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sábado, 16 de agosto de 2025

Sobre a memória autobiográfica, memória semântica e o "livre arbítrio"

Eu tenho chegado a uma conclusão em relação à minha memória autobiográfica e que, talvez, possa ser extrapolada em um sentido geral, de que eu tenho pouco ou nenhum controle sobre o que a minha mente tem guardado como lembrança, se eu percebo um padrão mais aleatório e/ou variavelmente relacionado com os meus gostos e desejos. Por exemplo, sobre o meu desejo de guardar determinados momentos vividos, que também acredito que seja um desejo comum. E a frustração, igualmente comum, de perceber que, na realidade, nossas mentes não nos consultam para saber o que gostaríamos que se mantivesse como lembrança. Também preciso salientar que nunca me esforcei para tentar direcionar minha mente para guardar o que gostaria e apagar ou não priorizar o que não queria que se mantivesse como lembrança. No entanto, talvez, o possível fato, sentido de maneira visceral, de sequer haver uma mínima possibilidade de estabelecer esse controle, pode ter contribuído para nunca tentar esse tipo de exercício mental, por ser mais uma extrapolação teórica do que verdadeira. Mas o que parece ser mais como uma extrapolação, no mínimo, parcialmente verdadeira, é a de que esse nível de passividade que apresentamos quanto à nossa memória autobiográfica também possa ser considerado como factível quanto à nossa memória semântica. Eu disse parcialmente, porque, a priori, parece que apresentamos uma maior capacidade de controle, e não apenas de armazenamento de informação, isto é, de conseguirmos direcionar nossas capacidades cognitivas com base no que memorizamos como técnicas ou aprendizados. Parece... Ou, pode ser que essa percepção seja mais uma impressão subjetiva, um "wishful thinking" ou pensamento positivo, do que um fato verdadeiro. Pode ser que apenas seguimos tendências pré-determinadas e que, para muitos de nós, acontece de maneira completamente inconsciente, tomadas como se fossem decisões legítimas e não apenas uma extrema conformidade à própria natureza. Mesmo em relação ao que parecem ser detalhes específicos aparentemente relacionados mais às nossas personalidades do que às nossas capacidades cognitivas, por exemplo, o meu interesse em ciências humanas e, especialmente, em geografia, que comecei a apresentar desde a segunda infância, e que também se desenvolveu ou se confirmou como uma vocação verdadeira, que não seria apenas um interesse que apareceu de maneira aleatória no início da minha vida, mas um reflexo de aspectos mais intrínsecos do meu perfil psico-cognitivo: morfologia constitutiva do meu cérebro e padrões hormonais, por exemplo. Em outras palavras, estou querendo dizer que, ninguém se torna interessado em determinados tópicos sem que existam fatores subjacentes, mais intrínsecos de sua própria biologia, e isso pode significar que também não temos pleno controle sobre a direção que tomam as nossas inteligências, por uma via mais direta, pela memória semântica. Eu vejo em mim, ao mesmo tempo, essa impressão ilusória de autocontrole cognitivo e de percepção de ausência de escolha, se realmente não decidi de maneira consciente ou voluntária gostar de geografia e não gostar de matemática, pois para que fosse apenas uma questão de escolha, teoricamente, ao ser exposto a esses conhecimentos, eu deveria ter apresentado níveis similares de aprendizado nos dois e, então, decidido por um deles. Mesmo assim, ainda não significa que, nesse cenário, existiria uma real possibilidade de escolha, até porque essa atração que apresentamos pelos nossos interesses intelectuais ou de outra natureza, novamente, nunca aparecem "do nada", mas com base em nossas próprias características cognitivas, psicológicas, hormonais... Um outro exemplo pessoal: se eu, desde o início da minha vida adulta, passei a gostar de psicologia e de filosofia (essa de maneira mais autoral), isso também se deve às minhas próprias características, tal como um perfil cognitivo mais inclinado para as capacidades linguísticas e uma autoconsciência mais aflorada que induz a uma alta frequência de pensamentos reflexivos, até mesmo aspectos não muito lisonjeiros, tal como uma maior tendência narcisista. Pois eu observo que, não existiu nenhum antecedente do meio em que vivia, quando era criança, que tivesse me induzido a gostar de geografia e não gostar de matemática. E mesmo nos casos em que existe ou existiu, um fator externo ao indivíduo não tem o poder de mudá-lo profundamente sem que exista uma base anterior dele mesmo ou de sua biologia que possa tornar essa mudança possível. Nesses casos, portanto, seria mais uma coincidência ou mesmo um fator que apenas reforçou ou serviu de estímulo influente para a emergência de um potencial preexistente, voltando à minha defesa pelo determinismo biológico, em que nenhum padrão ou mudança de comportamento, ou de desenvolvimento, que apresentamos, acontece sem existir uma predisposição ou base anterior. Pode soar redundante e decepcionante, mas é isso o que tenho percebido sobre esse tópico, primariamente por mim mesmo. 


quinta-feira, 8 de junho de 2023

Ainda sobre a inexistência do ''livre arbítrio''

 Já nascemos com cérebros primariamente constituídos com base na herança genética combinada dos nossos pais e possivelmente também nos efeitos do ambiente uterino de nossas mães. Isso significa que já nascemos com algum tipo de personalidade e de desenvolvimento cognitivo; com uma programação de desenvolvimento e comportamento relativamente determinista. Em relação ao livre arbítrio, esse fato citado (e muito provável) sugere que o mesmo, se a partir de seus conceitos, é uma impossibilidade, pois desafia a própria natureza de organismos vivos, inclusive do humano. 

 

II. "Livre de influências externas"

Literalmente falando, todas as nossas decisões são influenciadas pelo que acontece ao nosso redor, pelo que sentimos e percebemos. Portanto, o livre arbítrio, isso se o seu conceito for "capacidade de tomar decisões sem influências externas", não existe, tal como pelo conceito "capacidade de tomar decisões sem nenhum condicionamento anterior", se até mesmo o pensamento racional também é tendencioso, por privilegiar a imparcialidade e a objetividade sobre os seus respectivos opostos. 

III. Se já não falei, refalo aqui: livre arbítrio é um sinônimo relativamente distante para capacidade racional. Então, sim, a capacidade racional existe, mas, conceitualmente, não é o mesmo que livre arbítrio. Este é mais como um conceito ruim que se tornou muito popular, especialmente no mundo ocidental. É um conceito com uma definição irrealista, porque a capacidade racional não é nossa capacidade de tomar decisões sem qualquer preconceito ou viés, mas de pensar de maneira imparcial e objetiva, também/ou de ponderar e refletir ações e consequências. Como falei acima, a racionalidade também é um viés, só que do anti-viés. O "livre arbítrio", se existisse, dependeria muito de nossas capacidades racionais, do quão desenvolvidas estão ou quão desenvolvíveis são. Mas também das circunstâncias em que nos encontramos, de como as julgamos. Mas a dinâmica que existe aqui não é a três e sim entre a nossa racionalidade e o meio. Pois se uma maior capacidade racional não é o mesmo que perfeição de raciocínio e julgamento, então, nem os indivíduos mais sensatos e ponderados escapam de cometer atos irracionais. Eles só estão mais bem equipados para aprender com os seus erros ou refletir seus pensamentos e ações. Infelizmente, a irracionalidade tem sido mais dominante. 

domingo, 29 de janeiro de 2023

Novamente, por que o livre arbítrio não existe?

 Porque todo pensamento ou julgamento está  previamente condicionado ou direcionado por um viés, uma tendência ou perspectiva. Se não é possível pensar ou julgar sem ter nada como base e que inevitavelmente  condicione ou direcione a ação. Por isso que todo pensamento ou julgamento é tendencioso. Isso inclui a própria racionalidade, por ser uma espécie de viés do anti-viés. Portanto, o livre arbítrio, tal como está conceituado, não existe ou não é possível de existir. Porém, as capacidades humanas de ponderação, de pensamento lógico-racional, de auto avaliação e de mudança consciente de comportamento, mesmo se individualmente variáveis e limitadas, existem. Eu até propus pela substituição do termo "livre arbítrio" para "potencial de julgamento (complexo) reflexivo", por achá-lo mais condizente com o que realmente está ao nosso alcance em termos de comportamento racional. 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Sobre a origem da crença na existência do livre arbítrio

Remonta à crença na universalidade da racionalidade entre os indivíduos da espécie humana, como se fosse uma qualidade igualmente presente em todos nós, e que sua expressão seria mediada pelo livre arbítrio. Pois a única verdade que essa crença pode conter é a de que a racionalidade é uma qualidade intrínseca ou unicamente humana. Mas é notório que nossas capacidades de raciocínio lógico-racional ou objetivo-imparcial variam individual e coletivamente e que, tal como acontece com os traços de personalidade e os aspectos quantitativos da inteligência, também apresentam uma natureza mais intrínseca, de predisposição para o seu desenvolvimento. Aliás, eu as considero como a expressão da inteligência humana em tempo real. Portanto, o que chamamos de livre arbítrio nada mais seria do que nossas capacidades racionais ou de raciocínio. Eu ainda propus renomeá-lo de potencial de julgamento reflexivo-complexo, por não concordar que se possa julgar sem ter um condicionamento anterior e que um desses condicionamentos seria a própria racionalidade, de viés ao anti-viés ou à imparcialidade.

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

"Livre arbítrio" entre esquerda e direita

 Pessoas de direita tendem a acreditar na existência do livre arbítrio "dado por deus", de que a maioria dos seres humanos tem plena agência e consciência sobre suas ações e consequências. Já pessoas de esquerda tendem a acreditar numa espécie de "reacionismo circunstancial" ou circunstancialismo, em que por, supostamente, sermos muito influenciados pelo meio, somos mais reagentes que agentes sobre nossas próprias decisões. No entanto, como eu já comentei em outros textos, mesmo que o livre arbítrio não exista tal como muitos imaginam ou como tem sido conceituado, ainda existe de maneira não-uniforme entre nós, mediado pelo nível de capacidade racional que cada um pode alcançar, no momento e cumulativamente. Eu até prefiro chamá-lo de (potencial de) "julgamento reflexivo".

quinta-feira, 6 de maio de 2021

O livre arbítrio realmente não existe, mas, o potencial de julgamento reflexivo, sim

 É impossível para o ser humano julgar ou tomar decisões sem ser com base em condicionamentos anteriores, incluindo a própria racionalidade. Por isso que o livre arbítrio não existe. No entanto, isso não significa que estamos todos igualmente condenados a sempre nos enganar com os nossos preconceitos cognitivos, porque apresentamos potencial variado para o julgamento reflexivo.

Sim, o ideal seria se aposentássemos o termo "livre arbítrio" e o substituíssemos pelo "julgamento reflexivo", se parece muito mais preciso ou realista, se o que realmente apresentamos de exclusivamente humano  é a capacidade de pensar e julgar com base em esforço analítico, crítico, autocrítico e que, idealmente, busque pela verdade objetiva.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

E se o verdadeiro livre arbítrio existisse


... o EU (segunda consciência/ideal universal) seria mais influente sobre o instinto (primeira consciência).

Todo mundo sempre pensa no [considera como o] melhor [idealidade] quando pensa ou age, independente de que maneira [inclusive o psicopata]. A diferença é que na grande maioria das vezes são os nossos instintos/e neo-instintos que definem pra nós o que consideramos como o certo ou como o ideal e, usualmente falando, flertamos com frequência com erros mesmo quando acreditamos que se consistem em acertos ou no ideal.

O princípio cultural  do desprendimento do instinto ou despertar forçado/artificial do Eu [leia-se: treino], talvez possa funcionar como uma maneira de forçar as capacidades metacognitivas dos seres humanos. 

Em vez de funcionar como uma base, como um princípio, o instinto, em um cenário de [seu] predomínio, também será usado como referência final, enquanto que, em um cenário de sabedoria, não terá [quase] sempre a resposta final, e o oposto é o mais provável.

sábado, 26 de agosto de 2017

Gênio: altos níveis de instintividade E de livre arbítrio** [geralmente manifestados de modo mais específico do que generalizado]

Apenas relembrando uma velha ideia, e nem muito minha, de que os gênios seriam ao mesmo tempo mais ''ferais'' mas também mais ''autoconscientes''. 

E também uma breve ideia de que o espectro de severidade na flutuação, assimetria ou anormalidade no desenvolvimento biológico, e em especial do cérebro [se é que podemos isolá-lo do resto do corpo], pode, em sua ''zona habitável'' de re-equilíbrio, ter como resultado, as excepcionalidades humanas, enquanto que é óbvio de se pensar que, muito assimétrico e inevitavelmente teremos toda a sorte [ou falta] de desordens mentais e orgânicas, e que muito simétrico e teremos a manifestação dos tipos humanos mais saudáveis, porém não tanto em termos intelectuais ou demasiadamente ''animais'' [nesse sentido] para serem [e também em termos físicos/força física por exemplo e fisiológicos/longevidade por exemplo].

Aí cabe uma perguntinha: será que alguns tipos de personalidades não apresentariam maior ''livre arbítrio'**

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Eu sou a favor da pena de morte MAS também sou a favor da prevenção para que crimes hediondos deixem de acontecer

Estupro e morte de uma menina de 8 anos por um homem adulto por motivo fútil. Crime hediondo. Pena de morte já!

Mas o que levou a esse evento trágico??

É porque antes nada funcionou. Desordens mentais especialmente as mais moralmente polêmicas são fortemente genéticas de modo que inevitavelmente se manifestarão e claro dependendo do seu nível de intrinsecabilidade ou de intensidade expressiva [não são todos os pedófilos que são iguais em impulsividade e falta de discernimento moral, acho que já falei sobre isso, e é muito provável]. Portanto é possível rastrear padrões de comportamentos desde a infância e em especial aqueles/os indivíduos que são os mais problemáticos ou intrínsecos em suas expressões disfuncionais. É possível conter estupradores em potencial antes que cometam os seus crimes. As medidas de contenção não serão muito agradáveis aos gostos mais exageradamente sensíveis porque pode ser necessário o uso da força desde o encarceramento precoce até a castração química para conter os ímpetos mais selvagens da pessoa. O mesmo em relação a todos esses tipos de desordens mentais moralmente polêmicas. Ambas são medidas paliativas, mesmo a identificação e contenção precoces, porque pode ser possível de se não selecionar "os genes" ou características intrínsecas que predispõe a esses comportamentos. Esta seria por fim a medida mais preventiva de todas, cortar o mau ainda na raiz. E também a mais moralmente correta.

domingo, 16 de julho de 2017

Nova auto análise de personalidade usando os quatro temperamentos

Resultado de imagem para quatro temperamentos

https://espacoastrologico.files.wordpress.com/2012/06/tabela11.jpg

E usando aquele método infalivelmente preguiçoso de proto-correlação...

De 0 a 1 [0 a 0,3: correlação baixa/baixa intrinsecabilidade ou auto-correlação; 0,3 a 0,7: correlação média; 0,7 ou +: correlação alta]

Em outras palavras, mais baixo = apenas no manual e olhe lá; muito alto = praticamente no automático.

Vamos lá, sem demora...

Por ordem alfabética, ;)

{delícia]

COLÉRICO

''Qualidades': 

enérgico: 0,6 [especificamente em termos mentais, mas não em termos cinestésicos]

resoluto: 0,5 [muito dependente de qual objetivo/critério que estiver sendo usado como análise. Por isso decidi dar-me um 0,5, que de acordo com a minha mente saudavelmente doente significa que é variável, que posso ser muito ou pouco resoluto, que é dependente da situação, e é provável que esse tipo de análise ''aparecerá'' nos outros traços/adjetivos]

independente: 0,5 [ mentalmente sim, com certeza. Agora, no mundo extrospectivo...]

otimista: 0,5 [ surpreendentemente sim, pelo menos em relação a mim mesmo... mas ''ainda'' depende].

prático: 0,6 [parece quase a mesma coisa que resoluto/determinado. Novamente, sim, mas pra quê*]

eficiente: 0,5 [ talvez sim, talvez não, mas pra quê*]

decidido = resoluto [sem paciência]

líder: 0,2 [por enquanto não, não mesmo. Mas o 0,2 é pra dar um soluço de esperança, de ser remotamente possível.]

audacioso: 0,7 [pois sim, talvez... e geralmente muito menos ao vivo... ainda que não signifique que eu seja ''covarde', mas que de fato, na web é muito mais fácil ser audacioso. Mas se tiver que ser audacioso ao vivo e à cores, eu o serei, o 'problema' ou problema é que eu adoro ficar comigo mesmo, no meu mundinho. No mais, muitas pessoas não são audaciosas na web...]

Média: 0,5


''Defeitos':

iracundo: 0,7

sarcástico: 0,6 [quase a mesma coisa, mas talvez um pouquinho mais, isto é, tendo a ser um pouco mais mas não a ponto de fazê-lo no automático... de fato quanto maior for a pontuação no meio do espectro a partir de minhas propostas, maior o potencial de livre arbítrio e/ou que depende mais das circunstâncias do ambiente e o humor do momento].

impaciente: 0,7 [não sou super-ansioso, mas estou perto]

prepotente: 0,3 [Prepotente é um adjetivo de dois gêneros com origem no latim praepotens que significa uma pessoa muito poderosa e influente que abusa do seu poder e autoridade.

Uma pessoa prepotente muitas vezes também é classificada como arrogante, porque se considera superior aos outros, tratando-as de forma desrespeitosa. Peguei do significados.com.]

intolerante: 0,8 [apesar de ser sempre complexo afirmar de maneira conclusiva e considerável em relação a esse assunto, ao menos em termos introspectivos eu sou de fato muito intolerante]

vaidoso: 0,7 [um defeito* não necessariamente, a priore]

auto-suficiente: 0,5 [em termos intelectuais/introspectivos, com certeza, ao menos em relação à independência (que é...quase a mesma coisa*), porque literalmente falando ninguém é totalmente auto-suficiente. Em termos extrospectivos ou ativos, com certeza não. Isso é um defeito também*]

insensível: 0,5

astucioso: 0,8 ;) 

média: 0,62



FLEUMÁTICO

''Qualidades':

calmo/tranquilo: 0,5 [ introspectivamente falando, sim. ''o inferno são os outros'']

cumpridor: 0,6 [em relação àquilo que gosto de fazer e que me ponho a fazer pelos outros, sim]

eficiente: 0,5 [em relação ao que gosto de fazer, acho]

conservador: 0,3 [geralmente não, isso é uma qualidade*]

prático: 0,7 [sim, especialmente para o que eu gosto de fazer ou que não está em minha zona de desconforto... nem na zona de confronto]

líder: 0,3 [um líder fleumático* quem sabe, uma pontinha de dúvida que talvez poderia ser. Ser líder ou ter grandes chances de ser, está fortemente relacionado com a semelhança entre o líder e o seu pastoreio]

diplomata: 0,9 [sim, sim, sim]

bem-humorado: 0,9 [é]

média: 0,58

''Defeitos':

calculista: 0,5 [defeito*]

temeroso: 0,5 [ou cauteloso*]

indeciso: 0,5

contemplativo: 0,9 [defeito***... foi um conserva quem fez isso, só pode]

Desconfiado: 0,8 [outro ''defeito'' grave]

Pretensioso: 0,4 

Introvertido: 0,7 

Desmotivado: 0,5

média: 0,6



MELANCÓLICO

''Qualidades'

habilidoso: 0,5 [depende pra quê]

minucioso: 0,7 [depende pra quê, mas dou-me mais] 

sensível: 0,8

perfeccionista: 0,7 [depende]

esteta: 0,8

idealista: 0,9

leal: 0,8

dedicado: 0,7 [depende]

média: 0,73

''Defeitos'

egoísta: 0,5 [nem vou mais responder, se vier 0,5 ou próximo disso já sabem]

amuado: 0,4 [já fui mais]

pessimista: 0,7 [depeeende, mas neste caso pendo mais para o pessimismo do que para o otimismo]

teórico: ** Não sei  o que esse adjetivo negativado significa, mas por aquilo que intui = 0,6

confuso: 0,6

anti-social: 0,7 ** [quer dizer, de personalidade anti-social*, acho que aqui ficou mais como ''introvertido e neurótico'']

crítico: 0,8 

vingativo: 0,5 [apesar de depender, até agora, que eu me lembre, nunca me vinguei, até porque não tive lá muuuuuitas situações para requisitá-la de maneira indivisível]

inflexível/ intolerante*: 0,6 [ inflexível parece ser um pouquinho diferente do que intolerante. Neste sentido, talvez, eu seja mais flexível para modificar os meus pontos de vistas, e é o que tenho feito, mas tendo como finalidade os seus respectivos melhoramentos... com sempre a psicologia tende a ser muito vaga]

média: 0,6




SANGUÍNEO

''Qualidades'


Comunicativo: 0,5 [micro-interpessoalmente falando e com pessoas que eu tenho muita confiança ou mesmo alguma pessoalidade, sim]

Destacado: 0,4* [parece ser, como a maioria desses traços, dependente do ambiente. Eu posso ser destacado em um ambiente mas não em outro]

Entusiasta: 0,5 [em relação à humanidade, não. De alguma maneira entusiasta, talvez comigo mesmo. Entusiasta = otimista]

Afável: 0,5 [depende pra quem, por quê]

Simpático: 0,5 [como quase todo mundo, com quem eu gosto... já me chamaram de espirituoso]

Bom companheiro: 0,7

Compreensivo: 0,6 [tortuosamente falando sim, eu sei me colocar no lugar do outro e entender o porquê de estar agindo assim. Neste sentido deveriam ter colocado um ''interpessoalmente compreensivo'']

Crédulo: 0,5 [qualidade***** talvez, todos os traços tenham o seu lado bom]

média: 0,52

''Defeitos'

pusilânime: 0,6 

volúvel: 0,4

indisciplinado: 0,5

impulsivo: 0,5

inseguro: 0,8

egocêntrico: 0,8

barulhento: 0,3

exagerado: 0,4 [alguns traços polêmicos, este por exemplo. Exagerado, no meu caso, apenas em relação àquilo que de fato se consiste em uma tempestade no copo d'água]

medroso: 0,6

média: 0,54

Médias totais [defeitos + qualidades}

Colérico: 0,56
Fleumático: 0,59
Melancólico: 0,66
Sanguíneo: 0,53

Análise do método:

Parece ao menos pra mim que este método de análise de personalidade funcionou muito bem, porque de fato entre os quatro tipos eu estou mais melancólico, e em segundo lugar, eu sou mais fleumático. Pelo que entendi, os dois em que tirei as maiores médias representam as ''personalidades frias'', enquanto que, até mesmo pelo próprio nome, os outros dois representam as ''personalidades quentes''. Fleumático e sanguíneo seriam versões mais amalgamadas de, respectivamente, melancólico e colérico. Até acho que é um método mais simples e ao mesmo tempo preciso para analisar a personalidade do que os mais famosos, porque afinal de contas inevitavelmente cairemos em alguns desses tipos, de maneira mais simétrica ou não. As minhas diferenças, das personalidades 'frias' em relação às personalidades 'quentes', pelo que entendi, não foram tão significativas e talvez possamos ou é provável de encontrarmos pessoas que sejam bem mais assimétricas nessa distribuição.

Em relação às ''qualidades' 

Colérico: 0,5 [traço com a maior pontuação: 0,7, audacioso  com a menor: 0,2, líder]

Fleumático: 0,58 [0,9, diplomata e bem-humorado. 0,3, conservador e líder]

Melancólico: 0,73 [0,9, idealista. 0,5, habilidoso]

Sanguíneo: 0,52 [0,7, bom companheiro. 0,4, destacado/popular*, porque se for isso mesmo então eu deveria reduzir a pontuação, enfim. No mais, acho que tenho potencial para ser mais popular do que sou agora]

Muito interessante que algumas de minhas qualidades mais destacadas foram precisamente os traços em que tirei as maiores pontuações. De fato eu estou mais audacioso, diplomata, bem-humorado, idealista e bom companheiro, claro, em condições ideais de temperatura e impressão. Mesmo os traços em que tirei pontuações altas mas não necessariamente as mais altas, refletiram muito bem as minhas virtudes, por exemplo, esteta e minucioso [do temperamento melancólico].

Em relação aos ''defeitos'


Colérico: 0,62 [0,8 astucioso e intolerante. 0,3 prepotente]

Fleumático: 0,6 [0,9, contemplativo ''defeito'. 0,4, pretensioso. Creio eu que geralmente os mais vaidosos tendem a ser também os mais pretensiosos. De alguma maneira, eu acho que isso não acontece comigo porque apesar de ser vaidoso eu tenho desenvolvido um bom auto-conhecimento. Ainda assim, sabemos que o intervalo de 0,3 a 0,7, também quer indicar maior fluidez do traço, portanto eu posso ou devo ser pretensioso em relação a alguns aspectos, mas não de maneira generalizada, e por ser ou ter me tornado ainda mais introspectivo isso possa ter reduzido esta minha nuance ou potencial]

Melancólico: 0,6 [0,7, anti-social e pessimista. 0,4, amuado]

Sanguíneo: 0,54 [0,8, inseguro e egocêntrico. 0,3, barulhento]

Obs.: defeitos com pontuações iguais ou maiores do que as qualidades geralmente podem indicar maiores flutuações emocionais, ;).

E os ''defeitos', estes mais polêmicos, também refletiram bem os meus meandros mais importantes: astucioso, intolerante, contemplativo, anti-social, pessimista, inseguro e egocêntrico.

Astúcia e contemplação definitivamente não são, a priore, defeitos, da mesma maneira que egocentrismo ou insegurança. No entanto creio eu ter entendido a intenção porcamente explicitada do autor desse ''psicograma'' que deve ter pensado nos dois pelas seguintes e respectivas maneiras: manipulador esperto e sonhador exagerado. 


Big five [multiplicado por 2, ;) ] e quatro temperamentos por ordem de correlacionalidade

Melancólico = neuroticismo, introversão, abertura para a experiência, conscienciosidade, estabilidade emocional, psicoticismo, agradabilidade e extroversão.

Fleumático = estabilidade emocional, conscienciosidade, agradabilidade, introversão, neuroticismo, extroversão, abertura para a experiência e psicoticismo.

Sanguíneo = extroversão, agradabilidade, abertura para a experiência, psicoticismo, estabilidade emocional, neuroticismo conscienciosidade e introversão.

Colérico = psicoticismo, neuroticismo, extroversão, abertura para a experiência, estabilidade emocional, conscienciosidade e introversão.









sexta-feira, 2 de junho de 2017

Livre arbítrio: não é sobre ''o que eu QUERO fazer'' mas sobre ''o que eu POSSO fazer''...

... e como que eu posso misturar ou combinar aquilo que eu posso fazer: criatividade [comportamental] convergente, divergente ou transcendente [já falei sobre isso]. 

O verbo ''querer'' neste contexto passa a ideia de infinitude, de que se pode fazer o que quiser e mesmo de se alcançar os níveis mais altos desde que se tenha [grande] motivação. 

O verbo ''poder'' por outro lado passa uma ideia de auto-consciência quanto às próprias limitações ou de finitude, de que se pode fazer algo, apenas se for possível, se for/estiver disponível. Passa uma ideia de precaução, que é proxy para o autoconhecimento, neste contexto.

Temos limitações e o ''livre' arbítrio encontrar-se-á dentro de nosso território, em relação àquilo que ''temos em mãos'' e o que podemos fazer com isso e não em relação àquilo que está além de nossas potencialidades. Por exemplo, uma pessoa com comprovadamente baixa capacidade verbal, demonstrando-a por meio de seu vocabulário, tanto em tamanho, conhecimento conceitual da palavra quanto em conhecimento de gramática e de ortografia. Essa pessoa pode ''se adaptar'' em relação a essa natural escassez de potencial que apresenta, sei lá, desde a justificação pessoal com o intuito de tentar dissipar qualquer crítica mais imperiosa a esta realidade invariavelmente explicitada: ''eu nasci com essas dificuldades'', ''você é um elitista cognitivo'', ''o que importa é a comunicação'', etc... até buscando evitar o uso das palavras que tem as maiores dúvidas/incertezas ortográficas, ainda que seja muito comum a inconsciência das própria limitações verbais, isto é, escreve-se sem saber que está escrevendo ''errado'. No mais é isso, pode-se tentar adaptar a si mesmo, mas nunca em relação àquilo que não está ao alcance das mãos.

Portanto a ideia equivocada e popular de livre arbítrio se consiste em uma suposta infinitude humana para o aprendizado e/ou para o comportamento, desde que o faça com base em motivação genuína. No entanto existem exemplos abundantes de indivíduos que são muito motivados, apaixonados em relação à certa atividade, mas isso não se traduz em grande talento. 

Nós nascemos com referências, que somos nós mesmos, e referências também querem indicar limitações, territórios, pré-critérios ou localizações no espaço. Nos desenvolvemos com base nessas referências, coisa que a concepção popularesca do livre arbítrio parece simplesmente negar e justamente por isso que nos dá falsos poderes de capacidades mutantes permanentes e/ou infinitas, se o potencial pode ser facilmente atrelado ao conceito de finitude expansiva. O potencial nasce do nível ou referência inicialmente estabelecido ou reconhecido. O potencial nasce do referencial. Mas segundo aqueles que acreditam nas noções tolas do livre arbítrio, o potencial não existe ou é visto como uma limitação ''retrógrada''. 

Também se nota uma relação entre autoconhecimento e o livre arbítrio, de maneira que, aquele que se conhece melhor, talvez também possa se adaptar ou se manipular melhor com o intuito de melhorar algo em si mesmo. [que eu já falei, sobre talento e autoconhecimento].

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Livre arbítrio cinestésico

O único e verdadeiro livre arbítrio que temos é o da liberdade de movimento de nossos corpos, isto é, podemos conscientemente escolher pra onde queremos ir, claro, desprezando casos de deficiências motoras e fobias significativas.

Ou não... apenas mais um delírio de moi. 

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Quanto mais longe do instinto mais ingênuo?? E a perspectiva existencial perfeita do sábio, a zona habitável pra ''vida inteligente''

O ser humano é o animal menos instintivo de todos. Mas entre nós alguns ainda serão menos instintivos do que os outros. Um padrão recorrente. Em qualquer eleição para presidente ou plebiscito "os mais [ cognitivamente ] inteligentes" tendem a votar de maneira equivocada em especial a partir de uma perspectiva instintiva enquanto que o oposto tende a ocorrer entre os "menos [ cognitivamente ] inteligentes". O voto pela saída do Reino Unido na União Europeia é um exemplo desta realidade. Também é provável esperarmos que uma grande proporção de americanos "mais [ cognitivamente ] inteligentes" votem no candidato democrata para presidente ainda que tais tendências pareçam variar de país para país. 

Escolhas politicas estupidas parecem ser lugar comum para uma grande proporção de pessoas que exigem "maiores capacidades cognitivas". E essas escolhas tendem a se correlacionar significativamente com abordagens instintivas.  Por exemplo, ser a favor ou contra a imigração em massa pode revelar o quão "instintivamente inteligente" você está

O instinto e a intuição são formas habituais do pensamento humano e predominantemente dominantes entre as outras espécies. O instinto é veloz e eficiente mas são justamente as suas qualidades que podem ser problemáticas em especial em ambientes em constante transformação. 

Comportamentos herdados são instintivos por excelência e revelam o modo de vida/estratégia de sobrevivência das espécies. O ser humano exibe em média menor influência instintiva em seu comportamento quando comparado com outras espécies ainda que permaneça forte e atuante de qualquer maneira. Alguns seres humanos são ainda menos instintivos que os outros. O aumento do pensamento reflexivo parece se relacionar com uma redução do instinto. Outro fator potencialmente correlativo e desvantajoso é que a redução do instinto pode tornar o ser, humano ou não, mais vulnerável à técnicas de hipnose se o mesmo também define as nossas personalidades.

Maior livre arbítrio = menor senso de identidade, mais demorado será a construção desta identidade, mais vulnerável  será este processo e maiores serão as chances de formar seres humanos manipuláveis. 

Por outro lado os seres humanos mais instintivos tenderão a apresentar um senso excessivo de identidade, a partir de uma perspectiva humana, uma autoconfiança excessiva perto do nível de uma megalomania. 

Pelo que parece o melhor caminho por agora para o pleno entendimento da realidade da identidade do indivíduo se dá a partir do meio deste espectro entre o livre arbítrio e o instinto. No entanto um livre arbítrio, por agora inexistente, sugere uma maior domesticação, e mais, sem ter uma proposta lógica, visto que não viveremos pra sempre e talvez a possibilidade de transcender as nossas identidades pareça excessivo, sem razão nem propósito. O cérebro perde a plasticidade e o suposto maior arbítrio dos mais domesticados, livres de doses maiores de instinto que os faria menos plásticos em seus comportamentos, como não tem utilidade lógica, os transforma em seres manipuláveis, por serem desprovidos de sensos mais protuberantes de si mesmos ou autoconfiança. 

O sábio novamente por se localizar no meio deste espectro se embebe tanto da necessidade fundamental de se saber quem é quanto pela possibilidade de contestar a si mesmo, isto é, unindo duas abordagens espectralmente opostas, tendo consciência e confidência instintiva sobre si mesmo, mas ao mesmo tempo desconfiando, se julgando, ou a reflexão.


Tal acontece com o planeta Terra que encontra-se em uma zona habitável de nosso sistema solar, além de outras características únicas, o mesmo acontece com o sábio que se encontra em uma zona habitável para a real vida inteligente, em um sentido constante, imediato e portanto exponencialmente dominante, de se tentar ser de fato inteligente a todo momento, aquilo que os humanos tendem a tratar como ''o pecado da perfeição comportamental''. 

A domesticação por reduzir o instinto pode aumentar a reflexão, mas não a um nível da sabedoria, pois funciona mais como um ''não-instinto'' do que como uma sabedoria, que como eu já falei antes, também é constituída pelo mesmo.

Observando os cachorros mais mansos, percebemos que a falta de instinto nos torna altamente vulneráveis ao ataque alheio, exatamente como ''presas fáceis'' porque com isso deixamos de 

nos entender
desconfiar das outras pessoas

até mesmo por causa de uma provável redução do pensamento intuitivo não-criativo, isto é, o modo de pensar habitual de todas as formas de vida, incluindo a humana.

Certas impressões ou preconceitos cognitivos estão apenas certos ainda que potencialmente conflitivos justamente por se consistirem em técnicas de abordagem ideacional e comportamental pragmáticas, lógicas, solucionadoras de problemas praticamente homicidas, que não pensam em nuances, mas de maneira eficaz em generalizações espectralmente corretas ou por aproximação/impressão.

Caímos no velho espectro do predador e da presa. 

Portanto como conclusão deste texto, muitos dos mais cognitivamente inteligentes, também parecem ser mais domesticados, isto é, destituídos de uma maior capacidade instintiva, resultando na ingenuidade, em especial, para lidarem com as outras pessoas. Tal como raças caninas muito domesticadas estes tipos de humanos parecem ser muito vulneráveis tanto para a domesticação cultural, se já exibem um déficit instintivo, quanto para o abuso de outras pessoas. 

O sábio comunga com as duas psicologias, do predador e da presa, e por isso que é perfeito para a função de administrador das sociedades humanas, para entender o comportamento e prover as soluções que de fato serão as mais racionais.

Presas tem pouca intuição sobre a intenção alheia por serem menos não-verbais. Predadores por outro lado serão muito fortemente não-verbais, denotando grandes habilidades de manipulação/caça. 

No entanto, a psicologia da presa relaciona-se muito com a sabedoria por mostrar o quão grande pode ser o valor do amor em um mundo brutalmente misterioso como é o nosso.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Instinto e preconceito cognitivo

A maioria dos animais não-humanos ou formas de vida respondem quase sempre de forma instintual, que é uma maior variação do instinto, necessidades vitais fundamentais ou basicamente a sobrevivência via fuga, busca por comida, agressividade, etc

O ser humano é o primeiro que, constituído praticamente por duas consciências, ou mais precisamente, uma consciência e meia, é capaz, de maneira mais solidamente recorrente, refutar as decisões de sua "persona animalia" (  primeira consciência ou consciência corporal ) que eu já comentei em textos longínquos do velho blogue, a nossa versão "mais animal" de nós mesmos. Nós podemos pedir uma segunda opinião para o 'eu consciente', o princípio de livre arbítrio que temos em nossos cérebros, porque podemos nos organizar ou ''apenas'' refletir antes de praticar qualquer ação.



O que é o preconceito cognitivo a partir de uma perspectiva evolucionista??



Os animais não-humanos reconhecem as suas características vitais desde a tenra idade e partem para a vida refletindo pouco sobre as próprias ações.

A mentira é um dos efeitos colaterais mais comuns da expansão da autoconsciência em humanos por ser muito útil ou mesmo essencial para a mudança de comportamento, depois de uma breve reflexão, por exemplo por meio da empatia potencialmente mentirosa, de se mentir sobre a aparência de uma pessoa para que ela se sinta melhor. Sem a possibilidade de julgamento moral indireto ou subjetivo seríamos muito mais diretos e portanto empaticamente gelados  na avaliação da aparência alheia

Os animais que são indubitavelmente mais sinceros e honestos do que nós, até mesmo por não terem o dom da reflexão mental e posterior tomada de ações, ou potencial para a sabedoria, agem de maneira "impulsiva", pesando pouco sobre as próprias ações, quase que como um ser humano com Tdah, no caso de animais mais domesticados, ou mesmo com psicopatia, e sabemos que mais do que uma condição esta também é um estado psicológico, por exemplo, o gato doméstico que ama o dono mas que não nutre a mesma afeição por uma de suas presas naturais como o pássaro. 

Os animais são muito mais cognitivamente preconceituosos do que nós. Claro, comparativamente falando, porque em termos qualitativos, continuamos em sua maioria a meio caminho entre a autoconsciência significativamente desenvolvida e os seus primeiros estágios evolutivos.

O sábio é o ser humano que encontra-se mais próximo deste desenvolvimento mais completo da autoconsciência

O preconceito cognitivo basalmente positivo ou negativo (isto é, desde as suas bases perceptivas) se consiste na expressão das características fisio-psicológicas e fisio-cognitivas do ser, humano ou não, em interação com o meio. Metaforicamente falando, a autoconsciência é como se fosse uma empresa (qualquer) com um diretor enquanto que a consciência ou aquilo que eu chamo de clausura essencial (consciência corporal ou primária), seria como uma empresa sem um organizador-mor, um chefe ou uma junta avaliadora que tome as decisões principais, que reflita sobre as diretrizes, direções, desenvolvimentos e realizações da empresa. Todos nós temos um chefe em nossas mentes que nos julga mediante uma perspectiva em segunda pessoa. Em compensação entre as outras formas de vida este chefe ou segunda consciência ou está em seus primeiros passos de desenvolvimento ou simplesmente não existe. 

Empresas, para o seu bem ou para o seu mal, tomam decisões e tomam um caminho pra ser seguido. Sem organização e objetividade se estagnarão e só se desenvolverão ou se modificarão mediante influências exteriores a si mesmas.


Mas nem toda empresa é eficiente ou mesmo, eticamente/moralmente correta e portanto é não apenas provável mas também mais comum termos ''chefes incompetentes & moralmente deficitários'' como ''segunda consciência'' do que sábios conselheiros.

Portanto como conclusão, os animais não-humanos usam de maneira predominante os seus ''preconceitos cognitivos basais'' isto é, primários, de suas bases, com pouca reflexão sobre as suas tomadas de decisões, visto que os seus sistemas corpo-mente tendem a funcionar enquanto identificadores ''afobados'' de suas características biológicas e posterior comportamento logicamente complementar a elas (se tem asas e tem o dom de voar, então voará), enquanto que o ser humano apresenta uma certa habilidade que está parcialmente funcional de contestar as decisões da ''primeira consciência'' ou o ''eu-mesmo'', o primeiro-eu. De acordo com a minha teoria filosófica do comportamento, forma & expressão, a maioria das formas de vida mas também incluindo aí o próprio ser humano, agem de maneira direta, expressando as suas formas por meio de seus comportamentos evolutivamente herdados e adaptados aos seus ambientes. O ser humano, se não é a primeira forma de vida que pode contestar as decisões instintuais, que estão relacionadas com esses preconceitos cognitivos basais, é o único que exibe incomparável desenvolvimento desta ''segunda consciência'' ainda que não seja suficientemente eficiente para evitar a tomada de atitudes equivocadas, por se consistir em uma criatura híbrida, entre o sábio e o estúpido inequivocamente impulsivo. Ao invés de um livre arbítrio, o ser humano apresentaria um ''auto-arbítrio'', isto é, uma consciência superficial sobre si mesmo e consequente potencial bem mais alargado para fazer escolhas que no entanto se encontrarão quase sempre dentro de suas próprias possibilidades, ao invés da ideia popular do ''livre arbítrio'', em que o ser humano, a partir do momento que fosse ''iluminado'' pela luz da verdade, se poria a agir logicamente de acordo com a informação factualmente correta que lhe foi dado. Mas sabemos que isso não acontece desta maneira mágica e prática como muitos tem imaginado. Estamos fortemente preconceituosos, negativamente ou por meio da negação, positivamente ou por meio da aceitação, assim como todas as formas de vida também estão diga-se muito mais preconceituosas, por serem muito menos propensas a contestarem a si mesmas. O ser humano e em especial os mais sábios, são os únicos capazes de repensar, da auto-crítica sofisticada sobre o próprio comportamento. 

O instinto e que neste caso eu quis denominar de ''instintual'', ou tudo aquilo que está relacionado com o instinto (mas que, obviamente, não o é), se relaciona guturalmente com o preconceito 'cognitivo', se ambos refletem significados bem próximos entre si, isto é, de tendência pré-existentes de operacionalidade perceptual e comportamental, o agir ''sem pensar'', ou o ''pensar e agir simultâneos''. O instinto seria mais conceitualmente específico, por tratar de comportamentos que estão relacionados com a sobrevivência, por exemplo, estratégias para se buscar o próprio alimento, o uso das ''armas biológicas'' para se defender, enfim, todos os comportamentos vitalmente necessários para resguardar a vida, seja por meio da defesa, do ataque ou de sua manutenção, novamente o exemplo das estratégias especificamente cognitivas de cada espécie para se alimentar.

Metafórica e/ou visualmente falando é como se os animais ''apenas'' agissem por suas bases perceptivas, que eu denominei de preconceito cognitivo basal, enquanto que o ser humano e em especial os mais sábios ou indefectivelmente inteligentes, pudessem galgar novos tijolos ou altitudes além das bases. 



Adendo: o fator g principal é o reconhecimento de padrões, e a consciência corporal ou primária é auto-reconhecimento de padrões


A ''primeira consciência'' é parte essencial do fator g por se consistir no reconhecimento de nossos próprios padrões de funcionamento. Ao reconhecermos os nossos padrões passamos a projetá-los para o mundo exterior, ou basicamente a realidade, e a partir disso nasce o preconceito cognitivo basal. 

As outras formas de vida fazem o mesmo, mas com o mínimo de auto-reflexão resultando em uma percepção extremamente ''tendenciosa''. A maioria dos seres humanos, ao menos, tem alguma consciência quanto a esta realidade. E os mais sábios desenvolvem com maior naturalidade e plasticidade qualitativa a sua capacidade reflexiva.

A capacidade reflexiva pode conter o erro e redirecionar para um novo caminho, claro que, para a sobrevivência ou conservação da vida, enquanto que o comportamento comum da vida na Terra tende a ser o oposto, isto é, ''apostar'' totalmente em um modo de vida, ou seria melhor, um tipo de organismo dentro de uma espécie sendo mais selecionado por causa de sua complementaridade com o ambiente em que está. No entanto, se o ambiente mudar dramaticamente, e o organismo não puder fugir de lá, então perecerá porque não sabe re-pensar de modo sofisticado. A seleção natural se dá muito mais na base da sorte do que na adaptação por si mesma porque o organismo que estiver no lugar certo, e na hora certa, é provável que sobreviverá muito mais do que aquele que estiver no lugar errado e na hora errada.

terça-feira, 21 de junho de 2016

O ser humano pode não ter livre arbítrio...

...mas tem arbítrio, baseado em suas possibilidades psico-cognitivas.

O problema semanticamente incorreto do termo livre arbítrio é o adjetivo livre. A ideia de livre parece equivocada para qualquer forma de vida visto que tenderá a se expressar mais ou menos de acordo com as suas possibilidades biológicas. Como resultado o termo perdeu o sentido até porque parece ser bem difícil vermos qualquer manifestação individual, científica ou metodicamente comprovada de um ser e preferencialmente humano que consiga se desvincular completamente de sua biologia, transcendendo-a a ponto de poder ser o que quiser, ou mesmo, menos dramaticamente falando, que possa fazer escolhas diretamente problemáticas pra si e que esta mudança possa ser efetivada sem maiores sequelas ou mesmo riscos, por exemplo, uma pessoa introvertida que tenta se tornar o seu completo oposto, sendo que o seu sistema corpo/mente está naturalmente disposto a reagir de maneira menos extrovertida, ou seja, de tentar ser aquilo que jamais poderá ser por meios naturais. A tendência humana para mentir até mesmo ou principalmente quando não tem plena consciência/conhecimento de seus blefes complica ainda mais a tarefa de encontrar as tendências comportamentais mais escondidas ou pouco evidentes, que por fim, poderiam colocar um ponto final nesta discussão, para os ''super-céticos'' de plantão.

O livre arbítrio é uma impossibilidade porque ninguém é livre de si. Mas o arbítrio existe porque ainda podemos escolher ,só que de acordo com as nossas possibilidades que já se encontram mais ou menos presentes em nós, desde os comportamentos mais universais até aos mais idiossincráticos. E como eu já falei, as pequenas/ superficiais escolhas serão consideravelmente mais ''livres'' do que as mais profundas.

quinta-feira, 17 de março de 2016

Livre arbítrio: micro-escolhas ou mudanças superficiais ou de pequeno impacto versus macro-escolhas ou transformações essenciais



Que caminho a escolher*** Oops, que vontade de urinar no meio desta encruzilhada, ;)

Voltei...

Menor o potencial de impacto da escolha, maior o potencial para o livre arbítrio.

Da superfície à essência, temos um caminho longo a seguir. A superfície é como um eco de nossa morada, mais aconchegante e quente rente ao frio de um mundo misterioso e estapafúrdio. 

A essência é a última fronteira de nosso ser, se conquistada, nos tornamos zumbis, nos deixamos levar, nos tornamos marionetes e isso é muito ruim, obviamente...

Mudar de maneira consciente, a partir de uma capacidade de percepção (contextualizada àquilo que se deseja mudar), se dá muitas vezes, de várias formas, quando não se sacrifica o maior e único bem de toda a vida, a sua essência. 

Estamos mais livres à superfície, como a pipa, que pode rasgar a breve gravidade de nossos céus de sonhos azuis.

Mas estamos tão presos à responsabilidade de sermos nós mesmos, como o núcleo da Terra ou de qualquer outra estrela orgânica, se dessas grades, mais do que uma prisão, encontramos a segurança de ser em estrutura, como uma casa firme ao chão e não como cercas pintadas a voar sem rumo pela orquestra de um tornado americano. 

Não podemos mudar a essência, mas podemos adaptar as ondas que se originam de seu fogo divino. E se podemos, isto é, se temos consciência deste poder, deste porvir de possibilidades, então é equivocado negar qualquer pedaço de existência de escolhas.

Somos ou podemos ser camaleões à superfície mas seremos fieis, íntegros à essência, do contrário, nos desconstruiremos por definitivo.




sábado, 5 de março de 2016

''NÃO EXISTE LIVRE ARBÍTRIO''



Alguns pseudo-pedantes começaram a regurgitar desde a um tempo a neo-máxima  ''não existe livre arbítrio''.

Se eu quisesse eu poderia não ter escrito este texto mas eu resolvi escrevê-lo (texto não né, textículo, como certa vez disse uma professora de inglês, e com aquele doce sotaque do Rio)...

VAI TER LIVRE ARBÍTRIO SIM#

Ops, outra vez eu escolhi escrever esta sutil piada interna...

Eu poderia escrever mais, mas decidi ficar por aqui mesmo. 

Livre arbítrio existe sim, não é aquela maravilha, mas existe e o praticamos a toda hora, isso se chama ser humano.


quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A evolução de uma espécie é a evolução de uma matrix e as variáveis arcaico-epigenéticas que desligam o senso de realidade alternativa de gênios e sábios



Gênio dentre outras virtuosidades (predominantes) tendem se expressar fundamentalmente pela individualidade.

A evolução de uma espécie também se consiste na evolução/melhoramento de uma cultura mental cêntrica, isto é, que enfatiza natural/mecanicamente as próprias perspectivas existenciais em detrimento da realidade por si mesma ou que a envolve. Em outras palavras, todas as espécies apresentam alta inibição latente, ao se encontrarem instintivamente concentradas em seus próprios modos de vida naturais, interpretando o mundo de acordo com os seus respectivos alcances/potenciais perceptivos.

Todas as formas de vida apresentam as suas respectivas matrizes (culturas instintivas), isto é, o alcance idiossincrático e limitado de suas mentes em relação à percepção da realidade que os/nos envolve. Portanto, a evolução de uma espécie reverberará simultaneamente na evolução de uma matrix, segura, cheia de certezas retidas de seu potencial perceptivo e não em relação ao absoluto perceptivo, o grau máximo de percepção. E este processo obviamente que tende a se dar a nível coletivo. Isto é, na macro-escala, mesmo os seres humanos, todas as espécies evoluem de maneira orquestrada tal como foi visualmente exemplificado acima. 

A espécie humana é singular por causa de sua extrema capacidade evolutiva, comparativamente falando, isto é, sua inteligência. A característica que define/separa a humanidade é a autoconsciência amplificada ou potencial retardado de resposta instintiva. Entre o pensar e o agir, nós podemos refletir nossos pensamentos e modificar as nossas ações. Mas a maior parte de nossa espécie permanece subjugada pela macro-evolução ou ''evolução das massas''. Nós pertencemos às massas, as constituímos, somos a sua forma e o seu movimento. Estamos, em média, híbridos da vontade consciente e da vontade subconsciente, que não se dá por pensamento reflexivo, mas instinto. Na micro-escala de vivência, nós, enquanto indivíduos, somos a parte baixa da hierarquia fenomenológica da evolução e/ou da adaptação. Nós recebemos sub a/ou inconscientemente, todas as diretrizes evolutivas, e isso prova parcialmente que o livre arbítrio completo se consiste em uma ilusão. Estamos subjugados. Somos herdeiros involuntários, produtos, frutos. E refletimos com grande realismo nossas disposições naturais para comportamentos de massa. 

Mas nem todos os seres humanos que estarão sincronizados para com o mundo antropocêntrico, nossa matriz natural, onde que talvez muitos se não todos os comportamentos humanos poderão ser previstos com grande margem de acerto. 

O senso de ''individualidade'', causado por modificações de natureza epigenética, ainda durante a formação do feto, ou mesmo, já na concepção da vida, tem um papel fundamental para muitos dos mais poderosos fenômenos da mente humana, como a genialidade e a sabedoria. 

Novamente a metáfora literária retida do clássico ''Admirável Mundo Novo'', onde que nós podemos ver representado com clareza as diferenças entre os tipos humanos mais cognitivamente inteligentes DAQUELES que são os mais intelectualmente inteligentes, respectivamente, os tipos ''alfa e beta'', e os outliers perceptivos/existenciais.

A capacidade mental dos tipos alfa e beta, é principalmente de natureza cognitiva, isto é, que se manifesta com base no potencial para apreender/aprender tarefas que visam a sustentação das civilizações onde vivem. 

A capacidade mental dos outliers/outsiders perceptivo-existenciais, se baseia principalmente no pensamento crítico-analítico ou perceptivo, relacionando-se intimamente com a sabedoria, ou a base de todos os tipos de cognição que caracterizam a diversidade mental humana.

Outliers perceptivo/existenciais, por causa de suas naturezas epigenéticas, poderão herdar diversos defeitos biológicos, que juntamente com grande capacidade de pensamento crítico-analítico, os far]ao mais desligados do transe coletivo e orquestrado que se consiste a matrix humana, o antropocentrismo, que se diversifica nas mais diversas expressões culturais onde quer que o bicho homem estiver vivendo. 

O filtro da realidade deste tipo será praticamente inexistente, tornando-o prolífico em sua capacidade de perceber obviedades ou de espezinhar detalhes que passam despercebidos pelas pessoas comuns e que costumam ser identificados como ''insights criativos''. Eles veem a realidade, de fato, enquanto que boa parte das pessoas, inclusive os tipos alfa e beta, os mais cognitivamente inteligentes, tenderão a verem versões personalizadas (e que estarão de acordo com a sua classe ou subgrupo bio-cognitivo) da realidade. 

O senso de realidade alternativa que produz  todos os tipos de comportamento de massa, ou comportamento induzido por similaridades bio-cognitivas, se encontrará desligado em mentes mais errantes em toda a sua composição orgânica, justamente por causa destas mutações a mais que os fazem transcender a regra e ser capaz de vê-la sob uma perspectiva privilegiada. A relação entre gênio, dentre outros virtuosidades e transtornos mentais é significativa, especialmente quando estivermos lidando com a genialidade existencial-perceptiva, porque é um peso, uma responsabilidade muito grande perceber, entender muito mais do que os outros. Além disso, a dúvida existencial essencial/fundamental, que aterroriza a todos nós, seres cientes dela, se fará ainda mais realista para mentes mais intelectualmente prodigiosas, tendo como lugar/produto comum a melancolia


Os virtuosos são realistas, individuais (e não necessariamente individualistas), honestos e/ou sinceros


... e boa parte de seus insights serão derivados da realidade que podem ver tão bem. Em outras palavras, a maior transgressão evolutiva humana não é a de se trancar dentro de uma bolha bio-cultural cêntrica, mas justamente a de estourar qualquer ''realidade alternativa'' e primar pela observação e vivência in loco de toda a fenomenologia que nos envolve e que nos submete aos seus caprichos.
Todos nós temos padrões mentais ou de pensamento e ação que serão constantes. Tal como eu já falei superficialmente em textos anteriores, as reações poderão ser predominantemente instintivas, emocionais ''ou'' racionais (geralmente, seremos em sua maioria de híbridos reativos, mas tenderemos a ter respostas habitualmente unilaterais/enfatizadas para um dos 3 tipos).

Sinceridade e honestidade não são exatamente a mesma coisa, porque enquanto que a sinceridade se manifesta sem a necessidade de uma abordagem empática, a honestidade se fará irredutivelmente por meio do pensar sobre o outro, o instinto compartilhado/refletido (ou instinto do resguardo vital de si mesmo e do próximo) e sofisticado.
No entanto, o sincero será mais propenso a entender a realidade do que o honesto, ou aquele que tem uma disposição/naturalidade/dom comportamental para este tipo de reação. O sábio dentre outros virtuosos tenderão a ser os dois.
A ''simples'' percepção da realidade pode te fazer mais criativo e sábio, percebam que o ''simples'' ato de primar pela verdade impessoal porém equilibrada/harmônica, se consiste em um dos diferenciais que insulam o espectro das virtuosidades e das excepcionalidades humanas da paisagem coletiva/comum, orquestrada, previsível, binária e adaptativamente psicótica, por desprezar a realidade/verdade.