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sexta-feira, 4 de março de 2016

A triarquia das 3 capacidades, memória, astúcia e sabedoria




... e a analogia com um episódio do anime Naruto...


Quem memoriza para trabalhar,
Quem manipula para evitar o trabalho,
Quem pergunta para (tentar) evitar a manipulação...

Em um dos episódios mais interessantes e engraçados do desenho animado japonês Naruto, todos os candidatos  precisaram fazer uma prova de admissão para conquistar o primeiro grau de ninja, conhecida como prova chunin.

A prova é muito difícil e apenas uma minoria de (cognitivamente) superdotados que conseguiriam fazê-la com louvor. A maioria dos candidatos percebem que não é a prova de múltipla escolha que é o critério principal mas é a competição do mundo real, isto é, de usarem os seus poderes (forças) para ajudá-los a acertar o máximo possível de questões, colando dos mais cognitivamente inteligentes, que muitos de vocês poderão interpretar como ''trapaça''. É complicado determinar se esta situação se consistirá em trapaça ou não, porque, afinal de contas, geralmente não existe igualdade de condições mesmo em relação às provas de múltipla escolha, se as pessoas já apresentam diferentes níveis e estilos de capacidades cognitivas, especialmente em uma população constituída por uma minoria de superdotados cognitivos e uma distribuição heterogênea dessas capacidades, apenas alguns que muito provavelmente se sairão suficientemente bem em provas como esta, que parecem ter sido projetadas especialmente pra eles.

Um dos únicos candidatos que aparentemente não usam os seus poderes sobre-naturais para fazer a prova de admissão é Sakura, a personagem cognitivamente superdotada do anime. Mas por ter uma grande capacidade de concentração, ficou subentendido que a sua superdotação cognitiva poderia ser também um destes super-poderes. 

Aqueles que são muito bons para memorizar e aplicar este arcabouço de ''lembranças/apreensões cognitivas'' é provável de não serem igualmente bons para manipular o conhecimento e/ou para se questionarem sobre tudo aquilo a que estão sendo expostos e que é tratado como verdade indissolúvel, inevitável, como por exemplo a supostamente imprescindível necessidade de trabalhar. Claro que estou falando de médias ou proporções.

As pessoas apresentam diferentes disposições cognitivas ou abordagens perceptivas. Somos como  camadas sobrepostas de potenciais perceptivos e algumas tenderão a estar mais agudas do que outras.

As sociedades humanas estão naturalmente divididas em tipos humanos, que eu resolvi chamar de sociotipos, isto é, os tipos sociais que nascem predestinados para ocupar uma gama relativamente reduzida de funções ou profissões, que estão mais de acordo com as suas capacidades mais agudas ou forças. Esta relação está longe de ser perfeita e não é nada incomum encontrarmos uma sociedade cuja população esteja predominantemente subempregada. Neste sentido, o subemprego se consiste em uma profissão marginalmente favorável às bio-condições do indivíduo no intuito de estabelecer uma relação recíproca entre forças naturais mais agudas e a profissão que lhe for mais condizente. No entanto, a maioria dos empregados de médio a longo prazo tenderão a exibir uma  relação relativamente boa de reciprocidade entre algumas de suas forças, caracterizadas (isto é, trabalhar naquilo que é fundamentalmente bom) ou potencialmente descaracterizadas/realocadas (por exemplo, um cantor muito talentoso trabalhando em telemarketing) e as profissões em que estão trabalhando desde a muito tempo.

Os 3 sociotipos

o trabalhador
o manipulador
o observador

O trabalhador é o sociotipo de constituição mais simples, em temperamento e em alcance perceptivo. No entanto, ele é altamente inflamável, especialmente os seus tipos mais mistos. As suas forças se concentram em suas capacidades de memorização e de replicação de apreensões cognitivas de natureza técnica. As suas fraquezas encontram-se em seus déficits de percepção holística. Eles são facilmente manipulados, porque se consistem de consumidores/dependentes de transcendências ou culturas. Os trabalhadores são as massas, são facilmente reprodutíveis ou replicáveis, justamente por causa de suas mentes e/ou organismos mais simples. A força essencial do trabalhador é a sua cognição e os sociotipos predominantemente trabalhadores mais talentosos serão geralmente do tipo de ''superdotado puramente trivial'', isto é, o trabalhador mais potencialmente eficiente.

 O papel evolutivo/transcendental do trabalhador é o de sustentar, é o seu ímpeto mais natural.


O manipulador é o sociotipo de constituição intermediária entre o trabalhador e o observador e se caracteriza justamente por esta mescla de forças, fraquezas e idiossincrasias de ambos que, no entanto, estarão predominantemente direcionadas para o controle social via manipulação. O trabalhador consome a maioria dos produtos mentais que são produzidos pelos manipuladores (e também pelos observadores) como por exemplo as religiões. O manipulador geralmente estará dentro do espectro de personalidade anti-social só que será consideravelmente mais refinada do que o tipo que predomina em criminosos vulgares.

O manipulador (puro) exibe grande alcance perceptivo se comparado ao trabalhador e é justamente por isso que tende a estabelecer uma relação de dominação e dependência com este tipo. No entanto, as suas forças não são suficientemente bem desenvolvidas para que possa encontrar maneiras menos arriscadas e ''emocionantes'' de impor a sua dominação até porque se encontrará totalmente dominado pelo seu ego. Enquanto um idiota moral o manipulador na grande maioria das vezes até esta data, tem capitulado às suas próprias criações/armações desumanas. Ele se consiste na manifestação do parasita universal ou da natureza, só que dentro do seio da fauna humana. É um parasita estúpido que não consegue manter por muito tempo e de maneira exponencialmente harmoniosa o seu domínio.

O papel evolutivo do manipulador é o de impor o controle sobre as massas de trabalhadores e de organizar a sociedade de maneira propositalmente injusta e ideologicamente nebulosa para que reproduza o cenário de seleção natural que é a paisagem comum na natureza, assim como também de criar meios em que este  sistema o favoreça em detrimento dos outros sociotipos. Em outras palavras, se consiste numa abordagem evolutiva altamente egoísta.

O observador se consiste no sociotipo mais avançado da espécie humana em termos holisticamente perceptivos, caracterizando-se por um potencial muito alto de alcance perceptivo. Observadores puros tendem a apresentar fraquezas em relação às suas capacidades técnico-cognitivas. Portanto, não é incomum que muitos deles apresentem pontuações em testes cognitivos que sejam incomuns ou que pareçam estar aquém de suas capacidades intelectuais. Dentro deste espectro entre o intelectual e o trabalhador, o observador será o intelectual, e portanto caminhará para ser o exato oposto do trabalhador. A maioria dos pseudo-intelectuais, a praga que tem ou que sempre contaminou as altas rodas intelectuais, tendem a se consistir numa variedade mista de observador-manipulador ou seria melhor, de manipulador-observador, onde que a manipulação se sobreporá em intensidade.

 Todo observador terá talento para manipular a realidade se ele se já consiste em um manipulador muito avançado, a evolução harmoniosa do parasitismo, na sua transformação em cooperação altamente assimétrica, isto é, enquanto um pensador puramente cerebral, o observador terá pouco para oferecer em termos braçais e também em termos técnico-cognitivos porque as suas forças serão consideravelmente mentais e de natureza mentalista.

O papel evolutivo do observador é o mais significativo de todos por estar umbilicalmente atrelado à evolução ou melhoria holística da sociedade. 

Os tipos mistos


Trabalhador-observador ou observador-trabalhador: como marca definidora do trabalhador, isto é, a sua capacidade de prestar serviços de maneira eficiente e conformada (cognição aplicada à esfera laboral), ambos apresentarão as mesmas mesclas de forças e fraquezas, mas serão mais perspicazes que os demais tipos de trabalhadores e mais materialmente úteis em comparação aos demais tipos de os observadores.

Trabalhador-manipulador ou manipulador-trabalhador: não é incomum nos depararmos com talentos políticos advindos das classes operárias ou de trabalhadores. Tão perspicazes quanto as mesclas anteriormente abordadas, estes tipos no entanto direcionarão esta capacidade de maneira egoísta, replicando as mesmas falhas impulsivas e repulsivas do sociotipo que for mais puramente manipulador.

Observador-manipulador ou manipulador-observador: o mestre da manipulação, reúne harmoniosamente ou não, as grandes vantagens cognitivas daqueles que o perfaz. Muito astuto, bem mais do que o tolo manipulador que não calcula com precisão os seus passos eles tenderão a ser muito raros dentro da fauna humana, assim como acontece com todos os tipos de observadores.







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