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domingo, 27 de março de 2016

Extroversão e o déficit na apreensão/atenção aos detalhes



O típico extrovertido é alegre, expansivo, popular e comunicativo. Ele é o mestre das interações sociais e tende a fazer muitos "amigos" ao longo de sua vida. A ignorância de um mundo com poucos detalhes a serem percebidos, internalizados e rotineirizados é a sua maior benção. Ele se preocupa muito pouco com o mundo ao seu redor e em tempos de globalização da comunicação, também com o mundo dos seres vivos que estão em outros cantos do planeta, se já tendem a não fazer muito dentro de sua micro-dinâmica inter-pessoal. 

Por não se esbarrar em muitos detalhes o extrovertido age muito mais do que pensa e isso tem trazido toda a sorte de problemas para todas as sociedades humanas. Como um eterna criança, mais leve de responsabilidades e drenada por seus desejos quase sempre mundanos, o típico extrovertido se multiplica entre as massas febris e na maior parte das vezes prefere a superfície de uma subjetividade do que a profundeza de um objetivo mais importante do que o próprio umbigo, do que o próprio conforto. 

Sem as nuances de uma consciência estética decente o extrovertido típico verá o mundo por uma perspectiva borrada, dando importância ao desimportante e desprezando o que mais importa. A sua hierarquia de prioridades é de curto prazo e egoísta. A sua tranquilidade diante de um mundo de absurdos é a prova mais cabal quanto à necessidade de se reduzir ao máximo possível esses tipos.


A extroversão muitas vezes será sinal de mediocridade até mesmo nas relações interpessoais, que deveria ser o seu forte, se torna superficial, vazio de profundidade.

É claro que existe o lado bom da extroversão, e pretende descrevê-lo em breve, mas simplesmente não dá pra deixar passar esta realidade pesada, muito latente, que está a todo momento nos colocando a mercê de seu exibicionismo. 

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