.. e do ambiente.
A relação entre os genes e o ambiente me parece muito mal entendida e especialmente por causa da falta de precisão semântica por parte das pessoas, em sua maioria, pelo que parece, ou é apenas pedantismo grátis de minha parte.
Quando dizem que os genes são ''parcialmente'' influentes para certa situação ou em especial, para certo comportamento, deixam a entender, mesmo sem ter consciência, que ''os genes, nesta narrativa, não são ou representam o próprio indivíduo''. Eu já comentei que ''nós somos os nossos genes'', e obviamente que, ''os nossos genes nos representam'', de maneira que, quando falamos: ''certo comportamento é fortemente genético'', estamos querendo dizer que ''certo comportamento é de autoria intrínseca do próprio indivíduo, isto é, de nós mesmos'', ainda que, é claro que o ambiente ou ''redor'' tem evidente PARTICIPAÇÃO. No entanto o protagonismo é sempre nosso.
Não existe tal coisa ''parcialmente genético'' nesta perspectiva, a meu ver e especialmente a partir de uma precisão semântica.
O que é SEMPRE ou quase sempre parcialmente genético não é o comportamento da pessoa, mas o seu resultado concreto, e ainda assim, TODOS que serão ''genéticos de origem'', de qualquer maneira. Talvez esta seja a questão fundamental: origem/ação primária versus resultado/reação secundária dos comportamentos.
O exemplo corriqueiro aqui do talento para tocar algum instrumento musical. O talento é claramente genético, pode ser ''estilo-savant'' e a pessoa apresentar uma capacidade fulminantemente intrínseca ou pode ser necessário mais tempo, mais aulas, e subsequente apreensão da técnica, para aprimorar o talento. No mais, se é mais diretamente genético ou não, ainda assim será totalmente dependente, primeira e fundamentalmente, da pré disposição ou potencial do indivíduo. No entanto ter à disposição algum instrumento musical e especialmente aquele em que se dá melhor, isto é, um fator concreta ou literalmente ambiental, é de vital importância para que possa resultar nessa conjugação: disposição cognitiva/talento e afetiva/motivação intrínseca [fator genético] + tempo [fator ambiental optativo especialmente se o talento não for naturalmente fulminante] + disponibilidade de instrumentos musicais [fator ambiental legítimo] = desenvolvimento e alcance total, predominante ou mesmo parcial do talento específico alvejado. Pode ser possível que, uma motivação intrínseca perturbada por outros fatores ou falta tempo e combinado com um talento que precisa ser mais lapidado, resulte em um alcance parcial de todo potencial. No mais, aquele que costuma ser realmente talentoso nessa mas também em qualquer outra área, tende a ser do tipo fulminantemente talentoso, isto é, que aprende que enorme rapidez ou facilidade e que ainda, de lambuja, apresenta habilidades criativas ou combinativas/manipulativas. Só que mesmo os fatores tidos como ambientais, a disponibilidade de tempo para estudar música + disponibilidade do instrumento musical, são todos indiretamente ''genéticos'' ou dependentes de ''pessoas''/seres vivos.
Eu estou literalizando essa narrativa, diga-se, sutil e exageradamente abstrata, e da melhor maneira possível: aplicando o conceito/quase o mesmo que literalizar.
''Influências ambientais'' são na verdade extensões do papel da ''genética'' que se espalha pelo ambiente, por exemplo, você que está em sua casa: que foi construída por um grupo de pessoas alguns anos atrás [pessoas= genética; habilidade para construir casas= genética; método de construção de casas de alvenaria que foi inventado por.. tcharam, pessoas: genética; você e o seu comportamento = genética; os seus parentes que vivem com você e os seus comportamentos habituais/e mesmo os errantes: genética; o ''seu'' animal de ''estimação'': genética]
Tudo aquilo que temos denominado de ''ambiente'' na verdade, como eu falei e prometo não repetir exaustivamente, se consiste em extensões das ''influências'' genéticas''.
Não ,o ambiente não é um bicho papão, tenha mais medo dos ''homens'' do que de ''coisas mágicas'' como o tal do [abstrato] ''ambiente''.
Se eu não tenho motivação para fazer uma prova: fator ambiental* Não, genético.
Se eu fico gripado: genético. Se eu cometo um crime [a partir da moralidade objetiva ou não]: genético. Se eu sou um engenheiro e construo uma casa e acaba sendo interditada porque eu a construí com a bunda: genético. Alguns fatores serão mais ''uni-genéticos'' ou ''uni-intrínsecos'', quando uma causa solitária que está em jogo. Outros é possível que serão mais acumulativos ou poli-intrínsecos.
Se a escola onde eu estudo é uma bosta: ambiental, porém, tudo tem uma origem orgânica ou ''genética'', especialmente quando estivermos falando dos seres vivos.
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domingo, 25 de junho de 2017
A influência dos ''genes'' [imediato/constante/onipresente/onipotente/onisciente]
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quarta-feira, 3 de maio de 2017
Recessivo, ..... , Dominante
De acordo com uma das leis do gradualismo, que eu usei para especular sobre a origem da vida em um texto recente e que ''inventei'' agora, quase tudo aquilo que existe, varia ''em si mesmo'' e portanto exibe um espectro próprio. Por isso eu pensei que, talvez, possa ser usada para sabermos onde que a tal ''epigenética'' de fato se localizaria...
Bem, nós temos os genes recessivos, que não se expressam ou que não se tornam fenótipos .... e temos os genes [contextualmente] dominantes ou fenotípicos, que se expressam. Mas será que também não teríamos expressões intermediárias, entre a dominância e a recessividade* Já parece evidente que tenhamos mesclas entre as expressões, por exemplo, em relação às cores intermediárias dos olhos.
Por isso que eu pensei [sim, ''pensei''] nos genes ''metamórficos'', que, ao contrário do binarismo ''recessivo versus dominante'', se localizariam no meio deste espectro, podendo se manifestar, só que mais dependente das condições ambientais...
A estatura por exemplo. Com o advento da ''dieta moderna'', hiper-calórica, mas também por causa de uma ''melhor' alimentação, de maneira geral, as populações humanas que tem sido expostas a essas mudanças, tem aumentado de estatura média, de geração em geração. As gerações mais novas tem ficado cada vez mais altas se forem comparadas com as gerações mais velhas, em média. Se não tivermos qualquer seleção intensa para uma maior estatura, se temos muitos pais de estatura mediana dando à luz a filhos que, ao crescerem, se tornam mais altos que eles, então algo está acontecendo, e que apenas a teoria darwiniana não pode explicar de maneira plenamente satisfatória.
Primeiro, são os pais que, por terem sido expostos à boas dietas desde a infância, tem de alguma maneira obscura, ao menos pra mim, se modificado geneticamente, resultando em um aumento de chances de passar essa mudança não-fenotípica/que não foi plenamente expressada em si mesmos, para os seus filhos* Isso é possível de acontecer* Ou será que, são os filhos que nascem com ''genes metamórficos'' e que, ao serem expostos a toda sorte de hábitos propícios ['melhor'' alimentação, maior prática de exercícios] acabam se desenvolvendo mais em estatura* Claro que, se existem tais ''genes metamórficos'', então eles terão sido herdados pelos seus pais. O aumento da estatura que tem ocorrido em muitos países, parece refletir um fenômeno mais generalizado. Aí cabe a pergunta: algum processo seletivo tem acontecido para resultar neste aumento de estatura ou foi, pura e simplesmente a melhoria nas condições de vida que tem proporcionado este aumento* Pelo que parece, a estatura se consiste em um traço ambientalmente maleável para a maioria dos seres humanos.
Nós já sabemos [ou não] que existem famílias, em que, a maioria das pessoas são altas, desde as gerações anteriores, mesmo em épocas de ''vacas magras'' e que também existem famílias em que, o oposto é a regra, isto é, que a maioria dos seus componentes são de baixa estatura, e que este traço tem se manifestado à gerações. E talvez também tenhamos famílias em que, ao contrário de um predomínio de genes que aumentam ou que reduzem a estatura, de acordo com a média local, existe um cenário muito mais heterogêneo, com, sei lá, expressões híbridas, tanto com genes para alta estatura quanto com genes para baixa ou média estatura, e que, de fato, as condições ambientais, tal como uma exposição precoce à uma dieta altamente energética, são importantes mediadoras para o resultado final: a estatura mais alta dessas pessoas. E partindo do pressuposto que os genes para maior estatura parecem ser mais ''masculinos'' ou '' mais propensos de serem passados por via patrilinear'', se os homens são em média mais altos que as mulheres.
Tal como nós temos os estados da água: sólido, líquido e gasoso, sendo que o estado líquido é o que se pode chamar de, estado híbrido [ou talvez não, enfim] mas com certeza o mais metamórfico, o mesmo pode ser dito sobre o ''estado dos genes'', em que, nós temos os genes recessivos e os genes dominantes, mas também os genes metamórficos, que podem ou não se manifestar, que podem ou não se manterem recessivos. O exemplo das mudanças na dieta, na melhoria da qualidade/padrão de vida, nos países ricos, mas também em outras nações, e consequente aumento da estatura média, parecem estar nos mostrando que algumas expressões genéticas, ao contrário da ''dobradinha'': genotipicamente recessivo e dominante, podem se expressar, mas apenas de acordo com as condições ambientais, isto é, que podem ser alimentadas ou mesmo, parcialmente direcionadas, enquanto que, para algumas populações ou grupos [famílias, por exemplo] a mesma variação de traço já será mais fixa, que independe das condições ambientais para se expressar.
Basicamente: algumas pessoas nascem com potencial para se tornarem altas, desde que uma série de condições ambientais favoráveis a este caminho sejam mantidas. Elas nascem com a ''expressão-potencial'', enquanto que outras pessoas nascem ''geneticamente predestinadas'' para se tornarem altas, e mesmo em situações extremas, ainda alcançarão elevada estatura, mesmo que não alcancem o seu potencial máximo de expressão deste traço.
Alguns são mais epigenéticos/dependentes do ambiente para expressarem certa variação de traço enquanto que outros serão mais ''genéticos'' em relação ao mesmo traço, isto é, o expressarão independente das condições ambientais.
O mesmo pode ser dito por exemplo em relação ao sobrepeso, que pode ser denominado de ''vulnerabilidade'' ou ''fator de risco'', assim como também o diabetes. Alguns nascem diabéticos enquanto que outros apresentam uma ''vulnerabilidade epigenética'' para se tornarem diabéticos. Alguns nascem acima do peso, com ''ossos horizontalmente largos'', enquanto que outros apresentarão uma ''vulnerabilidade epigenética'' pra se tornarem acima do peso.
Também seria interessante pensar se a epigenética também não poderia afetar as nossas expressões de comportamento ou características psicológicas, claro, dependendo do nível de fixabilidade ou de intrinsecabilidade do traço. Por exemplo, o nível de ansiedade [social].
Alguns são mais epigenéticos/dependentes do ambiente para expressarem certa variação de traço enquanto que outros serão mais ''genéticos'' em relação ao mesmo traço, isto é, o expressarão independente das condições ambientais.
O mesmo pode ser dito por exemplo em relação ao sobrepeso, que pode ser denominado de ''vulnerabilidade'' ou ''fator de risco'', assim como também o diabetes. Alguns nascem diabéticos enquanto que outros apresentam uma ''vulnerabilidade epigenética'' para se tornarem diabéticos. Alguns nascem acima do peso, com ''ossos horizontalmente largos'', enquanto que outros apresentarão uma ''vulnerabilidade epigenética'' pra se tornarem acima do peso.
Também seria interessante pensar se a epigenética também não poderia afetar as nossas expressões de comportamento ou características psicológicas, claro, dependendo do nível de fixabilidade ou de intrinsecabilidade do traço. Por exemplo, o nível de ansiedade [social].
Enfim, mais uma especulação e sensação de já ter falado sobre isso...
quinta-feira, 2 de março de 2017
A metáfora da obsolescência para explicar ou tentar entender as diferenças ambientais ou de vivência entre aa pessoas e as suas tendências reativas
- Robustez psicológica e/ou orgânica do ser
- Nível de intensidade ou pressão sobre o ser
- Tipo de intensidade ou pressão sobre o ser
(pressão desfavorável que se relaciona diretamente com pontos fracos tende a ser muito mais danosa do que aquela que for menos "personalizada")
Vamos imaginar que cada um de nós tem um carro para ser usado por 10 anos. Os carros variam de tipo, desde um fusquinha até um carro esportivo. Então vamos imaginar que podemos usar como quisermos os carros que nos foram dado. O desafio hipotético começa, o tempo passa, o prazo de 10 anos chega ao seu fim e cada um que foi presenteado com um carro precisará mostra-lo para que se possa comparar o estado de conservação. Temos um caso em que o carro, um fusquinha, foi usado de maneira ponderada, sem grande desgaste. Como resultado o estado deste fusquinha depois de 10 anos indiscriminados de uso foi excelente, quase igual ao que era 10 anos atrás. Outra pessoa também pegou um fusquinha mas o seu uso ou trajetória nesses 10 anos foi bem diferente porque ele precisou usar o carro com grande frequência, em terrenos em que o fusca é mais provável de sofrer avarias. O resultado não poderia ter sido outro, o carro apresentado ficou em um estado de conservação inferior ao de 10 anos atrás.
Os carros que foram mais usados e mesmo em terrenos mais desfavoráveis independente do tipo foram os mais desgastados.
Os carros que sofreram menos nas mãos de seus donos provisórios foram os menos desgastados, independente do tipo.
No entanto os carros mais resistentes resistiram mais, mesmo em situações mais adversas e apesar de terem se desgastado mais de qualquer maneira isso se deu, de maneira geral, menos profunda.
Pronto, agora troque a palavra carro por corpo & mente e dono por ser humano/vivo & ambiente e veja o que teremos.
Estados de guerra ou socialmente desfavoráveis tendem a pressionar muito mais os seres, humanos e não-humanos, a se desgastarem, do que em ambientes mais estáveis e claro, os tipos e níveis de robustez na saúde mental e física será um fator importante para diferenciar os potenciais de resistência à pressões de diferentes graus de magnitude, de tipos e seus subsequentes resultados.
Portanto voltando à metáfora do experimento com carros, aqueles que já apresentam maior resistência, eu diria mais, uma resistência intrínseca / de fabricação, para suportar a pressão mesmo em ambientes muito desfavoráveis ou com donos mais desaforados resistiram mais às pressões enquanto que os carros que são de fabricação menos resistente sofreram com maior força ou impacto os efeitos das pressões ambientais mesmo as de níveis mais baixos.
Não estamos falando apenas de resistência mas também de nível de obsolescência.
Todos nós temos temos os dois e esta dinâmica é essencial para que possamos entender um pouco melhor os nossos comportamentos e as influências ou pressões e os resultados dessas interações.
- Nível de intensidade ou pressão sobre o ser
- Tipo de intensidade ou pressão sobre o ser
(pressão desfavorável que se relaciona diretamente com pontos fracos tende a ser muito mais danosa do que aquela que for menos "personalizada")
Vamos imaginar que cada um de nós tem um carro para ser usado por 10 anos. Os carros variam de tipo, desde um fusquinha até um carro esportivo. Então vamos imaginar que podemos usar como quisermos os carros que nos foram dado. O desafio hipotético começa, o tempo passa, o prazo de 10 anos chega ao seu fim e cada um que foi presenteado com um carro precisará mostra-lo para que se possa comparar o estado de conservação. Temos um caso em que o carro, um fusquinha, foi usado de maneira ponderada, sem grande desgaste. Como resultado o estado deste fusquinha depois de 10 anos indiscriminados de uso foi excelente, quase igual ao que era 10 anos atrás. Outra pessoa também pegou um fusquinha mas o seu uso ou trajetória nesses 10 anos foi bem diferente porque ele precisou usar o carro com grande frequência, em terrenos em que o fusca é mais provável de sofrer avarias. O resultado não poderia ter sido outro, o carro apresentado ficou em um estado de conservação inferior ao de 10 anos atrás.
Os carros que foram mais usados e mesmo em terrenos mais desfavoráveis independente do tipo foram os mais desgastados.
Os carros que sofreram menos nas mãos de seus donos provisórios foram os menos desgastados, independente do tipo.
No entanto os carros mais resistentes resistiram mais, mesmo em situações mais adversas e apesar de terem se desgastado mais de qualquer maneira isso se deu, de maneira geral, menos profunda.
Pronto, agora troque a palavra carro por corpo & mente e dono por ser humano/vivo & ambiente e veja o que teremos.
Estados de guerra ou socialmente desfavoráveis tendem a pressionar muito mais os seres, humanos e não-humanos, a se desgastarem, do que em ambientes mais estáveis e claro, os tipos e níveis de robustez na saúde mental e física será um fator importante para diferenciar os potenciais de resistência à pressões de diferentes graus de magnitude, de tipos e seus subsequentes resultados.
Portanto voltando à metáfora do experimento com carros, aqueles que já apresentam maior resistência, eu diria mais, uma resistência intrínseca / de fabricação, para suportar a pressão mesmo em ambientes muito desfavoráveis ou com donos mais desaforados resistiram mais às pressões enquanto que os carros que são de fabricação menos resistente sofreram com maior força ou impacto os efeitos das pressões ambientais mesmo as de níveis mais baixos.
Não estamos falando apenas de resistência mas também de nível de obsolescência.
Todos nós temos temos os dois e esta dinâmica é essencial para que possamos entender um pouco melhor os nossos comportamentos e as influências ou pressões e os resultados dessas interações.
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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
Da não-série: acho que já falei sobre isso.... Maior é o seu nível de idiossincrasia e dependência por interações sociais, maior será a sua ansiedade
Duas pessoas hipotéticas: a primeira é uma ''average joey'': emocionalmente estável, socialmente conformista, culturalmente normativa e intelectualmente mediana. Ela tem à sua disposição até 70% da população do ambiente em que se encontra para: estabelecer relações sociais normais, como conversar, e mesmo fazer amizades, superficiais (ou coleguismo) ou mais profundas. Não se sabe exatamente se a sua estabilidade emocional, um dos aspectos mais importantes para a saúde mental humana, se deva exclusivamente por razões intrínsecas ou genéticas, ''born that way'', ou se existe uma importante parcela de influência quanto à 'qualidade' da sua situação social.
Podemos pensar neste caso da seguinte maneira metafórica: um ambiente com grande disponibilidade de alimento e outro com escassa disponibilidade.
E podemos pensar nos alimentos como pessoas. Se você pode conversar e até mesmo se tornar amigo da maioria das pessoas que vivem na mesma cidade que a sua então a sua ''fome social'' praticamente não existirá pois será sempre sanada de uma maneira ou de outra, por exemplo, por meio de elevado grau de familiaridade e/ou amor ao ambiente em que se encontra ou topofilia.
A segunda é uma ave rara, que se encontra em um cenário completamente oposto. Ela é emocionalmente instável, socialmente inconformista, culturalmente anormativa e intelectualmente avançada. Ela tem à sua disposição menos que 10% da população do ambiente em que se encontra para: estabelecer relações sociais normais e eu diria mais, não se chatear... Sim, se você está em um ambiente e você está sempre encontrando problemas, problemas reais, em outras palavras, se é uma pessoa perfeccionista neste sentido, então é muito provável que não será topofílico em relação ao mesmo e que caminhará para construir uma armadura ou proteção no intuito de suportá-lo e não necessariamente de vivê-lo. Assim como acontece com o primeiro caso, mas de maneira oposta, também temos de nos perguntar se a instabilidade emocional deste indivíduo hipotético tem como causa a sua intrinsicabilidade ou disponibilidade característica e natural para este tipo de reação, isto é, de que seria emocionalmente instável em qualquer lugar (e mais provável de ter alguma desordem mental congênita ), ou se, menos do que uma ação primária do próprio organismo, isto se consista em uma reação secundária, isto é, ainda que residam causas intrínsecas, se estas estão sendo fortemente acentuadas por condições [pessoalmente] desfavoráveis do ambiente.
Portanto, novamente, não é apenas: ''ser doente mental ou não ser, eis a questão'', porque também é necessário saber o quão bem adaptado, familiarizado, positivamente recíproco estará o seu redor.
O grau de intrinsicabilidade também é importante porque se certo comportamento mal-adaptado, em termos de bem estar pessoal, que é o mais importante, se der, sem qualquer causa racionalmente ou factualmente justificada, então é provável que se consista, mais do que em uma reação ao ambiente, em uma ação do próprio organismo, ou ação primária, e que portanto acusará a presença de uma desordem mais intrínseca que se manifesta em qualquer tipo de ambiente, ainda que isso não seja desculpa para não se buscar por atenuações destas interações, nesses casos, que muito comumente já são mais dolorosas do que para as pessoas ''normais'.
É claro também que o nível de resiliência ou resistência psicológica, especificamente em relação à interações sociais negativas, também é importante, isto é, o quão resistente o indivíduo está ao sofrer qualquer tipo de discriminação ou chateação, de curto a longo prazo. Esta relação entre as variáveis do ambiente e dos seres é de extrema importância assim como também de se analisar bem de perto para saber se a causa é mais intrínseca ou congênita ou se teve como causa situações do ambiente.
Podemos pensar neste caso da seguinte maneira metafórica: um ambiente com grande disponibilidade de alimento e outro com escassa disponibilidade.
E podemos pensar nos alimentos como pessoas. Se você pode conversar e até mesmo se tornar amigo da maioria das pessoas que vivem na mesma cidade que a sua então a sua ''fome social'' praticamente não existirá pois será sempre sanada de uma maneira ou de outra, por exemplo, por meio de elevado grau de familiaridade e/ou amor ao ambiente em que se encontra ou topofilia.
A segunda é uma ave rara, que se encontra em um cenário completamente oposto. Ela é emocionalmente instável, socialmente inconformista, culturalmente anormativa e intelectualmente avançada. Ela tem à sua disposição menos que 10% da população do ambiente em que se encontra para: estabelecer relações sociais normais e eu diria mais, não se chatear... Sim, se você está em um ambiente e você está sempre encontrando problemas, problemas reais, em outras palavras, se é uma pessoa perfeccionista neste sentido, então é muito provável que não será topofílico em relação ao mesmo e que caminhará para construir uma armadura ou proteção no intuito de suportá-lo e não necessariamente de vivê-lo. Assim como acontece com o primeiro caso, mas de maneira oposta, também temos de nos perguntar se a instabilidade emocional deste indivíduo hipotético tem como causa a sua intrinsicabilidade ou disponibilidade característica e natural para este tipo de reação, isto é, de que seria emocionalmente instável em qualquer lugar (e mais provável de ter alguma desordem mental congênita ), ou se, menos do que uma ação primária do próprio organismo, isto se consista em uma reação secundária, isto é, ainda que residam causas intrínsecas, se estas estão sendo fortemente acentuadas por condições [pessoalmente] desfavoráveis do ambiente.
Portanto, novamente, não é apenas: ''ser doente mental ou não ser, eis a questão'', porque também é necessário saber o quão bem adaptado, familiarizado, positivamente recíproco estará o seu redor.
O grau de intrinsicabilidade também é importante porque se certo comportamento mal-adaptado, em termos de bem estar pessoal, que é o mais importante, se der, sem qualquer causa racionalmente ou factualmente justificada, então é provável que se consista, mais do que em uma reação ao ambiente, em uma ação do próprio organismo, ou ação primária, e que portanto acusará a presença de uma desordem mais intrínseca que se manifesta em qualquer tipo de ambiente, ainda que isso não seja desculpa para não se buscar por atenuações destas interações, nesses casos, que muito comumente já são mais dolorosas do que para as pessoas ''normais'.
É claro também que o nível de resiliência ou resistência psicológica, especificamente em relação à interações sociais negativas, também é importante, isto é, o quão resistente o indivíduo está ao sofrer qualquer tipo de discriminação ou chateação, de curto a longo prazo. Esta relação entre as variáveis do ambiente e dos seres é de extrema importância assim como também de se analisar bem de perto para saber se a causa é mais intrínseca ou congênita ou se teve como causa situações do ambiente.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
terça-feira, 6 de setembro de 2016
O que mais determina o pensamento basal do sociotipo trabalhador** O senso de utilidade....
O trabalhador afetivo versus o trabalhador cognitivo
Eu dividi os seres humanos em 3 tipos ou seria melhor, sociotipos, termo que encarna as características psico-cognitivas e sociais dos mesmos, neste texto. Em ordem crescente de capacidade reflexiva/filosófica: trabalhadores, manipuladores e observadores.
O sociotipo trabalhador apresenta em seu pensamento basal ou primordial uma característica que parece defini-lo de maneira consideravelmente abrangente: o senso de utilidade.
Nascemos com o senso de utilidade, mas alguns serão mais ansiosamente prestativos do que outros.
E dentro desta categoria demograficamente prevalente e perceptivamente esquálida das populações humanas nós vamos ter uma subdivisão, baseada no espectro ''mentalismo --- mecanicismo'': o trabalhador afetivo e o trabalhador cognitivo, e pelo que parece, a mesma demonstra de maneira considerável o porquê do tipo de ''trabalhador afetivo'' ser mais propenso a acreditar na ''cultura/criação'' do que nos ''genes'' para explicar o comportamento, especialmente o comportamento humano.
Porque ele se sente mais útil acreditando que o seu trabalho afetivo possa modificar o comportamento das pessoas, e para o bem, do que acreditar que ''criação'' tenha pouco efeito, o que seria o mesmo que negar a própria utilidade...
Em compensação o trabalhador cognitivo, mais mecanicista, mais masculino e lógico/naturalista, será mais propenso a acreditar que o comportamento seja muito menos manipulável e quanto mais direcionado/voltado pra esta perspectiva psico-cognitiva, isto é, lógico/naturalista, masculina e portanto menos ''ideológica/cultural/religiosa'', mais propenso ele será para crer que o comportamento seja mais intrínseco do que afetivo, e estará mais certo e bastaria apenas uma honesta e precisa auto-análise de qualquer um para constatar esta parcial porém consistente verdade.
Mentira branca
Sem essas ''mentirinhas'' do coração o mundo humano seria muito mais frio (sim, isso é possível, acredite em mim) e até mesmo é possível pensar se seria também menos autoconsciente se o que nos faz mais autocríticos/conscientes seja justamente a manutenção de nossas deficiências (e seria bom se algumas delas fossem extirpadas de nossos genes'', como a triarquia da absoluta inferioridade existencial: ignorância, estupidez e malvadez). ''O ser humano'' parece ser o único animal não-humano que conscientemente ou nem tanto busca manter certos ''defeitos'' dentro de sua piscina genética, mas como as mutações, quase sempre mais problemáticas do que vantajosas, não são uma exclusividade humana, então é possível encontrar muitos pares similares em outras espécies.
Mentirinhas brancas seriam apenas mentirinhas ''para o bem'' se não fossem usadas em ''nossos'' macro-sistemas sociais para obscurecer a verdade objetiva e consequentemente a razão.
Portanto como conclusão, voltando ao tema deste breve texto, os 3 sociotipos propostos por mim podem ser subdivididos a partir do espectro ''mentalismo--mecanicismo'' e/ou entre afetivo e cognitivo, partindo da divisão existente entre empatia cognitiva e afetiva. E eu dei ênfase ao trabalhador, determinando que a essência do seu pensamento deriva diretamente de um ''senso de utilidade'', e que os trabalhadores mais afetivos, que tenderão a se engajar em profissões afetivas ou mentalistas, também serão muito mais propensos a acreditar no predomínio da influência do ambiente/criação para o comportamento humano (e adjacentes) ao invés de dar aos ''genes'' este papel, subconscientemente falando, porque ao fazê-lo estará se auto-valorizando, isto é, o seu ''senso de utilidade''.
Em compensação os demais sociotipos tenderão a apresentar diferentes sensos existenciais em que o ''no que posso ser útil'' do trabalhador não será obviamente a regra.
Eu dividi os seres humanos em 3 tipos ou seria melhor, sociotipos, termo que encarna as características psico-cognitivas e sociais dos mesmos, neste texto. Em ordem crescente de capacidade reflexiva/filosófica: trabalhadores, manipuladores e observadores.
O sociotipo trabalhador apresenta em seu pensamento basal ou primordial uma característica que parece defini-lo de maneira consideravelmente abrangente: o senso de utilidade.
Nascemos com o senso de utilidade, mas alguns serão mais ansiosamente prestativos do que outros.
E dentro desta categoria demograficamente prevalente e perceptivamente esquálida das populações humanas nós vamos ter uma subdivisão, baseada no espectro ''mentalismo --- mecanicismo'': o trabalhador afetivo e o trabalhador cognitivo, e pelo que parece, a mesma demonstra de maneira considerável o porquê do tipo de ''trabalhador afetivo'' ser mais propenso a acreditar na ''cultura/criação'' do que nos ''genes'' para explicar o comportamento, especialmente o comportamento humano.
Porque ele se sente mais útil acreditando que o seu trabalho afetivo possa modificar o comportamento das pessoas, e para o bem, do que acreditar que ''criação'' tenha pouco efeito, o que seria o mesmo que negar a própria utilidade...
Em compensação o trabalhador cognitivo, mais mecanicista, mais masculino e lógico/naturalista, será mais propenso a acreditar que o comportamento seja muito menos manipulável e quanto mais direcionado/voltado pra esta perspectiva psico-cognitiva, isto é, lógico/naturalista, masculina e portanto menos ''ideológica/cultural/religiosa'', mais propenso ele será para crer que o comportamento seja mais intrínseco do que afetivo, e estará mais certo e bastaria apenas uma honesta e precisa auto-análise de qualquer um para constatar esta parcial porém consistente verdade.
Mentira branca
Sem essas ''mentirinhas'' do coração o mundo humano seria muito mais frio (sim, isso é possível, acredite em mim) e até mesmo é possível pensar se seria também menos autoconsciente se o que nos faz mais autocríticos/conscientes seja justamente a manutenção de nossas deficiências (e seria bom se algumas delas fossem extirpadas de nossos genes'', como a triarquia da absoluta inferioridade existencial: ignorância, estupidez e malvadez). ''O ser humano'' parece ser o único animal não-humano que conscientemente ou nem tanto busca manter certos ''defeitos'' dentro de sua piscina genética, mas como as mutações, quase sempre mais problemáticas do que vantajosas, não são uma exclusividade humana, então é possível encontrar muitos pares similares em outras espécies.
Mentirinhas brancas seriam apenas mentirinhas ''para o bem'' se não fossem usadas em ''nossos'' macro-sistemas sociais para obscurecer a verdade objetiva e consequentemente a razão.
Portanto como conclusão, voltando ao tema deste breve texto, os 3 sociotipos propostos por mim podem ser subdivididos a partir do espectro ''mentalismo--mecanicismo'' e/ou entre afetivo e cognitivo, partindo da divisão existente entre empatia cognitiva e afetiva. E eu dei ênfase ao trabalhador, determinando que a essência do seu pensamento deriva diretamente de um ''senso de utilidade'', e que os trabalhadores mais afetivos, que tenderão a se engajar em profissões afetivas ou mentalistas, também serão muito mais propensos a acreditar no predomínio da influência do ambiente/criação para o comportamento humano (e adjacentes) ao invés de dar aos ''genes'' este papel, subconscientemente falando, porque ao fazê-lo estará se auto-valorizando, isto é, o seu ''senso de utilidade''.
Em compensação os demais sociotipos tenderão a apresentar diferentes sensos existenciais em que o ''no que posso ser útil'' do trabalhador não será obviamente a regra.
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