Sem autoconsciência a vida é mais propensa a se misturar ao ambiente, quase que, representando e expressando as suas vontades, do que a si mesma [proxy para o ''eu-ideal'']. A vida, quando se torna mais autoconsciente, também vai se tornando um pouco mais auto-centrada, e portanto mais ativa, do que reativa, ainda que toda vida também seja ativa. Nesse sentido pode-se dizer que ação/reação são quase que constantemente simultâneas quando o instinto é dominante.
Maior é a autoconsciência, menor é o espelhamento exclusivo ao ambiente de vivência, maior é o espelhamento pelo universo/pelo ideal. Ainda essencial, porque o ambiente/local é sempre onipresente, o aumento da autoconsciência também aumenta o alcance perceptivo além-do-indivíduo ou além-do-instinto, como eu já comentei.
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domingo, 27 de agosto de 2017
terça-feira, 8 de agosto de 2017
Nível de preparo ou reação dos quatro temperamentos
Em um texto recente eu especulei sobre o papel de cada estilo de temperamento não apenas em relação àqueles que exibem alta expressividade de um traço mas também de uma maneira geral ou universalmente individual, já que todo mundo é, para mais ou para menos, colérico, fleumático, melancólico e sanguíneo.
Agora, ainda nessa vibe, especulo quanto ao grau de preparo de ação e de reação a partir da inércia comportamental, de cada temperamento.
Fleumático: estabilidade emocional, ou o menos reativo. Menos "distante" da inércia comportamental.
Melancólico/sanguíneo: moderada a variavelmente reativo[s].
- Melancólico: segundo "menos distante" da inércia comportamental.
- Sanguíneo: terceiro "menos distante" ou o segundo mais "distante" da "inércia' comportamental.
Colérico: o mais reativo. Hiperativo. Impulsivo. Mais distante da "inércia' comportamental.
Mas se o fleumático é o mais trabalhador então por que estaria mais perto da inércia comportamental ??
- Por ser um dos tipos mais comuns é muito provável que as combinações de fleumáticos com outros sejam também mais comuns.
- O fleumático mais comum é o menos propenso tanto para a ação impulsiva, do colérico, quanto para a ideação impulsiva, característica do melancólico.
E o sanguíneo seria a sua versão mais quente ou extrovertida, no entanto ainda mais impulsivamente ativo, e caracteristicamente menos ideativo.
No mais também há de se diferenciar ação espontânea/impulsiva de ação imposta.
Agir por conta própria, com base no próprio impulso, mais comum em coléricos, do que no caso do fleumático que, por causa de sua natureza bem mais passiva, é muito mais propenso a agir, a partir do "impulso/ou ordenamento alheio".
Então aqueles que já são mais mental ou comportamentalmente ativos, como os melancólicos, os coléricos/e os sanguíneos, também são/serão menos propensos a atender ''ordens de outrem'', enquanto que o menos impulsivo, ideacional e comportamentalmente [e o mais mentalmente estável], o fleumático, é o mais propenso a obedecer ordens ou ações impostas.
O melancólico apesar de ser o segundo mais próximo da ''inércia comportamental'', 'pensa demais'. Logo tenderá a questionar mais os ordenamentos ou as ações impostas mas também porque agirá mais por impulso do que o fleumático;
O sanguíneo é o segundo mais propenso a agir a partir de ordenamentos alheios, nomeadamente no caso do seu trabalho, e justamente por ser mais comportamentalmente impulsivo [do que o fleumático; ele também é o segundo mais emocionalmente estável], do tipo que trabalha durante a semana para ''curtir o fim de semana''. O fleumático é o mais propenso a descansar em seus momentos de lazer do que de buscar por socializações festivas tal como o sanguíneo;
O colérico, por ''agir demais por impulso'' é o menos propenso a ''obedecer ordens'' ou ''acatar ordens alheias'' ou mesmo, de se acostumar com a condição de subalterno.
Agora, ainda nessa vibe, especulo quanto ao grau de preparo de ação e de reação a partir da inércia comportamental, de cada temperamento.
Fleumático: estabilidade emocional, ou o menos reativo. Menos "distante" da inércia comportamental.
Melancólico/sanguíneo: moderada a variavelmente reativo[s].
- Melancólico: segundo "menos distante" da inércia comportamental.
- Sanguíneo: terceiro "menos distante" ou o segundo mais "distante" da "inércia' comportamental.
Colérico: o mais reativo. Hiperativo. Impulsivo. Mais distante da "inércia' comportamental.
Mas se o fleumático é o mais trabalhador então por que estaria mais perto da inércia comportamental ??
- Por ser um dos tipos mais comuns é muito provável que as combinações de fleumáticos com outros sejam também mais comuns.
- O fleumático mais comum é o menos propenso tanto para a ação impulsiva, do colérico, quanto para a ideação impulsiva, característica do melancólico.
E o sanguíneo seria a sua versão mais quente ou extrovertida, no entanto ainda mais impulsivamente ativo, e caracteristicamente menos ideativo.
No mais também há de se diferenciar ação espontânea/impulsiva de ação imposta.
Agir por conta própria, com base no próprio impulso, mais comum em coléricos, do que no caso do fleumático que, por causa de sua natureza bem mais passiva, é muito mais propenso a agir, a partir do "impulso/ou ordenamento alheio".
Então aqueles que já são mais mental ou comportamentalmente ativos, como os melancólicos, os coléricos/e os sanguíneos, também são/serão menos propensos a atender ''ordens de outrem'', enquanto que o menos impulsivo, ideacional e comportamentalmente [e o mais mentalmente estável], o fleumático, é o mais propenso a obedecer ordens ou ações impostas.
O melancólico apesar de ser o segundo mais próximo da ''inércia comportamental'', 'pensa demais'. Logo tenderá a questionar mais os ordenamentos ou as ações impostas mas também porque agirá mais por impulso do que o fleumático;
O sanguíneo é o segundo mais propenso a agir a partir de ordenamentos alheios, nomeadamente no caso do seu trabalho, e justamente por ser mais comportamentalmente impulsivo [do que o fleumático; ele também é o segundo mais emocionalmente estável], do tipo que trabalha durante a semana para ''curtir o fim de semana''. O fleumático é o mais propenso a descansar em seus momentos de lazer do que de buscar por socializações festivas tal como o sanguíneo;
O colérico, por ''agir demais por impulso'' é o menos propenso a ''obedecer ordens'' ou ''acatar ordens alheias'' ou mesmo, de se acostumar com a condição de subalterno.
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quatro temperamentos
domingo, 6 de agosto de 2017
Personalidade, mecanismos de ação /reação e quatro temperamentos
Ação/reação superficialmente contemplativa/expectativa/inerte fleumático
Ação/reação especulativa melancólico /
Reação receptiva sanguíneo
Reação defensiva colérico
A estabilidade emocional do fleumático é a base do comportamento, quase que como uma pré-ação ou uma preparação [para a ação].
A especulação constante do melancólico é a base para o comportamento de exploração introspectiva, a priore, bem intencionada, dos próprios pensamentos. Otimismo intra- exploratório. Também se consiste em uma pré-ação ou pensamento mais deliberado e que pode resultar na precaução.
A receptividade do sanguíneo é a base para o comportamento de exploração extrospectiva, a priore, bem intencionada do ambiente/e ou das pessoas. Otimismo exploratório.
A defensividade do colérico é a base para o comportamento de defesa mas também de ataque.
Portanto temos o estado de inércia inicialmente ideativa ou ''fleumático'', que se bifurca no pensamento mais longo ou ''melancólico'' ou no pensamento mais curto ou ''sanguíneo'', partindo para a partir daí para a ação [ou não]. E por último nós temos o estado de preparo para a defesa ou para o ataque, ou ''colérico''.
Ação/reação especulativa melancólico /
Reação receptiva sanguíneo
Reação defensiva colérico
A estabilidade emocional do fleumático é a base do comportamento, quase que como uma pré-ação ou uma preparação [para a ação].
A especulação constante do melancólico é a base para o comportamento de exploração introspectiva, a priore, bem intencionada, dos próprios pensamentos. Otimismo intra- exploratório. Também se consiste em uma pré-ação ou pensamento mais deliberado e que pode resultar na precaução.
A receptividade do sanguíneo é a base para o comportamento de exploração extrospectiva, a priore, bem intencionada do ambiente/e ou das pessoas. Otimismo exploratório.
A defensividade do colérico é a base para o comportamento de defesa mas também de ataque.
Portanto temos o estado de inércia inicialmente ideativa ou ''fleumático'', que se bifurca no pensamento mais longo ou ''melancólico'' ou no pensamento mais curto ou ''sanguíneo'', partindo para a partir daí para a ação [ou não]. E por último nós temos o estado de preparo para a defesa ou para o ataque, ou ''colérico''.
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quatro temperamentos
Possíveis diferenças entre o colérico mais ativo e o colérico mais reativo

Fonte: pinterest
Especulo agora que alguns ou a maioria dos coléricos sejam mais ativos ou provocativos, talvez os típicos coléricos, e que outros sejam mais do tipo reativo, e que portanto, a priore, não serão constantemente ou ''preferencialmente'' coléricos.
Por exemplo.
Fictício.
Dona Florinda e Seu Madruga
Ela seria ou representaria o tipo mais ativamente colérico, ainda que para ambos, as circunstâncias ambientais também funcionem claramente como fatores desencadeantes. A
Ficar nervoso ''a toa', sem ter uma razão real ou definitivamente justificada VERSUS reagir de maneira mais colérica denotando que o estado original/preferencial de ânimo tende a ser menos irritadiço. Em outras palavras, o nível de irritabilidade é muito maior para o ''colérico ativo'' do que para o ''colérico reativo'' e na verdade, no segundo grupo, muitas vezes o ''temperamento predominante'' sequer será o colérico.
Outro aspecto importante de diferenciação é o grau de prepotência do colérico ativo ou seria melhor altivo, e do colérico reativo ou também passivo, em que o primeiro já seria mais ''naturalmente prepotente'' enquanto que o outro não, necessariamente falando.
Eu seria o exemplo, mais meso, digamos assim, entre o colérico ativo e o reativo, porque sou ''naturalmente mais prepotente'', mas não a ponto de não conseguir conter essa tendência, já denotando uma menor intensidade/intrinsecabilidade dessa fração de comportamento em mim. E sem falar, mas falando, que o meu estado de ânimo original não é o de irritabilidade OU que, apesar de ser mais colericamente reativo, ainda não serei tanto quanto o típico colérico, que já se encontra em um estado de ânimo, eu não diria de irritação, mas de prepotência/e perfeccionismo [subjetivo], tendo a irritabilidade como uma reação às suas constantes frustrações.
Também poderíamos vincular o colérico ativo ao psicoticismo e o colérico reativo ao neuroticismo, o primeiro como uma irritabilidade mais expansiva, provocativa ou ativa, e o segundo como uma irritabilidade mais introspectiva, sensitiva, internalizável. Aquilo que o psicoticista tende a descontar nos outros o neurótico tende a internalizar, como eu já comentei.
Em resumo conclusivo, existem dois tipos de irritáveis: o irritável irritante [que se irrita com facilidade e que irrita o outro] e o irritável irritado [que é bem mais propenso a não tentar descontar ''no outro'', logo na primeira oportunidade].
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quatro temperamentos
sábado, 22 de julho de 2017
Personalidade reativa (mais racional?) e ativa (instintiva)
Personalidade reativa: espera pelo "ambiente" para reagir de maneira "apropriada'. Nível mais alto de adaptação ideal/ mais baixo de ação e portanto de adaptação real/ relativamente menor vulnerabilidade para a conformidade social [especialmente em relação ao seu temperamento mais intenso: melancólico]
Personalidade ativa: reage à sua maneira, portanto mais estereotipada, especialmente ou fundamentalmente em relação ao comportamento. Nível mais baixo de adaptação ideal/ mais alto de ação e adaptação real/ relativamente maior vulnerabilidade para a conformidade social [especialmente em relação ao seu temperamento menos intenso: sanguíneo]
Observar padrões versus intuir com base nos próprios instintos
A personalidade reativa é mais propensa a observar padrões de maneira mais profunda e precisa antes de interagir, e isso basicamente se consiste em entender a realidade antes de passar para a ação.
Já a personalidade ativa é mais propensa ou, definitivamente caracterizada, por interagir com a realidade/padrões, antes de tentar entendê-los plenamente, e o faz com base em seus impulsos/bases instintivas. Nesse aspecto poderíamos dizer que as pessoas que apresentam um predomínio dessa personalidade serão mais propensas a se assemelharem aos seres vivos não-humanos, justamente por suas cargas instintivas igualmente predominantes.
A cultura é um exemplo interessante para demonstrar as saliências de comportamento ou operacionalidade dos dois tipos de personalidade que estão sendo propostos aqui e com base nessa perspectiva ou ênfase.
Pessoas mais instintivas ou com maior predomínio da personalidade ativa são mais propensas a aderirem com rapidez à cultura ou sistema moral em que estão inseridas, por algumas razões: porque a cultura ou sub-culturas tendem a refleti-las, se elas já tendem a ser produtos desses ''ambientes abstratos''; porque tendem a ser menos definitivamente inteligentes, já que agem mais por impulso [conhecimento instintivo] do que por conhecimento, provavelmente por terem um menor caminho de desenvolvimento de seus cérebros.
Os critérios de adaptação são mais suspensos ou prováveis para aqueles com o predomínio de personalidade reativa, porque todos os ambientes tendem a apresentar os mesmos padrões ou padrões universais de constituição, já que são forjados e mantidos pelas mesmas leis, da física... e da física orgânica [dos organismos].
Os critérios de adaptação para os de personalidade [mais] ativa tendem a ser menos importantes especialmente se forem espécies mais generalistas, por exemplo, eucalipto, no caso do reino das plantas. No caso de espécies mais exóticas, os critérios serão extremamente importantes, porque isso dependerá de suas reais capacidades de adaptação e/ou sobrevivência.
No entanto os generalistas impulsivos ou tipicamente instintivos são os mais propensos a se exporem a toda sorte de riscos sem terem antes feito qualquer cálculo ou reflexão.
Os de personalidade [mais] reativa, no caso, claro, dos seres humanos, serão como ''generalistas mais reflexivos ou cautelosos''.
Personalidade ativa: reage à sua maneira, portanto mais estereotipada, especialmente ou fundamentalmente em relação ao comportamento. Nível mais baixo de adaptação ideal/ mais alto de ação e adaptação real/ relativamente maior vulnerabilidade para a conformidade social [especialmente em relação ao seu temperamento menos intenso: sanguíneo]
Observar padrões versus intuir com base nos próprios instintos
A personalidade reativa é mais propensa a observar padrões de maneira mais profunda e precisa antes de interagir, e isso basicamente se consiste em entender a realidade antes de passar para a ação.
Já a personalidade ativa é mais propensa ou, definitivamente caracterizada, por interagir com a realidade/padrões, antes de tentar entendê-los plenamente, e o faz com base em seus impulsos/bases instintivas. Nesse aspecto poderíamos dizer que as pessoas que apresentam um predomínio dessa personalidade serão mais propensas a se assemelharem aos seres vivos não-humanos, justamente por suas cargas instintivas igualmente predominantes.
A cultura é um exemplo interessante para demonstrar as saliências de comportamento ou operacionalidade dos dois tipos de personalidade que estão sendo propostos aqui e com base nessa perspectiva ou ênfase.
Pessoas mais instintivas ou com maior predomínio da personalidade ativa são mais propensas a aderirem com rapidez à cultura ou sistema moral em que estão inseridas, por algumas razões: porque a cultura ou sub-culturas tendem a refleti-las, se elas já tendem a ser produtos desses ''ambientes abstratos''; porque tendem a ser menos definitivamente inteligentes, já que agem mais por impulso [conhecimento instintivo] do que por conhecimento, provavelmente por terem um menor caminho de desenvolvimento de seus cérebros.
Os critérios de adaptação são mais suspensos ou prováveis para aqueles com o predomínio de personalidade reativa, porque todos os ambientes tendem a apresentar os mesmos padrões ou padrões universais de constituição, já que são forjados e mantidos pelas mesmas leis, da física... e da física orgânica [dos organismos].
Os critérios de adaptação para os de personalidade [mais] ativa tendem a ser menos importantes especialmente se forem espécies mais generalistas, por exemplo, eucalipto, no caso do reino das plantas. No caso de espécies mais exóticas, os critérios serão extremamente importantes, porque isso dependerá de suas reais capacidades de adaptação e/ou sobrevivência.
No entanto os generalistas impulsivos ou tipicamente instintivos são os mais propensos a se exporem a toda sorte de riscos sem terem antes feito qualquer cálculo ou reflexão.
Os de personalidade [mais] reativa, no caso, claro, dos seres humanos, serão como ''generalistas mais reflexivos ou cautelosos''.
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Espectro da ação/reação --- instinto-deliberação/auto-consciência... personalidade unipolar eufórica -- personalidade unipolar depressiva e quatro temperamentos
Dos temperamentos mais ativos para os mais reativos
Colérico, sanguíneo, fleumático, melancólico
Da personalidade unipolar eufórica [TDAH*] à personalidade unipolar depressiva ou depressão**
Colérico, sanguíneo, fleumático, melancólico
Da personalidade unipolar eufórica [TDAH*] à personalidade unipolar depressiva ou depressão**
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domingo, 12 de março de 2017
Lógica, racionalidade, sabedoria e o espectro da ação e reação.... Lei da proporcionalidade comportamental: Mais rápida para a lógica e mais lenta porém apurada para a sabedoria...
+ Nível de realismo
Novamente, a ideia de completude perceptiva.
A lógica parte e se finaliza quase pelo instinto, ou de maneira predominante.
Racionalidade e sabedoria principiam pelo instinto mas a partir de então continuam a pensar, e portanto a questioná-lo, se aquilo que concluiu sempre será o certo.
A lógica pouco desafia o instinto pois permanece em níveis muito similares ao dos seres vivos não-humanos, isto é, moralmente simplista ou pragmaticamente utilitário.
Ao contrário do que tem se acreditado, os seres vivos não-humanos estão muito mais atomizados da realidade do que o ser humano, ainda que evidentemente existam tipos [demograficamente predominantes) de nossa espécie que apenas repetirão a regra no reino da vida não-humana.
Atomizados por seus instintos, os seres vivos não-humanos agem com base em suas necessidades existenciais mais agudas, e portanto percebem o mundo de maneira hiper-egoísta ou hiper-centrada. Evidente que a realidade não é apenas ou especialmente aquilo que percebemos dela ou de acordo com que a interpretamos. No entanto esta é a regra quase ou absoluta do reino dos seres vivos não-humanos e também da maioria dos seres humanos.
O instinto nos atomiza de uma compreensão mais profunda e abrangente da realidade (aquilo que se relaciona e que não se relaciona diretamente a nós) porque com ele, centralizamos as nossas percepções em nós mesmos, ao contrário da sabedoria que principia pelo ser, mas que não termina por ele. E na verdade o próprio aprofundamento na introspecção tende a mostrar-se impossível em um cenário de hegemonia instintiva no organismo ou ser vivo.
Portanto a ideia proto-filosófico de que os seres vivos não-humanos são mais realistas que os seres humanos, a meu ver, não se sustenta, porque na verdade eles estão ainda mais atomizados do que nós, dragados por seus instintos. O que nos passa a impressão de serem mais realistas é justamente pelo fato de estarem sempre lutando diretamente por suas vidas, enquanto que a inteligência humana tem conseguido reduzir este embate direto, esta luta apressada e constante pela sobrevivência, maximizando ainda que porcamente as nossas seguranças quanto ao desafio da vida.
É interessante pensar que isso possa ser comparado ao famoso eufemismo pós-moderno e urbano que está presente no Brasil em que, é comum chamar uma mulher trabalhadora, negra ou parda, pobre e com vários problemas tradicionalmente atrelados à sua condição social, de ''guerreira''. No entanto, talvez, se ela fosse menos instintiva, como geralmente acontece nesses casos, ela não teria constituído família tão cedo em sua vida, que com certeza responde por muitos dos seus desafios diários e que por sua vez lhe faz ser chamada de ''guerreira''. Ela de fato ''se vira nos 30'', e isso é admirável. No entanto, não será ''preventivamente'' admirável, mas paliativamente falando. O mesmo acontece com os seres vivos não-humanos [e também com a maioria dos seres humanos) que ''se adaptam'' de maneira paliativa/ curto prazo, por serem mais instintivos e menos deliberados em suas capacidades analíticas.
Muitos poderiam dizer que uma mulher urbana e ''guerreira' como esta será mais realista do que um pensador como eu. No entanto, na verdade estamos falando de níveis de auto e consciência ou conhecimento em relação ao contexto social, econômico e cultural em que se vive. Por saber que o sistema em que vivo é extremamente corrupto e injusto eu titubeio em me adaptar a ele de maneira ''normal''. Em compensação esta ''guerreira'' desde sempre aceitou as regras do sistema, mesmo à revelia, e a sua vontade instintiva, delineando as suas atitudes, a colocou em uma situação que se assemelha à regra no reino natural não-humano, de tentar sobreviver a cada dia.
Quando o nível de atomização à realidade se reduz passamos a agir ou a buscar agir de maneira mais proporcional, ao invés de distorcida, ou que é fortemente influenciada pelo instinto. Nos tornamos mais íntimos da realidade, e se formos mais introspectivos e mentalistas, então passaremos a ter a proporcionalidade comportamental como regra de ouro em nossas interações.
A lógica, apossada pelo instinto não-social, busca emular o suposto realismo da cadeia alimentar não-humana, se esquecendo que eles, os outros seres vivos, estão ainda mais atomizadas da realidade, menos íntimos dela. A ação e reação em um cenário lógico, não obedece à sua lei física, pois o instinto distorce a macro-compreensão factual, centralizando-a em si mesmo, ao invés de partir de si mesmo. A auto-projeção é inevitável, o que não é inevitável é a possibilidade de se bloqueá-la ou de se tentar entendê-la. Maior a racionalidade e sabedoria maior é a simetria de interação entre o ser, humano, e o seu ambiente de vivência, porque será menos atomizado desta relação franca, e menos centrado em si mesmo. É como se, metaforicamente falando, existisse um relógio da realidade, fora dos seres vivos, e relógios, dentro de nós. Em um cenário instintivo, o relógio interno, nossos relógios, marca uma hora que é diferente do relógio externo, da realidade. Em um cenário racional/ a sábio, os relógios interno e externo marcam horas e minutos muito mais parecidos, mais próximos. As formas de vida mais primitivas, dentro desta tentativa de visualização metafórica da relação do ser com o seu ambiente de vivência, apresentariam os relógios internos mais dissociados do relógio externo da realidade, único e universal.
Se uma pessoa age de uma certa maneira comigo, eu, racionalmente, retribuirei. Se eu fosse mais instintivo então eu provavelmente reagiria de acordo com as minhas possibilidades reativas, tendo a regra de ouro apenas como uma dessas possibilidades. Os mais lógicos tendem a acessar os seus instintos não-sociais e a reagirem também com base naquilo que eles emanam ou lhes determinam. Os mais sociais acessarão os seus instintos sociais. Novamente, as chances que aconteça uma proporcionalidade comportamental serão maiores para o primeiro caso, especialmente se os dois elementos em interação forem da mesma natureza.
Tal como acontece na natureza, por causa de uma grande intimidade com a realidade, sábios e [verdadeiramente) mais racionais apenas reagirão ou ao menos pensarão primordialmente em agir de maneira proporcional, enquanto que com uma carga instintiva muito pesada, esta simples proporção será pouco provável de ser plenamente requisitada e efetuada, porque dependerá das atribuições feitas pelo instinto. Percebam que o instinto funciona como uma barreira, um pedágio entre o ser e o seu campo de vivência, de interação e de compreensão factual. Este filtro, em um cenário hipoteticamente ideal, não existirá ou será de excelente qualidade, no caso dos mais racionais e sábios.
Um exemplo. Você foge de uma zona de guerra ou de um país em frangalhos para viver em um país de primeiríssimo mundo, com tudo ao seu dispor, casa doada pelo governo, um monte de pessoas querendo te ajudar a se adaptar e ainda por cima algumas delas querendo se casar com você, especialmente se lhes forem de bom grado. Estão te oferecendo mel e ouro e no entanto, porque você não é racional, simplesmente renega tudo isso, não por ser abnegado, mas porque os seus impulsos instintivos interpretam por eles mesmos que toda esta bondade na verdade se consiste em uma oportunidade para parasitar, para fazer o que quiser, por exemplo, estuprar mulheres, cometer atos ilícitos, etc... Você também pode ser dragado pelo besteirol religioso e re-interpretar aquilo que parece instantaneamente fácil de se perceber, de uma maneira bastante distorcida e ainda por cima contraproducente pra si mesmo.
O instinto excessivo com o seu piloto automático não nos faz pensar na realidade para buscar entendê-la e tirar o melhor proveito dela, porque a única verdade que existe neste cenário é aquela que está sendo determinada por ele.
O racional e o sábio apresentam grande potencial de adaptação exatamente por emularem a lei física da ação e reação ainda que ''um passarinho não faz verão'' e portanto em um ambiente coletivo, os indivíduos sozinhos não fazem nada, não são capazes de fazerem nada, sem antes terem movido as massas.
Portanto é isso. O único realismo que realmente existe só pode ser acessado por agora pelo ser humano porque todos os outros seres vivos encontrar-se-ão sobrepujados por seus instintos, distorcendo esta relação franca e mais aprofundada entre o ser e o ambiente de vivência.
Novamente, a ideia de completude perceptiva.
A lógica parte e se finaliza quase pelo instinto, ou de maneira predominante.
Racionalidade e sabedoria principiam pelo instinto mas a partir de então continuam a pensar, e portanto a questioná-lo, se aquilo que concluiu sempre será o certo.
A lógica pouco desafia o instinto pois permanece em níveis muito similares ao dos seres vivos não-humanos, isto é, moralmente simplista ou pragmaticamente utilitário.
Ao contrário do que tem se acreditado, os seres vivos não-humanos estão muito mais atomizados da realidade do que o ser humano, ainda que evidentemente existam tipos [demograficamente predominantes) de nossa espécie que apenas repetirão a regra no reino da vida não-humana.
Atomizados por seus instintos, os seres vivos não-humanos agem com base em suas necessidades existenciais mais agudas, e portanto percebem o mundo de maneira hiper-egoísta ou hiper-centrada. Evidente que a realidade não é apenas ou especialmente aquilo que percebemos dela ou de acordo com que a interpretamos. No entanto esta é a regra quase ou absoluta do reino dos seres vivos não-humanos e também da maioria dos seres humanos.
O instinto nos atomiza de uma compreensão mais profunda e abrangente da realidade (aquilo que se relaciona e que não se relaciona diretamente a nós) porque com ele, centralizamos as nossas percepções em nós mesmos, ao contrário da sabedoria que principia pelo ser, mas que não termina por ele. E na verdade o próprio aprofundamento na introspecção tende a mostrar-se impossível em um cenário de hegemonia instintiva no organismo ou ser vivo.
Portanto a ideia proto-filosófico de que os seres vivos não-humanos são mais realistas que os seres humanos, a meu ver, não se sustenta, porque na verdade eles estão ainda mais atomizados do que nós, dragados por seus instintos. O que nos passa a impressão de serem mais realistas é justamente pelo fato de estarem sempre lutando diretamente por suas vidas, enquanto que a inteligência humana tem conseguido reduzir este embate direto, esta luta apressada e constante pela sobrevivência, maximizando ainda que porcamente as nossas seguranças quanto ao desafio da vida.
É interessante pensar que isso possa ser comparado ao famoso eufemismo pós-moderno e urbano que está presente no Brasil em que, é comum chamar uma mulher trabalhadora, negra ou parda, pobre e com vários problemas tradicionalmente atrelados à sua condição social, de ''guerreira''. No entanto, talvez, se ela fosse menos instintiva, como geralmente acontece nesses casos, ela não teria constituído família tão cedo em sua vida, que com certeza responde por muitos dos seus desafios diários e que por sua vez lhe faz ser chamada de ''guerreira''. Ela de fato ''se vira nos 30'', e isso é admirável. No entanto, não será ''preventivamente'' admirável, mas paliativamente falando. O mesmo acontece com os seres vivos não-humanos [e também com a maioria dos seres humanos) que ''se adaptam'' de maneira paliativa/ curto prazo, por serem mais instintivos e menos deliberados em suas capacidades analíticas.
Muitos poderiam dizer que uma mulher urbana e ''guerreira' como esta será mais realista do que um pensador como eu. No entanto, na verdade estamos falando de níveis de auto e consciência ou conhecimento em relação ao contexto social, econômico e cultural em que se vive. Por saber que o sistema em que vivo é extremamente corrupto e injusto eu titubeio em me adaptar a ele de maneira ''normal''. Em compensação esta ''guerreira'' desde sempre aceitou as regras do sistema, mesmo à revelia, e a sua vontade instintiva, delineando as suas atitudes, a colocou em uma situação que se assemelha à regra no reino natural não-humano, de tentar sobreviver a cada dia.
Quando o nível de atomização à realidade se reduz passamos a agir ou a buscar agir de maneira mais proporcional, ao invés de distorcida, ou que é fortemente influenciada pelo instinto. Nos tornamos mais íntimos da realidade, e se formos mais introspectivos e mentalistas, então passaremos a ter a proporcionalidade comportamental como regra de ouro em nossas interações.
A lógica, apossada pelo instinto não-social, busca emular o suposto realismo da cadeia alimentar não-humana, se esquecendo que eles, os outros seres vivos, estão ainda mais atomizadas da realidade, menos íntimos dela. A ação e reação em um cenário lógico, não obedece à sua lei física, pois o instinto distorce a macro-compreensão factual, centralizando-a em si mesmo, ao invés de partir de si mesmo. A auto-projeção é inevitável, o que não é inevitável é a possibilidade de se bloqueá-la ou de se tentar entendê-la. Maior a racionalidade e sabedoria maior é a simetria de interação entre o ser, humano, e o seu ambiente de vivência, porque será menos atomizado desta relação franca, e menos centrado em si mesmo. É como se, metaforicamente falando, existisse um relógio da realidade, fora dos seres vivos, e relógios, dentro de nós. Em um cenário instintivo, o relógio interno, nossos relógios, marca uma hora que é diferente do relógio externo, da realidade. Em um cenário racional/ a sábio, os relógios interno e externo marcam horas e minutos muito mais parecidos, mais próximos. As formas de vida mais primitivas, dentro desta tentativa de visualização metafórica da relação do ser com o seu ambiente de vivência, apresentariam os relógios internos mais dissociados do relógio externo da realidade, único e universal.
Se uma pessoa age de uma certa maneira comigo, eu, racionalmente, retribuirei. Se eu fosse mais instintivo então eu provavelmente reagiria de acordo com as minhas possibilidades reativas, tendo a regra de ouro apenas como uma dessas possibilidades. Os mais lógicos tendem a acessar os seus instintos não-sociais e a reagirem também com base naquilo que eles emanam ou lhes determinam. Os mais sociais acessarão os seus instintos sociais. Novamente, as chances que aconteça uma proporcionalidade comportamental serão maiores para o primeiro caso, especialmente se os dois elementos em interação forem da mesma natureza.
Tal como acontece na natureza, por causa de uma grande intimidade com a realidade, sábios e [verdadeiramente) mais racionais apenas reagirão ou ao menos pensarão primordialmente em agir de maneira proporcional, enquanto que com uma carga instintiva muito pesada, esta simples proporção será pouco provável de ser plenamente requisitada e efetuada, porque dependerá das atribuições feitas pelo instinto. Percebam que o instinto funciona como uma barreira, um pedágio entre o ser e o seu campo de vivência, de interação e de compreensão factual. Este filtro, em um cenário hipoteticamente ideal, não existirá ou será de excelente qualidade, no caso dos mais racionais e sábios.
Um exemplo. Você foge de uma zona de guerra ou de um país em frangalhos para viver em um país de primeiríssimo mundo, com tudo ao seu dispor, casa doada pelo governo, um monte de pessoas querendo te ajudar a se adaptar e ainda por cima algumas delas querendo se casar com você, especialmente se lhes forem de bom grado. Estão te oferecendo mel e ouro e no entanto, porque você não é racional, simplesmente renega tudo isso, não por ser abnegado, mas porque os seus impulsos instintivos interpretam por eles mesmos que toda esta bondade na verdade se consiste em uma oportunidade para parasitar, para fazer o que quiser, por exemplo, estuprar mulheres, cometer atos ilícitos, etc... Você também pode ser dragado pelo besteirol religioso e re-interpretar aquilo que parece instantaneamente fácil de se perceber, de uma maneira bastante distorcida e ainda por cima contraproducente pra si mesmo.
O instinto excessivo com o seu piloto automático não nos faz pensar na realidade para buscar entendê-la e tirar o melhor proveito dela, porque a única verdade que existe neste cenário é aquela que está sendo determinada por ele.
O racional e o sábio apresentam grande potencial de adaptação exatamente por emularem a lei física da ação e reação ainda que ''um passarinho não faz verão'' e portanto em um ambiente coletivo, os indivíduos sozinhos não fazem nada, não são capazes de fazerem nada, sem antes terem movido as massas.
Portanto é isso. O único realismo que realmente existe só pode ser acessado por agora pelo ser humano porque todos os outros seres vivos encontrar-se-ão sobrepujados por seus instintos, distorcendo esta relação franca e mais aprofundada entre o ser e o ambiente de vivência.
domingo, 19 de fevereiro de 2017
Desculpe meu caro professor mas o senhor ou a senhora não ensinam NADA, apenas se o aluno quiser aprender...
Ação e reação...
Ação: o professor passa a matéria no quadro e a explica aos alunos.
Reação: os alunos leem a matéria ou ouvem o professor e a/o entendem, ou não.
Ao invés de pensarem na ideia de ''transferência de conhecimento'' acho melhor começarem a olhar para a ideia de ''empatia cognitiva contagiosa, do professor para o aluno'', de conseguir contagiar o aluno com a sua demonstração de paixão e ainda que ele lhe seja ''cognitivamente empático'' tendo o mesmo nível quantitativo [ou acima] e tipo similar de estilo [tipo de capacidade que influencia em nossos ''gostos cognitivos'']. Isso explica porque uma aluna que é mais talentoso na parte verbal será mais propensa a se dar melhor neste aspecto e em especial quando tem uma professora ou um professor igualmente inteligente e ainda que tenham simpatia mútua.
O princípio do aprendizado dá-se-ia por meio de um genuíno contágio benigno, ou não, uma espécie de auto-tatuagem de parte do conhecimento que foi apreendido e cravado ''na pele'', de uma nano-biografia cognitiva ou intelectual autorizada. Isto é, quando o aluno olha para o que está sendo passado no quadro ou 'explicado através do seu livro didático [e supérfluo] e sente empatia ou conexão com isso a ponto de internalizá-lo mesmo sem ter plena consciência de sua internalização.
O aprendizado tem como bases reais a capacidade de diferenciar fatos e seus tipos, de factoides e seus tipos [compreensão factual], desde os mais difíceis de serem percebidos até aos mais evidentes, em que geralmente tenderão a ser confundidos com fatos mais por razões psicológicas [fraqueza psicológica] do que por razões puramente cognitivas [ diferentes tipos e níveis de capacidades cognitivas ou incompatibilidade entre o conhecimento/conjunto de padrões coerentes a incoerentes e o ser, especialmente o ser humano, o mais autoconsciente de todos os seres vivos terráqueos].
Até poderíamos dizer que a maioria dos casos de apofenia de natureza psicológica, isto é, que foi causada por alguma fraqueza psicológica, implícita ou mais explícita, são reações protetivas do organismo [humano] para evitar o confronto direto com a realidade ou basicamente o realismo, seja para evitar a depressão existencial [e a partir daí a grande maioria das religiões nascem, desta tendência e necessidade humanas de evitar o confronto direto com a realidade}, seja para justificar os próprios atos, quando a crença [não necessariamente religiosa] surge exatamente deste viés, e neste caso temos o exemplo do ''carnismo'' ou do hábito de comer ''carne'', MESMO quando se dão conta que o mesmo tem implicações morais e práticas (mega-indústria que escraviza milhões de seres vivos para servirem de prato para ''nós', etc). Em ambos os casos acontece um caso de fuga de um confronto direto com a realidade que não querem aceitar, mas por motivações distintas, porque no primeiro se dará como medida protetiva contra a depressão [existencial ou melancolia] e no segundo se dará como medida protetiva contra a autoconsciência do próprio egoísmo, se tendemos a nos pintar como seres muito mais maravilhosos e consistentemente corretos, do que realmente somos.
Portanto sem empatia cognitiva, literalmente falando, sem similaridades de nível quantitativo e qualitativo, entre o cérebro do professor e o cérebro do aluno, não haverá ''transferência do conhecimento'' ou este se fará a conta-gotas. Não é o professor quem ensina, é o aluno que/m grava [parte d]aquilo que o professor lhe passou ou não. A posição do professor me parece bem mais passiva do que a maioria deles tendem a acreditar mas ainda me parece que são muito necessários, um pouco menos para os alunos mais inteligentes, especialmente quando desenvolvem métodos mais práticos para passar a matéria, em outras palavras, quando são mais criativos. No mais é isso, o professor age, lecionando, e o aluno reage, apreendendo [primeira etapa para o aprender], nem tanto ou um seco não.
Ação: o professor passa a matéria no quadro e a explica aos alunos.
Reação: os alunos leem a matéria ou ouvem o professor e a/o entendem, ou não.
Ao invés de pensarem na ideia de ''transferência de conhecimento'' acho melhor começarem a olhar para a ideia de ''empatia cognitiva contagiosa, do professor para o aluno'', de conseguir contagiar o aluno com a sua demonstração de paixão e ainda que ele lhe seja ''cognitivamente empático'' tendo o mesmo nível quantitativo [ou acima] e tipo similar de estilo [tipo de capacidade que influencia em nossos ''gostos cognitivos'']. Isso explica porque uma aluna que é mais talentoso na parte verbal será mais propensa a se dar melhor neste aspecto e em especial quando tem uma professora ou um professor igualmente inteligente e ainda que tenham simpatia mútua.
O princípio do aprendizado dá-se-ia por meio de um genuíno contágio benigno, ou não, uma espécie de auto-tatuagem de parte do conhecimento que foi apreendido e cravado ''na pele'', de uma nano-biografia cognitiva ou intelectual autorizada. Isto é, quando o aluno olha para o que está sendo passado no quadro ou 'explicado através do seu livro didático [e supérfluo] e sente empatia ou conexão com isso a ponto de internalizá-lo mesmo sem ter plena consciência de sua internalização.
O aprendizado tem como bases reais a capacidade de diferenciar fatos e seus tipos, de factoides e seus tipos [compreensão factual], desde os mais difíceis de serem percebidos até aos mais evidentes, em que geralmente tenderão a ser confundidos com fatos mais por razões psicológicas [fraqueza psicológica] do que por razões puramente cognitivas [ diferentes tipos e níveis de capacidades cognitivas ou incompatibilidade entre o conhecimento/conjunto de padrões coerentes a incoerentes e o ser, especialmente o ser humano, o mais autoconsciente de todos os seres vivos terráqueos].
Até poderíamos dizer que a maioria dos casos de apofenia de natureza psicológica, isto é, que foi causada por alguma fraqueza psicológica, implícita ou mais explícita, são reações protetivas do organismo [humano] para evitar o confronto direto com a realidade ou basicamente o realismo, seja para evitar a depressão existencial [e a partir daí a grande maioria das religiões nascem, desta tendência e necessidade humanas de evitar o confronto direto com a realidade}, seja para justificar os próprios atos, quando a crença [não necessariamente religiosa] surge exatamente deste viés, e neste caso temos o exemplo do ''carnismo'' ou do hábito de comer ''carne'', MESMO quando se dão conta que o mesmo tem implicações morais e práticas (mega-indústria que escraviza milhões de seres vivos para servirem de prato para ''nós', etc). Em ambos os casos acontece um caso de fuga de um confronto direto com a realidade que não querem aceitar, mas por motivações distintas, porque no primeiro se dará como medida protetiva contra a depressão [existencial ou melancolia] e no segundo se dará como medida protetiva contra a autoconsciência do próprio egoísmo, se tendemos a nos pintar como seres muito mais maravilhosos e consistentemente corretos, do que realmente somos.
Portanto sem empatia cognitiva, literalmente falando, sem similaridades de nível quantitativo e qualitativo, entre o cérebro do professor e o cérebro do aluno, não haverá ''transferência do conhecimento'' ou este se fará a conta-gotas. Não é o professor quem ensina, é o aluno que/m grava [parte d]aquilo que o professor lhe passou ou não. A posição do professor me parece bem mais passiva do que a maioria deles tendem a acreditar mas ainda me parece que são muito necessários, um pouco menos para os alunos mais inteligentes, especialmente quando desenvolvem métodos mais práticos para passar a matéria, em outras palavras, quando são mais criativos. No mais é isso, o professor age, lecionando, e o aluno reage, apreendendo [primeira etapa para o aprender], nem tanto ou um seco não.
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
Personalidade é a média de nossos temperamentos que são expressados por meio das emoções que se consistem em nossas reações às interações com a realidade... Portanto a personalidade é uma reação-padrão à realidade
O ambiente é o primeiro agente da ação e somos sempre de reativos, pois estamos imersos dentro de seu ''corpo''.
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domingo, 11 de setembro de 2016
Ação e reação para o comportamento ... parece livre arbítrio, mas é só ''complexidade'
Ação primária (causalidade comportamental universal)
x causa y
Reação secundária (correlação comportamental)
x porque (x,y,z) causa y
Mais uma maneira para falar sobre epicentro conceitual/semântico...
O que é esquizofrenia**
A maioria deve ter alguma noção minimamente correta sobre o que se consiste a esquizofrenia.
O que a esquizofrenia causa**
Também podemos ter alguma noção minimamente correta sobre o que a esquizofrenia quase sempre causa em seus portadores. No entanto, podemos nos confundir na hora de separar os efeitos diretos e as correlações. Alguns comportamentos são basicamente a manifestação dos seus conceitos.
A esquizofrenia causa o comportamento violento*
Apesar da correlação positiva entre esquizofrenia e comportamento violento, a esquizofrenia em si não tem como um de seus efeitos direitos ou ação primária a violência e portanto se consiste em uma correlação. Neste caso, a violência se consistirá em uma possível reação secundária da esquizofrenia, isto é, daquele que for esquizofrênico.
Todos os sintomas ou traços mórbidos que determinam, que definem a esquizofrenia poderão ser denominados de ''ações primárias''.
Deste modo nós poderemos reduzir o estigma social daqueles que sofrem de qualquer transtorno mental que não seja epicentricamente anti-social e sem precisar apelar pela ''compaixão'' que muitas vezes mais atrapalhará do que ajudará ao colocar-se como ''inimiga da verdade factual''. ''Mentiras' brancas podem ser úteis desde que sejam corretamente alocadas dentro de uma certa estratégia mas sem afetar a compreensão factual.
A ação primária é uma causalidade intrínseca ou universalidade.
A reação secundária é uma correlação, quando ao invés da causalidade intrínseca ou direta entre o ser e a sua expressão, ocorre uma causalidade indireta ou apenas correlação.
Portanto, por exemplo, alucinações ou mania de perseguição se consistem em produtos diretos/ações primárias da esquizofrenia ou do espectro maior da esquizofrenia. São os sintomas ou traços que definem uma ''construção comportamental'', como a esquizofrenia.
E qualquer tipo de comportamento violento que for praticado por um indivíduo esquizofrênico não terá como causa primária a sua condição, mas uma combinação de variáveis logicamente relacionadas conspirando para este ou aquele fim, como mostrei acima,
x porque (x,y,z) pode causar ou causa y
Como tudo pode ser transformado em um espectro então é possível encontrarmos uma condição de ''causa e efeito'' intermediária entre a causalidade intrínseca e a correlação.
No caso dos transtornos de personalidade anti-social e mais especificamente da psicopatia, a relação entre esta condição e o comportamento violento não será nem totalmente causal, como no caso da esquizofrenia e das alucinações (dentre elas as alucinações ideacionais como ''mania injustificada de perseguição''), nem totalmente correlativo, ou mais distanciado do seu epicentro, porque existe grande probabilidade que um indivíduo psicopata aja de maneira violenta em algum momento de sua vida ou mesmo de maneira constante. A psicopatia não tem como causalidade intrínseca a violência, mas se aproxima em demasia de se consistir em um sintoma, em uma ação primária, direta. Uma das razões para esta situação pode ser encontrada na própria natureza do ''ato violento'' assim como também da natureza humana em que causalidades comportamentais absolutamente predatórias costumam ser bastante raras.
A ação primária é uma manifestação da intrinsicabilidade, pois se consiste na expressão direta da forma.
A reação secundária se consiste na expressão indireta, possível da forma.
Também podemos diferenciá-las de acordo com o grau de probabilidade em que a ação primária apresentará grande a quase-absoluta chance de se manifestar, por exemplo, os sintomas que caracterizam a esquizofrenia, e em contraste com a reação secundária, novamente por meio exemplificado da correlação entre a esquizofrenia e o comportamento violento, em que as probabilidades de que x cause y, diretamente, serão menores e dependerão de outras variáveis. O comportamento se divide então em ações primárias, isto é, em expressões intrínsecas do ser, e reações secundárias, em que, ao interagirem com o seu meio, os seres caminharão para reagirem, isto é, modificando de alguma forma as suas ações primárias ou expressões intrínsecas, tendo como resultado produtos secundários aos comportamentos essenciais, que se iniciam pelos movimentos involuntários dos organismos, passam pelas ações primárias até chegarem às reações secundárias.
Pode-se dizer que x se expresse em X1, ou que a esquizofrenia se expresse por meio de alucinações assim como também que possa ter como reações secundárias o comportamento violento.
O ser humano por ser dos seres vivos mais geneticamente recombinantes/individuais e complexos tende a crer que possua o ''livre arbítrio''. Parece livre arbítrio mas é apenas a sua ''complexidade' e vinculada ao seu ''arbítrio'', isto é, à sua capacidade de escolha limitada às suas características intrínsecas, que estão mais individualmente complexas do que as características de outros seres vivos, sem falar na própria autoconsciência que já apareceria como uma espécie de uma fator a parte que compõe a sua personalidade.
Voltando à lógica da hierarquia epicêntrica do comportamento, o mesmo encontrar-se-ia absolutamente vinculado ao seu epicentro, forma ou organismo. Quanto mais distante do epicentro, do núcleo, maiores serão as combinações extrínsecas ao ser, resultando em comportamentos mais complexos, diversos e dotados de maior influência ambiental, do cenário em que todos os seres vivos encontram-se subordinados ainda que intrinsecamente mais livres.
x causa y
Reação secundária (correlação comportamental)
x porque (x,y,z) causa y
Mais uma maneira para falar sobre epicentro conceitual/semântico...
O que é esquizofrenia**
A maioria deve ter alguma noção minimamente correta sobre o que se consiste a esquizofrenia.
O que a esquizofrenia causa**
Também podemos ter alguma noção minimamente correta sobre o que a esquizofrenia quase sempre causa em seus portadores. No entanto, podemos nos confundir na hora de separar os efeitos diretos e as correlações. Alguns comportamentos são basicamente a manifestação dos seus conceitos.
A esquizofrenia causa o comportamento violento*
Apesar da correlação positiva entre esquizofrenia e comportamento violento, a esquizofrenia em si não tem como um de seus efeitos direitos ou ação primária a violência e portanto se consiste em uma correlação. Neste caso, a violência se consistirá em uma possível reação secundária da esquizofrenia, isto é, daquele que for esquizofrênico.
Todos os sintomas ou traços mórbidos que determinam, que definem a esquizofrenia poderão ser denominados de ''ações primárias''.
Deste modo nós poderemos reduzir o estigma social daqueles que sofrem de qualquer transtorno mental que não seja epicentricamente anti-social e sem precisar apelar pela ''compaixão'' que muitas vezes mais atrapalhará do que ajudará ao colocar-se como ''inimiga da verdade factual''. ''Mentiras' brancas podem ser úteis desde que sejam corretamente alocadas dentro de uma certa estratégia mas sem afetar a compreensão factual.
A ação primária é uma causalidade intrínseca ou universalidade.
A reação secundária é uma correlação, quando ao invés da causalidade intrínseca ou direta entre o ser e a sua expressão, ocorre uma causalidade indireta ou apenas correlação.
Portanto, por exemplo, alucinações ou mania de perseguição se consistem em produtos diretos/ações primárias da esquizofrenia ou do espectro maior da esquizofrenia. São os sintomas ou traços que definem uma ''construção comportamental'', como a esquizofrenia.
E qualquer tipo de comportamento violento que for praticado por um indivíduo esquizofrênico não terá como causa primária a sua condição, mas uma combinação de variáveis logicamente relacionadas conspirando para este ou aquele fim, como mostrei acima,
x porque (x,y,z) pode causar ou causa y
Como tudo pode ser transformado em um espectro então é possível encontrarmos uma condição de ''causa e efeito'' intermediária entre a causalidade intrínseca e a correlação.
No caso dos transtornos de personalidade anti-social e mais especificamente da psicopatia, a relação entre esta condição e o comportamento violento não será nem totalmente causal, como no caso da esquizofrenia e das alucinações (dentre elas as alucinações ideacionais como ''mania injustificada de perseguição''), nem totalmente correlativo, ou mais distanciado do seu epicentro, porque existe grande probabilidade que um indivíduo psicopata aja de maneira violenta em algum momento de sua vida ou mesmo de maneira constante. A psicopatia não tem como causalidade intrínseca a violência, mas se aproxima em demasia de se consistir em um sintoma, em uma ação primária, direta. Uma das razões para esta situação pode ser encontrada na própria natureza do ''ato violento'' assim como também da natureza humana em que causalidades comportamentais absolutamente predatórias costumam ser bastante raras.
A ação primária é uma manifestação da intrinsicabilidade, pois se consiste na expressão direta da forma.
A reação secundária se consiste na expressão indireta, possível da forma.
Também podemos diferenciá-las de acordo com o grau de probabilidade em que a ação primária apresentará grande a quase-absoluta chance de se manifestar, por exemplo, os sintomas que caracterizam a esquizofrenia, e em contraste com a reação secundária, novamente por meio exemplificado da correlação entre a esquizofrenia e o comportamento violento, em que as probabilidades de que x cause y, diretamente, serão menores e dependerão de outras variáveis. O comportamento se divide então em ações primárias, isto é, em expressões intrínsecas do ser, e reações secundárias, em que, ao interagirem com o seu meio, os seres caminharão para reagirem, isto é, modificando de alguma forma as suas ações primárias ou expressões intrínsecas, tendo como resultado produtos secundários aos comportamentos essenciais, que se iniciam pelos movimentos involuntários dos organismos, passam pelas ações primárias até chegarem às reações secundárias.
Pode-se dizer que x se expresse em X1, ou que a esquizofrenia se expresse por meio de alucinações assim como também que possa ter como reações secundárias o comportamento violento.
O ser humano por ser dos seres vivos mais geneticamente recombinantes/individuais e complexos tende a crer que possua o ''livre arbítrio''. Parece livre arbítrio mas é apenas a sua ''complexidade' e vinculada ao seu ''arbítrio'', isto é, à sua capacidade de escolha limitada às suas características intrínsecas, que estão mais individualmente complexas do que as características de outros seres vivos, sem falar na própria autoconsciência que já apareceria como uma espécie de uma fator a parte que compõe a sua personalidade.
Voltando à lógica da hierarquia epicêntrica do comportamento, o mesmo encontrar-se-ia absolutamente vinculado ao seu epicentro, forma ou organismo. Quanto mais distante do epicentro, do núcleo, maiores serão as combinações extrínsecas ao ser, resultando em comportamentos mais complexos, diversos e dotados de maior influência ambiental, do cenário em que todos os seres vivos encontram-se subordinados ainda que intrinsecamente mais livres.
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