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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Introversão "patológica' versus introversão adaptativa

O introvertido ''patológico' seria justamente aquele que não teria a capacidade de se adaptar a partir desta faceta de sua personalidade, que, portanto, se manifestaria de maneira rígida ou estereotípica. E quando falo "se adaptar" e em relação ao contexto da introversão, eu me refiro a de se ajustar de acordo com o grau de intimidade, em que, maior a confiança com o outro, maior a extroversão ou exposição de sentimentos, relaxamento e ''sincronização'' com o seu comportamento, em média, isto é, o melhor uso da mesma. Em outras palavras, a introversão em intensidade mas não em controle de qualidadeO introvertido patológico simplesmente não seria capaz deste ajuste, mesmo conseguindo um grau elevado de intimidade com outro indivíduo. 

O introvertido adaptativo seria exatamente como um extrovertido [ou um ambivertido] hiper-seletivo que só demonstra a sua personalidade interior e portanto também os aspectos relacionados à extroversão [a sua totalidade ou aspectos mais consideráveis], para os indivíduos que conquistarem a sua confiança. 

Este tipo não seria exatamente um ambivertido típico, porque o seu ímpeto introvertido, não se manifesta apenas nas relações sociais mas também nos aspectos mais essenciais como o estilo de pensamento [por exemplo, maior introspecção ou capacidade para o pensar reflexivo e também maior sensibilidade ao ambiente].


Aqui também se percebe uma certa superioridade, à priore, da introversão, em relação à extroversão, já que esta segunda seria basicamente como uma exploração do ambiente, em especial do ambiente social, de maneira impulsiva, tal como sair para outro país com uma cultura diferente sem buscar compreende-la, ainda que isso não signifique que todo extrovertido agirá assim, mas muito mais propenso de faze-lo. O introvertido e em especial o mais adaptativo, analisaria ou buscaria conhecer melhor o ''ambiente alheio'', de outras pessoas [e seres], antes de interagir, de entrar em contatos de segundo, terceiro ou quarto graus.  

Faz todo sentido ser mais desconfiado com ''estranhos'' e apenas se ''abrir'' mais quando já tiver conhecimento suficiente sobre eles... 

Aí deveríamos também diferenciar o grau de extroversão ''na intimidade [desejada ou, a priore, benignamente alcançada]'', porque se apresentar um nível mais alto da mesma nesta situação, então, ao invés de ser um introvertido adaptativo, é provável que seria mais como um ambivertido típico [no sentido de natureza e não de nível de raridade] ou como um omnivertido. Ou não, aqui sempre tem essa opção, ''nenhuma das especulações anteriores/acima''.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Espectro do criativo contínuo (extroversão + abertura) e do criativo descontínuo (introversão + abertura)

Por que a maioria dos mais criativos não são geniais??

 Especulação claro. Porque a maioria dos mais criativos apesar de forte ou intensamente ambivertidos (omnivertidos) vão mais para o lado da extroversão resultando em um aumento da expressão, do que, da eficiência ou funcionalidade de suas criatividades. Os mais criativos que, apesar de suas naturezas fortemente ambivertidas (omnivertidas = condição que parece ser absolutamente fundamental para a criatividade), caem mais para o lado da introversão, esperar-se-á, logicamente, e em média, que apresentarão um padrão oposto de menor expressividade e de maior eficiência/objetividade/realismo/consciência -- conscienciosidade de suas criatividades.

E claro ainda podemos ter os tipos intermediários entre os mais descontínuos e os mais contínuos...

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Sensibilidade emotiva VERSUS instabilidade emotiva e omniversão

Eu sou muito emocionalmente sensível mas eu não sou emocionalmente instável. Eis aí a natureza do omnivertido. 

Eu posso me tornar emocionalmente instável [reação secundária] mas o meu estado mais natural [ação primária] é o da estabilidade emocional ressonante/ omniversão. 

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Categorias ofídio-humanas

Cobras venenosas e agressivas [personalidades anti-sociais];

Cobras venenosas mas geralmente não-agressivas [personalidades anti-sociais incompletas* no quesito agressividade ativa* ainda assim, fortemente propensas a incutirem o seu veneno*];


Cobras agressivas mas não-venenosas [personalidade's colérica's ou em combinações com a personalidade colérica mas sem o talento na 'arte' da manipulação maligna];


Cobras não-venenosas e não-agressivas [personalidades predominantemente pró-sociais]


veneno = capacidade de manipulação maligna e supra-entendimento interpessoal [ e no caso do sábio = capacidade de de-manipulação, de manipular a manipulação maligna ou de de-manipulá-la]

agressividade = propensão a rompantes fisicamente pré-agressivos, ainda que também tenha como origem a ideação agressiva, maligna e/ou destrutiva.

Nesta tipologia ofídio-humana ''é esperado'' que o sábio se localize mais numa categoria intermediária, provavelmente entre os tipos mais destacados de cobra, ainda que a personalidade sábia tenda a ser muito distinta das personalidades comuns, como se estivesse em um nível completamente novo e sim, superior, porque ao invés de ser naturalmente insulada ou atomizável, se consiste em uma omniversão de características que geralmente não se combinam no espectro habitual humano, em especial em suas versões benignas. Enquanto que o ''veneno'' tende a estar ou não estar, o famoso ''ser ou não ser'', na sabedoria será um ''ser ou não ser, depende da questão/situação'', e não ''eis a questão''.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Omniversão ou ambiversão "patológica'??

Eu sou um ''ambivertido intenso'' de nascença? A omniversão existe mesmo? Ou alguns fatores importantes me impedem de ser mais extrovertido?? 

O introvertido [característico, que não está consideravelmente conurbado com outros tipos de expressões comportamentais] sente o mundo de maneira mais intensa que o extrovertido. Eu já comentei que o primeiro sente o mundo de maneira mais correta e portanto mais reciprocamente/possivelmente assimétrica enquanto que o segundo tende a ser mais constante ou generalizado. Em um ambiente cheio o introvertido sente esta densidade demográfica elevada. O mesmo talvez não possa ser dito sobre o extrovertido. Em um ambiente vazio de pessoas e de estímulos o introvertido especialmente o característico, sentirá este vazio. O mesmo talvez não possa ser dito em relação ao extrovertido. Não é que ele não sinta os contrastes. A diferença é que parece sentir [muito] menos. O introvertido parece prestar maior atenção ao ambiente que o extrovertido.

No mais eu estava pensando sobre isso porque desde a um bom tempo que eu achava que era um introvertido e recentemente comecei a me questionar se a minha introversão é realmente mais genética / significativamente característica ou se é mais como o produto [secundário] das circunstâncias extrínsecas e intrínsecas, ou indireta, que alguns chamam de "introversão patológica".

A introversão patológica ou artificial consistiria supostamente em uma introversão causada por fatores secundários como no meu provável caso, gagueira e sexualidade desviante, por exemplo. No entanto parece que ainda não se sabe se a maioria ou se uma fração dos introvertidos apresentariam esta constelação de fatores intrínsecos e extrínsecos que por sua vez seriam os responsáveis por suas maiores inibições ou sensibilidades. Parece que não. Tenho a impressão que mais do que uma ''introversão patológica'', nós na verdade estejamos falando de ''timidez reforçada'', que pode ter um impacto em alguns tipos de ambivertidos* ou mesmo de maior sensibilidade, obviamente em relação ao ambiente.


No mais existem gagos e homossexuais que são extrovertidos. Aliás a maioria dos homossexuais parecem ser bem mais extrovertidos do que introvertidos. E também, no caso dos gagos, pode haver uma correlação entre introversão e a própria condição e acabar resultando naquilo que chamei acima de ''timidez reforçada'' e não unicamente em uma causalidade, da gagueira resultando em uma maior inibição.

Eu pensei então que talvez possa ser mais introvertido também por causa desses fatores, mas como mostrei rapidamente acima, se existem exceções, então a ideia de causalidade pode não ser a mais viável, ao menos para me explicar. Acho que por ter uma mente mais lógica e empática, por me interessar mais por pessoas, e portanto por ser mais mentalista, e generalizadamente lógico/ou racional, sinto que esses traços que apresento, sejam de fato, dignos de vergonha, em especial a gagueira mas também a homossexualidade, ainda que já sejam assuntos quase totalmente resolvidos pra mim e que eu mesmo, literalmente falando [o meu EU], acredite que, especialmente em relação à segunda, não haja tanto alarde para sentir vergonha, porque falo mais em relação às impressões que os outros tendem a ter. 


Se eu sou mais lógico [a ponto de ser mais racional], a priore, então eu vou identificar a gagueira e a homossexualidade como desordens potencialmente infrutíferas mediante uma perspectiva evolutiva, que só não é mais importante do que a existencial, mas que se relaciona consideravelmente com as nossas auto-percepções de ''qualidades' e defeitos.

E se eu sou mais empático, de maneira geral, mas mais para a cognição do que para a afetividade, ainda que também o seja nesta segunda, então eu vou ser mais sensitivo à opinião alheia sobre mim.


Conjugue os dois e vamos ter um aumento de precaução em relação às [outras] pessoas, e mesmo em relação a si mesmo, em como que se comporta durante as interações pessoais. 

No entanto ainda pode ser possível pensar em pessoas que sejam mais ou menos lógicas e gagas, e mesmo assim, mais extrovertidas, denotando possivelmente uma natureza intrínseca e causal para a extroversão, que é causada ''por si mesma'', tal como uma tendência marcante de resposta instintiva, e o mesmo no caso de todo o espectro de sensibilidade ambiental, incluindo portanto ambiversão e introversão.

No mais, alguns dos meus ''traços'' mais marcantes parecem ter aparecido desde a tenra idade por exemplo uma forte tendência ao hiper foco (mais lúdico mas real), sendo que a minha primeira obsessão começou bem cedo [sobre dinossauros] como eu já comentei. A minha grande disposição para o hiper-foco [lúdico] pode ter um efeito em como que me comporto em relação aos outros, me tornando mais interessado nos meus assuntos prediletos ''do momento', do que na socialização. No entanto talvez tenhamos muitas pessoas que também apresentam hiper-foco, de maneira mais intensa, se quase todo mundo é um pouco ou muito focado em alguma coisa, em suas predileções existenciais, só que elas conseguem conciliá-lo até de maneira natural com a socialização. Portanto culpar o hiper-foco de maneira generalizada por uma tendência para a hipo-socialização pode não ser o mais correto a ser feito. E no meu caso, os meus assuntos de interesse ainda são ou se tornaram socialmente polêmicos, só pra piorar um pouquinho. Se é com relação às pessoas com as quais nós temos maior intimidade que nós mostramos quem realmente somos, então eu posso dizer que seja mais calmo em algumas dimensões de minha personalidade, em termos interpessoais, e mais consideravelmente em termos intrapessoais, especialmente nos dias de hoje, mais bem humorado e prestativo em meu lar doce lar assim como também com aqueles que estão mais próximos de mim e que merecerem, mas a minha hiper-sensibilidade permanece e talvez revele a minha introversão não-forjada ou ''patológica' assim como também uma perceptividade aguçada. De fato eu estou mais sensível ao ambiente, não a um nível autista, mas estou, talvez ao nível de um introvertido neurotípico. 


Será que desde criança que eu sou assim* Tentando puxar pela memória, alguns rasgos ou frascos do espaço/tempo que vivenciei e que ainda teimam, graças a ''deus', a continuarem dentro da minha cabeça, eu tenho a impressão que desde a tenra idade já apresentava muitos dos níveis expressivos de comportamentos que tenho hoje. Realmente não sei dizer se antes dos meus 7, 8 anos eu era tão introvertido como agora, mas estou quase certo que sempre fui muito perceptivo e como consequência curioso, interessado sobre o meu ambiente, o meu redor. Tenho uma leve impressão, talvez uma falsa memória, de que eu já não gostava de participar de eventos sociais, nomeadamente na escola, antes dos meus oitos anos, ainda que o fizesse. Parece que no início eu ficava ansioso [talvez toda criança fique um pouco* talvez o uso da palavra ''toda'' não faça sentido neste contexto] e mesmo chegava a pensar em refugar, mas acabava participando desses eventos [forçados]. Sempre fui mais caseiro, não tinha muitos amigos e parece que não gostava de brincar com muitas crianças, mas sozinho [sinal de independência intrapessoal e maior ''criatividade primitiva' ou lúdica] ou com ''apenas'' uma criança ''de cada vez''. Como 7 anos passam rápido então eu não tive tempo, talvez, para saber como que teria me comportado além desse curto período e no ambiente que predominou em minha primeira infância, que foi bem distinto daquele que passou a predominar a partir deste período e até bem recentemente.

A relação entre maior criatividade [ao menos a do tipo lúdica] e solidão é que enquanto que uma criança regular parece necessitar de outras crianças em sua companhia para brincar, as mais ''precocemente' criativas talvez tendam a ser auto-suficientes para as mesmas tarefas.

Maior autoconsciência e racionalidade??


Então  estou tentando entender se eu sou mais software ou hardware em relação a minha introversão. Parece que um dos traços comuns entre os muito criativos é justamente este contraste interno/ ou maior plasticidade de personalidade. Pode ser necessário novamente diferenciar timidez de introversão e buscar pelo conceito da segunda e claro, aplicando-o ou contextualizando-o. Eu já falei que a timidez mais parece se consistir em uma introversão muito forte e mais direcionada ou sensível para as relações inter-pessoais, mais mentalista. Ainda que, de acordo com a minha re-definição, a timidez se consista em um tipo e/ou nível de introversão, a mesma, em sua manifestação mais característica e menos modificada por interações de outros ''traços'', seria exatamente aquilo que falei acima, e até de maneira mais neo-simplificada, isto é, em uma maior disposição para prestar atenção ao redor ou ambiente, basicamente uma espécie de maior sensibilidade ambiental, não no sentido de abraçar árvores, mas de ser mais sensível aos seus estímulos, padrões ou detalhes, influenciando na maneira de perceber/e pensar antes de agir, em uma maior frequência. Eu até já especulei se a timidez seria mais uma reação secundária a uma combinação entre introversão/maior sensibilidade ao ambiente e mentalismo, mais circunstâncias ambientais favoráveis a este aperto de vulnerabilidade tornando-se em uma vulnerabilização ou ''vulnerabilidade consumada''.


Se eu não sou um ambivertido ou introvertido patológico, e se talvez possa do alto de meu delírio me auto-denominar como um ''omnivertido'', que ou aquele que comunga com as características de ambos os níveis usualmente opostos em seu espectro comum [sem serem amalgamados como no caso dos ambivertidos comuns], isto é, que estou constantemente motivado ''pelo ambiente'' [e também por mim mesmo, por causa dos meus interesses específicos, e/ou que esteja introspectiva e extrospectivamente estimulado, dando liga à fundação deste canal criativo mais constante ou alerta], tal como um extrovertido, mas que também esteja constantemente absorvido por seus padrões, os que são capturados, tal como um introvertido, e que isso possa se manifestar numa maior sensibilidade perceptiva, então também posso pensar se, uma possível maior autoconsciência, representada por capacidades metacognitivas ou introspectivas mais constantes e progressivamente precisas, não tenha contribuído, desde cedo em vida + circunstâncias ambientais não-favoráveis, só que no início de maneira mais subconsciente, para o estabelecimento de uma personalidade extrínseca menos interpessoalmente receptiva, e não necessariamente em uma ''introversão ou ambiversão patológica''.

Portanto eu não sou um ''introvertido ou ambivertido 'patológico''', que se tornou mais arredio em relação às outras pessoas apenas ou fundamentalmente por razões secundárias, e acho até difícil acreditar que tal conceito exista de fato, especialmente por causa do termo ''patológico''. Os 3 fatores-chave que tem delineado as minhas reações comportamentais de maneira generalizada são: maior sensibilidade e perceptividade ao ambiente; maior racionalidade e maior mentalismo. Antes, quando eu era menos auto-entendido, e reagia de maneira mais instintiva ou irreflexiva, os fatores que predominavam eram: maior sensibilidade [introversão] ao ambiente + maior mentalismo ou interesse/e preocupação pela opinião alheia/por pessoas + ambiente invariavelmente desfavorável, amplificando essas tendências. E sim, pelo fato de ter reconhecido em mim desde cedo, e por razões óbvias, gagueira e sexualidade desviante, contribuiu para me tornar ainda mais arredio, sem sombra de dúvidas, mas não fundaram a minha introversão, talvez a minha timidez. A minha praticidade e/ou falta de necessidade de socialização, também é muito provável que tiveram influência. A partir do momento em que encontrei o caminho da sabedoria principiando pelo auto-conhecimento, este fator adentrou como um re-organizador de minha percepção.

Portanto como conclusão final desta confusão proto-arranjada acima eu não sou um ''pseudo-introvertido'', ou eu acredito que não seja, porque eu sempre apresentei características que se relacionam com a introversão, porque mesmo em um ambiente mais familiar eu as exibo, isto é, sou mais perceptivo, sensível ao ambiente e claro às pessoas ao meu redor, ainda que a própria ideia de introversão ou extroversão precise ser talvez melhor aprofundada. 

domingo, 23 de abril de 2017

Ambiversão e individualidade... uma maior diversidade individual pode criar a sensação de ''auto-subsistência psicológica''

Individualidade e europeus*

Acho que já havia proposto esta teoria mas vamos lá, novamente e rapidamente. Os europeus, por estarem, em média, no meio do espectro ''extroversão-introversão'', isto é, por tenderem a ser mais do tipo ambivertidos, do que os negros africanos [mais para a extroversão] e do que os leste asiáticos [mais para a introversão], os tornariam mais propensos à individualidade, do que os outros dois, ainda que, o excesso de extroversão também tenda a resultar em um igual excesso em individualismo. Neste caso, podemos dizer que, enquanto que a extroversão tende a se relacionar com individualismo, a ambiversão, por causa de sua maior ou melhor combinação com a introversão, ou como eu gosto de dizer, por causa de sua tendência de amalgamento dos dois extremos, justamente por se localizar no meio do espectro, tende a ser mais propícia à individualidade, que eu acho que já diferenciei em relação ao individualismo.

Individualidade não é individualismo. A individualidade, em relação ao comportamento, é sobre celebrar, desenvolver e enfatizar as próprias idiossincrasias, uma maior tendência para engajamentos introspectivos. O individualismo, por sua vez, pode ser facilmente traduzido como egoísmo. Níveis muito altos de individualidade podem levar ao narcisismo. Níveis muito altos de individualismo tendem a se relacionarem com o espectro de personalidades anti-altruístas.

Ao contrário do link no texto, eu não acredito mais que os leste asiáticos sejam em média mais empáticos que os europeus, especialmente os ocidentais, mesmo porque, as diferenças entre os dois macro-grupos neste sentido são, historicamente falando, não muito significativas, e que os segundos acabam vencendo literalmente porém parcialmente por causa de suas maiores expressividades emocionais. 

Criatividade, ambiversão [ ou omniversão ]

Segundo um longo estudo sobre os traços de temperamento e comportamento que abundam entre os mais criativos, feito por  Mihaly Csikszentmihalyi, a dita ''personalidade criativa'' se caracterizaria por exibir muitos contrastes temperamentais, indicando uma natureza mais balanceada, ainda que também mais intensa, ao invés de uma tendência mais homogênea de ênfase para um dos extremos deste espectro. Pela lógica, os ambivertidos mais intensos ou omnivertidos, ao contrário dos típicos ambivertidos, neste quesito, como eu já especulei, seriam os mais criativos, e quanto mais prevalente é a proporção de ambivertidos comuns, maior seria a proporção de tipos intensos. É o que parece acontecer com os europeus e sua diáspora espalhada [e misturada] pelo globo. Uma maioria de ambivertidos comuns, mais uma vez, por essa lógica, inevitavelmente resultaria em uma minoria de ambivertidos intensos ou omnivertidos, que são minoritários em praticamente todas as sociedades humanas. 

Então pensemos: os ambivertidos reúnem um pouco de cada tipo, um pouco do autocontrole, da concentração e da precaução do introvertido, um pouco do entusiasmo ou vivacidade, da busca por experiências e da espontaneidade/impulsividade do extrovertido. Este ''pouco'', em doses bem menos parcimoniosas, e vamos ter indivíduos expressando esta androginia temperamental de maneira muito mais intensa. Porém, também há de se diferenciar o omnivertido que reúne todas ou a maioria das qualidades de ambos os ''extremos'', daqueles que fazem o oposto, que ao invés de reunirem os traços positivos, o fazem com as desvantagens de cada um. No entanto, no caso da criatividade, ainda será meramente especulativo concluir que, aqueles que reúnem uma predominância e constância de traços ''positivos' de ambos os extremos de temperamento, serão mais criativos que aqueles que reúnem o oposto. Por exemplo, a maior tendência de distração bem como também de maior impulsividade do extrovertido, em relação à algumas facetas do comportamento, que podem ser entendidos como ''desvantagens'' ou ''traços negativos'', está relacionada com um aumento da ideação criativa, especialmente o primeiro. Portanto calma nessa hora... No mais é isso. A possível prevalência de perfis mais ambivertidos entre os europeus, favoreceria a um maior minoria de ''ambivertidos intensos OU omnivertidos'', que, por essa lógica, seriam muito mais propensos à criatividade. 

sexta-feira, 3 de março de 2017

Ambivertidos: Minoria criativa ou maioria normal?


Eu sempre pensei que o termo ambivertido representasse uma minoria da população humana mas de uns tempos pra cá eu tenho lido o oposto, de que se consistiria numa espécie de maioria esquecida ou silenciosa ainda mais dentro desta briga exacerbada mas nem tanto entre introvertidos e extrovertidos. 

No entanto ao compararmos o ambivertido com o ambidestro ou com o bissexual  chegamos de novo a um paradoxo mas eu acho que é fácil de se resolvê-lo. Novamente a precisão semântica mostra-se essencial para separar e organizar os nossos pensamentos. Pois bem eu defini o termo bissexual tal como geralmente fazemos em relação ao ambidestro. Em ambos existe a restrita necessidade de que apresentem disposições ou desejos significativos para ambos os seus respectivos lados. O ambidestro é o tipo demograficamente raro que pode escrever perfeitamente com as duas mãos. Também poderíamos falar que aquele que pode usar as duas pernas de maneira igual em funcionalidade também pode ser definido como um ambidestro, só que dos membros inferiores (ainda que a descrição supra-ideal do ambidestro seria, aquele que usa em perfeita igualdade de funcionalidade os dois hemisférios do seu corpo, tanto em relação aos membros inferiores quanto aos superiores).

 O bissexual é todo aquele que sente desejo sexual legítimo tanto pelo mesmo sexo quanto pelo sexo oposto, isto é, que sente excitação pelos dois em intensidades muito parecidas, se não idênticas.

 Qualquer pessoa que não pode escrever com as duas mãos ou chutar com os dois pés ou qualquer outra atividade manual em que se exija grande similaridade de funcionalidade de ambos os lados não pode ser considerada como uma ambidestra típica. Talvez possamos ter uma pessoa que é destra para as mãos mas que é muito melhor para chutar com o pé esquerdo. Esta seria uma espécie de ambidestra atípica. 

O mesmo para a bissexualidade em que a típica se manifestará com base na excitação sexual pelos dois sexos enquanto que a segunda o fará com base na excitação por um dos sexos mas grande tolerância sexual pelo outro. 

Mas e para a ambiversão??

Uns dias atrás eu li pelo próprio inventor do termo que os ambivertidos são a maioria da população...

Faz sentido que a maioria das pessoas sejam mais propensas para algum grau de ambiversão ainda que no final eu ache que isso variará de local e que em países como o Brasil tudo indica que vamos ter um predomínio da extroversão principalmente em alguns estados como o Rio de janeiro e os estados nordestinos. 

No entanto se aplicarmos a mesma lógica que eu usei para o ambidestrismo e para a bissexualidade então perfeitos ambivertidos serão uma minoria se percebemos que as pessoas tendem a caminhar mais para uns dos lados mas de maneiras menos intensas.


 Níveis praticamente iguais de introversão e de extroversão ou ''ambiversão típica'' [atenuação quase perfeita dos dois níveis de intensidade), então, seriam mais raros do que a ''ambiversão atípica''. 

E a omniversão?? 

Então, novamente o ambivertido típico é uma minoria enquanto que ambivertidos atípicos serão bem mais comuns emulando a mesma situação do espectro da dominância manual hemisférica em que os ambidestros atípicos (destro na mão e canhoto no pé, por exemplo) não serão tão raros quanto os ambidestros típicos (ambidestro para as mãos, por exemplo). 

A omniversão pode ser um termo válido se se consiste em uma soma da extroversão e da introversão enquanto que a ambiversão se consiste em uma atenuação ou quase anulação de ambos tendendo o segundo a resultar em grande estabilidade emocional enquanto que o primeiro seria mais uma mistura somática atipicamente ou harmoniosamente bipolar de ambos os níveis de reações.


A omniversão parece relacionar-se com o humor ciclotímico ainda que neste caso estejamos falando mais sobre níveis de sensibilidade à densidade de estímulos que estão presentes no ambiente. Eu especulei que o introvertido sentirá de maneira mais intensa os contrastes do mesmo, por exemplo, se sobrecarregando em ambientes densos, e se tornando bem mais leve em ambientes mais calmos, com menor densidade de informações sensoriais. O extrovertido típico será aquele que sentirá menos os contrastes de densidade sensorial dos ambientes e preferindo por aqueles com maior alvoroço, justamente porque encontrar-se-á necessitado de estimulação, enquanto que o introvertido típico, nomeadamente em ambientes muito carregados, encontrar-se-á necessitado de descarregar a sua mente, se já é mais facilmente estimulado. O ambivertido típico, se este tipo existir, se caracterizaria por uma extrema atenuação dos dois níveis de intensidade mais extremos, justamente por localizar-se bem no meio deste espectro. O ambivertido atípico não se sentiria nem muito nem pouco estimulado, possivelmente resultando em uma grande estabilidade emocional/sensorial. Talvez pudéssemos concluir por agora que o ambivertido atípico será aquele que exibirá os níveis mais altos de resiliência psicológica e até que existirá uma forte correlação entre este tipo e a psicopatia, se estabilidade e frieza emocional tendem a se assemelharem em demasia, com a diferença que a primeira não se relacionará com extrema impulsividade ainda que a segunda também possa se manifestar de maneira mais embotada e menos impulsiva. Pode-se ser extremamente estável sem ser frio, frio porém sem ser impulsivo e frio e impulsivo. A aparente estabilidade do psicopata na verdade exibe uma profunda frieza de sentimentos enquanto que se pode ser muito estável e sem ser frio. O ambivertido atípico parece representar a maioria das populações humanas, algumas vezes puxando mais para a introversão, outras vezes mais para a extroversão. O ambivertido atípico ao contrário do extrovertido que está sempre buscando se estimular, o faz de maneira bem mais esporádica e menos intensa. Ele também não se sente quase sempre acuado ou super-estimulado como o introvertido quando está em ambientes muito densos, mas dependendo da situação ele pode ficar. Percebe-se que o ambivertido é mais reativamente ''racional' porque as suas reações dependem mais das nuances do ambiente, isto é, se consistem em reações secundárias, ainda que se originem de uma condição intrínseca de ambiversão. Um ambivertido pode ficar mais introvertido se, por exemplo, ele for à uma festa com pessoas que nunca viu na vida. O introvertido quase sempre ficará mais acuado em ambientes densos como uma festa. Ele pode até gostar de estar lá, mas ficará saturado em pouco tempo. Um ambivertido pode ficar mais solto ou extrovertido também dependendo das variáveis, enquanto que a necessidade de maior estimulação parece estar no automático (ação primária) para o extrovertido.

O omnivertido talvez seja justamente aquele que eu e pelo que parece muitas outras pessoas tem chamado equivocadamente (ou não) de ''ambivertido criativo'', especialmente depois que o famoso psicólogo húngaro Mihaly Csikszentmihalyi analisou e compilou as características de personalidade de algumas das figuras mais eminentes da história humana e concluiu que praticamente todos eles apresentavam contrastes de temperamento e de personalidade. 

Enquanto que o ambivertido atípico (psicologicamente saudáveis) podem ser denominados de ''super-normais'', o omnivertido típico seria o seu quase oposto especialmente em algumas facetas. Assim como o ambivertido o omnivertido também tende a ser mais subconscientemente cirúrgico em suas reações do que os introvertidos e os extrovertidos, mas também tende a sentir a densidade do tamanho, não apenas como um introvertido típico, mas muitas vezes de modo até mais intenso. E também pode sentir grande necessidade de estimulação, como um típico extrovertido. 

Portanto como conclusão redundante eu me achei na possibilidade de diferenciar o ambivertido do omnivertido (onivertido), novamente, mostrando que o primeiro se consiste na ''maioria normal'', menos extrema para um dos níveis mais intensos de reação, enquanto que seria o omnivertido que representaria o arquétipo do mais criativo, que também apresenta um forte estado de ambiversão, só que se manifestaria de modo mais intenso. Ao invés de uma atenuação ou meio-termo entre os extremos, ''se consistiria'' na soma dos níveis e até poderia concluir de modo mais selvagem que a omniversão se consista em um estado superior de auto-consciência, que teoricamente falando, seria o próximo estado evolutivo do ser humano em termos intelectuais e existenciais, por ser uma espécie de estado de completude perceptiva e sensitiva. 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Eu percebo em mim que quando eu estou pensando muito eu me torno mais introvertido do que quando eu não estou [ e portanto, agindo mais do que pensando]


Resultado de imagem para eu eu mesmo e irene

fonte: cineclick

Eu, eu mesmo...

Em minha primeira infância eu fui muito mais extrovertido, mais impulsivamente ativo do que no resto de minha nada mole vida até agora. Eu já comentei que mudanças na situação financeira, de status da minha família e de cidade, me afetaram de maneira significativa. No entanto eu não acredito que isso tenha me moldado tão profundamente assim, como se eu já não tivesse nascido com esta disposição de reação, porque afinal de contas, o meu irmão do meio parece que passou muito bem por esta fase de transição e de novos desafios. No entanto, o comportamento não é apenas o comportar mas também o reagir e se as coisas não se mostrarem fáceis pra você então tenderá a desenvolver meios de defesa, de proteção contra um ambiente mais complicado. Todos nós temos esta paleta de ''cores comportamentais'' à disposição, e todos nós temos as ''cores comportamentais preferidas'', que mais usamos. Em condições de ''descanso comportamental'', pelo que parece, partimos de um ''zero quase absoluto'', de relaxamento ou mesmo de inércia, e a partir daí que nossas intensidades ou ''velocidades'' bem como também as qualidades dessas reações passarão a se desdobrar como respostas reativas protetivas ou receptivas. Temos ''as duas'' praticamente. O meu exemplo pessoal mostra que duas pessoas, da mesma família, que passam por situações parecidas, reagem de maneiras distintas às mesmas, até mesmo porque além de já se diferenciarem, de maneira mais intrínseca, elas também podem passar por diferentes desafios, como aconteceu no meu caso e do meu irmão do meio [e também que pessoas diferentes também tendem a atrair diferentes situações, mesmo for em um ambiente comum, até mesmo porque se você for um outsider então terá muito menos pessoas para fazer amizades além da percepção de ''impopularidade'' por parte dos demais, enfim, praticamente uma tendência de ''efeito avalanche'' ou ímã de situações que requerem maior protecionismo ou cautela do que recepção positiva). 


Pensar demais pode te fazer artificial no comportamento [ e eu já comentei também sobre outro efeito colateral do ''excesso' de pensamento = gagueira ] mas também mais perceptivo e racional.

Extrovertidos tendem a ser superficiais no pensamento e autênticos/automáticos no comportamento...

Introvertidos tendem a ser profundos/autênticos no pensamento e artificiais/manuais no comportamento...

Pensar de menos te faz mais autêntico, sem truques pré- decorados ou neuroses sobre como se comportar, sendo você mesmo, mesmo em relação aos seus possíveis defeitos naturalmente disponíveis de conduta comportamental.


Em minha possível condição como um omnivertido eu tenho percebido que quando não estou pensando muito eu me torno muito mais emocionalmente relaxado e até mesmo menos introvertido do que quando eu estou pensando muito [especialmente se for de maneira mais auto-neurótica], ainda que nesta fase, que tem sido constante pra mim, eu também me sinta mais intelectualmente realizado e feliz do que quando eu não estou pensando muito e consequentemente agindo mais, pois nesta outra fase, eu me encontro bem menos autoconsciente ou auto-ciente, menos conscientemente auto-centrado, também em relação aos meus próprios pensamentos, ideias, impressões... No mais eu vejo que eu até consigo atingir a um nível normal de extroversão, mas que não vem de maneira natural.


Com pessoas muito queridas, que são raras, eu me torno até bastante extrovertido [eu já comentei sobre isso, quanto à ''extroversão particularista'' do introvertido]. Em compensação com pessoas estranhas, em termos de familiaridade, e/ou de similaridade/empatia o exato oposto é o mais provável de ser.

Imaginemos analogamente os diferentes gostos ou sensações que os alimentos podem nos causar, desde o doce, passando pelo cítrico, até chegar ao azedo e por fim à sensação mais desagradável que os nossos sentidos podem nos proporcionar. Algo parecido, contínuo às sensações simples e portanto mais complexo, acontece conosco em relação às pessoas [, situações, assuntos, etc], em que algumas mais se parecerão com doces, enquanto que outras serão mais azedas, até aquelas que praticamente serão intragáveis pra nós. 

É aquela velha máxima: piloto automático/instintivo (mais extrovertido) versus piloto manual/reflexivo/questionador (mais introvertido)

E quando temos mais consciência/conhecimento sobre nós mesmos, sobre os nossos comportamentos, também podemos fazê-lo em relação aos nossos pensamentos. É como se de fato começássemos a aprender como que funcionam as coisas, ''do/see it yourself'', ao invés de confiar cegamente apenas em nossas habilidades instintivas mais convergentes. É basicamente como se, apesar de sabermos como andar de bicicleta (hipoteticamente é claro), voltássemos a ver cada etapa, cada mecanismo desta atividade, para entendermos como que sabemos fazer isso; ver o funcionamento do próprio mecanismo ou o mecanismo do próprio funcionamento [o mecanismo do mecanismo]

A omniversão também pode ser compreendida como o despertar mais profundo da auto-consciência ao invés de ''apenas' vivenciar níveis mais altos da mesma, sem qualidade e/ou direcionamento, como geralmente acontece com o introvertido médio. A omniversão/oniversão seria a completude do homem em sua capacidade perceptiva. 

A partir disso novamente podemos concluir que, introversão, ambiversão//omniversão e extroversão se consistem em estados ou níveis [em ordem decrescente] de intensidade sensorialmente perceptiva, tal como se todos pertencessem, metaforicamente falando, à mesma cor [ ''azul'' ] e se diferenciassem apenas na tonalidade da mesma.   E que pode ser possível de se concluir que a introversão se consista em uma reação protetiva à uma atividade mental mais intensa e que a extroversão por sua vez pode ser definida como uma reação receptiva à uma atividade mental menos intensa.

 Eu posso estar errado* Absolutamente, mas esta tem sido a minha impressão, especialmente em relação ao meu comportamento, quando estou mais comportamentalmente intuitivo, instintivo, e portanto re-pensando menos as minhas ações, a minha gagueira residual é mais provável de cessar,  e eu sou mais provável de fluir, mesmo ao ponto de um estado mais caracteristicamente extrovertido.

Um desafio:

Um introvertido pode se tornar mais extrovertido se "deixar a vida o levar"?? Evitando o hábito de pensar muito sobre tudo??


E um típico extrovertido pode se tornar mais pensante e menos comportamentalmente impulsivo se começar a forçar o seu cérebro um pouco mais??


domingo, 19 de fevereiro de 2017

Introversão, ambiversão/omniversão e extroversão... níveis de instintividade*

Por ser ou por estar mais introvertido, ainda que acredite que seja mais ''omnivertido'', eu sou mais negativamente tendencioso com os extrovertidos, mas isso necessariamente não é uma coisa ruim porque de fato, quando estamos mais tendenciosos quanto aos nossos ''desafetos'' tendemos a ser bons para perceber os seus defeitos... e claro que, piores para perceber as suas qualidades e como consequência para julgá-los de maneira completa ou correta [bem como também para apontar os nossos próprios defeitos)

Partindo desta lógica eu intuo que devo ser bom para perceber e compilar os defeitos dos extrovertidos, ainda que como de costume para todos nós, eu tenha que fazer maior esforço para encontrar as suas qualidades. No mais vamos a mais um de meus devaneios pretensamente precisos. 

O espectro de temperamento reativo à percepção [sensorial], basicamente o popular ''introversão-ambiversão [omniversão]- extroversão'' parece revelar algo mais além de si mesmo, porque eu tenho comigo que os extrovertidos, por causa de suas menores percepções ou profundidade de percepção sensorial serão também mais propensos à impulsividade comportamental e por sua vez revela algo mais sobre os seus níveis de instintividade ou de comportamento não-reflexivo.

Se a extroversão ''faz as pessoas'' agirem mais/com maior frequência sem antes ter pensado de maneira analítica, crítica, vulgo ''reflexiva'', então parece haver uma relação forte da mesma com níveis mais altos de instintividade. E no último texto que acabei de publicar percebe-se que quanto maior extroversão maiores serão as tendências impulsivas no comportamento, se o instinto não é apenas sinal de maior tendência para a violência mas também para o simples agir-''sem-pensar'' ou ''ação/pensamento simultâneos''.

E ponto final.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Os meios dos espectros é onde vive a "zona morta" de anulação mútua dos extremos e onde vive a ''zona viva'' onde ocorre a soma dos mesmos

No meio de um espectro de intensidade (como todos são) ocorre no mesmo lugar mas em dimensões ou níveis distintos o oposto: A anulação (-1 + 1) invariavelmente predominante da intensidade ou estabilização e também a soma (1+1 ... yesss) dos opostos ou extremos do espectro resultando em um novo nível qualitativo e quantitativo de intensidade, que comunga com os extremos mas que também pende à estabilização.

Os exemplos da ambiversão ou anulação dos extremos: introversão e extroversão e da omniversão ou soma desses extremos. 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

A possível diferença entre ambivertido e omnivertido e a extroversão inter-impessoal

Introvertidos se sobrecarregam fácil em ambientes mais densos, especialmente de pessoas.

Extrovertidos se sobrecarregam menos e tendem a se sentirem mais estimulados para ''fazer as coisas'', nomeadamente as de caráter social.

Os ambivertidos, até então tem sido entendidos como aqueles que são um pouco dos dois [ e talvez não esteja de todo errado ]


Só que eu acho que este entendimento não tem sido muito factual ou correto porque afinal de contas você não pode se sobrecarregar muito e pouco ao mesmo tempo, só se for meio bipolar neste sentido (será que isso existe* um ''bi-vertido''*)

No mais, todos nós somos um pouco introvertidos e extrovertidos, sendo que os mais extrovertidos e especialmente os mais introvertidos tendem a ser menos comuns. Eles não são super raros, mas também não são a maioria. É claro que em países como o Brasil, os extrovertidos serão mais comuns do que em países como o Japão, mas também que, super-introvertidos e super-extrovertidos [especialmente] ainda não serão igualmente muito comuns mesmo no segundo país.

Tal como temos os ''menos inteligentes'', medianos e ''mais inteligentes'' [para certa particularidade ou particularidades], nós também vamos ter um espectro de intensidade de reação sensorial. 

Os introvertidos são os mais intensos neste quesito e por isso que são fortemente propensos a se tornarem mais reclusos. 

Os extrovertidos são os menos intensos e por isso que se tornam mais sociais ou ativos, porque precisam de mais estímulo, e este espectro de personalidade é totalmente comparável à capacidade de absorção da luz solar de acordo com o espectro da cor da pele, em que a pele muito branca absorverá muito mais rapidamente a luz solar do que a pele muito escura, que precisa de mais tempo para fazer o mesmo.  

A pele muito branca absorve mais rápido e se não sair do sol é muito provável que queimará = introversão, precisa de menos tempo.

A pele muito escura demora mais tempo para queimar/ ou para esquentar demais = extroversão, precisa de mais tempo.

O ambivertido é o que está a meio caminho entre os dois, e portanto pode-se dizer que seja intermediário, pois não se sobrecarrega tanto como o introvertido mas também não se sub-carrega tanto como o extrovertido. 

O omnivertido, logo acima do ambivertido, estaria a um nível totalmente superior/outra escala de intensidade sensorial para interagir e sentir o mundo, a realidade, porque ele apresenta as características de ambos, introvertido e extrovertido, e de modo complementar e somático. Como assim**

O omnivertido se sobrecarrega muito mais facilmente por suas interações, assim como acontece com o introvertido, MAS de alguma maneira ele também sente a necessidade de mais estimulação, só que de maneira mais introspectiva do que interpessoalmente extrospectiva como geralmente é o caso do extrovertido.

Claro, pura especulação.

O termo omni em latim significa ''todo'', e neste caso quer indicar que, ao invés de se consistir em um meio-termo entre a introversão e a extroversão ou ambiversão, o omnivertido se consistirá na soma dos dois, resultando tanto na introversão quanto na extroversão. 

O ambivertido seria, em média, o típico normal, amalgamado, não muito intenso nem para um lado nem para o outro, e mais emocionalmente estável. 

Engraçado que alguns estudos até descobriram algumas vantagens [teoricamente óbvias] deste nível intermediário de intensidade sensorial.

E o omnivertido teria, especuladamente falando, uma grande porém intensa tendência à estabilidade mas também à instabilidade emocional, tal como uma espécie de traço de ''personalidade 'completa' '', pois seria sobrecarregado de informações sensoriais/padrões como o introvertido, mas sem com isso buscar apenas descarregá-las, porque assim como o extrovertido ele também seria extrospectivamente super-estimulado, só que não apenas em relação à pessoas ou social, ou especialmente, ''omnivertidamente estimulado'', capturando o estímulo ou informação exterior, analisando, criticando, comparando intuitiva e deliberadamente.

O omnivertido, se for real, casaria perfeitamente com o perfil dos tipos mais criativos, até mesmo ao ponto de descrevê-los, porque se sobrecarregam de informações/estímulos sensoriais como os introvertidos e no entanto são super-estimulados, como os extrovertidos, só que de modo introspectivo, isto é, o estímulo o faz se tornar ativo em relação aos seus próprios pensamentos e ideias, assim como também para internalizar mais informações, por causa de seu 'filtro' mais relaxado.

Então o omnivertido usaria os dois modos alternadamente de introversão e extroversão, enquanto que o ambivertido (ou talvez nós precisássemos prover outro termo a este tipo] também o faria mas de modo menos intenso, em um nível muito mais baixo de intensidade, tal como se introversão e extroversão quase chegassem a se anular no meio do espectro, enquanto que no caso do omnivertido o oposto aconteceria pois ambos se somariam, incrementando a intensidade.


Extroversão/introversão, introspectiva/extrospectiva inter-impessoal/pessoal ou omniversão  

;)