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sexta-feira, 30 de junho de 2023

Sobre "os testes de QI avaliam a capacidade de responder a si mesmos"

 (Sempre bom voltar a esse assunto)


Esse é um argumento comumente usado por aqueles que consideram os testes de QI absolutamente inúteis para avaliar a inteligência humana. Pois apesar de estarem equivocados em relação a esse pensamento, não estão completamente errados ao afirmar que, testes de QI avaliam apenas a si mesmos. De fato e, primariamente, é isso que fazem. Também é verdade que as pontuações nos testes tendem a se correlacionar com realizações pessoais no mundo real, tal como de conseguir entrar na universidade (especialmente se for sem cotas) ou se tornar cientista. 

Se correlacionam. Não significa que o resultado abstrato de um teste seja um fator causal. Então, ainda que essas correlações tenham sido percebidas em vários estudos, não haverá sempre uma correspondência perfeita entre desempenho nos testes e na vida real, se parecem abundar "falsos positivos", de indivíduos que testaram baixo ou na média em QI e apresentam excelente uso de suas capacidades cognitivas, inclusive em um sentido mais puramente intelectual, e de indivíduos que testaram no nível que é tradicionalmente considerado de superdotação e não têm produzido grandes realizações em nenhuma área. Pois, de quatro razões muito prováveis para a existência (não-estatisticamente discreta) desses falsos positivos, uma é de que os testes não abrangem o máximo de facetas da inteligência humana, incluindo algumas das mais importantes, como a criatividade e a racionalidade. 

A segunda razão é que essas comparações entre QI e resultados no mundo real costumam ser baseadas em pontuações gerais, desprezando os resultados em subtestes, que podem fazer toda diferença ou pelo menos fazer mais sentido, se somos, em média,  cognitivamente diversos. 

A terceira razão é a lógica de que, o fato de ter errado uma questão no teste, não significa que não possa aprendê-la, que a opção escolhida está completamente errada (em especial, nos testes de inteligência verbal-linguística, onde o nível de ambiguidade das questões tende a ser maior) ou mesmo que isso significa algo muito profundo e decisivo sobre o intelecto da pessoa que não respondeu corretamente. E isso, obviamente, não vale para apenas uma questão. 

A quarta é o simples fato de serem testes e não avaliações individuais completas, estas sim que seriam comprovações mais conclusivas sobre potencial e realização. Também por isso que não dá para comparar QI com balança de peso, tratando como avaliações iguais, já que a balança não é um "teste de peso", mas um método literal de mensuração, enquanto QI é um método de comparação e estimativa do objeto ao qual está direcionado. Apenas quanto à unidimensionalidade de avaliação que ambos se assemelham mais: a balança de peso limitando-se à mensuração do peso total, em desprezo à sua distribuição pelo corpo, e os testes de QI se limitando às facetas (supostamente) "quantitativas" da inteligência humana, particularmente os componentes verbal e não-verbal, novamente, em desprezo às facetas "qualitativas', como criatividade (originalidade útil) e racionalidade (discernimento factual e moral). 

terça-feira, 18 de abril de 2023

É melhor altas habilidades

 Superdotação sugere uma manifestação singular de alta capacidade, tanto é que os testes cognitivos têm sido indiscriminadamente adotados como o único método de avaliação intelectual por muitas instituições especializadas e profissionais da saúde mental.


Altas habilidades sugere uma multiplicidade de manifestação de inteligências ou talentos, de especificidades, que se desenvolvem muito acima da média, bem mais condizente com a realidade da própria inteligência humana. 

E ainda sugiro mudar esse termo para altas capacidades ou potencialidades, especialmente quando identificadas cedo, antes de se desenvolverem como habilidades. 

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

O artista é uma pessoa...

... geralmente comum ( cognitivamente falando, ao menos em termos de ''superdotação acadêmica''/de não serem, em sua maioria, de superdotados deste tipo) que 'evoluiu" para um estado mais intenso de autoconsciência.

Intenso e não necessariamente mais evoluído (que pode resultar na sabedoria).

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Superdotados de amadurecimento rápido: astutos// superdotados psicológicos [produto evolutivo da seleção sexual OU da fase de transição da seleção sexual para a seleção antropomórfica/mais culturalmente enfatizada]. Superdotados de amadurecimento lento: os nerds mais inteligentes/ superdotados cognitivos [ produto evolutivo da seleção antropomórfica/centralmente cultural]. Chiquinha e Nhonho again...

E talvez, também possamos ter os superdotados [e semi-superdotados] de amadurecimento intermediário: astuto + nerd*

Superdotado psicológico: grande memória ''auto'-biográfica [''auto' = e outro-biográfica] e grande funcionalidade...

Superdotado cognitivo: grande memória semântica [e também funcionalidade, para ambos os casos,

 e talvez, este atributo seja ou é muito provável de ser mais importante do que o tamanho]

ou nein

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Superdotado cognitivo= busca por fatos; superdotado psicológico = busca por valores (fatos morais)

Partindo do pressuposto que toda ação humana não-predatória/não-parasitária (não-hiper egoísta) vise a idealidade do mutualismo... da mesma maneira que a ciência busca pela verdade dos fatos, a filosofia encarregaria de buscar pela verdade dos fatos pessoais e interpessoais, transformados em valores, em pré-definições de operacionalidades ou comportamentos. Tal como uma espécie de engenharia perfeccionista do pensamento e do comportamento, que, tal como a engenharia civil, que busca construir prédios perfeitos em suas sustentações e funcionalidades, isto é, tendo-as como idealidades, o mesmo aconteceria com a filosofia, diga-se, a mesma, em sua centralidade conceitual, em seu núcleo prático. 

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Da não-série: Já devo ter falado mas usando ângulos conceituais ou perspectivas distintas... Mais [do mesmo; ou menos] sobre superdotação


Eu já disse que a superdotação consiste basicamente na superlatividade (centralmente) cognitiva (e talvez seja óbvio pensar se não existe a superdotação psicológica). Só que talvez também seja necessário que se tenha uma paixão por alguma atividade, por algum assunto em específico ou por muitos assuntos. Pode-se ser muito cognitivamente inteligente e não ter uma paixão obsessiva (preferencialmente) intelectual?? Talvez. Se de fato existem pessoas assim, e eu acho que elas existem e inclusive que sejam a maioria, então seria importante diferencia-las dos superdotados mais característicos (como por exemplo a minha ideia de intelectualmente obcecados e interessados). Outro fator importante é o preconceito em relação aos superdotados mais especialistas. A partir do momento em que Mensa e programas escolares para superdotados passam a ter como método de seleção principal um teto mínimo de QI=130, cria-se a ideia de que os superdotados serão sempre de generalistas

Sim, você pode ser mais especialista ou mais generalista. Os mais generalistas em termos cognitivos tendem a apresentar níveis muito parecidos ou próximos de potencialidades, explicitamente falando. Os mais especialistas, obviamente, apresentarão uma maior amplitude entre as suas maiores e as suas menores potencialidades. E muitos especialistas superdotados apresentarão duas características cognitivas e psicométricas centrais: terão perfis cognitivos bem mais assimétricos/geralmente resultando ou acentuando as suas paixões ou potencialidades mais agudas e não conseguirão pontuar ou ter como média de "inteligência geral" valores "próximos" ou acima da marca mágica de 130 em "QI performance". 

Portanto é isso. 

a) Superlatividade cognitiva geral ou pontual 

b) Paixão ou potencialidade(s) aguda(s)

... definem a superdotação e não necessariamente uma forçosa generalidade cognitiva superficialmente superlativa. 

Pode ser que nem todo generalista muito psicometricamente inteligente seja superdotado. Mas com certeza que existem muitos superdotados que são tão ou mais inteligentes e em especial em suas áreas com maior potencialidade, e por causa de sua condição como especialistas não conseguem atender a um dos requisitos mais usados para selecionar estudantes/jovens superdotados, que é de pontuar alto em testes de QI, de maneira geral.

Espectro generalista -- especialista

Também se pode repensar se quanto mais especialista se é, menor será a correlação com pontuações gerais redondas ou mais simétricas em testes cognitivos e maior será em relação aos sub-testes mais condizentes com as maiores potencialidades ou mesmo, sem ter grande correlação com qualquer sub-teste, sem levar em conta o aspecto psicológico que já é tão negligenciado na psicometria.


Com a forte e ao mesmo tempo leve impressão de que já falei sobre esse assunto, mas enfim...

sábado, 2 de setembro de 2017

Big five e diferentes tipos de superdotaçao ou superlatividade não-cognitiva

Não é apenas a superdotaçao psicométrica/acadêmica...

Excepcionais que pontuam muito alto em algum dos traços do big Five + autoconsciência, ou ao menos, maior autocontrole (usa o traço de maneira construtiva, benigna ou mesmo malignamente adaptativa).

Big Five e/ou hiper excitabilidade?? 


Primeiro as hiper/hipo excitabilidades

Superdotação psicomotora: esportes? 
Hipo-dotação: preguiça e/ou consciência corporal pobre?


[a diferença entre um bailarino de ''mão cheia'' e de um zé-passinho de festa ''rave'' ou do ''churrasco'' de domingo]

Superdotação sensorial/estética: artes?
Hipo-dotação: Hiper convencionalidade à consciência estética excepcionalmente pobre? 


[parece que muitos ''artistas' modernos seriam mais como hipo-dotados do que como super-dotados no quesito estético]

Superdotação imaginativa: potencial para as artes, [filosofia],para as ciências... mas mais "puramente" criativa/teórica do que prática, a priore. 
Hipo dotação: falta de criatividade, ao menos em seus níveis mais basais?

Superdotação 'intelectual'': superdotação típica, acadêmica/psicométrica.


 "Atípica" ( por exemplo como a que propus, a "intelectual": que seria uma combinação de todas as hiper excitabilidades mentais) 

Hipo-dotação: estupidez cognitivamente quantitativa, a priore.

Superdotação emocional: Super empatia interpessoal, sabedoria comportamental?

Hipo-dotação: psicopatia [no caso da empatia interpessoal receptiva], especialmente a de alto funcionamento? Frieza emocional não-agressiva? 

Big Five 

Agradabilidade e psicoticismo 


talento para agradar ou para manipular

Carisma versus coragem 

Estabilidade emocional e neuroticismo


Talento para se manter calmo [mesmo em momentos complicados] versus ''vigilante e potencial solucionador de problemas''


Resiliência  psicológica versus habilidades analíticas 

Extroversão e introversão 

Talento para lidar com com muitas pessoas ao mesmo tempo [multitarefa sócio-empática], e com novos contatos versus talento para se concentrar e pensar sobre o próprio pensamento, de maneira mais longa ou detalhada.


Sociabilidade/extrospecção social versus introspecção

Abertura para a experiência e conscienciosidade

Talento potencialmente criativo e/ou para a auto-atualização versus talento para a organização, cumprimento de tarefas e consciência quanto às próprias ações.


Criatividade/ intelectualidade versus honestidade/caráter


Claro que em todos esses casos, estamos falando de super-dotação [não-cognitiva mais específica], isto é, em suas manifestações mais intensas.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

O problema das tipologias psicológicas é que...

... descrevem os mais (psicologicamente) inteligentes como se fossem ou como se representassem a maioria de cada tipo. O exemplo dos quatro temperamentos.

Tipologia: "O melancólico é um excelente observador..."




Realidade: "uma proporção nada razoável de melancólicos acaba chafurdada em ideologias estapafúrdias"



OU também, é mais comum termos média e/ou baixa qualidade em nossos traços psicológicos, do que o oposto.

É mais comum o [predominantemente] melancólico ser mais pré-depressivo, o colérico ser mais irritadiço, o fleumático ser mais passivo e o sanguíneo ser mais superficial, do que de expressarem mais as suas qualidades, especialmente se as sociedades humanas tendem a ser mais competitivas e portanto selecionam mais os ''traços defensivos/agressivos'' de personalidade do que os ''traços receptivos''. E cada um tende a agir em relação a este cenário social mais competitivo e menos cooperativo justamente com base nas tendências acima. 

OU NÃO [tem sempre essa opção de ''nenhuma das alternativas anteriores'', ;)].

terça-feira, 25 de abril de 2017

Naruto e os diferentes tipos de excepcionais

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Naruto

Sakura

Sasuke


Rock Lee


Rock Lee é o super especialista que não atingiu o nível completo de superdotado/ninja, só que encontrou um jeito de compensar esta desvantagem naquilo em que ele é melhor.

Análogo à ginasta holandesa Sanne Wevers que tem compensado uma suposta dificuldade para realizar sequências acrobáticas, através daquilo em que ela é melhor, ao menos na ginástica, isto é, nos exercícios de dança, especialmente nos giros.


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O curioso caso de Rock Lee


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Rock Lee é um emblemático personagem do desenho japonês Naruto. Ele se destaca ao mesmo tempo por aquilo que tem e por aquilo que não tem. Rock é o único ninja a nível profissional que não é capaz de realizar golpes de magia, que qualquer um em seu nível deveria saber ou já ter aprendido. Por outro lado Rock conseguiu compensar o que seria uma falha fatal para alcançar o nível de ninja profissional por meio de suas incríveis habilidades super desenvolvidas tanto para o combate corpo a corpo, no caso: socos, pontapés, etc quanto em relação à velocidade desses golpes.


 Desde a primeira vez que assisti à primeira temporada de Naruto, acho que já fazem uns 7 ou 8 anos, eu me identifiquei um monte com este personagem: por ter sofrido discriminação no colégio, por sempre ter sido desacreditado pelos outros [no meu caso, sequer creditado, diga-se], mas também por ser um tipo raro provido de um talento raro e gana para se superar desenvolvendo-se a níveis extremos (ainda que no meu caso esta comparação possa ser corretamente reduzida ;). 

Eu me sinto parecido com ele porque eu vejo em mim um grande talento para a atenção e apreensão aos detalhes e com o intuito de construir um mapa coerente da realidade. No entanto assim como ele falta-me alguns componentes que me fariam mais autenticamente superdotado. Por exemplo, em termos de QI/ estimativa do tamanho da inteligência, eu sei que não vou pontuar alto, especialmente na inteligência psicométrica geral. Em termos de conhecimentos gerais/memória semântica eu também patino em ter um "tamanho" ao nível esperado de um superdotado. Eu tenho a níveis bem desenvolvidos a  capacidade de apreensão aos detalhes (insulada em alguns ramos do saber humano), de argumentação que a priore todo superdotado deveria ter e de criatividade. No entanto como eu já falei, falta-me algo mais para que possa alcançar o nível basal de superdotação, ao menos a do tipo acadêmico. 

O mesmo acontece com Rock Lee em relação às suas habilidades ninjas, querendo indicar, no meu caso, um perfil psico-cognitivo, em que, se tem uma grande facilidade ou horizonte de desenvolvimento só que relacionada às habilidades psico-cognitivas mais basais ou primárias, por exemplo, em relação ao raciocínio fluido (analítico-crítico) do que tradicionalmente acontece com as avaliações de superdotação, que se dá em relação ao raciocínio cristalizado.

Poderíamos pensar neste personagem como basal e especificamente superdotado em relação às suas habilidades ninjas, por ter desenvolvido uma grande capacidade apenas neste nível, apensar de não ter conseguido alcançar o limite básico para se tornar um ninja, isto é, por não ser capaz de aprender e usar magias. 


O mesmo em relação àqueles que são excepcionais pensadores analítico-críticos, mas que não são capazes de ir muito além disso, que se consistiria na base para a superdotação. 

Tal como, são dos golpes comuns que as magias são forjadas, o mesmo poderia ser analogamente pensado para as habilidades analítico-críticas e a superdotação, que se consistiria em uma expansão mais geral de alcance dessas habilidades, ainda que, geralmente em termos quantitativos, que é o critério geralmente requisitado, e não em termos qualitativos. Para se tornar um ninja, o critério básico fundamental seria o de saber magias. Para ser considerado um superdotado, ao menos do tipo mais ''arredondado'', o critério básico fundamental seria o de apresentar conhecimentos gerais mais alargados do que as outras pessoas. 

Rock Lee super-desenvolveu algumas habilidades, a partir do seu estado mais superficial.

Aqueles que são de excelentes pensadores analítico-críticos, talvez se possa dizer que, também o fazem, isto é, super-desenvolvem habilidades, só que a partir delas mesmas, com as suas características qualitativas intactas. Por exemplo, as habilidades analítico-críticos tendem a se tornar mais encorpadas e complexas quando feitas por superdotados, enquanto que, entre as pessoas comuns, elas são realizadas de modo mais simples, especialmente sem o catatau de ''conhecimentos que podem ser armazenados'' por cérebros mais quantitativamente superlativos.


Sakura

A típica superdotada de talento cristalizado e portanto escolástico bem desenvolvido. Acho que não tem muito o que dizer de novo sobre este tipo.

Sasuke


Este personagem também se assemelha à Sakura em termos de inteligência cognitiva geral elevada, mas com o seu forte em suas habilidades (psico) cognitivas específicas (no desenho, seria mais relacionado ao seu poder de magia).

Naruto


"O que me fortalece pode me transformar em um monstro"

Naruto representaria o típico caso do gênio provido de poderes superlativos mas que pode demorar para serem reconhecidos, desenvolvidos e controlados. A mesma criatividade elevada que faz um indivíduo genial também pode lhe trazer consequências negativas, desde as patologias mentais até às de natureza mais social, terminando por literalizar esta metáfora nipônica ainda mais. A ''raposa de sete caudas'' que faz Naruto um ninja excepcional se não for plenamente controlada e desenvolvida pode transforma-lo em um monstro descontrolado. Percebem-se muitas semelhanças entre Naruto e Rock Lee. A diferença é que, naquilo que Rock Lee simplesmente não pode alcançar, Naruto exibe de maneira ''natural'' ou intuitiva, só que ainda não está plenamente conhecida por ele.

Eu vejo o tipo de Rock Lee como um dos mais interessantes e possivelmente menos estudados tipos de excepcionais, no mundo real, que, apesar de não conseguir alcançar o limite mínimo para a excelência em sua área, ainda é capaz de ter e de desenvolver um grande talento [e eu sempre penso em algo mais inato ainda que também necessite de ser desenvolvido] conseguindo superar e muito as suas limitações.


quinta-feira, 30 de março de 2017

Nova auto análise: Eu sou um alto empreendedor, brilhante ou criativo?? Ou um pouco dos três? Ou nenhum dos três?

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Fonte: https://sites.google.com/a/pthsd.net/ms-armstrong-s-gro-page/home/high-acheiver-gifted-learner-creative-thinker


Eu já postei textos mostrando que existem diferentes tipos de "superdotados", especialmente no velho blogue. Inclusive postei um achado da psicologia especializada neste assunto que divide a superdotação em 3 tipos básicos: Alto empreendedor "high achiever" **, brilhante e criativo. 

Então como eu tradicionalmente tenho feito, farei novamente uma auto-análise para saber que tipo de superdotado prevalece em mim e começando por perguntas essenciais: O que é a superdotação? Como pode ser um superdotado? E por fim. Então eu sou ou posso me considerar um superdotado? 

Em um texto mais ou menos antigo eu escrevi que a minha psicóloga atual me disse que eu não sou ou que não devo ser superdotado, se enrolou toda entrando em contradição ao deixar transparecer que superdotação só pode ser comprovada via testes cognitivos e depois voltou atrás e terminou dizendo que se consiste em um rótulo estéril de significado e concordei prontamente. No entanto apesar de ter certa simpatia por ela eu não a considero totalmente apta para determinar quem é ou quem não é superdotado especialmente no meu caso, em que a superdotação tende a se manifestar mais a nível psicológico ou mesmo psico-cognitivo/intelectual, do que cognitivo, ou via testes cognitivos, e portanto que será menos psicometricamente aparente. 


Se eu tivesse me apresentado como um ávido ex-estudante e com um histórico escolar e acadêmico invejável talvez ela tivesse me garantido que eu sou superdotado. E acho que um profissional mais capacitado da área talvez já tivesse me considerado como tal depois de alguns/poucos meses de consulta. Eu gostei da ideia que ela acabou me propondo, de ser muito inteligente mas não a nível de superdotação, e apesar de ter adotado esta perspectiva de auto-caracterização, é pouco provável que eu não seja de alguma maneira superdotado. Neste caso, ela, parece que considera apenas o "alto empreendedor" como superdotado, e isso é curioso porque eu definitivamente não sou este tipo. Mas antes de darmos princípio a esta auto-análise, como eu disse acima, precisamos primeiro definir o que é superdotação e a partir disso verificar se eu me encaixo neste rótulo ou parâmetro de identificação.

O que é superdotação?

A superdotação se consiste em uma essencial superlatividade comparativa nomeadamente em relação aos aspectos psico-cognitivos e tradicionalmente enfatizada nos aspectos cognitivos, que pode se manifestar de modo especializado ou ''generalista'.


 Todo aquele que se encontra muito a frente em qualquer capacidade cognitiva, será fortemente propenso a ser identificado como superdotado, isto é, se apresentar uma facilidade natural, não apenas para aprender, mas também para chegar rapidamente a um nível de ''master'', e mesmo, nos casos mais agudos, de se superá-lo.

Nós temos um ou mais traços de comportamentos. Primeiramente temos a sua identificação ou o seu conceito, o que é/o que são. Então temos a sua variação claro que com base em análises comparativas. Por exemplo, a capacidade para o pensamento divergente, que é um 'traço' fundamental da criatividade. Então temos a sua variação em intensidade/valor quantitativo ou ''tamanho', em tipo e em qualidade/autenticidade. 

 Portanto pode-se ser considerado/ou de fato ser superdotado, por tamanho, por qualidade ou pelos dois. Por tamanho costuma-se mensurar com base em testes cognitivos porque ''tamanho se mensura' '.

 Por qualidade ou autenticidade, e geralmente de natureza mais específica, costuma-se analisar: a área de especialização/tipo, o nível de qualidade/autenticidade e mesmo, também o nível de quantidade/intensidade. No caso do valor qualitativo, a análise aparece como a técnica mais correta de se ser usada porque ao invés de enviesar-se apenas na comparação e subsequente hierarquização quantitativa, também se avaliará o nível de autenticidade dos predicados, isto é, ao invés de criar um sistema de pontuações e de submeter certa variável, filtrando todas as suas informações para que possa passar pelo seu crivo, ela será analisada por inteiro, tal como uma correta análise deve sempre ser feita ou principiada e tendo como epicentro de investigação a sua autenticidade. Eu [re]descobri que é a autenticidade que melhor representa a qualidade, porque é por ela que se pode comparar as características de intrinsecabilidade/intrinsicabilidade dos indivíduos e entre eles. Lembrando que as duas não são a mesma coisa, ainda que estejam muito próximas. A intrinsicabilidade é basicamente o nível de enraizamento intrínseco de certo comportamento/expressão ou característica fisiológica/forma, que também poderia ser chamado de ''geneticabilidade''. O quão intenso e característico que se está, especialmente a nível genético/intrínseco ou extrínseco/ambiental. A autenticidade já seria mais qualitativa, porque se consiste em uma análise comparativa de representatividade, que certo nível ou tipo está em relação ao seu critério pré-estabelecido de referência. Por exemplo, o gênio do tipo criativo contínuo em comparação ao criativo contínuo comum. Ambos são criativos contínuos, mas o gênio apresentará maior intensidade nas mesmas variáveis, resultando em uma maior autenticidade, porque a manifestação mais intensa da criatividade, e claro, enviesada em si mesma ou ''purificada'', torna o critério-criatividade mais autêntico, mais intenso e característico, do que uma manifestação mais moderada e mesmo que geralmente estará mais mesclada com outros tipos. Outro exemplo, o critério ''riqueza material'', um bilionário versus um milionário. O bilionário é mais autêntico à variável ''riqueza material'' do que o milionário, porque ele incorpora mais o critério em intensidade e possivelmente em autenticidade do que o milionário.

Neste sentido a autenticidade pode se dar em relação ao tipo-qualidade e/ou ao valor-qualidade. O tipo-qualidade se refere basicamente ao tipo por si mesmo, a uma variação específica, que foi qualificada, por exemplo, o criativo contínuo. Já, o valor-qualidade se refere ao tipo mais funcional/harmônico, isto é, analisa-se comparativamente a intensidade funcional de certa autenticidade ou tipo. No exemplo do criativo contínuo, se analisam as duas variáveis conceitualmente explícitas: a abrangência ou frequência da criatividade [contínuo] e a criatividade por si mesma, isto é, o seu nível de autenticidade, e sempre principiando pela regra universal da harmonia, que se consiste no fator g da estrutura, do sistema ou existência. 

Para o tipo-qualidade, sabe-se que, por exemplo, um criativo contínuo será mais caracteristicamente criativo do que um criativo descontínuo, de acordo com os conceitos que foram propostos, e a variável continuidade/frequência/abrangência será o fator chave que sentenciará nesta conclusão. 

Pronto. Redefini a superdotação com palavras distintas [além de enrolar um ''pouco'' no final] mas mantendo o seu significado original e coeso.


 Agora eu preciso me reanalisar para ver se eu me encaixo no perfil.

 No que diz respeito ao tamanho bruto de minha inteligência que tende a ser possivelmente bem mensurado por testes cognitivos, eu, acredito tenazmente, que não superarei as margens mínimas para ser considerado superdotado de acordo com uma perspectiva psicométrica e isso se traduz mais diretamente em: muito provavelmente não serei capaz de pontuar acima de 120, 130, em relação ao "QI performance", que no meu entendimento rudimentar sobre a parte técnica deste assunto, se consistiria em uma espécie de média  final [de inteligência geral] de todos os testes, ou quase isso.

 Isso pode ser também exemplificado da seguinte maneira. Se eu tivesse nascido na Califórnia e tivesse vivido a minha infância nos anos 20 do século XX, Lewis Terman é provável que não teria me selecionado porque eu não teria alcançado o limite mínimo de inteligência que é requerida, de acordo com uma perspectiva psicométrica mais rígida. Além do fato de que é possível que eu tivesse demorado ou escondido meus talentos para o pensamento divergente e crítico tal como acabei fazendo, involuntária, subconscientemente, durante a minha real infância, ainda que já tivesse começado a demonstrar algumas tendências características de talento, como maior independência em termos de relações sociais, interesses específicos intensos, atenção aos detalhes, imaginação e objetividade. 

No entanto a superlatividade da superdotação pode e se manifesta sob outros meios e não apenas por meios "puramente' cognitivos ou quantitativos [... psicométricos].


Eu não tenho ''tamanho'' pra ser superdotado, mas acredito que tenha qualidade ou autenticidade o suficiente para ''merecer'' este rótulo de identificação.

O meu ''tamanho'' cognitivo pode não ser simetricamente grande, mas é ''rico', original, vívido. Novamente, tal como a um território, não importa, absolutamente falando, o seu tamanho, mas como que se pode administrá-lo [proxy relativamente distante porém característico para a sabedoria... porque se pode ''desviar' deste caminho]

Novamente as diferenciações entre alto empreendedor, brilhante e criativo, e a comparação

Eu linquei um dos meus textos do velho blogue em que ''apresento'' as diferenças de tipo entre os superdotados [mas que também podem ser expandidas para outras classes cognitivas]. Se esses 3 tipos são definitivamente factuais, eu não sei, tudo me leva a crer que sim. De fato, parece mesmo que existem os superdotados que são como o ''estudante nota 10'', o ''caxias'' ou ''nerd'', que é provavelmente o tipo mais comum e mais fácil de ser identificado.

Também parece evidente que existem os superdotados que são mais inteligentes que os esforçados ''empreendedores'', porque apresentam uma facilidade muito maior para aprender a matéria que é dada pelos professores, e comumente sabem mais que os próprios docentes. E não restam dúvidas quanto à existência  de superdotados criativos, isto é, que tem como epicentro característico os seus níveis elevados de criatividade e que estes sejam mais do tipo ''outsider'' do que de ''outliers'', tal como acontece com os superdotados ''brilhantes''. O primeiro e o segundo tipo aqui rapidamente descritos, são os que apresentam maiores correlações com pontuações altas em testes cognitivos, e provavelmente, ainda mais no caso do segundo, enquanto que os superdotados criativos serão aqueles que apresentarão as correlações menos significativas ou mais variadas, justamente por terem como epicentro as suas capacidades cognitivas para o pensamento divergente/original e potencialmente útil, e não necessariamente para o pensamento convergente, que os testes de QI usualmente mensuram. Se eu tivesse sido o ''aluno nota 10'' ou se fosse como aqueles que ''aprendem' com grande facilidade a matéria da escola, da faculdade, ou de qualquer outra freguesia, eu não teria dúvidas quanto ao tipo que mais me identificaria. 

No entanto, eu sempre fui muito imaginativo, com interesses específicos intensos, e não muito recentemente eu comecei a apostar bem mais seriamente neste meu talento natural e constante para a imaginação e os meus blogues são como espelhos desta minha superdotação criativa. Vale ressaltar que superdotação não é genialidade e que apesar de se consistir claramente em um talento natural e superlativo, e claro, direcionado, organizado e baseado em técnicas que foram intuitivamente apreendidas, por exemplo, no meu caso, de sempre olhar para todas as perspectivas, coisa que eu até então não fazia com frequência durante boa parte de minha pequena e muito mole vida [ou nem tão mole assim], isso não deve ser encarado como arrogância de minha parte, porque nunca tive qualquer intenção histriônica desta natureza e o convívio com pessoas de vários tipos, pode nos tornar menos apegados a esses títulos, ainda que sejam importantes como identificação e possível uso, de preferência, moralmente correto. Também vale ressaltar que devem existir: tipos mistos entre os superdotados E semi-superdotados, isto é, tipos que não apresentam as mesmas intensidades características [para cada grupo] de talento, mas que ainda assim, também não podem ser tratados como ''indistinguíveis dos normais/convencionais em psico-cognição''.

 Talvez eu pudesse me ver como um semi-superdotado, mas a minha criatividade e agora também a minha autoconsciência, são inegáveis, tanto em relação às suas existências, quanto em relação às suas intensidades, que estão comparativa e qualitativamente superlativas. 

Inclusive eu, talvez, pudesse me ver também como um ''prodígio atrasado'', que já exibia sinais de superdotação [criativa e introspectiva] desde a infância, mas que só começaram a dar liga e/ou a serem lapidadas no início de minha vida adulta.

Baseado na tabela acima, no início do post, eu percebo em mim que sou bem mais para o tipo ''pensador criativo'' e ''aprendiz 'brilhante''' do que para o ''alto empreendedor'', vulgo, ''estudante nota 10''. Eu sou mais curioso e questionador do que necessariamente interessado, ou convergentemente interessado. No primeiro componente eu acho que estou um pouco como os 3 tipos, mas, novamente, mais para os dois últimos, da esquerda pra direita, isto é, eu sou mais propenso a especular de maneira original e de ver exceções do que a sempre buscar pela resposta convergentemente correta. Aliás, o pensamento divergente geralmente brota justamente por uma motivação de se analisar o conceito antes de aceitá-lo por completo. Eu sou muito mais um sonhador [pensador criativo] e mentalmente seletivo [aprendiz brilhante] do que ''atencioso'' (à tarefas) [alto empreendedor. 

Esse modelo comparativo e/ou tipologia específica de superdotação parece basear-se na dinâmica aluno versus professor, em que o alto empreendedor será o aluno inteligente mais interessado e obediente ao professor, em sua manifestação mais autêntica ou pura; o aprendiz brilhante,por sua vez, tenderá a superar o professor, colocando-se ao seu lado e, ao invés de prestar atenção naquilo que ensina, será mais propenso a prestar atenção também naquilo em que ele erra, se lhe é tão fácil alcançar o seu nível de entendimento, diga-se, convergente. E o aprendiz brilhante típico ou característico ainda será mais criativo do que o alto empreendedor. E por fim temos o criativo, que se consiste em um talentoso ou superdotado, claro, os tipos que estão mais criativos, que, ao invés de encontrar-se dentro dessa hierarquia de tipos neurotípicos, isto é, convergentes, terá a sua própria hierarquia, especialmente quando não for apenas um ''lobo solitário'' na sala de aula, expressando a sua condição essencial de outlier psico-cognitivo.

Eu sou mais propenso, creu eu, meus blogues [e agora, este blogue apenas] que não me deixem mentir, a produzir muitas ideias, como o tipo criativo, e que são mais abstratas do que ''avançadas'', como o tipo brilhante, partindo da dedução que, a diferença entre ''ideias avançadas'' e abstratas encontra-se no grau de distanciamento em relação ao conhecimento que já existe, isto é, em relação ao pensamento/conhecimento convergente. E a abstração também quer indicar menor concretismo prático.

 O meu próprio exemplo: a minha teoria sobre a sexualidade desviante. Um ''alto empreendedor'' [mas também um aprendiz brilhante] pode produzir a ideia de que a mesma se consiste em um desvio provocado por desordens orgânicas, um tipo comum de pensamento conclusivo sobre este assunto. Eu produzi a ideia de que a sexualidade desviante se consistiria na manifestação vestigial do passado evolutivo da humanidade, quando esta ainda nem existia, porque era um microrganismo de reprodução assexuada. Apesar que a comum ideia de desordem orgânica faça sentido a ponto de poder ser considerada factual, a minha ideia, que foi, modéstia a parte, bastante original, com certeza foi muito mais profundo na possível etiologia da sexualidade desviante, ainda que seja muito mais propensa a não ser factual do que se comparada à primeira, como exemplo convergente. Eu não pensei no que a sexualidade desviante pode ser, mas, qual que poderia ser a sua origem mais primordial. A associação remota entre reprodução ''assexuada'' [que eu re-denominei de ''auto-sexuada''] e reprodução sexuada foi com certeza o produto de um insight criativo e abstrato.


Voltando... neste próximo quesito, eu, definitivamente, não sou como o ''aprendiz brilhante'' que ''sabe sem estudar muito'', nem como o ''alto empreendedor'', que alcança certo patamar de excelência convergente, apenas desta maneira, isto é, estudando muito. No mais, como o criativo tende a ser muito mais cognitivamente assimétrico do que os outros, então talvez eu também possa me considerar como um ''aprendiz brilhante'' neste quesito, só que será do tipo ''insular'', que ''sabe sem estudar muito'', mas especialmente em relação às [minhas] áreas de escrutínio constante e naturalmente lúdico. No mais, ainda permaneço fortemente associado ao tipo criativo, porque geralmente o aprendiz brilhante será ainda melhor que o alto empreendedor em apreender a matéria convergente ou conhecida ('velha criatividade'), enquanto que o criativo geralmente não o fará, isto é, neste quesito se encontrará inferior aos dois, ainda que, novamente, por ser um outlier, os seus valores de qualidade serão predominante a essencialmente distintos. Eu pondero mais e penso em múltiplas perspectivas, como o aprendiz brilhante, ou melhor, eu aprendi a fazê-lo ou a lapidar uma disposição que já exibia timidamente, internalizando esta técnica de pensamento racional, e sim, eu ''injeto novas possibilidades'' ou criatividade. 

Respondendo novamente, eu não sou como o alto empreendedor porque, na escola, eu não tirava as maiores notas da sala [tive momentos de brilhantismo quando a proposta pedagógica do professor casou perfeitamente com o meu estilo, ou quando um assunto de meu interesse casou perfeitamente com a matéria que foi dada], nem era, generalizadamente falando, como o aprendiz brilhante, porque não estava acima do teto [auto empreendedor] do grupo. E sim, eu estou no meu próprio grupo, dos mais criativos, e ainda posso dizer que estou na minha própria hierarquia, por ter me tornado um produtor de ideias e pensamentos, por ter deixado de ser ''apenas'' um consumidor. Eu sou o meu teto e minha base, ao mesmo tempo. Alguns quesitos parecem se repetir então eu vou pular alguns e continuar a me analisar a partir desses parâmetros.

Eu respondo com interesse e opinião, como o alto empreendedor, penso em 'múltiplas' perspectivas e sim, também posso ter ideias ''bizarras', como o criativo.

 Eu não aprendo/apreendo com facilidade, eu não ''já sei'' e sim, eu sempre infiro novas possibilidades. Eu questiono a necessidade de decorar cada detalhe de um conhecimento convergente que está sendo exposto, como o superdotado criativo usualmente faz, e como eu já havia falado sobre isso, esta tática expressa uma mente inquisitiva, holisticamente prática mas também com frequência variável, intencionalmente malandra, porque o típico superdotado criativo é muito provável que será um sonhador imaginativo constante, e portanto, gastará as suas energias justamente em sua constante introspecção, tal como eu também falei, sobre a diferença entre o sonhador e o trabalhador. Além disso é provável que ele, por não conseguir alcançar o nível de excelência convergente dos outros dois, se rebelará contra esta hierarquia, também por causa deste fator, porque afinal de contas, geralmente nos rebelamos contra aquilo que não gostamos ou que não podemos competir. 

Eu compreendo, ou acredito que compreenda, ideias complexas, como os aprendizes brilhantes e os pensadores criativos, especialmente aquelas que estão mais atreladas às minhas áreas de escrutínio. Eu estou mais como o aprendiz brilhante por preferir, por agora, a companhia de pessoas mais velhas, do que de pares da minha idade, ou mesmo, de pares muito criativos, ainda que, como eu deixei subentendido, eu não possa afirmar categoricamente o mesmo em relação aos últimos, se ainda não tive a oportunidade de saber se preferiria ou não a companhia deles [dos muito criativos]. Tudo leva a crer que não, até mesmo por divergências ideológicas indissolúveis, se a maioria dos muito criativos, e criativos em geral, parecem ser de super-esquerdistas, especialmente nas artes. 

Interessante essa minha preferência, e dos aprendizes brilhantes, em média, pela companhia de pessoas mais velhas, se, a maioria delas tendem a ser mais conservadoras do que as gerações mais novas. Será que em termos de ideologia ou de estilo de vida, os aprendizes brilhantes seriam mais conservadores* Claro que preferir pela companhia dos mais velhos, é um claro sinal de maior maturidade emocional, generalizada ou mais assimétrica, se na maioria das vezes não a encontraremos naqueles que são da mesma faixa etária que a nossa. Gosto de humor abstrato e complexo [espero que o ''Monty Pyton'' não seja um exemplo de humor complexo, ;) ] e sim, eu também gosto de humor criativo ou que é mais irreverente, meio louco. Novamente, uma constante neste texto, diga-se, eu infiro, conecto e [re]invento conceitos. E também tenho os meus momentos-eureka, como os meus blogues tem mostrado, para o meu bem ou para o meu mal e possível condenação. Eu produzo muitas ideias, algumas mais incomuns, outras nem tanto, que eu chamo de ''insight subjetivo'', e tendo a não desenvolvê-las mais, mas será que é por que eu não vejo a necessidade de se fazê-lo** Neste quesito estou bem mais para o tipo criativo. 

Eu sou mais intenso, como o aprendiz brilhante, não-convencional, ainda que não transpareça, e mentalmente independente, como o pensador criativo. E parece que os alto empreendedores tenderão a ser o oposto neste sentido, quase que como ''average joeys'' de alto funcionamento, ou, abusando da minha triarquia de sociotipos, ''o trabalhador de alto funcionamento''. E talvez, esta última característica, de independência intelectual, seja como um reforço pra minha não-convencionalidade. Eu sou bem mais original e em constante processo de desenvolvimento, invariavelmente superficial, de minhas ideias, tal como o aprendiz brilhante e o pensador criativo. Eu nunca fui muito com a cara da escola, e sim, eu gosto de aprender sozinho e de criar. Eu improviso e manipulo informação, ao invés de apenas absorvê-la... aliás, eu apresento ''déficits' em minhas capacidades cristalizadas, como eu já comentei em outros textos, de maneira que, pra mim é muito mais fácil trabalhar com ideias, conceitos, etc, do que de internalizá-los de maneira ordeira e ampla. 

Interessante a diferenciação dos 3 tipos em um dos quesitos da tabela acima: o super-técnico/ alto empreendedor, o super-especialista/ aprendiz brilhante e o inventor/ pensador criativo. Neste sentido, eu continuo fortemente associado ao tipo criativo, por quase sempre preferir pela originalidade e portanto pela criação, ainda que quase todo criativo precise ser mais ou menos um especialista em sua [nano,micro ou macro] área de interesse.

Definitivamente, por não memorizar muito bem, que não posso me considerar como um alto-empreendedor [também neste quesito], e sim, novamente, eu tenho muitas ideias, tal como o criativo, e acredito que tenha uma boa capacidade de análise, a ponto de poder ''inferir bem'', tal como o ''aprendiz brilhante''.

Pelo que entendi até agora, o ''alto empreendedor'' é um excelente memorizador convergente, o ''aprendiz brilhante'' por sua vez memoriza muito bem o conhecimento convergente mas, ao contrário do primeiro, geralmente o supera a ponto de reconhecer as suas falhas, mesmo as menos aparentes. Parece que estamos lidando com um espectro de pensamento crítico-analítico/ e de conformidade, em que o alto empreendedor será o menos intenso e característico neste fator e o criativo será o mais intenso, ainda que não o faça sempre com qualidade. O ''pensador criativo'' parece ser o oposto do alto empreendedor, por causa de sua natureza epicentricamente divergente [generalizada ou mais específica]. Aquilo que o alto empreendedor memoriza e toma como a verdade absoluta, o aprendiz brilhante será muito mais propenso a, melhorá-lo ou a criticá-lo, enquanto que o pensador criativo enviesará mais profundamente na divergência ainda que também possa especular mais do que avançar no entendimento. 

Eu sou muito alerta e observador, como o alto empreendedor, só que também sou muito intuitivo e pelo que entendi, na tradução, eu também estou como o aprendiz brilhante que ''se antecipa e faz observações''. Como quase sempre na psicologia, alguns aspectos desta tipologia, ou são repetitivos ou são vagos demais, pois se, eu sou mais alerta e observador então pressupõe-se que também seja capaz de ''me antecipar e fazer observações''. Mas vamos continuar...






O pensador criativo ''nunca' cessa a sua curiosidade pelo objeto de escrutínio e portanto tende a continuar inferindo novas possibilidades, que é bem característico do seu estilo, enquanto que o alto empreendedor está ''sempre' satisfeito com o nível do seu aprendizado. Por outro lado o aprendiz brilhante é mais auto-crítico. Não entendi muito bem como que ficaria esta comparação analítica específica em relação ao criativo, se fosse feita entre iguais, isto é, o alto empreendedor está satisfeito, o aprendiz brilhante é auto-crítico, e o pensador criativo.... nunca cessa de buscar por novas possibilidade... mas isso então significa que ele também tende a ser auto-crítico ou que, não se satisfaz facilmente, seria isso**

Em termos de auto-crítica, eu estou bastante relacionado com o aprendiz brilhante assim como também com a tolerância e motivação do criativo em manter aberto novas possibilidades de entendimento ou de especulação em relação a certo assunto, especialmente se lhe for de grande interesse.

Eu sou como o pensador criativo e o aprendiz brilhante por nunca ter sido motivado a tirar notas altas na escola. Como quase sempre em minha vida, eu sou dragado por minhas motivações intrínsecas e tirar notas altas na escola, com certeza nunca foi uma delas. Por fim, com certeza que me considero mais ''intelectual'' e ''idiossincrático'' do que ''hábil'' [convergentemente hábil*].



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Conclusão de minha auto-análise:

Em um total de 25 quesitos, o ''placar'' ficou assim:

25 para o pensador criativo,
21 para o aprendiz brilhante
e 8 para o alto empreendedor.


Um continuum de convergência e de divergência, do alto empreendedor ao criativo... de simetria à assimetria cognitiva


Será*

Rapidamente, para finalizar este texto gigante, o alto empreendedor seria aquele com as maiores capacidades para o pensamento convergente, e não necessariamente em termos de QI, seguido pelo aprendiz brilhante, que por sua vez, também exibiria um bocado da rebelião quase congênita [específica ou geral] que tende a caracterizar o pensador criativo, este que seria o quase oposto do alto empreendedor.

Também percebi uma possível gradação de simetria cognitiva/e possivelmente psicológica/ de personalidade, em que os alto empreendedores [o superdotado trivial] seria o mais simétrico em suas capacidades cognitivas e também em seus perfis psicológicos [mais convencional, sexualmente normativo ou ao menos mais homogêneo]. Os aprendizes brilhantes, enquanto um tipo intermediário entre os extremos, convergente e divergente, seriam, por essa lógica, os mais variáveis em simetria cognitiva e psicológica, tanto para um lado quanto para o outro. Os pensadores criativos, por fim, como pólos opostos dos alto empreendedores, seriam mais homogeneamente divergentes ou não-convencionais, em média/média característica, em relação aos seus perfis psicológicos, e também mais assimétricos em suas capacidades cognitivas, demonstrando parcamente a natureza essencialmente ''savant-like'' da criatividade. O pensador criativo geralmente se especializa muito em uma área, a ponto de reinventá-la. O aprendiz brilhante se especializa menos, e não costuma atingir ao nível da originalidade, tal como o criativo, enquanto que o alto empreendedor, apesar de, no fim, ter que se especializar em alguma área, geralmente será aquele com maior conhecimento geral. 

Eu cheguei a especular se um maior conhecimento geral não poderia resultar em maior criatividade, mas vejo hoje em dia que não, não necessariamente o conhecimento, convergente e bem memorizado, mas uma motivação ou curiosidade intrínseca para se estudar mais de uma área, mesmo com pouca ''bagagem'', o meu caso com as áreas da genética e biologia. 

''Memória de trabalho''

maior entre os alto empreendedores

maior mas menos ''fixa'' entre os aprendizes brilhantes

menor entre os pensadores criativos*



** Nem todo alto-empreendedor que será superdotado [ o mais provável é que também possa ser um semi-superdotado ]

quinta-feira, 9 de março de 2017

Desproporção versus caracterização

Parece óbvio mas vamos lá. Podemos ter uma média desproporcional não-característica e podemos ter uma média desproporcional característica. Na primeira haverá claramente uma desproporção mas que não será grande o suficiente para se tornar característica, isto é, de se tornar a média em si. Pode-se até dizer que toda média se consiste em uma desproporção se nenhum traço ou elemento pode ser considerado como o ideal-universal e se toda preponderância já se consiste em uma desproporção. 


Toda média desproporcional, se já não for redundante, e característica, é quando a desproporção é tão significativa que "se torna" a média. Neste caso costuma-se falar mais agudamente de desproporção e não de apenas média não-característica em relação aos traços que não são amalgamados, por exemplo inteligência normal versus superdotação, ou que são qualitativamente polêmicos por exemplo a homossexualidade. Novamente um pouco do uso diferenciado e mesmo preconceituoso mas nem tanto das palavras e de seus valores, o primo rico (enxaqueca) e o primo pobre (dor na cachola).

terça-feira, 26 de julho de 2016

Ser inteligente ( sábio especialmente) é ser sortudo...

O que é lembrar**

Agora pouco me lembrei de um texto que li, diga-se, superficialmente, de um blogueiro da comunidade HBD, faz uns anos já, em que ele elencava sobre os possíveis ''qi'' dos políticos russos. Eu lembrei mais especificamente daquilo que disse sobre o possível qi médio ''de'' agitadores esquerdistas, de se situar em torno de ''115''. E usei esta lembrança para comentar em um blogue.

 Como que aconteceu este processo de 

- ler algo

- e uma lembrança perfeitamente encaixável vir à minha cabeça, emergir* como se alguém tivesse me dado às mãos o ''documento'' correto**

Lembramos apenas aquilo que guardamos e quanto maior a memória possivelmente mais coisas poderemos nos recordar.

Mas também tem a funcionalidade ou melhor a eficácia da memorização. Memorizar ''isso'' pra quê* quando usá-lo* 

Por isso que ''nascer inteligente'' antevem ao ''ser inteligente'' e se consiste em uma clássica condição de sorte, do que de conquista pessoal... 

internalizamos, absorvemos a memória ambiental e nosso cérebro parece trabalhar ''sozinho'' fazendo o trabalho de priorizar de acordo com as nossas necessidades/motivações intrínsecas e como um bom funcionário, nos dá as informações absorvidas no momento correto e quanto mais sábio, mais eficaz será este funcionário.

Se continuamos submergidos em um mundo intuitivo, e eu necessariamente não sei como seria um mundo sem a intuição dominando os nossos pensamentos,  então nascer com a melhor ou especialmente com ''a mais sábia'' das intuições divergentes (criatividade) e convergentes (inteligência) em algumas perspectivas holisticamente importantes, se consiste em um presente ''de'' Deus para alguns de nós, tal como se diz em inglês, ''gifted'', presenteado. Em especial um mundo que conspira contra o indivíduo como o mundo sofisticadamente psicótico do ser humano.

Eu devo tentar nos próximos anos alguma tentativa de desenvolver OU apenas tornar constante o meu pensamento reflexivo, e é provável que não seja muito bem sucedido nesta tarefa.

O pensamento sempre antecede a ação e muitas vezes agimos, literalmente falando, ''sem re-pensar'', sem refletir, e mesmo quando refletimos, quando falamos com nós mesmos, nos criticando, nos questionando, ainda é possível que não consigamos parar a ação. Isso já aconteceu comigo algumas vezes. E quando o  fazemos, isto é, conseguimos conter a erupção da ação sendo consumada, parar no meio do caminho, não é incomum que nos tornemos irritados por causa disso.

''Cortar o barato, a expectativa, a consumação do ato'' se consiste em uma revolução no ato de agir, no ato em si.

A ignorância em sua imparável fluidez egocêntrica e que muitas vezes será disfarçada pela ''máscara da sanidade/normalidade'' de fato é uma ''bênção'' para muitos que a tem em níveis alarmantes, estes que estão em um estado constante de transe, ''hype'', absoluta e absurdamente convencidos, como se tivessem se tornado ''deuses'', imparáveis, incontroláveis e claro, teimosos em sua estupidez, como deuses gregos, diabolicamente híbridos entre o fogo da razão e do instinto.

Portanto eu faço pouco ou quase nada, ao menos eu não vejo as minhas próprias ações sendo pensadas e tomadas, nós não vemos, e no meu caso, eu acredito ter uma certa eficácia para prover os melhores argumentos com as informações mais pertinentes,

isso merece um aumento de salário para o meu cérebro, porque ''eu mesmo'', não fiz nada, sou um explorador, mas também sou dependente do seu humor, ''eu'', o eu-mente''.

talvez o meu funcionário possa ser a minha mulher, ou mesmo, o meu parceiro, e seja não apenas inteligente mas também cheio de vontades. 

lasquei-me, no final, tudo se lasca, diria um suicida.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

"Muito inteligente" (sábio) versus "superdotado"



A minha psicóloga além de dar sinal negativo sobre eu "ser" autista,  também me caracterizou como "um rapaz muito inteligente ... mas que não é "superdotado". Ao questiona-la sobre o porquê de não me considerar como um superdotado, ela argumentou sobre o vazio destes rótulos e também sobre a necessidade de se "comprovar" a superdotaçao com base em testes cognitivos. 

Eu não concordei sobre não estar dentro do espectro autista, ainda que possa concordar com ela muito levemente sobre não estar "dentro o suficiente" para "merecer" um diagnóstico conclusivamente positivo. Sobre a superdotaçao eu não concordei, não por ter dito que eu não sou superdotado, mas por ter enfatizado a necessidade de se comprovar a mesma por meio de testes cognitivos. 

No entanto, eu achei a sua definição cognitiva em relação a mim muito interessante, porque afinal de contas, eu posso concordar com ela sobre ser "muito" inteligente e isso necessariamente não implicar em "superdotaçao". 

E eu vou explicar o porquê



A diferença operacional entre o sábio genotipico (ou sábio por excelência) e o superdotado 



Os sábios sempre aprendem com as suas experiências e com os seus erros.  O superdotado na maioria das vezes... não....

O processo de abordagem analítica do sábio é perfeccionista, principiando por si mesmo e se expressando em pensamentos e ações profundamente coesas, como o movimento da água depois do impacto de uma gota que caiu de um céu nublado. O ser é o epicentro supra lógico de suas ações ou de sua expressão e se a base dos seus pensamentos for fraca, então por lógica a probabilidade para que possa abordar o fenômeno da existência ou vida de maneira incompleta, estupida ou grosseira será muito grande, se assemelhando ao efeito cascata a partir de uma lógica hierárquica. 

A principal característica conceitualmente descritiva da superdotaçao é a presença de uma grande capacidade cognitiva que poderá ser mais específica ou generalizada. 

Portanto nada impede que exista um predomínio de não-sábios dentro esta demografia cognitivamente enfatizada. E de fato, há.

Um violinista talentoso que acredita que Cuba seja um país maravilhoso


Jovens matematicamente prodigiosos, moralmente retardados ou naturalmente displicentes em relação a moralidade objetiva

Um Nietzche, que pregou uma "filosofia" radicalmente darwinista e imoral, um Newton, fervorosamente religioso, um Einstein, que detestava o seu filho esquizofrênico, um Lombroso, obcecado pela moral hipócrita cristã, são muitos os exemplos de indivíduos excepcionais que apesar de suas grandes capacidades cognitivas, não demonstraram a mesma virtuosidade em relação a construção de seus sistemas pessoais de moralidade.

A partir de parâmetros supra morais via moralidade objetiva, a maioria dos grandes gênios e das populações de superdotados não serão de sábios completos.

A sabedoria se caracteriza primeiramente pela busca exponencialmente qualitativa pelo auto conhecimento. Um dos aspectos mais significativos da psicologia de um sábio completo é a sua progressiva capacidade de aprender com as experiências e erros mas também de prevê-los. A sabedoria é homogeneamente expressiva, moralmente desenvolvida e holisticamente realista, dando grande importância a tudo aquilo que mais importa, reduzindo ao máximo possível a habitual carga de ilusões que a grande maioria dos indivíduos humanos tendem a carregar e sempre melhorando a sua atuação na grande cena da vida. Justamente por ter como ênfase bio-existencial a moralidade, a sabedoria completa expressará um grande desenvolvimento neste aspecto elementarmente fundamental da realidade. 

Em compensação a ênfase semântica da superdotaçao será justamente em relação a excepcionalidade cognitiva ou intelectual, tendo o potencial moral e portanto de sabedoria, enquanto uma possibilidade logicamente correlativa mas que não será causal, central, nem mesmo orgânica, para uma boa fração desta demografia particular. A sabedoria orbita a periferia da superdotaçao e a recíproca é verdadeira. Isto é, são periférica a relativamente associativas.

Esperar-se-á por uma linearidade correlativa em que quanto mais inteligente mediante critérios psicométricos ou de criatividade, mais sábio ou "muito moralmente inteligente" será. No entanto este cenário é provável de não se consistir numa realidade (redundantemente) factual. 

O sábio até poderia ser considerado como um tipo de superdotado, especializado em autoconhecimento (inteligencia intrapessoal), capacidade de raciocínio analítico e holístico, geralmente  direcionado para a moralidade ( objetiva ). Mas o seu impacto nas sociedades humanas tem sido mínimo, solapado por uma cadeia contínua de criatividade irresponsável e completa falta de empatia. 

Quem entende muito bem a realidade em que vive, a si mesmo, em termos cognitivos puros, já poderia ser definido como "muito inteligente". Muitas pessoas astutas poderiam ser alocadas dentro desta categoria cognitiva. Se o básico para demonstrar grande intelecto estiver bem desenvolvido, constante e preciso...

Superdotados, talentosos e gênios de quase todas as categorias geralmente se caracterizarão por grande assimetria entre as suas forças e fraquezas mas principalmente por deterem um epicentro cognitivo de grande envergadura e/ou potencial. A transcendência do gênio é o de transcender o seu gênio, o talentoso, o seu talento, o superdotado, a sua inteligência... Quase sempre que estarão direcionados para o trabalho, recreativo ou objetivo.

A sabedoria é muito mais existencialmente profunda do que qualquer categoria de excepcionalidade cognitiva. Não é aquilo que o indivíduo pode oferecer em termos de trabalho individual, mas aquilo que ele pode ser. É o ser que mais importa para a sabedoria.

 A inteligência humana  sempre tem sido mensurada enquanto qualidade potencial para o trabalho ou cooperação e portanto como eu tenho falado aqui, seria de bom tom denominar como trabalhadores mais eficientes e não como seres humanos mais inteligentes aqueles que pontuam mais alto em testes cognitivos.

Novamente, a partir da dicotomia "ser inteligente" (em pensamentos, ideias, transferidos em ações) e "ter inteligência" 

(transferido para o trabalho humano), o sábio será o mais inteligente, por enfatizar por si mesmo e pela realidade, a objetividade e precisão harmonicas na relação ser e ambiente, enquanto que, com base em critérios psicométricos e de realizações direcionadas para o trabalho, onde que a enfase estará direcionada justamente para a qualidade daquilo que se pode oferecer ou fazer, e não no ser, por si mesmo, genios criativos e superdotados estarão entre os mais inteligentes, ou seria melhor, eficientes.

O sábio é o inteligente absoluto por primazia, mas isso não se traduzirá numa grandiosidade quantitativa, possivelmente mensurada por testes cognitivos ou por análises neuro-fisiológicas, ou mesmo por grandes realizações pessoais (que seria muito mais provável de se dar nas áreas de administração), mas pelo melhoramento constante do seu cotidiano, em tudo aquilo que o estúpido despreza como uma pequeneza sem importancia.