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sexta-feira, 4 de março de 2016

Conformidade não é estupidez em termos evolutivos e a continuação dos 3 tipos fundamentais de inteligência



A universidade ''nos faz mais burros'' *** Ou é ela que seleciona certos sociotipos humanos em detrimento de outros**

Menos de observadores, mais de trabalhadores...

E o conflito transcendental entre evolução (percepção progressivamente expandida e geneticamente compartilhada) e 'adaptação'' (conformidade e manutenção do status quo evolutivo)

Os trabalhadores nascem predestinados para atenderem ao chamado de suas formas, bio-variáveis ou arquiteturas cognitivas específicas, assim como acontece com os outros sociotipos. Eles são melhores, em média, para memorizar informações não-pessoais e de utilizá-las em suas especificidades enquanto mantenedores sociais. Um sociotipo trabalhador que tiver aptidão para a memorização de informações de natureza verbal, será mais propenso a se ''especializar' em alguns dos departamentos acadêmicos das ciências humanas. O trabalhador é um ser paradoxal porque ao mesmo tempo em que tende a dissociar o pessoal com o profissional, a sua psicologia e portanto, a sua ''filosofia específica'' ou transcendência, encontrar-se-á substancialmente relacionada com a sua função social. Ele não nutre uma paixão interna, introspectiva, em relação às funções que lhes são mais cognitivamente íntimas, mas o seu trabalho será um critério central de como que entende, que percebe o mundo

Os gênios podem ser de trabalhadores (geralmente de cientistas altamente talentosos), de manipuladores (geralmente de políticos ou líderes sociais) e de observadores (filósofos e líderes sociais genuinamente empáticos), assim como também serão obviamente propensos a se expressarem a partir de combinações de um dos 3 sociotipos propostos.

As universidades estão desproporcionalmente abarrotadas de sociotipos trabalhadores, não apenas porque tem preferência por este tipo, mas também porque em todas as sociedades humanas escasseiam uma grande proporção de manipuladores e de observadores, e especialmente aqueles que forem muito talentosos.

A função do trabalhador não é apenas a de memorizar informações não-pessoais e replicá-las em escalas geralmente pequenas de impacto (e que farão toda a diferença em larga escala ou a nível coletivo), mas também a de socializar as diretrizes culturais por meio da conformidade, isto é, quem é bom apenas ou especialmente para memorizar, geralmente, não será bom nem para manipular nem para observar. Se não pode entender profundamente a realidade então será fortemente propenso a ser ou a se tornar um consumidor de transcendências, especialmente aquelas que melhor se adequarem às suas carapaças existenciais. O consumidor é dependente do criador. A relação de dependência é assimétrica porque o criador, ao produzir os produtos de consumo, se tornará mais dominante e imprescindível para alimentar aquele que lhe for mais dependente.

Portanto não é paradoxal termos uma gorda fração de estudantes e professores universitários, portadores ''de'' ''altos qi's'', comprando toda a sorte de bobagens ideológicas, de todo o espectro político, porque afinal de contas, a maioria deles não serão de observadores ou de manipuladores, ainda que tais características coexistam em todos nós, com o diferencial da proporção individual de cada uma delas. Aqueles que correspondem reciprocamente às diretrizes e tarefas que são produzidas pelo sistema educacional (hierárquico) serão em sua maioria de trabalhadores de alto funcionamento. 


A relativa redenção da conformidade


Para maioria dos sociotipos de observadores e de manipuladores, a conformidade se consiste em uma clara fraqueza de caráter que encontra-se perene/aderente às massas de trabalhadores. Apesar de estarem consistentemente corretos sobre esta máxima, há de se buscar também pelo valor evolutivo de certas atitudes que são menos nobres e intelectualmente corretas. E uma delas é justamente a conformidade. 

Em termos evolutivos gerais, isto é, não apenas em termos biologicamente evolutivos, mas também em termos culturais, transcendentais, a conformidade encontrar-se-á nos últimos degraus da decência e inteligência humanas. No entanto, esta é uma constatação advinda de uma perspectiva especial, isto é, de observadores, mas também de manipuladores astutos, que diga-se de passagem, tendem a comungar astutamente os dois extremos de perspectivas, do observador e do trabalhador e se aproveitarem das fraquezas dos seus ''subalternos naturais''. Se nos colocarmos nas perspectivas existenciais e perceptivas dos trabalhadores, nós perceberemos que se conformar, muitas vezes, será muito mais vantajoso e especificamente inteligente do que fazer o exato oposto. A conformidade aumenta as chances de sucesso reprodutivo, enquanto que a inconformidade reduz o ciclo social de amizades e também de possíveis relacionamentos com potencial para a fertilidade. Quem está a favor da maré, mesmo se for baseada em uma cultura suicida ou auto-destrutiva, ainda assim, colherá muitas vantagens das mais diversas ordens. A partir deste pensamento que eu volto à minha constatação sobre o valor da reprodução e da sobrevivência. O ser humano, acima de qualquer outra razão, está fundamentalmente favorável à manutenção da própria vida, com ou sem descendência. Portanto, independente de uma cultura proporcionar vantagens reprodutivas ou não, o que mais importa para o ser humano é a sua sobrevivência. E a conformidade é uma ''escolha' muito inteligente ainda que a maioria o faça com base em raquítico talento perceptivo ou ''ignorância''.

Ser uma prostituta do sistema tem muitas vantagens.


O conflito transcendental entre a evolução e a adaptação


Todos os visionários da espécie humana e especialmente aqueles que forem constituídos de um temperamento mais filosófico ou uber-holístico, muitas vezes, nos mostrarão com maior ou menor qualidade, o caminho evolutivo que deve ou que pode ser tomado, com a finalidade de melhorar os nossos estilos de vida. Eles estão sempre pensando no amanhã, no futuro, porque o vivenciam dentro de si mesmos. O observador está provido de uma grande resistência psicológica interna e é pouco propenso a se tornar distraído em relação à sua transcendência, enquanto um engenheiro de novas percepções e de vivências. O trabalhador, por outro lado, é justamente aquele que se encontrará mais distraído ou disperso em relação à hiper-realidade, àquilo que realmente importa, por causa de sua constituição naturalmente amalgamada, simples, objetivam porém rasa e evolutivamente eficiente. Metaforicamente falando é como se os tipos ''mais especiais' da espécie humana fossem justamente como os seres vivos altamente complexos enquanto que os sociotipos de trabalhadores seriam como as formas de vida mais simples, e portanto, que são mais fáceis de se auto-replicarem mas também de serem dominadas.

Portanto, nós temos dois tipos diametralmente opostos entre si que são a seus modos, fundamentais para a manutenção e evolução das sociedades humanas e que graças aos manipuladores, encontram-se decididamente atomizados um em relação ao outro e especialmente o trabalhador em relação ao observador.

A evolução quer dar novos e certeiros passos enquanto que a adaptação quer sempre se manter, se conformar, prefere a segurança da mediocridade do que a grandeza de um amanhã mais correto. Dar passos muito longos pode trazer consequências muito negativas. Mas se manter no mesmo lugar, também será muito negativo. Esta caminhada é sempre complicada e ainda mais quando estamos a falar da humanidade. 








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