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sexta-feira, 22 de junho de 2018

Como refutar o argumento falacioso da "experiência"


Quando te acusam de ter sido indutivo quando você foi dedutivo...

O pensamento indutivo é o estabelecimento de regras gerais para determinado assunto ou questão em que, basicamente, a realidade "deve" se sujeitar à elas.

O pensamento dedutivo é o oposto da indução, em que, ao invés de estabelecermos regras gerais e forçar a realidade, analisamos e criticamos a mesma, e aí sim, forjando regras com base nela. Não é que a indução também não se baseie na realidade mas que geralmente o faz de modo muito tendencioso ou precipitado. 

Pois bem, existe uma falácia argumentativa extremamente popular que eu inclusive já comentei, a da "experiência", em que o aprendizado só pode acontecer via vivência. Isso pode ser em partes verdadeiro, mas as pessoas que a usam não tem mente essa parcialidade mais humilde, mas um absolutismo onde a mesma será compulsória ou totalmente necessária, do contrário não será possível aprender sobre qualquer coisa.

Eu deduzi, ;), que as pessoas que geralmente a usa, o fazem com base na acusação de indução do raciocínio, ou pensamento indutivo, de estarmos forçando regras gerais sem termos vivenciado a situação e/ou local... Mas estar no lugar ou vivenciar certa situação não é garantia que se vá compreender qualquer coisa e não é justamente isso que as pessoas mais fazem??  Isto é, vivenciam mas não aprendem de maneira considerável com a experiência
??

Não observam, percebem, criticam, comparam e deduzem...

Um exemplo hipotético. Eu estudo psicologia de maneira autodidata e começo a debater com um psicólogo e pesquisador do assunto. De repente, ao perceber que eu estou demonstrando maior ENTENDIMENTO ele decide usar essa carta barata, "eu tenho mais experiência que você na área, não discuta comigo". Aliás, tal falácia até poderia ser também definida como "apelo à própria autoridade". 

Portanto é possível aprender qualquer coisa sem ter que vivencia-la, que aliás, é um dos aspectos mais centrais da capacidade humana, de antecipar, simular ou imaginar antes de ter que experimentar algo. E essa falácia baseia-se na confusão entre o pensamento indutivo e o dedutivo, acusando aquele de "menor tempo de experiência" ou ''conhecimento CRISTALIZADO'', de estar aplicando o primeiro enquanto que muitas vezes o "acusado" estará usando as suas capacidades dedutivas, basicamente o reconhecimento de padrões e posterior pensamento analítico e crítico..


Também podemos pensar nesse embate como: entre aqueles que valorizam o conhecimento e aqueles que valorizam ou principiam pelo ENTENDIMENTO, aliás, assunto para um próximo texto [e cá com os meus botões, estou a antecipar uma série de tópicos que comentaria no outro blogue..]

Dedução aí não será o mesmo que o ''pensamento teórico'' [quase o mesmo que o indutivo]. E mais, porque para o pensar correto, DEDUZIR é a prática..

quarta-feira, 28 de março de 2018

Criatividade.... pensamento concreto e não-preconceituoso///cristalizado avançado???

Os mais criativos seriam mais propensos ao pensamento concreto [e oposição aos ''mais inteligentes' ] especialmente no sentido de solidificar as abstrações com o intuito de entende-las de modo mais profundo OU físico, se toda abstração é um meio para se traduzir e alcançar uma informação não-física ou ao menos não previamente física//literalmente conhecida. 

E seriam também menos preconceituosos OU cristalizados, especificamente falando, isto é, em relação às suas áreas de maior interesse e portanto mais propensos a duvidarem do que está sendo passado ou mesmo imposto [possivelmente ao aplicarem mais o pensamento concreto sobre a informação abstrata, isto é, buscando analisar de maneira concreta a realidade/a realidade por -- em si mesma === perfeccionismo] resultando no pensamento crítico-analítico OU divergente.

domingo, 29 de outubro de 2017

Inteligência é teleológica parte 2

A inteligência comportamental = para a sobrevivência, é teleológica porque todo comportamento bem sucedido de curto e de longo prazo são em si mesmos/e não necessariamente de modo ideal/ equilibrados, ou buscam por equilíbrios/fatos comportamentais, ideais ou não.

A inteligência analítica = se antecipa à realidade buscando compreende-la. E todo e qualquer fato, que analisamos, que compreendemos ou que apenas lidamos, ao menos as suas partes mais essenciais (e mesmo quando a compreensão é periférica), tem como natureza fundamental o equilíbrio, porque nada neste mundo existe sem que seja/esteja equilibrado, geralmente ideal em si mesmo, mas não universalmente falando.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Naruto e os diferentes tipos de excepcionais

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Naruto

Sakura

Sasuke


Rock Lee


Rock Lee é o super especialista que não atingiu o nível completo de superdotado/ninja, só que encontrou um jeito de compensar esta desvantagem naquilo em que ele é melhor.

Análogo à ginasta holandesa Sanne Wevers que tem compensado uma suposta dificuldade para realizar sequências acrobáticas, através daquilo em que ela é melhor, ao menos na ginástica, isto é, nos exercícios de dança, especialmente nos giros.


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O curioso caso de Rock Lee


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Rock Lee é um emblemático personagem do desenho japonês Naruto. Ele se destaca ao mesmo tempo por aquilo que tem e por aquilo que não tem. Rock é o único ninja a nível profissional que não é capaz de realizar golpes de magia, que qualquer um em seu nível deveria saber ou já ter aprendido. Por outro lado Rock conseguiu compensar o que seria uma falha fatal para alcançar o nível de ninja profissional por meio de suas incríveis habilidades super desenvolvidas tanto para o combate corpo a corpo, no caso: socos, pontapés, etc quanto em relação à velocidade desses golpes.


 Desde a primeira vez que assisti à primeira temporada de Naruto, acho que já fazem uns 7 ou 8 anos, eu me identifiquei um monte com este personagem: por ter sofrido discriminação no colégio, por sempre ter sido desacreditado pelos outros [no meu caso, sequer creditado, diga-se], mas também por ser um tipo raro provido de um talento raro e gana para se superar desenvolvendo-se a níveis extremos (ainda que no meu caso esta comparação possa ser corretamente reduzida ;). 

Eu me sinto parecido com ele porque eu vejo em mim um grande talento para a atenção e apreensão aos detalhes e com o intuito de construir um mapa coerente da realidade. No entanto assim como ele falta-me alguns componentes que me fariam mais autenticamente superdotado. Por exemplo, em termos de QI/ estimativa do tamanho da inteligência, eu sei que não vou pontuar alto, especialmente na inteligência psicométrica geral. Em termos de conhecimentos gerais/memória semântica eu também patino em ter um "tamanho" ao nível esperado de um superdotado. Eu tenho a níveis bem desenvolvidos a  capacidade de apreensão aos detalhes (insulada em alguns ramos do saber humano), de argumentação que a priore todo superdotado deveria ter e de criatividade. No entanto como eu já falei, falta-me algo mais para que possa alcançar o nível basal de superdotação, ao menos a do tipo acadêmico. 

O mesmo acontece com Rock Lee em relação às suas habilidades ninjas, querendo indicar, no meu caso, um perfil psico-cognitivo, em que, se tem uma grande facilidade ou horizonte de desenvolvimento só que relacionada às habilidades psico-cognitivas mais basais ou primárias, por exemplo, em relação ao raciocínio fluido (analítico-crítico) do que tradicionalmente acontece com as avaliações de superdotação, que se dá em relação ao raciocínio cristalizado.

Poderíamos pensar neste personagem como basal e especificamente superdotado em relação às suas habilidades ninjas, por ter desenvolvido uma grande capacidade apenas neste nível, apensar de não ter conseguido alcançar o limite básico para se tornar um ninja, isto é, por não ser capaz de aprender e usar magias. 


O mesmo em relação àqueles que são excepcionais pensadores analítico-críticos, mas que não são capazes de ir muito além disso, que se consistiria na base para a superdotação. 

Tal como, são dos golpes comuns que as magias são forjadas, o mesmo poderia ser analogamente pensado para as habilidades analítico-críticas e a superdotação, que se consistiria em uma expansão mais geral de alcance dessas habilidades, ainda que, geralmente em termos quantitativos, que é o critério geralmente requisitado, e não em termos qualitativos. Para se tornar um ninja, o critério básico fundamental seria o de saber magias. Para ser considerado um superdotado, ao menos do tipo mais ''arredondado'', o critério básico fundamental seria o de apresentar conhecimentos gerais mais alargados do que as outras pessoas. 

Rock Lee super-desenvolveu algumas habilidades, a partir do seu estado mais superficial.

Aqueles que são de excelentes pensadores analítico-críticos, talvez se possa dizer que, também o fazem, isto é, super-desenvolvem habilidades, só que a partir delas mesmas, com as suas características qualitativas intactas. Por exemplo, as habilidades analítico-críticos tendem a se tornar mais encorpadas e complexas quando feitas por superdotados, enquanto que, entre as pessoas comuns, elas são realizadas de modo mais simples, especialmente sem o catatau de ''conhecimentos que podem ser armazenados'' por cérebros mais quantitativamente superlativos.


Sakura

A típica superdotada de talento cristalizado e portanto escolástico bem desenvolvido. Acho que não tem muito o que dizer de novo sobre este tipo.

Sasuke


Este personagem também se assemelha à Sakura em termos de inteligência cognitiva geral elevada, mas com o seu forte em suas habilidades (psico) cognitivas específicas (no desenho, seria mais relacionado ao seu poder de magia).

Naruto


"O que me fortalece pode me transformar em um monstro"

Naruto representaria o típico caso do gênio provido de poderes superlativos mas que pode demorar para serem reconhecidos, desenvolvidos e controlados. A mesma criatividade elevada que faz um indivíduo genial também pode lhe trazer consequências negativas, desde as patologias mentais até às de natureza mais social, terminando por literalizar esta metáfora nipônica ainda mais. A ''raposa de sete caudas'' que faz Naruto um ninja excepcional se não for plenamente controlada e desenvolvida pode transforma-lo em um monstro descontrolado. Percebem-se muitas semelhanças entre Naruto e Rock Lee. A diferença é que, naquilo que Rock Lee simplesmente não pode alcançar, Naruto exibe de maneira ''natural'' ou intuitiva, só que ainda não está plenamente conhecida por ele.

Eu vejo o tipo de Rock Lee como um dos mais interessantes e possivelmente menos estudados tipos de excepcionais, no mundo real, que, apesar de não conseguir alcançar o limite mínimo para a excelência em sua área, ainda é capaz de ter e de desenvolver um grande talento [e eu sempre penso em algo mais inato ainda que também necessite de ser desenvolvido] conseguindo superar e muito as suas limitações.


terça-feira, 4 de abril de 2017

O inteligente zela, o criativo vandaliza

Os mais cognitivamente inteligentes são aqueles com as maiores capacidades de memorização convergente e subsequente capacidade de manejo deste arcabouço. No entanto, parece ser comum se não característico que eles também acabem zelando pelas informações, independente da qualidade factual das mesmas, que internalizam, e subsequentemente se tornando os seus agentes/zeladores. Como sustentadores naturais das sociedades, eles apresentam natural aptidão pra essa tarefa de zelar por aquilo que internalizam e que serão úteis [ou nem tanto] em seus trabalhos. Não é um problema, a priore, zelar ou proteger as informações que internalizamos, todos nós fazemos com maior ou com menor nível de paixão. Mas com certeza que se torna um problema quando o fazemos também ou comumente com: 

- o conhecimento mal construído ou mal analisado,

- os factoides.

Você pode ter em mãos alguns grãos de uma verdade particular, mas, se conformar com esses poucos grãos que tem, ao invés de tentar entendê-la de maneira mais profunda. E o pior ainda pode acontecer, porque você também pode ter, ao invés de fatos mal organizados e/ou hipo-desenvolvidos, factoides que são: pseudo-fatos, só que tomados como verdadeiros. No primeiro caso as associações primárias estão minimamente corretas, no entanto não há um zelo maior em seu desenvolvimento e polimento. No segundo caso as associações primárias ou bases já estão equivocadas. Aí o buraco da ignorância é muito mais profundo. 

No mais, é comum que o mais criativo, ''vandalize'', manipule, especule, busque entender certo conhecimento, antes de, comprá-lo e de passar a zelar por sua integridade, como os cognitivamente ou mesmo convergentemente inteligentes costumam fazer. Claro que, como é lugar comum na criatividade, este ímpeto analítico-crítico do criativo tenderá a ser feito de maneira mais insular ou específica do que generalizada. 

Quando o convergentemente inteligente se depara com um conjunto de informações [pré conhecimento] que casem ou que convirjam consideravelmente com os seus preconceitos cognitivos mais basais, é muito provável que ele o internalizará, até mesmo de maneira mais abrupta, rápida ou precipitada, do que uma pessoa com inteligência cognitiva, na média, geralmente faz.

Se no final as contas TODOS NÓS acabamos alimentando os nossos próprios preconceitos cognitivos mais agudamente queridos, os mais convergentemente inteligentes ainda terão maiores capacidades para produzir justificativas mais interessantes e próximas, ou mesmo, comungadas com a verdade objetiva ou universal.

O criativo mais convergente ainda será capaz de aumentar a quantidade e ''qualidade' de certo conjunto de informações, estando elas factuais ou nem tanto, aquilo que o inteligente cognitivo-convergente típico internalizará sem maior criticismo. Já o criativo mais racional, peça que parece ser mais rara, será fortemente propenso a, de fato, vandalizá-lo, em especial quando começa a compilar contradições fatais, que são alertas de que as suas bases estão corrompidas ou deturpadas.


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Se podemos entender o criativo convergente como um ser híbrido entre o inteligente 'convergente' e o criativo 'divergente', ainda que este também vandalize, só que, ao invés de, metaforicamente falando, destruir a estátua, ele fará uns desenhos de bom gosto na mesma, ressaltando-a, de alguma maneira, enquanto que o criativo 'divergente' será muito mais propenso a testar a resistência da ''estátua''/pré-ou-proto conhecimento, jogando pedras, etc... para ver se de fato está baseada em fundamentos fortes ou racionais.

Se o muro de Berlim fosse um proto-conhecimento então o típico inteligente convergente que tivesse se especializado nele, o defenderia, o zelaria, porque reflete parte de si mesmo, de sua própria inteligência, que foi projetada ou colada a este conjunto de informações, metaforicamente hipotético.

Por outro lado, o criativo divergente que também tivesse se especializado no muro de Berlim, teria como reação primária a análise de suas características, e subsequente crítica e quanto mais frequentes e profundas fossem as suas contradições, encontradas, maior a intensidade da crítica, ao ponto de chegar ao ''vandalismo''. 

O primeiro zela, o segundo, dependendo da qualidade do conhecimento, pode chegar ao ato do vandalismo.

Para criar é preciso primeiro vandalizar/criticar, em menor ou maior grau.

Para ser original existe a necessidade de nunca se conformar com aquilo que já existe, dentro de sua área de interesse, do contrário, não haverá como criar ou expandir novos horizontes do conhecimento. No entanto, eu acredito que, quando um conhecimento parece estar fortemente construído, ficará mais difícil para que o criativo possa encontrar brechas virgens de exploração, se a principal intenção do conhecimento é de se conhecer de maneira progressivamente abrangente e precisa sobre certa realidade, para que possa ser refletida com perfeição, tendo o seu quebra-cabeças completado. 

O criativo convergente ou o pensador lateral, o criativo divergente ou o pensador divergente.. novamente

O nível de potencial de ''vandalismo'' analítico-crítico parece depender de uma série de fatores, e não apenas do nível ou capacidade para o pensamento divergente. No entanto a partir do momento em que nos centralizamos nas áreas de especialização dos indivíduos, esses fatores poderão ser hierarquizados ou terão como base justamente este espectro de capacidade. Portanto, quando temos dois criativos, dentro de uma mesma área de interesse/exploração, o ímpeto do criativo convergente não será o de fazer varreduras completas em seu objeto de escrutínio, porque será mais parecido com o inteligente convergente, isto é, zelará mais do que vandalizará. Como resultado, o mais provável é que use as suas habilidades para o pensamento lateral [pequena criatividade] na busca por meios de expandir o seu conhecimento de especialização, não importando se está mais ou menos factual/correto, em sua raiz. Em compensação o criativo divergente, ou, aquele que, é mais perfeccionista, será mais propenso a analisar, criticar, antes de julgar ou qualificar, e dependendo da qualidade das informações, ele poderá inclusive começar a vandalizá-las, inconformado com os seus níveis, buscando melhorá-la de maneira bem mais significativa, mesmo a ponto de reconstruí-la, ou ao ponto de destruí-la. O criativo convergente tende a julgar primeiro [gostar ou não gostar], e a analisar e criticar depois, isto é, ele tende a fazer o inverso do criativo divergente, assim como também faz o inteligente convergente. Isso parece revelar um pouco de instintividade, em que o criativo convergente, atraído por seu instinto, cairá de amores por sua área de maior interesse, enquanto que o criativo divergente, com o seu pé no freio do instinto/preconceito cognitivo, estudará [analisará e criticará] antes de poder ou não cair em tentação, ou, também pode fazê-lo em ordem similar ao convergente, mas nunca se conformando, claro, que dependerá da qualidade do nível do conhecimento. É metaforicamente equivalente ao fã que cai de amores por seu ídolo ou ídola, daquele que, apesar de ter a mesma fixação ou interesse, passa a criticá-lo/la quando começa a perceber os seus erros de conduta [que tendem a ser característicos entre as ''celebridades''].

Poderíamos voltar, porque não, ao meu modelo de diferenciação entre IDEALISTAS e PARTIDÁRIOS, sendo que, o criativo e o inteligente convergentes, seriam mais para os partidários, e o criativo divergente seria mais para o idealista, que busca pelo ideal, em sua área mais particularizada de interesse. Os primeiros se fixam, conformam e convergem. Os seus instintos ou preconceitos cognitivos lhes chamam, eles atendem e se sedentarizam. O segundo se fixa, e a princípio pode até se conformar, mas ao longo do tempo vai analisando mais profundamente, buscando pela reflexão perfeita ou próxima disso, de sua área de fixação, em relação àquilo que estipula como o ideal. Sim, porque o idealista cria expectativas, critérios ou cenários de idealidade, estando eles mais ou menos corretos. Ele parte de um ponto de ''perfeição', ou, ao longo do tempo, descobre 'por si mesmo', que existe um ponto universal de idealidade [só que geralmente o faz de maneira insular ou particularizada], que é o equilíbrio, que está subjacente a tudo aquilo que existe, e quando percebe que o conhecimento disponível ou existente de sua área de interesse não o satisfaz, estando ele mais ou menos correto quanto este sentimento, então irá se centralizar nessas áreas que estão mais obscuras, e é justamente a partir desses nacos incompletos ou indefinidos, das peças que estão faltando ao quebra-cabeças, que o criativo divergente, mas também o convergente, se dedicarão mais, e com o diferencial holístico do primeiro em comparação ao segundo, o ''partidário criativo'' que quer melhorar o partido/conhecimento de estimação, versus o idealista criativo que quer o ideal, a completude ou conhecimento ''completo' de sua área de interesse. 


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O filme ''Confiança'', de 1990, retrata um pouco a natureza da superdotação e também o estilo holístico da criatividade divergente, quando o personagem que é interpretado por Martin Donovan descobre erros na fabricação dos produtos da fábrica em que começa a trabalhar e ingenuamente avisa aos donos do negócio sobre a sua descoberta. Ao descobrir que os erros são propositais [obsolescência programada] fica irado de raiva, e acaba sendo advertido quanto ao seu comportamento, supostamente irracional.

 O criativo não apenas cria novas ideias ou pensamentos, mas também ou necessariamente, precisa antes de tudo, analisar e criticar honestamente/de maneira neutra a sua área, para que então possa ter intuições originais... e lógicas ou ''úteis'. Isto é, para ter ideias originais e ao mesmo tempo 'lógicas', ele precisa se certificar ao menos que as bases do conhecimento que busca refletir a sua área de especialidade sejam fortes ou, novamente, lógicas. Este diferencial holístico é um dos grandes responsáveis pela superioridade [em alguns aspectos muito relevantes] da grande criatividade sobre a pequena criatividade.


 O criativo convergente é criativamente discreto, claro que, em relação à sua área de fixação. Já o criativo divergente, dependendo de suas capacidades racionais e intuitivo-criativas, e da qualidade convergente ou existente de sua área de fixação, pode se tornar o mais ''escandaloso'' de todos, ao revelar, normalmente sem piedade, os erros que estão sendo negligenciados em sua área. O criativo convergente tende a ser mais conformista [à sua área de fixação], o divergente não. Aí temos outra diferença, porque o criativo convergente, ao ser menos macro ou holístico-perfeccionista, será menos propenso a diferenciar a qualidade das informações que está internalizando, e portanto, se esta for: alta, média, variável, uniforme, ou baixa, tanto faz pra ele, ainda que acabará trabalhando por suas micro-melhorias. Já o criativo divergente será menos generalizadamente anestesiado e portanto mais qualitativamente reativo, tal como a diferença que propus entre o extrovertido e o introvertido. O primeiro percebe e sente pouco as diferenças de densidade dos ambientes. O segundo é o oposto. O mesmo no caso do criativo convergente e do criativo divergente. O criativo divergente, análogo ao introvertido, sente mais os contrastes do ''ambiente''/conhecimento, porque é mais sensível à sua qualidade, e portanto, se o conjunto de informações que perfazem a sua área de interesse não lhe agradar, e em especial se, de fato, ele estiver certo, então reagirá de maneira conforme, não confundir com conformada. Se está ruim, ele se tornará mais crítico. Se está bom, ele reduzirá a sua carga de acidez analítico-crítica necessária e se conformará mais ao conhecimento existente.

No entanto, a criatividade, por razões auto-evidentes, é parte fundamental, essencial da inteligência, porque visa expandir os seus horizontes ou zonas de penetrabilidade. O criativo é o inteligente que não se conforma com o estado ou nível de qualidade e de abrangência do conhecimento de sua área de interesse e a partir disso buscará, de maneira mais microspectiva, como o criativo convergente, ou de maneira mais macrospectiva/holística, como o criativo divergente, as peças que faltam ao quebra-cabeças, e novamente, o segundo será ainda mais profundo nesta labuta. 

Em termos de autenticidade, a reflexão perfeita ou ''empatia perfeita'', de se colocar na pele do ''outro'', ser ou não ser, e a partir disso entender ''totalmente'' ou ''predominantemente'' parte de sua área, evidente que o criativo divergente será muito mais autêntico que o convergente, tal como o pai que ''ama tanto' o filho, se preocupa tanto com ele, que também passa a vigiar por seus defeitos, desejando que melhore em suas fraquezas. O pai que é curioso em relação ao seu filho. Enquanto que o criativo convergente pode ser metaforicamente exemplificado como o pai que tem um amor diferente por seu filho, que o idealiza erroneamente, desprezando os seus defeitos e até mesmo chegando a exagerar as suas qualidades, portanto, vendo-o como ''perfeito''.

Inteligentes e criativos convergentes tendem a ver o conhecimento de suas áreas de fixação como, se não ''perfeitos'', ao menos abrangentes. Por outro lado, em relação às mesmas áreas de fixação ou interesse, os criativos divergentes tenderão a reagir de modo distinto, sem se conformar ao nível até então alcançado de certo conhecimento, especialmente se for o caso, buscando por suas falhas, contradições ou áreas hipo-desenvolvidas ou foscas.

Eu até poderia, como conclusão deste texto, afirmar atrevidamente [à moda do blogue] que o criativo divergente, especialmente em sua área de fixação, por causa de sua maior curiosidade, inquietação e perfeccionismo, tem ou desenvolve uma visão muito mais nítida da mesma, a ponto de produzir insights realmente precisos. 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Criatividade como o máximo aproveitamento qualitativo da inteligência, mas como*

As pessoas neuro-comuns tendem a internalizar os aspectos ''mais importantes'' ou tópicos de um determinado assunto e dependendo de suas capacidades psico-cognitivas elas também tendem a fazê-lo sem grande criticismo ou uso do pensamento analítico-crítico ou com bases factuais fracas.

O pensador médio, se podemos chamá-lo assim, seria mais disponível para a prática deste exercício puramente intelectual que se consiste o pensamento analítico-crítico e como consequência ele tenderia a criticar, para maior ou menor intensidade, maior ou menor assiduidade e com melhor ou pior qualidade, aquilo que está ''estudando'. 

Em compensação os mais criativos iriam além do pensamento analítico-crítico pois também forçariam as suas capacidades psico-cognitivas além das zonas de conforto, isto é, das informações que já existem, buscando por novas possibilidades, novos ângulos de entendimento até mesmo chegando ao ponto de criar novos paradigmas, de alargar as fronteiras do assunto que lhes interessou de maneira mais profunda. Dificilmente os criativos não criticarão as suas áreas de escrutínio ou estudo direcionado, minucioso e obcecado, afinal de contas, não se pode alargar as fronteiras de certo conhecimento sem tê-lo criticado antes, sem ter visto defeito ou possibilidade de expansão.

Portanto as pessoas ''neuro-comuns'' tendem a se tornar empáticas e possivelmente reflexivas em relação às perspectivas ou facetas do assunto que melhor lhes convirem, ou a abraçarem os seus preconceitos cognitivos mais naturais. Já os pensadores ''médios'' tendem a visualizar também os defeitos ou conflitos de coerência interna dos assuntos que estão analisando. Em outras palavras, as pessoas ''neuro-comuns'' analisam rapidamente, e internalizam, se gostarem do que estiverem lendo, vendo ou ouvindo, e a partir daí passam a ''analisar a própria crítica''. Os pensadores ''médios'' ainda são capazes de analisarem e de criticarem com o intuito ou intenção de um melhor entendimento ou aprendizado, em especial quando o assunto lhe for de interesse. E por fim nós vamos ter os tipos mais criativos, especificamente aqueles que são de pensadores criativos, que além de analisarem, também partem de suas críticas, mais coesas (crítica da análise) ou nem tanto (''crítica da crítica'', como eu tentei explicar no último link) a fim de expandir ou ampliar o conhecimento por meio da criatividade. 

Pensadores criativos poderiam então serem denominados como ''maximizadores mentais'' por aproveitarem o máximo de suas capacidades psico-cognitivas ao ponto de conseguirem produzir insights que podem ampliar as fronteiras do próprio conhecimento que se dedicaram a estudar.   Até poderíamos dizer que eles usam mais as suas cabeças, literalmente falando, do que os outros, ainda que seja notório a existência de grande facilidade intuitiva para que este aproveitamento maximizado possa acontecer. 

Seria interessante testar os limites das capacidades psico-cognitivas das pessoas, especialmente em relação a esses assuntos que são mais generalistas ou imprescindíveis (espinha dorsal da macro-realidade) pra ver até onde conseguem chegar, se com grande pressão eles seriam capazes de ''superar os seus limites'' e possíveis consequências {sequelas] deste sobre-esforço.


terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Analise antes, critique depois...

No início, quando ainda somos novinhos, analisamos primeiro e criticamos depois [ ou não, só parece lógico, mas não é factual porque quando somos crianças ainda estamos nos desenvolvendo mentalmente, ainda que seja verdade que tendamos a ser mais curiosos nesta fase do que na vida adulta]. Ou, a partir do momento em que vamos amadurecendo, biologicamente falando, vamos nos tornando mais crítico-'analíticos'', e menos em analítico-críticos, isto é, passamos a criticar antes para analisar depois, mas analisar o que**

A crítica que fazemos primeiro, é claro. 

A crítica, em um mundo perfeito, deve vir quase sempre depois da análise.

 Primeiro, compilamos fatos [ e factoides ], construímos as nossas compreensões factuais sobre certo assunto, da maneira mais neutra possível. 

Só depois que será necessário a crítica, isto é, criticar aquilo que foi analisado. O problema é que ao longo do tempo, pelo que parece, vamos nos tornando mais e mais críticos, e sem termos sido analíticos antes, porque como vamos ampliando nossos arcabouços pessoais de informações, fatos e de factoides [especialmente quando não temos ciência de que também os internalizamos], então vamos ''deixando'' de analisar as informações antes de criticá-las, porque como já temos informações internalizadas ou ''referências de 'análise' '' então as usamos rapidamente, como se fossem muito mais úteis do que uma simples, honesta e imprescindível análise/re-conhecimento de padrões. Em outras palavras, quando aprendemos algo novo e o internalizamos, tal como se fosse a verdade absoluta, tendemos a deixar de lado a análise, que passa a ser entendida como ''voltar atrás''. Mas é sempre importante fazê-lo pois demonstra maior humildade intelectual além de ser muito mais eficiente, por incrível que possa parecer. Portanto a maioria tende a pensar assim ''se eu já estou no nível 4 por que é que eu teria que voltar ao nível 1 para entender sobre certo assunto*'' E a resposta é muito simples, porque o ''nível 1'' é o reconhecimento direto de padrões, é a base para qualquer tipo de atividade ou esforço intelectual ou cognitivo. É a volta às origens/à estrutura do pensamento que é universal em relação a todas as questões: reconhecimento de padrões.

No entanto é claro que precisamos ter uma base para que possamos analisar e é inevitável que acabaremos construindo e ampliando os nossos arcabouços de informações internalizadas e que os usaremos, com cada vez mais rapidez e confiança. Na verdade, é aquilo que sempre falo: não somos nós, mas ''os nossos cérebros'' que o fazem por nós. Portanto mesmo quando já tivermos bases é importante voltar à velha análise/reconhecimento de padrões, de coerência, independente de qualquer outro fator, e só depois, tomar as medidas que pressupõe-se, serão as mais sábias, pois esta é a verdadeira, a derradeira ou primordial base de tudo aquilo que pensamos e que fazemos.

Sim, você pode ter internalizado que ''o racismo institucionalizado seja o principal causador das diferenças raciais em desempenho escolar, laboral e de padrão de vida''. Você, portanto, ''já se encontra no nível 4'', factualmente correto ou nem tanto. No entanto você precisa voltar ao simples e imprescindível reconhecimento de padrões para saber se isso é verdade, verdade parcial ou não. Por exemplo, se o racismo é institucionalizado [leia-se, universalizado] então por que é que temos pessoas ''negras'' (usando novamente a ''forçação de barra'' racismo = anti-negro) muito bem sucedidas*

 Esta dúvida é fruto de um básico reconhecimento de padrões, porque se existe uma institucionalização sistemática e universal de discriminação [negativa] contra os negros então não faz sentido que tenhamos uma minoria deles que seja muito bem sucedida. Será que eles pagam uma taxa extra pra não serem pegos pelo bicho papão ''racismo institucionalizado''**

(isto ainda não significaria que ''portanto não existe racismo'')

No entanto também temos outra questão porque, pelo que parece, ser talentoso para um ''simples' reconhecimento de padrões, não está universalmente presente entre os seres humanos, ou talvez, também, a principal fraqueza humana não esteja exatamente em sua cognição, mas em seu lado psicológico.

Quase todo mundo é capaz de reconhecer os padrões mais salientes de qualquer assunto, especialmente os assuntos ''mais importantes'' ou ''oniscientes''. O problema portanto não parece ser especialmente a cognição, pois não é ela que nos rende com o seu charme irresistível mas justamente o nosso lado psicológico, porque é lá que terminaremos de construir os nossos pontos de vistas, e talvez possamos até mesmo dizer que a crítica é muito mais emocional do que a análise, ainda que em uma estrutura crescente e ideal de pensamento, toda crítica precise ter como base uma análise precisa.

Parece que a análise tende a funcionar exatamente como um freio instintivo, ainda que inevitavelmente precisará passar pela crítica, que me parece, sempre ser mais emotiva, e que geralmente tende a ter um resultado não muito agradável aos olhos da sabedoria. 

O lógico analisa ''sem criticar''... o intuitivo emotivo critica, ''sem analisar''...

O lógico, aquele que eu defini como ''parcialmente racional'', que apesar de seguir uma linha factual termina frio e pragmático demais para poder alcançar ares mais racionais, quiçá sábios, me parece que tende a analisar, especialmente aquilo que tem sido a regra, geralmente naturalista, e a criticar pouco, especialmente em relação à questões que exigirem maior sensibilidade, resultando em julgamentos frios, que são entendidos, pretensamente falando, como corretos. Como a maioria das pessoas, o lógico também será fortemente propenso a criticar primeiro OU a analisar a própria crítica, só que geralmente construída com base em seus preconceitos cognitivos cristalizados, e que tendem a estar mais próximos da realidade, especialmente a ''insensível'' realidade no/do reino animal, na/da ''realidade por si mesma''. O lógico, segue a lógica da natureza. Não está de todo errado porque no fim nada está 100% errado, mas tampouco será perfeccionista ou ideal. O lógico ao desprezar o lado afetivo ou emocional da realidade se perderá de um caminho de completude perceptiva que evidentemente necessita deste aspecto para se completar e portanto se fazer autenticamente característica. O caminho para uma completude perceptiva não precisa apenas de um calculismo frio de análise mas também o calor de nossas emoções, ambos, bem pontuados e colocados.

O emocional, que é mais intuitivo, em média, por outro lado, parece que tenderá a fazer o caminho oposto, se tornando demasiadamente crítico e menos analítico e com agravantes pois a sua compreensão factual tenderá a ser muito mais poluída por factoides do que a compreensão factual dos tipos mais lógicos. Quem critica mais o faz por razões mais emocionais do que analíticas. Quem analisa mais ou excessivamente, será mais pragmático, menos revoltado* mais apático* ... enquanto que o ideal mesmo é o de ser preciso no pensamento, em que algumas vezes será necessário ser mais emocional, em outras vezes mais analítico, e em outras situações, mais equilibrado entre os dois. O fato é que no final, o mais importante é o de respeitar e seguir a estrutura ideal de pensamento, observar e analisar primeiro e criticar depois

Mas criticar o que*

Oras, criticar a compilações de padrões que encontrou... e sempre compará-las com as suas ''referências de 'análise' '' ou bases. 

Por exemplo, vamos imaginar que você tenha internalizado que ''somos todos iguais''. Então, como método correto de pensamento, você precisará comparar este dogma com a realidade, com os padrões que for encontrando. Dentro desta frase existem muitas possibilidades de interpretação, a maioria delas que não estão erradas. Como eu já falei em um texto bem antigo, podemos ser todos iguais por sermos vidas. Isso não está errado. No entanto, não somos clones, que literalizaria e universalizaria o termo, transformando-o em uma verdade absoluta. Se não somos clones então a frase ''somos todos iguais'' está particularizadamente correta mediante algumas perspectivas mas não em relação a outras. 

Portanto, o emotivo mais intuitivo internaliza com mais vigor e se torna mais confiante para criticar... sem analisar, sem voltar ao básico reconhecimento de padrões, enquanto que o lógico, mais frio e analítico em seu pensamento, será mais propenso a desprezar uma análise emocional (crítica), limitando-se a uma fria varredura de padrões e tendendo a aceitar o mundo como ele é, ponderando por poucas mudanças, especialmente aquelas que forem de natureza mais emocional, mais moral. Critica menos em termos moralmente factuais, mas tende, assim como o mais emotivo, a ''analisar a própria crítica'', ainda que o seu arcabouço de informações internalizadas não tenda a diferir muito em relação à ''insensível'' realidade 'natural'. Precisamos, idealmente falando, passar por todos esses processos: primeiro a análise, segundo, a crítica e como resultado o julgamento, que pode ser entendido como a terceira e derradeira parte deste processo. O lógico analisa demais, e critica de menos, ainda que no final, ele acabe também ''analisando a própria crítica'', que como foi dito, tende a ser mais ''pé no chão'', ''convencional'' e mesmo mais factual, ainda que incompleta. O intuitivo critica demais, porque toda crítica parte de uma motivação emocional, enquanto que toda análise parte de uma motivação mais puramente cognitiva. E ao criticar demais, volta menos ao básico reconhecimento de padrões, pois confia muito em suas bases ''nível 4..''. Neste caso, além de ''analisar a própria crítica/ informações internalizadas ao invés da própria análise/reconhecimento de padrões'' também o fará com base em uma maior poluição de factoides, os próprios exemplos que eu usei: ''racismo institucionalizado como causa das diferenças raciais'' e ''somos todos iguais''. Pensadores mais racionais e os mais sábios caminharão para usar essa estrutura de pensamento de maneira mais adequada com o possível diferencial em que os primeiros tenderão a ser mais repetitivos em suas ''condutas ideacionais'', respeitando a estrutura do pensamento, até demais, sempre analisando primeiro, e criticando depois, enquanto que o mais sábio sabe que em muitas situações a emoção será mais importante ou mesmo a ordem ideal de como pensar nem sempre será tão ideal assim. Talvez até pudéssemos descrever o racional como uma espécie de ''sábio frio''.


domingo, 5 de fevereiro de 2017

É no três ou no já?? Pensamento crítico analítico como possível fator que contribui para reduzir as pontuações em testes de QI

Você analisa tudo, tudinho, nos mínimos detalhes?? Quando se depara com uma questão você a analisa por todos os seus ângulos?? [que forem reconhecíveis}

Maior é o nível de intensidade maior será o nível de preferência. 

Algumas pessoas como eu por exemplo parece que nasceram com a capacidade de pensamento crítico-analítico exacerbadamente ativa, tendo-a como preferência para pensar sobre tudo, eu disse tudo, e desde os primórdios da intencionalidade ideacional ou do pensar.

Como resultado quando nos deparamos com testes, de QI, provas de escola, ou sei lá, testes psicológicos que estão disponíveis na web, tendemos a analisar e a criticar tudo, tudinho mesmo. 

Pensamos no teste, não em suas questões exatamente, em como resolvê-las, mas em sua validade, em sua praticidade, em sua capacidade de, de fato, avaliar alguém, antes mesmo de pensar em fazê-lo. Tendemos a ser muito curiosos, eu diria mais, suspeitos/desconfiados, mais do que a média. 

Uma pessoa regular, mediana, em personalidade e portanto também em curiosidade, será mais propensa a internalizar de maneira precipitada que, os testes são sem dúvida válidos, ou que é estritamente necessário fazê-los... 

Isso não muda o fato que se eu fizer um teste, por exemplo, de QI, é provável que não pontuarei super alto, e talvez também dependa do tipo de teste. 

No entanto parece evidente que quanto mais alto é a sua/ou a minha tendência ou preferência pelo pensamento crítico-analítico, maior serão as suas/minhas chances de colocá-lo a frente de qualquer ação, sem antes se questionar o porquê de se fazê-la, de sua validade, enfim. 

Então como conclusão eu estou propondo que, quem é preferencialmente curioso, bem ao estilo crítico-analítico, e que portanto tende a analisar e a criticar ''tudo'', tenderá a pontuar mais baixo do que o ''esperado'' em testes cognitivos, especialmente em performance ou em ''habilidades gerais'' [ média], porque o nível de intrinsicabilidade ou intensidade deste estilo de pensamento é tão alto que perpassa a capacidade cristalizada que é mensurada em testes cognitivos, se alguém que está sempre analisando antes de praticar, tende a ser mais fluido em seu estilo cognitivo, que, ao invés de cristalizar demais e confiar em seus arcabouços, é mais propenso a estar sempre analisando os padrões de coerência, incoerência, similaridades ou diferenças, em outras palavras, é forte justamente na capacidade pura de reconhecimento de padrões que qualquer teste cognitivo, direta ou indiretamente, avalia ou mensura, só que tenderá a não estar no mesmo nível de eficácia ou facilidade [qualitativa ou talento] para cristalizar as informações, especialmente as que são necessitadas em testes cognitivos.
Enfim, a capacidade de analisar e de criticar detalhes ou minúcias vem forte e antes que a sujeição aos testes, e mesmo, talvez possa ter algum impacto quanto ao estado psicológico para fazê-lo, mas mesmo assim, eu acredito que pessoas que são como eu, que estão muito curiosas e afiadas em suas capacidades analíticas e críticas, de julgamento, tenderão a ser as do tipo que: são reconhecidas como inteligentes a muito inteligentes, só que tendem a pontuar ''abaixo do esperado'' em testes cognitivos, possivelmente por estarem mais fortes em suas capacidades mais fluidas E ''reais'', ou diretamente relacionadas com o mundo real, em que testes cognitivos ''aculturais'' farão pouco sentido. Neste caso também podemos correlacionar realismo ou praticidade elevados com elevada intrinsicabilidade para o pensamento crítico-analítico e também para pontuações em testes cognitivos, assimétricas ou ''aquém'' do que é esperado para pessoas muito curiosas e afiadas em suas capacidades analíticas, pressupõe-se que, fortemente atreladas àquilo que os testes cognitivos mensuram.