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sábado, 15 de julho de 2023

Sobre transtornos contextuais

 Nem a timidez e nem a introversão são transtornos mentais. Mas, contextualmente falando, os mais introvertidos, que tendem a ser mais tímidos, especialmente em sociedades em que há uma preferência quase patológica pela extroversão, como o Brasil e os EUA, tendem a apresentar maiores dificuldades de adaptação no meio social e mesmo profissional em que se encontram, aumentando o risco de que desenvolvam transtornos mentais, como a ansiedade e a depressão. Por isso que, nesses casos, pode-se dizer que não são transtornos que expressam diretamente alguma condição congênita, tal como o TDAH* e o autismo, porque resultam de contextos, isto é, de uma combinação individual de traços de personalidade, ou de maneira geral, de intrinsicidades, incluindo outros traços, com os ambientes de criação e vivência. Em outras palavras, é uma soma de fatores que resulta em um contexto desfavorável. Por exemplo, um indivíduo introvertido que vive sua infância acuado em um ambiente hostil à sua presença e que, ao longo do tempo, acaba apresentando um quadro de ansiedade social.


* Apesar de ser considerado um transtorno mental de natureza mais intrínseca, existe um estudo muito interessante que descobriu que, portadores de TDAH


se adaptam melhor em certos ambientes, sugerindo que, talvez, também seja um transtorno mais contextual. 

Infelizmente, parece que a ignorância em relação a esse tipo de transtorno predomina entre profissionais da saúde mental, incluindo pesquisadores, já que, além de não ser plenamente diferenciado da categoria de condições de natureza mais congênita, como o autismo, em que o contexto não é o fator mais relevante para se manifestar (apesar de também ser importante para a capacidade de adaptação do portador), ainda é tratado como um desajuste absolutamente ajustável à normalidade e que, portanto, o melhor "tratamento", juntamente com uma intervenção medicamentosa precoce ou compulsória, é o incentivo à imitação de comportamentos normativos, desprezando a natureza psicológica do "'paciente", como que o seu contexto o está influenciando, como ajudá-lo a se ajustar de acordo com as suas possibilidades e não de acordo com um modelo convencional de adaptação, que não é capaz de incorporar. Na verdade, um transtorno mental contextual seria uma maneira que o indivíduo encontrou para se adaptar a um contexto desfavorável, diga-se, uma maneira mais reativa, subconsciente, preventiva e/ou defensiva. Como conclusão, é necessário entender o que acontece, contextualmente, para, então, propor intervenções que realmente busquem ajudar o indivíduo a se adaptar da melhor maneira, de acordo com os seus potenciais e limites. Primeiramente, de reconhecer que esse tipo de transtorno ou de diferença existe.

domingo, 11 de junho de 2023

A correlação entre autismo e introversão não é uma mera coincidência estatística...

 ... ao contrário do que muitos ativistas e especialistas sobre o tópico afirmam ou têm deixado a entender. Porque, além da maioria dos autistas serem de introvertidos, estes, por sua vez, são mais parecidos com os autistas, se comparados com os mais extrovertidos.


Afinal, introvertidos gostam de estar sozinhos porque também estão mais orientados para o seu mundo interior e são mais sensíveis a estímulos externos. A diferença é que a hipersensibilidade autista é mais sensorial enquanto que a sensibilidade introvertida é mais social e emocional. Esses traços explicam porque ambos apresentam maior dificuldade de adaptação ao meio social, se, novamente, são mais superestimulados e tendem a desenvolver uma maior complexidade mental. No caso dos introvertidos, essa dificuldade é acentuada, especialmente em sociedades em que há uma preferência cultural pela extroversão ou onde são minoria.

Em termos cognitivos, autistas e introvertidos neurotípicos também parece que compartilham semelhanças, tais como: interesses especiais desde a infância, maior atenção aos detalhes, inclinação para pensar de maneira mais lógico-racional e dificuldade para a multifocalidade. 

É verdade que autismo e introversão não são a mesma coisa, que a maioria dos introvertidos não é autista, mas, são variações de constituição cerebral ou neurológica aparentemente próximas, de espectros vizinhos e que, justamente por essa aparente proximidade, se sobrepõem. Pois pode ser que se relacionem no mesmo nível de dois irmãos biológicos que são, em média, 50% geneticamente diferentes (e iguais) entre si, porém, irmãos. 

Eu não sei se já foi feito alguma comparação  entre os cérebros de autistas e neurotípicos/neuroatípicos não-autistas introvertidos para saber o quão parecidos estão. 

Lembrando que, também se correlacionam com outros traços, como a timidez e dificuldade de comunicação (disfluência ou gagueira).

"FAA"?? 

O fenótipo ampliado do autismo consiste numa maior presença de "traços autistas", principalmente em parentes dos portadores, mas que não são ''suficientemente autistas'' para receberem um diagnóstico, e também em indivíduos "não-autistas" sem relação de parentesco com portadores ou diagnosticados (tal como parece acontecer comigo). Pois eu aposto que muitos desses indivíduos devem ser de introvertidos e, mesmo que, pelo que especulei, o introvertido não-autista médio tende a ser mais parecido com o autista médio, particularmente o de "alto funcionamento".

domingo, 28 de maio de 2023

Personalidades generalista e exótica

 A primeira é mais propensa a ser do tipo tradicional ou convencional: extrovertida, baixa em neuroticismo e abertura para a experiência, e alta em conscienciosidade, de acordo com o modelo dos 5 grande. 


Em relação aos quatro temperamentos, seria mais para sanguínea e/ou fleumática.

É aquela que é capaz de se adaptar a qualquer ambiente social.

Já a segunda é mais propensa a ser do tipo excêntrico ou exótico: mais para introvertido, alto em neuroticismo e abertura para a experiência e variável em conscienciosidade. 

Em relação aos quatro temperamentos, seria mais para melancólica.

Esse é o tipo que apresenta preferências mais específicas de ambientes sociais, incluindo indivíduos, para se adaptar de maneira mais plena. Portanto, um tipo mais exótico. 

sexta-feira, 3 de junho de 2022

Não, o povo brasileiro não é mais empático e nem simpático

Empatia é o ato de se colocar em perspectivas alheias, com o objetivo de compreendê-las. 

Simpatia é o ato de sentir afeição, ter respeito ou educação pelos outros.

Quanto mais empático é o indivíduo, maior a tendência para ser simpático.

A simpatia facilita a ter empatia que, por sua vez, facilita a ter compaixão. 

Porém, é comum que se confunda simpatia com extroversão ou sociabilidade. Pode ser porque uma pessoa extrovertida precisa ser simpática mais vezes por interagir mais com os outros. Mas quantidade não é o mesmo que qualidade e, neste caso, nem com regularidade, já que, da mesma maneira que uma maior frequência de interações aumenta a necessidade ou chance de ser simpático, o mesmo acontece com o risco de ser antipático. Uma pessoa mais introvertida também pode ser mais simpática, se ela for mais frequentemente educada ou afetuosa em suas interações mesmo que interaja menos. Inclusive, me parece que os mais tímidos, que tendem a ser de introvertidos, além de serem mais empáticos que a média, também são mais simpáticos: afetuosos, respeitosos, educados...

Justamente por causa dessas diferenças que, os povos mais extrovertidos do mundo, tal como o brasileiro, não são, a priori, mais empáticos e nem simpáticos, ainda que possam aparentar uma maior simpatia por causa da extroversão. 

"Podemos' ser, em média, mais alegres/extrovertidos, mas definitivamente não parece que "somos' mais honestos, solidários, educados e/ou afetuosos que a maioria dos outros povos. 

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Introvertido ou lógico? Extrovertido ou instintivo?

 Não é apenas por estar em um ambiente denso de pessoas e estímulos sensoriais que isso pode me sobrecarregar, sendo eu, mais introvertido, porque também depende de quem são essas pessoas e que tipo de ruídos estamos falando. O que realmente me deixa desconfortável é estar em um ambiente em que eu sinto uma atmosfera potencialmente  hostil ao meu redor, principalmente se percebo diferenças comportamentais ou de personalidade marcantes das pessoas, em relação a mim, que estão no mesmo local. Pois parece que a minha "introversão" não é apenas uma preferência para estar sozinho, mas também uma inclinação para pensar e agir de maneira mais lógica e seletiva em interações sociais. Por isso, quando estou ao lado de pessoas com as quais tenho construído relações de maior intimidade ou confiança, eu fico mais relaxado, até para ser eu mesmo, sem que me sinta sobrecarregado. Já quando estou com desconhecidos ou conhecidos que não tenho uma relação muito próxima, eu fico mais travado, preocupado com a opinião deles, com o que podem fazer, e isso me deixa desconfortável. Ainda mais se forem hostis, arrogantes ou desrespeitosos... Claro que eu me sinto ótimo quando estou comigo mesmo. Mas isso não significa que dispense estar em boa companhia, eu só não gosto de estar mal acompanhado. Pois pode ser daí que veio essa ideia de que nós, introvertidos, somos aqueles que, essencialmente, preferem estar sozinhos. Eu acho que não é bem isso. 


Eu também penso que, seu eu tenho poucos amigos não é apenas porque prefiro ter poucos, mas porque percebo uma relativa escassez de amigos em potencial nos ambientes sociais em que tenho transitado. 


Portanto, por essa análise, a personalidade introvertida seria mais como uma personalidade lógico-social, em que as relações interpessoais são mediadas pelo nível de confiança ou intimidade, receptividade ou reciprocidade. Já a extrovertida seria mais como uma personalidade instintivo-social, em que existe uma necessidade intrínseca para estar em ambientes sociais e/ou interagir com os outros. Ou talvez, no caso da introversão, eu esteja falando especificamente sobre o meu tipo...


Territorialidade versus dominância


Outra provável diferença é que a primeira é mais territorial, autocêntrica, intelectualmente autônoma e/ou independente de socialização, enquanto que a segunda é mais dominante, agregadora ou intrusiva, e dependente de socialização, do tipo que tende a disputar o domínio ou protagonismos dentro de espaços sociais, numa roda de "amigos', no ambiente de trabalho, etc... A primeira é mais propensa a respeitar territórios individuais. Já a segunda, por ter esse ímpeto de dominar, de se impor, está mais propensa a desrespeitá-los.  


Eu sei que poderia terminar esse texto sem fazer julgamentos, mas eu acho que a personalidade lógico-social é a mais inteligente, tanto no sentido intrapessoal, por causa de sua maior seletividade, cuidado ou precaução em relação à lugares e pessoas, quanto no interpessoal, porque se relaciona com maior respeito pelo espaço ou território alheio, especialmente quando não se expressa de maneira desequilibrada, sem que o indivíduo se torne excessivamente arredio à interações.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Introversão "patológica' versus introversão adaptativa

O introvertido ''patológico' seria justamente aquele que não teria a capacidade de se adaptar a partir desta faceta de sua personalidade, que, portanto, se manifestaria de maneira rígida ou estereotípica. E quando falo "se adaptar" e em relação ao contexto da introversão, eu me refiro a de se ajustar de acordo com o grau de intimidade, em que, maior a confiança com o outro, maior a extroversão ou exposição de sentimentos, relaxamento e ''sincronização'' com o seu comportamento, em média, isto é, o melhor uso da mesma. Em outras palavras, a introversão em intensidade mas não em controle de qualidadeO introvertido patológico simplesmente não seria capaz deste ajuste, mesmo conseguindo um grau elevado de intimidade com outro indivíduo. 

O introvertido adaptativo seria exatamente como um extrovertido [ou um ambivertido] hiper-seletivo que só demonstra a sua personalidade interior e portanto também os aspectos relacionados à extroversão [a sua totalidade ou aspectos mais consideráveis], para os indivíduos que conquistarem a sua confiança. 

Este tipo não seria exatamente um ambivertido típico, porque o seu ímpeto introvertido, não se manifesta apenas nas relações sociais mas também nos aspectos mais essenciais como o estilo de pensamento [por exemplo, maior introspecção ou capacidade para o pensar reflexivo e também maior sensibilidade ao ambiente].


Aqui também se percebe uma certa superioridade, à priore, da introversão, em relação à extroversão, já que esta segunda seria basicamente como uma exploração do ambiente, em especial do ambiente social, de maneira impulsiva, tal como sair para outro país com uma cultura diferente sem buscar compreende-la, ainda que isso não signifique que todo extrovertido agirá assim, mas muito mais propenso de faze-lo. O introvertido e em especial o mais adaptativo, analisaria ou buscaria conhecer melhor o ''ambiente alheio'', de outras pessoas [e seres], antes de interagir, de entrar em contatos de segundo, terceiro ou quarto graus.  

Faz todo sentido ser mais desconfiado com ''estranhos'' e apenas se ''abrir'' mais quando já tiver conhecimento suficiente sobre eles... 

Aí deveríamos também diferenciar o grau de extroversão ''na intimidade [desejada ou, a priore, benignamente alcançada]'', porque se apresentar um nível mais alto da mesma nesta situação, então, ao invés de ser um introvertido adaptativo, é provável que seria mais como um ambivertido típico [no sentido de natureza e não de nível de raridade] ou como um omnivertido. Ou não, aqui sempre tem essa opção, ''nenhuma das especulações anteriores/acima''.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Introversão + emotividade = timidez; introspecção + emotividade = tendências paranoicas [em elevada intensidade]

Introversão + estado emotivo mediano = introversão mais purificada, característica ou que não está interseccionada com outras intensidades 

Introversão + hipo-emotividade = frieza emocional


 

Introversão: relacionado com o comportamento (hipo) social e/ou com o comportamento EM GERAL.


O introvertido prefere ficar sozinho/ter o um tempo para si mesmo, e/ou de ter como companhia uma menor densidade de pessoas.

Introspecção: relacionado com o estilo/tipo e com a intensidade do pensamento.


O introspectivo é pura e simplesmente alguém que apresenta maior frequência de pensamento interno, isto é, que pensa mais sobre a sua realidade e tudo o que nela está contido. 


Em outras palavras o muito introvertido [tímido] não é o mesmo que o mais introvertido [introvertido], supostamente...

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Extroversão/ambiversão/introversão específica ou generalizada [traços psicológicos podem ser, especuladamente falando, mais localizados ou generalizados]

O meu caso

Mais extrovertido com gays e grupos com os quais eu mais me identifico...


Pode-se ser mais generalizado em um traço psicológico [psico-cognitivo] ou mais específico...

Maiores níveis de generalização, dependendo do traço, mas creio eu, geralmente falando, pode indicar níveis mais baixos de adaptabilidade...

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Espectro do criativo contínuo (extroversão + abertura) e do criativo descontínuo (introversão + abertura)

Por que a maioria dos mais criativos não são geniais??

 Especulação claro. Porque a maioria dos mais criativos apesar de forte ou intensamente ambivertidos (omnivertidos) vão mais para o lado da extroversão resultando em um aumento da expressão, do que, da eficiência ou funcionalidade de suas criatividades. Os mais criativos que, apesar de suas naturezas fortemente ambivertidas (omnivertidas = condição que parece ser absolutamente fundamental para a criatividade), caem mais para o lado da introversão, esperar-se-á, logicamente, e em média, que apresentarão um padrão oposto de menor expressividade e de maior eficiência/objetividade/realismo/consciência -- conscienciosidade de suas criatividades.

E claro ainda podemos ter os tipos intermediários entre os mais descontínuos e os mais contínuos...

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Introversão-extroversão multi-atenção

Introversão: mais informações emergindo à condição de consciência ou importância, provocando mudanças ou interrupções nos comportamentos, só que a priore, de intensidade não-obsessiva.

Ou também: mais informações não-sociais emergindo como relevantes e afetando o canal de interação social predominante entre o ser e o seu meio.

= Menor fluidez subconsciente/instintiva

Extroversão: maior capacidade de lidar de modo superficial a neutro com uma multitude//maior densidade de padrões ou informações sociais se sucedendo ao mesmo tempo em determinado ambiente. Menos informações emergindo à condição de relevantes que "abduzem" a atenção central e deslocam ou interrompem o comportamento especialmente o social.


Maior capacidade para lidar com vários padrões OU para centralizar a atenção especialmente nas informações sociais diretas ou essencialmente relevantes, por exemplo, durante o estabelecimento de uma conversa comum com outra pessoa, prestando atenção na mesma...

Maior fluidez subconsciente/instintiva

Quando dois indivíduos, um mais introvertido e outro mais extrovertido, estão em uma festa, para o primeiro, mais informações (sociais e não-sociais) emergirão como relevantes e serão interpretadas pelo seu consciente. ao invés do subconsciente, podendo até resultar em uma multitarefa não-desejada.


 Este fator aumenta a sensibilidade de sua percepção assim como também a sua ânsia para solucionar aquilo que por ventura identificará como um problema/desafio/pendenga. 

Concentração introvertida versus multi-atenção de baixa intensidade extrovertida

São os introvertidos mais distraídos??

Não necessariamente.


Até pode ser o oposto, justamente por analisarem muitos elementos em seus ambientes que, ao invés de uma distração, isso pode se consistir em um tipo de capacidade de concentração mais individualizada a cada elemento que emergir como relevante. O modus operandi do introvertido já parece ser a análise individualizada enquanto que o extrovertido tende justamente a analisar em blocos e de maneira mais superficial. 


No entanto, talvez, possamos dizer que, ao prestar atenção a vários elementos, sociais e não-sociais, e dentro de um ambiente que ''exigiria'' maior atenção ou exclusividade aos elementos sociais mais importantes, como o exemplo da conversa acima, o introvertido típico acabaria por apresentar, caracteristicamente falando, distração, se existem pré-condições dentro de um ambiente que determinam o que é logicamente relevante e o que não é, a priore, e se ele tenderá justamente a se deixar engolfar também por aquilo que, inicial e decididamente falando, poderá ser considerado como irrelevante. 

Maior memória semântica sobre a autobiográfica, ou melhor, sobre a memória ''social'' = menos assuntos**

Inferência intrapessoal versus interpessoal 

O introvertido se analisa mais em uma dinâmica social do que o extrovertido que tende a focar mais na própria interação isto é, a partir da perspectiva interpessoal.


Maior consciência ou mais pensamentos conscientemente aprofundados = maior frequência do comportamento manual ao invés do automático...

Multi-atenção de baixa intensidade e não multi-tarefa = o extrovertido, em um ambiente social, será mais propenso a exibir multi-atenção só que de baixa intensidade resultando em uma melhor fluidez enquanto que o introvertido, em média, será mais propenso a terminar produzindo uma ''multi-tarefa'', isto é, pensando e fazendo, e geralmente pensando mais em, várias coisas ao mesmo tempo, fracionando a qualidade da ação, especialmente se ele é mais especializado em ações individualizadas do que mais densas ou diversas no mesmo espaço de tempo...

Também é elementar que quando deslocamos um indivíduo que exibe características comportamentais especializadamente distintas do ambiente em que o colocamos, ele tenderá a apresentar baixo rendimento em suas funções, tal como pegar alguém com fobia por altura e colocá-lo justamente em uma área muito alta. Não é que todo introvertido terá fobia social, mas pode-se dizer que a grande maioria, se não a totalidade deles, apresentará maiores desafios para se ajustar em cenários mais densamente populados e que exigirem deles interações mais diretas, e talvez até poderíamos concluir que o introvertido médio estará mais perto do espectro da fobia social do que o extrovertido, por razões que parecem óbvias...

Processo e produto evolutivo .... e uma deixa sobre introversão-ambiversão-extroversão

Processo [mentalidade sexualmente seletiva = social/extrovertida ... tendo como finalidade a seleção pela 'beleza', bruta ou mais estética] 

Produto [simetria estética ou beleza = pessoas mais ''bonitas'']


Introversão = tendência para menor atração física**

Se é verdade que os introvertidos, e especialmente os mais introvertidos, sejam em média, menos atraentes que os ambivertidos e extrovertidos, eu não sei, eu estou pensando por agora que sim. Faz sentido que as pessoas mais atraentes tendam a ser também as mais populares e que, a partir de suas auto-impressões, quando não rastreiam qualquer 'defeito' saliente em si mesmas, também tendam a se tornar socialmente confiantes e/ou extrovertidas. No mais, partindo de um cenário hipotético em que foi comprovado essa correlação e talvez causalidade parcial, então o que isso poderia significar*

Que os mais introvertidos, em média, assim o são porque, ao perceberem os seus defeitos físicos ou menor atratividade [de maneira geral], passam a operar de maneira mais vigilante ou deliberada do que socialmente intuitiva/e confiante**

 Isto é, não é que eles SELECIONEM MAIS, mas que, justamente por perceberem uma menor quantidade de ''escolhas'' [cônjuges; colegas//amigos], passam a SELECIONAR MENOS. Eles não são mais seletivos necessariamente porque primam pela qualidade [super exigentes], mas porque ao perceberem justamente uma menor qualidade em si mesmos [auto percepção conclusiva exagerada ou não], ''se tornam' mais inseguros na hora de buscar por relacionamentos. E no final, muitos acabarão se deparando também com uma escassez qualitativa [de acordo com as suas pré-e-pós-concepções] de maneira geral.

OU também que, como produtos de processos ou forças seletivas que não foram relacionadas com a seleção sexual [direta], de maneira considerativa, expressam tanto a forma quanto a expressão que caracterizam as suas próprias forças seletivas subjacentes. Claro, apenas algumas exceções de introvertidos totalmente normais em comportamento e com ótima aparência, e essa possibilidade de causalidade universal cai por terra [assim como também o extrovertido com aparência estética bem abaixo da média].

O que quero dizer com isso*

Eu quero dizer que, como produtos de processos seletivos anteriores, os introvertidos tenderão a apresentar tanto as características psicológicas/potenciais de comportamento, quanto as características físicas/estéticas atreladas. Este parece ser o caso dos leste asiáticos que apresentam tanto uma menor atratividade física [em média] a partir de critérios universais de comparação, quanto uma maior introversão, ainda que predominantemente ambivertida, como é a regra para a maioria das populações humanas. 

Portanto, é SEMPRE a auto-impressão [especialmente se for factual] quanto a uma menor atratividade que causa a introversão*

 Sabemos que não, porque abundam casos de 'feios'' auto-confiantes, aquilo que denominei de ''narcisismo intra-pessoal'' ou ''puro'', em que a pessoa [geralmente um homem] é extremamente [auto]-confiante independente do nível de sua aparência ''ou' atratividade física/sexual. 

No entanto é muito provável que exista uma co-ocorrência de baixa atratividade física, e também de desordens psíquicas, com a introversão, especialmente em sociedades onde o epicentro seletivo tem sido a extroversão, mas mesmo em sociedades onde a introversão é mais comum, como no Japão, porque os introvertidos tendem a ser produtos seletivos de um cenário evolutivo, em que tem sido co-selecionado uma menor atratividade física [não necessariamente ''feiura''] COM traços típicos de personalidade desta expressão. E possivelmente também porque a sua natureza mais perceptiva, mais detalhista, tende a ser por si mesma, mais propensa a resultar em alguns tipos [ou a maioria dos tipos] de desordens mentais//fenótipos extremos da condição ou em combinação desarmoniosa com outras expressões.

Acho que poderia sim ser possível de co-selecionar por grande atratividade física e introversão e que resultaria, é muito provável, em uma população com uma maior frequência desses traços em co-relação. 

Aí neste caso eu pensei nos termos: processo e produto evolutivo, tal como já os apresentei acima. 

O processo evolutivo ou seletivo é basicamente a mentalidade, a busca por uma finalidade especificamente atrelada à proposta [a si mesma]. É o caso da mentalidade da seleção sexual, em que se busca pela beleza para o acasalamento [quer seja uma beleza completa ou subjetiva/parcial OU ainda do tipo ''sexualmente crua'', como tentei explicar neste texto]. 

O produto é aquilo que o processo evolutivo/seletivo almeja [e tendo nós como os seus agentes subconscientes] e também aquilo que o processo evolutivo terminou por produzir.

 Esta é a diferença entre aquele homem que é fortemente atraído por mulheres mais ''bonitas', e aquele homem que já é mais bonito. [ou não...]

Aquele que busca por uma finalidade de expressão e aquele que é essa finalidade...

A seleção sexual ou processo seletivo [sexual] visa ou tem como finalidade uma maior simetria estética/saúde. 

O produto seletivo/evolutivo se consiste justamente na realização do seu processo.

Também podemos dizer que, em um cenário mais natural, inevitavelmente, a extroversão acabará correlacionando mais com a atratividade física, afinal, uma boa aparência tende a incutir ''emoções positivas'' nas pessoas justamente por transmitir maior saúde e isso tende a ter implicações sociais como uma maior dominância. 

O introvertido pode ser, em média, menos atraente que o extrovertido [sem levar em conta fatores subjetivos como uma maior preocupação com a aparência, isto é, baseando-se em uma análise bruta], mas isso não significa necessariamente que, este fator será o principal responsável por sua maior introversão, AINDA que, seja esperado que terá um papel para amplificá-la, dependendo da qualidade das interações a longo prazo. 

Em um ambiente 'natural'' e social/humano, os mais fisicamente atraentes serão mais propensos a serem de extrovertidos e os introvertidos serão mais propensos a serem menos atraentes, ESPECIALMENTE no caso da ''beleza bruta'', que eu tentei explicar no link que deixei disponível mais acima.

Por que a introversão tem se correlacionado com uma menor atratividade física**

Se este for mesmo o caso, bem, temos os leste asiáticos e uma maior tendência introvertida, a minha explicação favorita é a de que a introversão [principalmente a ambiversão introvertida], especialmente a humana, é uma das características derivadas daquilo que tenho denominado de seleção antropomórfica, dentro dos ambientes mais ''civilizados'', e que muito provavelmente consiste também ou especialmente em um produto psico-cognitivo comum em ambientes muito complicados. Percebam que os introvertidos tendem a predominar OU a serem mais comuns nas nações de clima mais frio, e especialmente entre as populações pré-civilizadas!!







Ou não. 

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Introvertido: se sobrecarrega de informações rapidamente OU [também] é apenas mais direto**

A socialização, isto é, o ato de socializar com as outras pessoas, e de preferência com muitas pessoas, é, a meu ver, um ato muito subjetivo ainda que todo ato desta natureza tenha a sua carga de objetividade. É subjetivo porque tende a ser mais lento, relativamente caótico ou multi-dinâmico, ainda que paradoxalmente mais rápido em seu ritmo. E as suas regras ainda que existentes não estão claramente traçadas. 

Um exemplo interessante e talvez incomum de socialização é o de ir para a praça principal da sua cidade e de ficar ''fazendo hora'' por lá. 

O que parece claro pra mim é que as pessoas mais introvertidas tendem a ser ao mesmo tempo mais procrastinadoras, isto é, atrasam mais as suas ações, porque pensam mais sobre elas e sobre as circunstâncias envolvidas, MAS também são mais objetivas, que preferem executar tarefas ou ações previamente determinadas, tendo algo em mente, já bem traçado

Mesmo que, ao ir à uma festa, já se tenha algo em mente, este algo tende a ser mais vago do que determinado.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Estabilidade emocional tende ou pode resultar na conscienciosidade? E em doses menos amaciadas na extroversão?

Introversão tende ou pode resultar no neuroticismo?? 

Traços primários/adaptativo (introversão) e secundários/rea-adaptativo (neuroticismo) 


Agradabilidade tende a aumentar a extroversão?

Mas também pode acabar no neuroticismo?? (excesso de agradabilidade)

Abertura para a experiência pode levar ao psicoticismo? E em doses mais fracas à extroversão
?


sexta-feira, 1 de setembro de 2017

As pessoas são atraídas por valores e não necessariamente por similaridades de personalidade ou pelo núcleo de personalidade

E os valores [morais] geralmente representam a periferia da personalidade.

 Isso também explica porque a maioria das comunidades humanas, unidas com base em valores iguais, tendem a ser hierárquicas/diversas em tipos ''nucleares'' de personalidade, geralmente tendo os mais comunicativos ou dominantes como os seus ''chefes tribais''. E o porquê dos mais introvertidos, serem mais propensos a "se repelirem" e a acabarem sobre a sombra dos mais extrovertidos, em suas respectivas comunidades de valores em comum.

domingo, 6 de agosto de 2017

Personalidade, mecanismos de ação /reação e quatro temperamentos

Ação/reação superficialmente contemplativa/expectativa/inerte fleumático

Ação/reação especulativa melancólico /
 Reação receptiva sanguíneo

Reação defensiva colérico 


A estabilidade emocional do fleumático é a base do comportamento, quase que como uma pré-ação ou uma preparação [para a ação]. 


A especulação constante do melancólico é a base para o comportamento de exploração introspectiva, a priore, bem intencionada, dos próprios pensamentos. Otimismo intra- exploratório. Também se consiste em uma pré-ação ou pensamento mais deliberado e que pode resultar na precaução.

A receptividade do sanguíneo é a base para o comportamento de exploração extrospectiva, a priore, bem intencionada do ambiente/e ou das pessoas. Otimismo exploratório. 

A defensividade do colérico é a base para o comportamento de defesa mas também de ataque. 


Portanto temos o estado de inércia inicialmente ideativa ou ''fleumático'', que se bifurca no pensamento mais longo ou ''melancólico'' ou no pensamento mais curto ou ''sanguíneo'', partindo para a partir daí para a ação [ou não]. E por último nós temos o estado de preparo para a defesa ou para o ataque, ou ''colérico''. 

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Quatro temperamentos e qi

Média nos EUA/população branca: 102

Proporção estimada (chutada)
Temperamento [do tipo mais ''puro'', sem combinações ou perfis intermediários] por ordem de importância ou predominância demográfica: 

Sanguíneos: 45% 100
Fleumáticos: 40% 103
Coléricos/melancólicos: 15% (7,5%/7,5%) 95/100 (maior amplitude de pontuações)

Brasil/população "branca': 95

Sanguíneo 55% 94
Fleumático 30% 97
Colérico 8% 89
Melancólico 7% 96

 Extroversão à introversão: sanguíneo, colérico, fleumático/melancólico

Sanguíneo, o mais extrovertido...


Colérico, o irritadiço explosivo, geralmente ambivertido mas mais propenso à extroversão
?

Fleumático, o mais estável, ambivertido mas pendendo para a introversão

Melancólico, o mais sensível e também o mais propenso tanto para a introversão quanto para a ambiversão


Tudo chute

quinta-feira, 27 de julho de 2017

domingo, 16 de julho de 2017

Intra ou inter

Introversão-extroversão: Ênfase ou direção perceptiva (pra dentro e pra fora)

Abertura-conscienciosidade: "extroversão-introversão" intelectual (exploração/vivência ou acanhamento intelectual/ expansão ou retenção--contração ... mas de natureza mais introspectiva/pra dentro

Agradabilidade-psicoticismo: Direção pra fora (no big Five mais interpessoal ou tradicional), positiva ou negativa 

Estabilidade-neuroticismo: Direção pra dentro (interessante que este espectro de traços seria o mais intrapessoal e portanto mais próximo do big Five "inverso' que propus. No mais, talvez fosse melhor denominar o big Five tradicional como meso-pessoal, nem muito lá nem muito cá, ainda assim mais para a interação do que para a intra-interação).

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Diferenças entre ansiedade e paranoia e analogia com introversão e timidez

A ansiedade se consiste pela espera de um acontecimento futuro.

A paranoia se consiste em um hiper atividade ideacional geralmente de natureza intrapessoal e interpessoal. 

Apesar das definições tenderem a ser distintas mais parece que a paranoia está contida na ansiedade assim como a timidez está contida na introversão.

Todo estado de paranoia é de ansiedade
Todo estado de timidez é de introversão

Mas nem toda ansiedade é ou está em um nível de paranoia 
E nem toda introversão é ou está em um nível de timidez 

O tímido tende a ser mais reativo/geralmente de retração ou cautela do que ideativo. O paranoico tende a ser o oposto, sendo muito mais ideativo do que reativo. 

O tímido tende a ser mais dedutivo enquanto que o paranoico tende a ser mais indutivo. O tímido deduz que não é popular, que se importa com a opinião alheia e que as coisas não virão fáceis pra ele...como deseja. O paranoico induz aquilo que os outros estão pensando sobre si mesmo. Parece-me que o paranoico tenderia a ter mais o estilo criativo de pensamento indutivo/e abdutivo enquanto que o tímido tenderia a ter mais o estilo inteligente de pensamento dedutivo, tenderia OU seria assim especialmente se estivermos falando de tímidos e paranoicos típicos

A ansiedade e a introversão  podem ser sobre qualquer fator inclusive por fatores impessoais enquanto que  timidez e paranoia forçosamente se consistem em  respectivas hiper-versões mentalistas das duas acima, ainda que os assuntos sociais ou pessoais sejam predominantes de qualquer maneira, e que a timidez seja mais ou pareça ser mais como uma mistura de estilos, por ser mais dedutiva/mecanicismo/inteligência do que indutiva/mentalismo/criatividade.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Omniversão ou ambiversão "patológica'??

Eu sou um ''ambivertido intenso'' de nascença? A omniversão existe mesmo? Ou alguns fatores importantes me impedem de ser mais extrovertido?? 

O introvertido [característico, que não está consideravelmente conurbado com outros tipos de expressões comportamentais] sente o mundo de maneira mais intensa que o extrovertido. Eu já comentei que o primeiro sente o mundo de maneira mais correta e portanto mais reciprocamente/possivelmente assimétrica enquanto que o segundo tende a ser mais constante ou generalizado. Em um ambiente cheio o introvertido sente esta densidade demográfica elevada. O mesmo talvez não possa ser dito sobre o extrovertido. Em um ambiente vazio de pessoas e de estímulos o introvertido especialmente o característico, sentirá este vazio. O mesmo talvez não possa ser dito em relação ao extrovertido. Não é que ele não sinta os contrastes. A diferença é que parece sentir [muito] menos. O introvertido parece prestar maior atenção ao ambiente que o extrovertido.

No mais eu estava pensando sobre isso porque desde a um bom tempo que eu achava que era um introvertido e recentemente comecei a me questionar se a minha introversão é realmente mais genética / significativamente característica ou se é mais como o produto [secundário] das circunstâncias extrínsecas e intrínsecas, ou indireta, que alguns chamam de "introversão patológica".

A introversão patológica ou artificial consistiria supostamente em uma introversão causada por fatores secundários como no meu provável caso, gagueira e sexualidade desviante, por exemplo. No entanto parece que ainda não se sabe se a maioria ou se uma fração dos introvertidos apresentariam esta constelação de fatores intrínsecos e extrínsecos que por sua vez seriam os responsáveis por suas maiores inibições ou sensibilidades. Parece que não. Tenho a impressão que mais do que uma ''introversão patológica'', nós na verdade estejamos falando de ''timidez reforçada'', que pode ter um impacto em alguns tipos de ambivertidos* ou mesmo de maior sensibilidade, obviamente em relação ao ambiente.


No mais existem gagos e homossexuais que são extrovertidos. Aliás a maioria dos homossexuais parecem ser bem mais extrovertidos do que introvertidos. E também, no caso dos gagos, pode haver uma correlação entre introversão e a própria condição e acabar resultando naquilo que chamei acima de ''timidez reforçada'' e não unicamente em uma causalidade, da gagueira resultando em uma maior inibição.

Eu pensei então que talvez possa ser mais introvertido também por causa desses fatores, mas como mostrei rapidamente acima, se existem exceções, então a ideia de causalidade pode não ser a mais viável, ao menos para me explicar. Acho que por ter uma mente mais lógica e empática, por me interessar mais por pessoas, e portanto por ser mais mentalista, e generalizadamente lógico/ou racional, sinto que esses traços que apresento, sejam de fato, dignos de vergonha, em especial a gagueira mas também a homossexualidade, ainda que já sejam assuntos quase totalmente resolvidos pra mim e que eu mesmo, literalmente falando [o meu EU], acredite que, especialmente em relação à segunda, não haja tanto alarde para sentir vergonha, porque falo mais em relação às impressões que os outros tendem a ter. 


Se eu sou mais lógico [a ponto de ser mais racional], a priore, então eu vou identificar a gagueira e a homossexualidade como desordens potencialmente infrutíferas mediante uma perspectiva evolutiva, que só não é mais importante do que a existencial, mas que se relaciona consideravelmente com as nossas auto-percepções de ''qualidades' e defeitos.

E se eu sou mais empático, de maneira geral, mas mais para a cognição do que para a afetividade, ainda que também o seja nesta segunda, então eu vou ser mais sensitivo à opinião alheia sobre mim.


Conjugue os dois e vamos ter um aumento de precaução em relação às [outras] pessoas, e mesmo em relação a si mesmo, em como que se comporta durante as interações pessoais. 

No entanto ainda pode ser possível pensar em pessoas que sejam mais ou menos lógicas e gagas, e mesmo assim, mais extrovertidas, denotando possivelmente uma natureza intrínseca e causal para a extroversão, que é causada ''por si mesma'', tal como uma tendência marcante de resposta instintiva, e o mesmo no caso de todo o espectro de sensibilidade ambiental, incluindo portanto ambiversão e introversão.

No mais, alguns dos meus ''traços'' mais marcantes parecem ter aparecido desde a tenra idade por exemplo uma forte tendência ao hiper foco (mais lúdico mas real), sendo que a minha primeira obsessão começou bem cedo [sobre dinossauros] como eu já comentei. A minha grande disposição para o hiper-foco [lúdico] pode ter um efeito em como que me comporto em relação aos outros, me tornando mais interessado nos meus assuntos prediletos ''do momento', do que na socialização. No entanto talvez tenhamos muitas pessoas que também apresentam hiper-foco, de maneira mais intensa, se quase todo mundo é um pouco ou muito focado em alguma coisa, em suas predileções existenciais, só que elas conseguem conciliá-lo até de maneira natural com a socialização. Portanto culpar o hiper-foco de maneira generalizada por uma tendência para a hipo-socialização pode não ser o mais correto a ser feito. E no meu caso, os meus assuntos de interesse ainda são ou se tornaram socialmente polêmicos, só pra piorar um pouquinho. Se é com relação às pessoas com as quais nós temos maior intimidade que nós mostramos quem realmente somos, então eu posso dizer que seja mais calmo em algumas dimensões de minha personalidade, em termos interpessoais, e mais consideravelmente em termos intrapessoais, especialmente nos dias de hoje, mais bem humorado e prestativo em meu lar doce lar assim como também com aqueles que estão mais próximos de mim e que merecerem, mas a minha hiper-sensibilidade permanece e talvez revele a minha introversão não-forjada ou ''patológica' assim como também uma perceptividade aguçada. De fato eu estou mais sensível ao ambiente, não a um nível autista, mas estou, talvez ao nível de um introvertido neurotípico. 


Será que desde criança que eu sou assim* Tentando puxar pela memória, alguns rasgos ou frascos do espaço/tempo que vivenciei e que ainda teimam, graças a ''deus', a continuarem dentro da minha cabeça, eu tenho a impressão que desde a tenra idade já apresentava muitos dos níveis expressivos de comportamentos que tenho hoje. Realmente não sei dizer se antes dos meus 7, 8 anos eu era tão introvertido como agora, mas estou quase certo que sempre fui muito perceptivo e como consequência curioso, interessado sobre o meu ambiente, o meu redor. Tenho uma leve impressão, talvez uma falsa memória, de que eu já não gostava de participar de eventos sociais, nomeadamente na escola, antes dos meus oitos anos, ainda que o fizesse. Parece que no início eu ficava ansioso [talvez toda criança fique um pouco* talvez o uso da palavra ''toda'' não faça sentido neste contexto] e mesmo chegava a pensar em refugar, mas acabava participando desses eventos [forçados]. Sempre fui mais caseiro, não tinha muitos amigos e parece que não gostava de brincar com muitas crianças, mas sozinho [sinal de independência intrapessoal e maior ''criatividade primitiva' ou lúdica] ou com ''apenas'' uma criança ''de cada vez''. Como 7 anos passam rápido então eu não tive tempo, talvez, para saber como que teria me comportado além desse curto período e no ambiente que predominou em minha primeira infância, que foi bem distinto daquele que passou a predominar a partir deste período e até bem recentemente.

A relação entre maior criatividade [ao menos a do tipo lúdica] e solidão é que enquanto que uma criança regular parece necessitar de outras crianças em sua companhia para brincar, as mais ''precocemente' criativas talvez tendam a ser auto-suficientes para as mesmas tarefas.

Maior autoconsciência e racionalidade??


Então  estou tentando entender se eu sou mais software ou hardware em relação a minha introversão. Parece que um dos traços comuns entre os muito criativos é justamente este contraste interno/ ou maior plasticidade de personalidade. Pode ser necessário novamente diferenciar timidez de introversão e buscar pelo conceito da segunda e claro, aplicando-o ou contextualizando-o. Eu já falei que a timidez mais parece se consistir em uma introversão muito forte e mais direcionada ou sensível para as relações inter-pessoais, mais mentalista. Ainda que, de acordo com a minha re-definição, a timidez se consista em um tipo e/ou nível de introversão, a mesma, em sua manifestação mais característica e menos modificada por interações de outros ''traços'', seria exatamente aquilo que falei acima, e até de maneira mais neo-simplificada, isto é, em uma maior disposição para prestar atenção ao redor ou ambiente, basicamente uma espécie de maior sensibilidade ambiental, não no sentido de abraçar árvores, mas de ser mais sensível aos seus estímulos, padrões ou detalhes, influenciando na maneira de perceber/e pensar antes de agir, em uma maior frequência. Eu até já especulei se a timidez seria mais uma reação secundária a uma combinação entre introversão/maior sensibilidade ao ambiente e mentalismo, mais circunstâncias ambientais favoráveis a este aperto de vulnerabilidade tornando-se em uma vulnerabilização ou ''vulnerabilidade consumada''.


Se eu não sou um ambivertido ou introvertido patológico, e se talvez possa do alto de meu delírio me auto-denominar como um ''omnivertido'', que ou aquele que comunga com as características de ambos os níveis usualmente opostos em seu espectro comum [sem serem amalgamados como no caso dos ambivertidos comuns], isto é, que estou constantemente motivado ''pelo ambiente'' [e também por mim mesmo, por causa dos meus interesses específicos, e/ou que esteja introspectiva e extrospectivamente estimulado, dando liga à fundação deste canal criativo mais constante ou alerta], tal como um extrovertido, mas que também esteja constantemente absorvido por seus padrões, os que são capturados, tal como um introvertido, e que isso possa se manifestar numa maior sensibilidade perceptiva, então também posso pensar se, uma possível maior autoconsciência, representada por capacidades metacognitivas ou introspectivas mais constantes e progressivamente precisas, não tenha contribuído, desde cedo em vida + circunstâncias ambientais não-favoráveis, só que no início de maneira mais subconsciente, para o estabelecimento de uma personalidade extrínseca menos interpessoalmente receptiva, e não necessariamente em uma ''introversão ou ambiversão patológica''.

Portanto eu não sou um ''introvertido ou ambivertido 'patológico''', que se tornou mais arredio em relação às outras pessoas apenas ou fundamentalmente por razões secundárias, e acho até difícil acreditar que tal conceito exista de fato, especialmente por causa do termo ''patológico''. Os 3 fatores-chave que tem delineado as minhas reações comportamentais de maneira generalizada são: maior sensibilidade e perceptividade ao ambiente; maior racionalidade e maior mentalismo. Antes, quando eu era menos auto-entendido, e reagia de maneira mais instintiva ou irreflexiva, os fatores que predominavam eram: maior sensibilidade [introversão] ao ambiente + maior mentalismo ou interesse/e preocupação pela opinião alheia/por pessoas + ambiente invariavelmente desfavorável, amplificando essas tendências. E sim, pelo fato de ter reconhecido em mim desde cedo, e por razões óbvias, gagueira e sexualidade desviante, contribuiu para me tornar ainda mais arredio, sem sombra de dúvidas, mas não fundaram a minha introversão, talvez a minha timidez. A minha praticidade e/ou falta de necessidade de socialização, também é muito provável que tiveram influência. A partir do momento em que encontrei o caminho da sabedoria principiando pelo auto-conhecimento, este fator adentrou como um re-organizador de minha percepção.

Portanto como conclusão final desta confusão proto-arranjada acima eu não sou um ''pseudo-introvertido'', ou eu acredito que não seja, porque eu sempre apresentei características que se relacionam com a introversão, porque mesmo em um ambiente mais familiar eu as exibo, isto é, sou mais perceptivo, sensível ao ambiente e claro às pessoas ao meu redor, ainda que a própria ideia de introversão ou extroversão precise ser talvez melhor aprofundada.