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quarta-feira, 23 de março de 2016

Antropofauna



um fauno, uma fábula,
uma cruz, um arremedo,
pela metade, se o todo se vê por todos os lados,
de meio a meio, se arramam cadarços,
se tropeçam, uns nos outros,
nas próprias sombras,
um cruzar de dedos, de acusações sem medo nem razão,
de tontos, de tantos gírios em delírios,
se mata sem saber,
se odeia sem ter tentado amar,
antropofauna,
uma diversidade de loucos,
em suas cores, em seus artífices torpes,
com mãos de trabalho, um servo,
ou com mãos abanando, débeis, deste calor severo, um nobre,
onde o vilão é livre como o vento,
bom como um sonho,
e ama a sua pequena fortuna,
de riachos e alegrias puras, 
o gênio da simplicidade,
à flor da pele,
é um sábio.

2 comentários:

  1. Não entendi direito, mas gostei. Clap, clap.

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    1. O que não entendeu** Ué, o ser humano é uma nova variedade da fauna terrestre só que de loucos que querem ser mais do que aquilo que são e todos os outros animais nunca fazem isso, a priore.

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