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sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Se eu fosse um professor brasileiro de colégio, estaria sentindo uma raiva especial pela "esquerda", ultimamente...

 Por causa da pedagogia "moderna", da "inclusão" compulsória e, agora, nesse ano de 2025, com mais um "presente de grego", com a introdução do tempo integral das aulas nas escolas públicas do país... 


Pois se a pedagogia "moderna" praticamente tirou qualquer autoridade verdadeira do professor sobre os seus alunos e a "inclusão" compulsória o está forçando a lidar com estudantes que precisariam de uma atenção mais especializada*, aumentando sua carga de responsabilidades e desafios cotidianos em seu local de trabalho, com o modelo de tempo integral, ele vai ter que ficar mais tempo dentro da escola justamente para administrar esses e outros problemas que acontecem dentro de uma sala de aula, tal como a superlotação das classes...

* Isso depois que os tais "bem-intencionados" começaram a atacar a própria existência das "escolas especiais" ou APAEs, cruciais no atendimento dos estudantes com os quadros de deficiência mais delicados.

Então, não importa o quão alto os governantes possam aumentar o salário de um professor no Brasil, com todos esses problemas para administrar, e que são resultados, especialmente, das "boas intenções" da "esquerda" em um espaço de duas a três décadas, apenas um docente fanático e/ou mal informado que continuaria apoiando acriticamente ideias, crenças e/ou partidos ditos progressistas, se são justamente esses que mais têm complicado suas vidas profissionais em um sentido prático... Mas, pelo que parece, esses docentes "ainda" correspondem a uma provável maioria... Se continuarão culpando apenas a "direita" pelo seu calvário...

E não, não sou a favor que retornem os castigos corporais aos estudantes como conduta típica para lidar com o "mal comportamento', como acontecia antigamente, ou que não haja qualquer nível de inclusão de estudantes com deficiência ou condições especiais em escolas "normais", mas, como sempre, que haja o mínimo de equilíbrio nas decisões atreladas às políticas públicas, tomadas por aqueles que detém esse poder. Mas parece pedir muito.

quinta-feira, 3 de julho de 2025

A principal diferença entre doutrinação e educação

 É o caráter factual do que está sendo transmitido... 


Especialmente quando mentiras, meias verdades ou distorções de fatos, tipicamente organizadas como narrativas dogmáticas, predominam ou já estão presentes desde a essência de um sistema de crenças, é seguro classifica-lo como muito passível de se servir como referencial ideológico de doutrinação, e não de educação. 

É por isso que, afirmar que Deus é uma improbabilidade lógica muito possível e que a luta de classes é uma realidade empírica, não são exemplos de doutrinação ideológica (o primeiro, de fato, carece de qualquer evidência, e o segundo é visível a todo momento em que se vive dentro de uma sociedade humana típica), ao passo que, negá-los, se tratam de exemplos (à "direita") de doutrinação. 

Qualquer negacionismo de um fato, ainda mais de um fato notório que pode ser facilmente observado, ou afirmação de um fenômeno ou evento extraordinário sem qualquer evidência verdadeira que o corrobore, são matéria-prima para a doutrinação. 

Outros dois exemplos de doutrinação, e não de educação, mas que estão mais "à esquerda" no espectro político-ideológico são: o negacionismo da existência de diferenças mais intrínsecas de comportamento e inteligência entre indivíduos e grupos humanos (observável e ratificado pela percepção de padrões de estabilidade, previsibilidade e hereditariedade de comportamentos), e a afirmação extraordinária (um complemento típico ao primeiro) de que o meio tem um papel muito mais importante para o comportamento humano do que nossa própria natureza ou biologia, como se fôssemos apenas reagentes totalmente moldáveis pelas circunstâncias.

sábado, 6 de abril de 2024

Lógica primária e sua relação com anti e pseudo intelectualismos/Primary logic and its relationship with anti and pseudo intellectualisms

Lógica primária é um termo que inventei e se refere a uma ideia ou pensamento que aparenta ser lógico, no sentido de coerente e factual, em um primeiro olhar, e que pode deixar de fazer sentido a partir de um aprofundamento crítico e analítico.


Um exemplo de lógica primária é o simples raciocínio de que, mais tempo de aula resulta em mais conhecimentos absorvidos pelo estudante, que foi a base para a decisão do governo brasileiro de aumentar o tempo de aula nas escolas públicas, isto é, para um modelo mais "integral". É uma lógica primária por também se basear em uma correlação entre o predomínio de escolas em tempo integral e o nível de desenvolvimento socioeconômico de um país. No entanto, existem outros fatores que, não apenas contribuem, mas também são mais relevantes para o desenvolvimento de um país, especialmente aqueles aos quais temos menor poder de controle, como as capacidades cognitivas médias da população, que não são reflexos exclusivos da educação "recebida" (ou alcançada), se, na verdade, é a própria educação que reflete, não de maneira absoluta, nossas inteligências. Essa é uma lógica primária baseada em uma crença de causalidade entre nível educacional e socioeconômico, como se apenas uma "educação de qualidade" que contribuísse para o desenvolvimento de um país, desprezando o fator cognitivo, mais intrínseco ou menos sensível à intervenções sociais. 

Anti e pseudo intelectualismos

A negação explícita (anti) ou implícita (pseudo) da razão ou do pensamento lógico-racional, que geralmente se manifesta, respectivamente, pela religião e por ideologias políticas, tende a ter como característica principal, se aplicando o conceito de lógica primária, justamente um predomínio da mesma na construção de suas bases de argumentos, de afirmações aparentemente lógicas ou que fazem sentido, que são primariamente coerentes, mas que deixam de fazer ou ser a partir de uma análise crítica mais profunda. 

Exemplos: a lógica primária de que, como toda criação tem um criador, então, o universo, que supostamente seria uma "criação", tem que ter um deus "criador";

A lógica primária de que nossa condição humana também nos faz iguais em nossas capacidades cognitivas e são as diferenças do meio em que nascemos e vivemos que, unicamente, nos diferenciam nesse aspecto, tal como as desigualdades socioeconômicas ou de acesso a uma "educação de qualidade".

Além desse termo, outro, que propus em um texto recente, semanticalismo, que se refere a uma ênfase ou importância excessiva na palavra do que no elemento ou fenômeno que simboliza, também está presente em sistemas de crenças ou ideologias baseados em um predomínio de pensamentos ou ideias que poderiam ser classificados como lógicas primárias. O próprio caso das religiões monoteístas e a crença na existência de um único Deus criador do universo, em que a palavra Deus é considerada uma realidade por si mesma, mesmo se está associada a uma crença de existência sem qualquer rastro de evidências de que exista, puramente baseada na lógica primária de que toda "criação" tem que ter um "criador" (as próprias palavras "criação" e "criador" também têm um peso desproporcional aí e até podem ser consideradas inapropriadas nesse contexto, se o ideal seria denominá-las, respectivamente, de causa e efeito).

 Primary logic and its relationship with anti and pseudo intellectualisms

Primary logic is a term I invented and refers to an idea or thought that appears to be logical, in the sense of coherent and factual, at first glance, and that may no longer make sense upon critical and analytical deepening.

An example of primary logic is the simple reasoning that more class time results in more knowledge absorbed by the student, which was the basis for the Brazilian government's decision to increase class time in public schools, that is, for a more ''integral'' model. It is a primary logic because it is also based on a correlation between the predominance of full-time schools and the level of socioeconomic development of a country. However, there are other factors that not only contribute, but are also more relevant to the development of a country, especially those over which we have less power to control, such as the average cognitive abilities of the population, which are not exclusive reflections of education " received" (or achieved), if, in fact, it is education itself that reflects, not in an absolute way, our intelligence. This is a primary logic based on a belief in causality between educational and socioeconomic level, as if only a "quality education" contributed to the development of a country, disregarding the cognitive factor, which is more intrinsic or less sensitive to social interventions.

Anti and pseudo intellectualism

The explicit (anti) or implicit (pseudo) denial of reason or logical-rational thought, which is generally manifested, respectively, by religion and political ideologies, tends to have as its main characteristic, applying the concept of primary logic, precisely a predominance of it in the construction of its bases of arguments, of statements that are apparently logical or that make sense, that are primarily coherent, but that fail to do or be based on a deeper critical analysis.

Examples: the primary logic that, as every creation has a creator, then the universe, which is supposed to be a "creation", must have a "creator";

The primary logic is that our human condition also makes us equal in our cognitive capabilities and it is the differences in the environment in which we are born and live that, uniquely, differentiate us in this aspect, such as socioeconomic inequalities or access to a "quality education ".

In addition to this term, another, which I proposed in a recent text, semanticalism, which refers to an excessive emphasis or importance on the word than on the element or phenomenon it symbolizes, is also present in belief systems or ideologies based on a predominance of thoughts or ideas that could be classified as primary logic. The very case of monotheistic religions and the belief in the existence of a single God who created the universe, in which the word God is considered a reality in itself, even if it is associated with a belief in existence without any trace of evidence that it exists, purely based on the primary logic that every "creation" must have a "creator" (the words "creation" and "creator" themselves also have a disproportionate weight there and can even be considered inappropriate in this context, if the ideal would be called them, respectively, of cause and effect).

terça-feira, 2 de abril de 2024

Expectativa, realidade e o ideal sobre a educação/Expectation, reality and ideal about education

 Expectativa: de que a educação seja apenas uma transmissão de conhecimentos.


Realidade: de que a educação é uma transmissão apenas parcial de conhecimentos, porque também tem incluído doutrinação ideológica, especialmente em matérias das ciências humanas.

O ideal: a educação, enquanto prática da filosofia, consiste na transmissão de conhecimentos, incluindo o autoconhecimento, mas também no incentivo a gostar de aprender e até de se entreter com o conhecimento, de vê-lo como um fim em si mesmo e não apenas como um meio; e tão ou mais importante, no ensino do pensamento lógico-racional, isto é, a pensar de maneira mais sensata (não apenas sobre transmitir conhecimentos).  

Expectation, reality and ideal about education


Expectation: that education is just a transmission of knowledge.

Reality: that education is only a partial transmission of knowledge, because it has also included ideological indoctrination, especially in subjects of the human sciences.

The ideal: education, as a practice of philosophy, consists of transmitting knowledge, including self-knowledge, but also encouraging people to enjoy learning and even being entertained by knowledge, seeing it as an end in itself and not just as a means; and equally or more importantly, in teaching logical-rational thinking, that is, thinking more sensibly (not just about transmitting knowledge).

segunda-feira, 18 de março de 2024

A verdadeira filosofia é a prática da verdadeira educação/True philosophy is the practice of true education

 A verdadeira filosofia é a prática da verdadeira educação


.. que é a busca e transmissão de conhecimento, sem qualquer viés ideológico, sem distorções ou omissões de fatos ou raciocínios mais ponderados, sem verdades ''inconvenientes'', enfim, sem qualquer doutrinação. E, para sua prática mais adequada, é necessário priorizar e sistematizar o pensamento lógico-racional ou imparcial-objetivo (e ético) para qualquer atividade intelectual, estudo, observação, experimento...


True philosophy is the practice of true education


.. which is the search and transmission of knowledge, without any ideological bias, without distortion or omission of facts or more considered reasoning, without ''inconvenient'' truths, in short, without any indoctrination. And, for its most appropriate practice, it is necessary to prioritize and systematize logical-rational or impartial-objective (and ethical) thinking for any intellectual activity, study, observation, experiment...

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

O que o Brasil realmente precisa??

 Federalização ampliada


Estados ou regiões devem ter direito a uma maior autonomia sobre o governo federal, se suas populações assim desejarem. O Brasil é muito diverso e, sinceramente, não é justo que a maioria das decisões mais importantes sejam sempre tomadas na capital por um grupo, diga-se, limitado e escuso, de pessoas...

Aliás, essa é uma lógica que pode ser generalizada para qualquer país de grandes dimensões territoriais, mas também para aqueles com grande diversidade cultural (ou nem tanto, porque também depende do quão racionais ou ponderados cada grupo em questão está para ter mais autonomia em suas decisões). 

Fim dos benefícios abundantes e/ou injustos à classe política (o começo do fim da corrupção??)

Mas qual político realmente honesto e corajoso, de preferência um presidente, que levantaria essa proposta e lutaria por ela?? (Hein, Lula???) 

Democracia direta??

A participação popular deveria ser muito maior do que apenas em alguns raros plebiscitos e processos eleitorais que ocorrem de quatro em quatro anos ...

Eu já propus um modelo de democracia direta com risco minimizado de se tornar um democracismo, uma distopia democrática, nesse texto: "Exemplo de como evitar que uma democracia participativa se transforme em um democracismo".

Política de planejamento familiar

Famílias e indivíduos, especialmente os de classe trabalhadora, deveriam ser fortemente incentivados a planejar o número de filhos que pretendem ter. E como existe uma correlação estatística entre essa classe social e baixa capacidade cognitiva, pegaria dois coelhos em uma arapuca só. E se inteligência e personalidade são predominantemente hereditárias (por combinação dos materiais genéticos dos progenitores)...

Uma política de até dois filhos (ao invés da famosa política do filho único, que foi imposta durante várias décadas na China, e que eu propus em um texto anterior, só de pensamentos), com direito a incentivo financeiro vitalício como compensação à esterilização depois do primeiro ou segundo filho. 

Também seria interessante incentivar as taxas de fecundidade dos mais inteligentes, casais heterossexuais de cientistas, por exemplo...

E tenho sempre que ressaltar a necessidade de sistematizar a detecção precoce de sociopatas e psicopatas e, dependendo do quão perigosos ou problemáticos possam ser, internação permanente em instituições especialmente construídas e designadas para recebê-los, potencial esterilização e até castração química dos mais incontroláveis...

Reforma no sistema educacional 

Como eu já comentei em vários dos meus textos, o sistema de ensino no Brasil deveria passar por uma série de reformas, começando com a substituição do modelo vigente, por ser arcaico e pseudocientífico, já que despreza a realidade da diversidade psicológica e cognitiva humana, e também por ser ineficaz ao não se vincular ao mercado de trabalho e à educação superior, que serviria como uma via direta de avaliação e seleção (pelo uso de boletins {com avaliação completa, durante todo o tempo de escola} como currículo primário). Claro que a valorização da profissão e o aumento do número de escolas e professores também estariam na lista de pendências dessa reforma....

Reforma no sistema de justiça 

Um sistema viciado que não pune exatamente com base no crime cometido, mas também de acordo com a condição social do sujeito, facilitando a impunidade aos que cometem crimes e têm curso superior ou conta bancária recheada, e que ainda por cima é demasiado brando na punição, especialmente por crime hediondo, não poderia ser mais injusto e, portanto, precisa passar por reformas. A construção de mais presídios, com melhorias estruturais, mas sem promover mordomias a quem cometeu crimes, especialmente os mais graves, até para diminuir a superlotação, também seria importante. E, além dessas melhorias, a separação dos presos por categoria de crime e nível de periculosidade dos mesmos, por exemplo, isolando os "alfas" de qualquer possibilidade de conseguirem criar ou manter esquemas hierárquicos dentro dos presídios, mais a seleção criteriosa dos profissionais que trabalham nesses ambientes (com o expurgo de corruptíveis e/ou corruptos). 

Reforma no sistema de saúde 

No Brasil, de maneira geral, existe um problema básico em que a demanda é quase sempre maior que a oferta e isso é bastante verdadeiro para o sistema de saúde. Por isso, para começar a resolver esse problema, seria necessário aumentar o número de médicos, especialmente de clínicos gerais; de hospitais e postos, tornando o atendimento mais geograficamente especializado, bem distribuído e agilizado, também aumentando a cobertura de exames e tratamentos oferecidos gratuitamente pelo SUS. 

Maior distribuição de renda, mas sem injustiças disfarçadas de "correção histórica"

Sem sistemas de cotas que discriminam brancos pobres, enfim, que discriminam qualquer grupo de maneira injusta, de derrubar esse sistema de seleção e avaliação que tem sido imposto, importado dos EUA, e que tem o coitadismo ao invés do mérito como principal e único critério. 

Já quanto a essa melhor distribuição, se daria, primariamente, pela introdução de um modelo proporcional de impostos em que os mais ricos pagam mais que os mais pobres e a classe média. 

Uma possível redução da carga tributária, mas que só seria plenamente possível com o combate direto à corrupção política, se o melhor uso do dinheiro público depende disso. E mesmo sem redução da carga, que, pelo menos, os gastos do dinheiro público sejam priorizados ao público...

Se livrar da rede globo e do resto da mídia ideologicamente viciada 

Se livrar de uma emissora de televisão, isto é, de uma empresa privada, que tem acumulado uma influência muito grande e, pior de tudo, perniciosa, sobre o país, manipulando o povo brasileiro ao seu bel prazer, antes, priorizando o neoliberalismo, isto é, a depredação dos direitos dos trabalhadores em sua doutrinação. Agora, também com lavagem cerebral "woke", supostamente "anti racista", "democrática", "racional" e "empática", além de outro desserviço igualmente descomunal, a popularização absoluta de uma cultura de quinta categoria produzida por gente de inteligência limitada e gosto artístico duvidoso.

Justiça seja feita, se todas as emissoras de televisão do "nosso" país tem feito o mesmo ou parecido. O problema tem sido a enorme influência e o tipo de influência da emissora mais importante sobre a cultura e a sociedade brasileiras desde os seus primeiros anos de atuação, já como braço direito da ditadura militar, e agora como principal célula do veneno globalista em território nacional.

Pois seria muito melhor tomar nota de tudo isso e buscar por uma emissora, de preferência, estatal, que a substitua, que seja realmente engajada em proporcionar o melhor entretenimento, realmente educativo e de alta qualidade, que não pense apenas em poder, lacração e lucro. Também, para atingir esse objetivo, haveria de mobilizar a maioria "de direita" e centro para boicotá-la, porque em termos de potencial de mobilização social visando objetivos sensatos e ainda mais em relação a essas questões culturais, eu não espero nada vindo do outro lado, até por ser justamente esse que mais tem depredado a cultura do nosso e de outros países, via inculcação de relativismo ideológico da qualidade artística, mancomunado com a ganância capitalista, que prioriza o popular sobre o erudito visando lucros.  

Mas não apenas a rede globo, pois uma boa parte da mídia brasileira também está dominada por essas mesmas ideologias irracionais e seus agentes, que negam a razão em prol de suas convicções variavelmente desviantes dos fatos e do bom senso, geralmente baseadas em "pseudociências do bem", de inclinação mais para a "esquerda" no espectro político. Domínio esse que também se estende a outros setores de igual relevância, tal como a educação, a justiça e o próprio governo, e com efeitos destrutivos a médio e longo prazo.

terça-feira, 15 de agosto de 2023

O que dizem que é justo sobre os processos avaliativos e seletivos (novamente) e o que realmente é

 Corrida maluca 


A educação brasileira, mas também da maioria dos países oficialmente reconhecidos pela ONU, está baseada no sistema tradicional de ensino e que, por sua vez e, cruamente falando, se baseia na crença da tábula rasa, adaptada ao contexto escolar, de que a maioria dos seres humanos, desprezando os que já nascem com deficiências intelectuais evidentes, apresentam os mesmos potenciais de aprendizado e apenas se diferenciam, em termos de desempenho, pelo nível de esforço ou dedicação aos estudos. Por isso as avaliações iguais para todos os estudantes, as notas vermelhas, a recuperação e até a repetência... No entanto, as evidências legitimamente científicas sobre esse tópico nos mostram que apresentamos diferenças qualitativas e quantitativas de inteligência e que são predominantemente intrínsecas ou que não são superficiais, isto é, facilmente alteráveis. Como resultado, idealmente, o sistema de ensino não deveria comparar desempenho, pelo menos da maneira como tem feito, porque é basicamente o mesmo que comparar o desempenho de animais de espécies diferentes disputando uma mesma corrida. Mas, está consolidado a hegemonia dessa crença igualitarista e de que é a maneira mais justa de avaliação, tanto na educação quanto para o mercado de trabalho, que todos devem ter igualdade de condições e serem avaliados por seus desempenhos e não por quem são.

Mas, e se não apresentarmos as mesmas condições psicológicas e cognitivas??

Aí não é bem o "se", se nossa diversidade de intelectos e personalidades é uma realidade palpável, mesmo que muitos especialistas, na educação e em outras áreas relacionadas, não acreditem em sua existência. 

Pois o mais justo nesse contexto seria de avaliar por especificidade, porque igualaria por capacidade específica do que como tem sido avaliado, por conhecimentos gerais, especialmente em provas de concurso público e de admissão no ensino superior. Se somos ou inevitavelmente nos tornamos mais especializados em determinadas áreas do conhecimento ou da atividade humana e se toda profissão é uma especialização...

Portanto, o mais justo, nessa analogia com uma corrida maluca de animais de espécies diferentes é que os de mesma espécie compitam entre eles mesmos e, traduzindo para o sistema de seleção e avaliação na escola, mas mais especialmente no ensino superior e no mercado de trabalho, que as mesmas habilidades sejam comparadas entre os concorrentes, por exemplo, no caso de uma vaga para professor de história, que os conhecimentos em história, dos candidatos, sejam comparados e não seus conhecimentos gerais. 

terça-feira, 11 de julho de 2023

Nenhum país que se industrializou tem quatro horas de aula por dia, mas, sim, de sete a nove horas”

 "A educadora Cláudia Costin, presidente do Instituto Singularidades, cita algumas medidas práticas que poderiam ser adotadas o mais rapidamente possível, se for considerada a urgência de retomar o crescimento econômico. 'No contexto de automação acelerada, digitalização, inteligência artificial, precisamos educar para duas coisas simultaneamente: desenvolver o pensamento crítico e o criativo. Precisamos educar os alunos para serem pensadores autônomos e criativos”, afirma.


...

'Mas o que o Brasil pode fazer? Em primeiro lugar, parar com essa história de quatro horas de aula por dia. Nenhum país que se industrializou tem quatro horas de aula por dia, mas, sim, de sete a nove horas', afirma ela, que foi diretora de Educação do Banco Mundial e também chefiou a Secretaria Municipal de Educação do Rio.

'Não apenas aulas, mas laboratório, experimentação. É uma educação mais mão na massa. E evitar essa educação conteudista, em que o professor despeja um conteúdo e não ensina os alunos a pensar'. acrescenta Cláudia."



Aham, senta lá, Cláudia!!

Como se aumentar a carga horária das aulas tivesse uma forte influência no aumento da inteligência dos estudantes... 

Pois se for decidido pelo aumento da carga horária, um dos que mais sofrerão serão justamente os professores que, além de mal pagos, ainda precisam lidar com salas superlotadas e falta básica de educação e respeito por parte de muitos estudantes.

Outros "pormenores" que a "especialista em educação" parece desprezar completamente, de que o estudante brasileiro típico não é igual ao finlandês ou ao sul coreano, tanto em termos de capacidade cognitiva quanto de perfil de personalidade; que a inclinação para estudar, quer seja no sentido de aprender ou de se entreter, não está igualmente distribuída entre os seres humanos; o mesmo para criatividade e pensamento crítico ou racionalidade, que também não são igualmente aprendíveis ou desenvolvíveis... por isso que, não basta "dar uma educação crítica", seja lá o que isso signifique (poderia apostar alto que, para essa especialista, seria algo próximo de "doutrinação ideológica"), porque ninguém nasce "zero-bala".  E ainda acrescente a "pedagogia moderna", que se baseia em métodos demasiadamente idealistas para lidar com o ambiente escolar, e temos uma combinação perfeita para o desastre que podemos ver todos os dias letivos na maioria das escolas brasileiras. 

Mas concordo que a "escola" deveria reduzir o "conteudismo", especialmente algumas partes do conteúdo que não são realmente importantes para serem passadas pelo professor ou apreendidas pelo aluno, como eu já comentei em alguns textos, como nesse: "O que deveria ser reavaliado no ensino??"

terça-feira, 4 de julho de 2023

Uma possível evidência sobre a natureza pseudocientífica do sistema tradicional de ensino

Era uma vez, dois países, Finlândia e Coreia do Sul, que têm produzido algumas das maiores pontuações no PISA, que é um exame internacional da educação, desde que começou a ser aplicado. Porém, com sistemas educacionais bem diferentes, porque enquanto no primeiro país os estudantes têm muito mais autonomia e, portanto, menor pressão para estudar e tirar notas altas, no segundo, que adota um sistema mais tradicional de ensino, o exato oposto acontece, em que os estudantes são muito pressionados em termos (superficialmente) acadêmicos. Então, como explicar que, mesmo com sistemas tão diferentes, estudantes finlandeses têm conseguido tirar notas tão boas quanto às dos sul coreanos?? Primeiro e, o mais importante, temos a questão genética* (sim, me perdoem os crentes na tábula rasa que estão de plantão), em que ambas as populações parece que apresentam variações parecidas de potencial cognitivo. * Acumulando evidências científicas sobre o papel da genética nas nossas capacidades intelectuais. Segundo que, o sistema educacional sul coreano é baseado em crenças ultrapassadas e/ou pseudocientíficas sobre a inteligência humana e, por isso, impõe ao seu corpo discente essas práticas de tortura psicológica e cognitiva, porque acredita que a memorização compulsória é o componente mais importante para o aprendizado. Pois se isso fosse verdade, então, estudantes finlandeses deveriam estar se saindo muito mal... Mas não... Essa parece ser uma boa evidência de que o velho método de memorização compulsória que, inclusive, também é dominante no Brasil, não é melhor ou mais eficiente do que métodos heterodoxos à norma do sistema tradicional, como o que foi adotado na Finlândia. Aliás, não apenas de não ser melhor, mas até de ser inútil, se crianças e adolescentes finlandeses não precisam quebrar a cabeça nos "estudos" (memorização) para obter ótimos resultados em exames comparativos, como o PISA.

terça-feira, 28 de março de 2023

A diferença entre estudar//aprender e memorizar

 Para aprender é preciso estudar, ainda que também se possa aprender ou compreender algo, até a um certo nível, por observação ou análise imparcial e objetiva, sem chegar a ter acesso a um conteúdo específico.  


É verdade que a memorização é necessária e inevitável nos estudos. Mas memorizar é um meio para um fim, que é aprender. Memorizar por memorizar é o mesmo que "decoreba". O verdadeiro aprender não exige uma memorização "perfeita", de cada palavra ou fórmula, mas de um maior ou melhor entendimento sobre o que foi "estudado". Portanto, como conclusão, é possível afirmar que, estudar é o mesmo que se expor a certo "conhecimento' buscando, acima de tudo, compreendê-lo para, então, fixá-lo na mente. Ainda há de ressaltar que, não é sempre que um melhor entendimento leva à fixação, pois para que isso aconteça também é muito importante que exista pelo menos algum interesse genuíno sobre o tópico.

segunda-feira, 20 de março de 2023

São os estadunidenses do sul, em média, mais 'agradáveis' ???

 Aqueles que moram no sul dos EUA, em média, "pontuaram" mais alto no traço "agradabilidade", em pesquisas comparativas de geografia e tendências de comportamento e com base no modelo de personalidade do "cinco grande", considerado o mais cientificamente válido. 


Pois vejamos como que esse traço está caracterizado:

"As pessoas que são “agradáveis” visam a harmonia social, sendo gentis e atenciosas, e estão dispostas a fazer concessões em seus objetivos. As pessoas “desagradáveis” têm uma visão menos otimista e menos cooperativa dos outros, dando precedência ao interesse próprio. São mais competitivos e argumentativos..."

Agora, vejamos, rapidamente, onde que esse traço parece ser mais comum por lá, segundo as pesquisas:

"A presença de amabilidade/agradabilidade é mais pronunciada no Sul (Louisiana à Carolina do Norte, com zonas mais quentes e mais frias em Arkansas, Kentucky, Tennessee e Flórida). Um segundo aglomerado importante foi encontrado em Minnesota e nas Dakotas. O azul escuro do desagrado paira mais pesado sobre os estados ocidentais, de Montana ao Novo México e de Nevada às metades ocidentais do Kansas e Oklahoma. Há um epicentro de rabugice adicional na Nova Inglaterra."





Então, faz sentido que a região dos EUA com a maior porcentagem de "indivíduos mais agradáveis" ou "mais amáveis" seja também a região com a maior porcentagem de "conservadores tradicionais", isto é, de pessoas que tendem a ser classicamente racistas, homofóbicas, misóginas, do tipo que adora capitalismo, armas e bíblia??? E o oposto para algumas das regiões mais politicamente progressistas (como a Nova Inglaterra)???

É importante ressaltar que, segundo um outro estudo, conservadores tradicionais tendem a pontuar mais alto, especificamente, em um componente desse traço da agradabilidade, que é a "educação" ou "polidez"... ok... 

Mas, nesse mesmo estudo, indivíduos autodeclarados progressistas pontuaram mais alto em outro componente deste traço, a compaixão, e que, na minha opinião, é mais central ao traço em si, além de ser até fácil de perceber tanto pelas diferenças nas políticas defendidas por esquerdas e direitas quanto pelos comportamentos médios de progressistas e conservadores em que, se percebe uma desproporção de indivíduos muito egoístas no segundo grupo.


Mas, será que esses estudos de personalidade se baseiam mais em como que as pessoas se identificam ou respondem questionários do que como elas realmente são??? 

Será que as pessoas realmente agradáveis são menos propensas a se pensar como mais agradáveis que os outros?? 

Bem, um país em que parecem existir muitas delas, o Japão, existe um hábito cultural ou enraizado de se evitar auto elogios, preferindo até pela auto depreciação ...

Ainda sobre um dos estudos citados, de que autodeclarados "conservadores tradicionais" pontuaram mais alto em "educação" ou polidez, um dos componentes da agradabilidade..

Mas de que tipo de "educação" estamos falando aqui?? Porque existe a educação no sentido de discrição e etiqueta e aquela que se centraliza justamente no respeito e na empatia ao outro e, consequentemente, na compaixão. 

(O mesmo questionamento sobre auto definição e realidade também deve ser feito em relação aos autodeclarados progressistas. Afinal, são mesmo, em média, mais empáticos na prática ou apenas no discurso sobre si mesmos??)

domingo, 26 de fevereiro de 2023

Uma verdade dura sobre a educação/escolas brasileiras

 É a de que um de seus maiores problemas, essa balbúrdia literal e diária que acontece na maioria das salas de aula, especialmente nas escolas públicas (mas também e relativamente menos nas escolas privadas), é a falta de educação ou respeito básico, isto é, de empatia, inteligência emocional e/ou capacidade racional da maioria dos estudantes entre eles mesmos e em relação aos professores. Não é essencialmente a carência estrutural das escolas ou a educação recebida em casa ou o fato de serem crianças e adolescentes, nem mesmo as capacidades mais limitadas de aprendizado ou as mazelas sociais. 


Um problema que se tornou praticamente "epidêmico" a partir da universalização de um método pedagógico que trata a todos os estudantes como perfeitamente aptos a internalizar regras de convívio e respeito, pelo menos dentro do espaço escolar e que limitou em demasia as punições por mal comportamento. 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

''Como as pessoas podem se educar e se engajar para combater o racismo?''

 Se o conceito de racismo fosse aplicado de maneira correta, a grande maioria o combateria. Mas se tratando dessa "esquerda" que adora Paris…

Disse bem, as pessoas precisariam se EDUCAR, que não é o mesmo que se DOUTRINAR, sobre racismo. Primeiramente, se educariam sobre o conceito de racismo: qualquer generalização de causalidade que é determinada para um grupo racial ou étnico. Por exemplo, de afirmar que "todo italiano é mafioso" ou uma variação mais implícita "O povo italiano é mafioso" (todo italiano está subentendido).

Eu até poderia mostrar que também existe o "racismo positivo", que pode não ser tão problemático quanto o "negativo", mas ainda se expressa como tal, por exemplo, de afirmar que "todo italiano é simpático".

Segundo, entenderiam que, observar ou perceber relações correlativas, geralmente um tipo de correlação mais interseccional do que apenas paralela, entre raça ou etnia e comportamentos, e que ainda pode ter uma causa mais intrínseca ou evolutiva do que apenas ser um produto do meio, não é racismo e, independente se isso ferir o politicamente correto vigente, de esquerda, isto é, de ser considerado uma "verdade inconveniente", tal como por exemplo, de se perceber que " existe uma desproporção de homens negros e pardos em penitenciárias em relação à sua população total" ou também de que "há uma desproporção de descendentes de orientais nas universidades públicas em relação à sua população total". Em ambos, não há qualquer afirmação de causalidade entre fenótipo racial e tendências comportamentais "pele escura causa comportamento violento", que se configuraria de maneira legítima como racismo.

Terceiro, se as pessoas se educarem que qualquer grupo racial pode sofrer ou praticar racismo se se consiste em um comportamento universal, um tipo de tribalismo. Isso significa que, brancos podem sofrer racismo e negros podem praticá-lo, por exemplo e, ao contrário do que prega a doutrinação de esquerda sobre racismo.

Quarto, deveriam aprender a diferenciar gosto ou preferência pessoal de racismo, porque definitivamente não é todo mundo que não tem preferência racial, por exemplo, para a "escolha' de parceiro ou parceira.

Quinto, aceitar que, por mais horrendas as ofensas racistas possam ser ou parecer , ainda é preciso que os contextos específicos em que acontecem sejam analisados antes de se fazer julgamentos, porque não é sempre que o ofendido tem razão.

Sexto, que muito dos conflitos raciais ou étnicos acontecem mais por razões culturais ou comportamentais: diferenças médias de personalidade ou crenças, e de gênero, se a maioria desses conflitos bem como de qualquer outro tem uma desproporção de homens heterossexuais como protagonistas.

Acho até que, além daqueles indivíduos que estão mais propensos a cultivar crenças classicamente racistas em que há um evidente estabelecimento de uma generalização de causalidade entre fenótipo étnico-racial e tendências comportamentais, muitos dos que se declaram como "'anti-racistas" também deveriam se educar ou melhor, se desdoutrinar primeiro para então aprender sobre esse tema, já que graças à doutrinação que adotaram, tendem a distorcer seu reconhecimento e aplicação mais justos, por exemplo, de considerarem o racismo contra brancos impossível e que negros só podem ser racistas se forem consigo mesmos, porque enquadram todo branco como membro de um grupo historicamente opressor e todo negro como membro de um grupo historicamente oprimido… uma espécie de falácia em que a baixa incidência de um em relação ao outro é imediatamente considerado como inexistente, e também pelo equívoco de determinar categorias fixas e mono-identitárias dentro da dinâmica das relações humanas ao invés de apenas perceberem a sua realidade, em que um indivíduo humano não é apenas a sua raça e que, a priori, ele não pode ser culpado por crimes cometidos por outros, no tempo presente ou em outras épocas, apenas porque compartilham uma mesma identidade ou alguma vaga macro ancestralidade, tal como o filho de um criminoso não pode ser culpado pelos crimes do seu pai, apenas se ele mesmo cometer crimes objetivamente definidos.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Por que uma educação sexual é necessária? O meu exemplo

 Depois de três décadas de existência, eu descobri que não sou homo, mas um homem bissexual, mais precisamente um homobissexual, por sentir atração primária por indivíduos do mesmo sexo que o meu e por também sentir ou poder sentir atração pelo sexo oposto, principalmente por intermédio de minha metassexualidade, que é a atração pela possibilidade do sexo em si, independente com quem. Eu demorei muito tempo, primeiro, negando que não era heterossexual por causa da doutrinação cultural e religiosa que sofri durante a infância e, depois, quando "saí do armário" apenas para mim, passando a acreditar que era homossexual, mesmo depois de ter tido experiências prazerosas com o sexo oposto. Porque eu havia internalizado que não poderia ser bissexual já que, supostamente, todo bissexual legítimo apresentaria um nível igual de atração pelo mesmo sexo e pelo oposto. Eu acreditei em um mito muito comum sobre a bissexualidade até concluir o óbvio, que já tinha experimentado sexualmente com uma mulher, que havia gostado e que isso significava alguma coisa. Pois eu penso que, se tivesse recebido uma educação sexual desde quando era criança, teria percebido e aprendido sobre quem realmente sou, desde cedo. Também penso nos outros que, assim como eu, tiveram que aprender sobre suas sexualidades por experiência e percepção, por conta própria, do que auxiliados pelo conhecimento disponível, e os mais jovens que, atualmente, estão sendo negligenciados, assim como eu fui. Valendo ressaltar que, essas subdivisões acerca da bissexualidade (heterobissexuais, BIssexuais e homobissexuais) e a metassexualidade, foram propostas por mim, que me ajudaram a me orientar ou para saber qual tipo de bissexual que eu sou e por qual meio eu consigo me sentir atraído pelo sexo oposto, enquanto um tipo mais secundário de atração.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Possível (cor)relação entre um perfil cognitivo específico e crenças neolamarckistas/neolamarckxistas...

 ... e/ou educacionistas


Indivíduos com médias globais de inteligência quantitativa superficialmente "medidas" por testes de QI, em torno de 110 ou mais, e especialmente se forem superdotados (120 ou mais), geralmente o típico CDF que sempre tira boas notas em todas as matérias durante o seu período escolar, estão mais propensos a acreditar que o esforço empregado nos estudos é o principal fator para as diferenças de desempenho intelectual, porque tendem a extrapolar suas próprias facilidades de aprendizagem convergente, auxiliadas por uma boa memória semântica, aos outros indivíduos. Isso significa que também tendem a ter crenças neolamarckistas/neolamarckxistas e educacionistas*, porque se pensam que, apenas o esforço que importa, então, também devem pensar que esse esforço ou desempenho é significativamente influenciado pelas circunstâncias do meio, como o tipo de escola em que se estuda. 


* Modalidades muito próximas de crenças no determinismo absoluto do meio sobre o desenvolvimento e o comportamento humanos (também para outras espécies). O educacionismo se refere especificamente à escola como uma crença na influência absoluta da mesma no desenvolvimento intelectual. 


Pois esse perfil parece ser muito comum entre professores o que também pode explicar, primeiro, por que esses indivíduos se interessam pela área da educação e, segundo, por que acabam se tornando, mesmo se inconscientes disso, neolamarckistas/cxistas e/ou educacionistas convictos.


Já aqueles com perfis cognitivos mais assimétricos estão mais propensos a não acreditar que basta o esforço justamente por apresentarem ou perceberem grande dificuldade para aprender ou compreender especialmente nos campos do conhecimento em que suas capacidades estão menos desenvolvidas ou mais limitadas. Então, por sentirem na própria pele seus desenvolvimentos assíncronos podem concluir que, qualquer esforço extra sem ter ou perceber um verdadeiro potencial é inútil.


Então, o fato de haver um certo predomínio de indivíduos com perfis aparentemente mais simétricos de capacidades cognitivas na população geral pode explicar também o predomínio significativo dessas crenças, nomeadamente na área da educação e, que obviamente se relaciona com a inteligência humana. 


Aliás, até poderia concluir que, o sistema tradicional de ensino, que se centraliza na memorização e é o modelo de escola mais comum, foi pensado e estabelecido em seus primórdios justamente por indivíduos com esse perfil cognitivo mais simétrico e de alto desempenho acadêmico como resultado de uma extrapolação de seus próprios perfis como uma suposta realidade universal.

sábado, 19 de novembro de 2022

Sobre esquerda, síndrome do impostor e "educacionismo"

 Eu já comentei sobre a minha hipótese de relação entre esquerda e síndrome do impostor, em que haveria uma desproporção de esquerdistas que aparentam ser muito dependentes de opiniões e pensamentos de autoridades acadêmicas e intelectuais, especialmente as de mesma matriz ideológica, para construírem ou ratificarem seus posicionamentos, porque não seriam confiantes o suficiente em suas próprias capacidades racionais; em relativo contraste aos direitistas, que seriam mais propensos a sofrer de síndrome de Dunning-Krueger, que é um excesso de autoconfiança intelectual e que teria como consequência uma maior vulnerabilidade para acreditar em teorias conspiratórias e fake news. 


Pois essa tendência mais pronunciada de síndrome do impostor entre esquerdistas pode ser um fator que os torne mais propensos à crença na tábula rasa, no determinismo absoluto do meio sobre o desenvolvimento e o comportamento humanos e que, por sua vez, também os levaria à crença no "educacionismo", de que a educação tem uma influência extrema no nosso desenvolvimento intelectual, especialmente durante a infância e a adolescência. A síndrome do impostor se manifestaria indiretamente pela impressão de que tudo o que se é ou se torna é devido aos outros ou às circunstâncias do meio, quer seja no sentido positivo ou negativo, mas especialmente no positivo, em que qualquer conquista ou bom desempenho seria exclusivamente o resultado de sorte, privilégios, treinamento, criação ou educação recebida... já, no negativo, a mesma lógica, só que inversa, que faltou ter sorte, privilégios, uma educação de qualidade ou ter crescido em um lar amoroso e economicamente estável... Mas também de que somos apenas produtos do meio; de que há pouco, em termos de personalidade e inteligência, que possa ser atribuído a nós mesmos, como se fôssemos meros reagentes ou marionetes das circunstâncias. 

A confiança exagerada na educação

Pois se existe uma desproporção de esquerdistas que tendem a glorificar opiniões e pensamentos de sua elite intelectual, porque não têm plena confiança em suas próprias capacidades racionais, isso não significa que não possam ser arrogantes e até tenho uma forte impressão de que costumam ser irredutíveis quanto às suas opiniões, isto é, nas que são produzidas por sua cátedra de intelectuais e adotadas por eles. Porém, esse excesso de confiança não tem a mesma origem que o excesso também percebido em direitistas, até porque ideias, ideais e posicionamentos de direita e esquerda refletem perspectivas diferentes: respectivamente, uma perspectiva mais "darwinista"' e concreta ou sensorial e uma perspectiva mais existencialista e abstrata, daí a diferença de autoconfiança entre os dois grupos já que os posicionamentos de direita costumam ser menos sofisticados ou teoricamente mais fáceis de serem endossados que os de esquerda.

Apenas o esforço...

Apesar da tendência de baixa autoconfiança, muitos dos que têm uma crença ou fé exagerada na educação, também tendem a apontar para o esforço empregado nos estudos como o único fator que explica tanto a excelência quanto a mediocridade acadêmica. Mas isso não entra em absoluta contradição com a tendência de síndrome do impostor, porque continua a ocorrer uma diminuição da relevância das capacidades cognitivas mais intrínsecas para o desempenho intelectual de qualquer nível, além de também ser comumente associado a outros fatores, extrínsecos, como a qualidade do ensino. Então, segundo essa crença, a genialidade, por exemplo, só é possível com grande esforço, mais circunstâncias favoráveis do meio em que se encontra. Porém, na verdade, é possível afirmar que, o potencial para se tornar um gênio é praticamente intrínseco, "de nascença". 
É evidente que as circunstâncias externas ou do meio podem e costumam ter um papel, mas nenhuma centelha de gênio se acenderia sem que houvesse uma predisposição para a mesma. A própria raridade do gênio é uma evidência indireta de sua natureza primariamente intrínseca.  

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Por que investimentos massivos na educação não irão, sozinhos, tirar o Brasil do subdesenvolvimento??

 Existem muitos fatores que contribuem para o desenvolvimento de um país: disponibilidade de recursos naturais, localização geográfica privilegiada, tamanho da população e do território, clima, relevo, história... Mas um dos fatores mais importantes e, infelizmente, também um dos mais polemizados, é o fator humano, que é a ''qualidade'' de sua população. Pois um país como o Japão, por exemplo, jamais teria conseguido se tornar uma das maiores potências do mundo se sua população também não fosse mais naturalmente disciplinada, ordeira e tecnicamente inteligente. O mesmo pode ser dito, mas em um sentido menos agradável, sobre países como o Brasil, porque, além dos fatores histórico e político responsáveis pelo seu subdesenvolvimento, sua população, em média, menos inteligente, disciplinada e ordeira que as populações da maioria dos países desenvolvidos, incluindo o Japão, também contribui para mantê-lo nesta situação. Por isso que, não basta apenas investir massivamente na educação, esperando que, as próximas gerações de brasileiros, incluindo os de sua "adorada" elite, se tornarão mais inteligentes e honestas, e, então, elevarão o país a um nível de "primeiro mundo", se é improvável que, por essa via, lhes ocorrerá uma grande melhoria em sua qualidade coletiva. Mas isso não significa que o Brasil não deva investir na educação: capacitando professores, construindo novas escolas e reformando as existentes, valorizando a profissão para torná-la mais atraente no mercado de trabalho, reformando o sistema de ensino... porque por mais que o Brasil não tenha o mesmo potencial humano que dos países mais ricos, é importante capacitar e organizar nossa mão de obra o máximo possível, de fazer o melhor com o que temos. E também é fundamental que a sociedade passe por transformações positivas, no caso do Brasil, que seu tortuoso processo de tentar se tornar uma social-democracia seja aprofundado e consolidado, se este é o melhor modelo socioeconômico já inventado pelo ser humano, até hoje, o único que pode desenvolver um país enfatizando o lado social e não apenas o econômico.

Mas para que alcance esse objetivo, o estado brasileiro deve se tornar menos burocrático e menos corrupto, criando mecanismos que identifiquem e excluam sujeitos mal intencionados de poderem exercer cargos, ainda mais os de maior importância, isto é, de combater a corrupção desde a sua raiz.

Ou, pelo menos, de puni-los de maneira exemplar, mas sempre penso que é muito melhor prevenir do que (tentar) remediar.

Potencial humano ameaçado??

No Brasil, não bastasse sua população não ser das mais naturalmente inteligentes, também vivencia, talvez a mais de duas décadas, um padrão disgênico em que, indivíduos com maior escolaridade, em média, mais inteligentes, têm tido menos filhos se comparados com aqueles que têm apenas ensino fundamental e que, a médio e longo prazo, é provável de resultar numa diminuição do seu "capital humano", sobrecarregando o estado com indivíduos menos capazes e aumentando a escassez dos que apresentam um maior potencial de qualificação técnica e contribuição social, sem falar da emigração de muitos deles para o estrangeiro, fugindo da criminalidade, da corrupção e da falta de investimento ou apoio à educação e, portanto, à ciência, áreas de atuação de boa parcela da "elite cognitiva". Por isso é necessário estancar essa sangria oferecendo muitas vantagens para que permaneçam no país, não apenas no sentido profissional, mas também socioeconômico, até para que, os que queiram constituir família por meios naturais tenham total possibilidade de fazê-lo. Já quanto aos "menos inteligentes', geralmente de classe trabalhadora, há de se incentivá-los à prática do planejamento familiar, e perceba que não estou sugerindo que sejam completamente impossibilitados de ter filhos, mas que busquem ter um número razoável, preferencialmente de um a dois, valendo até oferecer-lhes vantagens financeiras para atender esse objetivo, desde o pagamento gratuito da esterilização até ao oferecimento de uma casa própria.

Enfim, garantir uma boa qualidade de vida para todas as classes sociais, mas buscando por um equilíbrio favorável nas camadas cognitivas.

Claro que também seria muito interessante se, indivíduos com personalidade anti social fossem identificados cedo e, dependendo da intensidade de sua desordem, no mínimo, ter suas liberdades individuais cerceadas, incluindo a de constituir família.

Sim!!!

Isso é uma forma de eugenia, mas um tipo mais ponderado, moderado...

Não!!!

Não tem outro jeito para o Brasil (e não apenas para nós).

Este, por incrível que possa parecer, é o jeito mais realisticamente "humanitário" para, de fato, começarmos a lidar com os problemas crônicos de um país como o nosso.

Uma alternativa menos explicitamente eugênica seria pela atração de um grande número de estrangeiros altamente capacitados.

Isso que eu não estou me aprofundando sobre os problemas do sistema tradicional de ensino, dominante por aqui, e a necessidade de que seus métodos seletivos e avaliativos, sejam reformados, que eu já comentei em outros textos, de um modelo centralizado na avaliação comparativa e superficial de estudantes para um modelo mais personalizado, que os avalie individual e profundamente, enfatizando no que eles conseguem ou têm aprendido e não em suas dificuldades, enfim, aceitando que os seres humanos são psicológica e cognitivamente diversos,e passando a lidar com essa realidade da melhor maneira possível, se organizando de maneira a tornar essa diversidade uma força.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

O desprezo da educação superior em relação ao que é mais importante para o trabalho acadêmico/científico

 Para ser um excelente cientista ou pesquisador é preciso ser curioso, criativo, racional, prático, intelectualmente honesto, humilde e independente; precisa ser bom para perceber padrões e ter atenção aos detalhes. 


No entanto, a educação superior, assim como o sistema de ensino, de maneira geral, privilegia quase que exclusivamente a inteligência cristalizada em seus processos de seleção de concorrentes e avaliação de estudantes, partindo da suposição de que, todo aquele que pleiteia o trabalho acadêmico/científico precisa apresentar uma grande capacidade de memorização, já que se baseia na aplicação de provas generalistas, que avaliam conhecimentos gerais, desprezando completamente essas características citadas que são fundamentais a um bom cientista ou pesquisador... Sem falar que são provas generalistas que visam avaliar a capacidade de se especializar em uma determinada profissão, isto é, de aprender conhecimentos específicos, o que, pra mim, não parece fazer sentido lógico. Como resultado, é possível que, muitos daqueles que apresentam perfis para exercer essas funções, por não serem grandes memorizadores, não estão sendo selecionados pelas universidades, e em prol de uma maioria de indivíduos que apresenta características opostas às do arquétipo do cientista ou pesquisador: de obediência acrítica e de imaginação, curiosidade e racionalidade insuficientes...


Claro que eu não estou desprezando a importância da capacidade de memorizar ou apreender conhecimentos gerais, mas que apenas isso seja avaliado durante o processo seletivo. 

quinta-feira, 9 de julho de 2020

A doutrinação é ideológica, a educação é filosófica

Exemplo: questões raciais

Tem umas ideologias de esquerda que querem doutrinar as pessoas com uma série de factoides, fatos parciais e falácias sobre as raças humanas, e claro, junto a fatos históricos e legítimos, para dar credibilidade. Primeiro, que não existem raças humanas. Segundo, que suas diferenças [das populações humanas] são mínimas a inexistentes e, portanto,  que seus comportamentos médios são facilmente mutáveis. Terceiro, que o racismo só existe se for de branco contra negro, que não existe racismo contra branco, que eles chamam de "racismo inverso". Que está acontecendo um genocídio de jovens negros e pardos no Brasil, nos EUA, etc, perpetrado por policiais, escondendo que a maioria dos crimes contra negros [e pardos] são praticados por outros negros [e pardos], e o mesmo padrão para os outros grupos raciais. Que a principal razão para a criminalidade é circunstancial, de nascer pobre, por exemplo, desprezando que a maioria dos ''pobres'' ou precarizados não são violentos, isto é, confundindo correlação com causalidade. Que brancos, especialmente, não podem criticar negros, nem com educação e conhecimento, se não é racismo. Querem impor tudo isso, sem diálogo, sem reconsideração, generalizando e exacerbando as divisões desses grupos, enfim, inculcando uma narrativa simplória, mas superficialmente sofisticada, vezes com palavras difíceis, gramática impecável e discursos bonitos.

Mas isso só tem atiçado o verdadeiro racismo, por ser impositivo, injusto e recheado de meias verdades, inclusive perigosas [desprezando a existência de ''marginais congênitos'' e chamando de ''punitivismo'' o modelo de justiça mais racional, que é o ''proporcional''].

O efeito é o oposto do desejado, de educar para a compreensão, para a diminuição de fanatismos e preconceitos e busca por medidas que realmente combatam as desigualdades sociais e raciais.

A doutrinação é o forçar a uma perspectiva, negando a possibilidade de escolha. Também é a negação de uma diversidade de fatos que, naturalmente, reduz a pureza e a intensidade de convicções individuais subjetivas e leva à conclusões mais ponderadas.

O cenário piora porque a maioria das pessoas são de pensadores passivos ou de consumidores intelectuais, que esperam que a montanha vá até eles. São do tipo que compra linhas de pensamento como se fossem produtos de supermercado, por exemplo, os conceitos prontos de comunismo e capitalismo, e, não tenta pensar, analisar, investigá-los por si mesmo, buscando pela justiça dos seus fatos. Não são apenas os direitistas que, em sua maioria, agem desse jeito, excessivamente enviesados, tratando a arte do pensamento como se fosse competição entre times de esportes coletivos..

Pense, metaforicamente, que você está numa floresta com um incêndio acontecendo e você tenta apagar o fogo. Só que, com esse tipo de ideologia, que esquerdas obscurantistas têm tentado impor a todos, é como se, ao invés de usar a água ou fatos, usasse álcool pensando ser água, para aplacar o incêndio. O resultado você já sabe qual é. A intenção pode ser a melhor possível mas, para estar precisamente bem informado, até para a verdadeira justiça social, primeiro, é preciso se ater a fatos. Primeiro, os fatos. Depois, as considerações morais. Primeiro, analisar à distância. Depois, se colocar, se contextualizar no cenário de análise. É assim que se pensa com sabedoria. Não é dessa maneira que muitos teóricos, historiadores, pensadores esquerdistas ou progressistas tendem a fazer. Pelo contrário, pois eles impõem considerações morais antes de buscarem por TODOS os fatos, inclusive os que consideram insensíveis.

Tentar ensinar sobre racismo aplicando mais racismo e divisionismo entre as pessoas de diferentes raças só pode resultar em mais racismo, especialmente entre os mais inflamáveis.

É o que eu sempre penso. As ''esquerdas'' perdem muito quando agem de maneira igual às ''direitas'', se essas sempre manipularam e doutrinaram. As ou certas esquerdas,  quando decidem copiá-las, estão fadadas a se igualarem a elas em nível de compreensão limitada da realidade humana e universal. Mas, parece que é isso que querem, de serem antíteses pensando que são sínteses. A síntese é a sabedoria, a filosofia materializada, enraizada na cultura, substituindo, por fim, a ideologia, sem mais lados, o todo, pela essência.

Uma educação filosófica, ainda que também seja inevitavelmente impositiva, se faz com base no diálogo intermediado pela simples exposição de todos fatos, ou verdades, e buscando agir a partir deles.

Raças humanas existem. Diferenças e semelhanças entre elas existem. Todo mundo é capaz de perceber isso. Também existem policiais desequilibrados, sociopatas, não são poucos, mas, a maioria dos crimes contra jovens negros e pardos, é cometida por outros jovens negros e pardos e não, no imaginário progressista atual, por policiais brancos ou ainda mais abstrato, ''pelo estado''. Isso não significa que todo negro seja propenso à violência; também não significa que cenários reais de genocídio não possam ser deflagrados em hipotéticos horizontes sombrios nem que os casos graves de violência policial devam ser tratados com menor importância. Apontar esses fatos não é racismo. Racismo é dizer que todo negro ou  que todo pardo é violento ou que todo branco é racista ou que não pode sofrer racismo [que isso não existe].

A educação, de fato, filosófica, visa ''apenas'' uma melhor compreensão da realidade que, inevitavelmente, resulta numa diminuição de intensidades instintivas ou subjetivas, isto é, de preconceitos e fanatismos. E, não busca ''agradar'' lados.

Direita, volver

Também existem ideologias conservadoras relacionados à questão racial ,hoje, chamadas de ''racismo científico'', e que, pra variar, são distorções, essencialmente iguais às progressistas. A diferença é justamente essa, a ênfase exagerada nas diferenças entre os grupos humanos, algo comum, padrão, entre os conservadores, de categorizar as pessoas dentro das identidades que estão mais latentes nelas, distanciando-as em relação às identidades mais universais [somos todos vida; indivíduos], que as unem. No caso das raças humanas, os conservadores, especialmente os de extrema-direita, ''de raiz'', exacerbam as diferenças entre elas, com o intuito de se estabelecer hierarquias de supremacia, desprezando uma série de fatos, tal como a cadeia de eventos únicos que resultaram nessas diferenças, e que não podem ser definidas como ''demonstrações do talento ou da supremacia de um grupo racial'' e mais como uma questão de ''sorte'', e, novamente, a existência das identidades universais, comportamentos e médias que diluem de sobremaneira essas diferenças particulares entre as raças e que também valem para outras categorias [classe social; identidade/inclinação sexual..].


Como sempre, pela ideologia, puxa-se muito para um lado ou perspectiva, criando uma espécie de purificação ou filtro da diversidade ou da complexidade de fatos, tal como nesses dois casos de doutrinação em que, se tenta anular as diferenças ou então exaltá-las [anulando, então, as igualdades e/ou semelhanças].

Se já sabemos o que de monstruoso as ideologias conservadoras podem fazer em termos de racismo e preconceitos, também temos que ficar atentos aos problemas graves que podem resultar de ideologias obscurantistas, de natureza progressista, justamente por, falaciosamente, decretarem como intratavelmente errado, tudo o que ''o outro lado'' pensa [assim como o lado conservador sempre fez].

Um adendo interessante é que, enquanto o progressismo prega a igualdade absoluta entre os grupos e as diferenças absolutas entre os indivíduos, o conservadorismo vai pelo caminho oposto, exacerbando as diferenças de grupo e tentando combater a livre expressão de individualidade [de personalidade]. 

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Avaliar ou não avaliar o desempenho escolar?

Resposta: sim, mas individualmente. 

Se agora sabemos/podemos saber que cada indivíduo, em especial, o humano, tem um perfil psico-cognitivo próprio, então precisamos avaliar o desempenho individualmente, o quanto que cada um pode aprender de acordo com as suas capacidades quantitativas e qualitativas. Portanto eu estou propondo a criação de boletins e metas individuais, para cada estudante. Claramente uma espécie de autoconhecimento, só que enfatizado no aspecto cognitivo.