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quarta-feira, 31 de maio de 2023

O verdadeiro aprender não é o memorizar...

 ... mas o compreender, mesmo que se esqueça do que compreendeu pouco tempo depois.

quinta-feira, 2 de março de 2023

A "escola" não "ensina" a pensar e a gostar de conhecimento...

 A escola, digo, o sistema tradicional de ensino, dominante nas escolas brasileiras, simplesmente não "ensina' como pensar de maneira racional ou inteligente, pois se limita à exposição e memorização mecânica de "conhecimentos' e que, dependendo, da matéria (geralmente das ciências humanas), também ocorre muita doutrinação ideológica*, de distorções de fatos (históricos, sociais, etc) por motivação político-ideológica: do autor do livro didático, do professor, do diretor do colégio... do próprio ministério da educação...  


* Doutrinação não é o mesmo que educação porque a primeira consiste numa imposição acrítica de pontos de vista ou perspectivas tratados como verdades incontestáveis enquanto que, a verdadeira educação é a exposição e o ensino exclusivo de conhecimentos, inclusive do pensamento lógico-racional, buscando pela objetividade e imparcialidade (que não é o mesmo que neutralidade) ou justiça.  

Em outras palavras, o sistema tradicional de ensino enfatiza a capacidade de aprendizado sobre a capacidade de raciocínio, por valorizar a obediência à autoridade do professor sobre o ensinar a pensar por conta própria, que aumentaria a paridade de poder entre estudante e professor. 

Então, de fato, não "ensina" o estudante a analisar e julgar informações (capacidade de raciocínio) mas apenas a memorizar o que pede e replicar o que memorizou em suas avaliações (capacidade de aprendizado).  E nem estou comentando de novo sobre outras falhas elementares desse sistema, possivelmente a maior delas que é o completo desprezo do mesmo à diversidade psicológica e cognitiva do corpo discente.

A "escola" também reforça a ideia (mesmo se de maneira não-intencional) de que o conhecimento é apenas uma obrigação e não também ou especialmente uma forma de entretenimento, contribuindo, talvez**, para alimentar a alienação de muitos estudantes à possibilidade de transformá-lo em um aspecto permanente de suas personalidades ou de seus cotidianos.

** Ou apenas coincidindo com o que a maioria pensa, para a qual não é possível que o conhecimento se torne uma fonte primária de entretenimento. 

sábado, 14 de janeiro de 2023

quarta-feira, 1 de junho de 2022

A inteligência também é sobre ou principalmente sobre perceber e não apenas sobre aprender

 Talvez repetitivo, mas sempre relevante


Se eu lhe passar um livro sobre terra plana e pedir que "apreenda" as informações ali contidas, preferencialmente as mais importantes, e você for capaz de memorizá-las, eu poderia concluir que você é inteligente. Se, então, eu lhe disser que o conteúdo desse livro reflete uma verdade incontestável e você concordar sem críticas ou contestações, enfim, de não PERCEBER que se trata de uma mentira, eu posso concluir, corretamente, que você não é tão inteligente tal como eu pensava, porque está demonstrando ter debilidades em sua capacidade racional. 

Eu também posso te pedir para estudar, no sentido de aprender, que é no sentido de memorizar um conteúdo específico. Então, você tenta, se esforça, mas não consegue aprender. A partir disso, eu poderia concluir que você não é muito inteligente. No entanto, talvez, quem não está PERCEBENDO direito sou eu, já que você não é como qualquer um, ninguém é, que pode não ser inteligente nessa matéria ou nesse conteúdo específico, porque ninguém tem facilidade para aprender tudo.

Você percebeu, pelo seu autoconhecimento, que não consegue aprender além dos seus limites. Portanto, quem está certo é você, porque o nível de aprendizado depende do potencial percebido e alcançado. 

Percebam que a percepção é determinante ao aprendizado, tanto para aprender quanto para saber quando não se pode ir além do que consegue aprender. 

Em suma, a capacidade de analisar e julgar o nível de veracidade de conteúdos, bem como a própria capacidade de aprender sobre eles, é tão ou mais importante que de absorvê-los. 

segunda-feira, 17 de julho de 2017

De novo e talvez um pouco diferente: a's enorme's diferença's entre apreender e aprender (proxy para a criatividade)

Resultado de imagem para sonho e realidade

fonte:http://dralilianregina.blogspot.com.br/2013/08/sonho-realidade-ou-imaginacao.html

Apreensão ou idealismo cognitivo potencialmente equivocado/ parcialmente correto 

Apreender: apreende as qualidades da matéria que está sendo dada, com pouco pensamento crítico.

Aprender: apreende qualidades mas também os defeitos, se encontrar (quase sempre), se forem muitos ou consideráveis. Muito pensamento crítico. Quase que como se testasse o material por si mesmo para analisar o seu nível de integridade ou de resistência.

Imaginemos um professor universitário ou um pesquisador no ramo da psicometria e psicologia. Ele passa grande parte de sua vida trabalhando na área, produzindo alguns trabalhos (quase sempre repetitivos ou que replicam trabalhos dos outros). Depois de uma carreira acadêmica tranquila aparece um furacão mais jovem e crítico em sua área pois passa a enfatizar tanto pelos pontos construtivos quanto pelos pontos faltantes ou equivocados e a partir dele começam a pipocar novos insights que, se o mais velho fosse mais crítico à sua área, é provável que teria tido maior realização criativa ou de originalidade, mas o mais importante, de  ter contribuído decisivamente para a melhoria de entendimento em sua área.

Portanto voltemos nova e rapidamente às minhas  concepções de apreender e aprender. 

Apreender: apreensão predominantemente superficial de certo conhecimento OU pretendente a conhecimento, especificamente com base nas "qualidades" ou pontos construtivos, que o constroem, tendendo a desprezar os pontos faltantes e os destrutivos.

Aprender: apreensão primariamente completa de certo conhecimento ou pretendente a conhecimento, não apenas os pontos construtivos mas também os faltantes e os destrutivos.

Imaginemos que precisamos construir uma casa. Então nós temos os pontos construtivos, faltantes e destrutivos. Os primeiros obviamente constroem, são lógicos, firmes. Os segundos são os que podem/opcional e os que devem ser acrescentados para aumentar a solidez da estrutura. Os terceiros são aqueles que se forem colocados serão mais danosos do que construtivos resultando no aumento de fragilidade da estrutura [pseudo-fatos]. 

Para aprendermos um certo conhecimento nós precisamos a Priore saber identificar os pontos corretos, faltantes e incorretos. No entanto tendemos a nos firmar nos pontos corretos ou construtivos e muitos são fortemente vulneráveis a venerarem esses pontos, desprezando as suas falhas ou incompletudes, mesmo chegando a toma-los indiscriminadamente, como parte dos pontos fortes, de sustentação, do verdadeiro conhecimento. Cria-se com isso um idealismo equivocado, vendo perfeição onde não há, exagerando os pontos fortes.


Infelizmente, tendemos a apreender mais do que aprender, que é de fato o entender, porque, como eu já comentei, para se interessar por um assunto é necessário lhe ter primeiro empatia [cognitiva: a neo-definição que lhe dei, de ter empatia por assuntos intelectuais, e não necessariamente por pessoas, ainda que não vise com isso desmerecer ou tentar substituir o conceito e aplicação conhecida da ''empatia cognitiva'', como ponto complementar à empatia [interpessoal] afetiva].

Sim, as diferenças entre a apreensão e o aprendizado são muito significativas. Quem de fato aprende, torna-se mais apto para criar, porque o fez de maneira perfeccionista [mais localizada ou generalista], afinal, não basta apreender apenas o ''lado bom'' do conhecimento...

E mais: a criatividade não é necessariamente igual a ''sonhar'', por se consistir em uma imaginação realista/perfeccionista.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Proporcionalidade, racionalidade e o verdadeiro aprendizado




Fonte:http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2008/02/projecao-mercator1-450x381.jpg


Existem dois tipos de comportamento racional:

Proporcionalidade psicológica / mentalista ou comportamental

Cognitivo / mecanicista ou intelectual.

Para entender algo que você precisa "reconhecer muitos, a maioria ou todas as suas peças e como eles são integrados uns aos outros para compor a sua realidade de forma proporcionalmente correta" para evitar distorções.

Reconhecer a proporcionalidade correta/ideal das ''coisas'' é basicamente no que se consistem os verdadeiros aprendizado e conhecimento.

Nem mais, nem meio mais... apenas a apreensão e o conhecimento sobre a proporcionalidade ideal ou correta de tudo aquilo que nossas mentes estão capturando, novamente, a expansão do reconhecimento da verdade imediata, literal, física, e baseado no alcance perceptivo humano invulgarmente mais holístico do que das outras formas de vida terrestre, em direção à verdade abstrata ou subjetiva. Pra nós é fácil reconhecer sensorialmente a existência de uma pedra e no entanto vai se tornando cada vez mais difícil de reconhecermos sensorialmente, especialmente aquilo que é mais abstrato, que se consiste em uma construção artificial de algo que não é fisicamente imediato. E claro que os verdadeiros aprendizado e conhecimento jamais estarão divorciados dos fatos e portanto a compreensão factual é extremamente importante para que a realidade [particular] 'lá fora'' (ou no caso da introspecção, os nossos fatos) possa ser capturada e refletida a partir de nós, tal como um espelho, de fato, o pensamento reflexivo não é tão ruim assim como eu já falei em outro texto e esqueci de mencionar este parênteses, que além de não ser tão ruim assim, na verdade o oposto, baseado nessa perspectiva, é o mais provável de ser, porque se consiste basicamente na manifestação de nossa capacidade de memorização e/ou reflectância daquilo que internalizamos.  


segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Novamente (ou não), o conceito de ''aprendizado'' e implicações para o teste de QI

A maioria daquilo que entendemos, erroneamente, como aprendizado, nada mais é do que ''decorar a matéria, a lição ou um conjunto de regras''. Isso se aplica à escola, à universidade e no trabalho. A maioria das profissões humanas são de/para mantenedores, e portanto de replicadoras de técnicas apreendidas.

Criatividade*

Muito pouca.

Sabedoria*

Menos.

Engraçado que especialmente em relação à primeira, à criatividade, toda profissão humana tende a encontrar-se totalmente salpicada pela mesma, só que já se encontra em um estado de ''não-novidade'', e portanto, a entendemos como ''inteligência''...

Tudo o que a maioria faz ou tende a fazer é:

- ''aprender'' a decorar a matéria na escola e replicá-la nas provas;

- ''aprender'' a decorar a matéria para o vestibular e replicá-la durante a prova;


Passou na faculdade, a mesma coisa hein*

- ''aprender'' a decorar a matéria na faculdade e replicá-la nas provas.

Conseguiu um emprego**

Então...

- ''aprender'' a decorar as instruções e replicá-las no trabalho.

Replicação é aquilo que o ser humano em média mais faz em seus ambientes de ''aprendizado''.

Replica ''insights criativos'' padronizados enquanto técnicas/tecnologias culturais.

E tudo isso se relaciona com QI!!!


Maior é o ''tamanho'' da sua inteligência, e direcionada para atender às necessidades do sistema, melhor.

No entanto, como eu já falei em textos e poesia anteriores, ''alto'' não é o mesmo que ''auto''. 

Não basta ser naturalmente bonito se não correr atrás para manter e até mesmo melhorar a sua beleza.

O mesmo pra inteligência,

Não basta ser/nascer naturalmente inteligente se não correr atrás para manter e até mesmo melhorar a sua inteligência.

E como eu já disse outras vezes eu não duvido se a verdadeira inteligência na verdade for mais aquilo que fazemos do que aquilo que somos, especialmente se for diretamente relacionado pra alguma das muitas facetas do mundo real em que se pode extrair resoluções concretamente inteligentes, e não apenas o ''ser'', ''provado'' por testes cognitivos. E novamente caímos no espectro-mor da inteligência, que se relaciona diretamente com as suas bases, o [estilo de] pensamento: sub-lógico, lógico, racional e sábio. 

Voltando ao primeiro pensamento.

Já compreendemos que boa parte daquilo que entendemos como inteligência, de uma maneira abusivamente conclusiva e unilateral, tem uma natureza consistentemente replicativa.

Na verdade, para quase todo comportamento inteligente existe a necessidade de se memorizar algo e de se replicá-lo corretamente. O diferencial  entre o fluido e o cristalizado é o tempo de memorização e replicação daquilo que foi memorizado em que no primeiro este hiato cronológico será mínimo e geralmente mais instintivo, e claro que eu falo desses termos de modo mais semanticamente literal do que ''psicométrico''. 

O diferencial entre todas as tarefas que acumulamos durante as diferentes etapas de nossas vidas e a simples porém básica e essencial tarefa de pensar é a objetividade filosófica ou vital/existencial/factual, advinda do nível de perceptividade/percepção, que por sua vez é anterior à própria inteligência.

O verdadeiro aprendizado, ainda que inevitavelmente replicativo e potencialmente repetitivo, nasce, novamente, da autenticidade, da verdadeira empatia, ou empatia total, de fato, entendermos o objeto de observação e escrutínio crítico-analítico, ao ponto de compreendermos os seus próprios padrões de funcionamento, tal como se nos colocássemos em seu ''corpo''. E a maioria das pessoas, dos seres humanos, parecem dar bem pouca importância a esta necessidade, resultando no show de horrores habitualmente característico de nossa mamada e cancerosa espécie. 

E as implicações para os testes de QI são, conclusivamente falando, que os mesmos se relacionam sim e até de maneira bem mais profunda com o aspecto replicativo da inteligência e não com o aspecto consideravelmente característico da mesma que se consiste justamente naquilo que denominei de ''verdadeiro aprendizado'', que não é apenas a memorização e replicação de técnicas, mas O SEU ENTENDIMENTO, representado por aquilo que tenho chamado de ''empatia total'' ou ''autenticidade'', o verdadeiro conhecer, transferindo-se para o ''corpo'' e ''mente'' dos ''outros sujeitos'', vivos, inanimados, fenomenológicos e/ou abstratos. 

Neste caso, reforço a minha ideia de que os testes de QI esbarrem, até mesmo por causa de sua natureza superficialmente holística, nas bases e na essência da inteligência... eu disse ''esbarram'', tal como quando atiramos no alvo com uma arma de paintball e além do alvo também mancha os arredores.

sábado, 16 de julho de 2016

Aprender é o aprofundar e não o decorar

O único aprender é o se aprofundar e geralmente de maneira específica

A maioria das pessoas tendem a confundir o verdadeiro significado do aprendizado com o conceito/significado genérico ou popular do mesmo, que é a memorização, pura e fundamentalmente, e que na verdade  se consiste logicamente na memorização de um sistema de operacionalidade (fórmulas matemáticas por exemplo) ou diretamente, por exemplo, decorando a tabuada. 


Apreender técnicas é parte importante do verdadeiro aprendizado. No entanto além de memorizar as técnicas também é importante entende-las em seus respectivos todos, as suas origens, quem as produziu, com que razão ou proposta, pra quê serve e pra quê não serve, como que pode ser desenvolvida, se exibe falhas não-percebidas dentro de seu sistema de operacionalidade, se servem pra si, isto é, se lhe nutre empatia, se acha que consegue aprender além do básico, etc...

O verdadeiro aprender começa pela análise sucinta, constante, teimosa porém objetiva e racional dos próprios preconceitos cognitivos, aculturados, no caso dos preconceitos morais, e tecnicizados, no caso dos preconceitos puramente cognitivos. Ao invés de nos sobrepormos à realidade filtrando-a e transformando-a em uma versão que nos faça mais felizes, o hábito universalmente comum da humanidade, nós precisamos ou deveríamos comparar, ''testar' pra ver se os preconceitos cognitivos ou impressões diretamente emanadas de nossas ''formas'' ou mentes de fato se consistem em princípios lógicos (potencialmente racionais) e portanto inicialmente corretos da parte da realidade que estiver sendo analisada/escrutinada. Em outras palavras, para aprender, primeiramente, é preciso aprender sobre si mesmo, se qualquer aprendizado (ou melhor apreensões ou apreendizados) começa inegociavelmente por nós mesmos, obviamente. Se conseguir domesticar a si mesmo, o seu ''eu-primeira pessoa'', e prostrar-se com maior frequência enquanto um ''eu-segunda pessoa/segunda opinião'', então começará de fato a aprender, independente da magnitude do aprendizado, pois mais vale uma pequena compreensão na mão do que um grande equívoco voando.


Aprender é um processo bastante custoso, primeiro deve-se ter a sorte de entender ''imediatamente'', isto é, de ter a compreensão factual direta/inicial ou preconceito pessoal inicialmente correto, por exemplo, aceitar subconscientemente ou via ''impressões pré-conceituais'' que as raças humanas existem, ao contrário da moda pseudo-intelectual de agora que se consiste na negação de suas existências por meio de teorias excessivamente sofisticadas e portanto irrealistas, que eu já destrinchei parcial porém profundamente por meio da metáfora do conto de fadas ''A Nova Roupa do Imperador''. Ou de aceitar que a ''religião'' não pode decidir sozinha sobre a moralidade objetiva. A partir deste primeiro passo para a autoconsciência, o seu caminho se transformará em uma luta de cabo de guerra, entre você e você mesmo, entre você, enquanto um animal totalmente influenciado por seu ego instintual/vital, e você 2.0, enquanto a segunda consciência que se consiste a inteligência humana, ou que também pode ser semanticamente entendido como potencial para a sabedoria.

As nossas bases interpretativas começam em nós mesmos, em nossos próprios preconceitos cognitivos. Entre os animais não-humanos, os seus preconceitos cognitivos são literalmente os seus modos de viver e portanto eles ''terminam por aí'' em termos de auto-análise. Nós temos uma certa capacidade de desenvolver consciência em relação às suas existências (de nossos preconceitos cognitivos) e de tentar transcendê-los/superá-los ou ''aprender'', se necessário. Infelizmente este processo parece ser consideravelmente falho para a grande maioria dos seres humanos.

A sabedoria mais do que o acerto progressivo, mais se parece com a fuga constante dos erros, que como eu sempre gosto de alertar, são sempre prolíficos.

Então é possível concluir que todas as nossas percepções se principiam de modo tendencioso, porque tendemos a filtrar aquilo que estamos vendo, transformando a realidade bruta em uma realidade apaziguada, tal como no caso análogo da filtração da água, do seu estado natural (mais poluída ou naturalmente suja) para um estado apto para o consumo humano. Filtramos, limpamos a nossa realidade, para que possa estar apta para ser consumida por nós. Os padrões de fora vão sendo triturados até se adequarem aos nossos próprios padrões, ''de dentro''. O sábio é aquele que ao perceber as suas próprias tendências, começa a lutar contra elas, com o intuito de desenvolver julgamentos muito mais completos, isto é, analisando os seus próprios preconceitos negativos (rejeição) bem como também as suas facilidades ou preconceitos positivos (aceitação). O sábio é o uso exponencialmente perfeccionista da chamada ''segunda consciência'', 'o segundo eu' que analisa os pensamentos e as ações do 'primeiro eu'. O sábio decanta pacientemente as peças que compõe certa realidade e sempre em busca dos melhores julgamentos.


A relação entre aprendizado e preconceito cognitivo parece ser bastante significativa visto que o segundo funciona como um mediador do primeiro, isto é, se o preconceito cognitivo for positivo, então haverá uma maior facilidade de internalização ou aprofundamento e posterior desenvolvimento, claro, dependendo das características psico-cognitivas gerais, como uma maior capacidade criativa ideacional bem como também da própria natureza do ''pré-conceito cognitivo'', se é potencialmente lógico, moderado ou ilógico. Se o preconceito cognitivo for negativo (lógico ou ilógico) então será muito mais difícil de ser compreendido primeiramente porque já será difícil de se aceita-lo. Portanto, da mesma maneira que apresentamos preconceitos, positivos ou negativos, de natureza puramente cognitiva como rejeitar ou aceitar/gostar de matemática, o mesmo acontecerá em relação aos aspectos psicológicos, que geralmente notado em relação à questões ''ideológicas'', políticas ou ''culturais''.

Precisamos definitivamente nos livrar deste mito popular quanto à transferência direta e universal de conhecimento, de preferência aqueles que sejam de fato ''conhecimentos'' (matéria prima para a compreensão factual), em seu sentido mais semanticamente literal/correto, porque na verdade, não existe esta direta relação, isto é, ''pensamos, entendemos, logo sabemos''.

 Somos como esponjas e absorvemos as informações das quais ''mais apreciamos'', mas isso não se traduzirá forçosamente em ''se tornar um melhor conhecedor'' sobre um certo assunto, se o conhecimento humano, além de muito grande e diversificado, também é ''infinito'' ou sem prazo de validade em relação à sua expansão, especialmente por causa da presença da tecnologia como grande ajuda nesta tarefa e se ''continuamos'' a represar grandes frações de ''pseudo-conhecimentos'', ainda que possam nos ajudar em termos emocionais, para nos desviar da ''depressão existencial'', o lugar-comum para os hiper-realistas melancólicos.

O aprendizado mais puro parece ser mais concreto a partir da matemática e é a partir dela que também devemos focar no  ''esqueleto'', na ''espinha dorsal'' ou nas estruturas que fortificam, que se baseiam os sistemas de operacionalidade, em especial de elementos de natureza abstrata, e não apenas em relação aos números, mas também nas outras nuances da realidade ou existência.

Como sempre apenas a sabedoria que pode prover o melhor de todos os aprendizados por se consistir na combinação perfeita entre razão e emoção.



terça-feira, 7 de junho de 2016

Visualize a informação e aprenda melhor....

Algumas ou muitas vezes, necessitaremos de visualizar aquilo que está sendo dito ou lido para que possamos melhor compreender as informações que estão sendo expostas. 

Portanto como medida simples porém potencialmente relevante para o verdadeiro aprendizado há de se visualizar aquilo que está sendo dito, porque percebemos a realidade por nossos sentidos, e quando somos expostos à uma profusão de palavras, pode acontecer a dissociação ou assincronia entre aquilo que está sendo lido em relação àquilo que está sendo pensado, claramente que se consistirá em ''falta de atenção''.

Visualizar ou imaginar os cenários de uma estória, de uma poesia e mesmo ou especialmente, de textos mais formais, pode servir como reforço para a concentração ou fixação naquilo que está sendo lido ou mesmo que estiver sendo mostrado por terceiros, por exemplo, nas aulas da escola ou da faculdade. 

Além de reforçar a concentração, também pode nos ajudar a entender de maneira mais profunda assim como também para desenvolvermos uma maior tolerância na leitura de poesias ou poemas.

Quando estiver lendo e não entender ou estiver com falta de atenção, passe a imaginar as informações.

Pode ser que consiga com esta simples medida recobrar a sincronia entre o pensamento interno e a própria voz  na leitura. Muitas vezes, contextualizar ou tornar menos abstrato, também significará dar forma às palavras


sábado, 30 de abril de 2016

O aprender: perceber, aceitar e internalizar....



O famoso estereótipo equivocado do aprendizado: ''você precisa ler mais...''

Mas o mais importante é o perceber ....



O verdadeiro aprender se consiste em 3 etapas:

- o perceber,

- o ACEITAR,

- e o internalizar...

claro, informações que forem corretas.

Perceber é o primeiro passo para o aprender, todas as 3 etapas propostas são importantes em suas respectivas áreas, tal como uma produção ao estilo fordista, um precisa do outro para que possa resultar no produto final.

Mas o ponto crítico parece ser justamente no aceitar, quando nos deparamos com muros enormes que chamamos de ''preconceito cognitivo''. Quando precisamos abdicar de nossa própria natureza (histrionicamente falando, é claro) para aceitar certa verdade ou possibilidade factual.

E claro que as verdades mais dolorosas (ou descompensadamente dolorosas, isto é, um exagero de nossa parte) costumam ser aquelas que tendem a comunicar diretamente com as nossas realidades pessoais.

Por exemplo, dizer a um negro que o grupo ao qual ele ''pertence' é/está o mais (curto prazo) violento,

ou para uma mulher que as mulheres tendem a ser menos lógicas que os homens em alguns aspectos,

ou a uma pessoa que está acima do peso que a sua condição é proto-patológica (dependendo é claro do tamanho) ou que obesidade tende a se relacionar com baixa inteligência cognitiva.

É por isso que as ciências humanas são tão complicadas, porque o ser humano já é assim, bem complicado.... e em especial quando complica aquilo que deveria ser mais simples de entender ou melhor, de aceitar.

Portanto, o ACEITAR é o divisor de águas entre o aprendizado e a apreensão e também tende a se relacionar com conhecimentos que são puramente cognitivos ou impessoais, como a física ou a matemática. Há de se ter empatia e reciprocidade para que se possa perceber, aceitar ou tomar como importante/verossímil e finalmente, internalizar para que possa recobrar esta informação quando achar mais conveniente. 

O aceitar significa que você está transformando uma percepção, correta, meio correta ou equivocada, em sua realidade e que a partir disso passará a operar ou a enfatizar com base nela especialmente quando for exposto à (nano,micro,macro) realidade que for mais condizente, utilizando-se desta informação para interpretá-la. 

Nós vemos, interagimos com as verdades e as interpretamos de acordo com os nossos respectivos arcabouços de apanhados e/ou achados, isto é, informações.

No entanto o real aprendizado e a partir desta macro-perspectiva perceptiva será aquele que estiver mais correto ou refletível (o espelhamento perfeito, descrever perfeitamente aquilo que se ''vê'', que se percebe) em relação à realidade condizente. E o aprendizado ideal na maioria parte das vezes nunca será 100% correto porque quase sempre haverão mais coisas a serem descobertas sobre esta realidade particular. No entanto, o simples fato de ter alguns fatos em mãos já deveria ser motivo para estar seguro ao menos em relação a este pouco que tem. No entanto, é do feitio do estúpido mas também paradoxalmente do trans-bordante criativo, de pular etapas racionais de reconhecimento exponencialmente perfeccionista de um fenômeno e especialmente aqueles que são de natureza abstrata ou inter-relativa. A própria ''religião'' ou melhor, cultologia, já se consiste neste pulo de etapas.

Todo mundo apreende, aprender é bem menos comum e portanto, ensinar também será difícil. 


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Aprender é convencer-se da verdade

 

Infelizmente o aprender não é um processo racional e instantâneo mas doloroso de auto convencimento.

Alguns dizem que o aprender é instantâneo e espontâneo. Outros já afirmam que aprendemos com as experiências. Talvez os dois pontos de vistas tenham suas devidas cargas de verdade ou consistência. Mas o aprender parece se caracterizar como uma relativa união dos dois argumentos, isto é, que é espontâneo e dependendo da familiaridade cognitiva, instantâneo ou rápido, e com base naquilo que se extrai das experiências. Também podemos argumentar se existem diferentes tipos de aprendizado dentro desta dimensão do pensar e se por óbvia extrapolação não possa manifestar-se desigual entre indivíduos e grupos, que parece ser de extrema probabilidade.

Experiências povoam todos os recantos da vida sendo que pode-se aprender com elas em qualquer momento, do de maior ao de menor impacto. Por esta lógica acredita-se que quando expostos a certa situação tiraremos lições de moral e evitaremos repetir os erros anteriormente cometidos. Porém, muitos de nós parecem ser por demasia comedidos neste tipo de aprender se continuam a repetir os mesmos equívocos mesmo depois de muitas possibilidades em seu reconhecimento e subsequente prevenção. Aprender com a experiência relaciona-se fundamentalmente com o pensar racional bem como pela teoria rasa em que se consiste na abordagem universal humana bastando a educação para firmar este princípio na cabeça de qualquer um dos 7 bilhões de seres humanos. Para ser racional primeiro é importante saber reconhecer a verdade (ou especialmente a sua estrutura de formatação) e a grande maioria de nós, pelo que sempre parece, não sabem refletir à realidade. Esta teoria muito superficial logicamente que não aborda de maneira intimista toda a  diversidade humana em seu comportamento. De fato, existem alguns seres humanos que aprendem com as experiências de maneira constante e decisiva em suas vidas. Mas a maioria não parece espetacular neste predicado.

Algo tem me chamado a atenção. 


O aprender não se dá mesmo para minha pessoa pela simples exposição de obviedades. Na verdade eu preciso de certos "choques", irmãos mais novos de transtornos pós-traumáticos, para que consiga internaliza-las. Outro aspecto importante é o da adaptação desta  nova realidade em nossa (minha) realidade literal, que esta sendo vivida. Não adianta aceitarmos a verdade  se for incompatível com o modo de vida que aceitamos, que fomos induzidos pelas circunstâncias ou ignorância ou que apenas vivemos sem maior intensidade, autoconsciência ou maiores explicações. A verdade empalidece mesmo quando ''se afronta'' com aquilo que nos é demasiadamente caro em uma perspectiva vital ou biológica. Um exemplo pessoal muito elucidativo. Poderia ser verdade que a homossexualidade fosse uma doença. Se fosse, eu provavelmente teria um problema em minha caminhada para a sabedoria, ou que seria mais árdua, visto que vai de encontro ou de impacto, não apenas a parte de minha condição vital, mas também a tudo aquilo que internalizei até agora, com base em lógica, razão vivências. Vivências por óbvias razões, lógica porque a homossexualidade não é uma doença, mas pode ser correlativa a uma panaceia de condições e racional porque se relaciona com o respeito (verdadeiro) às diferenças, dentre outros aspectos interessantes e talvez importantes, como a ''documentação'' transcendental da experiência humana.

 Entre o observador e a verdade, existem muitas barreiras que precisam ser transpostas para que se possa chegar até ao supra entendimento da fenomenologia, que espelhos orgânicos dos universos, ou seja nos, seres, e especialmente os humanos, estão sempre a interagir e refletir por/em seu tamanho perceptivo. 

O mais instintivo amalgama pouco o seu ímpeto reativo e abraça dogmas que protejam suas precoces conclusões sobre a vida. 


Chamam os guardiões de suas ignorâncias para que possam respirar aliviados em rezas, mantras ou repetições aforísticas pós-modernas.

 A religião é o resguardo da realidade, que apesar de escura e extremamente misteriosa, ainda pode ser descrita por lábios de mel, se não adianta o desespero para curar-se de si mesmo. Instintivos femininos abraçarão a psicologia materna que permeia boa parte da mente da mulher, o cuidar e amalgamar conflitos masculinos em seu máximo. Instintivos masculinos abordam o mundo sob o totalitarismo da psicologia do macho, o competir para conquistar ou resguardar territórios. Estamos de fato mais próximos do céu mas ainda somos puxados para a terra se somos seres transcendentalmente híbridos, entre a razão e a espontânea (e lógica ou pragmática) ação "animal". Podemos refletir nossos pensamentos mas nos brutalizamos por nossos respectivos pragmatismos, herança por sermos continuidades da cadeia alimentar que se sobrepõe à nossa realidade, a nós mesmos.

Aprender é convencer-se da verdade e isso se dará de maneira que a mesma possa combinar-se em relativa harmonia com nossas respectivas situações transcendentais. No entanto, o aprender verdadeiro e colocar-nos em segundo, se não, em terceiro, quarto plano, e buscarmos por tudo aquilo que é, sem o mínimo de interferência pessoal. Podemos nos usar enquanto agentes da fenomenologia, como rios vivos que transportam as águas instigantes da vida, por meio do autoconhecimento, mas sempre com o ego sob controle.


Aprender também é rotina, tornar real é tornar vivível. Pensamentos tornam-se parte de nós, de nossas realidades, os usamos para entender o mundo e se forem muito equivocados, nos equivocaremos como resposta lógica de transferência do pensar para o agir, ainda que num mundo de escravos, muitos ignorantes são contemplados por suas fraquezas. Mas em uma realidade supra perfeita ou a caminho da sabedoria, mesmo as falhas médias poderão ter grande impacto, porque não se pensa apenas no imediato ou para daqui a alguns meses, mas sobre projetos de longuíssimo prazo.