matemáticos?? Então, parei por aí. 

Em relação às minhas medianidades eu acredito que esteja bem ... mediano, mas sinceramente não sei muito bem onde que eu seja mediano. Bem, talvez em algumas especialidades tipo história/tempo?? Ainda que, em história, eu acredite que esteja acima da média, mas nada de muito maravilhoso. 

Em minhas forças eu chutei 0,5-0,6, salientando uma natureza possivelmente variável ou bem assimétrica, de ser muito bom e talvez também ruim nos mesmos departamentos, depende do naco que estivermos falando.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Fator ordem de nascimento para a homossexualidade...

.... acontece quando a mulher procria com o mesmo homem, mesma paisagem genética né??

Dúvida besta.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Ambientes muito intensos reduzem a sofisticação perceptiva. Da não-série: por que o ambiente temperado é o melhor cenário para aumentar a inteligência do tipo humana

Inuits assim como qualquer outro ser, vivo ou humano, precisam prestar muita atenção ao ambiente em que vivem do contrário perecerão. No entanto apesar de detalhista os ambientes gélidos em que vivem também são minimalistas. Isso reduz a quantidade e diversidade de informações que precisam capturar para construir e manter a sua cultura e claro selecionando os mais aptos para fazê-lo por tempo indeterminado ou constante.

Ambientes muito frios: espaço minimalista em diversidade de desafios/ espécies /tempo constante ou estável.

Em ambientes muito secos ou com qualquer outra manifestação constante e extrema da natureza também tenderão a selecionar por um maior pragmatismo e portanto menor sofisticação criativa para a sobrevivência. Nesses ambientes ''excessos' podem ser fatais e geralmente não há tempo para especulações. 

Viver em climas quentes por outro lado exige maior sofisticação perceptiva mediante a maior diversidade de desafios. No entanto em relação ao tempo/clima o nível de previsibilidade é muito maior. Os desafios para sobreviver estão a curto prazo porque a noção de passagem do tempo tende a ser reduzida talvez tal como tende a acontecer com as tribos humanas que vivem em áreas mais inóspitas. 

Ambientes tropicais/quente e úmido: espaço maximizado em diversidade ecológica/ tempo constante ou estável. 

Ambientes tropicais parecem selecionar para uma "criatividade de curto alcance" ou de "curto prazo".

Ambientes temperados: os ambientes temperados (de clima temperado) são intermediários entre o clima frio/e polar e o clima quente/tropical apresentando verões invariavelmente quentes e invernos invariavelmente frios. Antes do estabelecimento de sociedades complexas quando as comunidades humanas se encontravam em contato muito mais direto com a natureza é de se esperar logicamente que a mesma tivesse uma influência muito maior em relação à pressão seletiva entre ou para os seres humanos e que portanto o lugar onde viviam era fortemente determinativo para o molde cultural, psicológico e fisiológico das comunidades.


 Com o advento da civilização o ser humano passou a ser mais selecionado para as atividades de dentro dessas sociedades complexas resultando em um aumento desse tipo ou proposta de inteligência, via domesticação/cooperação, uma maior especialização de capacidades (e habilidades desenvolvidas/e alcançadas). 

A maioria das grandes civilizações humanas que são conhecidas brotaram em ambientes temperados, não muito frios, diga-se: antigas civilizações do Oriente Médio, do Mediterrâneo, Egito, vale do Indo, sudeste da China e áreas montanhosas das Américas. 

Os ambientes temperados requerem providência ou preparação para os dias mais frios de inverno e maior coleta de alimentos, dentre outras tarefas, nos dias mais quentes de verão. Ambientes com fontes de água também foram e são evidentemente fundamentais para o estabelecimento de sociedades mais complexas. Mas neste caso eu estou me referindo ao período anterior às civilizações ou pré história tentando tatear de maneira evidentemente amadora na aurora da inteligência humana. Portanto de acordo com que os seres humanos foram se deslocando de uma área conhecida para uma nova, pressões seletivas específicas a essa área começaram a operar. E quando o ser humano chegou ao clima temperado, ou em ambientes intermediários entre o frio dos pólos, o calor dos trópicos e a seca dos desertos, ele teve de lidar com um clima que basicamente apresenta um pouco de cada ambiente, especialmente os dos trópicos e os dos pólos e ainda rico em fauna e flora, ao contrário da avaria natural dos pólos. O que puxou a inteligência humana foi a expansão do pensamento abstrato que é essencial para o planejamento e também para a invenção. Percebe-se que a maioria das comunidades humanas pré civilizadas, e talvez mesmo as mais "ferais", ainda apresentarão algum pensamento abstrato. 

Ambientes temperados: espaço mediano em diversidade ecológica/ tempo instável a constantemente instável.

domingo, 2 de julho de 2017

Tempo de desenvolvimento tende a influenciar no tipo de estratégia evolutiva

São as mães (e pais) "mais R" mais negligentes com a "criação'/cuidado dos seus filhos?? 

Ou, são elas mais (primário/circuito-curto) instintivas, mais propensas a vivenciar e a replicar um modo de vida mais rápido e portanto menos paciente/mais ansioso?? 

E o cuidado parental das espécies mais K não seria na verdade o resultado lógico de um modo de vida mais lento aplicado no lido com os filhos [quase que por osmose, ''se sou mais lento/cuidadoso com aquilo, também serei com isso'']?? 

Maior cuidado = maior atenção/capricho = maior lentidão = filhos que demoram mais tempo para se desenvolverem?

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Esquerdistas podem ser considerados como ''exóticos'' por:


... não conseguirem entender a mentalidade [predominantemente conservadora] das populações mais ''evolutivamente generalistas''/ tosse* conservadores,

- pelo simples e possível fato de serem exóticos ou únicos ao ocidente, isto é, a um certo ambiente ou nicho.

Pensemos numa linda flor que só brota em um ambiente muito específico e que quando uma planta mais generalista, mais adaptável é plantada ali perto, passa a se expandir territorialmente e uma hora a ''linda flor'' não terá mais espaço para brotar e acaba sucumbindo à agressividade pragmática da outra planta. 

A exoticidade parece que pode se dar por excesso de sofisticação [ou nem tanto um excesso] ou apenas por causa do território muito restrito em que foi tecida. Elementar que a característica essencial que define a exoticidade ou a sua estrutura elementar, que a define antes de fazer-se por si mesma, é a singularidade. 

Espécies singulares podem ou parece que são mais vulneráveis ao confronto direto de espécies mais comuns ou generalistas. Neste caso poderíamos pensar nos judeus como um caso de exoticidade que, no entanto, se dá com base em maior sofisticação [ou não*], ainda que demonstre alguns sinais de generalidade pragmática.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Princípio do gradualismo para "explicar" a origem da vida

Estruturas complexas dificilmente podem se formar de maneira abrupta 

Pré vida


Eu já comentei ou devo ter comentado que a vida foi forjada com base em uma espécie de pré seleção natural de elementos que a tornaram possível de ser. Portanto antes da vida devem ter existido pré vidas ou estruturas intermediárias entre o inanimado e o animado, o elo perdido da vida, tal como acontece com a evolução das espécies.


Assim como ''aconteceu'' com o universo, a sua origem se deu quando elementos, que antes, encontravam-se separados, se uniram, o gerando. Quando os elementos que não podem ocupar o mesmo espaço, passam a ocupar o mesmo território de espaço, entrando em um estado de convergência e cooperação ou estruturalização, quando os elementos terminam por se organizar para sustentar uma mesma estrutura em comum. 

Poder-se-ia pensar, novamente, se, o fenômeno da seleção natural, que também pode ser denominada de ''método de tentativa e erro'', não se manifestaria também entre os elementos não-orgânicos, e em especial, nos elementos pré-orgânicos ou que, encontram-se separados uns dos outros, mas que, estão presentes em cada forma de organismo ou vida. 

Enfim, é isso, mais um delírio ou ''chute calculado''. 

quarta-feira, 19 de abril de 2017

A origem da bondade/altruísmo e da maldade/egoísmo....

... ambientes menos competitivos favoreceram ao predomínio de comportamentos cooperativos e menos agressivos.

... ambientes mais competitivos e portanto perigosos, favoreceram ao predomínio, via seleção, de comportamentos mais agressivos e menos cooperativos.

Ambientes muito perigosos e competitivos selecionam pelos mais egoístas enquanto que os ambientes mais tranquilos selecionam pelos mais altruístas. 

sexta-feira, 10 de março de 2017

''Insight' adicional para a minha especulação sobre herdabilidade e homossexualidade

Diversidade de situações:

Primeiro caso: gravidez de gêmeos monozigotos, homossexualidade nos dois fetos desde a concepção (creio eu que este caso explicará a maioria das concordâncias de gêmeos monozigotos ou idênticos neste ''traço'');

Segundo caso: gravidez de gêmeos monozigotos, homossexualidade de/em um dos fetos desde a concepção (creio eu que este será o caso mais comum para explicar a não-concordância em ''preferência' sexual);

Terceiro caso: gravidez de gêmeos monozigotos, homossexualidade de/em ambos os fetos a partir da concepção (creio eu que este será o caso mais raro para explicar a concordância de homossexualidade em gêmeos idênticos), que se deu a partir ou durante o período intra-uterino ou pré natal.


A concepção, se eu não estou totalmente errado, é o momento em que as informações genéticas ''do pai e da mãe'' se unem dando início à uma possível vida. Durante o período intra-uterino, essa semente é ''molhada''. Então ''tudo leva a crer'' que a maioria dos nossos traços mais importantes ou primárias são fixados na concepção. Isto é, as nossas bases genéticas (fruto das informações genéticas dos nossos pais e de suas respectivas famílias diretas) são fixadas e é a partir delas que se começará a ''molhá-las''. Todas as sementes de plantas são iguais*** Provavelmente não. 

O sexo é determinado na concepção, homem ou mulher. Ok, mas nós sabemos que existe um espectro e tipos de homens e de mulheres. Isso já foi estudado* Provavelmente sim. Todos os espermatozoides são iguais*

As características sexuais secundárias são determinadas a partir da concepção ou durante o período intra-uterino e parece que seguem as diretrizes que foram fixadas durante a concepção, um programa, será*

O que parece não estar plenamente determinado ou conhecido, ao menos pra mim, é se a combinação genética do pai e da mãe na concepção determina o desenvolvimento do feto dentro do útero, tal como diretrizes de procedimento, ou se não existe uma relação entre um e outro e o segundo aja de maneira independente e mais aleatória, dependendo mais do ambiente intra-uterino.

Partindo da ideia de que o ambiente uterino é muito importante para o desenvolvimento do feto, então pode ser possível pensar se alguns a muitos homossexuais são fruto de 'anomalias' de procedimento ou de desenvolvimento neste período...

... porque até agora parece que não foi comprovado que x cause y, por exemplo, em relação ao autismo, de que a exposição excessiva de testosterona o cause. Enfim, conjecturas, achismos e analfabetismo grátis em genética...