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quarta-feira, 2 de março de 2016

Comportamento inteligente, neutro e estúpido como um meio de se mensurar sabedoria



Densidade diária de julgamentos/ações corretas  



A moralidade é tudo sobre o comportamento


Na ciência, no dia a dia, nas artes, em cada momento, em cada pensamento, a moralidade permeia as nossas vidas como o ar que nos dá fôlego. Quando acordamos, tomamos o café da manhã, nos exercitamos, caminhamos, trabalhamos, interagimos uns com os outros, abraçamos o meio dia, priorizamos nossas metas, nos alimentamos, até a hora de adormecer, para despertar num novo quadro vívido de cores, formas e movimentos. O princípio da moralidade é a auto-moralidade, a auto-empatia ou o instinto de sobrevivência. O processo de expansão da consciência também é o processo de expansão da auto-empatia, o gradual processo de simulação de caráter empático, isto é, se colocar no lugar de seres, coisas e fenômenos com o intuito de melhor compreender os seus mecanismos de funcionamento.

A moralidade é  parte crucial do intelecto humano 

Estamos todos responsáveis por nossas caminhadas por esta vida, este existir. Ser humano, ser genuinamente humano, é primar pela sabedoria, se tornar vigilante quanto a toda sorte de problemas que podemos causar e ou que podem surgir. Ser este fenômeno natural, atender ao chamado da alma humana em sua vertente mais característica e necessária. 

O ser humano não é este ser irrecuperavelmente imperfeito, visto que nem todos os seres que serão assim, do contrário não precisariam existir para melhorar, sustentar os seus epicentros existenciais ou apenas pra serem levados pelo vento das circunstâncias, presos em suas naturais ''ignorâncias''. Todos os seres vivos, com a singular exceção do ser humano, são idealmente perfeitos de acordo com as suas respectivas capacidades perceptivas. O ser humano é anti-natural porque ao invés de participar desta valsa evolutiva e sub-consciente da vida, em prol de uma implacavelmente bruta seleção pela melhor qualidade do contexto de adaptação e/ou evolução, ele pode modificá-la como a explosão de um vulcão, a queda de um asteroide ou a invasão de ondas gigantes nas regiões costeiras. Nós somos mais um fator com potencial de perturbação da inércia da natureza. 

Ser humano é reconhecer a própria imperfeição e racionalmente, buscar por sua melhor ''cura', como o peixe que busca pela água, a vida que foge de sua morte 'biologicamente'' complementar.

Os sábios se assemelham por causa da serenidade com que passam a levar as suas vidas. Estão ou ao longo de suas vidas aprenderão a domar os seus instintos e as suas emoções, colocando-os para que trabalhem a seu dispor ao invés de serem os dominados. Ao invés de se deixarem queimar pelo fogo da vida, eles passam a controlá-lo ou ao menos, tentarão constantemente fazê-lo.


O pensar racional não é a redução das cargas emocional e instintiva, pelo contrário, é a recombinação delas dentro deste sistema de abordagem perceptiva, tornando-as cooperativas. A emoção tem mais valia quando é usada de maneira apropriada, correta, de preferência, moralmente perfeccionista. O instinto é fundamental para a própria sobrevivência e jamais deve ser descartado ou visto como menos importante. A razão, ao contrário da lógica, não é apenas uma abordagem mecânica, robótica do mundo, porque será uma abordagem completa, intensamente reflexiva e partirá de uma amplificação de perspectivas. É desta maneira que serão produzidos os julgamentos perfeitos (ou perfeccionistas, isto é, tendo como ideal a perfeição) e não apenas ou fundamentalmente o pensamento lógico. 

A sabedoria é o fator g do comportamento inteligente. De fato, se consiste no intelecto do ser e não apenas do trabalhador cognitivamente complexo como os testes cognitivos tendem a dar grande ênfase. 

Existem ideais de perfeição ideacional e comportamental e aquele que souber alcançar com grande e progressiva constância estes ideais, um sábio será. Especialmente se partir de uma base existencialista, isto é, refletindo holisticamente sobre toda a dinâmica fenomenológica em que estiver inserido.


O comportamento inteligente

- somos seres sociais,

- somos seres, comparativamente, muito auto-conscientes, portanto, somos capazes de modificar o ambiente em que estamos, perturbando a dinâmica ''caoticamente' estruturada da natureza dentro deste nível respirável de gravidade,

- mesmo sem um pingo de empatia, você pode raciocinar que o seu comportamento depende indubitavelmente de como que se harmoniza com o meio em que está,

- por sermos mais autoconscientes do que os outros seres vivos, temos a ingrata consciência da incerteza, do porquê de estarmos aqui, 

- causar ou provocar problemas aumentam os riscos de morte, portanto aumentam os riscos para a própria sobrevivência,

- em um momento de grande perigo, é importante manter a calma e usar a razão. Portanto, apenas pense o quão perigosa pode ser ou é a vida e especialmente quando temos grande consciência de nossas próprias existências...

A sabedoria não é um capricho pseudo-filosófico como muitos (trabalhadores e donos dos meios de produção) querem deixar implícito e por ser tão onisciente ao comportamento humano, então será absolutamente necessária.

E a melhor maneira de se mensurá-la não será por meio das ''grandes realizações cognitivas e/ou intelectuais'' que geralmente caracterizam a genialidade criativa, mas justamente o seu oposto quantitativo, isto é, as ''pequenas realizações'', na intimidade existencial de cada ser humano.


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