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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Ainda quanto aos níveis abstratos.../Still regarding abstract levels...

 ... Que eu comentei nesse texto: "Camadas de verdade//realidade ou níveis abstratos", os níveis mais altos de abstração, que são as ficções humanas, como o conceito de justiça, existem apenas como meios para fins específicos, diferente das não-ficções, que são fins ou realidades por si próprias.


Outra peculiaridade dessas ficções ou abstrações é que, apesar de serem ficções humanas, se baseiam em padrões reais, como no caso de cidades, que são primariamente demarcações artificiais de um espaço geográfico. Essas ficções são exatamente como demarcar limites imaginários com base em padrões reais. Tal como no caso de um comportamento específico, como o preconceito ou a indignação.



... Which I commented on in this text: "Layers of truth//reality or abstract levels", the highest levels of abstraction, which are human fictions, such as the concept of justice, exist only as means to specific ends, unlike non-fictions, which are ends or realities in themselves.

Another peculiarity of these fictions or abstractions is that, despite being human fictions, they are based on real patterns, as in the case of cities, which are primarily artificial demarcations of a geographic space. These fictions are exactly like demarcating imaginary boundaries based on real patterns. As in the case of a specific behavior, such as prejudice or indignation.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Psicose tradicional (em relação à concretude), psicose abstrata (em relação à verdade subjetiva) ou "psicose inteligente")

O esquizofrênico/psicótico [assim como também os tipos menos intensos como os esquizotípicos] tem alucinações tanto em relação à verdade objetiva ou concretude quanto em relação à verdade subjetiva ou abstrata. Em compensação também é possível ser ou se tornar mais psicótico"apenas" em relação à verdade subjetiva ou abstrata. Isto é, pode-se ter uma capacidade perceptiva primária dentro da normalidade, em relação à verdade imediata ou concreta, mas não em relação à [potencial] verdade que se produz mais além do imediato e concreto/físico. É justamente aí nesta falha comum da espécie humana que toda sorte de sistemas de crenças factualmente diversos em qualidade (ou falta dela) tem sido construídos. Acho que já falei sobre isso mas não a partir desta [micro, nano...] perspectiva. Eu disse que o ser humano exibe uma capacidade perceptiva/sensorial balanceada em relação à verdade objetiva ou concretude [em contraste aos outros seres vivos], enquanto que em relação à verdade subjetiva ou abstrata ele se torna perceptivamente assimétrico, resultando em uma multitude de psicoses parciais abstratas, isto é, distorções da macro-realidade, expandida além da concretude/verdade objetiva. O ser humano pode reconhecer os padrões imediatos ou concretos de uma floresta, mas pode se confundir para compreender além daquilo que os seus sentidos captam e que a sua percepção interpreta de imediato, em relação a este cenário, isto é, pode produzir pensamentos conclusivos de causa e efeito contraditórios a equivocados, por exemplo, em relação à dinâmica da cadeia alimentar presente neste lugar hipotético. E esta situação se torna mais grave quando ele precisa interpretar a realidade social de sua própria espécie, mas especialmente, a ''realidade ou verdade existencial'', isto é, sobre si mesmo ou tudo aquilo que está mais vinculado a si mesmo. Para escapar de todas essas incertezas existenciais, que se relacionam umbilicalmente com as suas próprias existências ou vidas, um número invulgarmente alto de seres humanos optará pela certeza das crenças do que pela incerteza dos fatos desta natureza [existencial]. Isso também se relaciona com o deslocamento de uma perspectiva eu-cêntrica para uma perspectiva mais impessoal, em que deixamos de ser o centro até mesmo de nossas próprias atenções, para nos tornarmos ''insignificantes'' aos olhos da grandiosidade cósmica.  

Portanto quando começamos a elaborar e a priorizar os tipos de pensamentos, ideias e ''ânsias ou expectativas'' que hegemonizarão as nossas mentes [que está sob a influência dos genes/instinto], nos tornaremos mais vulneráveis para internalizar sistemas proto-psicóticos de crenças que alimentarão nossos ''egoísmos perceptivos [irracionais]''. Parece que temos dois tipos de pessoas que acabam priorizando ou enfatizando por ''pendengas existenciais'': os medrosos ou escapistas e os valentes ou realistas. Os primeiros exibem uma motivação intrínseca para pensar com maior frequência e importância sobre essas questões existencialistas, só que, por alguma razão, provavelmente de natureza instintiva/genética [tipo, nível de inteligência, especialmente a de natureza analítica; tipo ou nível de personalidade, etc],  acabarão buscando pelo escapismo das crenças humanas, tendendo a abraçar aquela que melhor se comunicar, sob vários níveis [psicológico, fisiológico ou étnico...], com eles. Os segundos também exibem a mesma motivação intrínseca mas reagem de maneira diametralmente oposta, em que, ao invés de fugirem do desafio que escolheram, o aceitam de maneira substancialmente significativa. Os escapistas assim como os realistas não ''escolheram'' priorizar por questões existenciais, mas precisam reagir a este constante assalto, e na totalidade das vezes [a partir do momento em que estamos delineando o conceito de maneira explícita: o escapista] o farão com base na fuga desta interação OU com meios para se enganarem, isto é, tal como se estivessem sempre olhando para morte no espelho [principal de casa] mas acreditando ou passando a acreditar que depois dela haverá vida novamente ou qualquer outro tipo de metafísica infinita. E uma conclusão óbvia deste assunto é que a maioria dos seres humanos serão muito mais escapistas [ideologia, cultura, religião] do que realistas.

Mesmo a maioria dos ateus, ao menos hoje em dia, tem escapado de um abraço sincero e completo à realidade, e trocado a religião pela ideologia, tal como eu tenho comentado desde quando eu tinha o velho blogue.





quinta-feira, 11 de maio de 2017

Metáfora, por outra perspectiva...

Eu disse que os pensadores metafóricos podem ser em média menos capazes de entender abstrações e por isso se utilizam da metáfora como maneira de reduzir a complexidade e ou aumentar a concretude das mesmas para que possam entende-las.

Honestidade e humildade intelectual 

No entanto também é fato que muitos pensadores mais abstratos ao invés de serem muito inteligentes para entenderem o pensamento abstrato na verdade são mais de internalizadores que conseguem capturar com facilidade o mesmo, e dependendo de sua área de maior especialidade, mas que não o compreende plenamente e ainda por cima não admite pra si mesmo nem para os outros esta realidade. 

Entender concretamente também é entender profundamente 

Do metafísico ao físico

Entendemos melhor algo quando o literalizamos, quando podemos ter maior noção entre causa e efeito, entre correlação e causalidade O papel da ciência, muitas se não todas as vezes, é justamente esse, o de transformar aquilo que está em um estado ''meta-físico'' de compreensão para um estado físico. Por exemplo, o comportamento.  No entanto ainda podemos entender muito bem certas realidades complexas "apenas" por farejarmos corretamente os seus padrões gerais e também os mais específicos de funcionamento. Ainda assim quando mais abstrato, mais vago, mais distante da realidade concreta ou realidade por si mesma. Usamos as abstrações tanto para entender mundos que não estão no nosso contato imediato e físico quanto para tecer mapas mais ou menos coesos dos mesmos, especialmente antes de conhecê-los a partir de suas origens físicas e expressões. No entanto o ideal seria sempre o de conectar este mundo mais amplo de informações para uma maior concretude para que assim se possa vê-lo com maior nitidez. Metaforicamente falando quando vemos algo de longe podemos intuir ou especular sobre o que se consiste, criando abstrações [certos tipos de abstrações]. Mais perto estamos, menos necessário será o uso do artifício da especulação para tentar adivinhar ou desenhar as curvas desta realidade distante, mais importante será o entendimento do concreto ou literal que encontramos, ainda que não advogue em absoluto por este processo classicamente científico se acredito que por meio do entendimento de suas estruturas ou padrões mais elementares já se pode com isso, ainda que menos nítido, de intuir sobre os seus comportamentos mais característicos.


 Por exemplo, se já se sabe que os aspectos intrínsecos influenciam na constituição fisiológica e psicológica dos seres/organismos então, talvez, a busca por suas feições microscópica, pode funcionar como um excesso de detalhismos, se se pode conhecer tais funcionamentos ainda a partir de sua superfície e se se pode usar este conhecimento menos aprofundado de maneiras adequadas, especialmente tendo a sabedoria como bússola. Em outras palavras, usando o exemplo novamente: se eu sei que o comportamento ou expressão, emana do ser, e se existe uma constância de padrões reativos do mesmo, então ainda não será imprescindível buscar por genes específicos que os tornam mais disponíveis ou expressíveis para certo ser/contexto individual, para que eu possa entender ou mesmo reconhecer as origens [ou uma de suas dimensões] e/ou a natureza do comportamento. 

No mais é isso. Por um lado o artifício constante da metáfora, além de revelar uma disposição cognitiva específica mais latente, também pode revelar um certo déficit para o entendimento de pensamentos e de ideias muito abstratas. Mas por outro lado, também pode revelar uma motivação intrínseca por um entendimento mais concreto daquilo que está sendo enfatizado, especialmente porque apenas o conhecimento do concreto ou físico que de fato nos ajudará a compreender certa particularidade, justamente aquilo que a ciência tende a fazer, indo para o abstrato, ao desenvolver teorias/regras gerais e regredindo ao concreto, através do empiricismo, para de fato, tentar extrair desta experiência metodicamente arquitetada, a realidade dos fatos, que é decisivamente física.

Force abstrações para quem só compreende de maneira concreta... e que este ainda seja fraco em autoconhecimento. Resultado: dogmatismo e estupidez

sexta-feira, 10 de março de 2017

A diferença entre os macrospectivamente [mais} inteligentes e os microspectivamente (mais} inteligentes

Microspecção versus macrospecção

A microspecção se consiste na capacidade abstrata de ver detalhes ou padrões pequenos no ambiente enquanto que a macrospecção já se encontrará mais voltada para os detalhes e/ou padrões maiores, de maneira literal mas também baseada na carga de abstrações acumuladas, porque maior é a carga abstrata maior será a microspecção e o oposto resultará na macrospecção. 

Detalhes versus imagem maior.


Habilidades abstratas acumuladas/ capacidade cristalizada versus habilidades analíticas acumuladas/ capacidade fluida


A diferença de quem é capaz de acumular ou apreender camadas e camadas de conhecimento abstrato e de quem está mais inteligente para a análise da macro-realidade/ou realidade macroscópica incluindo evidentemente a espinha dorsal da mesma.


O macrospectivamente inteligente ou macro-analítico, é capaz de analisar criticar, descrever, julgar e espelhar com precisão a realidade das coisas que estão em nossa perspectivosfera alcançável, como uma evolução da percepção humana em relação à macro verdade subjetiva ou abstrata, enquanto que os demais permanecem bem mais desiguais nesta capacidade analítica sendo diversamente melhores em suas especificidades invariavelmente abstratas, e psico-intelectualmente fracos, por se deixarem domar por seus sentimentos sem antes tê-los julgados racionalmente, e cognitivamente por muitas vezes não serem aptos para lidar com um aumento de complexidade dentro ou a partir da macro realidade. 


Macrospectivamente inteligentes (pensadores/observadores analíticos) versus microspectivamente inteligentes (trabalhadores progressivamente abstratos)


Novamente aplicando a minha ideia triárquica dos sociotipos os macrospectivamente inteligentes seriam exatamente aqueles que são mais psico-cognitivamente capazes de capturar e enfatizar na ''imagem maior'', que basicamente na consiste na espinha dorsal da macro-realidade, em tudo aquilo que é o mais importante em termos existenciais e evolutivos. No outro lado desse espectro encontraremos os microspectivamente inteligentes que tendem a super-enfatizar nos detalhes, desprezando a imagem maior, e vivenciando esta micro-realidade. Esta é basicamente a diferença entre o filósofo e o técnico/ e o mais inteligente dos técnicos, o cientista. Aquele que é de fato dos mais realistas em contraste aos crentes mais devotos da realidade alternativa e atomizada da realidade por si mesma, que é fatal e inevitavelmente existencialista. O cientista, que pode inventar uma arma letal, mas sem raciocinar quanto aos perigos que isso pode significar, quem são aqueles que poderão se apoderar da arma, enfim... e o filósofo realista que antes de fazer qualquer coisa faz a si mesmo as perguntas mais importantes, por que, pra que e/ou pra quem.

O cientista, que nada mais é, arquetipicamente falando, que o trabalhador ou técnico com ares de filosofia, só que aplica ou deixa as suas capacidades quase que inteiramente a serviço do sistema em que vive. O cientista e os mais talentosos, especialmente, persegue uma ideia, sem antes ter averiguado os riscos e pendengas éticas ou morais. O filósofo [ideal ou verdadeiro) faz o exato oposto. A sabedoria principia justamente com base nessa varredura inicial, ou prevenção...


domingo, 25 de dezembro de 2016

O seu peso em números não é o seu verdadeiro peso, mas parte dele e simbolizado com uma abstração de quantidade, em realidade, o seu QI não é a sua inteligência, literalmente falando...

''QI/inteligência'' 

digitam/dizem os ''experts'' em ''inteligência''....

Eu já falei sobre isso antes. Os testes cognitivos são um meio para se chegar a um fim, que é a inteligência. É um método para se ... ''mensurar'' a nossa inteligência. 

Não tão da mesma maneira mas ainda assim análogo, a balança de peso é um meio para se mensurar o nosso peso, que se consiste em seu fim.

No entanto, os meus (em breve) 75 quilos, não são tudo aquilo que o meu peso é, que com certeza é muito mais complexo do que esses dois dígitos. A maneira com que o meu peso está distribuído pelo meu corpo, o meu percentual de gordura em relação à massa total, dentre outras particularidades, definem, compõem o meu verdadeiro peso. 

Da mesma maneira que a minha idade, representada por um número de dois dígitos NÃO É ou REPRESENTA no mundo concreto, geralmente mais descritivo/semântico do que matemático, a minha verdadeira idade, o que ela é ou está. Por exemplo, pelo fato de ter uma idade biológica maior do que a cronológica, só pra começar. Órgãos que envelhecem de maneira mutuamente assimétrica, etc...

A análise é sempre mais abrangente, realista/concreta e precisa do que a mensuração

A mensuração até poderia ser entendida como um resumo quantitativo da análise

Então, seu QI, ou sua inteligência em números, NÃO É exatamente o que sua inteligência realmente é. Seu QI ainda é, da mesma maneira que o seu peso, ainda é ou podem refletir, em números / abstrações / símbolos, parcial/superficialmente, aquilo que são.

Porém, o  tamanho de seu peso ou de sua inteligência não é toda a realidade de ambos, se ambos não são apenas os seus tamanhos.

Se o tamanho não é totalmente reflexível/espelhável à totalidade de uma certa realidade.


É como reduzir todo o ser humano à sua altura, tal como reduzir toda a inteligência ao seu ''tamanho''.

Eu já havia comentado sobre isso, não sei se no velho blogue em que usei a imagem de uma igreja antiga e bela e bem ao lado um prédio moderno, de grande magnitude. O diferencial aqui é a natureza abstrata dos números representando uma natureza real e portanto, diversa, mais complexa, mais ''suja'', menos evidente do que dois ou três dígitos, que representam a ponta do iceberg

QI assim como o peso, em números, são como pontas de icebergs [sim o Titanic tem me inspirado], porque representam apenas parte da realidade que visam mensurar. Até proporei uma nova ''mensuração'', finalmente aliando o lado cognitivo/quantitativo com o lado psicológico/qualitativo da inteligência, usando a mim mesmo e a minha família como exemplo. Também aplicarei esta nova ''metodologia'' para ''mensurar'' as populações humanas, nomeadamente as macro-raças de nossa espécie. 

Acabei postando o ''texto'' em que uso a imagem do Titanic para representar visualmente e metaforicamente o porquê da inteligência não ser apenas o seu ''tamanho'', mas também a sua direção, e portanto terminei fazendo o oposto que havia pensado, isto é, postar primeiro este texto, que já estava sendo produzido. Enfim, é importante perceber todas essas diferenças para que possamos definitivamente ter uma imagem mais sucinta e precisa desta realidade, da realidade da inteligência, sem com isso cairmos na tentação do pensamento circular incompleto de que ''qi = inteligência'' ou mesmo ''qi definitivamente não mensura inteligência''.

Mensurar ainda não é o verdadeiro saber, ainda que seja uma forma de saber. Termos o tamanho do planeta Terra ainda não é o mesmo que termos um mapa-múndi da Terra e a própria nos serve como exemplo porque nos mostra que, sim, ''tamanho não é documento'', pode ser, mas muitas vezes não será, e todas essas volumosas ''exceções'', e não sei seria o certo chamá-las assim, nos mostra que teimar com a ''Qidiocracia'' apenas nos levará pro limbo comum e super diverso da estupidez humana e pessoas realmente inteligentes tem pânico de se imaginarem chafurdando na lama da estupidez, e menos ainda o sábio. E lembrando que a purificação da estupidez ou em relação à estupidez, claro que se diferenciará em qualidade entre um típico inteligente, em termos de tamanho, e de uma pessoa sábia, porque enquanto que a primeira o fará de modo superficial e na metade das vezes de maneira socialmente subconsciente, buscando prover pra si mesma uma ''imagem pública'' pedantemente perfeccionista, o segundo o fará de maneira puramente intelectual, sem se importar com aquilo que as massas pensam ou deixam de pensar e nem por isso chafurdar em tavernas de broncos ''red-pilhados'', que confundem grosseria com a verdade. 


quinta-feira, 7 de julho de 2016

Palavras abstratas são associações de elementos des-integrados, palavras concretas ou por associação concreta, são obviamente, integradas ou substancializadas

Pelo espaço e tempo

pelo concreto e pelo abstrato


 As palavras abstratas são representações associativas de elementos que estão ou que são dessubstancializados e/ou des-integrados. Por exemplo, o termo emoção. Emoção é uma palavra abstrata que se refere à expressão multifacetada do estado de ânimo ou frequência vibratória de um ser, isto é, de um organismo. A emoção não é uma ''coisa'', isto é, um fenômeno-substância, substancializado, físico ou integrado. 

Novamente forma & expressão. As palavras concretas tendem a representar as formas das substâncias ou as substâncias por si mesmas, enquanto que as palavras abstratas tendem a representar as expressões ou comportamentos das formas ou elementos des-integrados e portanto des-substancializados. Uma vida, um objeto natural/ artificial inanimado, ou no caso da composição dos cenários, por exemplo, a atmosfera terrestre. Tudo aquilo que simplesmente é, e que compõe a verdade objetiva/concreta ou super-lógica, isto é, a realidade que percebemos de maneira imediata, a percepção inescapável da concretude.

As palavras abstratas desejam emular a natureza das palavras concretas, pois buscam se reunir em um corpo ou em uma aglomeração de similaridades substancializadas ou sistêmicas para que possam produzir as ''concretudes'' ou ''conceitos concretos'', como se fossem peças a serem reunidas em um quebra-cabeças enquanto que as palavras concretas apenas associam simbólica e conceitualmente à ''quebra-cabeças naturais'', as concretudes. Por exemplo, dar o mesmo valor concreto que a pedra tem à emoção, como se a segunda também fosse da mesma natureza existencial que a primeira [ tratar do mesmo jeito].  No entanto a pedra também exibe uma frequência vibratória rente à gravidade e que talvez também possa ser entendida como a sua expressão, o comportamento do existir-inanimado ou a reação essencialmente direta e nunca a ação por si mesma, ainda que emita vibrações por causa de sua luta contra a gravidade.

As abstrações podem ser pluralidades, se na verdade existe apenas o indivíduo que é representado pelo número 1, baseado em uma perspectiva hiper-real ou em expressões/comportamentos que emanam das concretudes. Ideia é um exemplo de expressão oriunda de uma concretude orgânica/ser humano, uma vibração complexa oriunda da concretude da mente humana. 

Nações é um exemplo de abstração plural. Multidão, povo, qualquer coletivo, ainda que também esteja falando de concretudes, também pode ser entendido como uma abstração.


terça-feira, 3 de maio de 2016

Qi e inteligências reais: Misturando o abstrato com o concreto??





Pode-se confundir ou misturar o pensamento abstrato com o pensamento concreto??

((que ingenuidade da minha parte pois é exatamente desta forma que opera o ''pensar humano típico'', mas enfim, continuando a fingir de desentendido...)) 

Ou deveríamos mante-los mutuamente segregados  para melhor entendermos a realidade?? 

((sabedoria, ''cada pensar no seu quadrado''))

O qi é uma abstração que tenta se sobrepor ao concreto das inteligências que são constantemente testadas no dia a dia, isto é, no mundo real.




Conceito de inteligência do corvo, das aves em geral...





O conceito de inteligência acima, em inglês, é um trecho que encontrei durante algumas de minhas 'últimas' ruminações pela web. 


Se consiste provavelmente num dos conceitos mais perfeitos de inteligência, que sintetiza de maneira absolutamente concisa aquilo que tenho tentado mostrar desde os primeiros pseudo-parágrafos do velho blogue Santoculto, e que parece se esbarrar demasiadamente em relação à sabedoria, que se consistiria na manifestação magnânima do intelecto ou percepção ativa.

Mais do que apenas mais um conceito potencialmente perfeito de inteligência, o trecho acima se consiste, mais especificamente, na descrição semanticamente perfeita sobre o que a inteligência realmente é, não importa de qual tipo ou de qual espécie. Em outras palavras, se consiste em seu conceito mais do que primordial, um caso raro, pelo que parece, em que se pode reduzir sinteticamente um conceito abstrato de maneira praticamente perfeita, isto é, o espelhamento perfeito do conceito e de suas expressões no ou para o mundo real, no mundo das ações.

Fazer o ''certo'' (aquilo que está disponível e de preferência, a partir de uma supra-percepção, novamente, de acordo com as bio-variáveis do ser vivo) mediante uma nova situação, e tendo a sabedoria logo ao lado como uma retentora exponencialmente perfeita daquilo que mais interessa para a própria sobrevivência, a mitigação-à-eliminação constante de perigos, a estabilização e a possibilidade de passar a cultura ou hábitos e parte de si mesmo, via reprodução, especialmente em ambientes que não são ''toxicamente'' modernos (ainda que não haja nada de totalmente errado na modernidade, mas na combinação da mesma com a tacanha estupidez humana).


O futuro é uma abstração assim como o "potencial"



O potencial é uma palavra esquisita porque é aplicável para uma série de micro-situações mas não em relação ao concreto do cotidiano imediato, o imediatismo que está sempre exigindo respostas corretas ou que estão dentro de um espectro de respostas lógicas ou bio-lógicas, como o hábito intrínseco da ave de caçar o seu almoço em vôos certeiros. 

Portanto, potenciais em vida podem existir enquanto promessas, de que certa capacidade possa deixar de ser uma auto-impressão subconsciente para que possa emergir à condição de importante, isto é, como se certa música, que era marginalmente querida, se tornasse uma das principais ou preferidas pra se ser ouvida. O qi enquanto um potencial para a inteligência deixa a entender que ''se ele é inteligente porque pontuou alto nos testes, então, por lógica intuitiva, terá de corresponder no mundo real, das ações, do imediato e constante, exatamente a impressão que deixou via psicometria''. No entanto, como toda abstração por demasia rarefeita, os testes cognitivos tomam correlações como se fossem a bruta e coesa representação ou espelhamento perfeito da realidade que visa capturar, a inteligência, como eu já falei várias vezes.

Flynn, o filósofo (dentre outras possíveis ocupações, ;) ) neozelandês que foi o responsável pela descoberta do "Efeito Flynn", fenômeno psicométrico em que as pontuações em testes cognitivos tem aumentado exponencialmente desde a sua invenção, descobriu que uma das possíveis razões para a ocorrência do seu curioso achado se daria por causa da constante substituição do pensamento concreto ou imediatista/utilitário pelo pensamento abstrato ou especulativo, provavelmente por causa da revolução tecnológica, do progressivo processo de secularização das sociedades ocidentais ''modernas'' e da universalização da ''educação''. 
Supostamente, isso significaria a partir de uma pré conclusão evidentemente precoce, que os seres humanos, por causa das constantes melhorias sociais, como por exemplo, a universalização da educação, estariam se tornando mais inteligentes, porque o pensar abstrato seria mais abrangente do que o pensar concreto. Ao comparar o tipo de pensamento de aldeões da Ásia Central, submersos dentro de uma cultura imediatista, de subsistência, em relação ao pensar abstrato (erroneamente abstrato, diga-se) que se tornou comum no Ocidente moderno e urbano, Lynn constatou que o aumento secular das pontuações em testes cognitivos se deu por causa de uma maior e constante exposição dos ocidentais em relação à formas de pensamento abstrato que tendem a se relacionar com muitos dos exercícios que estão presentes nos testes cognitivos, especialmente nos mais antigos. 

É um assunto complexo e não concordo plenamente com essas deduções conclusivas de Lynn (se ele realmente chegou a essas conclusões porque eu não vou pesquisar mais a fundo, kkkkk). Ele também comparou a forma de pensar de nossos avós, que é menos ''secular'', e eu diria mais, que é menos politicamente correta, citando os seus próprios, quanto à ideias ou impressões racistas, leia-se, racialmente generalistas.

Segundo ele, o pensamento ''racista'' seria de natureza concreta enquanto que o pensamento (pretensamente) empático seria de natureza abstrata. O pensar empático, que as mulheres são mais prodigiosas para produzir a partir de uma certa espontaneidade mentalmente neurofisiológica, e especialmente via simpatia, a expressão externa e artificial da empatia, seria, segundo ele, mais abstrato, e de fato, se pararmos para pensar, a simulação empática, isto é, de se colocar no lugar do outro, como se fosse ele (ainda que isso não aconteça de maneira precisa, resultando naquilo que denominei de ''empatia parcial''), exibe todos os predicados conceituais para que possa ser determinado desta maneira

No entanto, continuo crendo que as suas conclusões foram por deveras cruas ou precipitadas. Eu, por exemplo, tenho percebido em mim tipos de pensamentos que tendem a se alinharem com aqueles que predominam na velha guarda, isto é, em relação àqueles que já adentraram na terceira idade. Todos nós pensamos concreta e abstratamente, alguns que se engajarão mais no pensamento abstrato do que no concreto do que outros. Mesmo aqueles que estão ou que foram submersos desde à tenra idade em culturas de apelo imediatista, também pensam ou apresentam pensamentos abstratos, só que mais simples e portanto, conectados com as suas necessidades específicas. Ainda não está muito claro o quão influente o ambiente cultural está para determinar em muitas pessoas o seu grau de intimidade e uso do pensamento abstrato assim como também as disposições intrínsecas. A generalização de natureza racial que os avós de Flynn se engajavam também se consiste em uma forma de pensamento abstrato, ao contrário do que o ''filósofo'' pensou e expôs neste vídeo. Produzir generalizações de qualquer natureza é tão abstrato como simular empatia em contextos históricos, ''pense se você fosse a Rosa Parks subindo naquele fatídico ônibus'', pois se está pensando, ainda que resumida e grosseiramente, em médias estatísticas.

Mas isso não previne que apelos imediatistas não possam ser observados em sociedades 'modernas' e na verdade a própria natureza materialisticamente consumista das mesmas parece trabalhar contra esta ideia de que vivamos em ambientes que são completamente diferentes daqueles em que as populações humanas ''mais tradicionais'' ou ''naturalistas'' estão localizadas.

 Eu vou ser sincero e acho que já falei sobre este assunto. Eu nunca entendi muito bem este tal Efeito Flynn, pois desde a primeira vez que ouvi falar, o achei confuso e vago demais para que pudesse explicar de maneira coerente e ordenada a complexidade que o assunto relacionado necessita. A ideia de que as pessoas ao longo do século XX ''foram se tornando'' mais ''inteligentes'' por causa dos enormes aumentos em pontuações de qi e que por exemplo, os americanos médios da década de 40 ''teriam'' um nível de inteligência ao nível de ''retardamento mental'' em comparação àqueles que vivem agora, comparativamente falando (também nunca entendi isso), parece ser um grande absurdo e mesmo por negar qualquer lógica em relação aos próprios testes cognitivos.

Eu tenho concluído até então que essas diferenças tem sido causadas por causa de múltiplos erros dos velhos testes e especialmente por causa das ''atualizações'' dos mesmos (outro ''pormenor'' que nunca entendi direito). Também por causa de uma complexidade excessiva, causada justamente pelo excesso de abstrações envolvidas para explicar o concreto dos fatos envolvidos, jamais consegui compreender satisfatoriamente o tal ''efeito Flynn''.

O fato é, os testes cognitivos estão extremamente abstratos ao levarmos em conta que:

- analisam o potencial cognitivo,

-  analisam a cognição humana como se o indivíduo fosse dissociado do seu ambiente de interação (e de fato existe uma classe de 'indivíduos' que tenderá a se dissociar do imediatismo holisticamente interacional com o ambiente de vivência e se chama ''trabalhadores''). São testes ''aculturais'' que visam uma maior ''precisão''. 

A psicologia, ao dissociar personalidade/comportamento e inteligência, analisando apenas a cognição, construiu uma espécie de método fordista macabro de análise do ser humano, transformando aquilo que identificamos como ''inteligência'' em ''eficiência no trabalho'' e personalidade em ''comportamento 'apropriado'  ou contextualmente 'civilizado' ''.

Como pode ser possível de analisarmos como que a verdadeira inteligência humana tem se desdobrado pelo século XX se ao invés de estarmos lidando com a relação direta ser e ambiente de interação, diretamente vinculado à sua própria sobrevivência ou retenção vital, nós estamos lidando com abstrações, consciente ou inconscientemente criadas e que tem como resultado, novamente, consciente ou não, na dissociação entre inteligência cognitiva ou mecânico-operacional e personalidade, isto é, produzindo todo o fenótipo multiforme que se consistem as expressões psico-cognitivas ou intelectuais humanas.



Desconstruíram o ser humano e os testes cognitivos ao invés de estaremos sendo usados como aliados na busca holisticamente precisa da(s) inteligência(s) humana(s), é usado como método friamente impessoal de mensuração de parte do intelecto humano. Como analisar a qualidade dos dentes de escravos recém saídos de um navio negreiro. 


sábado, 9 de abril de 2016

Literalização conceitual para ''socialista'' e ''capitalista''



Que me perdoem os direitistas, mas esta imagem reproduz uma perspectiva bastante realista do sistema que defendem.


ISMO


Eu entendo o prefixo ismo como uma ênfase/direcionamento significativo em relação ao termo que vier acoplado.

Portanto, nós temos o social + o ismo, resultando no socialismo.

E temos o capital + o ismo, resultando no capitalismo.

O capitalista seria aquele que, em termos puramente conceituais, daria grande ênfase ao capital, isto é, a moeda de troca que circula e molda as relações humanas em sociedades complexas.

O socialista seria aquele que, em termos puramente conceituais, daria grande ênfase ao social, isto é, ao aspecto mais saliente da própria sociedade que são organizações/aglomerações constituídas por mais de um indivíduo. 

Em termos realistas, todos nós somos ou estamos um pouco socialistas e capitalistas, porque o capital existe enquanto um mediador material de mérito para as diferentes atividades que exercemos dentro dessas colmeias e o social se consiste obviamente no bem mais importante que permeia as relações das formas de vida que evoluíram para conviver socialmente.

Esta precisão semântica parece favorecer a priore ao socialista ou àquele que subconscientemente se define principalmente como tal, ao legar para o capitalista, o papel de ''obcecado por dinheiro'', mas não é de todo verdadeiro, a partir do momento em que internalizamos que quase todas as palavras abstratas são amorais em suas respectivas raízes semânticas/conceituais.

Portanto, a priore, estar enfatizado ao social ou ao capital, dependerá do contexto para que possa ser corretamente moralizado. 


terça-feira, 29 de março de 2016

Ser neurótico em relação ao mundo em que vivemos é uma demonstração significativa de capacidade intelectual e especialmente se tal escrutínio se der de maneira constantemente correta




O verdadeiro teste de inteligência intelectual se dá desta maneira, na simples e constante observação do mundo, num aprimoramento constante, tanto do pensar quanto do agir, se o segundo depende do primeiro para que possa funcionar efetivamente. Do imediato ao abstrato. E quanto mais problemas forem observados em meio ao emaranhado de relações que caracterizam o mundo abstrato em tato constante com o literal de nossos passos, mais intelectualizado se estará, pois se estará prostrado no simples e fundamental ato de raciocinar objetivamente, isto é, sobre tudo aquilo que mais importa, produzindo uma lista altamente coerente e holisticamente eficiente de prioridades, sendo um filósofo de fato, sem carreiras, sem as comodidades de uma realidade pós-moderna, sem a fama barata que apenas os parasitas estúpidos gostam de valorizar/de buscar. 

O estado de neurose em relação aos problemas do mundo se consiste não apenas em uma demonstração de grande capacidade intelectual mas também de precisão empática, ou a abordagem da justiça impermeável.

Novamente, é do instinto à lógica, que se produz a razão, a sabedoria, e estar conectado com todos esses poros de abordagem perceptiva, também significa ser capaz de perceber mais problemas de todas essas ordens, por exemplo, estar preocupado com a própria sobrevivência (imigração em massa) ou com o tratamento moralmente adequado às pessoas, uma visão abrangente, holística, que olha para a origem do pensamento humano e portanto, dos problemas que causamos, à Terra, e a nós mesmos.

A neurose holística é um estado que inevitavelmente o sábio tenderá a estar em ambientes que conjugarão problemas com problemas, como os nossos. Se consiste em uma resposta mais do que apropriada.