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terça-feira, 18 de julho de 2017

Distúrbios de humor ou "impulsividade" logica emocional?


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fonte: mundo.DBZ

Hoje de manhã estava tudo certo. Melhorou ainda mais de tarde. Não vou falar o porquê. Ok, aí então algo aconteceu comigo, mais especificamente na web, que me deixou a priore irritado, mas com causa ou razão racional. Eu interajo com a realidade e quando algo me irrita eu reajo com raiva. É uma resposta lógica não?? Será que é sempre assim com todo mundo? Quem é mais sério [e perfeccionista nas interações] como eu tenderá a ser mais sensível não?

Cabe outra pergunta. Eu fico irritado com mais facilidade ou eu TAMBÉM tenho uma maior frequência de chances de ficar mais irritado, por praticamente perseguir ou mesmo por atrair essas possibilidades?? Isso também é muito importante. 

Não sei se vocês sabem mas eu gosto de bancar o Dom Quixote pela web adentro, e de língua inglesa. Não estudei inglês o suficiente para que pudesse me expressar de uma maneira gramaticalmente razoável. No mais, é o que tenho feito. E com isso tenho arrumado chances ou razões em potencial que podem me irritar. Por exemplo, apesar da "gramática pobre' e de "insultos" (bem merecidos) um dos meus últimos comentários para/em relação a um algoz, deveria ter sido aceito em um site, não vou falar onde. Mas não foi. Nesse comentário eu estava praticamente me despedindo do tal 'debate'. O velho caquético (espero que morra ainda esse ano) que posta e administra a coluna, e que parece com o Babidi do Dragon Ball, simplesmente não aceitou o meu último comentário e o denominou de " 'insultos' e gramática pobre". Poxa. Era o meu último comentário e mais, um comentário curto. 

Portanto é um pouco isso. Quem se arrisca demais tem mais chances de ficar com dor de cabeça depois. E junte a isso um serzinho colericamente melancólico como eu e temos a zorra pronta. 

No entanto é interessante que aquilo que denominamos de distúrbios de humor podem expressam mais lógica e até certa racionalidade do que imaginamos. E aquele que "engole mais sapos" seria nesse sentido menos autêntico ou mesmo logicamente correto porque ao invés de reagir de maneira proporcional, independente do tipo de reação requisitada, positiva ou negativa, ele mascara as suas emoções ou mesmo sequer as sente da maneira reciprocamente apropriada, mesmo se for insultado ou injustiçado. 

Surpreendentemente parece que quando reagimos de maneira reciprocamente correta à ação dada isso necessariamente não se consistirá em um desarranjo emocional mas também ou mesmo fundamentalmente em uma consciência estética hiper-lógica ou julgamento emocional imediato/impulsivo dos padrões detectados.


 Alguns são mais emocional ou imediatamente reativos, tal como os outros seres vivos e mesmo as existências inanimadas, e apesar de, em um mundo mais racional, se consistir em um defeito, no mundo das interações lógicas, se consistirá apenas naquilo que é esperado de ser feito, isto é, a reação recíproca à ação dada, e mais porque tal como eu falei no texto sobre a sabedoria do pavio curto, esse padrão de comportamento não está de todo errado, apenas se for indiscriminado ou constante, aí sim, serão tão irracional quanto a sempre ''engolir sapos''


Portanto ao invés de denominarmos conclusivamente variações individuais mais amplas e reativas de humor como um distúrbio nós poderíamos vê-las também como a manifestação mais diretamente instintiva da reação emotiva/julgamento emocional. 

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Você é mais R, misto ou K orientado?

E a não-série: teimando em dizer obviedades:: por que os mais K orientados são indefectivelmente superiores aos R orientados ao menos em uma perspectiva humana??

Zequinha casou cedo, teve filhos, divorciou cedo e hoje trabalha em um emprego mal remunerado para sustentar a sua família numerosa. Zequinha é possível que soubesse de todos os riscos que uma gravidez indesejada e/ou precoce pode oferecer mas não se preocupou em se precaver. Sua mente adolescente "racionalizou" e por causa de uma mistura de ignorância e pensamento positivo (isso nunca vai acontecer comigo) acabou cedo em vida condenando-se à uma insegurança sócio-econômica. Ah, mas não se preocupe porque Zequinha é tão avoado que a sua situação não parece deixá-lo insone. Deixe a vida me levar, dizem Zequinhas e poetas.

Adamastor sempre foi um estudante regular. Ainda que não tivesse as melhores notas sempre se preocupava em estudar para as provas e prestar atenção na aula. Começou a trabalhar antes dos vinte e a namorar quase na mesma época em que conseguiu o seu primeiro emprego como garçom.  Sempre usou preservativos para evitar gravidez indesejada. Casou-se aos 25 anos. Com o dinheiro que tem acumulado deu pra comprar uma casa na periferia, mais no asfalto do que no morro. Ele não é lá muito religioso mas acompanha a namorada no culto de domingo. Tem uma mentalidade típica de trabalhador, acha que bandido bom é bandido morto. Aos 27 decidiu ter o seu primeiro filho. Enquanto isso Zequinha já colecionara uma família robusta com 3. Adamastor se preocupa em dar um futuro melhor para o seu filho, porque se sacrifica, poupa aqui e ali, deixa de comprar pra ele pra guardar para o seu filho.

A mentalidade K é basicamente a mentalidade do cuidado, da criação, da ideia de que a criação molda as características e o desenvolvimento das pessoas ou dos filhos, ou ao menos que é absolutamente necessária.


A mentalidade R encontra-se no mesmíssimo espectro que a mentalidade K, só que é claramente mais desleixada, instintiva e desorganizada. Aqueles que são muito mentalidade R ou são mais propensos a serem de hedonistas ou de impulsivos, sem necessariamente serem de ''bon vivant''. Alguns ou muitos mentalidade R até pensam como o K, mas são menos propensos a ligarem os pontos e a perceberem que constituir família antes de construir o ninho onde ela vai viver, pode e geralmente terá consequências para o resto da vida, tornando-a mais difícil enquanto que poderia ser, de fato, mais fácil. Em compensação os mais R são ainda piores, obviamente, justamente por serem caracteristicamente/intensamente desleixados. 

O tipo misto

Já temos conhecimento por agora em relação aos R-orientados que apresentam uma sobreposição irregular da mentalidade K e que podem ser denominados de mistos com predomínio do tipo R. Mas e em relação àqueles que são decididamente misturados entre as duas mentalidades*

Presume-se uma série de duas possibilidades logicamente cabíveis: de resultar em desordens ou em vantagens que não são facilmente encontradas em ambas as mentalidades. 

As pessoas mais/a muito racionais penderão fortemente para a mentalidade K. Por outro lado eu acredito que a mescla de mentalidade K e R de maneira mais mutuamente simétrica é possível de se relacionar mais com maiores capacidades criativas, se as mesmas já tendem a apresentar uma natureza ''incondicionalmente' híbrida, isto é, reunindo dentro de si extremos do comportamento, então partindo desta lógica geral que parece relacionar e se não causar maior potencial criativo, conclui-se por agora que a mesma regra geral de ''hibridismo'' será mais comumente encontrado entre esse grupo. No caso da racionalidade, em seus níveis mais altos, também é possível encontrar maior plasticidade de resposta, do que no caso da ''racionalidade acima da média'' que tende a ter como resultado um maior auto-controle além de uma maior compreensão factual prática/pessoal em relação aos desafios do cotidiano e de como lidar com eles. 

Estimativas analfabetas

Traços R a partir do big five: extroversão, estabilidade emocional, psicoticismo, abertura para a experiência: estética / artística 

Traços K: introversão, neuroticismo, agradabilidade, abertura para a experiência / intelectual, e mais para convencionalidade


Percebe-se que os traços que eu especulei, que se relacionam mais com a mentalidade-R, são justamente aqueles que parecem indicar maior instintividade ou espontaneidade de comportamento, por exemplo, a extroversão. A estabilidade emocional [intrapessoal], por exemplo, também apareceria como um ''traço'' mais espontâneo do que deliberado, que se manifesta de maneira mais ativa ou constante do que reativa, em justaposição ao neuroticismo. O psicoticismo [instabilidade emocional interpessoal], que eu defini como uma versão ativa e mais impulsiva do neuroticismo, também se relacionaria aos traços de mentalidade-R, resultando na correlação: maior disposição para a criminalidade individual + maior desleixo em relação aos outros incluindo os próprios filhos.

Agradabilidade, neuroticismo e introversão, todos parecem ser mais ''elaborados'' e atrelados à maior autoconsciência assim como também a uma maior consciência em relação ao outro/empatia, ou ao menos de não serem ''de curto prazo''/''pavio curto'' ou resposta espontânea/ativa sem prévia e correta deliberação mais alongada.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Impulso simulado= imaginação. Tentativa de re-explicar a minha teoria sobre a imaginação

No meu último texto sobre imaginação parece que eu não deixei muito bem explicado do que se tratava. Então agora com este texto possivelmente pequeno eu pretendo fazê-lo. Eu disse que a imaginação ou que a sua composição fundadora se consistiria em uma assimetria entre a vontade de fazer muitas coisas ou impulsividade e maior auto controle. Ficou estranho o uso do termo assimetria ainda que possivelmente falando faça sentido de alguma maneira. No entanto tive outras ideias de como explicar esta minha teoria de maneira menos confusa ou cavernosa. Vamos lá!

O próprio nome diz: impulso simulado. Vou pegar um exemplo proto-erótico, o nobre ato da masturbação. O sexualmente impulsivo que é incapaz de se conter, quando lhe vem à mente a vontade de fazer sexo, geralmente ou esperadamente, se porá a buscar pela consumação de tal ato até mesmo por vias extremamente imorais como o estupro. Em compensação quem é muito imaginativo pode ser capaz de, em partes, se contentar com uma "homenagem" no banheiro, imaginando cenas e forçando sensações. O que percebemos? Ele tem impulsos fortes. Mas também tem auto controle e pode ter a imaginação como aliada, como uma maneira de sanar temporariamente uma vontade que não pode satisfazer ao vivo, isto é, com uma pessoa de carne e osso. Não sei quanto a vocês mas eu sempre fui muito imaginativo e quando fico muito nervoso com uma pessoa ou situação eu imagino cenas sei lá, de assassinato/justiça final ou de brigas. Percebam que o imaginativo parece ou pode ser muito impulsivo mas também auto-controlado, tudo ao mesmo tempo. A imaginação aparece como uma maneira de conter a impulsividade ao menos parcialmente. Aquele que é muito impulsivo poderia ser o tipo que "vive a própria fantasia" tendo ou vendo poucas barreiras (geralmente morais) que o impeça de tentar consumar certo ato, imoral ou não.

Evidente que  a imaginação é um produto do pensamento abstrato [pensar além do imediato], de um maior autocontrole [via reflexão ideacional ou planejamento antes da ação], mas também de um maior impulso, se funciona justamente como uma simulação mental daquilo que se impulsionou ou desejou fazer.


Portanto quando sentimos a necessidade de fazer algo e não é possível de se consumá-lo ao vivo ou de maneira literal, então tenderemos a apelar para as nossas capacidades imaginativas, e claro que, aquele que as exibi-las de maneira, constante e [minimamente] vívida, muitas vezes o fará por causa de seu maior auto-controle, transbordamento em pensamentos vívidos, aquilo que não pôde consumar no exato momento. Também poderíamos pensar no imaginativo como alguém que tem muita vontade ou impulso de viver de maneira mais agitada mas por causa tanto de suas capacidades imaginativas quanto de seu maior auto-controle acaba utilizando deste artifício como compensação, ''concordando'' em partes com o meu primeiro texto sobre esse assunto. Portanto temos o impulsivo e o impulsivo com maior auto-controle, e que pode usar a imaginação como descarga de seus impulsos, de praticar no pensamento aquilo que pretendeu fazer de maneira literal ou real. Claro que, altos níveis de imaginação podem comungar com altos níveis de impulsividade comportamental, e mesmo a maioria dos mais imaginativos, por serem ou parecerem ser mais vívidos, acabarão sendo menos auto-controlados do que por exemplo uma pessoa com níveis mais baixos de imaginação, mais ''pé no chão''. Aqui eu propus que a imaginação parece funcionar como uma válvula de compensação, por parecer que se manifesta com maior intensidade em indivíduos que são ao mesmo tempo, mais vívidos/instintivos/impulsivos mas também mais auto-controlados. Transformam o impulso instintivo em simulação mental, ao invés de praticá-lo, de irem diretamente do pensamento para a ação. Portanto apesar de sua maior energia vívida, em média, pelo que parece ser, o muito imaginativo, justamente por causa de sua maior tendência para a deliberação ideacional/imaginativa, será mais propenso a dialogar e refletir mais, a priore, antes de praticar uma ou outra ação, tal como, metaforicamente, se tivéssemos uma grande massa de água seguindo em direção a certo porto e ao invés de invadi-lo e subsequentemente a cidade em frente, parasse em meio às barreiras e portanto jorrasse de maneira mais esparsada e fraca do que direta e portanto intensa. O imaginativo ou talvez alguns tipos, seria aquele que apresentaria uma grande carga de pensamentos ou impulsos instintivos mas que ao invés de se entregar à correspondência imediata dos seus desejos, ''dialogaria'' consigo mesmo com o intuito de frear as suas disposições impulsivas. O famoso ''contar até 10'', mas com imagens e sensações.


Ou nem tanto....

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Imaginação: assimetria entre a vontade de fazer muitas coisas + auto-controle

Será*

Tive um insight agora sobre a possível composição fundadora da imaginação: assimetria entre a vontade de fazer ''muitas coisas'' ''ao mesmo tempo'' [ou apenas faze-las] + maior autocontrole, tal como se a impulsividade comportamental fosse internalizada ao invés de praticada ao ''ar livre'', e em especial, ''as coisas'' que não estão facilmente acessíveis pra serem vividas. Enfim, mais uma ''teoria'', talvez a desenvolva um pouquinho mais, como eu, um homem econômico, gosto de fazer.  

sábado, 13 de maio de 2017

Abertura para a experiência (impulsividade/instintividade) e conscienciosidade ( responsabilidade / capacidade de pensamento preventivo/abstrato)

Consciencioso 

Meticuloso; Que expressa cuidado, minúcia, esmero: político consciencioso.

Responsável; Que se rege pela própria consciência: filho consciencioso.

Honesto; Que segue regras éticas aceitas socialmente.

Cuidadoso; Que obedece regras; De realização detalhada: teoria conscienciosa; Discurso consciencioso.

Fonte: Dicionário online de português




Pureza semântica: diferente da precisão semântica a pureza semântica visa reduzir o conceito a si mesmo, isto é, à sua própria descrição. Exemplo de conceito comum: Alegria. Eu não preciso me alongar muito para descrever o conceito de alegria, que parece estar embutido na própria palavra-símbolo que o associa. No entanto muitos dos conceitos psicológicos ao invés de se basearem na pureza semântica se expandem ao mesmo tempo em que também se tornam vagos. É o caso da conscienciosidade. A definição de quem é consciencioso com base em seu conceito simples, mostrado logo acima, se difere em demasia em relação à sua descrição só que baseado no conceito psicológico. É fato que o consciencioso de acordo com o seu conceito simples, é homogeneamente de um jeito.

Consciencioso [conceito psicológico]

Estou sempre preparado.
Presto atenção aos detalhes.
Recebo tarefas feitas imediatamente.
Eu gosto de ordem.
Eu sigo um horário.

Sou exigente no meu trabalho.

 No entanto a mesma palavra para o conceito psicológico enfatiza-se em um conjunto mais moralmente neutro de disposições comportamentais. Quem está mais certo? 

Eu acho que os conceitos simples são mais precisos ou menos confusos que os conceitos que por ventura são "expandidos". Eu já falei sobre isso, usando os exemplos da ''homofobia'' e do ''racismo''. Portanto parece ser mais fácil de reconhecer alguém que é consciencioso [ou a sua conscienciosidade] via conceito simples do que com base em seu conceito psicológico [ou ''psicológico'', parece que alguém do ''RH'' que o conceituou], ainda que ambos expressem realidades psicológicas. Parece também que o termo ''conscienciosidade'' está englobando a ''simpatia por ordem e ''conformidade social'' e desprezando o seu lado mais qualitativo, de honestidade ou da integridade de caráter.


Outro exemplo de obtusão semântica é o [outro] traço do ''big five'': ''abertura para a experiência''. Eu já comentei que este conceito é muito amplo e vago e que talvez fosse melhor reparti-lo em suas facetas, ao invés de se sempre usá-lo de maneira unitária. A abertura para a experiência pode ser intelectual, física ou de outra natureza explorativa. Eu já acredito que a mesma pareça se relacionar mais com níveis e tipos específicos de impulsividade, talvez com ''busca por sensações'', por exemplo, pular de asa delta ou ficar uns tempos ''morando'' com ''mendigos''.

Enfim, o cerne deste texto é de, ''apresentar'' o termo ''pureza semântica'', e buscar entendê-lo como uma peça possível e importante para a precisão semântica, ainda que necessariamente não se consistam na mesma coisa. Ao invés de precisar o conceito, a pureza semântica obviamente busca purificá-lo, simplificá-lo, reduzi-lo à sua característica mais essencial, ou como nos exemplos usados, regredir a um entendimento menos pretensamente abrangente porém reduzidamente preciso. Com isso eu acredito que será mais fácil entender os conceitos e suas aplicações, mas também de se identificar características, neste caso, de natureza psicológica, e percebam como que o termo simples do adjetivo consciencioso é muito mais objetivo e reconhecível, por fundamentar-se pela ênfase moral ao invés de uma ênfase obtusamente técnica, como no caso do conceito psicológico, que não explica ''como que o consciencioso tende a ser'', mas ''como que ele pode reagir, especialmente no ambiente laboral'', se de fato estamos falando do mesmo tipo, ainda que válido e possivelmente factual [especialmente em relação à dicotomia psico-política] em relação a essa faceta menos psicológica e mais laboral. Presume-se que quem segue regras e é mais responsável com as ''suas ações'', novamente, geralmente que se dá de maneira específica, do que generalizada, que inevitavelmente, parece que, resultaria no caminho da sabedoria, também seria mais propenso a ser honesto [de maneira específica ou à moda ''savant de alto funcionamento'', que eu expliquei em um texto anterior, sobre o mesmo assunto].

Também apareceu uma hipótese conspiracionista de que esta modificação do termo ''consciencioso'', escondendo as suas qualidades e enfatizando em suas características, diga-se, mais neutras, em contraponto à ''abertura para a experiência'', em que o posto parece acontecer, se consistiu em uma manobra de manipulação semântica, colocando aqueles que são mais ''cabeça-aberta'' como os criativos abertos para novas experimentações, apenas, que tendem a escolher a ideologia esquerdista, e os conscienciosos como ''retrógrados de mente fechada'', que tendem a ser de conservadores/direitistas.

terça-feira, 25 de abril de 2017

QI: tamanho do instinto cognitivo culturalizado

Definições de instinto cognitivo [intuição convergente] e psicológico [impulsividade/espontaneidade]:

Eu já comentei que o instinto não é apenas ou especialmente uma ''maior agressividade'', porque esta se correlacionaria com ele, especialmente por causa do vigor da seleção natural que tende a selecionar os seres vivos mais agressivos. O instinto na verdade se consistiria nos comportamentos inatos do ser vivo, que não foi apreendido, mas que é intuitivamente compreendido e espontaneamente usado [ ou o inverso, que também dá no mesmo, ;), espontaneamente compreendido e intuitivamente usado, ou é até melhor ). 

O instinto, assim como muitos outros conceitos da psicologia, pode ser dividido em dois: o afetivo ou comportamental/psicológico e o cognitivo. O instinto afetivo se manifestaria com base no comportamento inatamente impulsivo ou espontâneo e o instinto cognitivo se manifestaria com base no ''comportamento cognitivo intuitivo'', por exemplo, a capacidade da aranha de tecer a sua teia. Se a aranha aprende a produzi-la via ''cultura'', eu realmente não sei, eu tenho quase certeza que não, que a aranha já nasce com essa habilidade. Outro exemplo é o voo dos pássaros, que parece ser menos instintivo que o tecer das teias pela aranha, porque os pássaros não nascem sabendo voar, mas já apresentam ''disposições'' intrínsecas, mentais e fisiológicas, muito fortes, que tornam este aprendizado possível, natural e esperado pra eles. 

Da mesma maneira que o pássaro já nasce com as disposições fisiológicas e mentais aptas para o voo, só que precisa ser ensinado por seus pais para desenvolver essas habilidades, o mesmo acontece com o ser humano em relação a uma série de atividades psico-cognitivas, em especial a linguagem. E em ambos os casos, é papel do instinto e do seu tamanho fazê-lo. Como as bases instintivas humanas são superlativas, então nós podemos agregar mais ''conhecimentos'' ou melhor, ''técnicas'', além daquilo que já temos, desde ou a partir do nascimento. Então, podemos expandir os nossos instintos além dos valores que ''herdamos'. Entenderam bem, eu quis dizer ''expandir os nossos instintos''. E o fazemos principalmente com base na cultura, que nada mais é do que a externalização de nossas tendências, técnicas/cognitivas e comportamentais, especialmente as mais basais, em que, ao invés de nascermos sabendo todas elas, nós vamos, ao longo de nossos vagarosos desenvolvimentos, apreendendo-as, para mais ou para menos. Ainda há de se pensar o quão importante a cultura é para nos forjar, porque se fosse verdade mesmo que tivesse todo esse poder que behavioristas e similares tendem a ressaltar, então existiria uma homogeneidade muito mais significativa de ''normalização'' ou ''equalização'' dessas tendências, e o que na verdade nós temos é uma tendência para uma maior variedade de respostas de curto e longo prazo a essas interações. Em relação às nossas capacidades psico-cognitivas o principal divisor de águas é a sua verbalização ou culturalização. Devidamente impregnada por essa memorização semântica inicial, a segunda etapa é a de aprender a lê-la e a replicá-la em palavras e números. terceira etapa será a de manipulá-las, em folhas de papel, ou ''ao vivo'', com as outras pessoas, e mesmo, consigo mesmo. 

Os testes cognitivos capturam, portanto, o tamanho médio de nossos instintivos cognitivos, já culturalizados. 

O tamanho do instinto cognitivo/extensões instintivas mecanicistas ou cognitivas é o tamanho/valor quantitativo da inteligência genotípica, que também pode ser denominada de ''inteligência instintiva', que na espécie humana é mais expansível do que de qualquer outra espécie.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Outra proposta tresloucada: o introvertido (e tipos parecidos) incorpora mais o ''humor'' do ambiente que o extrovertido...

O ambiente está cheio de pessoas. Então eu pego um espelho e o aponto para a multidão. Pronto, o espelho os está refletindo. Ou melhor, eu pego um termômetro e mensuro a temperatura do local. Ou ainda melhor, eu pego uma pessoa introvertida e a coloco neste ambiente denso, cheio de pessoas, de barulho, de olhares, de cheiros, de intencionalidades, etc... 

O introvertido parece que incorpora mais o ''humor'' do ambiente do que o extrovertido, que parece ser mais insensitivo a essas mudanças e mesmo, intrinsecamente mais motivado, seja em um ambiente isolado ou bem no meio do turbilhão social. O introvertido reage de acordo com o ambiente, o extrovertido parece ser mais insensível ao ''humor'' do mesmo.

O extrovertido, [parece que é] por ser mais instintivo/impulsivo, parece ser mais ativo do que reativo, isto é, que a sua extroversão, mais do que uma reação ao ambiente, mais parece se consistir em uma ação intrínseca/primária, independente do ambiente, em um impulso mais do que em uma resposta.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

São os autistas menos domesticados** Impulsividade como marca de menor domesticação...

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Fonte: youtube.com.br

Os seres vivos não-humanos são, em média, bem mais impulsivos/instintivos do que os seres humanos.

No entanto o instinto pode conviver com a disposição para a socialização, perfeitamente, e na verdade até poderíamos pensar na domesticação como uma espécie de instinto reduzido que foi direcionado para a docilidade, isto é, o jeito ''autômato'' de ser permanece só que mais dócil do que o habitual que tende a ser mais agressivo. Tal como eu tenho falado sobre o estado emocional, também enquanto um instinto/autômato/piloto automático, reduzido em agressividade mas preservado em sua essência, isto é, ainda um impulso fracamente reflexivo.

''Hoje'' eu li uma teoria que advoga por uma menor domesticação dos autistas que seria suportada graças ao seu comportamento ''menos social/dócil'' assim como também em relação às suas características fenotípicas/fisiológicas. Se partirmos do pressuposto que socialização e docilidade definem graus de domesticação e que impulsividade e agressividade definem graus de ''não-domesticação'' então pode ser possível de se constatar parcialmente que esta teoria esteja correta, mas apenas parcialmente, e a priore...

No entanto o autismo se consiste em uma extremidade/desordem mental humana e portanto não é possível relacioná-lo diretamente à domesticação ou à falta dela, que geralmente encontramos nos seres vivos não-humanos, em especial naqueles que ''nós'' domesticamos, o exemplo mais óbvio dos cachorros em relação aos lobos.

E mais, talvez os autores desta teoria parecem que estão  confundindo ''comportamento civilizado'' com ''domesticação''. 

Os seres humanos que são mais:

1. simpáticos ou socialmente-dispostos,

2. propensos a obedecer [cegamente] às autoridades ou ''superiores'',

3. mais ingênuos/ menos propensos a detectarem predadores...


...autistas ou não, serão mais propensos a serem corretamente considerados como ''mais domesticados'', se essas características já tendem a ser encontradas de maneira caracteristicamente prevalente entre as espécies não-humanas que tem sido domesticadas.

Como eu falei acima, o instinto não se consistiria epicentricamente em ''maior agressividade'', mas em maior impulso comportamental ou em menor capacidade de reflexão, enquanto que a docilidade necessariamente não se consistiria por sua vez em maior capacidade de pensamento reflexivo, MAS em uma redução da agressividade ''do'' instinto, tornando-o mais social, ainda instintivo/mais automático.

Docilidade e domesticação portanto ainda refletirão impulsos instintivos só que reduzidos ou amalgamados, o piloto automático continua ligado e dominante, só que não conduz a comportamentos ariscos, pelo contrário, e portanto a impulsividade, a priore, será mais benigna.

Os seres humanos que são/estão menos domesticados, de acordo com a provável regra encontrada na natureza, seriam tão ou mais impulsivos que os seres humanos mais dóceis, só que este impulso ou instinto, possivelmente, resultará em uma grande frequência de comportamentos agressivos em contraste ao comportamento dos mais domesticados.

Ainda é cedo para dizer que todos ou a maioria dos seres humanos menos domesticados sejam mais agressivos, porque isso não explicaria como que teriam conseguido conviver em comunidades no período pré-histórico, sem falar que as espécies de primatas que estão mais próximas de nós já tendem a apresentar comportamentos menos instintivos OU mais complexos, muitos que são bem similares aos nossos. É possível dizer que no ''passado'' e dependendo também da localização geográfica, houve uma maior frequência de seres humanos menos domesticados e basta apenas compararmos às raças humanas mais domesticadas, leste asiáticos e caucasianos europeus, com as menos domesticadas, atualmente ou desde a idade moderna, negros africanos e ameríndios, por exemplo, para constatarmos, eu não diria um diferencial apenas ou fundamentalmente no grau de agressividade, explícita, frequente ou direta, mas de impulsividade comportamental e o grau civilizacional tende a expressar um acúmulo de condicionamentos comportamentais pré-reflexivos, mais facilmente ''apreensíveis'' por certos tipos que tem sido previamente selecionados e de invenções artísticas e científicas que são produtos diretos de um maior desenvolvimento cultural e portanto de uma maior capacidade para o pensamento abstrato/reflexivo assim como também de pessoas que são capazes de (de)tê-los em uma maior frequência qualitativa. 

Finalizando, então, mais instinto tende a se correlacionar com maior agressividade, provavelmente porque a seleção natural tende a privilegiar os indivíduos mais dominantes e/ou ameaçadores de muitas espécies, resultando nesta correlação

O epicentro conceitual ou semântico do instinto me parece ser a impulsividade intuitiva e não a agressividade. A agressividade seria mais um produto lógico do instinto, novamente, uma correlação.


 No entanto esta teoria não parece funcionar para a maioria dos subtipos do espectro porque antes de se consistir em um subtipo comportamental normal do ser humano o autismo é uma condição sindrômica e portanto anormal/ geralmente desequilibrada. Pelo que parece os autistas são tipos intermediários entre domesticação e instinto humanos, só que fora do espectro neurotípico ou naturalmente adaptável, em especial os autistas de alto funcionamento, por exibirem, em média, maiores tendências comportamentais para agressividade e/ou impulsividade agressiva/anti-social e também por terem um perfil psico-cognitivo não-verbal mais prevalente. 

No mais parece um pouco complexo sugerir que por causa do espectro mecanicista--mentalista, de acordo com a teoria dos genes imprimidos, a luta entre os genes do pai e da mãe para produzir o(s) seu(s) filho(s), os autistas seriam (d)os menos domesticados ainda que faça algum sentido concluir que sejam menos domesticados do que alguns tipos [mais prevalentes] de seres humanos, em relação a alguns aspectos psicológicos. 

Se os autistas forem de fato mais

- agressivos e especialmente, mais impulsivos

- menos reflexivos/mais instintivos

- menos propensos a obedecer às autoridades

- e portanto, menos propensos a obedecerem às ordens de terceiros

- menos ingênuos/ mais propensos a apresentarem comorbidade com personalidade anti-social

então esta teoria estará potencialmente correta,

mas além de todas condições que foram compiladas acima, os autistas, em média, não parecem exibir essas características, pelo contrário, pois são mais propensos a serem o oposto.

Como eu disse, pode ser possível pensar se os autistas de auto-funcionamento, mais não-verbais e mais propensos a cometerem crimes, do que por exemplo os ''portadores da síndrome de Asperger'', que são mais verbais (em cognição) e menos anti-sociais, sejam os menos domesticados do espectro e contribuam de maneira mais ostensiva pra esta impressão de correlação à causalidade entre autismo e ''atavismo''.

Se o que melhor define o instinto é a impulsividade para o comportamento e a intuição para o pensamento então apenas as duas que poderiam sentenciá-los, isto é, os autistas, como seres humanos menos domesticados.

O tamanho do cérebro ainda que tenda a funcionar como um marcador de domesticação não deve ser usado como único parâmetro de comparação. Eu ainda estou tentando entender se este aumento do cérebro e posterior redução via agricultura e civilização, se deu entre todas as populações humanas, ou especialmente entre ''oeste europeus'' e ''leste asiáticos'', isto é, consistindo-se mais em uma particularidade de certos grupos, do que em um evento generalizado entre os humanos. 

Tal como sugeriu Cesare Lombroso, famoso criminologista ítalo-judeu do século XIX, responsável por estudos polêmicos, um deles em que expôs a sua teoria de que o gênio criativo, especialmente o artístico, seria uma manifestação degenerativa/atávica do ser humano, o atavismo humano se manifestaria com base em comportamentos anteriores aos ''civilizacionalmente aceitáveis'', por exemplo, criminalidade e transtornos mentais.

Baseado na ideia de que o instinto se consista em impulsividade no comportamento e intuição no modo de pensar, até que faz sentido pensar e não apenas no gênio criativo artístico mas também em todos os tipos de excepcionalidades psico-cognitivas humanas como manifestações atávicas (não necessariamente degenerativas) ou intermediárias em contraste com uma plena domesticação. Se a domesticação biológica + adestramento, nos faz mais normais, que ou aquele que segue normas sociais ou de superiores, então é pouco provável que os tipos geniais mais realistas, fossem dos mais domesticados, nomeadamente os tipos filosóficos (uber-realistas).

Os seres humanos antes da domesticação apresentavam diferentes tipos de personalidades, assim como hoje em dia. A diferença é que, como eu tenho falado, os seres humanos modernos tendem a ser tal como uma ''colcha de retalhos'', isto é, em amalgamentos desses traços mais extremos, que comumente são encontrados em transtornos mentais.

No mais, ao compararmos os seres humanos, funcionalmente adaptáveis à ''civilização'', em relação aos das comunidades de caçadores coletores remanescentes, como por exemplo, das tribos intocadas no meio da Amazônia, nós não vemos tribos de autistas... e acho que não veremos ''comportamentos autistas'' entre eles, mesmo se forem criados em ambientes ''civilizados''.

Além de teorizar se os autistas são menos domesticados, os autores da teoria dos ''genes imprimidos'', também teorizaram se o ''oposto' dos autistas, isto é, os esquizofrênicos, não seriam (d)os ''mais domesticados''. 

A correlação entre comportamento agressivo, tendência para inconformidade/excentricidade e paranoia não parecem favorecer à esta teoria. 

A ideia popular de domesticado, de muito domesticado, nós podemos ver entre as muitas raças caninas artificialmente criadas pelo homem. E o que facilmente constatamos é que os cachorros não parecem mais paranoicos, alucináveis ou ariscos, muito pelo contrário.

Os esquizofrênicos são mais domesticados**

Não parece, pelo contrário, mediante os quesitos ''pensar intuitivo'' e ''agir impulsivo'', eles parecem ser em média uma espécie de oposto desajustado.

O que pode ser, que eu já falei há muito tempo no velho blogue, é que os transtornos mentais (e biológicos) tendam a ser tal como ''fenótipos-estirão'', isto é, que algum atributo psico-cognitivo encontrar-se-á muito ou pouco desenvolvido, resultando em um auto-desajuste, por exemplo, a ''imaginação fora de controle'' do esquizofrênico.


Paranoia como um possível marcador de instinto??


Pelo que parece o ser humano do passado tinha ambos os seus atributos mentalistas e mecanicistas bem intensos/instintivos e a domesticação atenuou, reduziu este vigor (ou como podemos perceber entre as tribos remanescentes de caçadores/coletores, essas diferenças não parecem tão significativas assim). Tal como acontece com os cachorros em relação aos lobos em que como eu me habituei a dizer "o instinto foi deslocado de suas funções originais ou de sobrevivência e se 'adaptou' a um contexto comportamental pró-social predominante". A domesticação é muitas vezes entendida de modo negativo e de fato, ao observarmos os animais não- humanos domesticados, podemos perceber as muitas desvantagens deste processo por exemplo a grande dependência e/ou cega docilidade, incapaz de discriminar as intenções alheias. Os seres humanos apresentam cérebros um pouco menores do que os seus antepassados mas por contrapartida houve um aumento em sua complexidade, ao menos na Eurásia. 

Portanto alguns indivíduos com uma maior presença de traços atávicos comportamentais por esta lógica é provável que apresentarão cérebros maiores porém menos complexo*

 Sera que os autistas são assim?  Será que aqueles que são mais propensos a apresentarem comportamento criminoso e também tendem a ter cérebros maiores e menos complexos? 

Mais propensos a serem criminosos? 

Pois parece que não.

No entanto também pode ser possível que não encontremos mais este tipo de ser humano andando entre nós, comum há 10,20 mil anos atrás.

Em termos de agressividade e impulsividade nenhum outro grupo parece caber mais nesta ideia de ''menor domesticação'', do que os anti-sociais, ainda que, pelo que parece, a grande maioria dos seres humanos apresentem cérebros menores e mais complexos, incluindo esses tipos de mais criminosos. Também é importante especular onde que o tamanho do cérebro teve o seu auge e depois por meio da domesticação/civilização passou a ser reduzido. Será que isso aconteceu com os povos "nativos' da Austrália ou da Papua Nova Guiné?? Ou será que foi apenas entre os eurasiáticos?? 

Mais perguntas do que respostas, pra variar.

São os lobos e felinos de grande porte mais paranoicos e agressivos, especialmente com outras espécies, incluindo a humana, do que cachorros e gatos?? 

Parece que sim.

Os gatos são mais paranoicos que os cachorros??

Pois parece que sim.  

São os autistas mais paranoicos que os não-autistas?? 

Uma pergunta direta e simples e com uma possível resposta mais nuançada ou complexa. 

Os autistas tendem a desconfiar de tudo?? Eles tendem a ter ''mania de perseguição''??

A desconfiar de tudo,
 parece que muitos não.

Mas isso não seria também uma característica definidora daqueles que são mais reflexivos, por repensarem com grande frequência, denotando maior desconfiança?? 

Ou a ''paranoia'' tipicamente instintiva não seria um tipo diferente de ''paranoia'' em relação àquela que produz o pensar reflexivo (céptico, mais deliberado, enfim... mais desconfiado)??

Se todo pensar principia-se a partir do próprio ser então o (ab)uso da palavra ''paranoia'' por mim neste texto pode não estar tão fora de mão como parece. Todo pensar reflexivo é caracteristicamente paranoico, pois parte do próprio ser, e na grande maioria das vezes desdobra-se de modo neurótico, isto é, enfatizado na resolução de problemas só que se faz tendenciosa e progressivamente de maneira mais impessoal. O pensar completo muitas vezes precisa passar invariavelmente por todas as sensações humanas, a alegria, a tristeza, a raiva, a ansiedade... 

Isso poderia contribuir pra minha ideia da sabedoria enquanto uma evolução qualitativa, direta, a partir do instinto. Explicaria a serenidade e empatia do sábio mas também a sua sagacidade e potencial pra violência, se necessário ((enquanto que geralmente os ''normies'' ou neurotípicos tendem a ser implicitamente violentos com base em suas usuais ignorância-mediocridade, na maior parte de suas vidinhas). A rara combinação entre extremo instinto e extrema docilidade.

Psicopatas, especialmente os de alto funcionamento, são menos domesticados?? Eles não seriam os ''nossos'' comandantes??

Se quanto mais domesticado mais dócil, então, psicopatas, sociopatas dentre outros tipos parecem ser de fato bem menos domesticados do que o ser humano médio. Maior agressividade, menor docilidade, maiores habilidades instintivas, maior impulsividade, tal como se estivessem no piloto automático de predador ou de parasita. Mas tal como acontece com o autista o psicopata humano especialmente o de alto funcionamento parece exibir um perfil evolucionário misto ou híbrido ainda que bem menos domesticado, especialmente em relação ao mesmo. 

Cachorros e gatos

Os cachorros tem sido muito domesticados. Os gatos não. E as diferenças de comportamento médio entre eles são bem visíveis. Gatos e cachorros são espécies diferentes e portanto por lógica intuitivamente precipitada tenderão a exibir modificações comportamentais diferentes, do instinto agressivo à docilidade (ou docilidade instintiva). Mas no geral o que mais se diferencia entre eles por agora é que o gato tem sido menos domesticado. E o que percebemos em média é uma remanescência de um  instinto de caça, uma certa hipersensibilidade, menor docilidade e carinho para com o dono, se comparadas com a maioria dos cachorros. 

O instinto tende a produzir indivíduos existencialmente egoístas que vivem para prover a própria sobrevivência, possivelmente mais uma correlação hiper-lógica, como dito no início do texto do que necessariamente uma causalidade intrínseca. O grau de "instinto compartilhado" ou pré -proto-empatia pode variar de acordo com cada espécie. Algumas espécies são mais sociais do que outras e essas diferenças encontram-se presentes desde os organismos mais simples até nós. Por exemplo, algumas espécies de abelhas que são mais agressivas do que outras.

A cadeia alimentar nos mostra que os animais selvagens mais dóceis encontram-se na última escala da cadeia alimentar, especialmente se forem desprovidos de maiores vantagens, por exemplo, em termos de força ou estatura, agilidade...  enquanto que os mais agressivos são os mais dominantes e o ser humano reflete de modo pedantemente sofisticado esta mesma máxima em suas organizações sociais.

Partindo desta lógica quem melhor combinar força com sagacidade é provável que ocupará o topo da cadeia alimentar humana. 

Além da ideia de que os autistas sejam menos domesticados, o mesmo autor da teoria dos genes imprimidos, Christopher Badcock, também sugeriu que, em contraste, os esquizofrênicos seriam os mais domesticados.

Voltemos às características comportamentais que são típicas à populações domesticadas.

Os esquizofrênicos são em média mais:

socialmente dispostos e/ou simpáticos?
propensos a obedecer à autoridades?
propensos a obedecer/aprender regras?
mais dependentes?

Pois parece que não.

Propensos a obedecer à autoridades eu acredito que a maioria de esquizofrênicos e autistas estão mais propensos.

Novamente, a esquizofrenia se consiste em uma extremidade mental humana e portanto encontra-se fora do espectro naturalmente adaptável da espécie humana, de modo que seria de bom tom não compará-los de modo tão histriônico até mesmo para evitar a possivelmente equivocada comparação com o espectro do ''instinto e da domesticação''. 

Esquizofrênicos assim como os autistas podem ser realocados à condição de híbridos ou intermediários atípicos entre atavismo e domesticação, lembrando que a domesticação necessariamente não se consiste em um oposto dualisticamente perfeito do atavismo, mas de acordo com que o ser humano tem ''evoluído', isto é, ''se auto-domesticando''. O verdadeiro oposto do atavismo seriam os traços evolutivamente novos da espécie humana, que além de novos também são úteis e que podem aparecer de modo mais demograficamente significativo ou de maneira menos endêmica, por exemplo, a capacidade de pensamento racional.

Autistas tendem a ter feições consistentemente menos neotênicos ou gracilizadas*

E os esquizofrênicos* Eles, por acaso, tendem a ter feições consistentemente mais neotênicas ou gracilizadas*


Domesticação não é neotenia


Como eu já falei outras vezes, a neotenia se consiste não apenas na domesticação mas também no aumento do tamanho do cérebro, em comparação ao corpo, enquanto que na domesticação, o tamanho do cérebro segue a redução do corpo, via retenção de características juvenis. 


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Um cachorro humano*

Acho que já conclui umas seis vezes durante a leitura deste texto que eu não concordo que os autistas sejam menos domesticados, pelo que parece, num sentido mais extremo e/ou histriônico, e nem que os esquizofrênicos sejam [d]os mais domesticados. Existem seres humanos dentro e fora do espectro neuro-típico que parecem corresponder de maneira bem mais significativa, ao menos, em relação às características psicológicas tipicamente encontradas em seres domesticados e não-domesticados. 




quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Eu escrevi em textos anteriores que o instinto se consistiria basicamente nos comportamentos diretamente relacionados à sobrevivência.....

.... ainda que não esteja errado, eu acabei vinculando agressividade com o mesmo, em textos anteriores, e em um texto recente, eu desvinculei os dois. É isso aí, o instinto se correlaciona com agressividade e por causa da seleção natural, é comum que os tipos mais agressivos sobrevivam resultando nesta pseudo-causalidade, mas não é tanto assim, pois o instinto tem como epicentro conceitual a impulsividade comportamental ou operacionalidade quase-autômata do organismo ou ser, enquanto que a agressividade é mais provável de se consistir em uma reação secundária.