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sábado, 27 de janeiro de 2018

Função suporte, e analogia entre filosofia e ginástica artística

Execução ideal de um exercício versus execução variada, dentre elas a execução boa (mas não excelente) 

Na ginástica artística que é um esporte de precisão a execução perfeita é mítica, desejada porém rara e difícil de ser alcançada. Não é nada incomum que a maioria das ginastas prefiram por execuções BOAS, talvez subjetivamente excelentes (pra elas), do que tentarem fazer a execução mais ideal OU correta de dado eexercício acrobático. 

Pois bem, esta realidade de precisão, de expectativa ideal e inevitavelmente homogênea e de uma realidade diversa, em qualidade, pode ser extrapolada para muitos outros campos mediante o seu caráter universal, na filosofia e em sua prática, por exemplo. 

Como eu tenho falado ou melhor atacado, a filosofia é a Priore e idealmente falando, uma só, principia e finaliza pela sabedoria, apesar de se dividir em outros campos além de sua prática literal, por exemplo a fenomenologia. No entanto, no final, toda excelente ou ideal filosofia encontrar-se-á fortemente relacionada com a sua definição ou atribuição mais essencial que é o amor e a busca pela sabedoria. Este tal pensar perfeito no entanto parece ser um dos elementos mais facilmente esquecidos ou desprezados pelos auto declarados filósofos que em sua maioria são na verdade de professores de história da filosofia [como eu já comentei]. Tal como eu falei sobre a descaracterização arquetípica como um conceito auto descritivo para a "estupidez", o mesmo parece estar acontecendo ou sempre ter acontecido à pobre filosofia em que ao invés de se buscar por sua prática ou função mais ideal, faz-se e com grande frequência o oposto, mas racionalizado como se o fosse. 

Portanto em um mundo ideal tanto na filosofia quanto na ginástica artística as execuções de cada elemento de ambas deveriam ser ideais e inevitavelmente isso significaria em uma homogeneização de suas funções//resultados. 

Em um mundo real ocorre justamente uma diversificação não pura e simplesmente por causa do estilo mas por causa da descaracterização da função original ou ideal. Interessante pensar que uma execução muito mal feita na ginástica pode e geralmente aumentará o risco de lesões para o ou a atleta... Será que o mesmo não pode ser observado na filosofia ou melhor nas "filosofias"???

Em termos de função e suporte facilmente podemos dizer que a função sabedoria não tem sido satisfatoriamente alcançada por nenhuma das apofenias ... filosofias (diretas ou indiretas)... que já foram criadas, se o núcleo ou essência da mesma tem sido categoricamente desprezado ou distorcido, para atender aos pontos de vista dos tais ''filósofos', muitos que estão mais para escritores ou para profetas..


E vergonhosamente eu até poderia ser excepcional em minha arrogância ao atribuir a mim mesmo o título de: primeiro ''perfect 10'' da filosofia, rsrsrsrs

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sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Abertura para experiência e atenção aos detalhes???

O papel da conscienciosidade para a atenção aos detalhes 

Que detalhes?? Factuais??

Abertura para a experiência tem ou pode ter mais a ver com a intensidade do que com o controle de qualidade da função.

Logo... quem é muito "aberto à 'novas experiências'" necessariamente não o fará com o intuito/final de aprender algo mais profundo dessa jornada, que resultaria na ''abertura para o aprendizado''.

A conscienciosidade geralmente está relacionada com o perfeccionismo no que tange ao cumprimento das ordens ou do trabalho. Algo que pode ser muito importante na hora de lidar com 'novas experiências', sensoriais ou psico-cognitivas.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Continuando com a minha ideia de função e suporte qualitativo: inteligência

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Fonte:http://whatculture.com/film/what-does-the-ending-of-vanilla-sky-really-mean

A maioria dos esquerdistas e das pessoas mais cognitivamente inteligentes, de uma maneira geral, são em média mais assimétricas em relação às suas inteligências, partindo de minha ideia de função (expressividade//quantitativa) e suporte qualitativo. Eles são, consideravelmente falando, denominados de mais inteligentes, justamente por apresentarem funcionamento (função) psico cognitivo, e centralmente o cognitivo, acima da média. No entanto em termos de funcionalidade (suporte qualitativo), serão fortemente propensos a deixarem a desejar. A função "inteligência" consiste em uma série bem diversa de comportamentos que a expressam enquanto que o suporte qualitativo é obviamente a qualidade do suporte ou cobertura para cada função expressada ou comportamento. O suporte qualitativo da inteligência, pode ser facilmente caracterizado pela auto-consciência, e também em relação a um de seus produtos mais importantes, diga-se, que são melhor expressados em combinação harmoniosa com a mesma, que é a compreensão factual ("heurística"). 

Pensamos, tendo uma função essencial que é o entendimento da realidade em que estamos, como meio de sobrevivência e possível replicação de nosso material biológico. A compreensão factual portanto, consiste na finalidade mais essencial da inteligência, independente da espécie ou ser vivo. As espécies não-humanas também precisam entender a realidade em que estão, para que possam se adaptar à elas, e continuarem com a sua replicação, do contrário perecerão. No entanto, a compreensão factual delas, que eu determinei, insossamente falando, que partiria de uma tal empatia procariota, acontece de modo agudamente direto, tendo os seus próprios corpos como vitrine ou "biblioteca" de seus conhecimentos vitais. Ao invés de simularem interações, via alcance sensorial//perceptivo, e disto buscando produzir uma coerência conclusivamente factual (em relação ao tamanho dos seus alcances perceptivos) sobre os seus funcionamentos, a maioria das formas de vida, especialmente as mais antigas, tende a fazê-lo de maneira direta, sem atravessadores perceptivos que possam isolar parcialmente o sujeito de uma interação ou contato imediato.

Como eu disse em um post recente a maioria dos mais cognitivamente inteligentes parecem caracterizar-se por uma elevada capacidade de auto-justificação, racionalização ou aquilo que achei mais apropriado denominar, irracionalização, em combinação com robusta expressividade ou nível quantitativo. No entanto no aspecto, diga-se, dos mais importantes, que é aquilo que chamo de suporte qualitativo, e que é melhor expressado por meio da compreensão factual, muitos deles deixam a desejar. Talvez até poderia denominar a nossa capacidade de "racionalização" como suporte parcial ou intermediário já que muito daquilo que buscamos justificar e tendo uma referência pessoal baseia-se em nossa própria capacidade de sobrevivência. No entanto novamente nos esbarraremos na dicotomia, falsa em um sentido essencial mas real ou forçada pelas circunstâncias, da idealidade e da realidade. Não é que o ideal seja uma mentira muito bem floreada. Mas é que na maioria das vezes o real não será o mesmo que o ideal. Tal como a maioria das formas de vida compreendem o mundo de modo muito mais auto-centrado ainda que objetivo, a maioria dos seres humanos buscam fazer o mesmo e com isso acabam renegando a idealidade ou sabedoria. Também é interessante perceber o papel inegavelmente altruísta da sabedoria já que, a partir do momento em que pensamos mais em nós mesmos de modo egoísta, inevitavelmente caminharemos para estabelecer rankings desiguais e potencialmente parciais ou incompletos, tanto em relação aos produtos de nossa empatia cognitiva, quanto da afetiva. A indignação moral hiper-seletiva dos esquerdistas, em média, mas também de muitos outros tribalistas, apenas nos mostra o quão incompleto e factualmente poroso o egoísmo, mesmo que involuntário, pode ser, já que passamos a julgar os elementos de interação//observação com base em nossos próprios princípios, sem se dar de modo universal ou objetivamente qualitativo. Pensamos naquilo que é melhor para nós mesmos, e não, a priore, naquilo que é melhor para todo mundo, e inevitavelmente a sabedoria, em sua supremacia, aparecerá como o único caminho possível.

Portanto, muitos altamente inteligentes especialmente em termos cognitivos mas também em termos psicológicos [quando se é mais esperto que ''cabeçudo''], apresentarão altos níveis de expressividade ou de valores quantitativos, incluindo ou mesmo, tendo como reverberação desse potencial em suas capacidades de irracionalização/racionalização. No entanto, no quesito ''suporte qualitativo'', que para a inteligência, INEVITAVELMENTE terá como ''princípio conclusivo'' de sua função essencial a compreensão factual, a maioria deles, pelo que parece, deixarão a desejar, já que usam as suas capacidades cognitivas de modos invariavelmente egoístas, conscientes ou nem tanto desta realidade.

Fator etiológico para explicar a relação entre a criatividade e as desordens da mente

Voltando à minha tentativa de explicação do alcoolismo. Este, eu disse que, se consiste em uma assimetria entre a "vontade do cérebro" e a "capacidade do corpo de dar cobertura". Os alcóolatras desenvolvem grande desejo por bebidas alcoólicas mas os seus organismos não são plenamente capazes de suportar essas altas doses resultando na embriaguez e no vício. Esta realidade já não acontece com aqueles que tem grande gosto e ainda por cima um organismo capaz de dar cobertura à essas altas doses. 

A desordem mental tem como aspecto fundador justamente o desequilíbrio ou desordem, seja isso uma hiper ou uma hipo-atividade, uma falta ou um excesso de atenção, etc.... 

Pessoas que nascem ou que desenvolvem essas desordens passam a exibir uma assimetria em suas funções psico-cognitivas que podem ser essenciais como no caso da esquizofrenia ou que podem ser mais específicas como as dificuldades de aprendizagem normativa e (pretensamente) simétrica. 

Tal como acontece ou parece que acontece no alcoolismo, existe uma assimetria de intensidade e de qualidade na cobertura dessa intensidade, também no caso das desordens mentais, diga-se, explícitas ou "instáveis, porque todos nós temos desordens mentais implícitas ou estáveis. Quer muito, mas quando tem em mãos aquilo que desejou, esbanja excessivamente, e o corpo não é capaz de suprir ou filtrar. Vejamos o caso da tdah em que existe uma hiperatividade. A hiperatividade consiste no "querer" enquanto que o déficit de atenção consiste na incapacidade do cérebro//sistema nervoso e hormonal, de dar cobertura a esse excesso, ainda que eu tenha comentado que o déficit de atenção nesta desordem seria mais como o causador da hiperatividade. Ok, vamos então à esquizofrenia, em que eu disse que ocorreria o oposto, a hiperatividade da mente causando o déficit de atenção. Em ambos os casos existe uma assimetria entre uma certa função e a capacidade do organismo nomeadamente dos sistemas mais atrelados, de regula-la. Parece que é exatamente assim com toda ou qualquer função. Temos a sua execução e temos a cobertura ou regulação da mesma. Tal como no caso de uma/um ginasta que realiza um exercício mas comete um erro sofrendo dedução por isso. A execução do exercício é inevitável. A execução bem executada em muitos casos não estará previamente garantida. Na desordem mental existe portanto uma assimetria ou um hiato de sincronização entre a função e o suporte que faça com ela seja executada de maneira ideal. Temos a atenção que geralmente significa concentração e temos a incapacidade do cérebro e sistemas atrelados de darem suporte a essa função que resultaria em sua execução ideal. 

Maior ou mais intensa é a desordem, mais disfuncional serão as funções afetadas, e possivelmente menor será a possibilidade de execução perfeita. No entanto, quando ao invés de haver uma execução perfeita ou cronicamente imperfeita, nós temos uma assimetria bastante intermediária entre a ordem e a desordem, então esta condição, claro que, em combinação com outras variáveis,  talvez possa ter como potencial a originalidade intuitiva. Isso também explicaria o porquê de tantos gênios criativos de primeira grandeza terem se tornado ao longo de suas vidas progressivamente debilitados por suas condições, denotando que a criatividade parece mesmo localizar-se entre esses dois mundos, do adaptado e do cronicamente não-adaptado, claro que, especialmente em termos intelectuais e sócio-evolutivos. Já comentei até de duas maneiras, que o criativo sente a necessidade de adaptar-se a um mundo ou ao menos à uma de suas particularidades, porque ao contrário do mais adaptado, o criativo geralmente não terá tudo fácil na mão, começando por si mesmo, por causa de sua tendência de disfunção, e não incomumente já em claro estado crônico de desordem em tenra idade como aconteceu e acontece com muitos gênios  famosos. Também usei a metáfora do país excepcionalmente pacífico em que a falta de desafios o tornaria mais e mais apático e que o criativo e em especial os mais criativos inevitavelmente nasceriam com esses desafios internos, isto é, a sua condição limítrofe para a desordem mental e em muitos casos já afetados pela mesma. 

Alguns nascem adaptáveis e geralmente os mais adaptáveis são também excepcionalmente generalistas, isto é, adaptam-se em qualquer lugar. Tal como "horários" ao invés de "anti horários" adaptam-se facilmente não apenas porque o ambiente lhes foi fácil mesmo que muitas vezes isso não aconteça, afinal, o que o faz adaptável não é aquilo que é exterior a si, mas especialmente ou primordialmente aquilo que lhe é intrínseco, apenas expressando ou regurgitando em comportamentos a calmaria interior. A criatividade seria o quase oposto ou um contraste interior onde que a calmaria também teria espaço mas em combinação com a tempestade. Alguns nascem com o céu dentro de si, outros apenas com o inferno, outros fundamentalmente com o purgatório//medianidade, enquanto que o criativo teria uma combinação, metaforicamente falando, intensa dos três. 

Portanto em condições normais haverá uma sincronia entre a vontade ou função e o suporte ou cobertura dessa função tendo como resultado um comportamento estabilizado ou característico à proposta, no caso das reações mais agudas como o medo. A desordem da mente, em estado (todos nós podemos ter algum momento de desordem diga-se explícita)  ou condição (estado permanente), consistiria justamente na assimetria entre a função dada e a cobertura dessa função resultando em sua disfunção.


 Enquanto isso haveria um espectro entre a ordem e a desordem. Excepcionalmente funcionáveis seriam menos propensos à criatividade por causa do caráter estereotípico ou altamente preditivo de seus comportamentos cronicamente estáveis a ordenados de acordo com as suas respectivas naturezas. Isso talvez possa contribuir para explicar a relativamente fraca correlação entre maior inteligência cognitiva//e psico cognitiva (geral) e criatividade. Estados intermediários de funcionalidade de nossos comportamentos talvez seriam os mais propensos a resultar em rompantes criativos. Por exemplo a função "atividade ideacional". Em pessoas comuns a função pensamento seria corretamente executada pois haveria a atividade ideacional e a sua conclusão. Em pessoas com desordens mentais a função ''pensamento'' sofre os efeitos de uma assimetria na qualidade de sua cobertura resultando em um excesso do mesmo indo além daquilo que é considerado apropriado, tal como uma espécie de embriaguez intelectual e que é característico especificamente de algumas desordens como a esquizofrenia. 

Em pessoas altamente criativas tenderia a ocorrer uma reação intermediária entre o estado mais ordenado e o mais desordenado, denotando menor qualidade no controle do pensamento mas possivelmente o oposto em sua cobertura. Pensamos e o senso lógico dá sentido àquilo que pensamos tal como uma bússola. Na desordem o senso lógico e o filtro do pensamento estarão ambos debilitados ou insuficientes para que possam dar cobertura às suas respectivas funções, pensamento; interpretação e confirmação do mesmo em relação à realidade (geralmente "racionalizada"). Na criatividade pode ser que apenas ou especialmente o filtro esteja debilitado possibilitando ao acúmulo e lido com mais informações e com maior diversidade delas. Então o filtro lógico precisa confirmar o pensamento como "lógico" mesmo que não esteja. 

Criatividade, nova e conclusivamente, como uma assimetria de função e suporte qualitativo...

Portanto na criatividade, parece-me que, a função encontrar-se-á desregulada, nomeadamente o filtro de informações que os nossos cérebros e sistemas relatados capturam, enquanto que o suporte qualitativo, como contraste, será de fato de maior qualidade, resultando na interação explosivamente interessante de uma maior diversidade de informações mas com um extra-suporte lógico que consegue extrair desta confusão linearidades originais.

Ou, como sempre neste blog,
nana, nina, não...