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quarta-feira, 23 de agosto de 2017
O sábio experiencia toda a verdade/factualidade da espinha dorsal...
... da macro-realidade, enquanto que é de extrema frequência o mais semanticamente inteligente assim como também os demais vivenciarem alternatividades em relação aos aspectos mais salientes ou onipresentes da percepção humana e objetiva/universal.
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sexta-feira, 18 de agosto de 2017
Excesso de imaginação: esquizofrenia e mentira patológica
Aquele que sente/percebe padrões onde não há/condição hiper imaginativa "passiva" ou involuntária/ (ação) primária [e em relação à verdade objetiva/concreta/imediata]
ou mesmo: criatividade patológica involuntária
Daquele que cria padrões onde não há/ condição hiper imaginativa "ativa" ou "voluntária"/ (reação) secundária [e em relação à verdade subjetiva/abstrata/buscada/ampliada]
ou mesmo: criatividade patológica voluntária
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
A estupidez///desordem começa pela fisiologia: por ex eu sou sexualmente estupido
Desordem é "estupidez"
A inteligência é a ordem e a ordem a partir da inteligência se consiste no reflexo perfeccionista da realidade exterior em que o organismo se encontra, visando com isso a sua adaptação e a sua sobrevivência.
A estupidez ou desordem não começa a se manifestar apenas pelo comportamento intelectual/reflexivo/reação secundária mas por meio da expressão das características intrínsecas do corpo ou da forma, por exemplo o desejo sexual. Neste caso o "auto-reflexo" faz-se aquém do "desejado' que se consiste na atração pelo sexo oposto tendo como finalidade a reprodução e a perpetuação da espécie. Se todos os seres humanos fossem apenas atraídos pelo mesmo sexo, em uma geração apenas, a humanidade se extinguiria (acho que isso não seria tão ruim assim, ;) ). Os traços mais desejáveis ou "inteligentes" são aqueles que serão ou que seriam benéficos se não para todos os indivíduos de uma espécie, ao menos para a sua maioria.
A distorção da percepção da realidade, desde a forma até a sua expressão, se consiste na "estupidez" ou desordem. Da ação primária [como no caso da sexualidade], passando pela verdade objetiva/ ação primária intelectual, e chegando à verdade subjetiva/abstrata/reação secundária intelectual.
A inteligência é a ordem e a ordem a partir da inteligência se consiste no reflexo perfeccionista da realidade exterior em que o organismo se encontra, visando com isso a sua adaptação e a sua sobrevivência.
A estupidez ou desordem não começa a se manifestar apenas pelo comportamento intelectual/reflexivo/reação secundária mas por meio da expressão das características intrínsecas do corpo ou da forma, por exemplo o desejo sexual. Neste caso o "auto-reflexo" faz-se aquém do "desejado' que se consiste na atração pelo sexo oposto tendo como finalidade a reprodução e a perpetuação da espécie. Se todos os seres humanos fossem apenas atraídos pelo mesmo sexo, em uma geração apenas, a humanidade se extinguiria (acho que isso não seria tão ruim assim, ;) ). Os traços mais desejáveis ou "inteligentes" são aqueles que serão ou que seriam benéficos se não para todos os indivíduos de uma espécie, ao menos para a sua maioria.
A distorção da percepção da realidade, desde a forma até a sua expressão, se consiste na "estupidez" ou desordem. Da ação primária [como no caso da sexualidade], passando pela verdade objetiva/ ação primária intelectual, e chegando à verdade subjetiva/abstrata/reação secundária intelectual.
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quinta-feira, 10 de agosto de 2017
O embate interior entre a desordem e a ordem mental como possível causa para uma maior autoconsciência?
A ordem mental é um conceito novo ou não, que foi proposto por mim, e não sei se sequer o descrevi de maneira sucinta. No mais, foi divergentemente elementar pra mim que, se existem desordens mentais, então é possível que possam existir ordens mentais. Ao contrário do embate normal versus mentalmente desordenado ou reordenado, eu acredito que o primeiro não se consista exatamente no antônimo do espectro das desordens da mente, porque ao invés de ser uma legítima ordem no sentido de vigor/potência e de qualidade, trata-se de um amalgamento indiscriminado tanto das virtudes quanto dos defeitos psicológicos e cognitivos.
Eu já falei que parece ser importante ter uma desordem mental de preferência não muito debilitante que possa servir como "desafio interior" ou intrapessoal, no caso da criatividade. Usei o aforismo: se eu nasço com um problema/desafio, ou eu o resolvo e possivelmente me transcendo, ou eu me tornarei o problema. Tem sido descoberto que o cérebro do mais criativo parece ser constituído tanto pelas características que compõem o cérebro do mais cognitivamente inteligente quanto pelas características que acabam aumentando a vulnerabilidade em cérebros menos saudáveis, e que tendem a resultar em transtornos mentais. Isso em relação à criatividade.
No entanto parece que não basta ter uma desordem, e no aspecto ou paisagem geral ainda ser normal [indiscriminada e invariavelmente amalgamado], porque isso tenderá a resultar na vitória da desordem sobre o resto. É tal como no caso de um país como a Suécia, metaforicamente falando, que tem uma desordem importada, nomeadamente de "imigrantes" ou de colonizadores, em sua maioria de muçulmanos, agressivos e férteis, e por outro lado tem uma população nativa treinada para não reagir ao assombro (((globalitário))) que ameaça a sua integridade, isto é, de conformistas ou ovelhas, fãs do grupo Abba e com cabelos platinados. Se a desordem é mais forte que a ordem então ela obviamente, a qualquer hora, vencerá esse embate. Mas se for o contrário então a ordem pode ser que consiga domesticar a desordem, de usá-la a seu favor.
Mas o que seria a ordem mental e especialmente a humana??? Nada mais do que, a priore, aquilo que faz o ser humano intelectualmente superior, de maneira onisciente/onipotente/onipresente, que é uma maior autoconsciência.
Mais autoconsciente se está, maior é o potencial para o autoconhecimento, e concomitantemente para uma maior liberdade de direcionamento ideacional e comportamental, que seria basicamente o verdadeiro conhecimento, ao menos em termos intrapessoais.
No entanto ao invés da autoconsciência como a ordem mental que luta contra a desordem, eu acredito que a mesma talvez possa ser pensada como o produto deste embate, quando a ordem mostra-se superior à desordem [especialmente quando existir uma desordem de fato].
A ordem mental seria então uma espécie de bússola instintiva que pende sempre para o "norte lógico", que parte desde a verdade ou realidade objetiva, concreta e imediata, até a certos confins da verdade subjetiva ou abstrata.
A autoconsciência despertaria quando houvesse ou começasse a ter este atrito entre a desordem e a ordem interior, aumentando a auto conversação ou introspecção, tal como ter "problemas vitalícios' que não serão totalmente solucionados, como elemento atiçador do pensamento divergente. A autoconsciência alargada porém incompleta ou mais especializada, resultaria no aumento da criatividade. Por outro lado uma autoconsciência alargada e mais holística, é possível de se resultar em uma maior racionalidade, porque o perfeccionismo da criatividade se tornaria generalizado, ainda que tendenciosamente mais reduzido em intensidade.
O modo ou estilo de pensamento lógico [uma espécie de senso comum a bom senso] seria então a ordem mental primária, ainda que, o "bem estar intrapessoal", uma espécie de "narcisismo significativo", em que a pessoa gosta de si mesma, independente de possíveis ou existentes traços comparativamente desfavoráveis, diferente do narcisismo típico, em que a pessoa se realiza fundamentalmente com base na exposição e aceitação pública predominante, também possa ser importante para torná-la ''bem-vinda'' dentro ''de si mesma'', para que então se torne mais introspectiva, porque parece ser comum o bloqueio natural para um maior auto-aprofundamento, não apenas no sentido do auto-conhecimento, mas também para a alienação positiva.
Ou também uma explicação ainda mais simples, em que a autoconsciência se consistiriaapenas em uma continuidade de expansão do alcance perceptivo, para a extrospecção e ''claro', também para a introspecção, especialmente em uma perspectiva global ou holística, a capacidade de perceber várias perspectivas, enquanto que, como já comentei, a maioria dos seres vivos não-humanos seriam muito mais perceptivamente especializados.
Se o instinto nos cega e nos protege de certezas e de autoconfiança, então a redução de sua preponderância, aumentaria a consciência também em relação aos próprios defeitos, especialmente se forem de fato ''defeitos'.
Outra possibilidade é de que a relação entre autoconsciência alargada e a co-ocorrência de desordens/senso de singularidade, ainda que real, possa se consistir também em uma '''selective confounding'', em que, por causa das macro-diretrizes seletivas das culturas humanas, tem-se selecionado [e aprimorado ou decantado de mutações] os seres humanos mais amalgamados, enquanto que o mesmo não tem acontecido no caso dos mais autoconscientes, e sim, pode ser possível de se selecionar e combinar autoconsciência expandida com maior saúde biológica ou com menor mutações.
Portanto pode-se constatar por agora que sim, uma maior criatividade tende a ser um dos possíveis efeitos de uma heterogeneidade qualitativa da mente, provida tanto com uma ordem/bússola lógica quanto com uma desordem mental, e que a mesma possa ser definida tendenciosamente como uma espécie de ''autoconsciência alargada porém especializada''.
Autoconsciência se relaciona umbilicalmente com maior senso de realidade, um realismo mais existencial, mais profundo, do que o realismo cru, naturalista porém hipo-existencialista, que prevalece entre os seres vivos deste planeta.
Uma maior criatividade também se relaciona com um maior senso de realidade/de perfeccionismo, tanto em relação às qualidades [idealização equivocada] quanto em relação aos defeitos/falhas/faltas de sua área de fixação e potencial aprofundamento... só que muito mais especializado do que holístico/filosófico.
No mais, até poderíamos pensar na sabedoria como uma espécie de ''criatividade direcionada para a filosofia'', que é uma área muito abrangente.
Em fim...
Eu já falei que parece ser importante ter uma desordem mental de preferência não muito debilitante que possa servir como "desafio interior" ou intrapessoal, no caso da criatividade. Usei o aforismo: se eu nasço com um problema/desafio, ou eu o resolvo e possivelmente me transcendo, ou eu me tornarei o problema. Tem sido descoberto que o cérebro do mais criativo parece ser constituído tanto pelas características que compõem o cérebro do mais cognitivamente inteligente quanto pelas características que acabam aumentando a vulnerabilidade em cérebros menos saudáveis, e que tendem a resultar em transtornos mentais. Isso em relação à criatividade.
No entanto parece que não basta ter uma desordem, e no aspecto ou paisagem geral ainda ser normal [indiscriminada e invariavelmente amalgamado], porque isso tenderá a resultar na vitória da desordem sobre o resto. É tal como no caso de um país como a Suécia, metaforicamente falando, que tem uma desordem importada, nomeadamente de "imigrantes" ou de colonizadores, em sua maioria de muçulmanos, agressivos e férteis, e por outro lado tem uma população nativa treinada para não reagir ao assombro (((globalitário))) que ameaça a sua integridade, isto é, de conformistas ou ovelhas, fãs do grupo Abba e com cabelos platinados. Se a desordem é mais forte que a ordem então ela obviamente, a qualquer hora, vencerá esse embate. Mas se for o contrário então a ordem pode ser que consiga domesticar a desordem, de usá-la a seu favor.
Mas o que seria a ordem mental e especialmente a humana??? Nada mais do que, a priore, aquilo que faz o ser humano intelectualmente superior, de maneira onisciente/onipotente/onipresente, que é uma maior autoconsciência.
Mais autoconsciente se está, maior é o potencial para o autoconhecimento, e concomitantemente para uma maior liberdade de direcionamento ideacional e comportamental, que seria basicamente o verdadeiro conhecimento, ao menos em termos intrapessoais.
No entanto ao invés da autoconsciência como a ordem mental que luta contra a desordem, eu acredito que a mesma talvez possa ser pensada como o produto deste embate, quando a ordem mostra-se superior à desordem [especialmente quando existir uma desordem de fato].
A ordem mental seria então uma espécie de bússola instintiva que pende sempre para o "norte lógico", que parte desde a verdade ou realidade objetiva, concreta e imediata, até a certos confins da verdade subjetiva ou abstrata.
A autoconsciência despertaria quando houvesse ou começasse a ter este atrito entre a desordem e a ordem interior, aumentando a auto conversação ou introspecção, tal como ter "problemas vitalícios' que não serão totalmente solucionados, como elemento atiçador do pensamento divergente. A autoconsciência alargada porém incompleta ou mais especializada, resultaria no aumento da criatividade. Por outro lado uma autoconsciência alargada e mais holística, é possível de se resultar em uma maior racionalidade, porque o perfeccionismo da criatividade se tornaria generalizado, ainda que tendenciosamente mais reduzido em intensidade.
O modo ou estilo de pensamento lógico [uma espécie de senso comum a bom senso] seria então a ordem mental primária, ainda que, o "bem estar intrapessoal", uma espécie de "narcisismo significativo", em que a pessoa gosta de si mesma, independente de possíveis ou existentes traços comparativamente desfavoráveis, diferente do narcisismo típico, em que a pessoa se realiza fundamentalmente com base na exposição e aceitação pública predominante, também possa ser importante para torná-la ''bem-vinda'' dentro ''de si mesma'', para que então se torne mais introspectiva, porque parece ser comum o bloqueio natural para um maior auto-aprofundamento, não apenas no sentido do auto-conhecimento, mas também para a alienação positiva.
Ou também uma explicação ainda mais simples, em que a autoconsciência se consistiria
Se o instinto nos cega e nos protege de certezas e de autoconfiança, então a redução de sua preponderância, aumentaria a consciência também em relação aos próprios defeitos, especialmente se forem de fato ''defeitos'.
Outra possibilidade é de que a relação entre autoconsciência alargada e a co-ocorrência de desordens/senso de singularidade, ainda que real, possa se consistir também em uma '''selective confounding'', em que, por causa das macro-diretrizes seletivas das culturas humanas, tem-se selecionado [e aprimorado ou decantado de mutações] os seres humanos mais amalgamados, enquanto que o mesmo não tem acontecido no caso dos mais autoconscientes, e sim, pode ser possível de se selecionar e combinar autoconsciência expandida com maior saúde biológica ou com menor mutações.
Portanto pode-se constatar por agora que sim, uma maior criatividade tende a ser um dos possíveis efeitos de uma heterogeneidade qualitativa da mente, provida tanto com uma ordem/bússola lógica quanto com uma desordem mental, e que a mesma possa ser definida tendenciosamente como uma espécie de ''autoconsciência alargada porém especializada''.
Autoconsciência se relaciona umbilicalmente com maior senso de realidade, um realismo mais existencial, mais profundo, do que o realismo cru, naturalista porém hipo-existencialista, que prevalece entre os seres vivos deste planeta.
Uma maior criatividade também se relaciona com um maior senso de realidade/de perfeccionismo, tanto em relação às qualidades [idealização equivocada] quanto em relação aos defeitos/falhas/faltas de sua área de fixação e potencial aprofundamento... só que muito mais especializado do que holístico/filosófico.
No mais, até poderíamos pensar na sabedoria como uma espécie de ''criatividade direcionada para a filosofia'', que é uma área muito abrangente.
Em fim...
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quinta-feira, 20 de julho de 2017
O mecanismo da empatia [interpessoal] pretensamente desvendado: reconhecimento de padrões (complementares ou de similaridade) + julgamento desses padrões/reação emocional ou consciência estética
E como que a compreensão factual é efetuada após esse mecanismo.
Eu já havia comentado que a emoção parece que se consiste num método de julgamento dos padrões que capturamos. Já devo ter esboçado alguns rabiscos sobre esse assunto mas resolvi re-fazê-lo e com um complemento que deveria ter feito antes.
Primeiro vem a percepção cognitiva. Depois vem a sensação afetiva ou julgamento emocional/moral. Por fim temos o julgamento final, que eu gosto de denominar de intelectual, que é uma junção do cognitivo com o afetivo ou psicológico.
A moeda de troca nesse mecanismo da percepção é [sempre] a empatia e quanto mais similar/familiar ou harmoniosamente complementar (valor subjetivo, a priore) forem os padrões capturados maior será a empatia afetiva positiva ou benigna. O oposto disso e os padrões serão mais negativamente avaliados [ainda assim atribuído à empatia, ou empatia maligna].
Por exemplo, você é um homem heterossexual típico, está no centro da cidade onde mora e uma linda mulher passa logo à/a sua frente. A reação esperada de sua parte é a de ficar animado (excitado) e positivamente emocionado porque o seu sistema corpo/mente viu um conjunto de padrões que julgou harmonioso/complementar a você.
Você também poderia ter se deparado com um cara cabeludo, branco e com o livro do Dostoiévski na mão e, como nesse exemplo hipotético, você também é cabeludo, branco e gosta desse escritor russo, então foi como se um espelho tivesse passado logo a/à sua frente. Nesse caso você percebeu padrões de similaridade e julgou positivamente porque você gosta de si mesmo e gosta de pessoas que se pareçam com você, que tenham gostos parecidos.
A compreensão factual [imediata] acontece, primariamente, quando você reconhece padrões [empatia cognitiva primária], segundo, quando você os julga de maneira correta por meio da emoção, e terceiro quando constrói uma tese que apenas espelha ou reflita uma realidade concreta/do espectro da verdade objetiva ou abstrata/ do espectro da verdade 'subjetiva'' [compreensão factual].
A ideia de "genes-espelho" da empatia [[interpessoal apenas]]] já é popular desde algum tempo.
No mais achei interessante fazer essa introdução combinatória com alguns dos meus neo-termos e explicações que tem sido usados para falar sobre o mecanismo do pensamento. E como eu disse, pensamento e empatia** parecem ser indissociáveis.
** [projeção sensorial do ser em relação ao seu exterior/reconhecer padrões é empatia, é o de ''projetar-se'' (modo de dizer) no lugar das entidades, humanas/vitais ou não, reconhecendo as suas características e especulando sobre as suas expressões ou comportamento, por exemplo, ao reconhecer o tamanho e constituição de uma pedra, de deduzir se ela pode ser pesada ou leve, cortante ou não, etc ... e principiando é claro pelas mais primordiais, por exemplo, o ar que se respira, processo de reconhecimento que já fazemos de maneira acelerada ou constante, natural...]
Não-tão-leve impressão de que estou me repetindo, ...novamente. No mais o texto não ficou grande e talvez alguns nano-pseudo/proto-insights, se alguém conseguir encontrar algum deles aqui.
Eu já havia comentado que a emoção parece que se consiste num método de julgamento dos padrões que capturamos. Já devo ter esboçado alguns rabiscos sobre esse assunto mas resolvi re-fazê-lo e com um complemento que deveria ter feito antes.
Primeiro vem a percepção cognitiva. Depois vem a sensação afetiva ou julgamento emocional/moral. Por fim temos o julgamento final, que eu gosto de denominar de intelectual, que é uma junção do cognitivo com o afetivo ou psicológico.
A moeda de troca nesse mecanismo da percepção é [sempre] a empatia e quanto mais similar/familiar ou harmoniosamente complementar (valor subjetivo, a priore) forem os padrões capturados maior será a empatia afetiva positiva ou benigna. O oposto disso e os padrões serão mais negativamente avaliados [ainda assim atribuído à empatia, ou empatia maligna].
Por exemplo, você é um homem heterossexual típico, está no centro da cidade onde mora e uma linda mulher passa logo à/a sua frente. A reação esperada de sua parte é a de ficar animado (excitado) e positivamente emocionado porque o seu sistema corpo/mente viu um conjunto de padrões que julgou harmonioso/complementar a você.
Você também poderia ter se deparado com um cara cabeludo, branco e com o livro do Dostoiévski na mão e, como nesse exemplo hipotético, você também é cabeludo, branco e gosta desse escritor russo, então foi como se um espelho tivesse passado logo a/à sua frente. Nesse caso você percebeu padrões de similaridade e julgou positivamente porque você gosta de si mesmo e gosta de pessoas que se pareçam com você, que tenham gostos parecidos.
A compreensão factual [imediata] acontece, primariamente, quando você reconhece padrões [empatia cognitiva primária], segundo, quando você os julga de maneira correta por meio da emoção, e terceiro quando constrói uma tese que apenas espelha ou reflita uma realidade concreta/do espectro da verdade objetiva ou abstrata/ do espectro da verdade 'subjetiva'' [compreensão factual].
A ideia de "genes-espelho" da empatia [[interpessoal apenas]]] já é popular desde algum tempo.
No mais achei interessante fazer essa introdução combinatória com alguns dos meus neo-termos e explicações que tem sido usados para falar sobre o mecanismo do pensamento. E como eu disse, pensamento e empatia** parecem ser indissociáveis.
** [projeção sensorial do ser em relação ao seu exterior/reconhecer padrões é empatia, é o de ''projetar-se'' (modo de dizer) no lugar das entidades, humanas/vitais ou não, reconhecendo as suas características e especulando sobre as suas expressões ou comportamento, por exemplo, ao reconhecer o tamanho e constituição de uma pedra, de deduzir se ela pode ser pesada ou leve, cortante ou não, etc ... e principiando é claro pelas mais primordiais, por exemplo, o ar que se respira, processo de reconhecimento que já fazemos de maneira acelerada ou constante, natural...]
Não-tão-leve impressão de que estou me repetindo, ...novamente. No mais o texto não ficou grande e talvez alguns nano-pseudo/proto-insights, se alguém conseguir encontrar algum deles aqui.
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quinta-feira, 13 de julho de 2017
''Desenvolvendo' os conceitos de variância em atenção e atividade intrínseca/introspectiva e extrínseca/ extrospectiva
Ou intrapessoal/ auto-mentalista e interpessoal/ outro-mentalista e mecanicista
Recentemente eu tive, creio eu, insights sobre as diferenças e semelhanças entre a esquizofrenia e a TDAH. Eu "descobri" que a esquizofrenia também parece se caracterizar por um déficit de atenção e hiperatividade (secundária), enquanto que se diferenciaria em relação à TDAH porque se daria a nível introspectivo ou mais interno e relacionado à percepção sensorial da verdade objetiva ou do imediato concreto. Outra diferença é que na esquizofrenia a hiperatividade mental seria mais como uma reação à falta de atenção sensorial-introspectiva e/ou na percepção da verdade objetiva, isto é, uma hipo-atividade que acabaria resultando em uma hiper-atividade, enquanto que na TDAH seria o processo oposto, em que a hiper-atividade mental e mais direcionada para a extrospecção ou ação/interação com o mundo exterior teria como resultado justamente a falta de atenção, muito parecido com a multitarefa [se não for a mesma], de querer fazer muitas atividades ao mesmo tempo.
O tempo para o TDAH é insuficiente. Para o esquizofrênico e redondezas seria o oposto, muito mais lento ainda que de qualquer maneira perceptivamente tortuoso.
O TDAH seria de alguma maneira hiper-extrospectivo [buscador de sensações] e o esquizofrênico hiper-introspectivo [atolado em pensamentos desta natureza], e em ambos resultando é claro em um desequilíbrio perceptivo.
Atenção (para quê) e atividade (em quê) ou percepção e ação são conceitos gerais e centrais no comportamento, por isso que parece ser possível de se usa-los em outras categorias fenotípicas além da TDAH.
Na TDAH o déficit de atenção e a hiperatividade são predominantemente extrospectivos ou direcionados ''para fora'', para o mundo exterior e tendo como fomento a ação. A [hiper]atividade ou motivação [intrínseca e extrínseca] leva à falta de atenção. Como eu já comentei, a TDAH é muito similar ao comportamento dos seres vivos não-humanos em suas condições fortemente instintivas.
No entanto se atenção e atividade são conceitos gerais e centrais no comportamento então eu pensei que eles podem ser estão extrapolados para outros aspectos e não apenas para a extrospecção como parece ser a TDAH, por exemplo: atenção empática introspectiva [prestar atenção aos próprios pensamentos, proxy para meta-cognição] e extrospectiva [empatia, como tem sido popularmente conhecida] ou atividade empática. Nesse caso a atenção pode ser facilmente determinada como ''tipo de ênfase ou direcionamento'': empático, lógico, introspectivo ou extrospectivo... e atividade como o próprio nome já diz, focar em algo e agir a partir desse algo. Ter uma pré-disposição ou pré-direcionamento, por exemplo, para a empatia e agir a partir dela.
é isso.
Recentemente eu tive, creio eu, insights sobre as diferenças e semelhanças entre a esquizofrenia e a TDAH. Eu "descobri" que a esquizofrenia também parece se caracterizar por um déficit de atenção e hiperatividade (secundária), enquanto que se diferenciaria em relação à TDAH porque se daria a nível introspectivo ou mais interno e relacionado à percepção sensorial da verdade objetiva ou do imediato concreto. Outra diferença é que na esquizofrenia a hiperatividade mental seria mais como uma reação à falta de atenção sensorial-introspectiva e/ou na percepção da verdade objetiva, isto é, uma hipo-atividade que acabaria resultando em uma hiper-atividade, enquanto que na TDAH seria o processo oposto, em que a hiper-atividade mental e mais direcionada para a extrospecção ou ação/interação com o mundo exterior teria como resultado justamente a falta de atenção, muito parecido com a multitarefa [se não for a mesma], de querer fazer muitas atividades ao mesmo tempo.
O tempo para o TDAH é insuficiente. Para o esquizofrênico e redondezas seria o oposto, muito mais lento ainda que de qualquer maneira perceptivamente tortuoso.
O TDAH seria de alguma maneira hiper-extrospectivo [buscador de sensações] e o esquizofrênico hiper-introspectivo [atolado em pensamentos desta natureza], e em ambos resultando é claro em um desequilíbrio perceptivo.
Atenção (para quê) e atividade (em quê) ou percepção e ação são conceitos gerais e centrais no comportamento, por isso que parece ser possível de se usa-los em outras categorias fenotípicas além da TDAH.
Na TDAH o déficit de atenção e a hiperatividade são predominantemente extrospectivos ou direcionados ''para fora'', para o mundo exterior e tendo como fomento a ação. A [hiper]atividade ou motivação [intrínseca e extrínseca] leva à falta de atenção. Como eu já comentei, a TDAH é muito similar ao comportamento dos seres vivos não-humanos em suas condições fortemente instintivas.
No entanto se atenção e atividade são conceitos gerais e centrais no comportamento então eu pensei que eles podem ser estão extrapolados para outros aspectos e não apenas para a extrospecção como parece ser a TDAH, por exemplo: atenção empática introspectiva [prestar atenção aos próprios pensamentos, proxy para meta-cognição] e extrospectiva [empatia, como tem sido popularmente conhecida] ou atividade empática. Nesse caso a atenção pode ser facilmente determinada como ''tipo de ênfase ou direcionamento'': empático, lógico, introspectivo ou extrospectivo... e atividade como o próprio nome já diz, focar em algo e agir a partir desse algo. Ter uma pré-disposição ou pré-direcionamento, por exemplo, para a empatia e agir a partir dela.
é isso.
domingo, 9 de julho de 2017
Déficit de atenção/hiperatividade [mental] na esquizofrenia é/ pode ser uma reação secundária causada justamente pela tendência à hipo-atividade mental...
... Já na TDAH, mais parece se consistir em uma ação primária.
O esquizofrênico percebe algo de profundamente errado em seu cérebro [porque ele já apresenta dificuldade de controlar as ações ou comportamento dos seus sentidos que frequentemente passam a distorcer a percepção imediata e/ou da verdade objetiva]. Então isso o faz reagir, pensar mais, assim como também a perder a atenção, OU, primeiro, vem a perda da atenção por causa de seu ''controle [psico]-cognitivo'' fraco, e depois vem a hiperatividade introspectiva.
O TDAH, pode ser que sofra processo oposto, em que primeiro vem a hiperatividade mental, uma vontade constante de fazer algo, alguma atividade, mental ou mais cinestésica [uma hiperatividade mais extrospectiva], e a partir daí, ele perde a atenção ou parte mais superficial do seu [auto]-controle cognitivo, se comparado com a perda de atenção do esquizofrênico.
OU OU OU não
O esquizofrênico percebe algo de profundamente errado em seu cérebro [porque ele já apresenta dificuldade de controlar as ações ou comportamento dos seus sentidos que frequentemente passam a distorcer a percepção imediata e/ou da verdade objetiva]. Então isso o faz reagir, pensar mais, assim como também a perder a atenção, OU, primeiro, vem a perda da atenção por causa de seu ''controle [psico]-cognitivo'' fraco, e depois vem a hiperatividade introspectiva.
O TDAH, pode ser que sofra processo oposto, em que primeiro vem a hiperatividade mental, uma vontade constante de fazer algo, alguma atividade, mental ou mais cinestésica [uma hiperatividade mais extrospectiva], e a partir daí, ele perde a atenção ou parte mais superficial do seu [auto]-controle cognitivo, se comparado com a perda de atenção do esquizofrênico.
OU OU OU não
domingo, 2 de julho de 2017
Trabalhando atenuadamente a teoria triárquica da inteligência de Robert Sternberg

Fonte: http://portfoliopsi12.blogspot.com.br/2012/06/teoria-triarquica-da-inteligencia.html

fonte: http://selmamcarvalho.blogspot.com.br/2013/06/teorias-de-inteligencia-de-sternberg.html
a inteligência compreende três aspectos, os quais tratam da relação da inteligência (a) com o mundo interno da pessoa; (b) com a experiência, e (c) com o mundo externo.
Fonte: http://www.helioteixeira.org/ciencias-da-aprendizagem/teoria-triarquica-da-inteligencia-humana/
Vou analisar, diga-se, porca e preguiçosamente os três fragmentos acima, até para mesmo para evitar a leitura e análise de textos maiores, ;) ai ai
Primeiro fragmento: nada de novo. Ele só reorganizou o conceito de inteligência por 3 vias: prática, criativa e analítica. Será que as hierarquizou por ordem de importância**
Como eu já comentei em um texto longínquo, a criatividade viria sempre primeiro em relação ao processo do pensamento, não me lembro bem o porquê. No mais, se nossos comportamentos principiam-se por nós mesmos, e evidentemente que é assim que acontece, então a ''inteligência' analítica viria primeiro, tal como ''reconhecimento vitalmente constante de padrões'', desde a verdade objetiva ou interação constante, até à verdade subjetiva/abstrata ou em interação opcional. Antes de criarmos ou de colocarmos em prática, analisamos, quer queiramos [verdade subjetiva] ou não [verdade objetiva/concreta]. Analisamos [reconhecimento de padrões + consciência estética ou julgamento pessoal/moral dos padrões que foram analisados]; podemos criar, e geralmente o fazemos, o que denominei de ''criatividade convergente'' e por fim colocamos em prática OU externalizamos. Também acaba por se relacionar com as minhas tentativas sucintas de divisão entre as ''realizações inteligentes'' versus ''análises inteligentes'', isto é, entre pensar e agir corretamente [ou ''corretamente']. Por exemplo, a ''inteligência' emocional ou mesmo social [social que englobaria outros aspectos além da emocional] teórica e prática. Em teoria, uma pessoa pode ser muito boa para entender os padrões factuais ou fatos sociais, morais e/ou comportamentais, mas na prática, por não ter a personalidade certa/perfil para o ambiente em que está, com as pessoas com as quais interage, então poderá não agir de forma inteligente. A conformação ''ideal' a certo ambiente por si só já se consiste em uma forma de ''inteligência', ainda que esta tenda a se manifestar, a partir desta macro-perspectiva/evolutiva-existencial, e de maneira ainda mais característica ou intensa, em momentos de desafio ou mudanças. Isto é, se não é a sorte de estar no lugar certo, então será a inteligência, por si mesma, para se adaptar à mudança, entendendo o ambiente e buscando meios para se encaixar nele, ou novamente, que exige uma junta de raciocínios, analítico, criativo e prático.
Segundo fragmento: ''inteligência analítica'' = 'superdotação' [acadêmica/científica ou inteligência abstrata]
''Inteligência criativa'' = criatividade [um tipo de ''inteligência' abstrata]
''Inteligência prática'' = emocional//social**
Terceiro fragmento: ''com a prática'' = ''inteligência' prática, fácil de entender, mas e os outros dois* Analisar é mais introspectivo do que criar* Fiquei na dúvida. Acho que ambos os processos são, evidentemente, a princípio, mais introspectivos, ainda que a criatividade pareça ser mais ''para o mundo interior'', principalmente por causa do fator imaginação/pensar além/abstrato do que a ''inteligência' analítica, que tende a se debruçar mais para o mundo exterior, ainda que também possa ser do tipo ''intrapessoal'' ou ''auto-conhecimento''.
a inteligência compreende três aspectos, os quais tratam da relação da inteligência (a) com o mundo interno da pessoa; (b) com a experiência, e (c) com o mundo externo.
Fonte: http://www.helioteixeira.org/ciencias-da-aprendizagem/teoria-triarquica-da-inteligencia-humana/
Vou analisar, diga-se, porca e preguiçosamente os três fragmentos acima, até para mesmo para evitar a leitura e análise de textos maiores, ;) ai ai
Primeiro fragmento: nada de novo. Ele só reorganizou o conceito de inteligência por 3 vias: prática, criativa e analítica. Será que as hierarquizou por ordem de importância**
Como eu já comentei em um texto longínquo, a criatividade viria sempre primeiro em relação ao processo do pensamento, não me lembro bem o porquê. No mais, se nossos comportamentos principiam-se por nós mesmos, e evidentemente que é assim que acontece, então a ''inteligência' analítica viria primeiro, tal como ''reconhecimento vitalmente constante de padrões'', desde a verdade objetiva ou interação constante, até à verdade subjetiva/abstrata ou em interação opcional. Antes de criarmos ou de colocarmos em prática, analisamos, quer queiramos [verdade subjetiva] ou não [verdade objetiva/concreta]. Analisamos [reconhecimento de padrões + consciência estética ou julgamento pessoal/moral dos padrões que foram analisados]; podemos criar, e geralmente o fazemos, o que denominei de ''criatividade convergente'' e por fim colocamos em prática OU externalizamos. Também acaba por se relacionar com as minhas tentativas sucintas de divisão entre as ''realizações inteligentes'' versus ''análises inteligentes'', isto é, entre pensar e agir corretamente [ou ''corretamente']. Por exemplo, a ''inteligência' emocional ou mesmo social [social que englobaria outros aspectos além da emocional] teórica e prática. Em teoria, uma pessoa pode ser muito boa para entender os padrões factuais ou fatos sociais, morais e/ou comportamentais, mas na prática, por não ter a personalidade certa/perfil para o ambiente em que está, com as pessoas com as quais interage, então poderá não agir de forma inteligente. A conformação ''ideal' a certo ambiente por si só já se consiste em uma forma de ''inteligência', ainda que esta tenda a se manifestar, a partir desta macro-perspectiva/evolutiva-existencial, e de maneira ainda mais característica ou intensa, em momentos de desafio ou mudanças. Isto é, se não é a sorte de estar no lugar certo, então será a inteligência, por si mesma, para se adaptar à mudança, entendendo o ambiente e buscando meios para se encaixar nele, ou novamente, que exige uma junta de raciocínios, analítico, criativo e prático.
Segundo fragmento: ''inteligência analítica'' = 'superdotação' [acadêmica/científica ou inteligência abstrata]
''Inteligência criativa'' = criatividade [um tipo de ''inteligência' abstrata]
''Inteligência prática'' = emocional//social**
Terceiro fragmento: ''com a prática'' = ''inteligência' prática, fácil de entender, mas e os outros dois* Analisar é mais introspectivo do que criar* Fiquei na dúvida. Acho que ambos os processos são, evidentemente, a princípio, mais introspectivos, ainda que a criatividade pareça ser mais ''para o mundo interior'', principalmente por causa do fator imaginação/pensar além/abstrato do que a ''inteligência' analítica, que tende a se debruçar mais para o mundo exterior, ainda que também possa ser do tipo ''intrapessoal'' ou ''auto-conhecimento''.
segunda-feira, 26 de junho de 2017
Paranoia mais comum em homens = hiper empatia defensiva. Neuroticismo e depressão: mais comum em mulheres = hiper empatia receptiva

A hiper empatia do caçador
A hiper empatia do coletor
Se somos, para mais ou para menos, variações mais complexas dos primeiros seres humanos, que eram ''caçadores-coletores'', então pode ser possível pensar se muitos de nossos comportamentos, se não a maioria deles, não se consistem em 'vestígios'' dessas épocas ancestrais de nossa espécie. Parece ser factual e mesmo, talvez, trans-cultural e/ou trans-racial, que os homens tendam a ser mais paranoicos que as mulheres, ou melhor, que existam mais homens paranoicos do que mulheres. Também parece ser factual que existam mais mulheres neuróticas do que homens, ainda que alguns estudos pareçam ter encontrado resultados menos consistentes do que no caso da paranoia. No mais, se é verdade que a depressão é a ''vitória do neuroticismo'', então ao menos em relação a essa moléstia da mente, pode-se concluir que seja mais comum em mulheres. Como eu já comentei, o neuroticismo tem uma natureza mais introspectiva, no sentido de internalizar mais os sentimentos, especificamente os de natureza negativa, do que de externalizá-los. Eu também disse que o psicoticismo parece se consistir em um oposto do neuroticismo neste sentido de ''internalizar ou externalizar''. O neurótico internaliza mais. O psicoticista externaliza mais... as emoções negativas.
Voltando à minha ou não-tão-minha hipótese/teoria/whatever: o que está subjacente a quase todos os comportamentos humanos é a empatia, e como eu já falei, pode ser ainda mais significativa pra nós, não apenas no sentido de se relacionar com os outros, afetiva ou cognitivamente, isto é, sentindo as suas emoções como se fossem as nossas, ou os analisando, porque a empatia também é um método essencial e não apenas para o ser humano, para interagir, sentir o mundo que é exterior a si mesmo. Eu extrapolei a função da empatia para qualquer tipo de reconhecimento/e sensação de padrões, dos mais onipresentes, quando interagimos com a verdade objetiva ou concreta/imediata, até quando lidamos com a verdade subjetiva ou abstrata. Quando eu me projeto sensorialmente ao mundo exterior, que está ao meu redor, eu estou tendo empatia ou conexão por ele, e mais, ''sentindo o seu humor'', e claro, de acordo com o meu alcance perceptivo.
Agora eu estou pensando que podemos re-dividir a empatia, a partir de outra dimensão ou dinâmica: defesa e recepção comportamental. Ao sentirmos empatia, e neste caso, baseado no ''velho modelo'', que é centralizado nas interações pessoais, podemos desenvolver diversas estratégias de procedibilidade. Por exemplo, quando estamos conversando com outra pessoa e lhe temos grande afeição é muito provável, em condições normais de temperatura e pressão, que sejamos empaticamente receptivos, isto é, construindo uma relação passageira/ou no dado momento/ de receptividade ao outro. Em compensação quando estamos desconfiados em relação a essa pessoa, podemos ficar mais na defensiva. Também podemos fazê-lo antes-das-interações-reais, imaginando cenários e pessoas. A paranoia, que se consistiria na empatia defensiva em altos níveis de intensidade, aparece como uma resposta antecipativa, que busca entender certa possibilidade antes que se torne real, de se antecipar a ela, e possivelmente com o intuito de se preparar melhor para a situação ou mesmo para evitá-la. Exemplo: tem uma festa da escola pra ir. No entanto eu não tenho uma boa relação com algumas pessoas que estarão lá. Essas pessoas praticam perseguição sistemática de baixa intensidade contra a minha pessoa. Entre ir à festa e ficar em casa, talvez eu escolha a segunda, por ser muito mais fácil evitar um desafio, especialmente quando não é imprescindível. É até mais racional, por não valer apena quando a alma
O mecanismo receptivo da empatia parece ser mais intenso nas mulheres enquanto que o mecanismo defensivo da mesma parece ser mais intenso em homens, mesmo quando não estão no grupo dos muito e/ou dos mais paranoicos. E por que*
Porque as habilidades psico-cognitivas masculinas tem sido selecionadas justamente ''para'' o confronto assim como também para a defesa, enquanto que as habilidades psico-cognitivas femininas, de acordo com a macro-conjuntura evolutiva humana, tem sido selecionadas ''para'' o oposto, para dissipar o confronto, ao menos dentro do grupo, mas também provavelmente porque as mães mais atenciosas tendem a cuidar melhor dos seus filhos e a maternidade tem se mostrado de extrema importância para o sucesso da espécie.
Na caça, doses moderadas à altas de ''hiper-vigilância''/paranoia/empatia defensiva são altamente requisitadas para entender o comportamento ''animal'' e se antecipar a ele, pensando em estratégias de ataque ou na elaboração de armadilhas.
No cuidado maternal e no lido social, de cooperação, doses moderadas à altas de ''receptividade empática/empatia receptiva'' são altamente requisitadas.
Me pareceu ser um ''insight subjetivo'', isto é, pra mim, mas que não é uma ideia realmente nova. No entanto, a ideia de dividir a empatia, a partir desta perspectiva, em defensiva e receptiva, me pareceu parcialmente interessante.
Paranoico = baixa auto-estima + narcisismo. Como que isso se encaixa no contexto ancestral/evolutivo humano*
Se o homem paranoico é mais narcisista mas tem mais baixa auto-estima e por isso se preocupa mais com as opiniões alheias [tal como uma mulher tende a fazer], então como que esse comportamento emergiu ou mesmo pode ser entendido como um ''vestígio ancestral'' do comportamento nomeadamente masculino*
Talvez, essa ''mentalidade da caça e do caçador'' de fato tenha prevalecido entre alguns seres humanos, só que ''mal-adaptada'' a um mundo social subjetivo, enquanto que, como eu já comentei, os paranoicos tendem a ter baixa tolerância para ambiguidades interpessoais.
Outras possibilidades é a de que esse perfil se consista em uma soma de alta intensidade entre as duas estratégias empáticas: receptiva e defensiva, mais feminina e mais masculina, se um alto nível de empatia defensiva-apenas é provável que resultará em menor internalização das necessidades/opiniões alheias, que tem como intuito uma maior possibilidade de cooperação.
''Mentalidade ancestral''
As pessoas se distraem com facilidade nas redomas ''modernas'' humanas. Os paranoicos no entanto parecem ter uma mentalidade ancestral, antiga e portanto mais concreta e direta, ainda que, neste caso, eu esteja falando mais sobre os paranoicos ou hiper-vigilantes mais racionais do que do típico paranoico que tende a ''flertar'' com o espectro psicótico, que tem justamente como principal característica o desligue em relação à realidade, mas em um sentido hiper, isto é, ao invés de, de fato, desligar mais do mundo, se ''joga'' muito mais no reconhecimento de padrões, só que além de sua capacidade de se fazê-lo resultando na apofenia ''de alta intensidade'', que com certeza não se dá por preguiça intelectual. A paranoia típica seria ou poderia ser entendida como um excesso de motivação para o hiper-realismo mas sem uma autoconsciência bem desenvolvida ou mesmo com menores capacidades psico-cognitivas, resultando em uma típica frustração, semelhante àqueles que tem grande motivação para certa atividade, mas não tem talento.
Esta provável combinação de características psico-cognitivas mais masculinas e mais femininas parece caracterizar a paranoia.
Portanto uma mal-adaptação desta combinação psico-cognitiva andrógina de maior empatia, defensiva e receptiva, e resultará na típica paranoia.
Por outro lado uma adaptação mais adequada da mesma e algumas virtuosidades serão mais propensas a surgirem, por exemplo a sabedoria*
quarta-feira, 17 de maio de 2017
Psicose tradicional (em relação à concretude), psicose abstrata (em relação à verdade subjetiva) ou "psicose inteligente")
O esquizofrênico/psicótico [assim como também os tipos menos intensos como os esquizotípicos] tem alucinações tanto em relação à verdade objetiva ou concretude quanto em relação à verdade subjetiva ou abstrata. Em compensação também é possível ser ou se tornar mais psicótico"apenas" em relação à verdade subjetiva ou abstrata. Isto é, pode-se ter uma capacidade perceptiva primária dentro da normalidade, em relação à verdade imediata ou concreta, mas não em relação à [potencial] verdade que se produz mais além do imediato e concreto/físico. É justamente aí nesta falha comum da espécie humana que toda sorte de sistemas de crenças factualmente diversos em qualidade (ou falta dela) tem sido construídos. Acho que já falei sobre isso mas não a partir desta [micro, nano...] perspectiva. Eu disse que o ser humano exibe uma capacidade perceptiva/sensorial balanceada em relação à verdade objetiva ou concretude [em contraste aos outros seres vivos], enquanto que em relação à verdade subjetiva ou abstrata ele se torna perceptivamente assimétrico, resultando em uma multitude de psicoses parciais abstratas, isto é, distorções da macro-realidade, expandida além da concretude/verdade objetiva. O ser humano pode reconhecer os padrões imediatos ou concretos de uma floresta, mas pode se confundir para compreender além daquilo que os seus sentidos captam e que a sua percepção interpreta de imediato, em relação a este cenário, isto é, pode produzir pensamentos conclusivos de causa e efeito contraditórios a equivocados, por exemplo, em relação à dinâmica da cadeia alimentar presente neste lugar hipotético. E esta situação se torna mais grave quando ele precisa interpretar a realidade social de sua própria espécie, mas especialmente, a ''realidade ou verdade existencial'', isto é, sobre si mesmo ou tudo aquilo que está mais vinculado a si mesmo. Para escapar de todas essas incertezas existenciais, que se relacionam umbilicalmente com as suas próprias existências ou vidas, um número invulgarmente alto de seres humanos optará pela certeza das crenças do que pela incerteza dos fatos desta natureza [existencial]. Isso também se relaciona com o deslocamento de uma perspectiva eu-cêntrica para uma perspectiva mais impessoal, em que deixamos de ser o centro até mesmo de nossas próprias atenções, para nos tornarmos ''insignificantes'' aos olhos da grandiosidade cósmica.
Portanto quando começamos a elaborar e a priorizar os tipos de pensamentos, ideias e ''ânsias ou expectativas'' que hegemonizarão as nossas mentes [que está sob a influência dos genes/instinto], nos tornaremos mais vulneráveis para internalizar sistemas proto-psicóticos de crenças que alimentarão nossos ''egoísmos perceptivos [irracionais]''. Parece que temos dois tipos de pessoas que acabam priorizando ou enfatizando por ''pendengas existenciais'': os medrosos ou escapistas e os valentes ou realistas. Os primeiros exibem uma motivação intrínseca para pensar com maior frequência e importância sobre essas questões existencialistas, só que, por alguma razão, provavelmente de natureza instintiva/genética [tipo, nível de inteligência, especialmente a de natureza analítica; tipo ou nível de personalidade, etc], acabarão buscando pelo escapismo das crenças humanas, tendendo a abraçar aquela que melhor se comunicar, sob vários níveis [psicológico, fisiológico ou étnico...], com eles. Os segundos também exibem a mesma motivação intrínseca mas reagem de maneira diametralmente oposta, em que, ao invés de fugirem do desafio que escolheram, o aceitam de maneira substancialmente significativa. Os escapistas assim como os realistas não ''escolheram'' priorizar por questões existenciais, mas precisam reagir a este constante assalto, e na totalidade das vezes [a partir do momento em que estamos delineando o conceito de maneira explícita: o escapista] o farão com base na fuga desta interação OU com meios para se enganarem, isto é, tal como se estivessem sempre olhando para morte no espelho [principal de casa] mas acreditando ou passando a acreditar que depois dela haverá vida novamente ou qualquer outro tipo de metafísica infinita. E uma conclusão óbvia deste assunto é que a maioria dos seres humanos serão muito mais escapistas [ideologia, cultura, religião] do que realistas.
Mesmo a maioria dos ateus, ao menos hoje em dia, tem escapado de um abraço sincero e completo à realidade, e trocado a religião pela ideologia, tal como eu tenho comentado desde quando eu tinha o velho blogue.
Portanto quando começamos a elaborar e a priorizar os tipos de pensamentos, ideias e ''ânsias ou expectativas'' que hegemonizarão as nossas mentes [que está sob a influência dos genes/instinto], nos tornaremos mais vulneráveis para internalizar sistemas proto-psicóticos de crenças que alimentarão nossos ''egoísmos perceptivos [irracionais]''. Parece que temos dois tipos de pessoas que acabam priorizando ou enfatizando por ''pendengas existenciais'': os medrosos ou escapistas e os valentes ou realistas. Os primeiros exibem uma motivação intrínseca para pensar com maior frequência e importância sobre essas questões existencialistas, só que, por alguma razão, provavelmente de natureza instintiva/genética [tipo, nível de inteligência, especialmente a de natureza analítica; tipo ou nível de personalidade, etc], acabarão buscando pelo escapismo das crenças humanas, tendendo a abraçar aquela que melhor se comunicar, sob vários níveis [psicológico, fisiológico ou étnico...], com eles. Os segundos também exibem a mesma motivação intrínseca mas reagem de maneira diametralmente oposta, em que, ao invés de fugirem do desafio que escolheram, o aceitam de maneira substancialmente significativa. Os escapistas assim como os realistas não ''escolheram'' priorizar por questões existenciais, mas precisam reagir a este constante assalto, e na totalidade das vezes [a partir do momento em que estamos delineando o conceito de maneira explícita: o escapista] o farão com base na fuga desta interação OU com meios para se enganarem, isto é, tal como se estivessem sempre olhando para morte no espelho [principal de casa] mas acreditando ou passando a acreditar que depois dela haverá vida novamente ou qualquer outro tipo de metafísica infinita. E uma conclusão óbvia deste assunto é que a maioria dos seres humanos serão muito mais escapistas [ideologia, cultura, religião] do que realistas.
Mesmo a maioria dos ateus, ao menos hoje em dia, tem escapado de um abraço sincero e completo à realidade, e trocado a religião pela ideologia, tal como eu tenho comentado desde quando eu tinha o velho blogue.
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segunda-feira, 8 de maio de 2017
A diferença entre o ''Rain man'' e você, e nós...

Eu já havia comentado, algumas e esparsadas vezes, que as diferenças entre os portadores da Síndrome de Savant e a maioria das [outras] pessoas são bem menores do que imaginamos, porque afinal de contas, parece que todo mundo tem uma tendência para a especialização, em maior ou menor grau de intensidade... Eu já usei o termo ''savant de alto funcionamento'' para me referir, diga-se, de maneira derrogativa, em relação aos pseudo-inteligentes ou ''inteligentos'', aqueles que estão dotados de maiores capacidades intelectuais secundariamente importantes [auxiliares] no que diz respeito ao raciocínio, isto é, as de '' especialização cognitiva'', como as capacidades verbais e aritméticas, só que desprovidos de igual ''superioridade' em relação às capacidades intelectuais decisivas, como por exemplo o meu neo-conceito ''compreensão factual'', que é advinda da racionalidade.
Pois bem, o savantismo é marcado não apenas por uma super-especialização, mas também por um cenário oposto em relação às faculdades mentais gerais, corroborando para a famosa e simples descrição do tipo: ilha de ''genialidade' ou excelência, em um oceano de deficiência severa.
E não é que ''nós' também não estamos um pouco assim* Isto é, somos ou tendemos à especialização [e alguns à super-especialização], só que também a sermos menos capacitados de maneira geral. Quando eu falo de ''maneira geral'' eu não me refiro apenas àquilo que os testes cognitivos geralmente mensuram, mas em relação à operacionalidade geral, e claro, contextualizada, no mundo real.
Usualmente desejamos ou cremos que podemos superar os nossos limites e quando de fato atingimos o máximo de nosso potencial em relação à certa particularidade acreditamos que isso se consistiu em uma ''superação'', enquanto que na verdade, foi apenas o alcance maximizado de um potencial, remoto ou mais acessível, que já existia. Nada vem do nada, como se fosse um milagre. Por exemplo, se uma pessoa com câncer começar a melhorar abruptamente de sua doença, isso não significa que foi um milagre, isto é, que um ser divino, despertou de seu eterno sono de beleza e resolveu ajudá-la, mas que algo que não funcionava bem em seu organismo voltou a operar de maneira correta, por alguma razão biologicamente explicável, resultando neste acontecimento que pode ser categorizado como ''extraordinário'', por ser mais raro e também por ser de uma natureza espetacularmente assimétrica. E esses potenciais máximos, já estão embutidos em nós desde sempre, desde quando começamos a existir, claro, desprezando eventos incomuns como uma injúria cerebral parcial que altera a composição cerebral sem danificá-lo de maneira significativa, e até tendo como resultado o aparecimento de talentos até então inexistentes. Também há de se pontuar que, como não são todos aqueles que sofrem injúrias cerebrais que passam a desenvolver novos e surpreendentes talentos, então, deve-se analisar a natureza anatômica tanto da injúria sofrida quanto do cérebro afetado, isto é, alguns cérebros, mediante certos tipos de injúrias, podem ser mais propensos a se configurarem de certas maneiras que os tornam subsequentemente mais talentosos ou especializados para diferentes tipos de tarefas, que antes não se manifestavam.
Uma mente intelectualmente saudável, verdadeira e idealmente falando, é capaz de: diferenciar causalidade de correlação, de encontrar as causas dos efeitos ou o oposto, enfim, de ''conectar os pontos'', sempre que possível, e mais, não fazê-lo quando não for o apropriado. Ser inteligente também é ser humilde o suficiente para aceitar que não é, em relação à tarefas ou dimensões factuais que os nossos instintos cognitivos não podem se estender além de níveis basais ou mesmo superficiais [relacionados com as capacidades cognitivas secundárias]. Saber é uma demonstração de inteligência. Aceitar que não sabe, também.
Os famosos ''Rain Man'' são excepcionais em suas áreas, geralmente muito limitadas, de ''especialização quase-natural''. Em compensação, a maioria dos portadores da Síndrome de Savant mal conseguem amarrar os cadarços dos seus sapatos. Analogamente falando, a maioria dos seres humanos, que não são portadores da Síndrome de Savant, são como ''savant amalgamados'', tanto em relação à especialização quanto à deficiência. O savant geralmente é muito deficiente, de maneira geral, mas muito excepcional, de maneira super específica. O homem comum, mas também todas as suas variações de tipo, qualidade e quantidade psico-cognitiva/extensão e peso, são ''super a especializados'' em certas tarefas, que a humanidade já inventou [dando-lhe aspecto técnico, apto para o aprendizado], mas também deficientes, de maneira geral. Enquanto que a grande maioria é capaz de, ao menos amarrar os cadarços de maneira que não fiquem soltos, em outros aspectos de extrema importância, que expressam cores características de comportamentos inteligentes, eles podem ser categorizados como ''deficientes'', claro que, não no mesmo grau de severidade que a maioria dos savants geralmente apresentam ainda assim, deficiência.
Eu já comentei que o ser humano, por exibir um sistema sensorial ''mais' equilibrado [e ao mesmo tempo intenso], é capaz de compreender a verdade objetiva, de maneira igualmente mais equilibrada e portanto holística, integrada, do que os outros seres vivos. E que, no entanto, a partir do momento em que adentra ao mundo da verdade subjetiva ou abstrata, retrocede ao estado que é comum aos demais seres vivos, só que no caso deles se dá em relação à verdade objetiva/sensorialmente imediata, isto é, voltando a se especializar ou a entender a extensão da verdade objetiva, que se consiste a verdade subjetiva, de maneira mais assimétrica, tal como o cachorro faz em relação ao seu olfato muito apurado na apreensão e entendimento sensorial da concretude [verdade objetiva].
Portanto, estamos todos ou em sua maioria de savant amalgamados: com tendências para a especialização [naquilo que somos melhores, ou ''forças] mas com um oceano de deficiências, especialmente em relação à totalidade de nossas capacidades e de seus usos mais perfeccionistas. Isto é, não bastasse apresentarmos as nossas fraquezas específicas, em média mais do que desproporcional, também apresentamos fraquezas gerais, que se manifestam especialmente com base na essência da inteligência, que principia pelo autoconhecimento. Existe uma espécie de ideal de comportamento, cognitivo [e/ou mais intelectual] e afetivo [ou psicológico], isto é, existem ideais de respostas e percepções, e no geral, tendemos a não nos sair muito bem neste quesito essencial.
O sábio e o savant
O sábio apareceria como o quase oposto do savant, ao menos em termos de deficiência de operacionalidade. Enquanto que o savant exibe grave deficiência em suas capacidades mentais básicas ou essenciais, como por exemplo, sair de casa, ir até o centro da cidade, e voltar... até à capacidades mais intelectuais, como por exemplo, extrair de uma complexidade de fatores e assuntos, muitos deles que são mais distrativos do que informativos, a sua hierarquia, e com isso poder estipular o seu sistema de prioridades, basicamente a imagem maior, o sábio, especialmente em relação ao segundo exemplo, se consistiria em seu oposto, ainda que possa exibir, assim como a grande maioria dos seres humanos, maior tino para a especialização em alguma área, é fato que ele se especializará, com maior gana ou motivação e talento, justamente ''naquilo que mais importa'', no entendimento da realidade, e com base na hierarquia epicêntrica do ''comportamento'', e consequentemente também do pensamento, principiando por si mesmo, ou autoconhecimento, e se estendendo ao conhecimento dos padrões de operacionalidade [personalidade, temperamento, etc] dos outros seres, humanos e não-humanos, também em relação aos elementos abióticos, ao menos do seu conhecimento mais básico, e por fim, a dinâmica que perfaz a macro-realidade, entre ele, os elementos vitais, materiais e fenomenológicos de interação. A continuidade da apreensão da verdade objetiva tem sido evitada ou abortada por causa dos sistemas de crenças humanas, que ao invés de terem continuado este processo, simplesmente o pularam, criando um vácuo de entendimento, sem falar que, como o processo seletivo do homem tem se dado de maneira parcial porém ainda assim significativamente aleatória, sem maior ênfase em critérios qualitativos, e com base em pressões seletivas que continuam a selecionar o ''adaptável'' de curto prazo e raso entendimento factual, para os ambientes sociais, então o ideal de inteligência também tem sido distorcido e evitado ao máximo, se as grandes civilizações preferem servis cognitivamente úteis do que de pensadores intelectualmente úteis, que inevitavelmente acabarão lhes forçando maior igualdade e justiça e como consequência, mais conflitos, diga-se, que podem ser decididamente fatais à perpetuação de elites moralmente idiotas no poder.
O savant se especializa de maneira intensa na quase totalidade das vezes naquilo ''que menos importa'', ou que tende a ser de natureza recreativa, e portanto precisa ser cuidado por outras pessoas, como uma criança pequena, devido à sua condição de deficiente predominante e severo.
O sábio foca naquilo que mais importa, e mesmo que muitas vezes, por ser tão cronicamente mal-adaptado em sociedades estúpidas, tenda a se tornar dependente dos outros, isso ainda não significa que não terá talento de sobra para lidar com a complexidade do mundo. O problema ou nem tanto assim um problema, é que ele muitas vezes caminhará para desprezá-lo por completo, por causa de sua condição permanente de ''depressão existencial'', onde que começará a construir o seu mapa da realidade.
O savant não sabe como agir com as outras pessoas, por causa da severidade de sua deficiência. O sábio sabe, mas custa-lhe demasiadamente retroceder ao estado de inteligência artificial que os outros costumam se encontrar, sempre preferindo pela idealidade, quase um sinônimo para ''verdade'', do que para acatar cada subterfúgio estúpido que abundam em mentes menos sábias.
E entre os dois, encontramos a maioria.
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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Macro concreto versus ou/e abstrato, qual é a diferença*
Toda abstração factual é uma macro-concretude ou sistema de fatos compilados (ao invés de ser apenas um fato isolado e concreto), tende a representar a expressão ou comportamento do concreto ou orgânico ''simples'' e/ou tem uma raiz concreta/orgânica simples. Não existe abstração pura.
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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Todos os conceitos ou descrições de fatos/realidades são objetivos e todas as subjetividades partem desses conceitos concretos/ de realidades físicas (invariavelmente permanentes / compartimentadas = rochas por exemplo, ou que estão estruturadas de maneira mais descompartimentada: por exemplo, o comportamento [sentir aversão, amor, ódio]), exatamente como vibrações que são descritas, encapsuladas dentro desses conceitos abstratos/oriundos de epicentros reais/físicos
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terça-feira, 24 de janeiro de 2017
Proporcionalidade, racionalidade e o verdadeiro aprendizado
Fonte:http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2008/02/projecao-mercator1-450x381.jpg
Existem dois tipos de comportamento racional:
Proporcionalidade psicológica / mentalista ou comportamental
Cognitivo / mecanicista ou intelectual.
Para entender algo que você precisa "reconhecer muitos, a maioria ou todas as suas peças e como eles são integrados uns aos outros para compor a sua realidade de forma proporcionalmente correta" para evitar distorções.
Reconhecer a proporcionalidade correta/ideal das ''coisas'' é basicamente no que se consistem os verdadeiros aprendizado e conhecimento.
Nem mais, nem meio mais... apenas a apreensão e o conhecimento sobre a proporcionalidade ideal ou correta de tudo aquilo que nossas mentes estão capturando, novamente, a expansão do reconhecimento da verdade imediata, literal, física, e baseado no alcance perceptivo humano invulgarmente mais holístico do que das outras formas de vida terrestre, em direção à verdade abstrata ou subjetiva. Pra nós é fácil reconhecer sensorialmente a existência de uma pedra e no entanto vai se tornando cada vez mais difícil de reconhecermos sensorialmente, especialmente aquilo que é mais abstrato, que se consiste em uma construção artificial de algo que não é fisicamente imediato. E claro que os verdadeiros aprendizado e conhecimento jamais estarão divorciados dos fatos e portanto a compreensão factual é extremamente importante para que a realidade [particular] 'lá fora'' (ou no caso da introspecção, os nossos fatos) possa ser capturada e refletida a partir de nós, tal como um espelho, de fato, o pensamento reflexivo não é tão ruim assim como eu já falei em outro texto e esqueci de mencionar este parênteses, que além de não ser tão ruim assim, na verdade o oposto, baseado nessa perspectiva, é o mais provável de ser, porque se consiste basicamente na manifestação de nossa capacidade de memorização e/ou reflectância daquilo que internalizamos.
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verdade subjetiva
domingo, 11 de dezembro de 2016
Percepção factual mediante alcance perceptivo humano = verdade objetiva. Compreensão factual = verdade subjetiva... Para compreendermos a existência das coisas concretas e/ou imediatas, precisamos apenas da percepção. Para entendermos as abstrações, precisamos da compreensão factual, diga-se, pelo que parece se consiste em um ''traço'' fortemente desenvolvido entre os seres humanos, que não apenas percebem porque também podem compreender algo [novamente, as outras formas de vida também podem compreender, mas o nível humano de compreensão é significativamente maior]
Como ''mensurar'' compreensão factual (proxy para racionalidade)...
Compreensão factual
Todo mundo tem as suas opiniões sobre os mais diversos assuntos e eu gosto de pensar que todos eles estejam mais ou menos certos. No entanto, existem algumas opiniões que são muito mais factuais, melhor trabalhadas, destrinchadas, eu diria, do que outras, e portanto existe, apesar desta cadeia de subjetividades, uma hierarquia objetiva, correndo paralelamente.
Como eu também me habituei a dizer aqui, a partir da verdade objetiva, conseguimos capturar uma boa quantidade de fatos ou realidades, que encontram-se evidentemente presentes em nossas vidas, por exemplo, como eu sempre gosto de usar, a(s) pedra(s). A pedra não é apenas uma pedra pois também se consiste em um fato, em uma realidade. A verdade objetiva, a priore, nos mostra que existe uma realidade, que esta realidade é universal, que existe sem precisar de perspectivas pessoais ou subjetividades (''a pedra existe mesmo se os seres humanos jamais tivessem surgido''), existe ''por existir''. A verdade ''subjetiva'' ou abstrata, tem como ponto de origem o imediatismo material. É da pedra que podemos juntar muitas outras pedras, de diferentes tipos e quantificá-las, separá-las de acordo com critérios pré estabelecidos. É da concretude que se fazem as abstrações. O imediato, o palpável, aquilo que é fulminantemente perceptível por nossos sentidos, e em especial no caso humano, por causa de seu grande equilíbrio sensorial (em contraste com outras espécies), que representa a verdade/factualidade objetiva, e aquilo que não é imediato, que não é diretamente palpável ou sensorialmente percebido, mas potencialmente compreendido.
Como eu já comentei, a grande maioria dos seres humanos apresentam elevada compreensão factual em relação à verdade objetiva, porque este equilíbrio sensorial avançado que apresentamos se consiste na base evolutiva de nossas capacidades psico-cognitivas. O problema da humanidade começa justamente quando começamos a nos distanciar do mundo fulminantemente percebido e começamos a lidar com abstrações, com distorções ou com desdobramentos do espaço e tempo, re-interpretando, re-analisando a realidade, buscando compreender de maneira mais profunda o seu funcionamento, de modo generalizado ou pontual. A partir daí a abrangência perceptiva humana volta a se transformar em incompletude, se a maioria das outras espécies ou formas de vida, por causa de suas naturezas consideravelmente ''savant'' ou hiper-especializadas, tendem a ''distorcer' naturalmente as suas percepções, atomizando-as consideravelmente para dentro de suas ''matrix'' evolutivas, por exemplo, no sempre elucidativo caso das formigas, que trabalham ''noite e dia'', tendo à sua frente as suas diretrizes evolutivas, instintivas, e com nenhuma chance de questionar a sua realidade auto-imposta, e quando o fazem não foram mais do que reviravoltas seletivas, de natureza coletiva, enquanto que pode-se dizer que a evolução humana encontra-se intimamente atrelada à evolução da emancipação individual rente à sua coletividade, mas também à ''marca de gado'' coletiva, que se consiste o seu instinto herdado, isto é, mesmo que as formigas, novamente, sejam indivíduos dentro de uma coletividade, o instinto tende a fazê-las coletivas, indivíduos literais/materiais mas incondicionavelmente coletivos em suas perceptividades. E mesmo entre as espécies mais aparentemente individualistas, geralmente de pedradores, esta realidade que eu decidi denominar metaforicamente como ''marca de gado'' (gado marcado = = = herdado) tende a se manifestar, tal como eco instintivo/naturalmente impetuoso de sua coletividade. O ser sempre como um produto de seu meio e de processos seletivos anteriores, sempre como herdeiro, e quanto menos humano, mais naturalmente subordinado ao seu destino biologicamente transmitido se estará.
Como resultado a compreensão factual humana apresentará a priore um horizonte muito maior e correto de possibilidades, assim como também tornará o organismo fortemente vulnerável a escolher por caminhos progressivamente equivocados, justamente por ter percepção holística mais aguçada e flexibilidade parcial de escolha.
A mensurabilidade da compreensão factual dar-se-ia pela quantidade de fatos, em especial os mais hierarquicamente relevantes, que tendem a exibir naturezas generalizadas ao invés de serem pontuais ou mesmo distantes da realidade natural, por exemplo, a comparação entre o entendimento psicológico/comportamental e fisiológico dos contrastes entre as populações/ecologias humanas e o aprendizado de uma técnica qualquer, que encontra-se distante da compreensão factual naturalista ou macro-realista/holística.
Portanto, não será suficiente ter uma grande quantidade de fatos internalizados e variavelmente compreendidos, se eles não forem os mais hierarquicamente importantes, isto é, se não forem de natureza naturalista e/ou estiverem diretamente atrelados à relação essencial da vida, entre o ser e o seu meio de vivência. Ao principiarmos pelo entendimento do ser e suas multitudes de comportamento, de nossos comportamentos, se também somos seres, dos ambientes em que nos localizamos e por fim, na dinâmica ecológica ali estabelecida, começaremos então a respeitar a hierarquia epicêntrica e perceptiva da macro-realidade, estabelecendo uma linha coesa de compreensão factual que desemboca por sua própria natureza, na tão falada e desconstruída/vilipendiada sabedoria.
A predominância de fatos sobre a quantidade de factoides, e não exatamente a quantidade de fatos internalizados, e novamente, sem serem hierarquicamente importantes, é que será de boa ajuda numa possível ''mensuração'' do nível de compreensão factual, ainda que se possa também aceitar esses critérios, desde que não sejam tomados como fundamentalmente importantes, coisa que de fato não são (por exemplo, tomar o teste de qi espacial como ''o mais importante'' de uma bateria completa de testes). Também há de se separar factoides de incertezas factuais porém embasadas em fatos legítimos, como quando ainda não temos grande conhecimento sobre certa realidade particular, por exemplo, em relação ao entendimento do ou dos universos, em contraste a um legítimo factoide, por exemplo a forçada ideia de que todos os seres humanos sejam intrinsecamente iguais e que apenas os ambientes em que estão que, de fato, os diferenciem.
Portanto, partindo de uma hierarquia coesa de importâncias, a compreensão factual poderia ser ''mensurada'' a partir dos seguintes critérios, em ordem: predominância factual, qualidade factual (alguns fatos 'abstratos' são mais importantes do que outros: saber sobre o comportamento médio das populações humanas, suas origens ou causas e padrões de transmissão intergeracional é hierarquicamente mais importante do que ter maior conhecimento sobre alguma área da física ou da química... justamente porque a primeira se consiste numa das bases do conhecimento humano), nível de comprometimento factual (atrelado à predominância factual, pois não basta ''mensurar' o predomínio e nem mesmo a qualidade dos fatos internalizados e possivelmente compreendidos, mas também o quão comprometido/corrompido um sistema/você pode estar em relação aos mecanismos mais basais, o exemplo das raças humanas usado acima. Novamente percebe-se que o vitalismo vence o materialismo, pois ao contrário da propaganda propositalmente maléfica das ''elites'' globalistas, deter conhecimento sobre a realidade racial necessariamente não resultará no ''racismo', até mesmo porque deste modo se poderá inclusive prever comportamentos, possibilidades de melhorias comportamentais com base na manipulação dos padrões de acasalamento e mesmo reduzindo o próprio ''racismo', por exemplo, na redução significativa dos elementos sociopáticos que parecem abundar entre as pessoas de raça negra), nível de entendimento (superficial, mediano a avançado) e nível de potencial para ampliar e dilapidar este entendimento, fortemente relacionado à criatividade. Sim, pensadores reflexivos também tendem a ser muito criativos, pois estão sempre manipulando as informações que capturam, vendo-as sob vários pontos de vista diferentes, e com isso aumentando as chances de terem insights criativos.
Rácio-nalidade...
A racionalidade parte de uma maior ponderação reflexiva em relação às informações que estão sendo processadas e tende a resultar muitas se não na maioria das vezes em conclusões de igual natureza. Portanto a natureza da racionalidade será indefectivelmente balanceada, ponderada e este fato terá óbvias repercussões em relação à compreensão factual. Capturar um fato, abstratos ou neo-concretos (por exemplo, a possível visualização de uma nave espacial alienígena), se consiste numa mescla entre a percepção e a compreensão factual. Para perceber uma realidade precisa-se apenas do sistema sensorial atento e dependendo do nível de alcance perceptivo do organismo ou ser em questão. Mas para compreender um fato, há de se ir um pouco mais além do imediato reconhecimento de certa particular verdade ou realidade, vê-la sob diferentes perspectivas, ampliando o conhecimento do mesma, por exemplo, reconhecer a existência das raças humanas (diferenças sob os mais diversos níveis entre as populações humanas) pelo simples fato de se capturar via cinco sentidos esta macro-saliência antropo-ecológica. Não estamos lidando exatamente com a compreensão de suas causas, mas de seus efeitos. Vemos, além de seus aspectos fisiológicos variáveis, também os seus comportamentos, ou macro-padrões de funcionalidade. A percepção factual captura essas informações em tempo real, enquanto que a compreensão factual caminhará para dividi-las em diferentes etapas, buscando entender mais detalhadamente as suas sutilezas operacionais. A compreensão parte-se de uma reflexão anterior, objetiva e lógica.
Portanto por agora eu acredito que se possa ''mensurar' a compreensão factual com base nos critérios acima, mas sempre partindo de uma hierarquia de importância, isto é, desde as bases até o topo, das abstrações que podem ser perceptivas ''a olho nu'' e compreendidas via manipulação benigna do ''cubo mágico'' dos padrões reais, até àquelas que são construções abstratas mais avançadas.
Todo mundo tem as suas opiniões sobre os mais diversos assuntos e eu gosto de pensar que todos eles estejam mais ou menos certos. No entanto, existem algumas opiniões que são muito mais factuais, melhor trabalhadas, destrinchadas, eu diria, do que outras, e portanto existe, apesar desta cadeia de subjetividades, uma hierarquia objetiva, correndo paralelamente.
Como eu também me habituei a dizer aqui, a partir da verdade objetiva, conseguimos capturar uma boa quantidade de fatos ou realidades, que encontram-se evidentemente presentes em nossas vidas, por exemplo, como eu sempre gosto de usar, a(s) pedra(s). A pedra não é apenas uma pedra pois também se consiste em um fato, em uma realidade. A verdade objetiva, a priore, nos mostra que existe uma realidade, que esta realidade é universal, que existe sem precisar de perspectivas pessoais ou subjetividades (''a pedra existe mesmo se os seres humanos jamais tivessem surgido''), existe ''por existir''. A verdade ''subjetiva'' ou abstrata, tem como ponto de origem o imediatismo material. É da pedra que podemos juntar muitas outras pedras, de diferentes tipos e quantificá-las, separá-las de acordo com critérios pré estabelecidos. É da concretude que se fazem as abstrações. O imediato, o palpável, aquilo que é fulminantemente perceptível por nossos sentidos, e em especial no caso humano, por causa de seu grande equilíbrio sensorial (em contraste com outras espécies), que representa a verdade/factualidade objetiva, e aquilo que não é imediato, que não é diretamente palpável ou sensorialmente percebido, mas potencialmente compreendido.
Como eu já comentei, a grande maioria dos seres humanos apresentam elevada compreensão factual em relação à verdade objetiva, porque este equilíbrio sensorial avançado que apresentamos se consiste na base evolutiva de nossas capacidades psico-cognitivas. O problema da humanidade começa justamente quando começamos a nos distanciar do mundo fulminantemente percebido e começamos a lidar com abstrações, com distorções ou com desdobramentos do espaço e tempo, re-interpretando, re-analisando a realidade, buscando compreender de maneira mais profunda o seu funcionamento, de modo generalizado ou pontual. A partir daí a abrangência perceptiva humana volta a se transformar em incompletude, se a maioria das outras espécies ou formas de vida, por causa de suas naturezas consideravelmente ''savant'' ou hiper-especializadas, tendem a ''distorcer' naturalmente as suas percepções, atomizando-as consideravelmente para dentro de suas ''matrix'' evolutivas, por exemplo, no sempre elucidativo caso das formigas, que trabalham ''noite e dia'', tendo à sua frente as suas diretrizes evolutivas, instintivas, e com nenhuma chance de questionar a sua realidade auto-imposta, e quando o fazem não foram mais do que reviravoltas seletivas, de natureza coletiva, enquanto que pode-se dizer que a evolução humana encontra-se intimamente atrelada à evolução da emancipação individual rente à sua coletividade, mas também à ''marca de gado'' coletiva, que se consiste o seu instinto herdado, isto é, mesmo que as formigas, novamente, sejam indivíduos dentro de uma coletividade, o instinto tende a fazê-las coletivas, indivíduos literais/materiais mas incondicionavelmente coletivos em suas perceptividades. E mesmo entre as espécies mais aparentemente individualistas, geralmente de pedradores, esta realidade que eu decidi denominar metaforicamente como ''marca de gado'' (gado marcado = = = herdado) tende a se manifestar, tal como eco instintivo/naturalmente impetuoso de sua coletividade. O ser sempre como um produto de seu meio e de processos seletivos anteriores, sempre como herdeiro, e quanto menos humano, mais naturalmente subordinado ao seu destino biologicamente transmitido se estará.
Como resultado a compreensão factual humana apresentará a priore um horizonte muito maior e correto de possibilidades, assim como também tornará o organismo fortemente vulnerável a escolher por caminhos progressivamente equivocados, justamente por ter percepção holística mais aguçada e flexibilidade parcial de escolha.
A mensurabilidade da compreensão factual dar-se-ia pela quantidade de fatos, em especial os mais hierarquicamente relevantes, que tendem a exibir naturezas generalizadas ao invés de serem pontuais ou mesmo distantes da realidade natural, por exemplo, a comparação entre o entendimento psicológico/comportamental e fisiológico dos contrastes entre as populações/ecologias humanas e o aprendizado de uma técnica qualquer, que encontra-se distante da compreensão factual naturalista ou macro-realista/holística.
Portanto, não será suficiente ter uma grande quantidade de fatos internalizados e variavelmente compreendidos, se eles não forem os mais hierarquicamente importantes, isto é, se não forem de natureza naturalista e/ou estiverem diretamente atrelados à relação essencial da vida, entre o ser e o seu meio de vivência. Ao principiarmos pelo entendimento do ser e suas multitudes de comportamento, de nossos comportamentos, se também somos seres, dos ambientes em que nos localizamos e por fim, na dinâmica ecológica ali estabelecida, começaremos então a respeitar a hierarquia epicêntrica e perceptiva da macro-realidade, estabelecendo uma linha coesa de compreensão factual que desemboca por sua própria natureza, na tão falada e desconstruída/vilipendiada sabedoria.
A predominância de fatos sobre a quantidade de factoides, e não exatamente a quantidade de fatos internalizados, e novamente, sem serem hierarquicamente importantes, é que será de boa ajuda numa possível ''mensuração'' do nível de compreensão factual, ainda que se possa também aceitar esses critérios, desde que não sejam tomados como fundamentalmente importantes, coisa que de fato não são (por exemplo, tomar o teste de qi espacial como ''o mais importante'' de uma bateria completa de testes). Também há de se separar factoides de incertezas factuais porém embasadas em fatos legítimos, como quando ainda não temos grande conhecimento sobre certa realidade particular, por exemplo, em relação ao entendimento do ou dos universos, em contraste a um legítimo factoide, por exemplo a forçada ideia de que todos os seres humanos sejam intrinsecamente iguais e que apenas os ambientes em que estão que, de fato, os diferenciem.
Portanto, partindo de uma hierarquia coesa de importâncias, a compreensão factual poderia ser ''mensurada'' a partir dos seguintes critérios, em ordem: predominância factual, qualidade factual (alguns fatos 'abstratos' são mais importantes do que outros: saber sobre o comportamento médio das populações humanas, suas origens ou causas e padrões de transmissão intergeracional é hierarquicamente mais importante do que ter maior conhecimento sobre alguma área da física ou da química... justamente porque a primeira se consiste numa das bases do conhecimento humano), nível de comprometimento factual (atrelado à predominância factual, pois não basta ''mensurar' o predomínio e nem mesmo a qualidade dos fatos internalizados e possivelmente compreendidos, mas também o quão comprometido/corrompido um sistema/você pode estar em relação aos mecanismos mais basais, o exemplo das raças humanas usado acima. Novamente percebe-se que o vitalismo vence o materialismo, pois ao contrário da propaganda propositalmente maléfica das ''elites'' globalistas, deter conhecimento sobre a realidade racial necessariamente não resultará no ''racismo', até mesmo porque deste modo se poderá inclusive prever comportamentos, possibilidades de melhorias comportamentais com base na manipulação dos padrões de acasalamento e mesmo reduzindo o próprio ''racismo', por exemplo, na redução significativa dos elementos sociopáticos que parecem abundar entre as pessoas de raça negra), nível de entendimento (superficial, mediano a avançado) e nível de potencial para ampliar e dilapidar este entendimento, fortemente relacionado à criatividade. Sim, pensadores reflexivos também tendem a ser muito criativos, pois estão sempre manipulando as informações que capturam, vendo-as sob vários pontos de vista diferentes, e com isso aumentando as chances de terem insights criativos.
Rácio-nalidade...
A racionalidade parte de uma maior ponderação reflexiva em relação às informações que estão sendo processadas e tende a resultar muitas se não na maioria das vezes em conclusões de igual natureza. Portanto a natureza da racionalidade será indefectivelmente balanceada, ponderada e este fato terá óbvias repercussões em relação à compreensão factual. Capturar um fato, abstratos ou neo-concretos (por exemplo, a possível visualização de uma nave espacial alienígena), se consiste numa mescla entre a percepção e a compreensão factual. Para perceber uma realidade precisa-se apenas do sistema sensorial atento e dependendo do nível de alcance perceptivo do organismo ou ser em questão. Mas para compreender um fato, há de se ir um pouco mais além do imediato reconhecimento de certa particular verdade ou realidade, vê-la sob diferentes perspectivas, ampliando o conhecimento do mesma, por exemplo, reconhecer a existência das raças humanas (diferenças sob os mais diversos níveis entre as populações humanas) pelo simples fato de se capturar via cinco sentidos esta macro-saliência antropo-ecológica. Não estamos lidando exatamente com a compreensão de suas causas, mas de seus efeitos. Vemos, além de seus aspectos fisiológicos variáveis, também os seus comportamentos, ou macro-padrões de funcionalidade. A percepção factual captura essas informações em tempo real, enquanto que a compreensão factual caminhará para dividi-las em diferentes etapas, buscando entender mais detalhadamente as suas sutilezas operacionais. A compreensão parte-se de uma reflexão anterior, objetiva e lógica.
Portanto por agora eu acredito que se possa ''mensurar' a compreensão factual com base nos critérios acima, mas sempre partindo de uma hierarquia de importância, isto é, desde as bases até o topo, das abstrações que podem ser perceptivas ''a olho nu'' e compreendidas via manipulação benigna do ''cubo mágico'' dos padrões reais, até àquelas que são construções abstratas mais avançadas.
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sábado, 10 de dezembro de 2016
Uma vida por aproximação ... Sem números, palavras (pasmem, e mesmo com eles)
''Estou neste momento'', enquanto redijo este texto, fazendo exercícios físicos, mais precisamente flexões. Eu contei que já fiz a quarta flexão, com 10 repetições cada (sim, eu sou fraco, e daí*). Sem os números e as palavras eu provavelmente teria deduzido por aproximação a quantidade de exercícios que fiz. Antes dos números e das palavras é provável que vivíamos em um mundo perceptivo que era entendido por aproximação, diga-se, possivelmente mais instintivo, sagaz, intuitivo, tal como acontece com todas as outras formas de vida. Mas menos preciso, mais bruto, do que como estamos por agora, isto é, ainda mais bruto.
Se eu não tivesse contado o número de repetições nem a quantidade de flexões eu o teria feito por aproximação ou "impressão numérica" ou mesmo teria me perdido na contagem.
Quando olhamos, sentimos com o tato, escutamos, cheiramos, enfim quando usamos os nossos sentidos, entendemos o mundo, em especial o abstrato, por aproximação, que pode ser facilmente traduzida como ''impressão'', claro, se formos comparar com a ''realidade'', porque na verdade, a compreensão pode se dar independente de ''nossas'' invenções, como o vocabulário e os números. A verdade objetiva ou concreta é o mundo dos sentidos, em que notamos, tomamos conhecimento da realidade de maneira inflexível e direta. Este é o nosso alcance perceptivo universal, que é mais equilibrado, mais holístico do que os das outras espécies e que nos faz a priore excepcionais na capacidade de encontrar causas e efeitos e agir de modo logicamente apropriado, a priore. Mas para entendermos o mundo e não apenas percebe-lo, o fazemos primeiramente por aproximação não-verbal, intuitiva.
Uma espécie de lógica intuitiva primária (a lógica intuitiva se consiste na continuidade da tentativa de compreensão factual de uma realidade, que pode ser metaforicamente representada por uma tela parcialmente pintada. A lógica intuitiva se consistiria então na continuidade desta pintura, isto é, olhando para onde que está incompleto e prevendo/sentindo logicamente como que o desenho poderia continuar).
A concepção direta da realidade percebida pelos nossos sentidos ainda se fará com base em aproximação porque apesar de sabermos que a realidade existe, ao menos aquela que nossos sentidos captam, esta percepção não será idealmente precisa quando o fizermos a partir das abstrações. A evolução para o pensamento abstrato é muito provável que levou a invenção das culturas humanas. Como eu já falei outras vezes, o instinto humano é atrasado. Ao invés de agirmos de imediato tal como pseudo-autômatos e portanto hiper-sensíveis ou "impulsivos', como as outras espécies, nós podemos pensar e re-pensar (quantas vezes 'quisermos') antes de agirmos, supostamente, ainda que tal vantagem não costume se manifestar de maneira universal, constante e ideal. O instinto se consiste justamente no pensar/agir ao mesmo tempo. Penso/ logo ajo. Para o ser humano existe a possibilidade que é bastante variável a níveis individual e grupal, de se pensar de modo mais prolongado, podendo assim repensar ou consertar antes que a ação aconteça ou seja efetuada. Não é que nenhum outro animal não seja capaz de pensar reflexivamente. Novamente, o ser humano sendo uma continuidade das outras espécies, é apenas muito mais inteligente neste aspecto do que as outras e portanto isto quer deixar a entender que elas também exibem esta capacidade mas em níveis muito mais simples. A cultura humana é uma invenção que veio a calhar quando nos livramos parcialmente de nossos instintos. A cultura humana é uma reorganização potencialmente lógica do mundo perdido do instinto humano. Podemos dizer que somos muito mais lentos que as outras espécies, neste aspecto do pensar-para-agir, de tal maneira, que podemos repensar/refletir várias vezes, e ao longo da vida, entre uma ideia/pensamento e uma ação, o mundo humano foi construído.
Quando olhamos para as coisas deduzimos por aproximação intuitiva os seus tamanhos. Podemos mensura-las e prover uma maior precisão de julgamento. Números e palavras organizam pensamentos e que por sua vez organizam ações. Escrever ideias é uma maneira muito inteligente para se prever/mensurar/entender uma ação, separando-a de si mesmo, e como consequência do seu pensamento em relação ao seu comportamento.
Fazemos o mesmo em relação a tudo aquilo que percebemos antes da reflexão, mesmo sem palavras (ou linguagem) ou números ou mesmo já com esses dois instrumentos que são essenciais para qualquer cultura humana. O primeiro pensamento humano (e animal) nunca é verbal mas sensorial ou não-verbal.
Desde novo que eu percebo diferenças no comportamento das pessoas e em relação aos grupos em que elas naturalmente se encaixam. Todos nós desenvolvemos de maneira mais ou menos significativa este tipo de impressão e antes de fixarmos as nossas impressões, mantemos tal percepção factual enquanto uma aproximação da possível realidade, que será revelada pela experiência, por um rompante de atividade ideacional pré conclusiva, quando transformamos essas impressões em conhecimento bruto, ou por fim, pela fixação via técnica primordial reflexiva humana, ou seja, os símbolos para quantidade e para categoria, respectivamente números e letras/palavras. A impressão é uma percepção factual bruta, ou preconceito cognitivo, que pode ou não estar certo, e o mais provável é que seja ''por aproximação'', revelando um largo espectro de acertos, mas que não é preciso. A percepção factual dilapidada, se fará, novamente através de ''nossas'' invenções, linguagem, vocabulário e sistema(s) numérico(s).
A precisão parece algo complexo mas muitas vezes não será. Por exemplo, a precisão quanto a factual existência de diferenças fisiológicas e comportamentais entre grupos geográficos humanos. Podemos percebe-las em vários senão em todos os seus aspectos mais visíveis ou sensíveis, isto é, que são sensorialmente capturáveis a olho nu, porque as linguagens numérica e categórica/verbal desde quando são aprendidas, passam a funcionar como filtros. Portanto antes de verbalizarmos qualquer realidade perceptível, complexa/plural ou simples/singular, ela já terá sido capturada por nossos sentidos. A lógica, em especial a de natureza abstrata, parece localizar-se nesta transferência coesa de informações em que as impressões apreendidas serão verbalizadas, por meio de categorias qualitativas/descritivas e numéricas/quantitativas.
Percebemos contrastes, semelhanças, enfim padrões e os verbalizamos. Sem a linguagem é provável que continuaríamos compreendendo o mundo no mesmo nível básico em que estamos, visto que a meu ver foi a necessidade humana pela linguagem que possibilitou a sua emergência ou invenção e não o oposto, porque seria obviamente impossível que a abstração por ser sempre fruto ou expressão da concretude, pudesse, enquanto uma entidade mágica, aparecer antes do seu criador.
Todos os seres vivos sentem a realidade por meio de seus respectivos sistemas sensoriais e que é interpretada por seus sistemas mentais. Todos os seres vivos não-humanos compreendem o mundo por aproximação e de maneiras profundamente "tendenciosas", em termos abstratos, por serem muito mais instintivos e portanto por herdarem comportamentos pré-programados (muitos que já nascem muito mais desenvolvidos que os seres humanos) e que por causa do maior impulso vital ou instinto são "forçados' a agirem e a reagirem quase sempre de modo mais imperativo e menos reflexivo.
Em tese o ser humano seria muito mais reflexivo que as outras formas de vida mas esta vantagem não parece esplendorosamente notável a ponto de funcionar de modo perfeccionista para a própria humanidade porque tende a resultar na "complexidade" da subjetividade humana mas que também pode ser entendida parcialmente como uma confusão de se tentar adivinhar o mundo abstrato (ecos ou expressões que emanam da concretude) por aproximação. Justamente porque estamos no início da compreensão da verdade ''subjetiva' ou abstrata que regredimos ao estado da percepção [abstrata] por aproximação, em que tomamos a metade como se fosse toda a verdade, como se fosse o inteiro, por aproximação, onde que, ao invés de pensarmos naturalmente como fazemos sobre a concretude onde que 1=1(banana = banana) nós tenderemos a pensar a partir do mundo abstrato em que 1= 1,3-1,4-0,9-0,6.... As religiões oficiais funcionam desta maneira em que por aproximação cria-se um longo espectro de princípios e factoides [sempre] vagos, entre o fato e o errado, onde vivem os factoides, alimentando a ignorância sempre pulsante do ser humano com base em suas quase, meias-verdades e mentiras fantasiosas que apelam para a emoção.
Estes vácuos que a compreensão por aproximação provoca costumam ser férteis para a complexidade ou confusão humana e debilmente falando, para o uso indevido ou egoísta desta fraqueza por grupos imorais.
A maioria das culturas humanas principalmente em seus aspectos culturais mais puros são basicamente a tomada de um achismo por aproximação enquanto uma verdade exponencialmente perfeccionista. Aquilo que invariavelmente faz ou pode fazer sentido, mas que não é definitivamente factual.
A precisão simples é o reconhecimento bruto da realidade de acordo com cada alcance perceptivo basal ou simples de cada espécie. O alcance perceptivo basal ou simples do ser humano lhe propicia reconhecer a verdade objetiva, concreta, imediata ou reconhecimento bruto da realidade da maneira mais equilibrada, mais holística via percepção sensorial + interpretação cerebral. O ser humano pode mensurar com melhor aproximação ou probabilidades de acertos, o peso, a coloração, a textura, enfim as características das coisas ou existências, não apenas por causa de seu cérebro mais avantajado mas pode ser também por ter uma estatura média bastante ponderada e muito adequada para este tipo de percepção. Se fosse tão grande quanto um dinossauro de porte tiranossáurico o ser humano talvez apresentasse uma percepção simples ou aquela captura da verdade objetiva se faria mais mais distorcida. Da mesma maneira que o oposto também é verdade, por exemplo no caso das formigas, em que a escala geo-biológica será muito menor. Ser intermediário tem muitas vantagens porque muitas vezes se poderá compreender melhor de maneira holística e mais ponderada a realidade imediata em que se vive. Mas sem o seu cérebro prodigioso mesmo uma estatura ponderada é provável que não seria suficiente. Apesar disso continua fazendo toda a diferença não ter o tamanho de dinossauro gigantesco, muito menos de uma formiga.
Portanto reconhecemos por exemplo uma pedra, sua textura, seu tamanho, sua coloração, sua dureza, e isto é uma nano-parte da verdade objetiva. Do mesmo modo podemos reconhecer os contrastes físicos entre as diferentes identidades biológicas do ser humano.
Quando deixamos este mundo direto, constante, inescapável mesmo em nossos sonhos, e partimos em direção a um mundo além do imediatismo da concretude, da existência bruta, existência por si mesma, chegamos à uma realidade que se faz não-verbalmente por associação e por aproximação ou impressão. Já conseguimos fixar com grande precisão a realidade objetiva, mas ainda estamos engatinhando em relação à verdade/realidade subjetiva. Este é o principio do mundo abstrato e todas as formas de vida parecem capturar ao menos algum fiapo deste mundo por seus sistemas perceptivos/vitais. E é claro que o ser humano é o único com grande desenvolvimento desta percepção abstrata.
Além da pedra ou das populações humanas e que no segundo caso já apresentará um caráter acumulativo ou plural, e portanto menos imediatista e mais -especulativo a corretamente conclusivo-, nós podemos olhar para as mesmas de modo desapaixonado, isto é, sem intencionalidade instintiva.
O ser humano pode se interessar pela pedra sem ter qualquer utilidade prática. No entanto por causa do instinto predominantemente sempre aceso, a maioria das espécies não- humanas quase sempre se relacionarão com a realidade e as peças que a compõe com finalidades restritamente utilitárias ou ego-cêntricas.
O simples ato de conhecer muitas vezes começará pelo completo desinteresse utilitário. Isto é, conhece-se pelo prazer de se conhecer, pelo valor em si mesmo. O conhecimento verdadeiro é a finalidade do conhecimento. No reino não-humano o conhecimento muitas vezes antecederá à utilidade vital ou de sobrevivência. Isto é, será especialmente um meio para uma finalidade. Os fins justificam os meios para a maior parte dos animais não-humanos... e humanos.
Como eu já falei antes, pra muitos criativos especialmente os mais sábios o conhecimento tende a ser entendido como a sua finalidade por si mesma, isto é, aprende-se pelo simples gosto de se aprender.
Portanto os animais tendem a analisar o mundo de modo mais separado ou hiper-concentrado, direcionado por seu instinto, sem encontrar ou mesmo buscar por uma portentosa e crescente quantidade de causas e efeitos ou inter-relações dos mais variados temas, do ''chão ao firmamento''. Percebam que o ser humano comum também tende a perceber o mundo mais ou menos desta maneira e quando tenta abstratizar um pouco mais, a sua percepção muitas vezes terminará generalizando, isto é, ao tentar encontrar causas e efeitos, caíra na velha falácia "causalidade = correlação", uma extensão percepção para uma pluralidade de perspectivas/temas que a maioria das outras formas de vida não são capazes de fixar atenção de longo prazo.
A expansão da precisão simples de modo correto que tem natureza acumulativa se consiste na evolução da percepção geralmente dissociada ou separada da realidade, a vendo cada vez mais como ela é, apenas do jeito como ela é. As abstrações são os padrões ou expressões de funcionamento dos organismos, da realidade por si mesma. Por exemplo. Ao vermos um balão colorido no céu estamos capturando a sua existência concreta. A abstração começa pela curiosidade quase que irresistível ou ao menos pela capacidade de se entender que, para cada comportamento há um mecanismo subjacente e possivelmente escondido ou sistema de padrões invariavelmente repetitivos, bem como também as suas expressões [das formas] ou, os seus comportamentos. A abstração é um novo mundo abstrato onde que o tempo e sua implacabilidade podem ser vencidas mesmo que por período curto porque desta maneira podemos voltar ao passado, claro que em sentido figurado, imaginar o futuro, voltar um pouco no passado recente, analisar as coisas de modo separado e depois pluri-relacionado, isto é, reintegrando-os. Enfim podemos aumentar a quantidade dos nossos olhares em relação ao mundo que vivenciamos, além de nossas fronteiras egocêntricas ou utilitárias.
Pelo instinto sabe-se mais sobre si mesmo, ainda que a um nível primário (primitivo), e pouco sobre a realidade circundante e suas múltiplas perspectivas. Sabe-se mais sobre o efeito, ou o comportamento, do que a causa de si mesmo. Sabe-se o que ''tem'' que fazer, mas não o porquê.
Por meio de uma descentralização ou redução do instinto, do EU primário, começa-se gradualmente a ampliar os horizontes perceptivos enquanto que um extremo de docilidade ou domesticação cortará as vantagens instintivas que chegam ao seu ápice de funcionalidade, ao menos ou especialmente ao nível ideacional, a partir daquilo que denominei como ''zona habitável da sabedoria'', o meio caminho entre instinto e docilidade/domesticação.
Portanto como conclusão deste texto, sem números, palavras, mas especialmente sem linguagem, compreenderemos o mundo de modo não-verbal e por aproximação, enquanto que a junção do símbolo com o ''ser'', a existência ou coisa, a partir do seu ''aprendizado'', geralmente veloz, a partir da língua ''materna'', parece funcionar como uma maneira de evidenciar por nós mesmos via ''memória verbal/ambiental'' de modo mais saliente os contrastes e similaridades que perfazem a realidade. Os símbolos abstratos inventados pelo ser humano lhe dão, a priore, maior precisão, ainda que possamos compreender intuitivamente, ''sem saber'', em relação a uma série de realidades, sem a necessidade do método científico, de necessariamente ter que provar a existência de algo.
Sem a voz interna recobrando as palavras e números memorizados desde ou especialmente a partir da primeira infância, continuaríamos entendendo o mundo no mesmo nível perceptivo em que estamos, mas sem a simbiose simbólico-mental que se consistem as palavras ''e'' os números, que no final também são palavras, símbolos-de-símbolos, novamente o velho exemplo que sempre gosto de usar, reconheceríamos as características que definem uma vaca, apenas por olhar, sentir, cheirar e gravar na memória. Pode ser possível que sem a linguagem, ''poderíamos'' ter criado outros meios, não para memorizar a associação e como consequência reconhecer certa coisa ou particularidade, mas para fixa-la e reconhece-la de outro modo. Quem sabe* Também existem as diferenças individuais de autoconsciência* Sem a cultura humana do jeito que é, como que agiríamos ou perceberíamos o mundo* O gato ou o cachorro sabe que uma vaca é de fato uma vaca* ou que, por aproximação, podem ''apenas'' reconhece-la de maneira aproximada** (e sem muito interesse, como quando alguém tenta nos ensinar algo e conseguimos entender um pouco, mas sem ter qualquer interesse que inflame este desejo pelo aprofundamento pra esta tentativa de aprendizado/internalização factual)
Os primatas mais próximos do ser humano sabem que uma vaca é uma vaca do jeito que nós sabemos*
Eu não acredito totalmente que sem a linguagem ''não seríamos humanos'', pois humanos nós já somos, com ou sem cultura ou linguagem.
E sem contato social humano**
Os primeiros hominídeos é muito provável que se comportavam similarmente aos outros primatas, mais primários...
Se eu não tivesse contado o número de repetições nem a quantidade de flexões eu o teria feito por aproximação ou "impressão numérica" ou mesmo teria me perdido na contagem.
Quando olhamos, sentimos com o tato, escutamos, cheiramos, enfim quando usamos os nossos sentidos, entendemos o mundo, em especial o abstrato, por aproximação, que pode ser facilmente traduzida como ''impressão'', claro, se formos comparar com a ''realidade'', porque na verdade, a compreensão pode se dar independente de ''nossas'' invenções, como o vocabulário e os números. A verdade objetiva ou concreta é o mundo dos sentidos, em que notamos, tomamos conhecimento da realidade de maneira inflexível e direta. Este é o nosso alcance perceptivo universal, que é mais equilibrado, mais holístico do que os das outras espécies e que nos faz a priore excepcionais na capacidade de encontrar causas e efeitos e agir de modo logicamente apropriado, a priore. Mas para entendermos o mundo e não apenas percebe-lo, o fazemos primeiramente por aproximação não-verbal, intuitiva.
Uma espécie de lógica intuitiva primária (a lógica intuitiva se consiste na continuidade da tentativa de compreensão factual de uma realidade, que pode ser metaforicamente representada por uma tela parcialmente pintada. A lógica intuitiva se consistiria então na continuidade desta pintura, isto é, olhando para onde que está incompleto e prevendo/sentindo logicamente como que o desenho poderia continuar).
A concepção direta da realidade percebida pelos nossos sentidos ainda se fará com base em aproximação porque apesar de sabermos que a realidade existe, ao menos aquela que nossos sentidos captam, esta percepção não será idealmente precisa quando o fizermos a partir das abstrações. A evolução para o pensamento abstrato é muito provável que levou a invenção das culturas humanas. Como eu já falei outras vezes, o instinto humano é atrasado. Ao invés de agirmos de imediato tal como pseudo-autômatos e portanto hiper-sensíveis ou "impulsivos', como as outras espécies, nós podemos pensar e re-pensar (quantas vezes 'quisermos') antes de agirmos, supostamente, ainda que tal vantagem não costume se manifestar de maneira universal, constante e ideal. O instinto se consiste justamente no pensar/agir ao mesmo tempo. Penso/ logo ajo. Para o ser humano existe a possibilidade que é bastante variável a níveis individual e grupal, de se pensar de modo mais prolongado, podendo assim repensar ou consertar antes que a ação aconteça ou seja efetuada. Não é que nenhum outro animal não seja capaz de pensar reflexivamente. Novamente, o ser humano sendo uma continuidade das outras espécies, é apenas muito mais inteligente neste aspecto do que as outras e portanto isto quer deixar a entender que elas também exibem esta capacidade mas em níveis muito mais simples. A cultura humana é uma invenção que veio a calhar quando nos livramos parcialmente de nossos instintos. A cultura humana é uma reorganização potencialmente lógica do mundo perdido do instinto humano. Podemos dizer que somos muito mais lentos que as outras espécies, neste aspecto do pensar-para-agir, de tal maneira, que podemos repensar/refletir várias vezes, e ao longo da vida, entre uma ideia/pensamento e uma ação, o mundo humano foi construído.
Quando olhamos para as coisas deduzimos por aproximação intuitiva os seus tamanhos. Podemos mensura-las e prover uma maior precisão de julgamento. Números e palavras organizam pensamentos e que por sua vez organizam ações. Escrever ideias é uma maneira muito inteligente para se prever/mensurar/entender uma ação, separando-a de si mesmo, e como consequência do seu pensamento em relação ao seu comportamento.
Fazemos o mesmo em relação a tudo aquilo que percebemos antes da reflexão, mesmo sem palavras (ou linguagem) ou números ou mesmo já com esses dois instrumentos que são essenciais para qualquer cultura humana. O primeiro pensamento humano (e animal) nunca é verbal mas sensorial ou não-verbal.
Desde novo que eu percebo diferenças no comportamento das pessoas e em relação aos grupos em que elas naturalmente se encaixam. Todos nós desenvolvemos de maneira mais ou menos significativa este tipo de impressão e antes de fixarmos as nossas impressões, mantemos tal percepção factual enquanto uma aproximação da possível realidade, que será revelada pela experiência, por um rompante de atividade ideacional pré conclusiva, quando transformamos essas impressões em conhecimento bruto, ou por fim, pela fixação via técnica primordial reflexiva humana, ou seja, os símbolos para quantidade e para categoria, respectivamente números e letras/palavras. A impressão é uma percepção factual bruta, ou preconceito cognitivo, que pode ou não estar certo, e o mais provável é que seja ''por aproximação'', revelando um largo espectro de acertos, mas que não é preciso. A percepção factual dilapidada, se fará, novamente através de ''nossas'' invenções, linguagem, vocabulário e sistema(s) numérico(s).
A precisão parece algo complexo mas muitas vezes não será. Por exemplo, a precisão quanto a factual existência de diferenças fisiológicas e comportamentais entre grupos geográficos humanos. Podemos percebe-las em vários senão em todos os seus aspectos mais visíveis ou sensíveis, isto é, que são sensorialmente capturáveis a olho nu, porque as linguagens numérica e categórica/verbal desde quando são aprendidas, passam a funcionar como filtros. Portanto antes de verbalizarmos qualquer realidade perceptível, complexa/plural ou simples/singular, ela já terá sido capturada por nossos sentidos. A lógica, em especial a de natureza abstrata, parece localizar-se nesta transferência coesa de informações em que as impressões apreendidas serão verbalizadas, por meio de categorias qualitativas/descritivas e numéricas/quantitativas.
Percebemos contrastes, semelhanças, enfim padrões e os verbalizamos. Sem a linguagem é provável que continuaríamos compreendendo o mundo no mesmo nível básico em que estamos, visto que a meu ver foi a necessidade humana pela linguagem que possibilitou a sua emergência ou invenção e não o oposto, porque seria obviamente impossível que a abstração por ser sempre fruto ou expressão da concretude, pudesse, enquanto uma entidade mágica, aparecer antes do seu criador.
Todos os seres vivos sentem a realidade por meio de seus respectivos sistemas sensoriais e que é interpretada por seus sistemas mentais. Todos os seres vivos não-humanos compreendem o mundo por aproximação e de maneiras profundamente "tendenciosas", em termos abstratos, por serem muito mais instintivos e portanto por herdarem comportamentos pré-programados (muitos que já nascem muito mais desenvolvidos que os seres humanos) e que por causa do maior impulso vital ou instinto são "forçados' a agirem e a reagirem quase sempre de modo mais imperativo e menos reflexivo.
Em tese o ser humano seria muito mais reflexivo que as outras formas de vida mas esta vantagem não parece esplendorosamente notável a ponto de funcionar de modo perfeccionista para a própria humanidade porque tende a resultar na "complexidade" da subjetividade humana mas que também pode ser entendida parcialmente como uma confusão de se tentar adivinhar o mundo abstrato (ecos ou expressões que emanam da concretude) por aproximação. Justamente porque estamos no início da compreensão da verdade ''subjetiva' ou abstrata que regredimos ao estado da percepção [abstrata] por aproximação, em que tomamos a metade como se fosse toda a verdade, como se fosse o inteiro, por aproximação, onde que, ao invés de pensarmos naturalmente como fazemos sobre a concretude onde que 1=1(banana = banana) nós tenderemos a pensar a partir do mundo abstrato em que 1= 1,3-1,4-0,9-0,6.... As religiões oficiais funcionam desta maneira em que por aproximação cria-se um longo espectro de princípios e factoides [sempre] vagos, entre o fato e o errado, onde vivem os factoides, alimentando a ignorância sempre pulsante do ser humano com base em suas quase, meias-verdades e mentiras fantasiosas que apelam para a emoção.
Estes vácuos que a compreensão por aproximação provoca costumam ser férteis para a complexidade ou confusão humana e debilmente falando, para o uso indevido ou egoísta desta fraqueza por grupos imorais.
A maioria das culturas humanas principalmente em seus aspectos culturais mais puros são basicamente a tomada de um achismo por aproximação enquanto uma verdade exponencialmente perfeccionista. Aquilo que invariavelmente faz ou pode fazer sentido, mas que não é definitivamente factual.
A precisão simples é o reconhecimento bruto da realidade de acordo com cada alcance perceptivo basal ou simples de cada espécie. O alcance perceptivo basal ou simples do ser humano lhe propicia reconhecer a verdade objetiva, concreta, imediata ou reconhecimento bruto da realidade da maneira mais equilibrada, mais holística via percepção sensorial + interpretação cerebral. O ser humano pode mensurar com melhor aproximação ou probabilidades de acertos, o peso, a coloração, a textura, enfim as características das coisas ou existências, não apenas por causa de seu cérebro mais avantajado mas pode ser também por ter uma estatura média bastante ponderada e muito adequada para este tipo de percepção. Se fosse tão grande quanto um dinossauro de porte tiranossáurico o ser humano talvez apresentasse uma percepção simples ou aquela captura da verdade objetiva se faria mais mais distorcida. Da mesma maneira que o oposto também é verdade, por exemplo no caso das formigas, em que a escala geo-biológica será muito menor. Ser intermediário tem muitas vantagens porque muitas vezes se poderá compreender melhor de maneira holística e mais ponderada a realidade imediata em que se vive. Mas sem o seu cérebro prodigioso mesmo uma estatura ponderada é provável que não seria suficiente. Apesar disso continua fazendo toda a diferença não ter o tamanho de dinossauro gigantesco, muito menos de uma formiga.
Portanto reconhecemos por exemplo uma pedra, sua textura, seu tamanho, sua coloração, sua dureza, e isto é uma nano-parte da verdade objetiva. Do mesmo modo podemos reconhecer os contrastes físicos entre as diferentes identidades biológicas do ser humano.
Quando deixamos este mundo direto, constante, inescapável mesmo em nossos sonhos, e partimos em direção a um mundo além do imediatismo da concretude, da existência bruta, existência por si mesma, chegamos à uma realidade que se faz não-verbalmente por associação e por aproximação ou impressão. Já conseguimos fixar com grande precisão a realidade objetiva, mas ainda estamos engatinhando em relação à verdade/realidade subjetiva. Este é o principio do mundo abstrato e todas as formas de vida parecem capturar ao menos algum fiapo deste mundo por seus sistemas perceptivos/vitais. E é claro que o ser humano é o único com grande desenvolvimento desta percepção abstrata.
Além da pedra ou das populações humanas e que no segundo caso já apresentará um caráter acumulativo ou plural, e portanto menos imediatista e mais -especulativo a corretamente conclusivo-, nós podemos olhar para as mesmas de modo desapaixonado, isto é, sem intencionalidade instintiva.
O ser humano pode se interessar pela pedra sem ter qualquer utilidade prática. No entanto por causa do instinto predominantemente sempre aceso, a maioria das espécies não- humanas quase sempre se relacionarão com a realidade e as peças que a compõe com finalidades restritamente utilitárias ou ego-cêntricas.
O simples ato de conhecer muitas vezes começará pelo completo desinteresse utilitário. Isto é, conhece-se pelo prazer de se conhecer, pelo valor em si mesmo. O conhecimento verdadeiro é a finalidade do conhecimento. No reino não-humano o conhecimento muitas vezes antecederá à utilidade vital ou de sobrevivência. Isto é, será especialmente um meio para uma finalidade. Os fins justificam os meios para a maior parte dos animais não-humanos... e humanos.
Como eu já falei antes, pra muitos criativos especialmente os mais sábios o conhecimento tende a ser entendido como a sua finalidade por si mesma, isto é, aprende-se pelo simples gosto de se aprender.
Portanto os animais tendem a analisar o mundo de modo mais separado ou hiper-concentrado, direcionado por seu instinto, sem encontrar ou mesmo buscar por uma portentosa e crescente quantidade de causas e efeitos ou inter-relações dos mais variados temas, do ''chão ao firmamento''. Percebam que o ser humano comum também tende a perceber o mundo mais ou menos desta maneira e quando tenta abstratizar um pouco mais, a sua percepção muitas vezes terminará generalizando, isto é, ao tentar encontrar causas e efeitos, caíra na velha falácia "causalidade = correlação", uma extensão percepção para uma pluralidade de perspectivas/temas que a maioria das outras formas de vida não são capazes de fixar atenção de longo prazo.
A expansão da precisão simples de modo correto que tem natureza acumulativa se consiste na evolução da percepção geralmente dissociada ou separada da realidade, a vendo cada vez mais como ela é, apenas do jeito como ela é. As abstrações são os padrões ou expressões de funcionamento dos organismos, da realidade por si mesma. Por exemplo. Ao vermos um balão colorido no céu estamos capturando a sua existência concreta. A abstração começa pela curiosidade quase que irresistível ou ao menos pela capacidade de se entender que, para cada comportamento há um mecanismo subjacente e possivelmente escondido ou sistema de padrões invariavelmente repetitivos, bem como também as suas expressões [das formas] ou, os seus comportamentos. A abstração é um novo mundo abstrato onde que o tempo e sua implacabilidade podem ser vencidas mesmo que por período curto porque desta maneira podemos voltar ao passado, claro que em sentido figurado, imaginar o futuro, voltar um pouco no passado recente, analisar as coisas de modo separado e depois pluri-relacionado, isto é, reintegrando-os. Enfim podemos aumentar a quantidade dos nossos olhares em relação ao mundo que vivenciamos, além de nossas fronteiras egocêntricas ou utilitárias.
Pelo instinto sabe-se mais sobre si mesmo, ainda que a um nível primário (primitivo), e pouco sobre a realidade circundante e suas múltiplas perspectivas. Sabe-se mais sobre o efeito, ou o comportamento, do que a causa de si mesmo. Sabe-se o que ''tem'' que fazer, mas não o porquê.
Por meio de uma descentralização ou redução do instinto, do EU primário, começa-se gradualmente a ampliar os horizontes perceptivos enquanto que um extremo de docilidade ou domesticação cortará as vantagens instintivas que chegam ao seu ápice de funcionalidade, ao menos ou especialmente ao nível ideacional, a partir daquilo que denominei como ''zona habitável da sabedoria'', o meio caminho entre instinto e docilidade/domesticação.
Portanto como conclusão deste texto, sem números, palavras, mas especialmente sem linguagem, compreenderemos o mundo de modo não-verbal e por aproximação, enquanto que a junção do símbolo com o ''ser'', a existência ou coisa, a partir do seu ''aprendizado'', geralmente veloz, a partir da língua ''materna'', parece funcionar como uma maneira de evidenciar por nós mesmos via ''memória verbal/ambiental'' de modo mais saliente os contrastes e similaridades que perfazem a realidade. Os símbolos abstratos inventados pelo ser humano lhe dão, a priore, maior precisão, ainda que possamos compreender intuitivamente, ''sem saber'', em relação a uma série de realidades, sem a necessidade do método científico, de necessariamente ter que provar a existência de algo.
Sem a voz interna recobrando as palavras e números memorizados desde ou especialmente a partir da primeira infância, continuaríamos entendendo o mundo no mesmo nível perceptivo em que estamos, mas sem a simbiose simbólico-mental que se consistem as palavras ''e'' os números, que no final também são palavras, símbolos-de-símbolos, novamente o velho exemplo que sempre gosto de usar, reconheceríamos as características que definem uma vaca, apenas por olhar, sentir, cheirar e gravar na memória. Pode ser possível que sem a linguagem, ''poderíamos'' ter criado outros meios, não para memorizar a associação e como consequência reconhecer certa coisa ou particularidade, mas para fixa-la e reconhece-la de outro modo. Quem sabe* Também existem as diferenças individuais de autoconsciência* Sem a cultura humana do jeito que é, como que agiríamos ou perceberíamos o mundo* O gato ou o cachorro sabe que uma vaca é de fato uma vaca* ou que, por aproximação, podem ''apenas'' reconhece-la de maneira aproximada** (e sem muito interesse, como quando alguém tenta nos ensinar algo e conseguimos entender um pouco, mas sem ter qualquer interesse que inflame este desejo pelo aprofundamento pra esta tentativa de aprendizado/internalização factual)
Os primatas mais próximos do ser humano sabem que uma vaca é uma vaca do jeito que nós sabemos*
Eu não acredito totalmente que sem a linguagem ''não seríamos humanos'', pois humanos nós já somos, com ou sem cultura ou linguagem.
E sem contato social humano**
Os primeiros hominídeos é muito provável que se comportavam similarmente aos outros primatas, mais primários...
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