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quarta-feira, 30 de março de 2016
Genética, ambiente e a metáfora com os dois tipos mais agudos de diabetes, tipo 1 e tipo 2
Algumas pessoas nascem com diabetes tipo 1 que quer indicar que se consiste em uma ''construção fenotípica desequilibrada, aguda e ''herdada' '', dentro do reino encantado da ''epigenética''. Eu vejo a genética mais e mais como um mecanismo de acúmulo variavelmente ponderado de características biológicas que explica os processos de adaptação e evolução.
A metáfora entre a interação ''genética e ambiente'' e os dois tipos mais agudos/perceptíveis/conhecidos de diabetes (1 e 2) apareceu como uma maneira simples e didática para explicar como que se daria esta dinâmica ou de acordo com os diferentes modelos de cenários, e para que eu ''mesmo'' pudesse entender melhor.
O primeiro caso, como eu evidenciei no primeiro ''parágrafo'' (ou similar) se consistiria na(s) característica(s) mais agudas, que de tão intrínsecas/intensas, já se manifestariam desde muito cedo na vida, e que ao contrário de uma expressão tipicamente fenotípica, isto é, que mediante uma precisão conceitual, precisaria da conjugação do ambiente com os genes para se manifestar, se caracterizaria por uma expressão agudamente fenotípica ou expressão por si mesma. O que eu estou querendo dizer com isso**
Existem dois tipos de manifestações de expressões fenotípicas ou fenótipos, o tipo agudo e o tipo disposto ou possível.
Ninguém nasce com diabetes tipo 2, mas se pode ''adquiri-la'' durante a vida desde que se exponha a hábitos pouco saudáveis, de maneira constante e até mesmo acumulativa, isto é, que vá se tornando mais desequilibrado com o passar do tempo e com o ''natural' desgaste do organismo via envelhecimento, e que estejam especificamente relacionados a esta disposição vitalmente negativa. Ingerir muito açúcar aumenta as chances para a diabetes, especialmente para os indivíduos que estão predispostos a desenvolvê-la, mas fumar, provavelmente não, porque tem que estar obviamente relacionado. Ou seja, deve haver uma constância específica de certo hábito/vício, seja ele positivo ou não, para que possa resultar em uma construção fenotípica, isto é, a motivação, a escolha, a persistência, e se os genes forem (des)favoráveis, a construção de um resultado permanente, controlável ou não, conscientemente desejado/perseguido ou não.
E este espectro de intensidade pode ser observado em praticamente todas as expressões humanas, fisiológicas ''ou' comportamentais.
Por exemplo, o caso daqueles que estão dentro do espectro de personalidade anti-social.
Alguns seres humanos já nascem totalmente psicopáticos e demonstram ou expressam de tal maneira desde muito cedo, análogo à diabetes tipo 1. Esta expressão será constante e muitas vezes externamente aguda.
Em ''compensação'', nós vamos ter também aqueles que nascem com uma disposição menos aguda para se enveredar neste tipo de transcendência evolutiva e de acordo com que o ambiente (circunstâncias) vai interagindo e em como que eles responderão, pode ser possível que desta relação nasçam ou se produzam psicopatas. Análogo à diabetes tipo 2.
Algumas pessoas nascem ''cheias'' (como copos) de diabetes (resultando no tipo 1) ou de personalidade anti-social (resultando na ''psicopatia tipo 1''). Outras pessoas podem ter um potencial ou vulnerabilidade específicos para encher os seus copos, de acordo com que o ambiente vai interagindo e em como que elas respondem/reagem a esta interação.
Alguns literalmente ''born that way''.
Outros apresentarão um potencial/ vulnerabilidade/suscetibilidade... para se tornarem permanentemente ou não deste ou daquele jeito (todas as metáforas que tenho usado para explicar a variação de comportamento, dos elásticos, dos elementos que boiam na superfície da água, da corrida com obstáculos).
E como sabemos bem, outros serão muito prováveis de não apresentarem qualquer manifestação mais latente.
''Os tipos 1 e 2'' talvez possam ser extrapolados para a maioria das expressões orgânicas de comportamento interno (por exemplo, a própria diabetes) ou externo ( a psicopatia).
O único ponto de neo-relevância neste texto, como sempre verborrágico, é o de usar a analogia metafórica dos dois tipos mais agudos ou conhecidos de diabetes (se existirem outros, e eu não vou pesquisar...) em relação ao restante de expressões/intensidades orgânicas ou comportamentais, externas ou internas. Alguns nascem assim, outros podem se tornar assim (eu poderia ter resumido o texto a esta frase final, mas enfim).
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