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quinta-feira, 30 de maio de 2024

Sobre o mais importante da personalidade/About the most important thing about personality

 É sobre quem somos, mas também sobre como temos reagido ou nos adaptado aos ambientes em que temos vivido, eu diria mais, especialmente como temos reagido aos outros. De que existe uma parte essencial da personalidade e uma outra parte que é uma resposta reagente, adaptativa e específica a um meio (de novo, geralmente significa "os outros"). No meu próprio exemplo, a minha timidez, que também é parte de quem eu sou, mas mais como o resultado das minhas respostas adaptativas e reativas aos "ambientes sociais" em que tenho vivido, do que uma parte essencial da minha personalidade, à qual expressamos com mais liberdade quando estamos sozinhos ou mais relaxados (ou menos reativos/influenciáveis às interações com os outros). No entanto, a minha timidez, apesar de ser uma resposta ao meio, também é uma predisposição do meu temperamento ou personalidade. Só acredito que não corresponda à essência de quem eu sou e/ou o meu todo, se com as pessoas/seres às quais apresento maior intimidade e comigo mesmo, não tenho maiores pudores, preocupações ou inseguranças. Também pode ser possível de se dizer que os nossos próprios traços de personalidade expressam, tanto sobre quem somos, essencialmente, quanto sobre como temos reagido aos "ambientes" (pessoas) em que transitamos e, vezes, podem refletir de maneira absoluta, não apenas nós mesmos, nossas reações, mas também o estado de coisas do meio em que estamos. Por exemplo, uma pessoa com disposição percebida para um temperamento mais neurótico apresentando uma expressão máxima dessa disposição também por causa do meio familiar ou social problemático (hostil) em que tem vivido (mas mesmo no caso de uma pessoa relativamente menos expressiva nessa tendência, também pode ter essas reações). 


It's about who we are, but also about how we have reacted or adapted to the environments in which we have lived, I would say more, especially how we have reacted to others. That there is an essential part of the personality and another part that is a reactive, adaptive and specific response to an environment (again, usually meaning "the others"). In my own example, my shyness, which is also part of who I am, but more as the result of my adaptive and reactive responses to the "social environments" in which I have lived, rather than an essential part of my personality, to which we express more freely when we are alone or more relaxed (or less reactive/influenced by interactions with others). However, my shyness, despite being a response to the environment, is also a predisposition of my temperament or personality. I just believe that it does not correspond to the essence of who I am and/or my whole self, if with the people/beings to whom I am more intimate and with myself, I have no greater modesty, concerns or insecurities. It may also be possible to say that our own personality traits express both who we are, essentially, and how we have reacted to the "environments" (people) in which we move and, sometimes, they can reflect in an absolute way, not just ourselves, our reactions, but also the state of things in the environment in which we are. For example, a person with a perceived disposition towards a more neurotic temperament presenting a maximum expression of this disposition also because of the problematic (hostile) family or social environment in which he or she has lived (but even in the case of a person relatively less expressive of this tendency, also may have these reactions).

sexta-feira, 12 de abril de 2024

A depressão silenciosa do mais consciencioso/The silent depression of the most conscientious

 Não é uma generalização, mas acredito que possa ser uma tendência comum entre aqueles indivíduos que tendem a ser mais honestos, educados e cumpridores da lei...



A metáfora da fortaleza e quando a resiliência se torna uma prisão 


O mais consciencioso, além dos atributos relacionados acima, também tende a ser um tipo muito resiliente, que suporta as dores e enfrenta os desafios da vida sem reclamar, com estoicismo. No entanto, o que pode ser metaforicamente considerado uma fortaleza física e mental, quando se depara com um cenário em que há um predomínio de incertezas, dificuldades e fracassos, ao invés de avanços bem sucedidos aos objetivos estabelecidos ou desejados, pode se fechar dentro de si mesmo e passar a se comportar como um prisioneiro, inacessível aos outros, uma prisão em que os sentimentos mais duros são represados, enfraquecendo suas estruturas ao longo do tempo, enquanto que, por fora, parece resistente e distante. Então, depois de um bom tempo nessa situação, de repente, a fortaleza começa a desmoronar, muitas vezes, sem ninguém ter achado, antes, que isso poderia acontecer. 

Pois eu sou testemunha de dois casos de indivíduos muito conscienciosos que represaram suas emoções e fragilidades dentro de suas fortalezas aparentes de resiliência por um longo período até ao momento em que não conseguiram mais mantê-las mediante as circunstâncias e, mais especificamente, compromissos ou desafios que postergaram por anos. São eles, um grande amigo, que cometeu suicídio em 2022, e o meu pai querido, falecido em 2023, ambos homenageados em vários poemas e textos de minha autoria. 

O mais consciencioso, que tende a ser um tipo mais fleumático, de acordo com o modelo de personalidade dos quatro temperamentos (que considero cientificamente válido, mas não a teoria humoral de onde deriva), além de não ser do tipo mais emocionalmente expressivo, também tende a ser mais perfeccionista, aumentando a sua vulnerabilidade de desenvolver depressão grave. Portanto, até mesmo um traço de personalidade que tende a funcionar como uma proteção ao risco de desenvolver certos transtornos, pode ter o efeito contrário quando essa mesma proteção se transforma em uma prisão inacessível aos outros, uma prisão solitária de sofrimentos e sentimentos reprimidos. Isso também depende da composição ou hierarquia de influência de traços de personalidade para que um traço possa apresentar um efeito mais protetivo ou um maior risco. Por isso que não é coincidência que esse tipo de depressão grave pareça afetar mais homens que mulheres, mediante a presença do traço de menor expressividade emotiva, típico no sexo masculino, e que pode resultar na aparência de maior resiliência.


The silent depression of the most conscientious

It's not a generalization, but I believe it could be a common trend among those individuals who tend to be more honest, polite and law-abiding...


The fortress metaphor and when resilience becomes a prison


The most conscientious, in addition to the attributes listed above, also tends to be a very resilient type, who endures pain and faces life's challenges without complaining, with stoicism. However, what can be metaphorically considered a physical and mental fortress, when faced with a scenario in which there is a predominance of uncertainties, difficulties and failures, instead of successful advances towards established or desired objectives, can close within yourself and start to behave like a prisoner, inaccessible to others, a prison in which the hardest feelings are dammed, weakening its structures over time, while, on the outside, it appears resistant and distant. So, after a long time in this situation, suddenly, the fortress begins to collapse, often without anyone having thought before that this could happen.

Because I am witness to two cases of very conscientious individuals who contained their emotions and weaknesses within their apparent strengths of resilience for a long period until the moment they were no longer able to maintain them under circumstances and, more specifically, commitments or challenges that they postponed for years. They are, a great friend, who committed suicide in 2022, and my dear father, who passed away in 2023, both honored in several poems and texts written by me.

The most conscientious, which tends to be a more phlegmatic type, according to the four temperaments personality model (which I consider scientifically valid, but not the humoral theory from which it derives), in addition to not being the most emotionally expressive type, also tends to be more perfectionist, increasing their vulnerability to developing severe depression. Therefore, even a personality trait that tends to function as a protection against the risk of developing certain disorders can have the opposite effect when this same protection becomes a prison inaccessible to others, a solitary prison of suffering and repressed feelings. This also depends on the composition or hierarchy of influence of personality traits so that a trait may present a more protective effect or a greater risk. Therefore, it is no coincidence that this type of severe depression seems to affect more men than women, due to the presence of the trait of less emotional expressiveness, typical in males, and which can result in the appearance of greater resilience.

quinta-feira, 7 de março de 2024

Sobre meio, criação e personalidade/caráter//About environment, creation and personality/character

 Eu não acredito que o meio, incluindo a criação dada pelos pais, seja o principal fator no desenvolvimento (ou constituição) da personalidade e, portanto, do caráter, por acreditar que aconteça paralela e independentemente. Mas eu acredito que a criação pode ou costuma ter um efeito mais pronunciado na dinâmica familiar, assim como o meio, de maneira geral, que também influencia na dinâmica social, de modo que, o comportamento de uma pessoa pode ser variavelmente mediado por outras pessoas, leis, estruturas ou circunstâncias de contato. Mas tudo também depende das próprias inclinações intrínsecas da pessoa, reiterando a minha defesa heterodoxa pelo determinismo biológico, de que nenhuma mudança de comportamento acontece sem que exista uma disposição intrínseca que a favoreça.


 About environment, creation and personality/character


  I do not believe that the environment, including parental upbringing, is the main factor in the development (or constitution) of personality and, therefore, character, as I believe that it happens parallel and independently. But I believe that upbringing can or usually has a more pronounced effect on family dynamics, as well as the environment, in general, which also influences social dynamics, so that a person's behavior can be variably mediated by other people. , laws, structures or circumstances of interaction. But everything also depends on the person's own intrinsic inclinations, reiterating my heterodox defense of biological determinism, that no change in behavior happens without there being an intrinsic disposition that favors it.

sábado, 15 de julho de 2023

Sobre testes de personalidade...

 ... e testes psicométricos, de maneira geral


A priori, apenas uma impressão e que pode ser ignorante também, até porque nunca fiz testes reais de QI ou de personalidade aplicados por profissionais. Então, parece que, para a maioria deles as questões são quantificadas de maneira igual, com o mesmo valor. Só que talvez fosse melhor se dessem valores mais altos às questões de maior relevância, por exemplo, as que são mais críticas para um diagnóstico primário de transtorno mental ou condição neurológica, como o autismo. Assim, eu acredito que aumentaria a precisão desses testes. 

Já quanto aos testes de QI, dar valores mais altos às questões mais difíceis de cada teste* (?) ou então para as que avaliam aspectos mais centrais de cada capacidade. Por exemplo, dar valores mais altos para as questões de interpretação de texto do que para as de analogia de palavras ( sinônimos, antônimos...) e conhecimento de palavras (tamanho do vocabulário), se as primeiras são mais abrangentes e necessárias no mundo real. 

* Eu acho que me daria mal se essa proposta fosse adotada hahaha =_=

domingo, 2 de julho de 2023

Sobre a diversidade individual e combinatória de perfis de personalidade

"Introvertidos" 


Não são todos iguais. Na verdade, é esperado que exista uma grande variação de tipos dentro de um mesmo grupo. Por exemplo, entre os que são primariamente introvertidos, têm os que são mais conscienciosos (obedientes, disciplinados, motivados...), os que são mais abertos às experiências (imaginativos, introspectivos, curiosos), os que são mais neuróticos (coléricos, melancólicos, ansiosos...), os que são mais agradáveis (simpáticos, empáticos...) e os que são menos agradáveis (antagonistas, coléricos...). E não bastasse essa diferença, também tem a variação de como esses traços se organizam em ordem de importância ou influência no comportamento habitual do indivíduo. Por exemplo, um introvertido que é mais consciencioso, mas também aberto às experiências (geralmente específicas), tende a se diferir de um introvertido-consciencioso que tem como "terceiro traço de personalidade mais influente" a agradabilidade. Além dessas diversidades, também tem uma espécie de sub-variação entre os traços psicológicos, se os mais influentes são muito mais influentes que os menos ou se as diferenças entre eles não são grandes. Por exemplo, se um introvertido consciencioso expressa com frequência e intensidade parecidas essas disposições ou se a sua introversão é bem mais dominante que a sua conscienciosidade. 


Acabou??


Não, porque dentro de cada traço de personalidade, parece que, independente do modelo que estiver adotando, existe a sua própria complexidade que pode complicar um pouco mais na categorização de pessoas//indivíduos e grupos. O meu exemplo, que sempre "pontuei" baixo em conscienciosidade e na média em agradabilidade em testes de personalidade, mas definitivamente não sou um sujeito desonesto, sendo a honestidade uma característica implícita e comumente atribuída a esse traço. Portanto, eu posso ser, de fato ou primariamente, não muito disciplinado, motivado e obediente, mas em relação a ser honesto, é improvável de ser menos que a média e concluo até com certo pesar...


Em relação à agradabilidade, eu definitivamente não me vejo como "menos empático" que a média, até por ser tímido, sinto que sou bem mais preocupado com a opinião e com os outros, de maneira geral, e isso tende a implicar em uma maior empatia. Mas em outros aspectos típicos desse traço, eu sou conclusivamente o oposto, tal como a minha tendência de antagonizar ao invés de concordar com as pessoas. Só que é importante enfatizar que eu gostaria de concordar mais e, portanto, quando antagonizo, faço consciente de que, para ter um bom convívio, eu deveria concordar mais, mesmo se internamente tiver uma opinião diferente. Pois o que me faz entrar em conflitos com os outros é a minha busca pela verdade objetiva, uma característica importante da racionalidade, que se desenvolveu muito nos últimos anos.


Não preciso entrar em maiores detalhes sobre a influência variável que o meio costuma ter sobre a expressão dos nossos traços de personalidade, em alguns casos mais intensa do que em outros. 



Por exemplo, se eu sou ou estou mais neurótico, isso também se deve às minhas experiências de vida e às conclusões que tenho chegado sobre os ambientes em que existo. Uma predisposição à preocupação e ao estresse que foi exacerbada pelo meio. 


Agora sim, né???


Não. 


Um dos grandes problemas da psicologia/psiquiatria é uma aparente incapacidade de abordar a mente e o comportamento humanos em múltiplas perspectivas. Como resultado, julgamentos de natureza unilateral costumam ser a regra, tal como, novamente o meu caso, de se afirmar que eu sou pouco motivado e disciplinado ou que são assim todos os indivíduos com "baixa pontuação" nesse traço nos testes do modelo de personalidade proposto (5 grandes). Pois isso depende bastante de, para onde estiver direcionando a sua atenção. Se ao menos em relação aos meus textos, ao meu ofício não-oficial de escritor, eu sou ou estou muito motivado...

domingo, 28 de maio de 2023

Personalidades generalista e exótica

 A primeira é mais propensa a ser do tipo tradicional ou convencional: extrovertida, baixa em neuroticismo e abertura para a experiência, e alta em conscienciosidade, de acordo com o modelo dos 5 grande. 


Em relação aos quatro temperamentos, seria mais para sanguínea e/ou fleumática.

É aquela que é capaz de se adaptar a qualquer ambiente social.

Já a segunda é mais propensa a ser do tipo excêntrico ou exótico: mais para introvertido, alto em neuroticismo e abertura para a experiência e variável em conscienciosidade. 

Em relação aos quatro temperamentos, seria mais para melancólica.

Esse é o tipo que apresenta preferências mais específicas de ambientes sociais, incluindo indivíduos, para se adaptar de maneira mais plena. Portanto, um tipo mais exótico. 

quarta-feira, 17 de maio de 2023

A personalidade, assim como a sexualidade, não é exatamente uma preferência...

 ... mas uma orientação. Tal como no caso da introversão, que não se trata apenas de preferir ou escolher conviver com poucas pessoas, conhecidas e selecionadas ou em ambientes mais calmos e sim uma necessidade praticamente fisiológica, neuro ou psicológica, visando o próprio conforto pessoal. 

segunda-feira, 20 de março de 2023

São os estadunidenses do sul, em média, mais 'agradáveis' ???

 Aqueles que moram no sul dos EUA, em média, "pontuaram" mais alto no traço "agradabilidade", em pesquisas comparativas de geografia e tendências de comportamento e com base no modelo de personalidade do "cinco grande", considerado o mais cientificamente válido. 


Pois vejamos como que esse traço está caracterizado:

"As pessoas que são “agradáveis” visam a harmonia social, sendo gentis e atenciosas, e estão dispostas a fazer concessões em seus objetivos. As pessoas “desagradáveis” têm uma visão menos otimista e menos cooperativa dos outros, dando precedência ao interesse próprio. São mais competitivos e argumentativos..."

Agora, vejamos, rapidamente, onde que esse traço parece ser mais comum por lá, segundo as pesquisas:

"A presença de amabilidade/agradabilidade é mais pronunciada no Sul (Louisiana à Carolina do Norte, com zonas mais quentes e mais frias em Arkansas, Kentucky, Tennessee e Flórida). Um segundo aglomerado importante foi encontrado em Minnesota e nas Dakotas. O azul escuro do desagrado paira mais pesado sobre os estados ocidentais, de Montana ao Novo México e de Nevada às metades ocidentais do Kansas e Oklahoma. Há um epicentro de rabugice adicional na Nova Inglaterra."





Então, faz sentido que a região dos EUA com a maior porcentagem de "indivíduos mais agradáveis" ou "mais amáveis" seja também a região com a maior porcentagem de "conservadores tradicionais", isto é, de pessoas que tendem a ser classicamente racistas, homofóbicas, misóginas, do tipo que adora capitalismo, armas e bíblia??? E o oposto para algumas das regiões mais politicamente progressistas (como a Nova Inglaterra)???

É importante ressaltar que, segundo um outro estudo, conservadores tradicionais tendem a pontuar mais alto, especificamente, em um componente desse traço da agradabilidade, que é a "educação" ou "polidez"... ok... 

Mas, nesse mesmo estudo, indivíduos autodeclarados progressistas pontuaram mais alto em outro componente deste traço, a compaixão, e que, na minha opinião, é mais central ao traço em si, além de ser até fácil de perceber tanto pelas diferenças nas políticas defendidas por esquerdas e direitas quanto pelos comportamentos médios de progressistas e conservadores em que, se percebe uma desproporção de indivíduos muito egoístas no segundo grupo.


Mas, será que esses estudos de personalidade se baseiam mais em como que as pessoas se identificam ou respondem questionários do que como elas realmente são??? 

Será que as pessoas realmente agradáveis são menos propensas a se pensar como mais agradáveis que os outros?? 

Bem, um país em que parecem existir muitas delas, o Japão, existe um hábito cultural ou enraizado de se evitar auto elogios, preferindo até pela auto depreciação ...

Ainda sobre um dos estudos citados, de que autodeclarados "conservadores tradicionais" pontuaram mais alto em "educação" ou polidez, um dos componentes da agradabilidade..

Mas de que tipo de "educação" estamos falando aqui?? Porque existe a educação no sentido de discrição e etiqueta e aquela que se centraliza justamente no respeito e na empatia ao outro e, consequentemente, na compaixão. 

(O mesmo questionamento sobre auto definição e realidade também deve ser feito em relação aos autodeclarados progressistas. Afinal, são mesmo, em média, mais empáticos na prática ou apenas no discurso sobre si mesmos??)

sábado, 11 de março de 2023

Curtos e uns nem tanto

 Depois de muito conjeturar e refletir, eu cheguei à profunda conclusão de que, sou praticamente um gato no cio, porque só penso em comer, dormir, trepar e tretar.


Sobre a própria consciência:

Tudo o que podemos sentir e perceber se deve primordialmente ao fato de a vida ter surgido de uma combinação de elementos químicos terrestres, de ser um espelho do planeta de onde surgiu e mais especificamente do ambiente em que surgiu

Não sei se seria equivocado dizer que a vida é um aprisionamento daquela combustão química dos primórdios da Terra que a gerou.

"Espíritos de porco" sempre comemoram vitórias falsas ou imerecidas como se fossem vitórias verdadeiras.

Homens "fortes" fazem péssimos governantes, mas se saem melhores como desbravadores (desde quem bem encoleirados).

Novamente sobre o paradoxo da racionalidade: 

Se a racionalidade é o viés do anti-viés, então, também é a parcialidade da imparcialidade.

Fidelidade não é o mesmo que monogamia: 

Se ser infiel é mentir ou enganar, porque em um relacionamento aberto ter uma relação com outra pessoa não é infidelidade. 

A inteligência, especialmente a humana, é mais sobre compreender contextos do que estocar informações. A memorização, ainda que muito importante, é mais como um suporte para o pensamento e a decisão, se não basta acumular informações se não for para usá-las em algum proveito, sem saber do que se tratam e de como usá-las.

O problema não é a dependência de uma pessoa em relação à outra, mas o abuso que essa relação pode resultar.

Um novo conceito: existencialidade

Capacidade (unicamente humana) de refletir sobre a própria existência. 

A personalidade é um conjunto de padrões reativos de comportamento:

Pode até ser denominada de ''reatividade comportamental''.

"A inteligência é a capacidade de adaptação.”

Para muitos dos seres humanos mais inteligentes, a inteligência é principalmente a capacidade de compreender/saber e que ainda pode ajudá-los a maximizar suas capacidades adaptativas.

Se a sociedade fosse controlada por cientistas, seria completamente diferente destas sociedades em que vivemos, que estão sob o domínio do dinheiro e da burocracia, e que também não seria idêntica se tivesse como elite principal uma junta seleta de filósofos 

O animal tem consciência do que precisa fazer. Mas não tem consciência do que está fazendo

domingo, 26 de fevereiro de 2023

Sobre o nível concordância de fenótipo e personalidade/comportamento entre pais e filhos (biológicos)

 Então, filhos que se parecem com os seus pais em fenótipo físico também tendem a apresentar grandes semelhanças de personalidade?? 


Provável que sim. 

Inclusive, acredito que todos nós conhecemos alguém que se parece muito com um de seus pais, não apenas em aparência física, mas também em personalidade ou comportamento.

Eu mesmo conheço um caso marcante na minha família, de uma prima de fenótipo racial misto, que teve 3 filhos com 3 homens diferentes. Pois a filha mais nova dela é de um relacionamento com um homem branco do sul. A menina é praticamente a cara do pai (só a sua pele que é mais escura), e também em temperamento (mais soturno), se sua personalidade definitivamente não é igual à de sua mãe. 

Como se costuma dizer, de brincadeira: "ela só emprestou o útero".

Casos  como esse em que o filho ou a filha nasce com "a cara" de um dos pais biológicos e ainda por cima "puxa" sua personalidade é comum ou não?? 

Eu acho que, mesmo se for encontrado de não ser comum, é uma demonstração interessante de hereditariedade mais direta ou unilateral de traços físicos e de comportamento.

Mas será que esse tipo de correspondência também acontece em outros cenários?? Por exemplo, filhos biológicos que apresentam uma aparência física mais misturada dos seus progenitores exibindo uma mistura parecida em relação às suas personalidades...

Eu sempre achei que fosse uma mistura dos meus pais em aparência e temperamento, que o meu irmão do meio puxou mais o meu pai e o mais velho mais a minha mãe ou a família dela...

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Você tem uma "personalidade inteligente"??

 Você gosta de pensar e debater sobre ideias, teorias e/ou hipóteses?? Você costuma ter ideias e pensamentos interessantes?? 


Você é mais introspectivo?? Mais imaginativo?? Mais atento ou perceptivo ao que acontece em seu redor?? 

Você não concebe o conhecimento apenas como um meio para ganhar mais dinheiro e nem mesmo o tem como finalidade para o seu aprendizado, mas principalmente para entretenimento pessoal??
Você se interessa por ciência e/ou filosofia?? 

Você tem um gosto artístico mais sofisticado?? Você tende a desprezar o que se considera como entretenimento barato?? 

Você tende a se interessar por política?? Você tem ou acredita que desenvolveu seu senso crítico e/ou sua consciência social?? 

Então, é provável que você tenha uma personalidade inteligente. 

Considerações:

Pois apesar de haver uma correlação lógica entre ter uma personalidade inteligente e maiores capacidades cognitivas, não é todo indivíduo de "alto QI" que a tem, integralmente, e o mesmo para os indivíduos de intelecto mediano e abaixo da média, até porque, como eu já comentei outras vezes, a avaliação da inteligência humana por testes de QI é literalmente o mesmo que estimar o peso de uma pessoa por sua altura (ou vice-versa), se analisam superficialmente as capacidades quantitativas: verbal, espacial e de detecção descontextualizada de padrões, e desprezam as qualitativas: criativa, emotiva e racional. 

Personalidade superficial e substancialmente inteligente 

Todo indivíduo que é altamente intelectualizado apresenta uma "personalidade inteligente". Porém, é comum que muitos desse tipo apresentem uma personalidade inteligente mais superficial do que substantiva, que é quando existe interesse,  engajamento e/ou estimulação intelectual predominantes, mas sem um controle de qualidade, isto é, sem que essa inclinação os torne mais racionais ou sensatos, se até o oposto costuma acontecer e parece que, com grande frequência, de um indivíduo muito intelectualizado se perder do bom senso e acabar excessivamente abstrato em seu raciocínio.  

domingo, 5 de fevereiro de 2023

O que indivíduos extremamente folgados têm??

 São indivíduos espaçosos, que tendem a desprezar o que acontece ou quem está ao seu redor ou perto, agindo como se estivessem sozinhos e, então, de maneira inconveniente, mal educada e até egoísta. 


O que é isso?? Egoísmo puro e simples ou uma espécie de deficiência mental específica?? De algo que não é proposital??  Ou será que deve existir os que são folgados por falta de consideração ao outro e os que têm um déficit de atenção crônico e específico à percepção do outro?? 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Ideações racistas podem ser mais complexas do que aparentam (um relato pessoal)

 E por que as abordagens progressistas atiçam ao invés de aplacá-las? 


"É a personalidade, estúpido!"

Eu sou mais introvertido, sensível, irritadiço e tímido, mas também busco ser simpático e empático com todos que consigo ser. O meu perfil de personalidade, ainda mais para um homem, não é comum onde eu moro. Talvez fosse se morasse em um país nórdico. Mas eu moro no Brasil e aqui é a terra da extroversão, especialmente de Minas pra cima, ainda que seja uma tendência variavelmente presente em todo território nacional, inclusive no sul. Dos brasileiros, assim como acontece em outras regiões do mundo, um dos grupos mais extrovertidos são os negros e pardos. Isso se deve também por serem mais geneticamente propensos a apresentar esse tipo de personalidade*. Não significa que todos sejam assim se estou falando de médias estatísticas. De qualquer maneira, é praticamente impossível não perceber que indivíduos de diferentes grupos raciais e étnicos tendem a apresentar médias diferentes de personalidade. Você pode até querer explicar que essas diferenças se devem ao meio, cultura ou criação. Só não pode negar que elas existam. 

* Desconheço estudos sobre genes relacionados a certos traços de personalidade e suas distribuições entre grupos raciais e étnicos. Estou deduzindo com base na consistência dos padrões dessas diferenças médias, pois tendem a se manifestar em todas as regiões onde cada grupo se encontra.

O fato é, o povo brasileiro, por ser dos mais extrovertidos, tem um excesso de pessoas que, além de serem diferentes do meu perfil psicológico, introvertido, ainda são altamente desrespeitosas ou demasiado "informais", especialmente os homens. E entre os de raça negra, essa tendência de falta de decoro básico com o próximo parece mais pronunciada do que em outros grupos. 

Sempre ressaltando que não estou querendo dizer que "brancos, amarelos e vermelhos são muito mais educados". É possível perceber maiores diferenças, dependendo do país que você escolher. De qualquer maneira e, aqui, no Brasil, especialmente os indivíduos autodeclarados brancos, em média, são bem menos polidos que os norte europeus (que, por sua vez, também não são maravilhosamente educados). A diferença é que tendem a ser aparentemente mais formais e frios que negros e pardos.

Se até no Japão, mundialmente conhecido por ter uma população, em média, disciplinada e respeitosa, pelo menos em espaços públicos, acontecem conflitos humanos geralmente causados por indivíduos pouco empáticos e/ou simpáticos, imagine no nosso país socioeconomicamente maltrapilho e toxicamente extrovertido?? 

Mas volto a enfatizar que existem essas diferenças raciais de proporção de indivíduos muito mal educados, com uma desproporção deles que são negros e pardos, um efeito colateral do perfil predominantemente extrovertido dessa população. E não acredito que a única explicação seja por uma falta de "educação de qualidade". Eu sei bem disso porque, com o meu jeito muito excêntrico de ser para as terras brasileiras, já fui discriminado e quase sempre por crianças e adolescentes desses grupos. Por isso, desde há um tempo que eu desenvolvi mais reservas em relação aos mesmos do que aos outros. 

Por ser branco, eu já tenho uma tendência de viés instintivo a favor dos brancos, que tenho tentado controlar até pela percepção de comportamentos muito reprováveis que é comum de serem praticados por esse grupo, inclusive de desrespeito ao próximo. Mas também tenho um sentimento de simpatia instintiva por orientais ou descendentes de asiáticos do extremo oriente. Pra ser sincero, em relação a indianos, aborígenes australianos e nativos das Américas também sinto um sentimento "instintivamente' positivo, mais em relação aos nativos americanos até pela presença mínima à inexistente dos outros grupos aqui no Brasil. Talvez por nunca ter convivido com os ameríndios, possa ter contribuído para ter uma visão muito positiva deles. Mas também por ser empático à sua história de sofrimento perpetrado pelos europeus colonizadores/invasores, por ter a impressão de serem menos extrovertidos e também de serem desprezados pelas esquerdas, ou tratados como um grupo de menor importância em sua militância, se comparados aos negros...

Pois além dessa antipatia, que não tem nada a ver com os traços raciais de negros e pardos, e sim com base no histórico de desrespeito gratuito que já sofri por indivíduos desses grupos, de uma percepção de desproporção de indivíduos "mal educados" entre eles, e que se relaciona diretamente com diferenças médias de personalidade, eu acredito que a maneira como as esquerdas: políticos, influenciadores, intelectuais, indivíduos comuns, tendem a tratá-los e a retratá-los: como se os outros os discriminassem ou tivessem reservas sobre eles apenas por colorismo, ou preconceito por cor da pele; sempre inventando desculpas ou justificativas quando se comportam de maneira reprovável; querendo acusar de racismo qualquer conflito: agressão ou ofensa, contra indivíduos desses grupos por indivíduos de outros grupos raciais, mesmo quando existe uma razão lógica para isso; que querem acabar com as desigualdades sociais, mas desprezando completamente brancos pobres e de classe média baixa, como eu; enfim, elevando-os à condição de "vacas sagradas", como se fossem incriticáveis... parece que, ao invés de combaterem o racismo, o têm atiçado ainda mais, especialmente naqueles que já costumam ter ideações racistas em níveis variados, inclusive em mim, a princípio, pelo simples fato de ser injusto que sejam tratados desta maneira e em relação aos outros grupos, ainda mais se existe uma desproporção de indivíduos negros e pardos, geralmente homens, que apresentam uma maior constância de comportamentos reprováveis e, claro, sem nunca generalizar.

domingo, 9 de outubro de 2022

O "geracionismo" é uma nova astrologia??

 Eu nasci no final dos anos 80, fui uma criança anos 90 e um adolescente anos 2000. Minha memória está impregnada com produtos culturais desses períodos, que mais me marcaram: programas de TV, músicas... e com lembranças mais pessoais: de momentos, pessoas, seres, especialmente os que já se foram... Eu expresso preferências culturais dessas épocas; marcas temporais de uma geração. Mas eu não acredito que minha personalidade foi completamente moldada por experiências vividas nas minhas primeiras décadas de existência. No entanto, são muitos os que acreditam que cada geração apresenta um tipo de personalidade, produto de suas vivências em determinado período e tempo. Mas, será que todo "millennial" é igual, ou será que, exatamente como acontece com a astrologia, aqueles que mais se identificam com características ou comportamentos considerados de sua geração, equivalente aos signos do zodíaco, tomam-nas como partes elementares de suas personalidades, criando, assim, uma bolha de coincidência e concordância?? 


Pois eu acho que me identifico bastante com as preferências culturais e características psicológicas, consideradas da minha geração, mas, nem por isso minha identidade pessoal foi totalmente moldada por um espaço/tempo particular, se, pelo que percebo, a maioria das pessoas de mesma faixa etária não apresentam o mesmo tipo de personalidade ou preferências. 

É totalmente verdade que compartilhamos memórias culturais de nossas épocas. Por exemplo, eu sei que muitos se não a maioria dos "millennial" brasileiros se lembram do Mundo de Beakman e que vários deles, na casa dos 30 anos, passaram até a cultuar esse programa divertidamente educativo dos anos 90 (voltei a ver uns episódios recentemente). Nem por isso, todo "millennial" brasileiro, por ser da mesma geração, tem a mesma personalidade ou predileções.

Por isso, resolvi chamar essa crença de que nossas características psicológicas e cognitivas são moldadas principalmente pelo período em que nascemos e crescemos de "geracionismo".  

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Por que transformações radicais de personalidade ou inteligência são menos prováveis de serem verdade?

Vou pegar um exemplo fictício bem conhecido aqui no Brasil e na América Latina: Maria do Bairro. 


Maria do Bairro é uma novela mexicana dos anos 90 do século XX, de grande sucesso, que fala da história, baseada na famosa peça de teatro "Pigmalião" de George Bernard Shaw, de uma moça pobre, humilde e de bom coração que trabalha como catadora (marginal, segundo Soraya Montenegro) e que, depois de ser apadrinhada por um ricaço, aos poucos aprende a se tornar uma mulher refinada e inteligente. Portanto, segundo essa novela, a classe social tem um efeito causal ao nível de educação e inteligência de uma pessoa. Só que, na verdade, não é bem assim porque nada impede que uma pessoa pobre possa ser ou se tornar culta e educada... E sim, elas existem...

Então, para fazer justiça com os dramalhões mexicanos, tem a novela A Usurpadora, em que a personagem Paulina nunca precisou "aprender" a ser educada e "inteligente" mesmo vindo de condição humilde. Pois ela é um exemplo mais realista porque mostra que a classe social, sozinha, não  é capaz de alterar, de maneira radical, a personalidade e/ou a inteligência de uma pessoa, que ela pode muito bem "ter nascido" ou "desenvolvido" por conta própria, independente de sua posição na sociedade, uma maior polidez ou elegância em seu comportar, e também uma maior capacidade intelectual. 

Na verdade, essa é uma visão classista, preconceituosa em relação aos mais pobres/explorados. 

sábado, 25 de julho de 2020

Lista de rapidinhas

Pensamentos e aforismos


- O melhor argumento (verdade) é o pior argumento para o idiota;

- Se "ser livre" fosse o mesmo que ''fazer o que quiser'', o estupro seria considerado um ato de liberdade;

- Saber escrever "corretamente' é estética. Compreender o significado e a função das palavras é a essência;

- O irracional não sabe onde que seu mundo de desejos, sentimentos e opiniões termina e o mundo lá fora começa;

- O mercado é o Estado para o capitalismo, assim como o partido é o Estado para o comunismo;

- Em uma verdadeira democracia, o povo é o próprio Estado,

Em uma intelectocracia, o Estado é a Inteligência humana ou razão, administrado pelos melhores representantes do povo,

A democracia é um sistema político baseado na idealização do povo. A intelectocracia é baseada em seu conhecimento;

- A personalidade é uma perspectiva de desejos.. A inteligência é a capacidade de realizá-los;

- O progressista típico é um tolo bem intencionado. E o conservador típico é um tolo mal intencionado,

O progressista típico relativiza a verdade em teoria, mas não na prática. O conservador típico absolutiza a verdade em teoria, mas não na prática,

O progressista típico endeusa "o pobre" e rebaixa a arte, mesmo entendendo mais sobre a sua essência. O conservador típico endeusa "o rico" e é capaz de valorizar a alta cultura, especialmente se for do tipo mais sofisticado. Mas, a compreende apenas superficialmente, como estética de consumo;

- Se povo não é sinônimo de maioria...

Então, o ideal é dizer, quando for se questionar: "O brasileiro MÉDIO é bom ou ruim??" do que "O POVO brasileiro é bom ou ruim??";

- A arte em sua base (autoexpressão), não é a arte em seu potencial máximo;

- O filósofo está verdadeiramente preocupado com a evolução ou destino da humanidade. Os outros têm a si mesmos e/ou espelhados em suas ideologias como finalidade ...;

- Toda ideologia não-filosófica combate sua própria autocrítica, a priori, em prol de sua coerência e, por fim, conformidade;

- O autoconhecimento é o conhecimento mais importante. É parte essencial da racionalidade. Aquele que melhor se conhece, super-aproveita seu potencial e tem suas fraquezas sob controle. Por isso, se torna muito inteligente, independente da envergadura de suas habilidades acadêmicas,

 Com o autoconhecimento aprofundado, o indivíduo compreende sua própria complexidade. Reconhece que pode ser egoísta e altruísta, bondoso e cruel, tolo e inteligente, ingênuo e esperto. Ao invés de continuar a viver impulsivamente, se torna vigilante do próprio comportamento;

- A metáfora é o meio mais objetivo e eficiente de explicar o que é complexo, profundo ou distante de uma perspectiva individual. A exemplificação é outra maneira de simplificar uma explicação sem que perca seu valor intrínseco;

- Compreender que apresenta contradições não é o mesmo que justificá-las, se o essencial sobre a inteligência é a precisão aos fatos ou realidade, e se a realidade, por ser lógica, é inerentemente coerente às suas leis;

- Quando os cientistas observam as habilidades adaptativas dos seres vivos não-humanos, eles descrevem suas realizações em seus cotidianos de sobrevivência. Quando os psicometristas observam as capacidades intelectuais de seres humanos, eles medem seus potenciais,

Tudo o que fazemos é uma realização. O mendigo que sobrevive por anos, apesar do abandono social e da fome, tem uma coleção de façanhas,

Para a filosofia, em sua essência, todo ato é moral, ainda que não seja político, se a política é sempre sobre o que é compartilhado ou vivenciado coletivamente e a moral é, em seu princípio, sobre compreensão e razão para os atos a partir da perspectiva individual;

- Sobre uma suposta neutralidade política da ciência:

É errado dizer que toda verdade é política. Mas, é correto concluir que tudo se torna político quando adentra à sociedade, se a política é o modo como é organizada. Portanto, quando o cientista descobre uma verdade, ela não é política. Mas, quando essa verdade se torna disponível dentro de uma sociedade, ela se torna política,

Os meios usados pela ciência, por exemplo, experimentos em seres vivos, também são políticos, porque são morais, mas não no sentido ético e sim por sua ausência;

- Odiar a humanidade quanto ao seu estado desprezível até os dias de hoje é o mesmo que amá-la profundamente,

O fanatismo não é o amor ao outro por ele mesmo, mas de si projetado no outro;

- O maior mito sobre a genialidade é a de que todo gênio é um polímata;

- Corrupção é a prática da mentira com finalidades malignas. Honestidade é a prática da verdade com finalidades benignas;


- Racionalidade (excelência ou ideal possível da inteligência humana),
Sabedoria (ideal inalcançável da inteligência humana);

- Complexidade versus profundidade

O profundo é o cerne de qualquer tópico. Mas, é comum de se acreditar que, para ser profundo, há de se ser complexo;

- Ética e etiqueta separadas é alienação.

Consciência moral dissociada de bons modos/delicadeza/respeito.

Unidas, é razão;

- Se você não é capaz de analisar corretamente a inteligência e o caráter das pessoas (e a si mesmo)...

.... quer dizer que tem algo de errado com a sua racionalidade (sanidade intelectual);

-A subjetividade adaptativa ou o conhecimento exclusivamente como um meio para um fim é a sanidade dos seres vivos de outras espécies mas, a racionalidade ou o conhecimento como meio e fim em si mesmo, é a sanidade ou ideal dos seres humanos;

- A maioria dos mais intuitivos está demasiado interessada em si mesma. Raro e especial quando se dedica à realidades além da sua;

- A criatividade é a disciplina da imaginação;

- Justiça social não é escolher grupo ou causa/pauta que lhe convém. Isso é conservadorismo. Justiça social é escolher por todas as causas/pautas-relevantes, por estarem essencialmente certas a partir da moralidade universal;

- O verdadeiro filósofo é principalmente aquele que diz o que os outros não querem ouvir, mas é verdadeiro e importante de ser ouvido e compreendido;

- O homófobo extremo, em contraste ao moderado, tende a ser o bissexual ou o gay enrustido, que investe pesado em sua performance de antipatia excessiva à diversidade não-heterossexual, para que os outros não duvidem de sua suposta heterossexualidade. O preconceito ou o ódio exacerbado, geralmente, esconde uma repressão intensa e interna de atração,

Algo bem parecido acontece com aqueles que se denominam "cidadãos de bem", pois demonizam a maldade, baseados em suas concepções morais pouco desenvolvidas, enquanto a praticam de muitas maneiras;

- Justiça/Harmonia social e ''Conservadorismo'' é uma falsa equivalência, apesar de ser praxe na política ocidental...

... pois é o mesmo que equivaler uma promessa de Paraíso com uma realidade de Purgatório [quando não desce para o nível de ''inferno''];

- Déficit de atenção e hiperatividade, na verdade, seria uma personalidade instintiva ou maior expressão de instintividade;

- A Inteligência é a capacidade de se adaptar.
A Inteligência humana é a capacidade consciente de se readaptar,

 A inteligência humana é produto do desaprendizado instintivo pelo potencial de aprendizado consciente;

- A verdadeira bondade não é o egoísmo de se sentir bem consigo mesmo, nem o narcisismo de se passar como moralmente superior perante os outros..

A verdadeira  bondade (pela filosofia) também é praticada pela prisão (castração e esterilização) ou mesmo assassinato de seres humanos de má índole, se já com histórico de crueldades mas, idealmente, antes de começar a cometê-las. A suposta bondade de quem "perdoa" a crueldade é o egoísmo de se sentir bem consigo mesmo e o narcisismo de se passar como moralmente superior aos outros.. "perdoa" para se sentir bem, enquanto eles se preparam para colecionar vítimas.. também é a irresponsabilidade de deixá-los soltos e a conivência com os seus crimes;

- Normal é o mesmo que comum, não que melhor;

- Por que fenótipos como a homossexualidade continuam existindo apesar de não estarem sob pressão seletiva??

Porque traços também emergem por combinação genética e não apenas ou exclusivamente por seleção positiva, ainda mais se já existe uma diversidade genotípica que os predispõem..

.. Sem falar que parece existir uma intersecção entre a diversidade psicológica e a sexual...

... Por exemplo, a existência de ''metrossexuais'' ou homens muito vaidosos e que não são homossexuais. Se eles procriam, pode ser que carreguem em seus genótipos uma maior chance de, em combinação, terem filhos não-heterossexuais.

Também existe a possibilidade de existirem indivíduos "seguramente" heterossexuais que conseguem apresentar, mesmo que, minimamente, atração pelo mesmo sexo, deduzindo que existe alguma inclinação genética ou biológica. E, justamente por ser uma atração perceptível porém branda ou controlável, não sentem qualquer necessidade de se engajar em relações românticas ou sexuais homo-afetivas ou de exporem essa faceta às outras pessoas.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Lista com algumas verdades muito impopulares

Lista com algumas verdades muito impopulares

1. Ateísmo

Chega a ser cansativo para quem lê os meus textos, mas é isso. Deus ou deuses não existem. Não existe vida após a morte. Não existe céu, purgatório ou inferno. Acabou, acabou. Não se preocupem. Depois da morte não há mais dor. Somos "abençoados" por termos uma inteligência sofisticada, mas que também nos leva à "maldição" de sabermos que somos criaturas insignificantes dentro do esquema cosmológico.

1.1 Quem acredita [com veemência] em impossibilidades lógicas...

... é muito provável de padecer de um transtorno mental de natureza esquizotípica... crentes em metafísicas não são diagnosticados como pacientes com transtorno psiquiátrico, porque a maioria é "funcional' à sociedade, apresenta comportamentos dentro da normalidade (ou domesticação), por serem muito numerosos e por seus cultos terem sido historicamente empoderados.. sim, existe o lado lógico ou reconfortante de acreditar em mitologias, mas, não conseguir diferenciar realidade de fantasia (e amadurecer) evidentemente que se consiste em um caso de psicose.

Uma pessoa que acredita em duendes = ''loucura'.

Um culto empoderado ou dominante com muitas pessoas acreditando em duendes = ''religião'' [mitologia].

2. Existência limitada do livre arbítrio ou da plasticidade comportamental humana, sugerindo que fatores hereditários e/ou genéticos têm um papel muito importante nos nossos comportamentos

Um balde de água fria em um ''wishful thinking'' muito poderoso...

Se o ser humano tem livre arbítrio, é muito mais limitado do que pensa. O cérebro não é idêntico aos outros órgãos e sistemas do corpo em nível de involuntarismo, mas tampouco é como uma esponja que a tudo absorve. Somos os seres vivos com os comportamentos mais plásticos, mas não significa que essa plasticidade não tenha limitações. É uma verdade inconveniente ou impopular, porque vai contra essa ideia da modernidade, de que a humanidade é ultra-adaptável.

Menos...

Existem variantes dessa verdade que eu preferi exemplificar aqui embaixo.

2.1. Diferenças intrínsecas (genéticas ou biológicas), médias, entre grupos e indivíduos humanos, causadas por processos seletivos (aplicação da seleção natural nos contextos histórico-culturais de nossa espécie)

Essa é  uma verdade muito impopular entre os progressistas. Logo, tendem a chama-la ou a confundi-la com: racismo científico, darwinismo social, pseudociência racista do século XIX, supremacia branca, etc.. Mas é verdade. E bem chata, porque pode abrir brecha para justificar exploração, preconceitos e desigualdade social. No entanto, a distorção previsível e maliciosa das direitas não significa que seja verdadeira.

Se é verdade que, em média, as elites são mais inteligentes (ou mais espertas...) que as classes trabalhadoras, isso não valida a exploração de uma classe sobre a outra. No mais, saber a verdade, se mais ou menos espinhosa com os seus sentimentos, é sempre melhor na hora de buscar por soluções realmente eficazes para os problemas que impedem a consolidação da justiça social, e não apenas tratar seus sintomas, acreditando que a doença desaparecerá através da aplicação de medidas paliativas ou superficiais...

2.2. A influência da educação na inteligência do estudante é muito menor do que se pensa ou se deseja, especialmente pelo professor

Uma das razões para a ineficácia predominante da psiquiatria é a parca compreensão de que nenhuma mudança acontece sem que venha do próprio indivíduo e isso significa que só pode ser possível se estiver em sua alçada.

Exatamente o mesmo para a educação.

O estudante não é um ser passivo, uma folha em branco ou uma massinha de modelar com limite indefinível de capacidades. Se, por exemplo, ele não nasceu com facilidade ou potencial para, de fato, aprender matemática (complexa), não apenas para tirar boas notas, então, não existe nada que se possa fazer nesse sentido, de tentar aumentar (forçar) suas capacidades além dos seus limites naturais. Ainda é possível pensar em estratégias objetivas que visam melhorar a qualidade do seu aprendizado, daquilo que consegue alcançar, por exemplo, fazendo com que se concentre no estudo de matemática financeira, mais diretamente útil no (seu) dia a dia, isso se ele for capaz ou tiver motivação suficiente para buscar por essa melhoria. Aprender bem aquilo em que é capaz de aprender.


3. A monogamia e a poligamia [evidentemente sem a ocorrência de traições], como melhor hábito para evitar a contaminação por DSTs (especialmente nos tempos em que se tinha pouco conhecimento sobre elas)

A "liberdade" do solteiro, que não quer ter compromissos fechados e de longo prazo, vem com o risco ampliado de contrair DSTs. Em outros tempos, o melhor hábito para evitar essas doenças era o da monogamia ou da poligamia sem deslealdades. Mas não mudou muito. A monogamia, especialmente, tem sido pintada como retrógrada e limitada por aqueles que assumem comportamentos promíscuos, mas é uma das melhores maneiras de se proteger. É uma verdade impopular nesses tempos modernos em que o amor romântico tem sido tratado como uma ilusão e também em que a tolerância por divergências tem se tornado raridade nas relações conjugais.

4. A humanidade, em média, não presta. A maioria não é racional

A história humana não é como uma sucessão de finais felizes. Toda civilização tem se desenvolvido de maneira excessivamente verticalizada, em que alguns poucos detêm poder excessivo sobre muitos outros resultando numa relação sistematicamente abusiva, de exploração. A humanidade se transformou numa praga que tem drenado o equilíbrio do planeta em que habita, escravizado e exterminado boa parte da fauna e da flora. Isso significa que não somos uma espécie racional apesar de sermos a única com potencial para a racionalidade. Por enquanto, o mal tem vencido em forma de parasitismo, predação e estupidez (alienação).

4.1 O povo brasileiro, em média, comparativa e idealmente falando, é cruel e estúpido

Lê pouco, pensa pouco, age mais por instinto do que pela razão: é passional, inconveniente, corruptível, mal educado, agressivo; se vai mal em exames internacionais de avaliação da educação, não é porque os pobres professores não sabem ensinar, se muitas vezes se preocupam mais em sobreviver dentro de uma selva ou sala de aula, mas é porque ''o brasileiro'', em média, não quer saber de expandir seus conhecimentos (até por não ter esse potencial), e muitos dos que querem, o fazem apenas pensando em vantagens econômicas e não, a priori, pelo simples prazer de aprender. Esses arrogantes eufóricos se preocupam muito mais com a aparência do que com a essência. Quando falo de povo, também me refiro às elites, e a brasileira está entre as piores, de tal modo que se ''parece' com parasitas oportunistas que só pensam em lucrar, sem qualquer compaixão com quem supostamente compartilham a mesma nacionalidade. A escravidão oficial acabou, mas a "informal" não apenas permanece pois também é a regra em ''nossa'' sociedade.  A consciência de classe é um artigo raro e em ameaça de extinção. É o "pobre" que vota em partido de rico, é o classe média que pensa que é elite. Era um país socialmente triste, mas ao menos com uma cultura muito rica, alegre e uma natureza exuberante. Agora, até o que tem de belo, incluindo "suas' riquezas naturais, está sendo gravemente ameaçado pela imbecilidade coletiva sem controle desta elite carniceira e deste povo [bobo] passivo (auto)agressivo e[ou] irracional. Seria apropriado se o país fosse colocado em quarentena e uma junta internacional chamada para analisar profundamente o que poderia ser feito para tentar salvar o que lhe resta. No entanto, a ONU faz jus à sua condição de herdeira direta da Liga das Nações, por também ser essa inutilidade simbólica. A todo momento eu uso a expressão "em média" por alguma razão importante.. Evidentemente que não me refiro a todo brasileiro mas àqueles em que essa carapuça cai bem e percebo que não são poucos.


4.2 Você [muito provavelmente] não é o gênio racional que pensa

Quando as questões são universais, a maioria pensa que suas opiniões (instintivas) estão sempre certas, secreta ou abertamente. A popular ideia de que a verdade é relativa por ser supostamente apenas subjetiva, é muito conveniente para que justifiquem suas vontades de permanecerem de costas para o dever filosófico, convictas dentro de suas zonas de conforto. Quando pegas de surpresa, a maioria das pessoas demonstra mais ignorância do que conhecimento e nem me refiro a domínios muito complexos, mas sobre matérias básicas, das ciências humanas, que são ensinadas na escola, como história e geografia. Na hora de pensar moralmente, a conveniência pessoal costuma prevalecer sobre o que é mais universalmente certo, a partir do melhor que a filosofia pode oferecer. Estamos mais [uns mais que outros] para criaturas predominantemente instintivas, que usam a linguagem para racionalizar nossas preguiças intelectuais [e/ou morais] do que para literais "homo sapiens".

5. Comer carne é imoral

Animais não-humanos têm sentimentos, sentem dor, amam, compreendem, mesmo com suas limitações específicas de espécie. Ao contrário da narrativa mitológica, animais não-humanos não são bestas autômatas feitas por deus para nos servir. É uma verdade inconveniente saber que eles estão muito mais próximos de nós e que, especialmente, algumas espécies domesticadas, têm sido cruelmente exterminadas para alimentar uma humanidade cada vez mais numerosa e continuamente perturbada.


6. Eugenia não é absolutamente horrível e pode ser muito importante na promoção da justiça social

Eugenia é a ênfase na seleção de traços/fenótipos considerados desejáveis ou na não-seleção de traços/fenótipos considerados indesejáveis. Pode ser usada para o bem ou para o mal e isso é impopular. É mais fácil condena-la de uma vez, mas não parece o mais correto. A eugenia tem sido adotada por grupos de extrema direita, isto é, um assunto tão sensível e com enorme potencial de transformação, tomado por truculentos, tal como colocar um elefante dentro de uma sala de cristal e esperar que não a destrua. O principal problema da eugenia são as pessoas erradas que mais se interessam por ela.. e não ela mesma. Apesar do seu potencial transformador, pode ser aplicada de maneira ponderada ou cirúrgica.

Por exemplo, para eliminar fascistas (congênitos)!! [sem falar dos ''lobos em pele de cordeiros os falso-socialistas'']

Detectando, esterilizando, se possível castrando e/ou isolando pessoas com traços definitivamente sociopáticos, já que não tem qualquer tratamento eficaz nem cura para esse transtorno mental tão inconveniente ao nosso bem-estar. E podendo fazê-lo com o mínimo de violência [ainda que, no início, seja esperado resistência e, portanto, confrontos]. Gente ruim, tóxica, age com base em seus instintos predatórios ou parasitários, praticamente não mudam de conduta, apesar de poderem modular a frequência de ruindades que praticam. Tem muita gente que não pensa assim, que acredita na regeneração do ser humano ou que a crueldade é produto apenas das circunstâncias.. Mas, estão apenas errados, pois se baseiam exclusivamente em seus sentimentos e não em rigor empírico-analítico..  A melhor maneira de acabar com a maldade humana seria indo direto em sua fonte ''genética' ao invés de, por pensamentos supostamente empáticos, esperar que lobos se transformem em cachorros pela simples exposição de argumentos racionais. Não é apenas uma questão de convencimento...

Os mais altruístas apresentam grande dificuldade de compreender que não é possível ensinar bondade e compaixão a indivíduos muito egoístas. Para piorar, eles condenam a justiça proporcional, que é o modelo moral mais avançado, por causa de seus instintos excessivamente docilizados (racionalizados por suas inteligências). Condenam um dos poucos mecanismos que são usados [imperfeitamente] para, ao menos, tentar conter e punir crimes cometidos. Sentem uma necessidade, eu diria, narcisista, de purificação (que é um desequilíbrio) moral em relação aos seus comportamentos. Muitos desses ditos altruístas são "religiosos" ou teístas. Acreditam literalmente que suas boas ações lhes darão um lugar certo no paraíso. Também tem aqueles que são ateus ou agnósticos, igualmente sentimentalistas [que ou aquele é excessivamente sentimental, não confundir com uma pessoa sensível, se estamos nos referindo a alguém que excede nessa faceta de comportamento a ponto de  corromper seu discernimento intelectual e moral].

Invoco novamente àquela frase que resume tão bem quando a bondade é perfeitamente conivente com o "mal":

"De boas intenções, o inferno está lotado".

E para reforçar os efeitos deletérios para quem tem compaixão excessiva com quem não tem.

"Crie corvos e eles comerão os seus olhos"

Frases tão antigas da sabedoria popular nos mostram o básico do bom senso, infelizmente, muito difícil de ser compreendido por aqueles que se afirmam mais bondosos. Acham que para tratar o mal é necessário unicamente a ''bondade', isto é, mesmo com quem já desgraçou vidas inocentes. Não é mais uma questão de bondade aí, mas de narcisismo [inconsciente] mesmo, de uma autotranscendência egoísta em que o indivíduo, dito altruísta, busca ser absolutamente bondoso [supostamente], e isto prevalecendo sobre o seu discernimento moral, de certo a errado, praticando a injustiça de sentir pena, perdoar ou mesmo chegando ao cúmulo de defender facínoras, pensando que os entendem. São ingênuos e/ou instintivamente dóceis. Bondade, em sua frequência habitual, não é ingenuidade nem mesmo sacrifício suicida, especialmente a partir da sabedoria.

Se um jardim está infestado de ervas daninhas então é preciso tratá -lo, sem, necessariamente, ter que destruí-lo. O mesmo cenário realista para a humanidade. No entanto, o altruísta típico confunde bondade com fraqueza.  Parece até que está mais preocupado em ser visto e se perceber como moralmente superior do que de buscar pela sabedoria, mesmo se isso custar sua reputação especialmente perante seus pares ideológicos.

6.1 A possibilidade de eliminar doenças genéticas graves

Além de dar um ultimato à existência de seres humanos incorrigivelmente imorais, a eugenia também poderia eliminar a expressão de doenças genéticas muito graves cujos modos hereditários já são conhecidos. Ao invés de esperar que alguns seres humanos nasçam com essas doenças que encurtarão ou dificultarão suas vidas, rastrear caminhos de hereditariedade para se possível extirpar suas expressões, tal como foi feito com a varíola.

O que há de errado nisso??

Existem algumas doenças terríveis que apresentam um padrão de hereditariedade muito claro, como a doença de Huntington. Sabendo que seu risco de transmissão é muito alto, seus portadores devem ter o dever moral de não passar essa provação adiante, possivelmente evitando constituir famílias. Eu não pensaria duas vezes se fosse o meu caso. Ainda assim é complexo, pois depende muito do polimorfismo que estamos falando. Por exemplo, no caso de alguns transtornos psiquiátricos, intrinsecamente associados com uma maior expressão criativa. A possibilidade de eliminar a maioria desses transtornos em gerações futuras, com o cuidado de preservar a diversidade psico-cognitiva humana saudável, é uma clara demonstração do quão necessária é a sinergia entre conhecimento e sensibilidade para uma possível prática mais sistemática de eugenia e,  portanto, o quão equivocados estão aqueles que a tomam  para si como espelho para as suas prepotências não-resolvidas. Tal como enfiar um fio em um buraco de agulha, o trabalho eugênico ideal [ou mais verdadeiro] eloquentemente dispensa essa estupidez emocional e filosófica. Falta à maioria dos autodeclarados eugenistas compreender isso.. A eugenia é mais no sentido de podar do que de vandalizar com a ''árvore'' humana. Por exemplo, sabemos que doses até não-parcimoniosas de ansiedade, melancolia e/ou flutuação de humor costumam ser orquestrais para a fertilidade de uma mente criativa. Podem inclusive ser compreendidas como manifestações de mentes mais naturais ou menos domesticadas. A genialidade criativa (bem como uma personalidade mais filosófica) é, por si mesma, limítrofe entre aquilo que chamamos de normalidade [domesticação] e loucura. Ao invés de apenas pensar  em produzir uma humanidade mais saudável, é fundamental enfatizar pela preservação de sua diversidade, que não é causalmente deletéria [obviamente], bem como de sua naturalidade, isto é, possivelmente ampliando suas virtudes, como a empatia e a autoconsciência, instrumentais para a maximização de nossa segurança existencial coletiva. Portanto, a possibilidade de eliminar para sempre ''aqueles'' que nascem com instintos predatórios e/ou parasitários, partindo da conclusão que não podem ser ''curados'' ou mesmo seguramente controlados, se são as principais fontes de conflitos entre nós, me parece muito desejável. É exatamente como ''limpar'' ou afastar predadores do ambiente em que se vive...

7. A beleza não é tão relativa assim

A beleza não está apenas nos olhos de quem vê. De fato, no quesito ''aparência'', existem pessoas que saem largamente na frente, porque foram mais agraciadas pela natureza em relação às suas aparências. No entanto, todos nós temos que correr atrás, afinal, um corte de cabelo que não combina com o rosto, uma maquiagem mal feita, um estilo de roupa meio ''bizarro'' ou que não case com o estilo pessoal, pode diluir bastante a beleza [harmonia], em seu conjunto geral. Ainda assim, é inegável a existência de gente que já nasce mais ou menos bonita e essa é uma verdade impopular. Tudo aquilo que diz às pessoas que elas têm limites, é impopular, especialmente no mundo atual em que somos doutrinados a acreditar que todos os nossos sonhos são possíveis ou que nossas diferenças são apenas relativas.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Comer carne aumenta a fertilidade??

Ou??
...

Alguns estudos descobriram um aumento no número de gêmeos nascidos nas últimas décadas. Então, um estudo encontrou que as mães que seguiam dieta vegana, foram menos propensas a terem gêmeos do que as que comiam "carne". O que isso poderia significar?? 

Que comer carne aumenta a fertilidade??

Ou que, mulheres que aderem à dietas diferentes (diferencial de personalidade) apresentam biologias diferentes??

domingo, 24 de dezembro de 2017

Artistas, 5 tipos principais//fundamentais e personalidade. Clássicos, impressionistas, modernistas e pós-modernistas

Formalismo//beleza --- não-convencionalidade

Concreto --- abstrato

Níveis de originalidade, do pontual ao excessivo

De acordo com o BIG FIVE, em ordem de importância:

Os realistas: os mais conservadores, em média. Basicamente se dedicam a retratar a natureza, humana ou não, da maneira mais realista possível. 

Os clássicos: bem mais propensos ao conservadorismo. 

Geralmente são os mais formais e mais preocupados com a expressão da beleza, de forma mais imediatamente reconhecível, lógica ou convencional. Muitos podem pecar pela falta de ousadia, ou mesmo de originalidade. O realismo ganha um forte tom de lirismo.

Conscienciosidade/abertura para a experiência estética e intelectual.


Os impressionistas: ou intermediários. 

São a essência da criatividade nas artes pois mantém a tradição da métrica estética ao mesmo tempo que também buscam quebrar parte dos seus padrões para introjetar novos ares de originalidade ou propostas. Em termos de personalidade será logicamente esperado que comunguem tanto com a sobriedade clássica e portanto mais conservadora quanto com a ousadia e energia da vanguarda. 

Abertura para a experiência estética e intelectual.

Os modernistas: intermediários entre a busca hegemonizante pela métrica convencional da beleza e pela originalidade conceitualmente pura. Talvez até possam ser direcionados para junto dos impressionistas.


Os pós-modernistas: são os que mais buscam pela não-convencionalidade, pela originalidade em sua base mais teoricamente pura e no entanto, muitos acabam perdendo a base estética, fortemente atrelada ao realismo simétrico ou beleza universal. 

Abertura para a experiência estética e intelectual/psicoticismo


Psicoticismo versus conscienciosidade [agradabilidade ''impessoal'' ou não-interpessoal]

Os pós-modernistas são os artistas menos preocupados em agradar aos outros, além de si mesmos. Algo próximo ou mesmo atrelado ao espectro do psicoticismo, só que direcionado para o mundo das artes, e resultando nos produtos esperados: considera belo porque é assim que se sente, e ainda com a tendência de haver ''panelinha ideológica'', que reforça este sentimento.

Os mais realistas e os mais clássicos são os mais emparelhados com o gosto-comum ou da maioria das pessoas, e talvez, mais do que se consistir em uma questão de ''quererem agradar'', tal como eu já especulei, este fator de similaridade ou espelhamento do gosto do artista em relação ao gosto popular, pode ter um efeito ilusório de maior agradabilidade, em relação a esses tipos, já que parece ser indiscutível a baixa disposição para sincronizar com o gosto popular em relação aos artistas pós-modernistas. 

Até poderíamos dizer que existe um espectro de pessoalidade, em que os realistas serão os que menos utilizam as suas obras [independente do tipo de arte, mas especialmente no caso da pintura ou artes plásticas] como uma vitrine para a auto-expressão; os impressionistas, por sua vez, misturarão as suas obras com as suas impressões ou sentimentos, dando-as um ar mais abstrato, ainda que focados ou baseados no concreto realista, e por último teremos os pós-modernistas que basicamente focam em si mesmos [ou em seus pensamentos] e tendo a arte como auto-expressão, claro, neste caso eu me refiro especificamente aos pós-modernistas que não forem de charlatões espertos.