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domingo, 26 de março de 2023

O problema das narrativas normativas

 "Infância saudável é brincar na rua, ter (muitos) amigos, agir como uma criança normal ...'' 


Esse é um exemplo de uma narrativa normativa que visa impor uma norma ou padrão do que se considera como o mais certo, específico ao contexto da infância. No entanto, não existe exatamente um modelo de infância "saudável" porque, desprezando situações de abuso sistemático, tendemos a apresentar histórias diferentes desta época de nossas vidas que não são ou foram necessariamente "patológicas". Além disso, essa imposição de perspectiva ainda pode inculcar uma visão traumática ou excessivamente negativa do passado para os que não tiveram uma infância "típica", como eu, por exemplo.

sábado, 15 de outubro de 2022

O paradoxo da irracionalidade (ou da loucura)

 É de que indivíduos com transtornos mentais, mas muito conscientes disso, são mais sãos do que aqueles que não têm a mínima ideia do quão irracionais (ou delirantes) estão, especialmente se suas crenças erráticas são aceitas como variações normais ou aceitáveis de pensamento pela sociedade em que vivem. Basicamente, um indivíduo portador de esquizofrenia, que tem consciência de seu transtorno, mesmo se não tem controle dos sintomas, ainda pode ser considerado mais são ou lúcido que um indivíduo que está profundamente condicionado a acreditar que suas crenças são sempre baseadas em fatos ou verdades, especialmente quando não estão, quando são delírios. Porque mesmo que veja alucinações e tenha pensamentos delirantes, ele pelo menos sabe que tem um transtorno. 

sábado, 29 de janeiro de 2022

Proposto de um novo (e decisivo) transtorno mental...

 O que são ilusões ou delírios?? 


Segundo a psiquiatria, são pensamentos ou crenças sem fundamento com a realidade que são tomados como fatos. No entanto, a mesma não considera como tal pensamentos ou crenças que extrapolem a esfera pessoal do indivíduo. Por exemplo, acreditar em "fake news"; desenvolver preconceitos ou fanatismos sobre pessoas, grupos ou ideologias; ou mesmo acreditar na muito improvável existência de deus/eternidade. Pois esses são todos exemplos de crenças irracionais porque se consistem em distorções ou falsificações de certa realidade. 

Uma possível razão para que a psiquiatria não os considere como delirantes e, portanto, como possíveis sintomas de um transtorno é que, se o fizesse, acabaria tendo que tratar todos os seres humanos como pacientes que sofrem de delírios, geralmente mais específicos, de naturezas ideológica, científica, moral ou política... Incluindo você e eu, sim, porque todos nós, em maior ou menor grau, acabamos, em algum momento em nossas vidas ou permanentemente, enfiando na cabeça crenças infundadas e que são difíceis de serem removidas. No entanto, eu acho que, se desse esse passo, mesmo diante do grande desafio de colocar a humanidade inteira no divã e de entrar em conflito com organizações historicamente poderosas, estaria ampliando a compreensão sobre o nosso real nível de racionalidade, provavelmente bem mais baixo do que se pensa... 
 
Pois além de ser irrealista não considerar como delirantes todos os pensamentos ou crenças infundados que são considerados factuais, também é estigmatizante porque passa uma ideia equivocada de que apenas uma minoria dos seres humanos que os têm com frequência ou que a maioria é "normal", no sentido de ser plenamente racional.

Como resultado, o foco da prática psiquiátrica tem sido direcionado para a adaptação do indivíduo à sociedade em que vive (considerado o principal parâmetro de sanidade mental) e não para sua capacidade racional, de pensar e julgar com justiça ou pela verdade. 

Por isso, insisto que devemos repensar essa maneira de abordar a saúde mental. E, como contribuição, decidi propor por um novo transtorno que, tal como já comentei, afetaria toda população humana, em maior ou menor grau e que seria uma prova de que nenhum de nós é totalmente são. 

Ei-lo: Transtorno de Personalidade Irracional

Bem, esse transtorno consiste numa incapacidade crônica do indivíduo de discernir suas crenças pessoais, incluindo as que são infundadas ou delirantes, de fatos ou verdades objetivas. E, se não bastassem os delírios, esse estado inebriante ainda o influencia a tomar decisões com base neles, aumentando muito o risco de que suas ações tenham consequências negativas para ele e/ou para os outros. Ele se assemelha ao aspecto delirante dos transtornos psicóticos, como a esquizofrenia, mas com a diferença de que os delírios, neste caso, tendem a causar ao indivíduo uma sensação constante de bem estar, de, por exemplo, pensar que está mais certo que os outros, mesmo não sendo verdade; um tipo de delírio de grandeza, não diretamente uma crença de superioridade sobre si mesmo, mas associado a um posicionamento moral, científico, político ou ideológico. Portanto, a personalidade irracional é uma espécie de psicose mais sutil e, consequentemente, muito mais difícil de ser detectada e combatida.  

Então, eu acho que só podemos concluir que, ter pensamentos delirantes é uma tendência extremamente comum aos seres humanos e, se a grande maioria apresenta delírios ou crenças infundadas que não consegue superar, por lógica, também deveria ser diagnosticada.

Em relação ao tratamento deste transtorno, infelizmente, não existe nenhum, oficialmente estabelecido, se ainda não há sequer uma conscientização sobre a sua veracidade. Pelo menos, existem técnicas, inventadas por filósofos, que buscam ensinar como pensar criticamente, detectar e evitar falácias, que poderiam ser percebidas como intervenções cognitivas. Mas nada próximo de considerá-lo como uma condição psiquiátrica, sem falar que, todo profissional sério que trabalha na área da saúde mental, deveria considerar tratar a si mesmos, de analisar quanto anda suas capacidades racionais, antes de pensarem em fazê-lo com os outros...

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Racionalidade, a verdadeira "normalidade" e a metáfora da linha do Equador e do meridiano de Greenwich

"Normalidade" ou especificidade cultural/moral

Racionalidade ou "normalidade" ideal/essencial

Quando estudamos geografia, na escola, aprendemos que o ser humano tem dividido o planeta em paralelos e meridianos. Que os paralelos são linhas imaginárias que dividem o mundo em dois hemisférios: norte e sul; que o paralelo de maior circunferência é a linha do Equador; e que determinam as latitudes. Que os meridianos são linhas imaginárias que dividem o mundo em dois hemisférios: leste e oeste, e que determinam as longitudes. Que o meridiano mais importante é o de Greenwich, em Londres,  ponto estabelecido por convenção. Se o professor foi virtuoso no ensino dessa matéria, então, ele também terá chegado à  conclusão que a linha do Equador foi definida com base em critérios estritamente geográficos, enquanto que o meridiano de Greenwich foi definido com base em critérios "políticos', afinal, a priori, tanto faz a localização do meridiano e, no entanto, foi decidido que seria no país mais rico da Europa naqueles tempos.

Agora, a metáfora que quero fazer.

Imagine que o meridiano de Greenwich é equivalente àquilo que temos aprendido a chamar de "normalidade" e que a linha do Equador é aquilo que poderíamos chamar de racionalidade. Ok, mas, por quê?

Porque a "normalidade" está totalmente restrita à cultura local ou na qual se está inserido. O que é definido como normal ou anormal, em termos de comportamento, pode mudar dramaticamente de região para região. A "normalidade", portanto, é tão relativa quanto o ponto ou meridiano principal que divide o planeta em leste e oeste, pois é uma linha imaginária de "certo" e "errado" que tem sido definida por convenção e não totalmente com base em critérios mais neutros/universais ou "científicos"/factuais.

Já, a racionalidade, mais se parece com a linha do Equador porque, mesmo também se consistindo em uma linha imaginária, de certo e errado, se baseia em critérios muito mais verdadeiros ou factuais e, portanto, mais universais. Não existe uma linha na parte mais ampla da superfície terrestre, que a divide em norte e sul, mas é notoriamente observável que se localiza na parte mais distante dos pólos.

Os critérios de certo, discutível e errado, da normalidade, pendem à aleatoriedade qualitativa, vezes baseados em fatos, mas mais comum de se basearem em opiniões subjetivas, incluindo distorções grosseiras da realidade.

Exemplos notórios de "normalidade" ou especificidade cultural:

"Na Arábia Saudita, a diversidade sexual é condenada com base na crença religiosa (isto é, em uma distorção grosseira da realidade). Mas, é normal que homens andem de mãos dadas nas ruas"

"Em certa tribo da Papua Nova Guiné, a passagem para a vida adulta, de menino para homem, acontece a partir de um ritual com relação homossexual"

....
 
"Em certos países da Ásia oriental, a prática de comer carne de cachorro e gato não é totalmente condenável, ainda que seja menos comum do que alguns ocidentais pensam".

"No mundo ocidental, a prática de consumo de carne de cachorro e gato é significativamente condenada... Mas o exato oposto em relação ao consumo de outras espécies domesticadas"

Exemplos de contrapontos racionais:

Respectivamente

"A diversidade sexual é uma expressão natural e não condenável moralmente porque, a priori, não causa sofrimento de nenhum ser humano (ou seres vivos de outras espécies), como se sentir atração pelo mesmo sexo fosse, por si só, problemático. No entanto, qualquer prática que é autoritária e extremista, em que não há diálogo, concessão, conciliação e/ou esclarecimento  entre os envolvidos e que ainda pode causar sofrimento sem haver necessidade, deve ser criticado, mesmo que tenha se tornado norma em determinada cultura"

"O carnismo é moralmente condenável principalmente quando existem alternativas à sua prática. Ainda assim, é um tópico difícil porque não sabemos com precisão o quão vegetariano o ser humano pode ser ou se tornar. Em relação ao 'hábito' citado, isso é ainda mais condenável porque se consiste numa expansão do grupo de espécies que têm sido sistematicamente objetificadas para agradar ao paladar egoísta de seres humanos e com a conivência velada de muitos de nós. [...] O mais ideal é de buscarmos diminuir o consumo, em quantidade e no tipo de alimento, preferindo por "frutos" do mar do que por animais terrestres ou aviários, para quem ainda está no início desse processo ou não consegue ir mais adiante, e para os que se sentem mais confortáveis, de abraçar essa mudança de maneira integral. Ainda valendo dizer que o veganismo não se limita à alimentação."

Se guiado apenas pela racionalidade, o indivíduo sempre buscará se basear em fatos para construir seus valores morais e pelas resoluções mais ideais, seguindo a lógica essencial e subentendida das outras espécies que, como eu já comentei em outros textos, não têm o mesmo luxo que nós de dispensar seus ideais de adaptação que são inteiramente construídos a partir dos seus tetos de compreensão da realidade. Para nós, o nosso ideal também é o teto de compreensão ou conhecimento da realidade que podemos alcançar, e isso reflete diretamente na qualidade dos valores morais ou de comportamento.

Se sabemos que ser homossexual não é antinatural, doença ou crime, então não há razão para condenar. O que não é o mesmo de ser incriticável. Se sabemos que somos todos iguais, em essência, que temos apenas uma vida para viver, podemos concluir que, devemos minimizar nosso impacto negativo no mundo para aproveitarmos ao máximo essa única vida, mas, com responsabilidade, convivendo harmoniosamente em sociedade, em relação ao meio ambiente e também às outras espécies, especialmente as de convívio mais próximo, isto é, sempre usando a bússola do bom senso (substituindo pelo senso comum ou "normalidade").

Normalidade e racionalidade se baseiam na razoável ideia de que o ideal é sempre o que é mais equilibrado e, também, no sentido de mais verdadeiro. No entanto, apenas pela racionalidade que podemos produzir sistemas de valores morais totalmente baseados no que é o mais ideal e, também, verdadeiro.  De, primeiramente, percebermos verdades objetivas para, então, pensarmos nas melhores maneiras de lidar com elas...  em oposição predominante às normas culturais vigentes ao longo da história humana, porque têm sido baseadas em opiniões subjetivas especialmente de grupos dominantes e, ainda, sem ter como finalidade o que é o mais ideal.  

sábado, 28 de outubro de 2017

O epicentro da normalidade/normatividade = conscienciosidade

Normalidade e big Five 
Com aquele hiper-proto-método

De 0 a 0,3 = expressão fraca
0,4
0,5
0,6 
0,7 a 1,0 = expressão forte


'estimativas''

Normalidade: 1,0
Conscienciosidade: 0,8
Estabilidade emocional: 0,8

* Convencionalidade: 0,7*
Extroversão: 0,6

Agradabilidade: 0,5-0,6

Introversão: 0,3-0,4

*Abertura para a experiência: 0,3* 
Psicoticismo: 0,2
Neuroticismo: 0,2


E comparação com o meu perfil:


http://sabedoriaeoutrosconchavos.blogspot.com.br/2016/05/uma-auto-analise-sobre-minha.html

+++ /0,7-1,0
++ / 0,6
+ / 0,5
- / 0,5
-- / 0,4
--- / 0,3-0,1

Abertura para experiências: +++ 0,7-1,0  // Convencionalidade: 0,3
Neuroticismo: ++ 0,6 // estabilidade emocional: 0,4 [- 0,5]
Conscienciosidade: + 0,5 

Agradabilidade: + 0,5 // Psicoticismo: 0,5
Extroversão: -- 0,4 // Introversão: 0,6 [ - 0,7]

*Convencionalidade*: --- 0,3

sábado, 7 de outubro de 2017

Normais versus anormais usando a hierarquia alfa, beta, gama....

Normal: o alfa que age como alfa, o beta que age como beta, o gama que age como gama. [conservadorismo]

Anormal: ... o alfa que pode ter uma bio-intersecção com o gama; o gama que pode ser mais misto com o beta; ...

Normal/ordem comportamental hierárquica individual 

Meio termo: criatividade (gênio), virtudes [sabedoria comportamental/psicológica super-específica: muito simpático], sabedoria... 

Anormal/desordem comportamental hierárquica individual

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

O sábio experiencia toda a verdade/factualidade da espinha dorsal...

... da macro-realidade, enquanto que é de extrema frequência o mais semanticamente inteligente assim como também os demais vivenciarem  alternatividades em relação aos aspectos mais salientes ou onipresentes da percepção humana e objetiva/universal.

sábado, 12 de agosto de 2017

Normal como referência de diferenciação entre as desordens e ordens, mentais e psicológicas

''Virtudes' e ''defeitos' 

Normal: Virtudes e defeitos cognitivos e psicológicos indiscriminadamente amalgamados.

Desordens mentais cognitivas: defeitos cognitivos ampliados 

Exemplo: Dislexia

Desordens mentais psicológicas: defeitos psicológicos ampliados

Exemplo: personalidade bipolar eufórico-depressiva



Ordens mentais cognitivas: virtudes cognitivas ampliadas

Exemplo: superdotação matemática

Ordens mentais psicológicas: virtudes psicológicas ampliadas

Exemplo: resiliência emocional

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

O embate interior entre a desordem e a ordem mental como possível causa para uma maior autoconsciência?

A ordem mental é um conceito novo ou não, que foi proposto por mim, e não sei se sequer o descrevi de maneira sucinta. No mais, foi divergentemente elementar pra mim que, se existem desordens mentais, então é possível que possam existir ordens mentais. Ao contrário do embate normal versus mentalmente desordenado ou reordenado, eu acredito que o primeiro não se consista exatamente no antônimo do espectro das desordens da mente, porque ao invés de ser uma legítima ordem no sentido de vigor/potência e de qualidade, trata-se de um amalgamento indiscriminado tanto das virtudes quanto dos defeitos psicológicos e cognitivos

Eu já falei que parece ser importante ter uma desordem mental de preferência não muito debilitante que possa servir como "desafio interior" ou intrapessoal, no caso da criatividade. Usei o aforismo: se eu nasço com um problema/desafio, ou eu o resolvo e possivelmente me transcendo, ou eu me tornarei o problema. Tem sido descoberto que o cérebro do mais criativo parece ser constituído tanto pelas características que compõem o cérebro do mais cognitivamente inteligente quanto pelas características que acabam aumentando a vulnerabilidade em cérebros menos saudáveis, e que tendem a resultar em transtornos mentais. Isso em relação à criatividade.


No entanto parece que não basta ter uma desordem, e no aspecto ou paisagem geral ainda ser normal [indiscriminada e invariavelmente amalgamado], porque isso tenderá a resultar na vitória da desordem sobre o resto. É tal como no caso de um país como a Suécia, metaforicamente falando, que tem uma desordem importada, nomeadamente de "imigrantes" ou de colonizadores, em sua maioria de muçulmanos, agressivos e férteis, e por outro lado tem uma população nativa treinada para não reagir ao assombro (((globalitário))) que ameaça a sua integridade, isto é, de conformistas ou ovelhas, fãs do grupo Abba e com cabelos platinados. Se a desordem é mais forte que a ordem então ela obviamente, a qualquer hora, vencerá esse embate. Mas se for o contrário então a ordem pode ser que consiga domesticar a desordem, de usá-la a seu favor.

Mas o que seria a ordem mental e especialmente a humana??? Nada mais do que, a priore, aquilo que faz o ser humano intelectualmente superior, de maneira onisciente/onipotente/onipresente, que é uma maior autoconsciência.

 Mais autoconsciente se está, maior é o potencial para o autoconhecimento, e concomitantemente para uma maior liberdade de direcionamento ideacional e comportamental, que seria basicamente o verdadeiro conhecimento, ao menos em termos intrapessoais. 

No entanto ao invés da autoconsciência como a ordem mental que luta contra a desordem, eu acredito que a mesma talvez possa ser pensada como o produto deste embate, quando a ordem mostra-se superior à desordem [especialmente quando existir uma desordem de fato]


A ordem mental seria então uma espécie de bússola instintiva que pende sempre para o "norte lógico", que parte desde a verdade ou realidade objetiva, concreta e imediata, até a certos confins da verdade subjetiva ou abstrata. 

A autoconsciência despertaria quando houvesse ou começasse a ter este atrito entre a desordem e a ordem interior, aumentando a auto conversação ou introspecção, tal como ter "problemas vitalícios' que não serão totalmente solucionados, como elemento atiçador do pensamento divergente. A autoconsciência alargada porém incompleta ou mais especializada, resultaria no aumento da criatividade. Por outro lado uma autoconsciência alargada e mais holística, é possível de se resultar em uma maior racionalidade, porque o perfeccionismo da criatividade se tornaria generalizado, ainda que tendenciosamente mais reduzido em intensidade. 


O modo ou estilo de pensamento lógico [uma espécie de senso comum a bom senso] seria então a ordem mental primária, ainda que, o "bem estar intrapessoal", uma espécie de "narcisismo significativo", em que a pessoa gosta de si mesma, independente de possíveis ou existentes traços comparativamente desfavoráveis, diferente do narcisismo típico, em que a pessoa se realiza fundamentalmente com base na exposição e aceitação pública predominante, também possa ser importante para torná-la ''bem-vinda'' dentro ''de si mesma'', para que então se torne mais introspectiva, porque parece ser comum o bloqueio natural para um maior auto-aprofundamento, não apenas no sentido do auto-conhecimento, mas também para a alienação positiva.

Ou também uma explicação ainda mais simples, em que a autoconsciência se consistiria apenas em uma continuidade de expansão do alcance perceptivo, para a extrospecção e ''claro', também para a introspecção, especialmente em uma perspectiva global ou holística, a capacidade de perceber várias perspectivas, enquanto que, como já comentei, a maioria dos seres vivos não-humanos seriam muito mais perceptivamente especializados.


Se o instinto nos cega e nos protege de certezas e de autoconfiança, então a redução de sua preponderância, aumentaria a consciência também em relação aos próprios defeitos, especialmente se forem de fato ''defeitos'.

Outra possibilidade é de que a relação entre autoconsciência alargada e a co-ocorrência de desordens/senso de singularidade, ainda que real, possa se consistir também em uma '''selective confounding'', em que, por causa das macro-diretrizes seletivas das culturas humanas, tem-se selecionado [e aprimorado ou decantado de mutações] os seres humanos mais amalgamados, enquanto que o mesmo não tem acontecido no caso dos mais autoconscientes, e sim, pode ser possível de se selecionar e combinar autoconsciência expandida com maior saúde biológica ou com menor mutações.

Portanto pode-se constatar por agora que sim, uma maior criatividade tende a ser um dos possíveis efeitos de uma heterogeneidade qualitativa da mente, provida tanto com uma ordem/bússola lógica quanto com uma desordem mental, e que a mesma possa ser definida tendenciosamente como uma espécie de ''autoconsciência alargada porém especializada''.

Autoconsciência se relaciona umbilicalmente com maior senso de realidade, um realismo mais existencial, mais profundo, do que o realismo cru, naturalista porém hipo-existencialista, que prevalece entre os seres vivos deste planeta. 

Uma maior criatividade também se relaciona com um maior senso de realidade/de perfeccionismo, tanto em relação às qualidades [idealização equivocada] quanto em relação aos defeitos/falhas/faltas de sua área de fixação e potencial aprofundamento... só que muito mais especializado do que holístico/filosófico.

No mais, até poderíamos pensar na sabedoria como uma espécie de ''criatividade direcionada para a filosofia'', que é uma área muito abrangente.

Em fim...

segunda-feira, 8 de maio de 2017

A diferença entre o ''Rain man'' e você, e nós...

Resultado de imagem para rain man


Eu já havia comentado, algumas e esparsadas vezes, que as diferenças entre os portadores da Síndrome de Savant e a maioria das [outras] pessoas são bem menores do que imaginamos, porque afinal de contas, parece que todo mundo tem uma tendência para a especialização, em maior ou menor grau de intensidade... Eu já usei o termo ''savant de alto funcionamento'' para me referir, diga-se, de maneira derrogativa, em relação aos pseudo-inteligentes ou ''inteligentos'', aqueles que estão dotados de maiores capacidades intelectuais secundariamente importantes [auxiliares] no que diz respeito ao raciocínio, isto é, as de '' especialização cognitiva'', como as capacidades verbais e aritméticas, só que desprovidos de igual ''superioridade' em relação às capacidades intelectuais decisivas, como por exemplo o meu neo-conceito ''compreensão factual'', que é advinda da racionalidade.

Pois bem, o savantismo é marcado não apenas por uma super-especialização, mas também por um cenário oposto em relação às faculdades mentais gerais, corroborando para a famosa e simples descrição do tipo: ilha de ''genialidade' ou excelência, em um oceano de deficiência severa

E não é que ''nós' também não estamos um pouco assim* Isto é, somos ou tendemos à especialização [e alguns à super-especialização], só que também a sermos menos capacitados de maneira geral. Quando eu falo de ''maneira geral'' eu não me refiro apenas àquilo que os testes cognitivos geralmente mensuram, mas em relação à operacionalidade geral, e claro, contextualizada, no mundo real. 

Usualmente desejamos ou cremos que podemos superar os nossos limites e quando de fato atingimos o máximo de nosso potencial em relação à certa particularidade acreditamos que isso se consistiu em uma ''superação'', enquanto que na verdade, foi apenas o alcance maximizado de um potencial, remoto ou mais acessível, que já existia. Nada vem do nada, como se fosse um milagre. Por exemplo, se uma pessoa com câncer começar a melhorar abruptamente de sua doença, isso não significa que foi um milagre, isto é, que um ser divino, despertou de seu eterno sono de beleza e resolveu ajudá-la, mas que algo que não funcionava bem em seu organismo voltou a operar de maneira correta, por alguma razão biologicamente explicável, resultando neste acontecimento que pode ser categorizado como ''extraordinário'', por ser mais raro e também por ser de uma natureza espetacularmente assimétrica. E esses potenciais máximos, já estão embutidos em nós desde sempre, desde quando começamos a existir, claro, desprezando eventos incomuns como uma injúria cerebral parcial que altera a composição cerebral sem danificá-lo de maneira significativa, e até tendo como resultado o aparecimento de talentos até então inexistentes. Também há de se pontuar que, como não são todos aqueles que sofrem injúrias cerebrais que passam a desenvolver novos e surpreendentes talentos, então, deve-se analisar a natureza anatômica tanto da injúria sofrida quanto do cérebro afetado, isto é, alguns cérebros, mediante certos tipos de injúrias, podem ser mais propensos a se configurarem de certas maneiras que os tornam subsequentemente mais talentosos ou especializados para diferentes tipos de tarefas, que antes não se manifestavam.

Uma mente intelectualmente saudável, verdadeira e idealmente falando, é capaz de: diferenciar causalidade de correlação, de encontrar as causas dos efeitos ou o oposto, enfim, de ''conectar os pontos'', sempre que possível, e mais, não fazê-lo quando não for o apropriado. Ser inteligente também é ser humilde o suficiente para aceitar que não é, em relação à tarefas ou dimensões factuais que os nossos instintos cognitivos não podem se estender além de níveis basais ou mesmo superficiais [relacionados com as capacidades cognitivas secundárias]. Saber é uma demonstração de inteligência. Aceitar que não sabe, também.

Os famosos ''Rain Man'' são excepcionais em suas áreas, geralmente muito limitadas, de ''especialização quase-natural''. Em compensação, a maioria dos portadores da Síndrome de Savant mal conseguem amarrar os cadarços dos seus sapatos. Analogamente falando, a maioria dos seres humanos, que não são portadores da Síndrome de Savant, são como ''savant amalgamados'', tanto em relação à especialização quanto à deficiência. O savant geralmente é muito deficiente, de maneira geral, mas muito excepcional, de maneira super específica. O homem comum, mas também todas as suas variações de tipo, qualidade e quantidade psico-cognitiva/extensão e peso, são ''super a especializados'' em certas tarefas, que a humanidade já inventou [dando-lhe aspecto técnico, apto para o aprendizado], mas também deficientes, de maneira geral. Enquanto que a grande maioria é capaz de, ao menos amarrar os cadarços de maneira que não fiquem soltos, em outros aspectos de extrema importância, que expressam cores características de comportamentos inteligentes, eles podem ser categorizados como ''deficientes'', claro que, não no mesmo grau de severidade que a maioria dos savants geralmente apresentam ainda assim, deficiência.  

Eu já comentei que o ser humano, por exibir um sistema sensorial ''mais' equilibrado [e ao mesmo tempo intenso], é capaz de compreender a verdade objetiva, de maneira igualmente mais equilibrada e portanto holística, integrada, do que os outros seres vivos. E que, no entanto, a partir do momento em que adentra ao mundo da verdade subjetiva ou abstrata, retrocede ao estado que é comum aos demais seres vivos, só que no caso deles se dá em relação à verdade objetiva/sensorialmente imediata, isto é, voltando a se especializar ou a entender a extensão da verdade objetiva, que se consiste a verdade subjetiva, de maneira mais assimétrica, tal como o cachorro faz em relação ao seu olfato muito apurado na apreensão e entendimento sensorial da concretude [verdade objetiva].

Portanto, estamos todos ou em sua maioria de savant amalgamados: com tendências para a especialização [naquilo que somos melhores, ou ''forças] mas com um oceano de deficiências, especialmente em relação à totalidade de nossas capacidades e de seus usos mais perfeccionistas. Isto é, não bastasse apresentarmos as nossas fraquezas específicas, em média mais do que desproporcional, também apresentamos fraquezas gerais, que se manifestam especialmente com base na essência da inteligência, que principia pelo autoconhecimento. Existe uma espécie de ideal de comportamento, cognitivo [e/ou mais intelectual] e afetivo [ou psicológico], isto é, existem ideais de respostas e percepções, e no geral, tendemos a não nos sair muito bem neste quesito essencial.

O sábio e o savant

O sábio apareceria como o quase oposto do savant, ao menos em termos de deficiência de operacionalidade. Enquanto que o savant exibe grave deficiência em suas capacidades mentais básicas ou essenciais, como por exemplo, sair de casa, ir até o centro da cidade, e voltar... até à capacidades mais intelectuais, como por exemplo, extrair de uma complexidade de fatores e assuntos, muitos deles que são mais distrativos do que informativos, a sua hierarquia, e com isso poder estipular o seu sistema de prioridades, basicamente a imagem maior, o sábio, especialmente em relação ao segundo exemplo, se consistiria em seu oposto, ainda que possa exibir, assim como a grande maioria dos seres humanos, maior tino para a especialização em alguma área, é fato que ele se especializará, com maior gana ou motivação e talento, justamente ''naquilo que mais importa'', no entendimento da realidade, e com base na hierarquia epicêntrica do ''comportamento'', e consequentemente também do pensamento, principiando por si mesmo, ou autoconhecimento, e se estendendo ao conhecimento dos padrões de operacionalidade [personalidade, temperamento, etc] dos outros seres, humanos e não-humanos, também em relação aos elementos abióticos, ao menos do seu conhecimento mais básico, e por fim, a dinâmica que perfaz a macro-realidade, entre ele, os elementos vitais, materiais e fenomenológicos de interação. A continuidade da apreensão da verdade objetiva tem sido evitada ou abortada por causa dos sistemas de crenças humanas, que ao invés de terem continuado este processo, simplesmente o pularam, criando um vácuo de entendimento, sem falar que, como o processo seletivo do homem tem se dado de maneira parcial porém ainda assim significativamente aleatória, sem maior ênfase em critérios qualitativos, e com base em pressões seletivas que continuam a selecionar o ''adaptável'' de curto prazo e raso entendimento factual, para os ambientes sociais, então o ideal de inteligência também tem sido distorcido e evitado ao máximo, se as grandes civilizações preferem servis cognitivamente úteis do que de pensadores intelectualmente úteis, que inevitavelmente acabarão lhes forçando maior igualdade e justiça e como consequência, mais conflitos, diga-se, que podem ser decididamente fatais à perpetuação de elites moralmente idiotas no poder. 

O savant se especializa de maneira intensa na quase totalidade das vezes naquilo ''que menos importa'', ou que tende a ser de natureza recreativa, e portanto precisa ser cuidado por outras pessoas, como uma criança pequena, devido à sua condição de deficiente predominante e severo.

O sábio foca naquilo que mais importa, e mesmo que muitas vezes, por ser tão cronicamente mal-adaptado em sociedades estúpidas, tenda a se tornar dependente dos outros, isso ainda não significa que não terá talento de sobra para lidar com a complexidade do mundo. O problema ou nem tanto assim um problema, é que ele muitas vezes caminhará para desprezá-lo por completo, por causa de sua condição permanente de ''depressão existencial'', onde que começará a construir o seu mapa da realidade. 

O savant não sabe como agir com as outras pessoas, por causa da severidade de sua deficiência. O sábio sabe, mas custa-lhe demasiadamente retroceder ao estado de inteligência artificial que os outros costumam se encontrar, sempre preferindo pela idealidade, quase um sinônimo para ''verdade'', do que para acatar cada subterfúgio estúpido que abundam em mentes menos sábias.

E entre os dois, encontramos a maioria.  


sábado, 8 de abril de 2017

Espectro do altruísmo

Altruísmo patológico, altruísmo sábio, altruísmo narcisista, insensibilidade parcial, insensibilidade predominante, egoísmo, egoísmo patológico/parasitismo--predação 

Do sacrifício generalizado ou desmedido ao parasitismo ou predação.

Eu já redigi um texto propondo as diferenças entre o altruísmo patológico e o altruísmo narcisista. Mas agora eu resolvi ampliar esta tentativa de descrição estabelecendo um espectro do nível patológico de altruísmo ao nível patológico de egoísmo.

Altruísmo patológico: Deseja ajudar a todos mas sem se preocupar com as consequências pra si próprio. Síndrome do mártir proto- suicida. Se coloca totalmente em segundo ou terceiro plano.

Altruísmo sábio: Entre o patológico e o narcisista, na zona habitável da razão, o altruísmo sábio mescla o desejo generalizado de ajudar mas também um maior instinto de sobrevivência ou de auto-preservação, e até poderíamos dizer que, o altruísmo patológico também se consista em uma espécie de altruísmo narcisista, em que o indivíduo prefere se sacrificar do que se preocupar mais com o outro, característica essencial do altruísmo. Como sempre, o altruísta sábio apenas se posicionará a partir do contexto e buscará agir da maneira mais adequada possível.

Altruísmo narcisista: Muito confundido com o altruísmo patológico, o altruísmo narcisista consiste-se no uso de atitudes pretensamente altruístas mas tendo como principal objetivo a auto- promoção. É o objetivo/adjetivo que descreve o tipo de atitude. Quase sempre se coloca em primeiro plano porque deseja ser considerado como moralmente superior pelos demais. Mais parece uma mistura de altruísmo com egoísmo e dependendo do tipo, também com a insensibilidade parcial. Não quer ajudar a todos, quer que todos o considerem como uma pessoa moralmente superior ou boa. É fato que, muito comumente, exista um desejo genuíno de ajudar, mas é provável que também haverá um desejo igualmente genuíno de ter o seu altruísmo, correto ou não, literal ou verbal, reconhecido e exaltado pelos outros. De qualquer maneira existe um ímpeto para ajudar resultando em sua classificação como ''altruísta''.

Insensibilidade parcial: Provavelmente se consiste em um nível demograficamente comum. Localiza-se na zona morna entre o altruísmo e o egoísmo. Típico traço amalgamado dos normais. O nível de insensibilidade é maior mas o potencial de praticar o altruísmo ainda existirá. Raramente se coloca em segundo plano, mas também não tende a ser muito egoísta. Se assemelha ao sábio mediante a maior paleta de escolhas, ainda que tenda a ser muito apático, de maneira geral, no que diz respeito à prática de ações altruístas, e de também ser fortemente propenso a construir sistemas morais pessoais incompletos ou que estão salpicados de factoides potencialmente malignos. Neste sentido, especialmente o altruísta sábio que, caracteristicamente, se baseará em abordagens realistas para ajudar o próximo, corroborando com um de meus conceitos [que são numerosos] sobre a sabedoria, enquanto uma união entre a bondade/benignidade e a inteligência/conhecimento, e de forma perfeccionista e holística.

Insensibilidade predominante: O sub-normal ou idiota moral comum. Mais egoísta que o insensível parcial mas ainda assim não muito egoísta, porque geralmente será mais indiferente/passivo do que insensivelmente ativo/basicamente aquilo que o egoísta é.

Egoísmo: Depois da zona morna entre o altruísmo (ajudar/querer o bem os outros) e o egoísmo (querer o bem pra si mesmo) aparece, finalmente, o egoísmo, ainda dentro do espectro de normalidade comportamental. Pode-se dizer que na zona morna entre a benignidade e a malignidade, as pessoas estão mais apáticas, e portanto mais passivas do que ativas, enquanto que, tanto de um lado quanto de outro haverá maior ímpeto para a ação, só que entre os ''benignos'', se buscará ajudar o próximo, enquanto que entre os ''malignos'', se buscará ajudar a si mesmo, e muitas vezes, com base na exploração do sofrimento alheio. O egoísta quase sempre se coloca em primeiro plano. Diferente do altruísta narcisista e dos demais tipos de altruístas, ele raramente pensa no próximo. 

Egoísmo patológico: Sempre se coloca em primeiro plano e quase nunca se coloca no lugar do próximo. É tão centrado em si mesmo que comumente acaba agindo como um parasita, e no pior dos cenários, como um predador.


Estamos claramente falando aqui de níveis de empatia benigna, em que, o altruísta patológico será o mais benignamente ou afetivamente empático de todos, em termos quantitativos ou de intensidade, mas não em termos de qualidade.  E também estamos falando de instinto, em que o altruísta patológico será o menos instintivo e o egoísta patológico o mais instintivo. Eu resolvi colocar o altruísta sábio entre o altruísta patológico e o narcisista, justamente por incorporar algumas das características de ambos, isto é, o maior senso de auto-conservação/narcisismo do segundo, e um desejo mais universal de altruísmo do primeiro. No entanto em termos de instintividade o altruísta sábio, ou sábio, estará muito mais próximo do egoísta patológico, por também estar embebido de instinto. Novamente, em termos de empatia, o altruísta sábio inequivocamente estará mais próximo dos outros tipos de altruístas. 

Por fim, apenas mais uma observação. Percebe-se uma espécie de descontinuidade entre o altruísta narcisista e o insensível parcial, mas, como eu falei, acho até que mais de uma vez, este espectro se refere especialmente ao ímpeto de agir, em que temos os altruístas, que, mais narcisistas ou não, inevitavelmente serão mais propensos a agir de maneira altruísta, torta/factualmente errada ou não, enquanto que o insensível parcial será muito mais passivo em tomadas de ação altruísta, mas também em relação à tomadas de ação egoísta. E claro, eu não preciso dizer que haverão mesclas entre os tipos, e dependendo de contextos e grupos, porque de uma maneira geral, tendemos a ser mais moralmente seletivos, com alguma exceção para o altruísta patológico e para o altruísta sábio. 

domingo, 12 de março de 2017

Espectro normalidade, nostalgia, melancolia e depressão

Nível ou proporção e intensidade de pensamentos positivos, medianos e negativos...

Normalidade ou predomínio de pensamentos positivos 


"Quase tudo faz sentido e nada me incomoda"

Normalidade: consciência existencial amalgamada e fortemente puxada para o pensamento positivo ''irreflexivo''.

Nostalgia: Princípio do desligamento do sistema humano de auto ilusão [instinto culturalizado] ou excesso de pensamentos positivos.

Quase tudo ainda faz sentido pra mim e continuo sem dar grande importância às coisas mais importantes... mas eu gostava tanto daquela época...


Ou ''melancolia parcial'' / Apego parcialmente realista [localizado] à vida.

Melancolia: Luta entre os pensamentos positivos e os negativos ambos em suas intensidades mais altas. Quase que como uma espécie de transtorno bipolar só que muito mais controlável. 


Apego/amor predominantemente realista [generalizado] à vida com base em ideações nostálgicas constantes.

''Apesar da vida não fazer sentido ela é tão maravilhosa, fantástica... e eu estou totalmente seguro quanto ao pouco conhecimento que tenho sobre ela, pouco porém essencial''

Depressão: Predomínio dos pensamentos negativos. Quase tudo incomoda, inclusive a si mesmo. Decepção generalizada com a vida. A vitória do neuroticismo.


O neuroticismo típico ou verbal se difere da internalização não-verbal deste predomínio de pensamentos ''negativos ou depressão, pura e simplesmente. O neurótico [e outros, como o melancólico) luta contra a depressão, enquanto que o depressivo é o neurótico que perdeu a luta e se deixou dominar por seus pensamentos ''negativos' (racionais, ''racionalizados'' ou irracionais) tal quando a consciência é verbalizada e depois internalizada, se tornando ''não-verbal'' ou apenas a sensação emocional/ sensorial predominante do organismo. 

sábado, 11 de março de 2017

Eu vivo entre a paranoia E a normalidade do piloto automático / instinto comportamental

Na última quinta eu ''me desliguei'' um pouco, ou liguei o meu piloto automático e me deixei levar pelo dia, por seu tempo sempre sem tempo para descansar. O resultado foi interessante. Por exemplo, eu fui à rua e não senti qualquer paranoia, qualquer sensação de estar sendo vigiado, de falarem de mim pelas costas [sendo ou não verdade). Nada disso. Eu vivi mais o mundo exterior, sem imaginação, sem pensamentos de perseguição fluindo em minha mente sem pedir licença, ouvi mais, vi mais, e fui mais, eu não sei se, a mim mesmo, mas com certeza mais conectado ao mundo exterior. Não tinham dois de mim, apenas a mim, físico, sentindo e reagindo ao mundo. Por uma tarde eu desliguei, sei lá, a minha segunda mente, a minha imaginação, e as coisas simplesmente fluíram e eu junto com elas. Como um avião no piloto automático, eu fui levado por minhas ações, apesar de vigiá-las de longe, tal como o pai que olha o filho entrar na escola, dobrando a esquina, Este é estado da normalidade, o de profunda e inquestionável ligação com o mundo exterior, estado este que não vem natural em mim ou que disputa espaço com o meu estado mais autoconsciente, e sim, que também é mais paranoico. 

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Normal não é o ideal mas uma espécie de hipo-abnormal ou hipo-ideal

O normal é a 'anulação'' dos extremos 

O ideal é a soma e uso perfeccionista dos extremos


Ou também, o normal é a combinação dos defeitos dos extremos e o ideal é a combinação de suas qualidades, tal como no caso dos dois tipos de androginias sexuais: a ''normal''/homossexual e lésbica típicos e a ''ideal''/sábia.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Normais e neurotípicos, redefinições (ou não, apenas pedantismo de minha parte)

Resultado de imagem para conformidade experimentos

Fonte: pinterest

Normal= que ou aquele que segue as normas sociais, geralmente desprovido de criticismo em relação à natureza, lógica e moral, dessas normas.

Neuro-típico= que ou aquele que apresenta padrões de funcionamento ou operacionalidade mental/cerebral típica/prevalente. 

A maioria dos normais são neuro-típicos...

No entanto é possível dizer que:

a maioria dos neuro-atípicos serão normais (seguem normas sociais, conformistas qualitativamente acríticos),

muitos neuro-atípicos disfuncionais ou que padecem de alguma desordem mental mais intrusiva ou influente, serão normais (em jargão grosseiro, desnecessário e impreciso: 'muitos doentes mentais serão normais''),

alguns a muitos abnormais serão neuro-típicos, isto é, não seguirão as normais sociais ''como se deve'', mas apresentarão padrões invariavelmente típicos de operacionalidade ou funcionalidade mental.

A palavra normal é um adjetivo derivativo, derivado da/ de sua palavra primitiva/primária ''norma''. 

A palavra neuro-típico é um neo-adjetivo composto e derivativo, derivado das palavras primárias neuro e típico.

Como normal e neuro-típico não são sinônimos, então há de se apelar pela precisão semântica de modo a dar-lhes as suas verdadeiras faces, mais mutuamente dissociadas, e com algumas reverberações interessantes, por exemplo, no caso de muitos ''portadores'' de transtornos/desordens e doenças mentais, em que se poderá ser neuro-atípico e normal ao mesmo tempo. Sim, aquela pessoa que escuta vozes, acha que todos estão lhe perseguindo (quando não estão), pode ser normal, desde que, paralelo a isso, apresente tendências de comportamento conformista à regras sociais que estão em voga, e o faça sem maiores considerações ou escrutínios.

típico e normal tem sido entendidos como sinônimos, se tudo aquilo que é típico tende a ser prevalente, comum, repetitivo, constante... característico

no entanto, um comportamento típico não será o mesmo que um comportamento normal, em especial com a aplicação da precisão semântica.

O comportamento esquizofrênico, até então, como era compreendido, semanticamente falando, é típico àquele que padece dessa desordem, mas não é normal, como antes era entendido = comportamentalmente saudável, e como eu estou tentando entender, não é normal porque não é o mesmo que seguir normas sociais. E no entanto, a maioria dos esquizofrênicos parecem ser ou buscar pela conformidade social acrítica.

Formal = que segue ou se relaciona com o formalismo.
Normal = * 


O normal é superestimado... especialmente porque muitas pessoas aplicam o termo de maneira equivocada, associando-o à ''saúde mental comportamental'' enquanto que, como eu já comentei antes, a verdadeira ordem mental epicentraliza-se no espectro da racionalidade e da sabedoria.

Portanto, os sábios que tendem a ser neuro-atípicos e abnormais, são os verdadeiros ''normais'', enquanto saúde mental comportamental. 

sábado, 20 de agosto de 2016

Combos de sabedorias

1- O sábio encontra-se além do 'espaço/tempo' em que está, vivenciando a realidade a partir de uma perspectiva existencial cronológica culturalmente atemporal...

Por causa de sua grande introspecção o sábio tende a construir uma memória ambiental muito rica que não se priva apenas a um espaço e tempo, como é o hábito. A memória ambiental do sábio é mais humilde, límpida e especialmente, mais profunda.

2- Empatizar - sistematizar ... o sábio exibe uma mente perfeitamente intermediária

Novamente a natureza essencialmente intermediária do sábio, que sabe empatizar e sistematizar.

Bom para reconhecer padrões mentalistas e mecanicistas, mas direcionando para uma ênfase mentalista, isto é, o entender do ser e do seu comportamento, ao invés de projetar-se decisivamente ao conhecimento de técnicas puramente cognitivas, direcionadas para a elaboração de produtos: ''coisas''. 

O sábio pensa como um psicopata, a priore, isto é, de modo mecanicista e direcionado para o mentalismo. Mas enquanto que o psicopata

3- A mente sábia é a mais operacionalmente/equilibradamente correta

Porque principia-se pelo princípio, por si mesma, de modo absolutamente correto 

Do núcleo às bordas
Do epicentro do ser ao seu comportamento 

Do intra-conhecimento ao extra-conhecimento, pessoal, extra-pessoal, naturalista, matemático, etc...

4- Instinto/cérebro"completo" domesticação/cérebro "incompleto" e apto para "aprender" mais...

Os mais instintivos já nasceriam com cérebros predominantemente pré-programados tanto no seu desenvolvimento quanto no seu uso. Isso explicaria o porquê dos tipos mais instintivos pontuarem mais baixo em testes de qi????

Em compensação a redução do instinto tende a aumentar a "capacidade de aprendizado que não é diretamente pré- programada/instintiva". Então pode-se dizer que o cérebro domesticado teria uma maior capacidade ou espaço para armazenamento de novos "aprendizados" /ordens?? ... podendo resultar/refletir em maiores pontuações em testes cognitivos. 


A redução do ''instinto cognitivo'' poderia explicar em partes a ''inteligência'' que é mensurada por testes de qi. E com isso eu poderia propor dois tipos de instinto, cognitivo e afetivo.

O instinto afetivo explicaria as ''desordens' explícitas ou psiquiatricamente identificáveis enquanto que o instinto cognitivo poderia explicar a menor inteligência cognitiva...


5- O sábio não precisa e não é o mais inteligente. Só precisa ser inteligente. E SER, com letras garrafais, completamente inteligente, já se consiste numa raridade.

6- Dois tipos de "inteligentes": O autoconsciente e o subconsciente

O autoconsciente ou proxy para sabedoria 

Ele sabe o que esta fazendo, 

sabe quem é,
 sabe onde está, 
sabe quem são os outros 


O subconsciente ou estágios menos avançados de cognição: Inteligência e criatividade 

Ele nasceu invariável e instintivamente inteligente mas 

Sabe superficialmente sobre si, 

sobre o lugar em que esta, 
sobre os outros...

7- O sábio dentre outros tipos de autoconscientes são menos dependentes do fator sorte OU responsabilidade.

8- Pode o ser humano ser menos uni-identitário??

E diferenças em relação aos sábios 

O raciocínio moral correto é pluri-identitário e equivocadamente tendencioso. A identidade mais forte tende a monopolizar todo o julgamento moral.


9- A filosofia tem sido um prêmio de consolação para verborrágicos equivocadamente convencidos.

10- A metáfora da Matrix para explicar criatividade, sabedoria e perspectivas existenciais.

A maioria dos seres humanos tendem a adormecer em ''suas'' Matrix.

Criativos podem acessar parte da hiper-realidade dependendo da intensidade qualitativa de sua inquietação/profundidade filosófica.

Os sábios são os que se encontram definitivamente fora da Matrix, em uma perspectiva existencial hiper-realista 

A intuição criativa é o olhar adiante da verdade...

Sem uma mente populada por factoides, muitos criativos, dos mais inteligentes, são capazes de ver aquilo que os outros não podem ver por serem em média incapazes de separar adequadamente o que é distração e o que é realidade ou compreensão factual.

A perspectiva existencial do criativo é realista e mundana, enquanto que a perspectiva do sábio é predominantemente realista.


11- Ceticismo ou piloto manual? O não saber


Instinto é o saber "sem saber" ou sem refletir. 
Sabe-se, 
logo age. 

O ceticismo é um reflexo da mente humana híbrida de instinto e de potencial reflexivo. É quando podemos tirar do piloto automático ou instinto e usar por conta própria ou refletir, repensar, que é metaforicamente complementar via piloto manual. 

Tal como dirigir um avião ou um carro. "Podemos", só hipoteticamente falando, é claro, deixar no piloto automático e portanto deixar nosso ser-instinto ou consciência primária agir "por conta própria". O fazemos quando não pensamos em nossas ações. Em outras palavras, "nosso' hibridismo de instinto e reflexão potencialmente racional não é idealmente dividido, isto é, em duas partes iguais, até porque haverá um grande predomínio do instinto em nosso comportamento se a razão está apenas nos seus primeiros passos, tal como uma criança de 4 anos enquanto que o instinto, já velho, mais parece com o seu pai dominador. O instinto tolhe a razão para a grande maioria dos seres humanos resultando em toda sorte de bizarrices que o bípede louco é brilhantemente travesso de cometer.

Todos os seres vivos nascem sabendo (de alguma maneira, em relação a alguma coisa) de acordo com as suas respectivas consciências primárias ou alcances perceptivos porque eles são fortemente instintivos e mesmo os mais amaciados com docilidade por causa de suas menores capacidades cognitivas permanecem presos a um mundo de predominante"incompreensão", claro, quando comparados aos seres humanos. Por exemplo. Os animais podem ver as estrelas mas não podem se questionar o que elas são, nem mesmo de modo especulativamente simples ou poeticamente convidativo, ainda que não signifique que suas vidas não sejam ricas de beleza e significância.

O não saber, isto é, o reconhecimento da própria ignorância, se consiste num dos passos mais característicos e firmes em direção à razão. O instinto nos "cega' quanto ao verdadeiro saber, que se dá via múltiplas perspectivas, em que, inevitavelmente, aparecerão perspectivas que não se relacionarão com nós mesmos. A razão nos possibilita à auto-crítica, a reflexão. Este ceticismo é uma manifestação do progressivo desligar do piloto automático ou instinto e como eu já alertei, pode vir com grandes desvantagens porque é importante ter os dois, o saber instintivo porém factualmente correto, e o não-saber que nos atice a buscar por suas respostas. E o sábio seria aquele com a melhor posição ou perspectiva existencial por localizar-se neste meio caminho entre o instinto/saber automático e o não-saber manual.


12- Instinto e empatia cognitiva 

Capacidade de se colocar no lugar do "outro": ser, fenômeno (dinâmica entre ser e coisa) ou objeto inanimado. 

A empatia cognitiva a partir deste prisma se consistiria em um sinônimo de lógica -- racionalidade, isto é, de se colocar no lugar das outras coisas, passando-se ''por elas, entendendo-as de maneira minimamente correta. 

E o instinto neste sentido pode ser entendido como uma espécie de auto-empatia cognitiva ou aquilo que tenho falado com certa frequência: clausura essencial ou (auto)consciência primária, isto é, o simples ato de viver que se consiste no auto reconhecimento, dos próprios padrões, geralmente de modo instintivo e o seu uso subsequente. O instinto se consiste na resposta, na reação à ação: auto-reconhecimento de padrões. 


13- A evolução humana tem se dado com base em um aumento na empatia afetiva mas a evolução tecnológica...

A maximização da empatia afetiva é um dos efeitos do aumento da autoconsciência/ alcance perceptivo.

... mas a evolução tem mais do que privilegiado o aspecto mecanicista em especial quando a 'civilização' apareceu.

Em relação às múltiplas inteligências, a intrapessoal parece ser a menos desenvolvida entre ''os seres humanos'' (a maioria), seguida pela interpessoal, por incrível que isso possa parecer, porque apesar da imprescindibilidade ou quase, do convívio social, o ser humano médio definitivamente não parece muito inteligente para entender factualmente as pessoas ou seres que interage ao longo de sua vida e finalmente inferir as melhores respostas/julgamentos morais.

A civilização deu uma guinada na assimetria entre os atributos mentalistas e mecanicistas resultando em seu aspecto usualmente enganoso de melhoria, em especial nas relações humanas. O ser humano melhorou/sofisticou a sua habilidade de construir ''coisas'', construiu cidades, monumentos, mas em termos de relações sociais, continua muito primário e portanto pouco desenvolvido. E a incapacidade dos seres humanos médios para um pleno autoconhecimento, conhecimento inter-pessoal, compreensão factual minimamente correta da realidade e posteriores considerações reativas, de longo prazo, via comportamento, podem ser observados por meio das relações sociais humanas, desde o ambiente familiar até aos macro-ambientes sociais.

O ser humano tem sido selecionado quanto à sua capacidade de apreender técnicas culturais, de conviver superficialmente com os outros e de se conformar à macro-ordem social vigente. 

As qualidades mais intrínsecas do ser humano tem sido sumariamente condenadas e desprezadas. O resultado é um processo gradual de coisificação seletiva do ser humano pelo próprio, transformando-se em um perfeito escravo... para...


14- Características de um sábio 

Internalizador ativo (manipulativo/potencialmente criativo) = = proto-pensador

Mentalista 


Lógico basal (estilo intrinsecamente essencial de pensamento)


e

um pensador convergente-divergente, ao invés de apenas um tipo, isto é, que também pode convergir para o pensamento comum/senso comum, porque para o sábio tudo é passível de ser escrutinado e mesmo acatado como factualmente correto/útil.


características do típico humano ou normal

homem:

internalizador passivo,

mecanicista,

lógico naturalista-basal, ou pensamento naturalisticamente lógico


mulher:

internalizadora passiva,

mentalista,

ilógica naturalista-basal, ou pensamento naturalisticamente ''ilógico''



15- Todo mundo é bizarro, de modo explícito ou não. Apenas o sábio que tenta ser o menos bizarro/brega/pedante/irracional possível 

16- Familiaridade é conhecimento

De fato estar plenamente familiarizado com certa situação tende a contar pontos para conhece-la melhor. No entanto há de se ter o fator sabedoria bem desenvolvido para que possa dar os melhores julgamentos. E estar basal ou inicialmente familiarizado tende a se relacionar com o instinto ou com o encaixe inicialmente perfeito entre o ser e suas características cognitivas/biológicas e a ideia ou percepção que estiver sendo exposta/enfatizada.

17- Gênio o ímpeto do predador direcionado para a cognição

A fome direcionada para a abstração


18- Racismo/tribalismo e instinto

Instinto ou piloto automático natural

Algumas pessoas já nascem (mais) prontas. Outras podem ser mais influenciadas por "ruídos ambientais" ... dentre elas os mais sábios. As que nascem 'prontas' tendem a ser mais instintivas tal como acontece com os seres vivos não-humanos.

O instinto manifesta-se pelo comportamento social não-verbal mais eficiente/pragmático, direcionado para a reprodução, isto é, se consiste na manifestação mais comportamentalmente basal, primária ou que está mais próximo do comportamento animal e/ou ''não-humano''.

Portanto em termos de comportamento sexual/reprodutivo o ser humano mais tipicamente instintivo muda pouco porque tende a ser menos influenciado por ruídos ambientais. 

Autoconsciência primária ou basal


A autoconsciência instintiva humana ou também primária/basal, se consiste na evolução da intensidade perceptiva em comparação aos ancestrais não-humanos mais próximos de nossa espécie. 

E uma de suas características mais relevantes é a "consciência do eu ou do ego". Aquilo que os animais não-humanos fazem instintiva e portanto 'inconscientemente", os seres humanos, em especial, os mais instintivos, tendem a fazê-lo de modo subconsciente, isto é, tendo o mínimo de consciência, de conhecimento em relação às suas próprias ações, o saber sobre o saber, ou reflexão.

Os mais instintivos por serem mais egocêntricos de uma maneira pragmaticamente evolutiva são mais propensos a buscarem por grupos invariavelmente similares a si para acasalar passando os seus genes, de modo indiscriminado.

A cultura funciona como uma espécie de recuperação deste mundo instintivo perdido onde que aquilo que era automaticamente/intrinsecamente motivado passou a ser feito de modo (mais) manual. 

Quanto mais adaptado se estiver para os ambientes culturais humanos existentes, menos instintivo ou automático para o ciclo comportamental natural ou reprodutivo se estará.

Os mais instintivos são mais autossuficientes em termos reprodutivos, isto é, com ou sem regras, ou vantagens, os seus relógios biológicos lhes alertará no momento mais propício para a reprodução. 

Instinto e 'racismo''/tribalismo tendem a ser fortemente relacionados e por algumas das razões sugeridas acima...

19- Ideações suicidas: melancolia e sabedoria 

A superação ou a adaptação da depressão existencial pode ter (geralmente) como resultado a sabedoria.

Se a vida humana é, geralmente, uma luta subconsciente contra as distrações, criadas pelas culturas, e reforçadas por ''nossas' próprias vulnerabilidades e o ''prêmio'' começa a se revelar a partir da velhice, com a melancolia biológica ou 'sabedoria' fenotípica, o sábio e o melancólico (muitas vezes conurbados, isto se não tão realidade não for causal ao invés de ser intensamente correlativa) apenas se porá do lado da única certeza da vida, a morte e muitas vezes ouvirá ''cantos da sereia'' para terminar logo com este martírio e saber o que de fato se consiste ''tudo isso'', a sua própria existência. 

O ócio existencial manifestado pela rejeição das regras incrivelmente tolas dos sistemas sociais humanos, faz com que sábios e melancólicos sejam mais assediados por ideações suicidas, se a melancolia não seria como uma espécie de depressão bipolarmente estabilizada, isto é, manifestando-se em baixa flutuação, porém constante e intensa frequência, em que os extremos da bipolaridade da expressão/comportamento se encontrarão com grande/quase-absoluta constância;

20- Por que apesar do seu caráter abstrato neutro..

a palavra normal continua tendo um significado tão moralmente carregado??

Na natureza por causa da seleção natural a norma é sinônimo de saúde (contextualmente adaptativa), isto é, se consiste na difusão genética das qualidades apropriadas para certo ambiente de uma espécie e portanto neste sentido

qualidade SERÁ quantidade

apenas o ser humano que é capaz, de modo consciente, privilegiar a qualidade sobre a quantidade.

21- Por que a realidade não é apenas científica?

Porque existem outras perspectivas de conhecimento e uma das mais importantes se dá com base no sentir e não no saber cognitivo.

A ciência não tem o monopólio natural da realidade...



22- A metáfora da corrida subconsciente... como explicar a reflexão** novamente...

Vamos imaginar metafórico e hipoteticamente que estamos correndo, apenas isso, correndo... não sabemos o porquê de estarmos correndo mas o fazemos...

Então de repente na próxima geração começam a nascer tipos de nossa espécie que se diferem em uma particularidade... eles começam a pensar mais profundamente sobre si mesmos, passam a se perguntar sobre o que estão fazendo, passam a fazer perguntas sobre si mesmos, sobre as suas vidas.... 

esta é a reflexão, o tipo de pensamento revolucionário que conurbado com criatividade e frieza emocional, transformou o ser humano na espécie dominante... infelizmente.

23- Por que a melancolia**

(Também) Porque o organismo dá sinais constantes e invariavelmente sutis que o seu sistema não é ''idealmente' configurado. Isso pode contribuir para um maior realismo inevitavelmente fatalista, desconstruindo a usual hegemonia do ego-natural, universal entre os animais não-humanos, e portanto ignorância.

Outro efeito possível é o de aumentar a intensidade/prioridade de internalização de ''fatalidades filosóficas'' (existenciais) em contraste ao predomínio de internalização de ''banalidades artificiais'', normais e estúpidos tendem a ser submersos sob os ''véus das distrações'' (cultura, ideologia, etc)...