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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Relegiões versus religiões

Religar ao divino ou às legiões ?

Religar ao universo, celebrar a vida,
Um tim tim à angústia desta alegria,
Em alegorias, trajes ou cultos,
Ao  regresso,
Nos escondemos da luz, 
Atomizados do mundo real,
Somos todos mentirosos,
Pois celebramos nossas mentiras,
Em um novo mundo dos sentidos,
Em que o sentido não faz mais sentido,
Em que nos pomos mais e mais a questionar,
Ao ponto de nos questionarmos o porquê de se questionar,
Aves libertas da prisão super-instinto,
Sem a bússola de poucas certezas, 
Com vendas que teimam a esconder nossos caminhos,
Que caminhos??
Pesamos mais que o vento da evolução,
Os sentimos mais, ao invés de sermos apenas carregados,
Elegemos legiões, no calor dos seus corpos, no dissabor de seus espinhos, 
Pois sentimos segurança,
Na ilusão de encontra-la entre os homens,
Não passa de um miragem,
Não há água no meio da cidade,
Se é preciso comprá-la,
Mesmo a compaixão, o primeiro ato sábio,
Precisa ser comprada,
É preciso convence-los do óbvio,
Diga-se, se conseguir tamanho feito,
Religamo-los à própria ignorância, a celebramos, e do alto de nossas infâncias,
Caímos em tentação, 
Não nos livramos do mal, 
Pois ele nos convenceu que é natural,
Quando se passa por Deus, 
Nós passamos então,
A desenrola-los, enquanto a vida passa,
Uma meta a ser cumprida, 
Uma montanha a ser conquistada,
Tudo para fugir do limbo final,
Da melancolia que alguns não conseguem enganar,
Na espreita da morte, vida acesa e fria,
Segue vida nua e só,
E os que confraternizam, eles
Em suas legiões, bem protegidos da triste angústia,
Quer saber menos e quanto menos sabe mais quente e cego,
Quer ter a ilusão do infinito,
Mas já está programado pra morrer,
Não quer deixar o seio da mãe,
Não quer deixar de suga-lo,
Quer leite e vinho pra sempre,
Mas é apenas cobaia em sua própria experiência,
prefere a maternidade e suas mães calorosas,
Não quer botar os pés la fora e sentir a chuva grossa,
Quer o sol,
Mas a melancolia é sempre nublada,
Sempre a chorar 
Suas chuvas de lágrimas,
Suas lágrimas a embaçar o vidro da vida,
Torrencial tristeza,
O leve desespero que todos sentem,
Ao triste poeta, ele vem inteiro,
Lhe penetrando vagaroso, 
Paradoxal por ser cuidadoso,
Mas contínuo, a desaguar um rio inteiro de dúvidas, de lamentos, 
De ser deus e o topo não ser a alegria,
Sempre escapando à francesa,
Sempre nos deixando,
Os mais frenéticos correm atrás dela,
Como um ser escorregadio,
Sempre escapando pelas mãos,
Que alguns usam pra rezar,
Eu as uso para me tocar,
Ver meu dedo fundir no espelho,
Ver a minha força acudir-me,
Me levar desta desespero,
Mas tudo é em vão,
Pois está em todo lugar,
É onipotente e arrogante,
Mas sóbrio, quieto,
Se esconde atrás de cortinas, 
De sombras, 
Mas também é a luz,
Religamo-nos ao divino,
Mesmo nesta divina comédia,
Porque o destino, ninguém compreende,
Ninguém sabe o que é....

Metáforas a ''mil''...

Metáfora do ''somos todos de indianos paupérrimos esperando pelos poderes mágicos de Madre Teresa e suas irmãs de compaixão''....

O certo/ o ideal/ o exato existe, mesmo em relação ao comportamento, mas continuamos sendo ludibriados para esperar por milagres automáticos que resolverão todos os nossos problemas do que apontar o dedo afiado bem no meio de nossas faces incrédulas ou mesmo dissimuladas e buscarmos por uma verdadeira independência ou emancipação intelectual. Continuamos sangrando, sofrendo, jogados nos corredores daqueles hospitais superlotados de Calcutá das décadas de 60,70, no purgatório em vida, esperando por qualquer redenção, nem que tenha o mesmo efeito que cócegas nas plantas dos pés e este leve desespero corrói a todos sem cerimônia ou distinção. E apenas uma minoria que o sente a ponto de expandir a única e verdadeira percepção, a filosófica ou existencial, isto é, depois de toda a ''presepada'' humana e suas múltiplas invenções (ou sem elas, como os velhos humanos faziam), chegaremos finalmente à filosófica melancolia nos esperando no portal da morte, esta, que geralmente será desprezada pela maioria, que preferirá, no início da vida, pela cândida, efusiva e superficial ignorância.

E esses seres ''caridosos''* que compraram lotes imensos no céu que vigiam nosso sofrimento enquanto se confraternizam por suas purificações em pleno andamento...

*ainda que não duvide que a maioria das irmãs de caridade que passam a seguir os preceitos de Madre Teresa não o façam por razões medonhamente mesquinhas mas de puro coração... não sei se posso dizer o mesmo de sua líder, que descanse em... paz*

Esses corredores de sofrimento e sacrifício desnecessários parecem representar com exatidão a condição existencial humana, se a maioria dos demais seres vivos encontram-se ocupados demais com as suas atomizações naturais por não estarem no mesmo nível de autoconsciência que nós. Neste meio caminho entre a salvação verdadeira, que na verdade só pode ser plenamente conquistada ou embalada pelo próprio ser, a doença da estupidez que nos irrita e nos faz acreditar que estamos caminhando com passos realmente firmes, assentados em solo resistente, enfim, que mesmo ao abraço mais cego e autoconfiante a qualquer uma das esquizofrenias extrínsecas (culturas, ideologias, religiões) que o ser humano já foi capaz de criar, ainda se manterá o fogo da incerteza, de que pode ser possível pensar que não se está de fato se iluminando por luzes e nuances verdadeiras mas por distorções produzidas pela própria mente, e a implacável natureza da vida, sem maiores questionamentos, sem espelhos de reflexão, que continua a se perpetuar em seus ciclos de ignorâncias naturais, como as que predominam entre as demais formas de vida. Neste mundo implicitamente desesperador que todos nós nos encontramos mesmo os mais sábios ainda não conseguirão se desvencilhar das ilusões humanas porque continuarão sob as mesmas macro-forças que os mantém conectados a toda esta balbúrdia sofisticada que a mente humana adora se confortar, se é na confusão que o pensamento se esconde da verdade, da angústia existencial mais profunda, que faz soluçar o coração, ao invés da boca do estômago.

Ainda ''precisamos'' de culturas, ideologias ou religiões, enquanto pacientes, a esperar e a sangrar, por desprezarmos ideais, que inevitavelmente nos apontará para o destino da sabedoria. Queremos a sabedoria, mas apenas o sábio sabe como chegar até ela, apenas o sábio sabe que no final, todos nós a queremos, a desejamos, e justamente por ele ser, ao mesmo tempo, o mais simples e o mais completo dos seres humanos, dos mais autoconscientes. Sem todos esses rituais culturais de passagem, se todas essas ilusões de segurança, de que faça sentido, de que tudo na sociedade faça qualquer sentido, e que na verdade a única razão, a mais profunda razão de tudo isso existir e de ser constantemente forçado a todos nós, é porque se consiste na única barreira que nos separa da hiper-realidade, em que ao invés de toda esta segurança, nos encontraremos muito mais perdidos e mesmo alucinados do que geralmente fazemos nesta ''alucinação induzida de sentido, em larga escala'', que se consistem as culturas (ideologias, religiões) humanas.


Somos todos Martha??

Martha é a protagonista doce e frágil do filme alemão de mesmo nome, de Rainer Werner Fassbinder ... e que conta a história de uma solteirona de família abastada que finalmente encontra o seu príncipe encantado. No entanto o seu casamento se transforma em um pesadelo ao começar a perceber o caráter predatório de seu marido, bem apessoado e de bom status social. Sadista e frio, ele começa a lhe impor um regime de terror psicológico e físico. Ele a engana, a manipula emocionalmente e sem qualquer pudor, lhe infringe dor proposital na hora do sexo. Usa e abusa do intelecto inocente de sua pobre mulher.

Este filme me impressionou logo na primeira vez que o vi. E recentemente eu me perguntei se não poderia relacioná-lo com o mundo em que vivemos e talvez com toda a ''história'' humana. 

Assim como Marta somos dependentes de uma elite sadista que nos engana, nos manipula de todas as maneiras possíveis, desde sempre, desde que nos casamos com ''nossas'' elites e assinamos o seu contrato social de obediência e 'proteção', na alegria e na tristeza, na saúde e na doença...


Prometem o céu, algumas vezes, em vãs esperanças, acreditamos que sairemos do purgatório, e muito comumente terminamos dando de cara com o inferno.

Somos todos Martha?


Extroversão e política: Corrupção


Por que precisamos destruir a tola necessidade da popularidade na política?? Porque não precisamos de "populares" mas de pessoas competentes e honestas.

A política mais parece se consistir em uma extensão do ''mundinho cretino das celebridades''. Os políticos se comportam como celebridades, são entendidos como celebridades por seus eleitores, os critérios para  se ser eleito geralmente estão parcial a predominantemente atrelados aos critérios para  se ser popular ou uma ''celebridade''...

Deve ser por isso que a maioria dos políticos especialmente em terrenos baldios como o Brasil não costumam ter bom caráter ou integridade moral e adoram bons holofotes...

A Skynet milenar = ''civilização'' ou seria melhor, SERVILização

Ou domamos a "civilização" ou ela nos destruirá, tal como acontece na série de filmes ''O Exterminador do Futuro'', com a diferença de que são os indivíduos que são transformados em ''Exterminadores do Presente'', e consequentemente do futuro, presos em casulos pré-sociais, até ''desabrocharem'' como vistosas e venenosas borboletas, espalhando o seu mel infectado por todo espaço e tempo, condenando mais uma geração à essas prisões mentais a céu aberto.

O ser humano precisa aprender a pensar por si próprio e de modo definitivamente inteligente ou se possível ser selecionado para este propósito, acaso não for possível de aplicar a primeira possibilidade, porque por agora tendemos a colocar as palavras ou correntes de pensamento ideológico ou cultural a frente de nós mesmos, nos transformando em seus escravos, em que o agente se torna preso à  ('sua') informação. 

Uma espécie de Skynet de datação milenar só que sem tecnologia avançada. E eu já falei sobre isso antes, enfim...

Uma classe especial de ''ser humano''... por que os ''gamers'' brasileiros são tão odiados ao redor do mundo* Bms e suas mutações

Completa falta de bom senso e educação...

Se existe uma certeza entre muitos gamers (jogadores compulsivos de vídeo game) ao redor do mundo é que o gamer brasileiro tende a ser dos mais mal educados. Eu que tenho, infelizmente, um ''querido'' irmão que é ''gamer'' (e brasileiro, é claro) que o diga. Esta tem sido a costumeira reclamação daqueles que são aficionados por vídeo games ao redor do globo, novamente, de que os brazucas, em média, sejam os mais mal educados, desordeiros, mal perdedores, mal ganhadores, infantis, enfim, tudo aquilo que pessoas racionais e ambientadas nesta terra de Vera Cruz tendem a relacionar ao comportamento-padrão dos ''bm's'', dos ''brasileiros médios''. Eu já fiz um texto, no velho blogue sobre os bm's, e estou para postar uma continuação de minha saga nesta ingrata análise de um povo que, geralmente ou desproporcionalmente falando, é dos mais pífios na sacrossanta habilidade do pensamento e ação racionais.

Em relação ao comportamento a racionalidade também pode ser entendida como ''proporcionalidade comportamental'', de se comportar, agir e reagir, de maneira proporcional à ação sofrida (emulando o comportamento habitual das existências inanimadas, por exemplo, o atrito de duas pedras, e fenomenológicas, por exemplo, o ciclo da água, da evaporação à precipitação). Se ''as pessoas'' forem educadas comigo, eu retribuirei. Se fulano me ajudou em um momento difícil da minha vida, eu retribuirei. Em compensação, a racionalidade não se consiste apenas em ser razoável, que para alguns pode ser entendido como ''ser bonzinho''. A proporcionalidade comportamental também tem o seu lado mais agressivo, e funciona da mesma maneira, isto é, proporcional. Se ciclano me insulta, depois de ter apelado pela razão, e sem ter sucesso, eu posso retribuir a delicadeza. No final existe a necessidade de se ter o mínimo de conhecimento antes de se começar a fazer algo, por exemplo, criar lobos em sua hipotética fazenda, sem ter observado o seu comportamento bem como também ''mensurado'' riscos e benesses. Além desta necessidade de se conhecer o solo antes de pisar nele, também é importante agir de modo proporcional e tendo a racionalidade como mediadora de nossas ações, que pesa pra ver se vale apena fazer isso ou aquilo, basicamente uma espécie de ''método científico'' mas sem instrumentos de mensuração, tendo apenas o bom senso como bússola.

Só que essa lei da proporcionalidade comportamental não parece estar muito bem compreendida pelos seres humanos e em algumas hemorragias demográficas, como o Brasil, esta realidade encontra-se ainda mais maltrapilha do que o habitual, que já não é uma maravilha. 

O brasileiro médio, isto é, de 30 a 70% da população, que eu estou estipulando e que muito provavelmente variará de região pra região, costuma ser destituído de capacidades racionais mínimas e esta é uma das razões para ser este pardieiro, como costuma-se dizer e erroneamente, ''terra de índio''. Eu pensei que os aficionados por vídeo games, que os pesquisadores e blogueiros da ''comunidade'' HBD dizem deterem ''altos qis'', fossem mais racionalmente inteligentes, mas esta não parece ser a realidade, talvez um padrão universal, mas segundo o que tenho lido, sobre a má fama dos gamers brasileiros ao redor do/deste mundo, uma realidade verossímil no Brasil.

Marmota psico-cognitiva made in Brazil

Nós temos uns 200 países oficialmente reconhecidos pela ONU e o Brasil, ''justo o Brasil'', parece estar na lista negra dos piores ''jogadores [internacionais] de vídeo game'' em todo mundo, no que diz respeito à educação ou proporcionalidade comportamental [para com os outros]. O pessoal só quer jogar vídeo games e o gamer brasileiro médio tende a levar pro lado pessoal. 

Interessante que isso me passou a impressão de que esta correlação ''jogar vídeo games'' x ''ser um estúpido, de ter mentalidade infantil'' parece se consistir em um padrão apenas para alguns países, dentre eles o Brasil.

Talvez a mistura de um estilo ''machão latino-americano'' (truculento, sincero demais, que confunde testosterona com inteligência e falta de educação com dizer a verdade, tem baixos índices de empatia e é super-confiante, sem ter provado pra si mesmo que pode ser) + características cognitivamente masculinas de quem tende a gostar de jogar vídeo games até à idade adulta, tais características que parecem ser universais, desde a Coreia até o Peru, seja a principal razão, causa ou culpada pela existência deste tipo local que faz muitos dos mais racionais/emocionalmente maduros desistirem da humanidade. 

Excesso de auto-confiança, arrogância, capacidade embotada para lidar com as outras pessoas, e/ou simplesmente falta de bom senso/proporcionalidade comportamental, histeria emocional, enfim, uma maneira egocêntrica e testosterônica de 'entender' e interagir com o mundo exterior, o ''lógico bruto'', caracterizam esta turminha do barulho com idade emocional estacionada nos 16 anos [em média]. Pra você, caro leitor, que ''adora de coração'' bandos de adolescentes se arrastando pelas ruas depois das aulas, imagine conviver com um eterno adolescente e dos mais característicos, com todas essas características (defeitos) que foram rapidamente enumeradas acima, no início deste pseudo-parágrafo**

A má fama internacional dos gamers brasileiros, em média, se consiste, como conclusão, apenas em uma reverberação ou eco do típico comportamento dos brasileiros médios, que pode ser subtraído ou reduzido a apenas uma única palavra: irracionalidade.



quarta-feira, 28 de setembro de 2016

''Quem você pensa que é pra me chamar de ''esperto bobo'' [clever silly]'' **

Bruce Charlton, que eu já ''elogiei'' em outros textos, especialmente no velho blogue, foi quem cunhou o termo ''clever silly'' ou ''esperto bobo''. 

Vamos ver qual é a definição sucinta pelo próprio Charlton:

''Indivíduos 'com' alto qi + pontuação elevada em abertura para experiência''. Eles sobrepõem o ''senso comum'' (inteligência social) e são atraídos por ''ideias evolutivamente novas'' (ateísmo, socialismo, libertarianismo).''

Vamos por partes.

O senso comum como eu já falei antes, se consiste, bem, naquilo que já está deixando explícito, aquilo que é tomado como o 'certo' de acordo com a ''opinião dominante, da maioria'', que são opiniões comuns. O senso comum é altamente mutável e aquilo que as pessoas acreditam hoje, pode mudar, inclusive de maneira completa, daqui a alguns anos ou décadas. O senso comum é uma espécie de bom senso pela metade, como eu tenho repetido várias vezes, em que se toma (uma) metade como se representasse um inteiro, normalizando e socializando uma diversificada panaceia de ideias/ações que não estão idealmente/racionalmente corretas. 

Segundo Charlton os ''clever sillies'' mais proeminentes de nossa era, os esquerdistas, em média (ou desproporcionalmente falando), teriam deixado de lado, de maneira consciente (mentalmente analfabeta), o velho senso comum conservador e adotado o novo senso comum que é socialmente liberal e por razões pragmáticas, de status social/intelectual, para colher pra si próprios as benesses de se estar do mesmo lado da ''maré da conformidade'' assim como também por razões puramente intelectuais, por acreditarem que tudo a quase tudo aquilo que o esquerdismo/nova esquerda diz esteja absolutamente correto, sem analisar, criticar, ponderar, enfim, sem pensar racionalmente se de fato estão corretos.

Primeiro parte-se da ideia de que muitos subtipos de esquerdistas, por exemplo, a maioria dos homossexuais, sejam na verdade de pessoas comuns que decidiram seguir a maioria dos pressupostos esquerdistas, isto é, que se consistem em tomadas CONSCIENTES de decisão, enquanto que na verdade mais parece que, de fato, uma boa parcela dos modernos ''esquerdistas'' abraçaram esta ideologia, não por serem de espertos bobos, isto é, usando conscientemente as suas inteligências (e fracassando no meio do caminho), se adaptando a uma nova realidade social, que é culturalmente esquerdista, mas porque o esquerdismo ou nova esquerda apenas os defende, superficialmente falando (ou com segundas intenções), enquanto que do outro lado do espectro ideológico/político, o contrário será o mais provável de ser. 

''As pessoas mais inteligentes são mais propensas a buscarem, tolamente falando, por ideias 'evolutivamente novas' como o ateísmo''

Interpretação possivelmente equivocada

''Existe uma maior proporção de pessoas que são 'mais inteligentes' que estão mais propensas a apresentarem mutações em seu dna resultando em uma série de comportamentos, recreativos à minoritários, em relação a muitos cenários culturais humanos, como, a homossexualidade e o ateísmo''

Interpretação possivelmente correta desta correlação '' 'inteligência' e 'esquerdismo' ou 'pseudo-humanismo secular' ''

E existem vários outros aspectos a serem considerados aí. Primeiro, aquilo que já havia comentado, e no velho blogue. O que diabos seriam esses ''comportamentos ou ideias evolutivamente novos''*

Olhem para o termo ''evolutivo'' aí embutido. A ideia de evolutivo pode e usualmente se relaciona com a cultura, mas há de se ter grande precaução para se relacioná-los como se fossem quase as mesmas coisas. Portanto, dizer que o ''comunismo'' ou o ''libertarianismo'' que são dois sistemas políticos ou invenções culturais humanas, tal como uma pedra lascada, se consistam, primeiro, em comportamentos puramente evolucionários, tal como ''andar bípede'' e ''pensar de maneira reflexiva'' (ação primária), e segundo, que sejam novos, me parece potencialmente equivocado. 

Os desejos humanos por: igualdade e/ou justiça social (supostamente aquilo que o esquerdismo advoga), suas reservas em relação à religião (no caso do ateísmo como ''evolutivamente novo'') ou a ideia de liberdade, não são exatamente novos, da maneira com que Charlton parece estar pensando que são. 

Ateísmo é tão ou mais antigo que religião, que nos textos anteriores que produzi para refutar esta ideia de ''evolutivamente novo'', mais necessariamente a teoria da inteligência de Satoshi Kanazawa, eu defini como possivelmente nova, visto que apenas o ser humano que é capaz (tolamente hábil) para inventar e para crer em religiões.

A ideia de igualdade ou justiça social é tão ou mais antiga que Robin Hood, visto que desde a muito que as sociedades humanas tem sido absurdamente irracionais.

A ideia de liberdade é tão ou mais antiga que a própria humanidade. 

No mais, convenhamos, Bruce Charlton é fervorosamente cristão, quem é ele pra chamar alguém de ''tolo''**

Bem, uma coisa NECESSARIAMENTE não teria que ver com a outra, porque, afinal de contas, pessoas tolas como ele, especialmente em relação à esta sua particularidade, podem, sem problemas, desenvolver/ter insights factualmente corretos sobre certo assunto e sem deixar de serem tolas, claro, novamente, neste caso.

Em um mundo em que a tolerância por contradições internas são a regra e não a exceção, por causa desta constante fricção humana entre a sua atual condição lógica e a um possível destino racional, evolutivamente racional, este tipo de situação é perfeitamente comum.

No mais, de resto, Charlton, assim como a grande maioria dos seres humanos, que é repetido depressivamente por mim em meus textos, ao, não apenas tolerar, mas tomar como verdade as suas contradições morais/perceptivas internas, dificilmente conseguirá superar este estágio tão comum de incompletude racional ou Lógica. 

Charlton apenas deu um nome bem fácil de entender sobre certos tipos de seres humanos, que, eu não diria, sejam uma minoria, mas que se consistam em versões aberrantes da maioria, que também costuma ser de ''bobos espertos'', pois confundem esperteza com sabedoria.

Resumindo, o autor do termo também é um esperto bobo, só que não se deu conta desta valiosíssima realidade, a famosíssima e ilustríssima ''deficiência em autoconsciência''...

Em um vídeo que estou vendo (não me perguntem se o estou acompanhando, isto é, entendendo perfeitamente o que está sendo dito, até porque está em inglês), o palestrante que se consiste em outro pesquisador/cientista HBD-orientado, Michael Woodley, também está mostrando em um slide, o seu próprio conceito, diga-se, mais desenvolvido do que de Bruce Charlton, sobre o que seria o tal ''esperto bobo'' (esquerdista, claro, desprezando todos os outros tolos de outras matizes ideológicas, como eu falei agora pouco, ''estamos todos, de início, de espertos bobos, e poucos que ascenderão a estágios menos nauseabundos de incompletudes/imperfectibilidades comportamentais ou intelectuais''). Woodley escreveu no final que os ''espertos bobos'' seriam de socialmente inteligentes.

 Tai algo mais interessante para se pensar. De fato todo aquele que se conforma, bem ou mal, em relação à ''ordem do dia'' poderia ser considerado como ''socialmente inteligente''. Há novamente um comum problema aí, porque existem diferentes formas de se ser socialmente inteligente, como eu já comentei antes, pode-se ser socialmente inteligente em teoria/observação, mas isso não se reverberar na prática, e o contrário também é muito comum, isto é, uma assimetria entre a ''teoria'' ou observações perspicazes e entre a ação, a realidade. 

A única maneira de comprovar que os [esquerdistas] ''espertos bobos'' sejam de ''socialmente inteligentes'' seria com base na observação a longo prazo de seus comportamentos, se eles (todos eles, a maioria deles, desproporcional, subgrupos deles, etc) são subconscientes ''Marias-vai-com-as-outras'', de socialmente adaptáveis, diga-se, cinicamente adaptáveis, ou se o meu cenário proposto logo acima esteja mais correto, de que eles (todos eles, a maioria deles, desproporcional, subgrupos deles, ''etc') na verdade tendam a aderir ao ''esquerdismo'' porque o mesmo se consiste em uma parcial a predominante cultura, em um reflexo de suas próprias características, por exemplo, a grande proporção de homossexuais que se consideram como esquerdistas ou a grande proporção de ateus/agnósticos, se o outro lado quase sempre será mais normativo e religioso, sem falar que ''entrar dentro do trem da conformidade'' também pode fazer muito bem pra pele e pra autoestima, porque com a popularidade, haverá um aumento na probabilidade de se ser exaltado para os tais louros da fama, artística, paroquial, científica ou intelectual. 

Portanto ao invés de, a maioria dos esquerdistas, os ''espertos bobos'' de Charlton de Woodley, serem de, bem, de sociopatas de alto funcionamento, extremamente afiados em suas capacidades de 

perceberem a realidade, em sua integridade acultural

e de se aproveitarem desta vantagem, se conformando à ela

eu acredito que entre os auto-declarados ''esquerdistas'' haverá tanto de

''espertos bobos'' ou pessoas com maiores capacidades cognitivas secundárias (verbal, matemática, espacial) mas menores capacidades cognitivas primárias (pensamento: ilógico,lógico, racional, sábio)

quanto de 

psicopatas ou ''anti-sociais'', afiados na capacidade de emular a ''ordem do dia'' para fins evolutivamente eficientes ou egoisticamente corretos, que fingem algo em troca de vantagens sociais e econômicas. 

Por fim 

- todos nós somos de espertos bobos ou de idiotas úteis porque, a priore, somos ou achamos que somos muito espertos, e tendemos a dar preferência pela esperteza do que pela sabedoria, tendemos a acreditar e a forçá-las na realidade as nossas fantasias, somos idiotas, de início, e tendemos a ser úteis, não pra nós, mas em especial para os que lucram com a nossa usual ignorância e estupidez,

- os espertos bobos não são apenas de esquerdistas pós-modernos, e o autor que cunhou este termo é um exemplo claro disso, pois se consiste em um cristão fervoroso (parece) pré-moderno,

- eles não são mais propensos a aderirem à ''comportamentos evolutivamente novos'', porque esses comportamentos ou ideias não são nem novos, e nem puramente evolutivos, mas derivativos das invenções culturais (são reações secundárias e não de ações primárias),

- a maioria deles não é de ''socialmente inteligentes'', a não ser se for comprovado que de fato eles sejam de camaleões natos, mas pode ser possível dizer que existam subgrupos deles, dentre os ''espertos bobos'' da esquerda, que são de fato de sociopatas de alto funcionamento ou de excepcionais camaleões sociais, que emulam a paisagem cultural atual e que podem mudar de comportamento sem qualquer peso na consciência, acaso os ventos mudarem de direção, isto é, o ativista social pode voltar a ser mais conservador, por puro cinismo ou talvez, também porque a sua biologia comportamental é perita neste tipo de estratégia evolutiva/sobrevitiva,





Lógica é um vestígio altamente prevalente do pensar primitivo/primário ou eficientemente precoce/pragmático ... e outro ''insight'' sobre as diferenças entre seres humanos e não-humanos

Obs.: espero não ficar muito repetitivo neste assunto...

A autoconsciência e o seu desenvolvimento subsequentemente lógico implica em uma expansão perceptiva (em qualidade e em quantidade) das relações de causa e efeito e posterior tomada de atitudes apropriadas. 

A lógica como eu já defini certa vez se consiste numa espécie de raciocínio pragmático e superficialmente correto em que a dedicação pelo próprio ato de pensar de modo mais deliberado, reflexivo e perfeccionista, é substituído por um imediatismo utilitário ou utilitarismo imediato. A pressa claramente que é inimiga da perfeição. 

Todas as formas de vida são lógicas porque pensam pragmaticamente e isso deseja indicar eficiência simplista. É simples por tomar apenas alguns pontos de vista como o correto absoluto e de maneira instintiva/intuitiva em que pensamento e ação estão indissociáveis. E  é eficiente porque de uma maneira ou de outra funciona eficazmente para conservar os organismos, no entanto, especialmente para certo ambiente e/ou estilo de vida, e portanto a lógica muitas se não na maioria das vezes se tornará ilógica, quando deixar de ser eficiente.

Portanto todo ser vivo e mesmo todo universo adere ao princípio primário da auto conservação que se consiste a lógica, opositora natural do caos ou da não-ordem. Todo mecanismo, por si mesmo, é lógico. O ser humano é o único na Terra que é capaz de superar este estado universal da existência sustentável e de se ver além de si mesmo, isto é, de não agir apenas conforme a sua personalidade,  a auto identificação superficial e personalizada, que se consistiria na de identificação subconsciente ou intuitiva de todas as características que compõem o seu organismo (sistema corpo/espaço mente/tempo)   e de agir de acordo com as mesmas, ao invés de ter maior curiosidade sobre o  que há ''lá fora'', fora de si, assim como também de fazer o caminho oposto, de tentar entender a si mesmo.

A expansão da auto consciência não é um processo sem falhas e a partir do momento em que se passa a ter conhecimento em relação ao livre arbítrio é muito comum que o oposto da sabedoria seja cometido, isto é, a estupidez de se tentar transbordar os próprios limites. Apenas os tipos mais virtuosos que serão capazes de se "superarem (parte d)os seus limites", especialmente via criatividade. O melhor conselho que se pode dar aos neurotípicos é a de buscarem compreender muito bem as suas fraquezas e forças antes de tentarem qualquer voo mais ambicioso, no entanto, esta tem sido a regra do comportamento ''complexo'' do ser humano. 

A lógica não é reflexiva a longo prazo ou que se dá de maneira completa até porque quase todos os seres vivos são super especializados, sendo que os seres humanos são os menos especializados, se comparados com as outras espécies. 


E por que*

Porque o ser humano desenvolveu mais, comparativamente falando, as suas capacidades puramente cognitivas OU de pensamento e portanto, ele não precisa tanto ou não é tão ''savant'' em relação às ramificações ou especialidades psico-cognitivas como a grande maioria, se não, todos, os demais seres vivos. 

O processo de ''antropomorfização'' neste sentido se consistiria então na gradual e progressiva centralização na raiz do comportamento, no pensar.


A lógica se consiste na apreensão superficial, rápida, quase instintiva, no caso do ser humano e de outras espécies mentalmente próximas, de relações de causa e efeito e posterior ação, só que caracteristicamente direcionadas ou enfatizadas pelas características do organismo e posteriormente por seu ''modo de vida''. 

A razão se consiste no repensar das primeiras conclusões lógicas e portanto pela busca de um pensar ou raciocínio completo ou que busque o máximo possível em sua abrangência. O pensar racional portanto encontra-se claramente além da lógica, além da subserviência subconsciente à biologia do próprio organismo, denotando uma natureza além-utilitária, ainda que seja usada também para fins utilitários. A razão é o princípio de uma espécie de ''fim de jogo'' em relação ''à própria natureza'', ao começar a se colocar ''no lugar dela'', enquanto um observador dos acontecimentos ao invés de ser apenas o ator subconsciente, naturalmente ludibriado dos mesmos. 


O raciocínio perfeccionista e portanto racional é 

Analítico 
Contemplativo
Subjetivo
Objetivo
Emocional
Instintivo 
Auto persuasivo ( aceitar) 

Factual ou realista
Holístico 
E
Específico

Enquanto que o pensar lógico tende a apresentar duas características centrais:

Eficiência


Incompletude associativa (ou muito especifica e portanto menos holística. Ou muito analítica e menos contemplativa. Ou muito auto persuasiva e pouco objetiva. Ou muito subjetiva, ou muito objetivo ' o clássico pensar lógico' ).

Incongruências da língua portuguesa: puderam ou pudérão*

Em minhas ajudas nas aulas particulares aqui de casa eu tenho sido exposto à mentes distintas da minha bem como também em como que processam, interagem e entendem a realidade, especificamente os conhecimentos que estão sendo ensinados (melhor dizendo, re-passados, pois se consistem em aulas de reforço). Me parece claro o torpor, o desinteresse forçadamente interessado e a dificuldade para compreender elementos abstratos básicos por parte de muitas dessas mentes. Claro, além da idade (em sua maioria de adolescentes), essas mentes também tendem a ser menos espertas, em termos cognitivos. No entanto eu tenho percebido a partir delas algumas incongruências e que não emanam diretamente de si mesmas, ainda que se consistam em ''erros subjetivos''. E a que me impactou e que meu cérebro decidiu lançar de novo em minha ''área de interesse'' se relaciona justamente com a subjetividade da língua ou do vocabulário.

Um padrão comum tem sido o erro em relação a esta classe de palavras: puderam, fizeram, olharam, escovaram, puxaram...

Ao dizermos essas palavras de maneira absolutamente correta, isto é, obedecendo à verdadeira combinação de sons, os resultados serão:

puderAM, olhaRAM, escovaRAM, puxaRAM.

No entanto por CONVENÇÃO o jeito ''correto'' de se dizê-las e escrito de maneira literalmente correto, como que se convencionou a dizer, se faz assim:

puDÉRÃO, OlhÁRÃO, escovÁRÃO, puxÁRÃO.

Escrevemos de um jeito (puderam) e falamos de outro (pudérão).

Mais de dois estudantes que ''fazem aula particular'' aqui em casa, que eu lembre, cometeram esses ''erros'' escrevendo ''puderão'', quando deveriam ter escrito ''puderam''.

Eu constatei comigo mesmo que eles não estão errados. De fato, eles estão apenas colocando no papel a maneira com que dizem(os) essa classe de palavras. E tenho quase certeza que essas incongruências não se limitam apenas a este exemplo, mas que encontra-se presente por todo vocabulário da língua portuguesa.

No final, como breve ou rápida conclusão, eu acredito que o ideal, neste caso, seria o de escrever de acordo com o que se fala. Alguns podem pensar nesta minha proposta como um exagero em relação a uma particularidade inútil, e eu estou vendo a mesma enquanto uma maneira de reduzir esta pseudo-subjetividade, pois de fato, falamos de um jeito e escrevemos, errado, de outro jeito, e muitas pessoas com menores capacidades ''verbais'' (mais especificamente, de vocabulário) de fato escrevem de acordo com que falam...

e ''surpresa'', elas não estão erradas. Menos convenções estúpidas, por favor.




A minha desconexão entre cérebro e mente (eu)

Em 2004 eu entrei para o primeiro ano do ensino médio. Passei a estudar à tarde e a minha turma mudou muito, porque a sala ficou mais cheia, novos alunos, de outras turmas. Então "sem mais nem menos" sempre/a partir de quando eu chegava na escola, uns minutos antes de começarem as aulas, eu começava a suar, de deixar o meu rosto e corpo encharcados. Tanto naquela época e ainda  mais hoje em dia eu percebo que não suava às bicas por nervosismo, porque eu não me sentia nervoso, de início. Claro que no final eu acabava ficando chateado, tímido, porque as pessoas percebiam. Um amigo meu comentou certa vez o quão suado eu estava. Teve um dia que eu comecei a suar tanto que resolvi voltar pra casa e faltar aula. Me lembro do meu nervosismo e por ter trincado uma estátua de "Nossa" Senhora Aparecida mo quarto dos meus pais de tanta raiva que eu fiquei. Aquela velha indagação: Por que eu??? 

Me lembro que um dia eu suei tanto que acharam que a minha pressão tinha caído, ai então me levaram pra secretaria da escola e telefonaram para que o meu pai viesse me buscar. Eu não estava sentindo qualquer mal estar, estava apenas suando muito. O ponto central aqui é que eu não ficava nervoso antes e com isso vinha a sudorese. Era o contrário. E sempre suava, e muito, justamente no momento em que chegava na escola. Parece que o meu cérebro chegou à "certas conclusões" sem ter me avisado, sem eu ser consultado, e acionava algum mecanismo de defesa quando eu chegava na escola, que nem é longe de casa, apenas 15 minutos ou menos de distância. Talvez o fato de ir em pleno meio dia pra escola pudesse ajudar, fracamente, diga-se, para explicar esta situação. Mas se fosse verdade mesmo que a maior temperatura realmente tivesse influenciado neste estado deplorável então eu já deveria começar a suar e muito desde casa, só que não...

Eu puxei este desregulamento das glândulas sudoríparas do meu tio materno que já comentei antes, aquele que é mentiroso patológico. Somos mais paranoicos e socialmente ansiosos do que os demais. Ele também me parece bem criativo. Também percebo em mim, além das similaridades que comentei em textos anteriores, que nós compartilhamos uma tendência de "encanto (frívolo) e posterior ênfase em celebridades". Assim como ele eu também me imagino muito diferente do que sou, claro, em meu mundo paralelo. A diferença entre nós como eu já falei antes é que ele realmente, parece que, confunde os dois mundos trazendo novos problemas pra si enquanto que eu tenho a capacidade ou precaução de saber bem onde que começa e onde que termina o mundo interior que criei pra mim e o mundo exterior, que é na melhor das hipóteses indiferente à minha pessoa.


Da mesma maneira que o meu cérebro também já me pregou outras peças que detalhei, nomeadamente a insônia que foi desencadeada por tiques nervosos que parece que foram/são causados quando eu modifico a expressão do meu rosto ocasionando por sua vez mudanças em seu ordenamento e fazendo, por exemplo ou influencialmente, a minha pálpebra pesar mais, resultando em tiques "nervosos". Escrevi alguns textos sobre essas situações que já vivenciei mas não me lembro o nome deles para que possa deixar os links.

O nosso verdadeiro eu, nosso deus interior, que nos auto-observa, nosso mediador, sempre busca por ideais, enquanto que a outra metade humana vive a si, via consciência primária, a consciência corpo-mental e posterior tomada lógica de comportamentos que respeitem as características desses sistemas . O ser humano também apresenta a consciência primária, que inclusive é significativamente influente em nossos comportamentos. No entanto o despertar da consciência secundária, o Eu, possibilita finalmente ao menos o princípio de um diálogo com o sistema instintivo, bio-especificamente impulsivo. 

É como se a 'perfeição'/equilíbrio do universo vivesse dentro de nós e nos seres vivos mais autoconscientes esta ligação, este pedaço do todo dentro dos organismos, de nós, despertasse e ainda em casos mais raros tomasse parte da dianteira da/de nossas vida(s).


No meu caso eu não sei se é a minha consciência primária, o meu literal EU, que de fato despertou de maneira mais significativa ou se na verdade isto se consista em uma idiossincrasia de minha biologia psico-cognitiva resultando na falsa impressão de que a apreensão de uma desconexão entre as intenções/ações do meu cérebro e da minha mente (de mim mesmo) tenha se dado porque eu sou mais autoconsciente do que a média humana.

Talvez os dois possam ser verdadeiros, de que exiba mesmo uma idiossincrasia de desconexão entre mente e cérebro e de que eu seja mesmo mais autoconsciente do que a média. A reverberação possível e paradigmática desta questão é:

se isto é uma idiossincrasia apenas minha ou de uma pequena parcela da população ou se consiste em um padrão universal  porque pelo que fato de ser mais autoconsciente e prendado no escrutínio dessas particularidades, tenha conseguido perceber com maior afinco do que a média, que aquilo que queremos, e no fundo, quase sempre será com base na idealidade (na perfeição), muitas vezes não será aquilo que os nossos cérebros querem e fazem, por exemplo, um fumante que deseja parar de fumar mas não consegue. 

O eu deste fumante quer parar de fumar pois sabe que isso pode trazer consequências negativas pra sua saúde mas o seu cérebro, viciado pela nicotina deseja continuar com o seu trago cotidiano.

No mais, é isso aí mesmo, de novo: somos reféns de nossos cérebros e os mais autoconscientes, dentro deste estágio intermediário, entre o instinto intuitivo, a domesticação ( amalgamento instintivo) e a razão reflexiva, serão os mais dispostos a se tornarem despertos desta realidade, para alguns ingrata, para outros nem tanto ou mesmo sortuda.

Isso talvez possa nos ajudar a pensar em novos métodos ou intervenções psiquiátricas, buscando isolar o EU 'ou' mente, em relação ao cérebro entre pacientes e não-pacientes, enfim, de ''re''-direcionar idealmente nossa abordagem existencial/filosófica/física em relação a este mundo.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Invenções supérfluas (cadernos escolares industrialmente fabricados) e subsequentemente supérfluas (corretivos) que aumentam o lixo produzido pelo ser humano

Eu já comentei em muitos textos sobre escola/educação o porquê de ser tão cético aos supostos poderes mágicos da(s) mesma(s) na promoção do aumento de inteligência dos alunos. 

O professor e o sistema educacional acreditam que a maioria dos alunos sairão  do colégio como polímatas, conhecedores de cada ciência humana que foi lhes foi ensinada. Mas na verdade ao invés do ideal(izado) ~ 90% de conhecimento memorizado e aprendido a realidade é significativamente mais falha visto que sejamos sinceros guardamos uma média de 30% e olhe lá do que é ensinado durante todo o período escolar. Cadernos, livros sempre atualizados, estojos com canetas, canetinhas coloridas, lápis, borracha, enfim uma parafernália que me parece muito supérflua e excessiva se foi projetada com base nas esperanças tolas do sistema escolar e de seus funcionários de que promovam de maneira direta, imperativa talentos e rendimentos e não na realidade nua e crua, de que a influência do professor tenda a ser substancialmente mais limitada seja na melhoria ou piora do "desempenho" dos seus alunos do que ele mesmo tende a acreditar. Motivações intrínsecas, estilos psico-cognitivos diferentes e a inteligência genotípica contribuem ostensivamente para o desempenho dos estudantes durante o período escolar. Por estarem em fase de desenvolvimento mental (biológico) criou-se a ideia de que o professor, como uma espécie de substituto dos pais, possa ser o principal responsável pela melhoria ou piora do comportamento e da "inteligência' de seus alunos. Por um lado os professores podem tirar uma boa carga de responsabilidade de suas costas. Por outro lado eles se verão em maus lençóis ao perceberem o quão limitada são as suas influências, se esquecendo que na lei da ação e reação a natureza dos elementos de interação é fundamental e respondem por boa parte das respostas ou reações em relação aos estímulos que estão a sofrer impacto. Portanto, por exemplo, um aluno que for mais cognitivamente inteligente e consciencioso é provável que apreenderá mais rápido e melhor que os outros. Em outras palavras, a participação do professor no "aumento' de inteligência (fenotípica ou "cultural") deste (tipo de) de aluno será muito mais indireta e portanto menos determinante do que muitos tendem a pensar.
Os esforços excessivos que são concentrados na educação parecem ter se esquecido do meio ambiente pois produz muito lixo e lixo supérfluo pois se aprendemos (apreendemos) tão pouco então não faz sentido por exemplo cada aluno ter uma mini biblioteca de livros anualmente atualizados/fabricados se a grande maioria dos estudantes darão pouca a nula importância aos mesmos, se no final não aprenderão apenas ou unicamente por causa deles mas por si mesmos, quando se interessarem pela matéria, quando os seus cérebros gostarem do que está sendo passado no quadro negro.

Se não bastassem as invenções escolares "necessárias" a fantástica criatividade humana também adora inventar em excesso resultando no incremento do lixo humano que é produzido e por puro capricho. Um exemplo muito interessante é o corretivo. 

Vamos nos ambientar melhor. Você tem uma criança hipotética em idade escolar com os seus cadernos e livros, sua mini biblioteca anualmente atualizada. Então esta criança que se tornará um adolescente quando escreve errado em seu caderno  e de caneta ela pegará o seu corretivo e corrigirá o erro. Vejamos. O caderno que depois de usado virará lixo juntamente com o corretivo e a caneta. Ela usará o seu corretivo até acabar e então comprará outro. O mesmo para o caderno  e a caneta. O mesmo para lápis e borracha. Apenas uma criança já terá um mini lixão que acumulará durante toda a sua vida escolar. Imaginemos milhões delas fazendo o mesmo e a quantidade de lixo que será acumulado. Sem lápis e borracha ela não aprenderia o vocabulário?? Um giz não poderia solucionar parcialmente esta situação? Sem cadernos e livros será que um ser humano apreenderá menos que o de costume todo conhecimento a que é exposto durante a sua vida escolar?? Mas o verdadeiro aprender não é o apreender. Não basta expormos outrem a certo conhecimento e esperar que sua memorização se traduza subsequentemente em verdadeiro aprendizado, em saber como que aquele conhecimento funciona, reconhecer os seus padrões, as suas estruturas. A escola é um dos grandes engodos de nossa era, super valorizada e no entanto não sabemos mesmo ou temos a impressão de que o verdadeiro método científico não tem sido usado para mensurar e analisar o grau de eficiência do sistema escolar para a melhoria objetiva e precisa da inteligência  fenotípica ou "cultural" dos alunos. É fato que sem forçarmos jovens humanos a ficarem de frente a um quadro negro e convence-los por linhas tortas que isso é importante pras suas vidas é possível que teríamos uma situação ainda pior. No entanto eu estou a criticar mais especificamente as frivolidades inventadas por seres humanos que terão como derradeiro fim os lixões urbanos. Eu acredito com veemência que não é preciso todo este material escolar para que um ser humano possa apreender ao menos 10% do conhecimento a que for exposto durante a sua vida escolar. Sem este lixo que na minha opinião é supérfluo eu acredito que teríamos o mesmo resultado que usualmente temos com toda esta parafernália. Que me perdoem as papelarias mas esta sandice precisa parar.


E uma das principais razões para este excesso, isto é, de se acreditar que lápis, muitos cadernos e livros irão tornar os seres humanos mais inteligentes, é justamente porque o sistema escolar enfatiza a memorização pretensamente acumulativa de ''todo'' o conhecimento multifacetado que ''ensina'' ao corpo discente.  Sabemos que no final, ao contrário da promessa de que sairemos polímatas, na verdade na maioria dos casos, aprendemos bem menos que a metade que foi ensinada, especialmente em matérias escolares que são mais (contextualmente) difíceis, por exemplo, química e física. 

Deveríamos jogar fora boa parte dessas ilusões [ideológicas, de todas as matizes encontráveis] que povoam e influenciam de sobremaneira o sistema escolar, e não apenas no ocidente nauseabundo, de fato buscar saber o quão efetiva é a educação na fixação de conhecimento útil e valoroso, repensar em suas prioridades que são predominantemente técnicas (literalmente falando, isto é, na pretensa apreensão de técnicas ou conhecimentos) e possivelmente começar a acabar com as aulas massivas em que os estudantes gastam as pontas dos seus lápis ou as tintas de suas canetas, para depois descartá-los aos milhões, assim como também os seus cadernos e os livros, que os colégios geralmente descartam, para supostamente aprender (apreender) o que está sendo passado no quadro negro, enfim, de se pensar o quão necessário é todo este lixo, se é realmente supérfluo, pois não restam dúvidas que, em uma macro-escala quantitativa, eles estão engordando o tamanho dos lixões urbanos... e pra quê mesmo*

O problema da Reciclagem

Reciclamos mas e depois??

Ao invés de reduzir o problema do lixo a reciclagem parece que contribui para aumenta-lo. Pega-se um material jogado no lixo o recicla ele será usado e depois descartado novamente. 

O ideal seria que não tivesse sequer a necessidade de se reciclar o lixo. 

A reciclagem esta cheia de boas intenções mas não é efetiva mesmo que comece a ser praticada em larga escala. O mais importante não é reaproveitar o lixo mas reduzir de preferência o mais supérfluo como eu já comentei antes, sobre a inutilidade das embalagens para uma quantidade significativa de alimentos sem falar naqueles que são apenas exageros alimentícios por exemplo a enorme quantidade de biscoitos industrializados. 

Não restam dúvidas que a criatividade humana sem qualquer sabedoria se transformará em um estorvo.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Estes olhos tristes e espertos...

Estes olhos tristes e despertos,
esta fileira de lembranças, este burburinho de criança,
esta poesia, espetando à pele, nadando e naufragando n'alma,
nua e breve,
gelada pelo imenso universo,
quente neste pequenino, micro-verso,
neste espelhinho a brilhar estrelas e luas,
neste espantalho, à vida humana,
sua e se abusa,
neste trem sem destino,
neste cavalgar, desde menino,
nas rédeas do tempo a me levarem,
a carne apodrecendo, a me tragarem de volta,
me puxam de volta, nos puxam de volta,
de volta ao tempo, de volta à morte, 
anterior às nossas vidas,
e posterior às vividas,
vívida alma, que arde sempre,
sempre desperta,
sempre olhando pro horizonte,
sempre sabendo donde,
donde a curva termina pra si,
donde os dias param de ser contados,
donde o relógio termina,
em qual data, em qual poema*
donde o brio se reduz ao nada,
donde tudo, e tudo assim, naufraga,
derrama a si, sua substância,
e com a areia e o vento,
sopra toda vida,
os gritinhos de júbilo, desde a manhã infância,
dos desejos ao meio dia, 
a maçã, sempre suculenta,
do entardecer,
que já é hora de fechar as janelas,
os sentidos que a vida agrega,
que a linda música um dia alegrou,
e entristeceu,
que a melancolia, mesmo a harpa-guia,
introspectiva, mesmo ela, 
mesmo teimosa e aguerrida,
a nos segurar, e a se segurar,
mesmo ela, um dia adormeceu,
e assim morre o poeta,
que viu a vida num rabiscar infantil,
com cores de sua criança,
de seu jovem corpanzil,
de seu adulto, o mais tolo momento,
ao ancião,
em derradeiro e sedento,
com sede de descanso, enfim,
estes olhos tristes e espertos,
que a tudo vê,
que é de tudo,
que é também, mesmo assim, pequenino,
a tudo,
é infinito,
em seus sentidos,
pois define o simples ato,
o simples existir,
volta a ser um sentido,
se a vida são muitos...



quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Proposta arretada, inconveniente, tresloucada mas alternativa quanto ao vegetarianismo -- veganismo....

Se não fosse possível viver sem carne o ser humano poderia criar animais não-humanos de tez psicopática, já que estes seriam igualmente indiferentes aos sentimentos alheios tal como os psicopatas humanos já o fazem.

Como uma alternativa possivelmente utilizável, seja em situações extremas, ou baseado na hipotética conclusão acima, de que seja impossível para o homem evitar o consumo de carne ou de alimentos de natureza animal (e como eu disse acima, parece ser totalmente possível), enfim, de ter uma alternativa ou ''uma reserva'', um plano B.

Deste modo não estaríamos usando animais não-humanos potencialmente empáticos mas de versões não-humanas de víboras destituídas de empatia afetiva, baseando-se naquela velha máxima: ''ladrão que rouba ladrão...''

O grande problema moral do uso da carne animal para consumo, não seria exatamente a carne em si, mas a completa falta de diferenciação entre os tipos de animais não-humanos que estão sendo diariamente ceifados. Sim, eles não são todos iguais, sim, alguns são psicopatas e por mim, não haveria problema de se produzir este tipo para consumo... especialmente se tivéssemos o cenário hipotético e possivelmente errado que foi proposto.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Eugenia inteligente, preservação da diversidade neutra: sexual, psicológica, cognitiva... intervenção/manipulação significativa em relação ao estilo de pensamento basal/fator g, da diversidade lógica para a diversidade racional

Por que reclamamos tanto sobre a humanidade*

Porque ''os seres humanos'' podem e geralmente são:

- estúpidos

- ignorantes

- maus

-arrogantes

enfim,

IRRACIONAIS

de uma maneira ou de outra, qualquer tipo de reclamação factualmente correta sobre o comportamento humano que fizermos pode ser regredida à falta de racionalidade/razão--sabedoria ou irracionalidade...

Qualquer um pode concordar com isso, eu espero.

Então por que colocar na mesma ''lista'' (que pode ser reduzida a uma palavra: irracionalidade) traços de comportamento de natureza moral/racional subjetivas**

Alguns traços podem e devem ser fortemente discutidos. Por exemplo, a aparência física. É verdade que em uma sociedade que valoriza em excesso a aparência física muitas pessoas que encontram-se abaixo da média neste quesito serão direta a diariamente afetadas, de maneira negativa, porque não nasceram desejáveis ou muito abaixo deste parâmetro. Mas quão severo também poderá ser a autocrítica dessas pessoas** Se é mais fácil ''gostar'' de pessoas bonitas então seria, possivelmente, de bom tom transformar as próximas gerações de seres humanos, dotando-lhes, universalmente falando, de beleza exterior. A partir disso a baixa autoestima seria eliminada do rol de sofrimentos humanos. Talvez seria ainda mais correto se preservássemos uma certa diversidade de aparências esteticamente apreciáveis, eliminando humanisticamente apenas aqueles de aspecto muito ''ruim' porque quanto maior é a intrinsicabilidade, maior é a intensidade e a (auto)sensação desta intensidade. Logo seria esperado, neste caso, que aqueles fenótipos de aparência estética muito abaixo da média fossem eliminados de uma ''futura população humana'', biologicamente projetada.

Combinações psicopáticas explicitamente problemáticas seriam indubitavelmente eliminadas.



Engenharia genética e a amplificação da principal injustiça existencial: a involuntária origem e composição do ser indivíduo


Somos produtos, herdeiros sem grandes escolhas, e alguns nascem mais sortudos que outros. Somos dependentes, subordinados naturais de quem nos deu a vida ainda que possamos virar-lhes as nossas costas. Nossos pais não escolhem como nascemos mas de fato existe uma transferência um ciclo vicioso de sorte ou de infortúnio, de excepcionalidade ou de mediocridade, de sina ou de presente, de aberração ou de simetria. 

Com a engenharia genética começando a dar o ar de sua graça esta assimetria do destino seria amplificada porque se antes éramos simples produtos parcialmente aleatórios da biologia ou natureza agora poderemos ou as próximas gerações poderão se tornar ainda mais escravas e não apenas do humor da natureza durante e a partir da concepção de sua existência mas também dos  seus próprios  pais que graças às maravilhas da biotecnologia poderão finalmente realizar os desejos que estão mais escondidos em seus corações, o de terem poder absoluto na criação, literalmente falando, de seus filhos. Em uma eugenia de mercado bizarra e consideravelmente antiética/ tola a sina humana e da vida em geral que antes encontrava-se inteiramente subordinada ao sabor da natureza agora terá como companhia a estupidez da espécie mais inteligente deste planeta. 

Em prol mais uma e incansável vez eu apelo pela razão.


O que faz ou que falta ao ser humano pra ser IDEALMENTE PERFECCIONISTA**

A capacidade atuante/pulsante, eficiente da racionalidade e se possível sabedoria.

Sendo racional ele poderia ser ou fazer o quisesse, até mesmo porque a racionalidade naturalmente cortaria pra fora qualquer tipo de desejo indevido ou impróprio para o bem estar holístico, de si mesmo, de seu redor e portanto de seres, humanos e não-humanos e do ambiente em que está.

Portanto pelo que parece seria necessário modificar profundamente o modo basal de pensar humano que é lógico, assim como tende a ser o modo basal de pensar/agir de todos os outros seres vivos. Temos uma diversidade de tipos lógicos, mais naturalistas aos mais emocionais e uma minoria brochante de racionais e sábios.

O modo de pensar basal racional, a priore, tornaria tudo aquilo que mais odiamos em nós e na humanidade, menos passível de se manifestar, com ou sem a nossa autorização autoconsciente, isto é, a estupidez, a ignorância e/ou a maldade.

A experimentação comportamental e nomeadamente sexual é uma necessidade para mentes mais autoconscientes e se tornará demograficamente prevalente, por lógica, se o alcance perceptivo basal humano, que produz o seu pensar/operacionalidade mental basal, for expandido de maneira harmônica ou como resultado a racionalidade, isto é, a emancipação individual do ser humano, tornando-se senhor de seu destino, se na atualidade encontramo-los apenas parcialmente detentores de nossas próprias ações, enquanto criaturas essencialmente híbridas, divididas entre dois mundos, o ''velho'' mundo do instinto, e o novo mundo, nossa ''América'' a ser ''conquistada'', o mundo da autoconsciência, da responsabilidade, do ''de fato saber'', saber quem é, saber como que as suas ações são tomadas no subconsciente e expressadas de modo ideacional a literal. 

A distração, sem se distrair de fato das prioridades existenciais mais agudas, aquilo que racionais e sábios, esses pássaros raros, exóticos, tendem a compreender até de maneira rápida em suas vidas, é parte importante para ocupar o espaço/tempo de seres mais vívidos, mais energizados do que os que atualmente prevalecem na fauna humana. Em contraste, é muito comum que o ser humano não apenas se distraia mas mescle promiscuamente a sua distração sobre a realidade, compondo tudo aquilo de cultural que ''nossa'' espécie tem produzido e que se sintetiza conceitual e finalmente nesta proposital (ou não) mescla de realidade com fantasia. 

Um mundo mais autoconsciente, mais responsável, inevitavelmente acabará com qualquer forma de injustiça explícita, ainda que possa ser mais difícil de se identificar injustiças implícitas. 

Enfim, aquilo que eu tenho falado desde a muito:

- eugenia de mercado será possivelmente desastrosa, mesmo que à superfície não pareça, isto é, pode ser possível termos o (comum) cenário de calmaria à superfície e tempestade em seu interior, denotando que por trás desta aparência haverá uma realidade bem mais obscura e racionalmente equivocada.

- é preciso sutileza e colocar prioridades existenciais mais importantes, indubitavelmente mais importantes a frente daquelas que forem na melhor das hipóteses frívolas. 

- olhar de modo epicentricamente correto, isto é, inevitavelmente chegando ao domínio da sabedoria/racionalidade sobre o comportamento idealmente correto.

Só para começar...


terça-feira, 20 de setembro de 2016

Traços instintivos são herdáveis e/ou intergeneracionalmente recombináveis... Herdamos ações primárias expressamos/construímos reações secundárias .... e mais um exemplo de ''ação primária/reação secundária''

Os traços instintivos são nossa panaceia individual de comportamentos intrínsecos, de nossas ''ações primárias'', isto é, se consistem nas expressões organicamente diretas, isto é, de nossos organismos, que são anteriores a qualquer aculturação ou simbolização cultural, que usualmente fazemos, anterior à palavras, números e seus múltiplos usos.

A ação primária também pode ser entendida como 'uma' operacionalidade [mais] natural.

A expressão/comportamento não é apenas a projeção da forma/ser/organismo e (portanto) de suas características sob o espaço, mas também de sua aculturação/modo de vida/''adaptação' constante ao meio, que pode ser feito de maneira direta (ambientação ou reconhecimento dos padrões do meio/ambiente em que se vive via alcance perceptivo da espécie a que pertence), como fazem os seres vivos não-humanos, ou de maneira indireta, como fazem os seres humanos, via cultura, como substituta do instinto direto ou abordagem instintiva em relação ao meio de existência/vivenciação.


''Herdamos' ações primárias/instintivas, expressamos reações secundárias/combinativas


Como eu já havia comentado, como exemplo, o comportamento violento não é direta ou organicamente transmissível porque não temos a violência cravada em nossos genes, até mesmo porque a violência se consiste em sua expressão ou comportamento extrínseco, em uma potencialidade reativa ou reação secundária e será indiretamente ''transmissível/recombinável'' e expressável. Eu não diria ''esforço repetitivo''  mas ''reforço psicossomático'', quando além de uma tendência de reação ainda temos uma conspiração de fatores ambientais que muito provavelmente provocarão ou agudarão a possibilidade de expressão de tal comportamento.

Podemos visualizar as diferenças conceituais da ação primária e da reação secundária por meio da distância do impacto de suas expressões a partir do ser, do seu ponto de origem/erupção. Portanto, a violência que não é o mesmo que pensar, respirar, se sentir confiante como um macho alfa ou reflexivo como um pensador ''nato'', se consiste em um produto, em um efeito ao invés de uma causa, e também, especialmente, por se manifestar e causar sequelas literais ou físicas, usualmente extrínsecas ao ser que a ocasionou. A ação primária encontra-se íntima, próxima ao organismo, é intrínseca, biológica, instintiva, enquanto que a reação secundária já se consiste, como o seu próprio nome nos diz, em uma reação, em um desdobramento desses comportamentos intrínsecos, como se a ação primária fosse o número 1, e a reação secundária fosse 1+2+3=6. A diferença entre o respirar e o tossir. A ação primária é mais simples/direta, a reação secundária é mais multifacetada. A ação primária é o conceito de um comportamento e em sua expressão diretos, orgânicos, enquanto que a reação secundária já se consiste nos desdobramentos destas tendências mais intrínsecas, e portanto são substancial e comparativamente mais extrínsecas (ao organismo/ao ser). 

''Herdamos' impulsos instintivos e os simbolizamos/usamos por meio da cultura em que estamos e os seres humanos mais prodigiosamente autoconscientes conseguem superar este estágio de aculturação ao questionarem a própria cultura em que foram criados, transcendendo os seus espaço/tempo, enfim, chegando ao ''pensamento universal'' ou ideal, basicamente a moralidade objetiva.

''Herdamos', portanto, ações primárias e expressamos, além das ações primárias, quase que por osmose, as reações secundárias, ou melhor, as construímos e quanto mais autoconsciente maior será a consciência e bom senso/senso de idealidade em relação à essas construções existenciais.

E relembrando que entre a ação primária (comportamento intrínseco ou orgânico) e reação secundária (desdobramentos destes comportamentos/intrinsicabilidades em combinação com o meio de vivenciação/extrinsicabilidades).



Ação primária

Depressão causa tristeza tal como x causa y (ou X1 causa X1.2)

Reação secundária 

Melancolia se correlaciona quase que universalmente com a tristeza mas ainda não tem como reação imediata/orgânica a tristeza/desânimo existencial ... 

e portanto 
 x por causa de (x e y) causa y 

No entanto a depressão é o desgosto em relação à vida enquanto que a melancolia é o realismo em relação à vida e subsequentemente o seu super apego lógico. O ponto de erupção, a primeva origem da depressão já é a tristeza, enquanto que na melancolia, a tristeza se consiste em uma óbvia subsequência expressiva ou comportamental.

Ações primárias tendem a ter os seus ponto de origem diretamente no próprio organismo/ser enquanto que as reações secundárias tendem a ser desdobramentos comportamentais, misturas ou produtos entre o organismo e suas ações primárias/comportamentos diretos ou intrinsicabilidades e aquilo que o mesmo combina com o seu espaço/tempo, as suas extrinsicabilidades.


A autoconsciência nos torna protagonistas de nossas próprias existências, maior é consciência de si mesmo e dos próprios atos e talvez possa correlacionar-se de sobremaneira com a criatividade