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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Eu quero banir ''damares''

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Eu sou "gay" e agnóstico ateísta, quase ateu de carteirinha, mas como tenho pouca afinidade com a maioria dos ateus e tenho fé, acredito eu, excepcionalmente limpa de mitologias, então não tenho paciência para dizer pra mim mesmo que sou ateu, mesmo sendo, enfim... 

Eu não sou ateu apenas por ser "gay". Já disseram isso pra mim em debates na internet, mas não condiz com a realidade. Antes de ser "gay" eu sou tão lógico que perigo de ser racional. Minha mente trabalha mais (ou menos, se for por uma perspectiva neurocientífica) quanto à contradições, falácias e distorções da realidade. E tenho como provar. Por exemplo, eu sou e sempre vou ser muito crítico sobre a teoria de gênero, por não considera-la cientificamente comprovada, ou mesmo, cientificamente comprovável. Ser cético sem ser politicamente seletivo é uma prova significativa de que o meu ateísmo tem pouco a ver com minha sexualidade. No entanto, ainda terá, até certo ponto, porque funciona como um reforço a favor dele. 

Hoje, um projeto de gente cujo nome eu não pretendo falar, mais do que a palavra ateísmo, disse que "os gays querem banir as igrejas". Como sempre, quando o cérebro não está qualitativamente desenvolvido, isto é, com base na racionalidade ou sensatez, propagar inverdades tomando-as como se fossem verdades é a regra e não a exceção. Sinceramente, quem dera se os homossexuais fossem muito mais coerentes do que são. Muitos, não sei quantificar quanto, são religiosos, crentes, se ajoelham para o menino Jesus ou para qualquer outra psicose aculturada com pouco ou nenhum esforço auto-crítico. Acredito que existam homossexuais que se tornaram ateus especialmente em relação à mitologias seguindo a coerência de se pensar na correlação significativa entre elas e a homofobia. Mas acho que toda gota de ateísmo segue o mesmo princípio primordial, o da razão. Se, a partir disso, será criado um sistema individual mais completo de coerência de raciocínio aí é algo probabilístico e diverso. Não sei se já escrevi um texto sobre isso mas vamos lá, rapidamente: ateísmo, sendo internalizado por um psicopata ou por um sábio, por um esquizofrênico ou por uma pessoa com a saúde mental totalmente em dia, ou mesmo pelo seu cachorro, está apenas certo e o completo oposto quando são as mitologias que se tornam parte central da heurística do indivíduo, e até renego a palavra religião por parecer menos crua ou mais "metafórica" e portanto enganosa sobre o que de fato se consiste. 

Portanto, respondendo a esta doente mental, infelizmente eu suspeito que a maioria dos homossexuais, mesmo os que também são ateus, não desejam banir igrejas e pessoas como você.

Eu já penso o completo oposto. Seria lindo se seres (em estátuas de cera ou múmia, como você) e crenças anacrônicas existissem apenas em museus da história humana. Que seres inferiores mental e moralmente [que é o mais importante], como você, fossem banidos, sim, isso mesmo, pelo menos do convívio, não de pessoas ''respeitáveis'' mas daquelas que respeitam. Seria ótimo se tormentos como você, querida mentecapta, deixassem de existir.

Falo merrmo. 

Eu quero banir você e toda sua doença. 

Mas a maioria LGBT não.. 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

O meu blog vai ficar mais político...

Vou falar mais sobre os acontecimentos ''excepcionais'' em ''nosso'' proto-país, e claro, sempre obedecendo às minhas leis fundamentais que é a busca pela melhor análise possível e em busca do ideal... e já sabemos que ter um legítimo LIXO BRANCO no phoder, já se consiste em algo bastante complicado.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Hoje a pureza morreu

Hoje a pureza morreu

E ontem
E há quinze anos atrás
E há vinte
E a 200 anos atrás
E a 500
E há 2000
E a 5000 anos atrás
...
E continuará a morrer
Ou a ser morta
Pelos infortúnios da vida
Pela gula da morte
Pela luxúria da ignorância ou da estupidez
Pela pureza de quem só sabia sorrir
De ser feliz
Que se contentava com o pouquinho
E que o pouquinho, nas mãos da criança
Tornava um montão, na simplicidade
Na eterna mocidade
De quem esquecia, que a morte está em todo lugar
À espreita
À espera
Do primeiro erro mortal
Da primeira conjugação, de má sorte
Do primeiro caos ou desencontro
A vida é rara, a existência é cheia de morte
A vida é um brilho fraco
Um fósforo aceso lutando contra o frio
A vida é frágil, está sempre a um pavio
E a pureza é ainda mais vida, de cristal
A confundir-se, que vive um sonho
Hoje de manhã uma purezinha morreu
Os seus olhinhos se apagaram pra sempre
Sua breve vidinha cessou
Sua felicidade, eterna, enquanto durou
Seu pequeno rabinho não mais balançou
Seu amor infinito, não mais brilhou
Seu peludo corpinho, não mais pulou
Sua pequena janelinha, sempre ensolarada, se fechou
Numa manhã nublada, no meio ao asfalto, à brutalidade humana
À frieza do chão
Sua pequena alma, se foi
Pra onde não se sabe
Espera-se que, seu sonho, tenha se tornado verdade
Espera-se que, quando morrermos, Deus terá piedade, o que quer que seja,
Será justo, perdoando a todos, culpando a si mesmo,
Mais espinhos, mais pregos, que em cada desgraça, a sua pele arda
Hoje uma pureza morreu
Impurezas também se vão
Mas quando um solzinho se consome, os sentimentos corrompem, sem saber como sentir, se é a revolta ou a tristeza, se apontam os dedos, ou se oferece o colo, mais porquês, com ou sem respostas, respondemos as mais físicas, literais, deixamos em teorias e hipóteses, o que não se pode pensar, do outro lado, sem ser vida, e o que será,
Quem não tem fé prescrita, reza em lamentos,
Chora por dentro,
E difícil ter luto, por quem não preencheu a memória, é mais forçado do que natural, mais perplexo, sem ação, do que em prantos,
Mais desconexo da perda, ainda assim, busca ser discreto, mesmo quando os sentimentos não são sinceros,
Força porque é o certo,
Não chora, não relembra, não pensa na vida, como se fosse parte de si,
Ainda que tenha sido,
Se toda a vida é irmã,
Se somos filhos de sua loucura,
De seus porquês, de seus instintos, de suas correntes,
Se estamos todos acorrentados, se não temos escolha,

Hoje uma purezinha morreu,
E a minha tristeza,
tímida, forçosa, querida, desejada, mas fraca,
Matou parte de mim, e se foi com ela,
Em cada assombro, da própria fragilidade,
Sobre o irmão ou a irmã, que se foi,
Morremos um pouco, sem saber, mesmo sem querer,
Mesmo quando lutamos, mesmo quando rimos ou desprezamos,
Aceitamos ou tentamos nos enganar,
Quando a morte não é humana,
Mas é morte, e foi vida,
Primos distantes, desta grande família,
Desta irmandade vital,
E nós,
Como os primeiros a despertar,
Mais sentimos, por ressentirmos, por chorarmos não uma, mas duas, três, muitas vezes se for preciso, ou se vier pelo instinto,

Hoje a pureza morreu,
E ontem,
e noutro país,
e noutra calçada,
e noutra jornada,
e noutra memória...

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Mudei o nome de novo... por que, por que, por que

Agora o blog se chama ''Esquerdista de Direita'', precisa explicar mais*

No espectro ideológico ocidental, mas que também pode servir para qualquer sociedade, existem pontos válidos, de acordo com uma perspectiva ideal, da extrema direita à extrema esquerda. Cabe aos mais racionais, quando se deparam com a política, com a ideologia, enfim, com essas pendengas que nos tornam agudos em seus cenários de luta, compreenderem essa máxima, que pra mim parece bem evidente... Existem perspectivas supra-corretas em ambos os lados, seria muito bom se parássemos de tratar a política como se fosse um campo de futebol, e de buscar a sincronia com a sabedoria, com o melhor julgamento. 

Sou mais esquerdista do que direitista, e talvez não precise explicar tanto aqui o porquê, talvez, pelo fato que a direita enquanto conservadorismo, tenha dominado as sociedades humanas, ou a maioria delas, por séculos a fio, e que esse domínio até hoje não tenha resultado em frutos filosoficamente gostosos... com base em falácias que visam justificar a mediocridade no trato com o outro, quer seja o meio ambiente, o ser vivo de outra espécie, o vizinho ou aquele outro que tem uma identidade que difere da sua... 

Apesar disso, concluir que tudo o que cheire ''de direita'' no pensamento e na prática esteja errado, é que me parece muito errado. A direita tem o ônus de representar o ser humano primitivo, mais concreto em seu pensamento, e também tendenciosamente mais frio no trato alheio, um frio condensado com emoções mais neuróticas do que positivas. Por isso que tem a sua valia, por sua maior insensibilidade mas também por sua abordagem mais diretamente comparativa a partir de uma perspectiva estética emparelhada com à do reino ''animal''. No resto, os seus excessos são diretamente responsáveis por boa parte das mazelas humanas, e até poderia dizer, do alto de minha ousadia infantil, que graças ao conservadorismo, ao seu domínio por tanto tempo, que, ao invés de uma oposição à sua falsa ponderação, o que temos é quase que um espelho, só que os vícios são vistos por uma perspectiva espelhada, onde a direita passa a ser a esquerda... Nada de muito novo.

Vida que segue, e não, que cegue...