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sábado, 2 de março de 2024

Mais provocações voluntárias

 Bondade sem racionalidade não é apenas estupidez, mas também insanidade


A essência da bondade ainda não é ser educado, como muitos parecem pensar, mas ser justo 

Ainda assim, o mais bondoso é aquele que é o mais altruísta e, ao mesmo tempo, mais justo. Uma raridade...

A essência podre do capitalismo é que vale tudo por dinheiro 

Conservadores adoram culpar a falta de religião, atualmente, no mundo ocidental, pelo que chamam de "degeneração moral". Mas muito dessas mudanças culturais são culpa da influência ideológica capitalista, particularmente da ganância de lucrar em cima de qualquer oportunidade, inclusive as consideradas mais "imorais"

A degeneração moral não é exclusiva à "esquerda". Séculos de hegemonia cultural tradicionalista ou conservadora, de pobreza, desigualdades sociais, preconceitos injustos, ideologias insanas dominantes e muitas guerras não nos deixam mentir  

Conservadores são, em média, falsos coletivistas?? 

Se é fácil se dizer a favor de uma sociedade quando a sua cultura espelha o seu modo de pensar e viver

O problema de conviver com pessoas com baixas capacidades cognitivas é que também tendem a ter uma baixa inteligência emocional 

E o problema de conviver com pessoas mais inteligentes é que também tendem a ter uma inteligência emocional mais baixa do que em comparação às suas capacidades cognitivas, mas são mais implícitas nessa expressão de deficiência do que as de menor capacidade, ou mais dissimuladas 

Quem defende um malfeitor (objetivamente determinado):

- Pensa que poderia estar na mesma situação dele, que agiria igual (pura especulação)

- Pensa que somos todos literal ou absolutamente iguais e que ele merece ter os mesmos direitos (mesmo depois de provar o contrário)

- E/ou é igual a ele

Boa parte das políticas atuais da dita esquerda ocidental se baseia em chantagem emocional barata 

Tipicamente, o esquerdista busca por explicações complexas para o que é mais simples, enquanto o direitista busca por explicações simples para o que é mais complexo 

Em torno de todo líder tirano, tem uma multidão de mercenários e idiotas 

Uma maneira típica de relativizar conceitos básicos, como verdade e conhecimento, é de produzir exemplos irrealistas ou extremos, tal como situações de "escolha de Sofia"

Muitos entendem inteligência emocional com empatia, controle e carisma. Mas, a Inteligência emocional também é sentir tristeza, raiva ou timidez em momentos ou circunstâncias adequados, vezes a longo prazo ou indefinidamente

Inteligência emocional também pode ser pela opção da distância 

O mais irracional tende a se tornar mais "bonzinho" quando percebe que é oprimido e o oposto quando percebe que está mais "empoderado"

O mais racional tende a se tornar mais aguerrido quando percebe que é objetivamente oprimido, mas mais moderado quando está no poder (o que, em termos adaptativos, parece ser menos lógico)

Pais não tendem a gostar mais de um filho porque aparenta ser mais 'problemático" que os outros, mas apenas porque gostam mais, sem ter uma explicação além disso

Pais que não colocam nenhum limite adequado aos seus filhos são tão problemáticos quanto aqueles que impõem limites demais 

Pais que não percebem conflitos entre os seus filhos, especialmente conflitos que geram tratamentos injustos de uma parte à outra, também não estão mostrando excelência nesse ofício

Em relação ao conhecimento sobre o mais básico, a verdadeira filosofia é suficiente, pois não precisa da ciência e sua especialização da lógica, se basta a sua generalização. Por exemplo, quanto à crença religiosa, um filósofo legítimo não precisa do método científico para duvidar de sua veracidade

A diferença entre o mais sábio e o mais inteligente é tamanha que chega a ser comparável à diferença entre duas espécies distintas 

É quase certo de se afirmar que a maioria dos autodeclarados filósofos são uma combinação entre um artista (escritor ou poeta) e um cientista fracassados, isto é, que fracassam em ser um ou outro, de maneira genuína, e acabam se tornando um nenhum entre os dois, ao invés de buscarem ser exatamente como um filósofo, uma combinação equilibrada entre o artista emotivo ou o existencialista e o cientista analítico ou o realista

Quando você escreve muito bem, é capaz, mas também muito provável que irá preencher boa parte da sua escrita com o seu ego disfarçado 

A crença de que a França é um grande centro filosófico é um provável sintoma de pseudo intelectualismo

O relativismo cultural e o igualitarismo atraem do mais ingênuo ao mais perverso. Mas, geralmente, o tipo mais comum é uma combinação entre os dois, até por ser assim todo fanático verdadeiro 

Tão desprezível quanto os fanáticos são os falsos moderados

Indivíduos autodeclarados de esquerda ou a favor da justiça social querem acabar com todos os privilégios, supostamente... Mas a única maneira de fazê-lo seria pelo estabelecimento de uma sociedade plenamente meritocrática, ou uma intelectocracia (o meu modo ideal de sociedade, o governo dos mais sábios) 

Um perfil exemplar de irracionalidade extrema é a de um indivíduo que acredita em Deus, Marx e Lamarck ao mesmo tempo

Acreditar que o capitalismo é um modelo ideal de meritocracia é outro sintoma 

A doutrinação ideológica (ao contrário da educação/filosofia) é uma sistematização da falácia da evidência suprimida 

Se o coletivismo é o sacrifício do indivíduo pelo "bem da sociedade", o individualismo é o sacrifício da sociedade pelo "bem do indivíduo"?

Eu já disse em outros textos ou pensamentos que a religião, assim como a ideologia, é uma forma de auto terapia mais intuitiva. No entanto, também posso dizer que essa auto terapia é um tipo de mascaramento do transtorno que deveria ser corretamente tratado. Tal como de, ao invés de dizer a uma pessoa com transtorno psicótico que os seus pensamentos delirantes são delirantes, de concordar com a realidade ou parte da realidade que ela resolveu distorcer para acomodar suas questões pessoais divorciadas dos fatos

domingo, 29 de janeiro de 2023

A verdade suprema é a igualdade da essência primordial

 Antes da existência, tudo era igual porque tudo era nada. E sua essência continua a existir em tudo o que existe.


A verdade suprema é a igualdade de tudo que existe e deixará de existir, é a verdade da essência primordial.

É a igualdade da origem e da relação de tudo com tudo. 

Não importam os valores mais astronômicos do tempo e do espaço, a igualdade da essência primordial está em tudo. 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Novamente, sobre a natureza multidimensional da verdade

 Mas mais resumido: 


A verdade é subjetiva justamente por ser a reflexão da realidade a partir da perspectiva de um ser vivo (não apenas do ser humano), por ser intrínseca ou dependente às nossas perspectivas (o que eu sinto e percebo do outro e de mim por mim mesmo);

A verdade é relativa porque varia individualmente (o que outro indivíduo e eu sentimos e percebemos);

E a verdade é objetiva porque é possível buscar pela natureza ou realidade de um objeto, abstrato ou físico, a partir da redução de sua carga primária de subjetividade (o que eu sinto e percebo do outro por ele mesmo).

Subjetividade (eu em relação a mim mesmo) e objetividade (eu em relação a um objeto, que também pode ser eu mesmo, mas sempre visto de maneira imparcial ou... objetiva) não são opostos absolutos, como se não pudessem coexistir no mesmo "espaço", se se tratam de perspectivas distintas. 

A verdade pode ser objetiva, não por ser precisa, exatamente, mas por estar direcionada a um objeto.

domingo, 31 de julho de 2022

Mais pensamentos sobre o problema da relativização de opinião

 De um debate no Quora sobre opinião a partir de uma pergunta que eu fiz: ''Por que é tão comum de se pensar que tolerar opiniões equivocadas é racional e civilizado?''


"Nenhum ser humano tem o direito de ser arrogante ou intolerante com pessoas que, de acordo com o julgamento dele, possuem opiniões menos embasadas... Ninguém tem o direito de ser intolerante, porque não existe opinião absolutamente certa" 


Na maioria das vezes é necessário ser ríspido se uma opinião nunca é apenas um pensamento, porque costuma se traduzir em comportamentos baseados em opiniões. Além do mais, isso é o mesmo que alimentar a imaturidade alheia e de si mesmo, porque a verdadeira humildade intelectual não é tolerar opiniões erradas, injustas ou perigosas, e arrogantes, mas de respeitar a verdade. Pode ser que não exista uma opinião "100% certa", mas existe opinião "100% errada" e sim, pessoas mais sensatas (específica ou geralmente) têm esse direito, ou melhor, esse dever e não é nenhum pouco sensato achar que se deva tolerá-las, porque é graças à essa tolerância que acontece tanta coisa errada…

"Porque não existe opinião absolutamente certa"

Ok, deixar uma criança muito doente, porque segundo a crença religiosa fundamentalista dos seus pais, ela pode ser curada pelo poder da oração, é uma opinião 100% errada e, pensar o contrário disso, de que essa criança tem que receber um tratamento adequado, é uma opinião 100% certa. Me baseei no caso de uma menina com diabetes tipo 1 que vivia na Flórida e faleceu de complicações dessa doença depois que seus pais, de fundamentalistas religiosos, não permitiram que ela fosse tratada pela medicina moderna, por causa de suas crenças. 

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

"A verdade é relativa", "Não existe certo e errado"

 Novamente...  


Primeiro, o que é verdade??


Por uma definição bem básica, a verdade é a reflexão de um fato a partir da perspectiva de um ser vivo e, especialmente do ser humano, que é o único capaz de expandi-la para um nível mais abstrato. Em outras palavras, a verdade é aquilo que percebemos da realidade, e podemos fazê-lo por várias perspectivas. As mais relevantes, nessa explicação, serão a subjetiva e a objetiva.


É importante enfatizar que, primariamente, toda verdade é subjetiva porque só pode ser gerada pelo indivíduo, encontrando-se inteiramente sob o seu domínio, diferente da realidade que, independe de nossa capacidade de percebê-la, para existir; que é relativa porque varia de acordo com a perspectiva de cada um (uma perspectiva mais contemplativa). Mas ela também é objetiva porque, o que percebemos da realidade, apresenta um nível variável de precisão ou objetividade. Em relação aos dois tipos de verdade ou perspectivas que citei, a subjetiva é aquela que consiste na autoprojeção ou sensação do indivíduo sobre uma realidade específica, por interação. Já a objetiva é a contenção da auto projeção ou durante a interação em que se busca perceber certa realidade ou objeto, por si mesmo, isto é, objetivamente.


Por exemplo, quando eu sinto a chuva caindo no meu corpo e a sensação de estar molhado, isso é uma verdade subjetiva, que apenas eu, "dentro" do meu corpo, estou sentindo (ainda que outros também possam sentir a mesma sensação, apenas eu que posso sentí-la por mim mesmo). Já, quando eu consigo isolar conceitualmente a realidade da chuva, eu estou reconhecendo uma verdade objetiva, que é a própria chuva. Também o faço pela sensação, reconhecendo-a (sua própria natureza) no momento da interação e abstraindo a minha percepção que estou tendo dela em relação às de outros elementos e fenômenos, especialmente com os quais já apresento familiaridade. Agora, um exemplo mais polêmico. Se eu estou a andar pela rua e, ao ver um casal de homens se beijando, reajo com raiva ou repulsa, esse meu sentimento é subjetivamente verdadeiro...


Aí, caímos na segunda afirmativa falaciosa, de que não existe certo e errado porque, supostamente, a verdade é apenas relativa. Portanto, por essa conclusão, a homofobia e o respeito seriam considerados absolutamente equivalentes, como se fossem atos opostos, mas com consequências idênticas...


No entanto, a ideia de que a verdade é apenas relativa parece considerar somente a sua perspectiva (ou verdade) subjetiva como verdadeira. Seria como dizer que a minha sensação da chuva caindo no meu corpo é a única verdade, e não a minha percepção objetiva da própria chuva, de reconhecê-la pelo que é. Claro que apresentamos níveis variados de percepção factual e, portanto, de precisão sobre as verdades objetivas. Mas, isso não significa que nenhum ou qualquer grau de objetividade seja possível para nós... 


Voltando ao segundo exemplo, eis que, mesmo se eu tenho essa reação, que é verdadeira para mim, não significa que seja um reflexo perfeito do objeto ao qual me projetei ou que estou interagindo. Então, se eu sinto repulsa e raiva pela expressão homoafetiva, isso, a princípio, não representa a sua própria natureza. De, ela não é repulsiva porque eu a considero assim. Por isso, é importante confrontar o que se afirma (se baseado no que está sentindo ou pensando) sobre o que se afirma, de comprovar com base na realidade. E, a partir dessa abordagem racional, podemos chegar à uma série de conclusões sobre esse tópico, inclusive pelos próprios argumentos usados por homofóbicos para justificar seus sentimentos em relação à diversidade sexual: de que não é uma doença, porque ninguém fica doente de "homossexualidade", ainda que existam correlações de risco e, independente de sua possível origem biológica; de que não é errado, nem no sentido de "anti natural", nem no de "pecado". Primeiro, por serem variações naturais do comportamento sexual, não apenas dos seres humanos, isto é, por pertencerem ao "mundo natural". Segundo, porque não é um comportamento que, intrinsecamente, cause malefícios a quem o pratica, nem aos demais que não o praticam. Não é crime sentir atração pelo mesmo sexo ou sentir-se dissonante ao sexo de nascimento, se o crime, em seu conceito mais universal e objetivo, consiste em violações mal intencionadas do espaço existencial de um ou mais indivíduos (e, em um sentido hiper realista, não apenas do indivíduo humano). Mesmo quanto ao argumento de se ser "antinatural" por parecer que não tem utilidade evolutiva, já que a relação homossexual não pode resultar em concepção, aqueles que o utilizam para defender a homofobia se esquecem que o sexo, especialmente para nós, humanos, nunca foi praticado apenas para a reprodução, mas também como atividade recreativa. Portanto, a sua utilidade, nessa comparação, é a mesma que a do sexo como recreação. Sem falar que, a ideia de utilidade tende a variar muito entre indivíduos, grupos, contextos... Por exemplo, os livros que, para muitas pessoas, que não são ávidas leitoras, apresenta um valor baixo a nulo de utilidade. E claro que, o oposto para as que os valorizam mais. Pois o homofóbico, assim como qualquer outro que decreta seu gosto ou preferência como o único que está certo, sequer consideram as perspectivas daqueles com os quais antipatizam para fazer esses julgamentos que, claramente, mostram-se  precipitados e tendenciosos. 


Voltando à pergunta mais relevante: o que é certo e o que é errado??


Mentir é mais certo que dizer a verdade??


Pois mesmo que exista uma diversidade de contextos em que essa resposta não será simples, a verdade, de maneira geral e essencial, tem um valor absolutamente superior à mentira. Por exemplo, nesse exato momento, todos nós estamos interagindo com a realidade, sentindo e percebendo os fatos no presente. A verdade, como um reflexo da realidade, está onipresente em nossas vidas. Mesmo que mentir possa ter alguma utilidade específica, é a verdade, como a nossa única maneira de traduzir a realidade, sentida e percebida, que sempre prevalece no final.


Retornando às afirmações do início


Ao afirmar que a verdade só pode ser relativa, destrói-se qualquer base que possa condenar as "verdades" dos outros. Então, se eu digo que a verdade é sempre e unicamente relativa, no sentido de subjetiva, eu não posso condenar aquele que afirma o oposto... Eu também estou criando bases para condenar o sentido mais básico do conhecimento humano, a ciência e a filosofia, se ambas são esforços da humanidade de maximizar a sua compreensão objetiva.


O mesmo em relação à afirmação de que "não existe certo ou errado"...


Se o certo é mais no sentido de justo que também é mais no sentido de verdadeiro, seguro, útil, ponderado, cuidadoso..


E se o errado é mais no sentido de injusto que também é mais no sentido de falacioso, perigoso, inútil, precipitado, insensível... 


Claro que esses conceitos variam muito entre as espécies, mas, de maneira geral, podem ser definidos a partir dos limites adaptativos de cada uma. Por exemplo, de que o certo para os peixes é de viverem em ambientes aquáticos e o errado o oposto disso (eu até já o usei em um outro texto parecido). Pois as nossas concepções de certo e errado idealmente devem ser baseadas no nível mais alto de lucidez ou compreensão da realidade que podemos alcançar, que é a racionalidade. 


E para finalizar, como o último exemplo uma discussão muito importante atualmente, sobre a necessidade das vacinas.


Pois se elas nos protegem de doenças que podem ser fatais, então, o certo, dentro desse contexto, é de as tomarmos o mais cedo possível, porque apresentam essa utilidade ou finalidade específica. Já o errado é de desacreditar sua capacidade de proteção, com base em mentiras sobre a sua eficácia e segurança, evitando tomá-las. Mas é interessante pensar que a maioria das pessoas que cometem esses equívocos crassos de racionalidade não fazem com consciência do que estão fazendo, pois acreditam que as mentiras que defendem não são mentiras. E um parênteses para o caso das vacinas que têm sido produzidas para nos proteger da covid-19, já que há um certo nexo quanto ao medo de que algumas delas possam causar efeitos colaterais graves e até levar ao óbito, tal como, infelizmente, tem acontecido para uma minoria ínfima dos vacinados (exemplo: cento e poucos casos de mortes causadas "pela" vacina da AstraZeneca de um total de cinquenta milhões de britânicos que já a tomaram). 

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Sobre níveis de ceticismo

 Vejamos três exemplos:


Predomínio da influência biológica na inteligência humana, existência de vida extraterrestre e de deus/eternidade.


Em relação à possibilidade de predomínio da influência biológica na inteligência humana, existem padrões, que são rastros de evidências concretas, por serem comportamentos ou características que se repetem, que corroboram para a sua veracidade. Existem vários exemplos desses padrões. Um deles é o fato de que filhos adotados tendem a apresentar níveis similares de inteligência aos dos seus pais biológicos do que dos seus pais adotivos. Com base nisso, é racionalmente recomendável que o nível de ceticismo sobre essa possibilidade seja baixo.


Em relação à existência de vidas extraterrestres, não existe sequer um rastro de evidências concretas ou de padrões, tal como têm no primeiro exemplo, se a grande maioria dos relatos e provas de aparições de naves estranhas ou de abduções são duvidosos. No entanto, existem razões lógicas baseadas em padrões existentes que, indiretamente, corroboram para a possibilidade de existência de vida fora do planeta Terra. Por exemplo, o tamanho impensavelmente descomunal do universo, cheio de planetas e sistemas solares similares ao nosso, com potencial de terem condições de abrigar vida simples à complexa. Por isso, é racionalmente recomendável que o nível de ceticismo sobre essa possibilidade seja médio.


Por fim, temos o caso da crença na existência de deus/eternidade, que não tem absolutamente nada, nem rastro de evidência concreta nem razão lógica respaldada por padrões existentes que, indiretamente,  corroborem para a sua plausibilidade. A única e remota ou proto razão lógica pela qual se baseia é a de que "se toda criação tem um criador (supostamente falando), então, o mundo ou o universo também tem e que se chama deus". Se tudo o que existe teve um momento de surgimento ou "criação", não significa que tudo foi literalmente criado por uma entidade consciente e absolutamente poderosa. Mesmo que não seja possível provar, pelo método científico, nem a existência nem a inexistência de deus/eternidade, não há nada de remotamente concreto que apoie a tese de que exista,sem falar que o ônus da prova recai sobre aqueles que acreditam. Portanto, é racionalmente recomendável que o nível de ceticismo sobre essa possibilidade seja o mais alto possível.


Pois se deveríamos, por exemplo, repensar sobre os métodos tradicionais de ensino usados na maioria das escolas, por estarem baseados na crença de que o meio tem um papel predominante no intelecto humano, em  relação à biologia; se também deveríamos  continuar preocupados ou ansiosos com a possibilidade de descoberta ou de aparição de seres vivos vindos de outro planeta; não mais deveríamos manter ou tolerar o nível de influência cultural e política das "religiões" organizadas nas sociedades humanas, no máximo delegando-as um nível similar de poder, em sua maior parte,  inofensivo, que atualmente tem a astrologia. 


quarta-feira, 14 de abril de 2021

O caminho aparentemente mais fácil (da verdade/da sabedoria) e o das esquerdas

 Quando antirracistas dizem que não existe racismo contra brancos, muitas pessoas, corretamente, discordarão desse raciocínio, por ser injusto ou inverídico.


Mas, era pra ser bem simples: condenar o racismo, diferenciando-o de escolhas ou gostos pessoais e concordar que os brancos também podem sofrê-lo, mesmo se nenhum deles tivesse sofrido, se é uma falácia dizer que algo tão universal, como o tribalismo (o racismo é uma variação dele), aconteça de maneira restrita ...


Quando marxistas dizem que a União Soviética foi uma nação exemplar, que cometeu apenas equívocos isolados e/ou que Stálin não foi um tirano genocida, muitos repudiarão ou ficarão corretamente indignados com essas declarações, afinal, se consistem em distorções de fatos históricos, que é o equivalente a negar o holocausto, enfatizando apenas as "bem feitorias" do nazismo, por exemplo, de que Hitler acabou com o desemprego na Alemanha da década de 30 do século XX.

 

Pois eu aposto que haveria um grande aumento no número de seguidores e apoiadores para as esquerdas, principalmente de "centristas", se elas deixassem de lado essa submissão cartesiana às suas ideologias de maior aderência, se em relação aos identitarismos ou ao marxismo, e focassem diretamente na justiça social.


Mas, parece que as esquerdas escolheram lutar ou seguir pelo caminho mais difícil, de negar ou distorcer algumas verdades muito importantes (possivelmente acreditando que fazem o oposto) e, mesmo assim, esperando que a sua popularidade irá aumentar. Se fossem apenas coerentes com aquilo que mais pregam, a justiça social; se ser justo é o mesmo que buscar pela verdade...

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Verdades sensorial e cognitiva

Verdades sensorial e cognitiva

Além da hierarquia e da diversidade sobre os tipos de verdade que eu já propus (subjetiva, pragmática, universal, essencial e existencial) aqui, falarei um pouco sobre a existência possível de outras duas verdades: sensorial e cognitiva, abordando uma perspectiva diferente.

Verdades sensoriais são informações verdadeiras ou fatos da realidade, que um ser vivo reconhece pelos seus sentidos.

Verdades cognitivas são informações verdadeiras que, principalmente o ser humano, abstrai e organiza a partir de sua percepção, conseguindo estabelecer relações de causa e efeito, comparação, composição..

A verdade cognitiva se expressa por  afirmações ou negações verdadeiras, das mais simples às mais complexas. Verdadeiras por refletirem uma ou mais facetas da realidade, concreta e abstrata.

 Por exemplo, se eu digo que "Berlim é a capital da Alemanha", essa é uma verdade cognitiva, porque se consiste em uma afirmação verdadeira, a partir de fatos construídos e reconhecidos por seres humanos.

Se eu percebo, pela visão, o voo de um pássaro, essa é uma verdade sensorial, captada pelos meus sentidos. Quando eu construo a frase/composição "eu vi um pássaro voando no céu azul", eu estou organizando os elementos que eu percebi (eu mesmo, pássaro e o céu azul) e as ações relacionadas ("eu vi"; "pássaro voando"), produzindo uma verdade cognitiva. Essa capacidade, que parece ser única à espécie humana, é uma extrapolação dos limites de compreensão dos próprios sentidos, em que nos tornamos capazes de organizar, elaborar e melhor compreender o que sentimos, através de referências ou legendas aos elementos verdadeiros de nossos mapas de realidade, ou palavras e seus conceitos que associamos às coisas derivadas (comportamentos/sensações) e concretas.  

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Argumentos versus verdades

Argumentos versus verdades

Em condições filosoficamente ideais, não existem argumentos, apenas verdades. Mas, em nosso mundo dominado por múltiplas ideologias se passando como detentoras da " única verdade" ou Sabedoria, a argumentação faz-se necessária, até para que seus apoiadores possam justifica-las para si mesmos e defende-las de críticos//céticos.


Por exemplo, uma questão que ainda continua a ser alvo de polêmica e disputa político-ideológica:

A diversidade sexual (LGBT++) deve ser (re)criminalizada ou não?

De acordo com as regras vigentes, dois grupos, um favorável e outro contra, apresentarão justificativas para defender seus posicionamentos. No entanto, já existe uma série de verdades de vários tipos, aqui, tradicionalmente denominadas de "argumentos", que enfraquecem de sobremaneira a defesa por uma total condenação, isto é, de qualquer indivíduo lgbt, apenas por causa de sua identidade.

Eis algumas delas:

- Homossexualidade (atração pelo mesmo sexo) não é doença, nem síndrome, porque não mata ou provoca sintomas clínicos potencialmente fatais (verdade biológica);

- É uma variação natural da sexualidade humana (verdade biológica);

- Ao longo da história, lgbts têm sido condenados injustamente em muitas sociedades (verdade histórica), por isso que agora, mais do que nunca, é preciso fazer justiça;

- Só existe uma vida para ser vivida (verdade existencial)...

Até mesmo algumas verdades inconvenientes, ainda não são capazes de, legitimamente, solidificar bases para uma condenação total, por exemplo, "LGBTs estão em alto risco de contaminação por DSTs". Verdade, mas não são todos...

A condenação de cada indivíduo LGBT por ser LGBT é indefensável a partir de uma ótica racional ou apenas mais realista.

 Exemplos de argumentos comumente usados por homofóbicos e suas refutações ou exposição de verdades:

- Não é natural (se pertence à natureza, então é natural)

- Não é normal (ou comum... nem por isso, equivocado)

- Deus condena (deus não existe)

- É doença (já sabemos que não é)...

Argumento versus opinião pessoal

Durante um certo tempo, eu acreditei na superioridade absoluta do argumento sobre a opinião pessoal. Hoje, percebo que argumentos são, geralmente, verdades e/ou conhecimentos não-subjetivos, usados para defender opiniões pessoais ou verdades subjetivas. É a diferença entre dizer "Eu não gosto", opinião pessoal, de "Eu não gosto porque x ou y", argumento.

terça-feira, 31 de março de 2020

Precisão semântica e a confusão entre estética e pragmatismo conceitual

Precisão semântica e a confusão entre estética e pragmatismo conceitual

Verdade é o mesmo que conhecimento??

Sabedoria é o mesmo que racionalidade ou que razão??

Pois eu sou da opinião, e que não é apenas uma opinião intuitiva, de que sim, verdade e conhecimento são praticamente a mesma coisa, assim como sabedoria, racionalidade e razão. Mas, então, por que tantas palavras conceitualmente próximas??

Ora, por "mera' questão estética. Mais palavras, mesmo se forem extremamente parecidas em seus conceitos, menos repetitivo e enjoado ficam os textos que escrevemos.

Além do excesso de sinônimos, um problema consequente é a confusão entre estética e pragmatismo conceitual. A existência de palavras como alegria e felicidade, serve para dar mais beleza aos textos, mas não devemos perder muito tempo tentando procurar ou inventar diferenças entre elas, já que têm praticamente o mesmo significado. Geralmente são palavras com origens etimológicas e culturais distintas, adotadas por uma mesma língua. O ideal/correto é sabermos que são usadas justamente por razões estéticas. Essa situação é mais complicada quando os sinônimos são sobre significados essenciais para a nossa compreensão de mundo, tal como os exemplos que explicarei embaixo.

Explicando verdade/conhecimento e sabedoria//razão/racionalidade

A verdade tem sido definida como um fato determinado, por exemplo, "É verdade que eu não sou tão alto quanto você". Ou como uma interpretação subjetiva "A minha verdade não é melhor que a sua". Já o conhecimento tem sido definido como uma verdade construída a partir de fatos determinados, por exemplo, "O conhecimento da geografia se refere à interação do homem com a natureza". Mas, se pararmos para pensar, todo conhecimento é verdadeiro e toda verdade é conhecimento, no sentido de "conhecer", de "saber". Ao buscar pela essência conceitual da verdade, acabei por encontrar um contraste dela, mas com a realidade. A verdade como uma reflexão da realidade a partir da perspectiva de um ser vivo. E a realidade como sinônimo da própria existência, independente se a percebemos ou não. Por isso que penso ser mais eficiente pararmos de tratá-los como se fossem conceitos absolutamente diferenciados.

O mesmo para as outras três. Se ser racional, dotado de razão ou sábio é praticamente a mesma qualidade. O problema são as atribuições indevidas. Se sabedoria é a busca pelo conhecimento, muitos a definem restritamente como "bondade", e ainda do tipo "fazer o bem, sem olhar a quem", isto é, de praticar o altruísmo sem ter conhecimento para quem o está praticando... contraditório, se a sabedoria é sempre sobre buscar pela verdade.

Se racionalidade é a capacidade de pensar reflexivamente.. em busca do conhecimento, muitos a definem como frieza analítica, criando uma dicotomia absoluta e falaciosa entre sentimento e fato, como se os sentimentos não expressassem verdades, diga-se, mais subjetivas. Mesmo se a sabedoria é definida como bondade incondicional, ou a racionalidade como frieza analítica, todos concordam que o sábio e que o racional sempre buscam pela verdade.. ou conhecimento.  A diferença é que o altruísta pensa que a verdade só pode ser encontrada pela sensibilidade de seus bons sentimentos, enquanto que o egoísta vai pelo caminho oposto, em que a frieza na análise levaria ao saber purificado de atribuições subjetivas, supostamente condenando-as (na verdade não o faz porque sobrepõe sua natureza egoísta sobre sua percepção de mundo). O primeiro aborda a realidade apenas pela análise moral, em primeira pessoa, em que é inevitável a empatia de se colocar no lugar do outro, e o segundo apenas pela análise factual, distante e também secretamente hipócrita (blefe do relativista moral). Ambos incompletos e, portanto, equivocados. No mais, pela compreensão dos conhecimentos ou verdades existenciais (que são os mais importantes), o altruísmo se torna definitivamente preferível ainda que, continuando ser necessário saber "para quem".

sexta-feira, 27 de março de 2020

Diversidade e hierarquia de verdades


Diversidade e hierarquia de verdades

Verdade: é a reflexão da ou de certa realidade pela perspectiva de um indivíduo. Realidade: aquilo que existe. Verdade: aquilo que é percebido e/ou descrito da realidade. Verdade é praticamente sinônimo de realidade por ser seu eco, de fora para dentro de uma subjetividade, e até pode ser compreendida como um conceito que amplifica o que é real.

A priori, toda verdade é subjetiva porque só pode existir a partir da consciência e/ou percepção de um indivíduo ou ser vivo. No entanto, como é percebida ou sua natureza, faz com que ocorra uma diversificação de tipos que procurarei explicar aqui, de acordo com o meu entendimento, e buscando fazê-lo com base no máximo de precisão factual ou neutralidade ideológica.

Verdades subjetivas: são as nossas reações ou sensações que são verdadeiras e, portanto, verdades ou fatos derivados da interação indivíduo x meio. Por exemplo, se eu sinto frio, então, é uma verdade subjetiva porque minha sensação de frio é verdadeira. Também podem ser definidas como verdades abstratas/derivadas, por se referirem a comportamentos ou reações, por interação.

Verdades universais ou realidades: são fatos ou existências que podemos perceber justamente pela neutralização das nossas atribuições qualitativas, isto é, definindo o objeto sem distorção de perspectiva. Por exemplo, a existência de uma pedra. Se eu só conseguisse tocar na pedra, se não pudesse enxerga-la, então, minha sensação de toque à ela, meu reconhecimento de sua existência por esse canal ou sentido, seria uma verdade universal, talvez incompletamente percebida.. de sua natureza física sendo reconhecida por minha mente. A existência da pedra, independe da minha consciência qualitativa ou reativa à ela e, portanto, é uma verdade universal, quando percebo sua natureza e não a minha projetada nela.

Se eu sou percebido pelos outros com base em minha natureza, preferencialmente, pelo meu ''todo'', então essa percepção é uma verdade universal. O que os outros percebem de mim com base em suas atribuições reativas, são verdades subjetivas.
 O que as difere é o grau de precisão dos critérios de identificação e categorização. Mais objetivo, mais universal.
 
Verdade x realidade

Se eu tenho a pele branca, então isso é uma realidade, um fato. Isso ainda não é uma verdade universal porque depende do nível de acurácia visual quanto a esse meu atributo. Porque a espécie humana apresenta, em sua maioria, uma excelente capacidade visual, então, a cor da minha pele é facilmente concebida para quem enxerga como uma verdade universal, que é quando minha natureza é percebida por todos os indivíduos capazes de enxergar, de acordo com a naturalidade visual de ''nossa'' espécie. A pele humana, por esse sentido, também é uma verdade universal.

Verdades pragmáticas: são condições lógicas e/ou verdadeiras para comportamentos ou fenômenos (cadeias de comportamentos).  Contrastante às subjetivas, as pragmáticas são menos no sentido reativo-emotivo/sensorial e mais no responsivo-cognitivo. Por exemplo: eu sinto frio (verdade subjetiva). Se eu sinto frio, então eu preciso me esquentar para não ficar com hipotermia (verdade pragmática.. ou lógico-primária). A subjetiva é primariamente reativa. A pragmática é uma reação ou resposta cognitiva à reação subjetiva do corpo. Mas, também em relação às facetas universais de fatos ou verdades universais que podem ser capturadas, isto é, pode se expressar a partir da subjetividade de um indivíduo ou ser descrita como resposta lógica de uma verdade universal. Exemplo: ''se eu estou sendo ameaçado, então, eu preciso me proteger''. Resposta pragmática/verdadeira a uma sensação ou verdade subjetiva [o medo]. E por uma perspectiva impessoal ''A Polônia reagiu à invasão da Alemanha, na segunda guerra mundial''. Interações coletivas e historicamente datadas sendo reconhecidas por um indivíduo.  Podemos concluir que as verdades pragmáticas são basicamente lógicas, não necessariamente racionais.

Verdade essencial: é a essência ou o cerne das realidades particulares. São origens e universais. Alguns exemplos que já usei em outros textos: a verdade essencial das guerras humanas é a disputa territorial ou de poder entre machos da espécie. A verdade subjetiva é a sensação do indivíduo direcionada para certo objeto de análise ou interação mental e intelectual. Ela é uma verdade porque a sensação subjetiva existe. Mas isso não significa que não seja predominantemente limitada ou diluída de veracidade, especialmente a partir do momento que busca se passar como essencial. É o caso do soldado ou do militar que define a causa para as guerras humanas como uma ação plenamente racional a partir de sua percepção conclusivamente subjetiva.  Verdades essenciais são os verdadeiros porquês. As subjetivas são os nossos porquês baseados no que estamos sentindo. As universais são tudo aquilo que existe, e que percebemos por suas próprias naturezas. As pragmáticas são condições, regras ou objetivos verdadeiros, que contêm mecanismos lógicos.

No caso da guerra
Subjetiva: o que eu sinto sobre ela [verdade sensitiva]
''Eu sinto que a guerra é ruim''

Universal: o que é a guerra [verdade descritiva]
''A guerra é um evento conflituoso em que grupos antagônicos duelam uns contra os outros a partir de ofensivas estratégicas buscando a defesa  ou o avanço em território alheio''

Pragmática: os mecanismos que resultam na guerra e os que são usados durante a mesma..
''Se o meu território é invadido, então eu posso declarar guerra ao invasor. Eu posso invadir aquele território se eu almejo suas riquezas naturais''
''Se um povo x é ameaçado, ele pode reagir de maneira y que pode resultar em conflito armado''.

Essencial: o derradeiro porquê das guerras
''Disputa territorial de machos héteros''

Uma pedra

A minha reação à pedra é uma verdade subjetiva [''é uma pedra bonita'']
A minha percepção à sua natureza elementar é uma verdade universal
[''é uma pedra e não uma flor porque ela não é uma planta, porque é ...'']
Os mecanismos lógicos que a produziram e também os que mantém sua integridade física, são verdades pragmáticas [se a pedra tem nível de dureza x e recebe um impacto xx então é provável que irá se esfarelar ou ao menos se quebrar]
Sua origem, o porquê de existir e sua utilidade, são verdades essenciais
[a pedra se origina do solo, é um pedaço dele. Sua função elementar ou universal é sua própria autoexpressão e não tem uma função além disso, conhecida, por si mesma, individualmente falando].  

Verdade subjetiva: sensação verdadeira, de probabilidade de reação, de uma perspectiva de existência em contato com a realidade. ''O que eu sinto sobre o objeto''

Verdade universal: o objeto ou fenômeno percebido em sua integridade, sem ser uma atribuição reativa ou qualitativa ''Eu descrevo/reconheço o objeto com base em sua natureza''

Verdade pragmática: os mecanismos que resultam e que mantêm a integridade existencial de um objeto. ''Como eu respondo à primeira reação do meu corpo a partir de certa interação'' ou descrição impessoal.

Verdade essencial: a origem, o porquê ou a utilidade do objeto. ''O que consigo capturar de essencial de certo objeto''

Verdade existencial: esta verdade permeia todas as outras, a meu ver, uma categoria à parte, pois se refere à intimidade de existência do indivíduo, sobre sua vida, suas lembranças, suas tristezas, suas alegrias, suas esperanças ou expectativas, sua aceitação do destino final que o aguarda, seus métodos de como viver, aproveitar sua única vida e de que maneira também para com o outro. O amor é subjetivo mas também tem uma verdade existencial. A detecção sensorial da natureza de um objeto é uma verdade universal, mas a lembrança ou o valor que remete, também é existencial. A prática com base em verdades pragmáticas, por exemplo, a busca pelo prazer sexual a partir do ato que o gera. E a essência do que é ser existência. As verdades existenciais são as que constituem o nível mais alto de discernimento moral bem como sobre a realidade.  

Hierarquia de verdades, das mais universais às mais particulares

As primeiras verdades, a partir da perspectiva do indivíduo, são as subjetivas, porque expressam suas sensações em relação ao contato com o mundo. São também as mais particulares mesmo que nelas contenham tons óbvios de universalidade, por exemplo, a sensação de frio como resultado de um corpo sentindo a/sua temperatura cair. A variação de temperatura é uma realidade e uma verdade universal, porque independe de nossas sensações para existir e porque a grande maioria dos indivíduos, humanos e não-humanos, sentem variações ou variantes térmicas ou sua natureza elementar. Como que a sentimos é uma verdade subjetiva. Ela também é pragmática, porque apresenta padrões ou objetividade previsível.

Em segundo lugar, em termos de importância, a partir de  uma perspectiva individual, temos as verdades pragmáticas. As universais, as essenciais e as existenciais.

Níveis de consciência

Mais baixo o nível de consciência, mais predominante à percepção da consciência são as verdades subjetivas. Apesar de sua natureza comparativamente inferior às outras, as verdades subjetivas são básicas e, portanto, fundamentais, pois são um dos nossos primeiros canais de sensação do mundo. E, por serem produtos de processos adaptativos, são dominantes ao nível realista ou lógico-primário de consciência, ainda também com a necessária percepção de verdades universais.

A compreensão das diferentes partes de uma realidade que resultam nos tipos de verdade só é possível pelo raciocínio abstrato. Portanto, apenas o ser humano que pode alcançar à plena consciência ou espelhamento das demais verdades. No entanto, mais absoluta ou essencial for a verdade, mais difícil de ser detectada por conta própria e plenamente aceita como uma variante factual, pela maioria de ''nossa'' espécie.

A humanidade é caracteristicamente a quebra do monopólio da subjetividade sobre a percepção individual.

O  surrealismo, enquanto desvio do realismo no que condiz à básica função da inteligência, de espelhar realidades, isto é, construir verdades, resulta na distorção das mesmas, por exemplo, endereçando a uma verdade essencial, atribuições subjetivas. O surrealismo é a confusão entre o que é subjetivo e o que não é.

''1.Eu sinto nojo da barata. 2.A barata, portanto, é intrinsecamente nojenta'' - 1. verdade subjetiva, a sensação. 2. Atribuição equivocada.

''Eu acredito que exista 'um criador' do universo'' - verdade subjetiva.

O hiperrealismo, enquanto continuidade evolutiva do realismo, supera e desloca a percepção do indivíduo [humano] para as verdades mais importantes e, ao mesmo tempo, as que exigem mais raciocínio, que são as universais, as essenciais e as existenciais.


Verdades são conhecimentos

Se existe uma tendência de exacerbar diferenças entre sinônimos decididamente próximos, então, ao menos neste caso, ei de se buscar fazer o oposto. Conhecer ou reconhecer são verdades que são conhecimentos. Sim, o nível de precisão e a natureza da verdade, força o estabelecimento de uma hierarquia com base nesse básico critério.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

O consciente é o oposto do subconsciente? Aliás o que é o consciente?

Nascemos com instintos e especialmente nós, humanos, expandimos esses instintos via cultura. Aliás mesmo sem a cultura é provável que ainda conseguiríamos expandi-los. Nascemos incompletos e "nos completamos" em vida. Continuamos a aprender ou a apreender por toda vida. Claro que este aprendizado se reduz ao longo do tempo ou melhor em especial o seu uso prático. Dizemos que "podemos agir por instinto" ou "através do subconsciente". Eu decidi transformar instinto e subconsciente em sinônimos. Quando agimos por instinto é porque o fazemos pelo subconsciente. É subconsciente, por exemplo, a minha condição sexual mutante. Além de se manifestar de modo muito sutil, o instinto também o faz de modo muito determinante ou dominante, e que também pode ser entendido como automático/auto-confiante/natural. Nunca fiz esforço algum para sentir desejo sexual por alguém do mesmo sexo. Independente da causa orgânica primordial, este tipo de comportamento vigorosamente determinado, tendenciosamente estereotipado também é inequivocamente instintivo ou subconsciente. Não é que, quando desejo um homem, o faço em estado de transe, mas que a origem deste desejo tenha uma natureza "hipnótica". Hipnose e instinto também são ou podem ser entendidos como sinônimos distantes, com a diferença que a hipnose instintiva nunca é forçada ou artificial tal como é o conceito mais verdadeira da mesma, muito pelo contrário pois é tomado por nós como absolutamente natural. O subconsciente é de onde derivam os nossos pensamentos, se consistindo em nossa constante auto-inferência ou melhor interferência em relação a uma interação perceptiva direta/seca com a realidade. Aliás, necessitamos da mesma por razões supra-evidentes, porque sem ela, não teríamos sequer uma fagulha de razão para sobreviver, para lutar por nossa própria torrente invariavelmente breve de vida. Distorcermos esta interação sempre que podemos pois na verdade a moldamos para que possa nos refletir, nós como os seus espelhos, diga-se, quebrados, retribuímos a dádiva misteriosa da vida, da existência, refletindo a realidade só que à nossa própria imagem e semelhança. A verdade ou a realidade para a maioria das pessoas, dos seres, é um meio, um veículo de sobrevivência, e não a sua finalidade. A finalidade não é entender mas usar aquilo que se propôs a entender como peça para o equilíbrio individual, subjetivo e/ou reduzido a uma esfera estreita de defesa, literal ou desejada, de indivíduos potencialmente agraciados, direta ou indiretamente.

O consciente não é o oposto do subconsciente pois deriva dele tal como uma reflexão ou resposta a ele. Não podemos e não devemos nos reduzir ao nada enquanto agentes perceptivos e tampouco deveríamos fazer o contrário mas é justamente o egoísmo que mais se sobrepõe à percepção, isto é, um excesso de auto-inferência, talvez porque o mesmo em doses não-idealisticamente equilibradas tenha sido extremamente efetivo no resguardo da vida.


 Todos nós, como eu já denunciei, temos grãos de verdade cravados/brutos em nossos genes ou instintos e o ideal seria, com eles, completar os nossos caminhos individuais e tendo apenas um único [e talvez o único e derradeiro] ideal, o mais maximizado de todos, que é a sabedoria.

O consciente portanto mais parece consistir em uma percepção ou reflexão consideravelmente nítida da realidade, expressando conhecimento cru ou desprovido de nós mesmos, seres vivos, isto é, sem auto-inferência, enquanto que o subconsciente dramaticamente consistiria na presença do ''eu-elemento'', e tendo o ser não como um princípio, apenas, mas também como um fim de suas próprias percepções. Claro que o ideal sempre pende para o equilíbrio que consiste na verdade-da-verdade, no fator g de qualquer verdade, porque tudo aquilo que existe no mundo dos reais apenas o faz por causa de seu equilíbrio estrutural ou lógico.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

O sábio experiencia toda a verdade/factualidade da espinha dorsal...

... da macro-realidade, enquanto que é de extrema frequência o mais semanticamente inteligente assim como também os demais vivenciarem  alternatividades em relação aos aspectos mais salientes ou onipresentes da percepção humana e objetiva/universal.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Mentirosos naturais e o papel do sábio

A grande maioria dos seres humanos infelizmente são de mentirosos naturais predominantes a parciais porém salientes ou constantes. O papel do sábio é o de lutar contra essas auto-enganações a todo momento.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

A verdade está sempre atrelada ao equilíbrio

Uma pedra, meu exemplo favorito. Se a pedra não fosse equilibrada não existiria porque as suas partículas não se manteriam juntas e se dispersariam pela atmosfera. Aliás a própria atmosfera é provável que também não existiria se a verdade não se principiasse pelo equilíbrio, pelo ímpeto para a estabilidade. 

É por isso que um tempo atrás eu disse que a verdade na grande se não na totalidade das vezes se encontra no meio do espectro de uma possibilidade de respostas [invariavelmente] corretas. Não basta capturar o fato mas também de trabalhar para que a sua finalidade seja o equilíbrio se o mesmo basicamente se consiste a tudo aquilo que existe. Sem equilíbrio, sem leis da física. Reconhecer fatos pelo simples fato de reconhecer é na melhor das hipóteses recreativo e na pior delas estéril de significado. Não reconhecemos fatos apenas pelo ato mas tendo em mente ações complementares à compreensão factual (invariavelmente correta). Quanto mais desequilibrado ou amoral é o ato menos próximo da estrutura que está subjacente à própria verdade.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Obviedade/facilidade perceptiva e intimidade utilitária: tudo aquilo que mais importa, por que a ''espinha dorsal da macro realidade'' é o mais importante de tudo*

Tudo aquilo que é, a priore, fácil de ser reconhecido, que é influente ou atuante em nossas vidas, enfim, que compõem a ''espinha dorsal da macro-realidade'' [eu, você, nós, eles, o ambiente: todos os padrões intimamente reconhecíveis, a priore], que é de grande importância para as nossas vidas assim como também para as vidas dos outros, seres vivos humanos e não-humanos, que nos moldou, que nos é íntimo, constante ou essencial e que irá desembocar em padrões futuros de interação e existência...

segunda-feira, 15 de maio de 2017

A ideologia da "igualdade" promove a desigualdade de conhecimento entre as pessoas [especialmente dentro do seu grupo epicêntrico]

E portanto promove desigualdade no mundo real, quintessencialmente falando, porque se o líder ou a elite sabe mais do que os seus seguidores então já se consistirá em um grande risco para uma crescente assimetria entre ambos e favorável obviamente ao primeiro [líder ou elite]. E isso reflete na necessidade da honestidade e sinceridade para que a sabedoria seja de fato usada como moeda de troca nas relações humanas especialmente as de natureza administrativa ou [possivelmente] cooperativa, ainda que, como eu já falei antes, para alguns tipos, possivelmente comuns de seres humanos, o conhecimento ao invés de contribuir para a evolução individual, tende a atiçar ainda mais a sua estupidez. Sim, comunicar a verdade é sempre importante, mas para alguns grupos, se ainda continuarem a existir em uma sociedade sábia [provavelmente não], há de se ter grande cautela.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

''Os'' autistas raramente mentem...

Mentira consciente e subconsciente...

Mais um mito ou generalização histriônica do autismo e suas diferenças em relação aos que estão ''fora do espectro'.

''Os' autistas raramente mentem, não sabem mentir, estão sempre em busca da verdade dos fatos''

errr...

Só que não, especialmente se a maioria deles é composta por (((esquerdistas))) ou adjacentes, com graves sequelas nas faculdades mentais mais essenciais do cérebro humano. 

Aí nós temos a mentira consciente e a mentira subconsciente.

Primeiro precisamos entender um pouquinho sobre a natureza da mentira, o que é a mentira, se não a falta com a verdade* Mas aí então temos outro ''probleminha'', o conceito de verdade. Ou nem tanto, basta associarmos a verdade aos fatos. Os fatos são tudo aquilo que existe, que foi criado, até mais do que apenas ''aquilo que faz sentido'', não basta fazer sentido, tem de ser o sentido e ser sentido, percebido e de maneira supra-adequadamente correta ou, simplesmente falando, factual. 

A mentira consciente revela que, aquele que a espalha, sabe que se consiste na inverdade dos fatos. A mentira subconsciente, que muitas, se não na maioria das vezes, mescla-se promiscuamente com a ignorância e com a estupidez [não apenas a moral, como no caso da mentira consciente] mostra que, aquele que a espalha, não sabe que está mentindo ou faltando com a verdade, justamente por acreditar que está factualmente correto. 

A maioria dos esquerdistas, pelo que parece, realmente acreditam, isto é, são parcialmente idealistas, em relação às suas crenças ideológicas.  E em partes, eles não estão errados. Algumas de suas crenças estão parcialmente factuais ou corretas [raça é uma construção social], outras estão erradas/contraditórias desde a raiz [aborto deve ser totalmente liberado/ as crianças devem ter o direito de mudar de sexo/ os ''menores de idade'' não podem ser punidos por seus crimes] enquanto que outras estão corretas em suas raízes, mas foram/tem sido desenvolvidas de maneira [propositalmente*] confusa [não existem diferenças significativas entre os cérebros do homem e da mulher].

Da mesma maneira nós também temos, pelo que parece, uma maioria [a nível neurotípico] de autistas que desenvolvem os mesmos sistemas de crenças parcialmente corretos e portanto parcialmente incorretos. Se os autistas, em média, apresentam disposições psico-cognitivas que os tornam incapazes de ''mentir de maneira consciente'' [especialmente os autistas mais característicos e com menor proporção individual de comorbidades ou mesclas com outras desordens ou ''ordens'/amalgamentos] então, pelo que parece, o farão e o fazem a nível subconsciente, comprando, ''tal como um neurotípico irracional'', toda sorte de ideias em termos de qualidade factual. 

Podem, em média, não entender o mecanismo da mentira, mas também parece que não entendem o mecanismo da incompreensão factual tomada como compreensão, isto é, na mentira subconsciente, faltando com a verdade dos fatos, sem saber.




terça-feira, 19 de abril de 2016

Eu falo pela alma, pelo corpo todo, porque falo pela e para a verdade...



A verdadeira sabedoria é principalmente pela emoção,
 em seus momentos de confrontos,
se transbordará em sentimentos que foram retidos de colheitas perfeitas de pensamentos e de ideias,

falar pela verdade, causa comoção,
por ser tão imprescindível e ao mesmo tempo tão desprezada pelos seres humanos,

mentimos por osmose,
mentir se tornou a norma,
a exceção é ser verdadeiro,
e se for vívido, espontâneo, então entrará para a listra negra das desordens da mente,

mas se reage de acordo com as condições atmosféricas, se constrói fenótipos que refletem a realidade de fora do corpo, então será mais provável de ser bem mais são, do que a maioria daqueles que preferem uma falsa serenidade, com cheiro de conformidade, esperando por promessas vãs, se agarrando em esperanças luxuriosas, hipócritas e fantasiosas, desprezando a vida no agora, acreditando em uma igualdade de sultões ou de anjos por especulações infantis, 

Levado pelo caminho da luz, em seu transe por estar conectado com a hiper-realidade, 
De SER verdade, mas também de precisar mentir para ser mais humano, aquele que é condizente com as próprias falhas,

Nenhuma outra forma de vida é assim, porque elas não tem tempo para errar, pois se erram, morrem precocemente, e abrem espaço para os outros, que melhores, saberão manter a sua particular forma de respirar, de transpirar, ao longo deste espaço e tempo cavernosos, nesta estufa que nos mantém pequenos e aquosos, à espreita preguiçosa por um descortinar espontâneo e mágico de certezas absolutas...

Quando o sábio argumenta, defende o seu ponto de vista, sabendo que está defendendo a si mesmo, tudo aquilo que sabe que é verdadeiro, que tem formas e efeitos coesos, como o agente da harmonia, da verdade, ele se projeta inteiro em duelos ou em guerras de transcendências, o faz de coração, sem segundas intenções, a não ser aquelas que ficam bem claras logo em suas primeiras palavras, e a principal será a honestidade da sabedoria.

Eu falo sem máscaras, ainda que possa precisar usá-las, mas mesmo com personas afiadas, ainda dentro de um blefe, soprarei verdades condensadas por essas mentiras, se meus olhos estão sempre direcionados para a luz da sabedoria, por este sol, que quero envolto sobre nuvens, morno e arredio de se mostra-se por inteiro, quero como a uma tarde calma e de clima perfeito.  E desta calma alegria, expressar com qualquer forma de ousadia, a verdade, pequena e doce que tenho nas mãos, deste tocar à superfícies de concreto, de começar por este pensar, de aprender que o abstrato é apenas um eco destas pedras, deste solo a esquentar nossas solas, eu falo pela alma, como a uma criança e a sua sinceridade, algumas vezes vil, despreocupada e maldosa, mas com ânimo de consertá-la e se possível aprender a lição. 


O meu reflexo por inteiro,
um ser bufante em sua expressão,
excêntrico e em auto-falantes,
aprendeu a falar com a alma primeiro,
depois aprendeu a conter os nervos,
e tornou-se por fim um vespeiro,
farpas, elogios, tentativas,
para entender arrepios ou as próprias emoções,
virei-me contra o meu Deus,
tornei-me a si,
o comi,
autofágico, fálico e falho,
tomei o controle que antes...
ventos uivantes levavam pelo ar como folhas fracas,
minha densidade pousou em solo fértil,
e agora me aguento neste vendaval de sim's,
nesta teimosia de continuar a ser tolo,
de me segurar para não avermelhar leitoso de sangue,
como mais um sacrifício sem sentido,
destas bestas, destes seres perturbantes,
e que ironia,
quem sou eu para apontar,
eu sei quem eu sou,
e talvez isso baste,
o bastante para que não seja mais um imundo,
estes escravos da ignorância,
estas crianças malvadas,
estes adultos frios e calculistas,
estes jovens vagabundos,
tudo errado,
tudo sempre errado,
mesmo lógico e pragmático,
mesmo os prédios do progresso,
mesmo aquele terno aprumado,
ou as roupas, de um destino manifesto,
eu confesso, 
deturparam o divino, 
tornaram-no parte deste hino,
de sangue e de lucro,
de matéria comendo o sentir,
papeis valem mais do que vidas,
vida inteligente,
ainda existe* onde estás* tu resistes*



quinta-feira, 10 de março de 2016

A filosofia e a necessidade de se defendê-la... e um caso especial




A filosofia desde a muito foi jogada num hospício e desde então qualquer mentecapto que falasse aquilo que os outros quisessem ouvir, com talento e astúcia, E QUE NÃO tivesse qualquer  compromisso fundamental com a verdade passou a se auto-declarar e a ser considerado como tal, como um filósofo.

O ato sexual é uma das razões óbvias para os sentimentos e para as emoções que não se encontram presentes apenas no ''divino'' ser humano. No entanto, qualquer ato de afeto não se resume ou terá como única finalidade o ato sexual, isso também é óbvio. Mas como sempre, as pessoas mais sábias, que são raras, precisam estar sempre dizendo o óbvio e consequentemente esperando por pedras por parte da sub-humanidade, isto é, uma boa parte dos ''humanos'' especialmente aqueles que são produtos diretos de séculos de seleção para estúpidos de todos os tipos. 

No Brasil, um país a muito conhecido por sua grande deficiência ''para produzir'' grandes pensadores, especialmente a partir da ''modernização'', tem como principal estrela em sua febril e ignóbil atualidade um auto-declarado filósofo da gema, que encontra-se caracteristicamente falastrão neste vídeo.

Em um país que mais se parece como um deserto de inteligência, sabedoria e criatividade genuínas e bem direcionadas, nada mais lógico do que um canastrão para ser alçado ao olimpo da fama. 

Como que um pensador de ''altíssima'' competência pode se prender às ''religiões'' e especialmente àquelas que estão fundamentalmente erradas e/ou contraditórias*** Isso é perdoável** É um pecado entendível* 

Eu acho que não.

Este vídeo sintetiza o falastrão pseudo-intelectual brasileiro muito bem, de alguém que fala com propriedade e confiança sobre uma realidade da qual não conhece e provavelmente nunca irá conhecer.

Segundo o nosso catedrático do vídeo, a homossexualidade, ou melhor, o homossexualismo, como ele gosta de enfatizar, se consiste basicamente no ato sexual em si e nada mais. Fomos reduzidos ao posto de animais mais do que irracionais, à formas vulgarmente simples de vidas. Existimos para fazer sexo e replicar o nosso material genético enquanto que alguns o fazem de maneira errada e evidentemente infértil.

No ato filosófico, isto é, o de pensar reflexivamente em busca da sabedoria, esta preguiça mental proposital deste auto-declarado filósofo, evidenciada por este vídeo, não tem perdão, porque é o oposto absoluto em relação ao que a filosofia foi pensada e que deveria ter se desenvolvido ao longo dos séculos. O de primar pela excelência analítica e tendo como finalidade a harmonização.

Este auto-declarado filósofo representa muito bem o caráter asqueroso deste país em que eu fui nascer: raso, bruto, estúpido, convencido, primitivamente masculino e efusivo, uma terra apodrecida, com uma grande malha urbana de cidades feias e perigosas, um povo que expressa, em média, toda estas características, o seu manto verde natural a beira de um ecocídio. 

Para quem vivencia o amor que segundo este primata metido a humano, se consiste apenas no ato sexual, é de um deleite sem limites escrever este pequeno, singelo e correto texto e a possibilidade de dar o nome certo às pessoas e especialmente a esses pseudo-pensadores. De fato, existem muitos homo-afetivos ( ;) ) que só pensam ''naquilo'', mas um grande pensador não seria tolo o suficiente de generalizar uma classe inteira de diversos tipos como o fez e para que*

Quem sabe se ele rezasse um pouco mais não poderia afastar do seu ''coração'' esses pensamentos pela metade que renegam a verdadeira sabedoria da qual se apropriou de maneira bufante* Quem sabe.

Nada que o ser humano faz se resume apenas à reprodução, sem renegá-la a uma condição inferior, que não tem por clara obviedade. Novamente, destroçar, esmigalhar esses tipos de pensamentos rasos e preguiçosos é mais do que uma tarefa essencial para qualquer filósofo que respeite o seu ofício fundamental, é o chamado de sua naturalidade, de sua alma, e quanto mais a filosofia for usada para jogar mais lenha na fogueira de qualquer vaidade humana, mais ela se descaracterizará de seu caminho verdadeiro.