Minha lista de blogs

Mostrando postagens com marcador fatores ambientais. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador fatores ambientais. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Resposta lógica/esperada ao ambiente versus genética

Resultado de imagem para when in rome

Em roma aja como os romanos... Só que nem sempre 

A maioria das hipóteses e teorias de apelo ambiental ou behaviorista parece que apresentam algumas condições, uma delas implícita, para a auto-validação:

- Apenas ou fundamentalmente os fatores ou circunstâncias ambientais que podem explicar um padrão invariavelmente coletivo ou desproporcional de comportamento, por exemplo a correlação criminalidade x bairros pobres [pobreza causa violência];

- intervenções ou ações ambientais precisam afetar boa parte se não a totalidade de uma população ou grupo, exemplo: a correlação maior escolaridade x maior inteligência cognitiva/quantitativa : ao serem expostos a mais anos de "educação" as pessoas (supostamente) precisarão exibir um aumento em suas capacidades cognitivas e isso pode ser (supostamente) exemplificado por meio do QI (médio) dos phds. 

No entanto sempre ou quase sempre haverão exceções que provarão regras ou desproporções assim como também o papel determinante da genética no comportamento como uma resposta final à essas interações, como eu gosto de falar. Me parece que esses behavioristas se esquecem que, mesmo em Roma, não serão todos que agirão como os romanos. E este fato nos dá uma pista em que, se não é fundamentalmente a pobreza que causa uma maior desproporção de comportamento violento porque existem de, exceções à maiorias de pessoas predominantemente pacíficas vivendo em bairros pobres, então outro fator que está mais intrinsecamente relacionado com as próprias pessoas pode ajudar a explicar essas diferenças individuais e sub-grupais de comportamento.


Muito daquilo que o behaviorismo neo-esquerdista prega como a verdade indissolúvel dos fatos pode ser definido como ''hipo-lógico'' ou ''lógica primária''. O exemplo: ''cultura x comportamento''. Segundo os behavioristas apenas a cultura/ambiente que pode e que altera ou constrói personalidades e temperamentos. Isso parece lógico visto de relance, visto rapidamente. E existem ''evidências primárias'' que pode estar parcial a totalmente certo. No entanto quanto mais adentramos nesse assunto mais evidências contrárias começam a ''pipocar'', como os exemplos viscerais das exceções que, mesmo tendo ''tudo contra'' age de maneira distinta. Mesmo em Roma, não agirá como os romanos, e se o ambiente ou a cultura não pressiona o indivíduo a mudar o seu comportamento para se adaptar, ou mesmo, ele vai se adaptando à sua maneira, então claramente isso quer indicar que não é a passividade do indivíduo ao ambiente que está sendo demonstrado mas o contrário, a atividade ou tomada de iniciativa do indivíduo que está respondendo ao ambiente e desconstruindo esta ''resposta lógica'', ''pobre e cercado de violência, logo me tornarei violento'', e não existem apenas exceções, mas muitas vezes um predomínio de comportamentos que não aderem às circunstâncias impostas pelo ambiente. 

Portanto o behaviorismo faz sentido no início, mas mais parece se consistir em uma espécie de pensamento lógico-dedutivo:

- precipitado
- estupidamente arrogante
- preguiçoso

Justamente por parecer mais ''simples'', ''pessoas na cultura x se comporta de maneira tal, em média'', logo a cultura é o principal senão único fator responsável pelos seus comportamentos, correto* 

Pense de novo.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Estabilidade emocional ou neuroticismo** Qual que você ''herdou' e expressa com maior tendência**

Espera...

Não herdamos ''o neuroticismo'' ou a ''estabilidade emocional'', mas todo esse espectro de variabilidade responsiva. Até podemos defini-los como ''de natureza introspectiva'', porque como eu já falei, quando nos tornamos mais neuróticos ou mesmo quando estamos mais emocionalmente estáveis, o fazemos de maneira mais intrínseca ou intrapessoal. Quando estamos a falar sobre comportamento e genética, estamos a falar sobre ''espectros responsivos'' e não necessariamente de um desses traços. Ainda é fato que alguns nascem mais de um jeito, ou mais para um dos ''lados'' deste ou daquele espectro, do que outros. No mais, eu uso a metáfora do estojo com lápis de cor [bem infantil] para explicar-lhes esta minha ideia, mais um devaneio proto-calculado, aliás nem tão nova porque já o expus em um combo de ideias, só que sem desenvolvê-lo, metaforicamente, à moda da casa. Então, vamos imaginar que você ganhou um estojo de lápis de cor da ''tia'', por causa de seu excelente comportamento em sala de aula + ótimas notas [gente, é só pra imaginar ok* Como diz o Chaves, é apenas um supositório!!]. Aí você, todo alegrinho, começa a usá-los para colorir, desenhar [diga-se, rabiscar e gastar folhas de papel, as árvores agradecem], etc... Ao longo do tempo você começa a usar mais algumas cores do que outras. O verde te agrada mais do que o vermelho. Aí progressivamente você vai se tornando mais tendencioso, e sempre usando mais certas cores do que outras. Então vamos imaginar que o ''ambiente'' [outras pessoas] começam a influencia-lo. É a professora [fessora] que passa tarefas para colorir só que com certa obrigatoriedade de uso das cores frias do que das cores quentes, por exemplo, ''desenhar uma floresta tropical úmida e bem no meio de uma chuva torrencial de verão em algum recanto sortudo de Mata Atlântica''. É o seu pai que lhe pede que desenhe a bandeira da Líbia, enfim... Percebam que você já tinha uma certa preferência por cores frias. Aí o ambiente começou a reforçar esta tendência ou disposição. Você continua a ter todos os lápis de cor à sua disposição, mas: certa preferência inata + ambiente o direcionaram para enfatizar-se em certo caminho do que em outro. É isso...

terça-feira, 2 de maio de 2017

Cultura para humanos; demandas ambientais para seres vivos não-humanos*

A cultura nada mais é do que as demandas de um certo ambiente em interação com certo organismo, do tipo: demandas do ambiente + demandas do organismo = denominador comum ou cultura. 

quinta-feira, 2 de março de 2017

A metáfora da obsolescência para explicar ou tentar entender as diferenças ambientais ou de vivência entre aa pessoas e as suas tendências reativas

- Robustez psicológica e/ou orgânica do ser

- Nível de intensidade ou pressão sobre o ser 

- Tipo de intensidade ou pressão sobre o ser 

(pressão desfavorável que se relaciona diretamente com pontos fracos tende a ser muito mais danosa do que aquela que for menos "personalizada")

Vamos imaginar que cada um de nós tem um carro para ser usado por 10 anos. Os carros variam de tipo, desde um fusquinha até um carro esportivo. Então vamos imaginar que podemos usar como quisermos os carros que nos foram dado. O desafio hipotético começa, o tempo passa, o prazo de 10 anos chega ao seu fim e cada um que foi presenteado com um carro precisará mostra-lo para que se possa comparar o estado de conservação. Temos um caso em que o carro, um fusquinha, foi usado de maneira ponderada, sem grande desgaste. Como resultado o estado deste fusquinha depois de 10 anos indiscriminados de uso foi excelente, quase igual ao que era 10 anos atrás. Outra pessoa também pegou um fusquinha mas o seu uso ou trajetória nesses 10 anos foi bem diferente porque ele precisou usar o carro com grande frequência, em terrenos em que o fusca é mais provável de sofrer avarias. O resultado não poderia ter sido outro, o carro apresentado ficou em um estado de conservação inferior ao de 10 anos atrás.

 
Os carros que foram mais usados e mesmo em terrenos mais desfavoráveis independente do tipo foram os mais desgastados.


 Os carros que sofreram menos nas mãos de seus donos provisórios foram os menos desgastados, independente do tipo. 

No entanto os carros mais resistentes resistiram mais, mesmo em situações mais adversas e apesar de terem se desgastado mais de qualquer maneira isso se deu, de maneira geral, menos profunda. 

Pronto, agora troque a palavra carro por corpo & mente e dono por ser humano/vivo & ambiente e veja o que teremos. 

Estados de guerra ou socialmente desfavoráveis tendem a pressionar muito mais os seres, humanos e não-humanos, a se desgastarem, do que em ambientes mais estáveis e claro, os tipos e níveis de robustez na saúde mental e física será um fator importante para diferenciar os potenciais de resistência à pressões de diferentes graus de magnitude, de tipos e seus subsequentes resultados.


Portanto voltando à metáfora do experimento com carros, aqueles que já apresentam maior resistência, eu diria mais, uma resistência intrínseca / de fabricação, para suportar a pressão mesmo em ambientes muito desfavoráveis ou com donos mais desaforados resistiram mais às pressões enquanto que os carros que são de fabricação menos resistente sofreram com maior força ou impacto os efeitos das pressões ambientais mesmo as de níveis mais baixos.

Não estamos falando apenas de resistência mas também de nível de obsolescência.


Todos nós temos temos os dois e esta dinâmica é essencial para que possamos entender um pouco melhor os nossos comportamentos e as influências ou pressões e os resultados dessas interações.


segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Pensamentos sobre diferenças ''ambientais'' de comportamento dentro das famílias... criação ou genes* ou seria melhor, OUTROS GENES...


Resultado de imagem para father and son

fonte: relazione.tk

Muitos dos traços humanos, para contextos comuns ou específicos, não são apenas ''hereditários'' e / ou ''herdados'', passados [de maneira 'perfeita'] dos pais para seus filhos, porque tenderão a ser apenas intergeneracionalmente passados, pelo menos na minha família e parece que em outras famílias que já observei, temperamento, personalidade e inteligência não são passados ​​exatamente de maneira hereditária, como se o filho fosse ou se tornasse muito similar em comportamento com o seu pai, porque herdou ''perfeitamente'' vários de seus traços comportamentais.

Muitos, se não a maioria 'daquilo' que as pessoas denominam de '' ruído ambiental '' ou '' diferenças 'ambientais' '' entre pais, filhos e irmãos, na realidade podem se consistir na ação de ''outros genes comportamentais'', até mesmo porque não '' herdamos '' apenas os genes do pai e da mãe, mas também os [genes comportamentais] das ''famílias paterna'' e ''materna''.

Parece ruído ambiental, mas pode ser apenas o comportamento misto da mãe / pai e sua tia / tio se manifestando em você... isto é, graças aos ''genes que herdou de sua mãe e de sua tia'', por exemplo.

Nas famílias em que ''os genes de comportamento aberrante'' [que podem causar transtornos mentais de todos os tipos] são mais comuns, esta diferença pode ser ainda maior do que em famílias predominantemente neurotípicas, em que os filhos tenderão a ser mais parecidos com os seus pais.

E mais, as famílias conservadoras e também famílias predominantemente liberais, em termos sócio-ideológicos, podem ter cenários mais comportamentalmente homogêneo, mas especialmente entre os primeiros, explicando parcialmente, ou não, por que os conservadores são mais propensas a acreditar em tradições culturais, passadas de pais para filhos.

Portanto, talvez possamos dizer que ''todo ruído ambiental'' que tem sido encontrado dentro das famílias, para explicar as suas variações de comportamento, na verdade se consistam na manifestação dos ''outros genes comportamentais'', que não são heranças diretas nem do pai nem da mãe, mas de outros parentes. Essas diferenças podem ser confundidas com ''efeitos ambientais'', enquanto que não passam de genes comportamentais ''de outros parentes'' modificando temperamento, inteligência ou personalidade dos filhos e/ou entre irmãos.

Resultado de imagem para father and son

Fonte: penfieldbuildingblocks.com

sábado, 23 de julho de 2016

Problemas emocionais e proporção cultural-demográfica de similaridades comportamentais

A solidão pode e geralmente aumenta o estresse humano. Quanto maior for o número de pessoas que são comportamentalmente parecidas com o ser humano maior será a sua ''antropofilia local'', o sentimento de pertencimento àquele lugar, cultura/comportamento, de conforto por compartilhar os mesmos códigos ''morais''. 

Quando vamos percebendo progressivamente que temos poucas pessoas para confiar totalmente, isto é, estabelecer uma relação profunda de amizade, vamos nos tornando menos abertos, mais desconfiados e que dependendo da pessoa pode levar à níveis altos de paranoia. A proporção de pessoas que não se parecem com nós em termos de comportamento parece mediar, eu não diria exatamente a essência de nossas personalidades que pouco muda, mas em nossas ''personalidades sociais'' ou ''interpessoais'', a maneira com que nos apresentamos aos demais, bem como também as nossas abordagens inter-pessoais/sociais constantes em que quanto mais solitário, maior será o estresse psicológico, e quanto mais ''popular'', menor será.

Portanto nós temos as nossas características comportamentais inatas, as nossas disposições comportamentais e cognitivas e  também temos o ''ambiente'' em que estamos e suas características demográfico-psicológicas, que são muito relevantes pra nós, porque revelará a quantidade de amigos, pessoas a quem confiar, mercado de ''acasalamento'', etc... 

Maior é a alienação, maior será a vulnerabilidade para forjar uma personalidade social distinta em relação à verdadeira, à personalidade essencial.

Sabemos que introversão necessariamente não quer indicar timidez. Eu sou introvertido e processo uma carga maior de informações ambientais do que a grande maioria dos extrovertidos, creio eu. 

Mas viver em um ambiente onde a esmagadora maioria das pessoas são mais para extroversão, aumenta o meu estresse e o lado potencialmente patológico da introversão como a paranoia e a fobia social se torna mais provável de se manifestar.

Intuitivamente sabemos quando somos aceitos ou não. E ao nos sentirmos instintivamente ameaçados, os nossos cérebros irão se adaptar a este estado de estresse emocional constante, de maneira apropriada à situação. 

Mesmo que consigamos forjar ''personalidades sociais'' bem sucedidas, é muito difícil ser ou fingir ser aquilo que não é. 

Novamente, características comportamentais inatas contribuem para influenciar nas respostas reativas a esta realidade hostil ou que encontra-se abaixo do ótimo individual de harmonia inter-pessoal ou social.

Eu acredito que sem tanta hostilidade ou ao menos sem um leve porém constante e triunfante desprezo (e a recíproca tende a ser verdadeira), muitas pessoas que padecem de transtornos psicológicos exacerbados por este tipo de ambiente, seriam muito mais relaxadas e felizes se a realidade quanto à similaridade proporcional-comportamental fosse oposta.

Portanto, como conclusão deste breve texto, a solidão pode sim ter efeitos aditivos negativos à saúde mental humana, se somos uma das espécies mais sociais, então precisamos da companhia de amigos ou ao menos de pessoas iguais a nós em especial em comportamento para que possamos relaxar e deixar a fluidez da ignorância nos levar, ou não, dependendo do tipo de pessoa, de sua capacidade perceptiva, crítica e reflexiva.

Não estou retirando a genética como fator importante, pois de fato nascemos com pré-disposições, mas o ambiente também pode e geralmente terá um impacto, em especial naqueles que estão mais inatamente e ambientalmente vulneráveis, como eu por exemplo, isto é, ao exibir um combo de maior reatividade emotiva + um ambiente que, ao invés de balancear esta tendência, funciona como um fator aditivo para este caminho.

Eu acredito firmemente por agora que se tivesse muitos amigos verdadeiros ou mesmo que apenas vivesse em um ambiente cultural e comportamental que espelhasse ao menos metade das minhas predileções pessoais tanto para a cultura quanto para o comportamento e subsequente constância nas interações inter-pessoais, eu não teria desenvolvido fobia social nem paranoia, por razões que parecem óbvias. Eu acredito também que isso não significa que neste tipo de situação todo mundo reagiria igual, que portanto haveria uma variação de resposta acumulativa e que como eu já falei antes, apenas em ambientes/circunstâncias ou situações extremas que haverá uma maior tendência para homogeneidade nas respostas reativas individuais.





quarta-feira, 20 de julho de 2016

A vida é um ambiente nômade e genes & ambiente, o ser humano nasce genotipicamente puro e vai se miscigenando com o ambiente até se tornar fenotipicamente ''poluído'', pelo vício fundamental por si mesmo, da própria vida

A vida, ao se adaptar a certo ambiente, vai se tornando progressivamente como a um espelho dinâmico do mesmo, isto é, internalizando/emulando internamente as condições ambientais dos quais está se adaptando via mutação -- seleção natural. 

Portanto pode-se dizer parcialmente, especialmente em relação aos seres humanos, que a vida se consiste em um ''ambiente invariavelmente nômade'' ou como um ''espelho do seu ambiente''. 


O ser humano nasce genotipicamente puro e vai se miscigenando com o ambiente até se tornar fenotipicamente ''poluído''


Nascemos com as informações genotípicas que ''herdamos' de nossos pais ('nossa' família) e ao longo do tempo vamos internalizando parte das informações que emanam do ambiente e que nossos sistemas corpo-mente entendem como importantes, isto é, que nos impactam a nível subconsciente e consciente, visto que muitas de nossas lembranças são involuntariamente internalizadas provavelmente porque tendem a se relacionar de maneira indireta com algum evento  'obscuro' de nossas vivências, como eu já mostrei em um texto longínquo sobre o provável porquê de internalizarmos ''músicas que não estão de acordo com os nossos gostos pessoais''. 

Nascemos genotipicamente puros e vamos nos tornando fenotipicamente construídos, tal como um carro recém saído da fábrica, zero-quilômetro, e que ao longo do tempo vai se desgastando por causa do seu uso constante. Eu acredito que aqueles que vivenciam experiências extremamente estressantes em um período de longo prazo ou que nasçam dolorosamente perceptivos, como eu, podem se desgastar (envelhecer) mais rapidamente do que aqueles que tem a sorte de viverem em espaço/tempos tranquilos ou que nascem abençoados sob a proteção da ''nossa senhora Ignorância''. 

Portanto, ao longo do tempo vamos nos tornando fenotípica ou ambientalmente ''poluídos'', ainda que nossas pré-disposições de quando saímos ''zero-bala'' de nossas ''fábricas'' tendam a gerenciar imperativamente as nossas jornadas ou caminhos-perceptivos, nossas ''linhas do tempo'', tal como acontece com os carros, visto que as suas características específicas também vão direcionando os seus processos de desgastes, em outras palavras, os carros e os seres humanos se desgastam 'e'' se poluem com lembranças (que eu já chamei de mini-'traumas') do ambiente, de suas interações únicas, de maneiras individualmente distintas, ainda que para ambos também aconteça de se ''sujeitarem'' ''involuntariamente'' à subgrupos, por não serem tão singulares assim, isto é, ainda que indivíduos, tendemos a nos parecer ou a nos encaixar em algum grupo maior por compartilharmos similaridades, alguns em maior frequência, que geralmente serão os tipos comuns, outros em menor frequência.




Criatividade prático-vital: feita para ambientes instáveis ou que exige uma percepção mais ampla, aguda, eficiente e rápida

  ''Inteligência'' para a civilização: adaptável a ambientes estáveis ou que exigem abordagem perceptiva de longo prazo, emocionalmente estável, socialmente conformista, geralmente direcionadas para tarefas de manutenção das estruturas civilizacionais


Chegamos à possibilidade de expandir esta ideia para os estilos psico-cognitivos humanos tais como  criatividade, inteligência e sabedoria. 

As pessoas mais criativas, por exemplo, tendem a viver o agora, isto é, tendem a ser imediatistas, podendo apresentar uma percepção holística aguçada, mas que geralmente será de natureza específica, isto é, muito bons ''apenas'' em alguns aspectos cognitivos, por exemplo, na parte verbal, denotando uma tendência de assimetria, muito comum entre os mais criativos, mas não muito bons na percepção holística geral ou vitalmente fundamental, isto é, que conseguem ver acima/além de todo lixo cultural/ilusório que ''o ser humano'' tem criado.

No entanto é na manifestação mais essencial ou basal do comportamento intrínseca e constantemente criativo que eu quero falar (superficialmente) pois se relaciona com aquilo que eu chamo de ''neo-estratégia comportamental'', que é basicamente o oposto do comportamento humano padrão, a ''dualidade comportamental'', o ser ou não ser. A criatividade nasce ou brota de uma ambivalência psico-cognitiva, o famoso ''conflito interno'' do criativo.

O estado de agitação ou flutuação mental intensa que tende a caracterizar a criatividade, em especial a criatividade existencialmente adaptativa, isto é, o comportamento adaptativo ou potencial adaptativo por si mesmo, parece revelar uma predileção por ambientes mais agitados ... ou ... que sua atuação possa ser mais imprescindível ou adaptativa nesses tipos de ambientes mais instáveis. 

Em compensação a sabedoria parece estar mais adequada a ambientes menos instáveis...

Ou também podemos dizer que a criatividade seja um conjunto de mutações que se originaram e foram selecionadas durante prolongadas estadias do ser humano em ambientes instáveis, em que foi necessário o talento criativo para a sobrevivência.

E que algo bem similar possa ser pensado sobre os outros tipos de estados cognitivos humanos como a sabedoria que parece muitas vezes conflituosamente complementar à criatividade.





sábado, 2 de abril de 2016

Neuroticismo (hiper sensibilidade) como um dos fatores desencadeadores de transtornos pos traumáticos



Uma pessoa que for mal tratada por um longo período poderá desenvolver transtorno pós traumático.

Poderá...

Especialmente se ela for mais emocionalmente hipersensível o que também pode significar ser mais propensa a se embrenhar em estados neuróticos, de q
uem está mais propenso para internalizar insultos e produzir mudanças desequilibradas de caminhos transcendentais, por exemplo, a depressão persistente ou o desequilíbrio emocional.

A disposição para o neuroticismo me parece ser o fator fundamental que aumentam as chances de um ser humano se tornar traumatizado depois de vivenciar experiências  negativas de médio a grande impacto.


No entanto, também dependerá da envergadura do trauma, porque quanto mais extremo, tanto em intensidade quanto na falta dela, mais universalmente homogêneo será. Isto é, algumas experiências que são muito negativas, podem produzir graus mais parecidos de transtorno pós-traumático, mesmo em pessoas que não apresentam qualquer tendência neurótica aparente.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Genética, ambiente e a metáfora com os dois tipos mais agudos de diabetes, tipo 1 e tipo 2




Algumas pessoas nascem com diabetes tipo 1 que quer indicar que se consiste em uma ''construção fenotípica desequilibrada, aguda e ''herdada' '', dentro do reino encantado da ''epigenética''. Eu vejo a genética mais e mais como um mecanismo de acúmulo variavelmente ponderado de características biológicas que explica os processos de adaptação e evolução.

A metáfora entre a interação ''genética e ambiente'' e os dois tipos mais agudos/perceptíveis/conhecidos de diabetes (1 e 2) apareceu como uma maneira simples e didática para  explicar como que se daria esta dinâmica ou de acordo com os diferentes modelos de cenários, e para que eu ''mesmo'' pudesse entender melhor.

O primeiro caso, como eu evidenciei no primeiro ''parágrafo'' (ou similar) se consistiria na(s) característica(s) mais agudas, que de tão intrínsecas/intensas, já se manifestariam desde muito cedo na vida, e que ao contrário de uma expressão tipicamente fenotípica, isto é, que mediante uma precisão conceitual, precisaria da conjugação do ambiente com os genes para se manifestar, se caracterizaria por uma expressão agudamente fenotípica ou expressão por si mesma. O que eu estou querendo dizer com isso** 

Existem dois tipos de manifestações de expressões fenotípicas ou fenótipos, o tipo agudo e o tipo disposto ou possível.

Ninguém nasce com diabetes tipo 2, mas se pode ''adquiri-la'' durante a vida desde que se exponha a hábitos pouco saudáveis, de maneira constante e até mesmo acumulativa, isto é, que vá se tornando mais desequilibrado com o passar do tempo e com o ''natural' desgaste do organismo via envelhecimento, e que estejam especificamente relacionados a esta disposição vitalmente negativa. Ingerir muito açúcar aumenta as chances para a diabetes, especialmente para os indivíduos que estão predispostos a desenvolvê-la, mas fumar, provavelmente não, porque tem que estar obviamente relacionado. Ou seja, deve haver uma constância específica de certo hábito/vício, seja ele positivo ou não, para que possa resultar em uma construção fenotípica, isto é, a motivação, a escolha, a persistência, e se os genes forem (des)favoráveis, a construção de um resultado permanente, controlável ou não, conscientemente desejado/perseguido ou não.

E este espectro de intensidade pode ser observado em praticamente todas as expressões humanas, fisiológicas ''ou' comportamentais.

Por exemplo, o caso daqueles que estão dentro do espectro de personalidade anti-social.

Alguns seres humanos já nascem totalmente psicopáticos e demonstram ou expressam de tal maneira desde muito cedo, análogo à diabetes tipo 1. Esta expressão será constante e muitas vezes externamente aguda.

Em ''compensação'', nós vamos ter também aqueles que nascem com uma disposição menos aguda para se enveredar neste tipo de transcendência evolutiva e de acordo com que o ambiente (circunstâncias) vai interagindo e em como que eles responderão, pode ser possível que desta relação nasçam ou se produzam psicopatas. Análogo à diabetes tipo 2. 

Algumas pessoas nascem ''cheias'' (como copos) de diabetes (resultando no tipo 1) ou de personalidade anti-social (resultando na ''psicopatia tipo 1''). Outras pessoas podem ter um potencial ou vulnerabilidade específicos para encher os seus copos, de acordo com que o ambiente vai interagindo e em como que elas respondem/reagem a esta interação. 

Alguns literalmente ''born that way''.

Outros apresentarão um potencial/ vulnerabilidade/suscetibilidade... para se tornarem permanentemente ou não deste ou daquele jeito (todas as metáforas que tenho usado para explicar a variação de comportamento, dos elásticos, dos elementos que boiam na superfície da água, da corrida com obstáculos).

E como sabemos bem, outros serão muito prováveis de não apresentarem qualquer manifestação mais latente.

''Os tipos 1 e 2'' talvez possam ser extrapolados para a maioria das expressões orgânicas de comportamento interno (por exemplo, a própria diabetes) ou externo ( a psicopatia).

O único ponto de neo-relevância neste texto, como sempre verborrágico, é o de usar a analogia metafórica dos dois tipos mais agudos ou conhecidos de diabetes (se existirem outros, e eu não vou pesquisar...) em relação ao restante de expressões/intensidades orgânicas ou comportamentais, externas ou internas. Alguns nascem assim, outros podem se tornar assim (eu poderia ter resumido o texto a esta frase final, mas enfim).





terça-feira, 1 de março de 2016

Auto-biografia: foram apenas os fatores ambientais que determinaram quem eu sou??



Auto biografia. Uma ideia ruim para os hbds (pelo que parece). Excelente pra mim.

"fatores ambientais/ ambientes compartilhados" (???)

Um cenário extremamente comum. Filhos dos mesmos pais, criados no mesmo ambiente, de maneiras muito similares ou neutras, isto é, sem qualquer grande assimetria de tratamento de longo prazo, se desenvolvem de maneiras distintas em temperamento, idiossincrasias cognitivas, caráter, escolhas culturais, etc... Não restam dúvidas de que se tornaram e/ou que sempre foram INDIVÍDUOS, com as suas diferenças intrínsecas sempre espontaneamente expressadas.



O mito dos fatores ambientais familiares compartilhados



Eu compartilho com os meus pais e irmãos algumas características cognitivas ''e' psicológicas, mas isso não significa que nós, os filhos, copiamos os nossos pais via lavagem cerebral sutil ou mímica auto-induzida desde a infância, mas que, por termos muitas características em comum, apenas expressamos essas similaridades, que se manifestariam com ou sem a presença deles em nossos ambientes de vivência ou experimentação existencial

Segundo o quase consenso de uma boa parte da psicologia, pelo que parece, o ambiente familiar teria um grande impacto no desenvolvimento psicológico do ser humano. Os crentes do behaviorismo comportamental ou da teoria de que nascemos "zero bala",  deixa a sugestão autoritariamente subjacente  de que a personalidade seja totalmente moldada por fatores ambientais. Supostamente, aqueles que foram criados por famílias socialmente funcionais, se tornarão socialmente funcionais, enquanto que o oposto também será verdadeiro. O problema é que para os dois casos haverão muitas exceções de maneira que, determinar o ambiente familiar como a principal influência para o desenvolvimento psicológico é contraproducente a partir do momento em que as mesmas ações ambientais não terão sempre as mesmas reações orgânicas. Como eu tenho falado repetidamente, é a capacidade reativa dos seres vivos que será decisiva porque nós é quem somos as vidas e os ambientes é que são os cenários de nossas vivências. Temos de separar as fronteiras entre nós, as nossas escolhas, e os ambientes em que vivemos...

Nada mais lógico do que a busca e o uso do autoconhecimento para melhor entender as influências que produzem os nossos comportamentos. O uso de relatos e investigações psico-autobiográficas podem ser muito relevantes para este tipo de estudo porque afinal de contas, estamos falando de nós mesmos, de nossos comportamentos....

Fatores ambientais compartilhados não são responsáveis por nossos comportamentos de curto e de longo prazo sem os nossos veredictos reativos finais


Mesmo com uma relativa e/ou normal simetria de tratamento, os meus irmãos e eu não nos desenvolvemos iguais ou apropriadamente iguais como resposta à criação dada por nossos pais. Existem muitos casos em que acontece uma coincidência, que é quase sempre mal interpretada, em que as personalidades conscienciosas dos pais são fortemente herdadas por seus filhos, produzindo um ciclo relativo-a-preponderantemente harmonioso de interações inter-geracionais. Os pais conscienciosos e eu diria mais, moralmente inteligentes, cuidam melhor dos seus filhos que por sua vez, já tenderão a nascer com muitos dos predicados dos seus progenitores. Os pais cuidam melhor e este fator pode ser adicional mas dificilmente será impactante ao ponto de moldar personalidades e especialmente da maneira como que a grande maioria dos behavioristas acreditam.

 Na maioria das vezes os pais não terão culpa ou responsabilidade pelo comportamento de seus filhos, na infância e adolescência ou na vida adulta. Os pais se convencem que os seus cuidados terão grande impacto no comportamento dos seus filhos enquanto que na verdade eles poderão fazer a diferença mesmo é por meio do seus respectivos direcionamentos para uma vida adulta economicamente estável, isto é, os pais pouco poderão fazer pelas características psicológicas e cognitivas inatas dos seus filhos, mas poderão manipular as estruturas sociais (de maneira honesta... ou não) que os encapsulam de modo a oferecer uma transição tranquila e eficaz da dependência para a independência emocional e financeira.

O que muitos interpretam como causal é na verdade correlativo como são muitas das concepções precipitadas que são rapidamente popularizadas dentro das comunidades acadêmicas dos departamentos de psicologia. O comportamento ''consciencioso'' (vagamente falando) dos filhos não é fundamentalmente o efeito de uma boa criação, porque já se consiste na expressão das suas características comportamentais intrínsecas mais agudas. 

Infelizmente ( ou não), para que haja o mínimo de reciprocidade racional dos filhos em relação aos pais e aos seus sacrifícios, há de se ter uma pré-disposição, uma possibilidade, do contrário, como acontece muitas vezes, os pais terminarão se culpando por seus filhos ''mal criados''

O que parece ser um "compartilhamento" de vantagens ou desvantagens ''ambientais' contagiosas, na verdade, se consiste na similaridade de comportamentos inatos e geralmente de ambientes sociais que são construídos por essas disposições comportamentais em interações contextualmente vantajosas com às circunstâncias.

Por exemplo, um casal que antes de constituir família, conseguem bons empregos (por causa de seus perfis cognitivos contextualmente apropriados) e estabelecem uma boa estabilidade econômica e emocional (por causa de seus perfis de personalidade). Tem filhos que nascem obviamente com muitas de suas características comportamentais e a partir daí serão mais propensos a repetirem muitos dos comportamentos conscienciosos dos seus pais. 


Muitos entenderão assim:

''Melhor padrão de vida e ajustamento social fazem as pessoas mais 'socialmente funcionais' ''

Existem outros tipos de casos, e todos eles, de uma maneira ou de outra, provam a vital importância dos genes. O meu caso, por exemplo. Ao invés de uma predominância de semelhanças comportamentais entre os meus pais e os seus filhos, que tem sido 'compartilhadas' em um mesmo ambiente, nas mesmas condições, o que temos é a ocorrência de uma maior diversidade de temperamentos tendo como um dos ápices de diferença o auto-declarado sábio que vos escreve.

Nas mesmas condições de tratamento, com uma ''criação'' relativamente simétrica dada por nossos pais, nós evoluímos de maneiras muito distintas. Como explicar isso** 

Compartilhamos os mesmos pais, os mesmos ambientes, as mesmas condições e ''mesmo assim'' nos tornamos singulares, ainda que com muitas similaridades em comum, como é o costume entre as famílias.

Na minha nada humilde opinião, retida de auto-observações pretensamente neutras (ver-me de maneira desapaixonada), a principal causa para esta situação será encontrada em nós, em nossas diferenças intrínsecas de comportamento e especialmente se forem comparadas às características dos nossos progenitores. Eles são mais dóceis, mais religiosos, mais ''calmos'' (o termo ''apático'' é sempre mais convidativo para explicar a suposta serenidade das massas) enquanto que nós nascemos mais arredios, mais exuberantes nestes aspectos. Um casal com alta carga mutacional produziu três filhos homens individualmente singulares que ao invés de compactuarem com a maioria de suas práticas culturais, se dispersaram num espectro maior de escolhas transcendentais. 

Quando falamos de genes, muitas vezes, estaremos falando também de similaridades comportamentais que podem ser refletidas pela cultura. E isso pode nos passar a ideia de que o ''determinismo genético'' seja contrário à ideia de individualidade ou mesmo de uma relativa liberdade de escolha do ser humano. Mas dependerá, como quase sempre acontece, de caso pra caso. ''Os genes'', generalizadamente falando, que fazem alguns povos muito parecidos em comportamento, farão outros povos muito mais diversos. Portanto, não há porque tratar o ''determinismo genético'' como um eterno antagonista em relação à relativa plasticidade adaptativa/comportamental do ser humano, ou ''liberdade de escolha'.

Os meus pais sempre foram ''certinhos'', relativamente honestos, moralmente adequados, providos de bons níveis de capacidades cognitivas, que me parecem ser bem mais simétricas do que as minhas... 

A maioria  dos pais e especialmente os mais bem sucedidos, tentam passar ou transferir para os seus filhos as suas sabedorias (muito parciais), com conselhos e sermões, isto é, aquilo que foi fundamental para que obtivessem sucesso em suas vidas ou o que aprenderam com as suas experiências (na maioria das vezes, quase nada de supra-relevante). 

Os meus pais me dizem que eu devo estudar para os concursos públicos porque a carreira profissional nesta área é muito mais estável e proveitosa. Eles dizem que eu devo me concentrar nos ''estudos'', leia-se, apreensão pragmática de técnicas e acompanhada com uma boa dose de memorização (vulgo, pura e simples ''decoreba'').  Eles não entendem que eu tenho interesses específicos que tomam muitas horas do meu dia, não sabem que eu gosto de estudá-los, de me aprofundá-los, porque eles não são de intelectualmente obcecados como eu sou. Eles oferecem um bom ambiente para que possa alçar voos mais independentes, mas desprezam qualquer conhecimento em psicologia real, e eu tenho tentado mostrar-lhes o que se consistiria. Por causa de todas essas belas preconcepções que povoam densamente o reino encantado da educação, os meus pais ( assim como a maioria deles) querem me forçar a fazer aquilo que eu não tenho e nunca tive aptidão, que está querendo sugerir que seja algo mais intrínseco de minha pessoa do que apenas preguiça ou má vontade. 

A maioria dos pais são preconceituosos em relação aos próprios filhos porque ao invés de buscarem entendê-los, se colocando em seus lugares, vendo por suas perspectivas, preferem se colocar como exemplos (mundanos, quase sempre) de sucesso, em outras palavras, se refletem em seus filhos, ao invés de buscarem pela luz própria dos mesmos, resultando numa cadeia muito comum de atropelos intra-familiares, de natureza constante e transcultural. Em sociedades muito exigentes como a Coreia do Sul ou mais ''permissivas' como as modernas nações ocidentais, e especialmente as mais ''progressistas', em todas elas, os pais, em sua maioria, simplesmente desconhecem os próprios filhos. Ao invés de buscarem por suas idiossincrasias, forças e fraquezas, os preconcebem enquanto indivíduos indissociáveis das massas, que são muito similares a qualquer outro. Produzem resumos grosseiros de suas próprias crias. Enquanto que existe uma grande tendência de similaridades entre os neurotípicos, isso não significa que mesmo entre eles não haverá um predomínio, ainda que menos intenso, de diferenças individuais que serão suficientes para não serem percebidas, ao menos por observadores natos. Eu sou filho de dois sociotipos de ''trabalhadores'', e no entanto, eu não herdei suas transcendências cognitivas e psicológicas. Eles são como formigas e eu sou como uma cigarra-formiga, quero viver a vida de maneira sossega, preguiçosa e intelectualmente vigorosa mas também tenho consciência de que preciso contribuir para a sociedade e de preferência do meu jeito.


Não, eu não sou um produto das circunstâncias, ainda que as carregue em minha memória como experiências e/ou lembranças (ou fenótipos do espaço/tempo). 

Eu não imitei e não imito os meus pais, se exibo similaridades em alguns ou em muitos aspectos comportamentais, é pelo simples fato de ser filho deles e portanto de estar mais propenso de ter herdado muitas de suas características. 

Eu não sou escravo do ambiente ainda que dependa dele, todos nós em nossas intimidades existenciais, somos donos de nossas decisões, ainda que tal raciocínio tenda a se dar de maneira não-linear ou indireta, isto é, aprendemos muitas vezes na base do solavanco, do susto, de mini-traumas psicológicos, quando algo prende as nossas atenções. O que parece ''ambiente'' pode ser apenas ''ignorância'' ou um limitado potencial perceptivo, a regra na espécie mais ''inteligente' deste planeta e devo falar deste assunto em um próximo texto.

Fatores ambientais compartilhados me ajudam estruturalmente e talvez me façam reagir de maneira mais adequada, mas tudo o que fazemos, somos nós que vamos decidir por último, o problema é que a maioria dos seres humanos tendem a tomar decisões de maneira muito intuitiva, rápida, pouco pensada ou refletida. No conforto do lar, eu tenho menos com o que me preocupar, e eu tenho consciência disto. Mas em termos de ''seguir o exemplo do pai'' ou ''reagir mecanicamente apropriado em relação à ajuda dada pelos pais'' se consistem em mitos tolos de quem está desprovido de inteligência interpessoal ou que a despreza, como muitos fazem.

Para entender realmente o seu comportamento você precisa começar a investigar por si mesmo e a partir daí extrapolar em relação ao comportamento humano em geral.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Por que lamarck estava errado? E por que ele também não estava completamente errado?




Confusão entre causação e correlação



Transmissão de caracteres POR esforço repetitivo = a teoria lamarckiana

ou

O Esforço repetitivo para uma determinada atividade nada mais seria do que a expressão natural (intrínseca) ou relativamente construída da forma ou genótipo, que por sua vez é transmissível (teoria darwiniana)



Lamarck deu grande ênfase a expressão/comportamento como um atributo transmissível enquanto que Darwin mostrou que é a forma/arquitetura genética particular ou geral, que é transmissível e/ou heterogeneamente hereditária, e que por sua vez, se consiste em uma das causas principais para a transmissão e manifestação de certo comportamento.



Lamarck postulou que o fenótipo, que é particularmente produzido pela conjugação de bio-variáveis e circunstâncias ambientais, é fundamentalmente transmitido ou transmissível via esforço repetitivo.



Darwin postulou que é o genotipo (ou forma) que é de fato transmissível.



O fenótipo expressa o conjunto de traços emergentes ou dominantes dentro de um bio-contexto individual ou particular. O fenótipo pode pular uma geração e se manifestar na geração subsequente/netos, ou mesmo perder a sua força e claro que todos esses cenários dependerão fundamentalmente das circunstâncias reprodutivas estruturais, como o compartilhamento conjugal de traços em comum, especialmente os recessivos, para que possam se manifestar, possivelmente, variáveis ambientais, etc

No entanto o genótipo, que reúne todos os espectros de dominância e recessividade expressiva/fenotípica particulares, é aquele que será inegavelmente transmitido, e claro que em formas de vida complexas como a humana, isso ocorrerá a partir de uma tendência de diversificação, fenotípica e genotípica, se somos como mutantes e ou recombinantes de nossos pais e assim por diante numa cadeia de preservação e modificação genética.


Exemplo

Eu começo a fazer exercícios físicos e percebo um potencial para esculpir músculos. Segundo Lamarck, eu passaria esta ''transformação gradual'' ou expressão aos meus filhos.

De fato, eu posso passar como legado intergeracional esta DISPOSIÇAO para esculpir músculos, isto é, o genótipo e não necessária ou diretamente, o fenótipo ou músculos esculpidos. Então, um ou vários dos meus hipotéticos filhos poderão nascer com esta disposição.... 

Também pode acontecer de um ou vários deles nascerem com ''novas mutações'' desta característica e passar a ideia de que o meu esforço repetitivo foi passado pra eles enquanto legado genético.

Lamarck concluiu que o fenótipo via esforço repetitivo que é transmissível.

O esforço repetitivo é uma expressão do fenótipo e é o genótipo que é transmissível. Lamarck não estava completamente errado... porque fenótipos também podem ser transmitidos, desde que a transmissão intergeracional resulte em sua expressão, tal pai, tal filho. 

No entanto, a meu entender, o esforço repetitivo não é a causa mas o resultado de certa disposição fenotípica ou cronicamente emergente, aquilo que está muito latente em nós, que não podemos controlar porque é dominante e imperativo de faze-lo, no caso das disposições comportamentais.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Fator autoconhecimento para explicar o grau de influência dos fatores ambientais (dinâmica da realidade) inconscientemente internalizados



Quanto menor for a capacidade para entender a realidade (e primando por si mesmo), maior será a dependência subconsciente em relação aos fatores ambientais ou às múltiplas circunstâncias que perfazem o ambiente de vivência

Energia ou intensidade, talento e ou reciprocidade, são variáveis muito importantes para direcionar o ser em relação ao seu caminho bio-transcendental.


 O ser humano tem se desdobrado numa variedade de tipos existencialmente distintos, isto é, que focam as suas vidas em diferentes pontos de transcendência, que eu denominei de "perspectiva existencial"

A enorme quantidade de profissões que encontram-se distribuídas pelo cenário laboral nos mostra o quão diverso pode ser o ser humano em suas funções e em suas especificidades. No entanto a sua tendência de primar por tudo aquilo que nutre afeição e/ou que se comunica melhor com as suas forças tende a ser universal. 


O princípio filosófico/fenomenológico da auto conservação 

Se tem garras, as usa. 
Se tem força, a usa. 
Se tem inteligência, a usa. 



Claro que esta relação direta entre o tipo de forma e de expressão não será absolutamente predominante se para toda regra existem exceções. Mas mesmo com uma não-complementaridade lógica ainda poderá ser possível de se observar a existência de alguma relação entre a forma e o ser. Por exemplo, apesar de suas asas o pinguim é uma ave que não voa ou não voa como um pássaro. Mas isso se dá por causa de algumas de suas idiossincrasias físicas que tornam o ato abençoado de voar uma impossibilidade enquanto que existe a grande compensação de se usar as suas asas para nadar, ''inclusive'' debaixo d'água.

Dois exemplos interessantes sobre a consciência 
e a subconsciência da dinâmica fenomenológica 


O cristianismo proíbe a homossexualidade porque "Deus quis assim"



Para uma pessoa que for fervorosamente devota a crença cristã esta será uma verdade cristalina, irrefutável e racional. 

Por meio desta profusão de pobreza de detalhes, para o verdadeiro pensamento sábio, analítico, crítico, ponderado (não histérico ... especialmente pra este caso em específico), holístico e harmônico/ diplomático, essa pessoa hipotética é muito provável de se  engajar num ativismo quase sempre pré-conceituoso ou tendencioso em relação a este assunto. 

Esta pessoa também não perceberá toda a sorte de injustiças que estará abraçando alegremente e que ao contrário do que pensa, os seus pensamentos não serão exatamente os seus, mas derivados de terceiros que na pior e mais verdadeira das hipóteses estará apenas se servindo de sua estupidez para  se enriquecer em termos materiais/financeiros (a ''normalidade'' da patologia humana).

Em compensação, como comparação, o típico sábio desenvolverá um progressivo conhecimento, objetivo e essencial, em relação a este assunto, chegando a esperada conclusão de negação ao ditame  "religioso" por saber que é absurdo e estupido abordar qualquer nuance da co-existência com base naquilo que um livro velho, grande e contraditório delimitou como certo e errado. 

Estes exemplos de subconsciência e consciência confrontam a estupidez de uma pessoa "religiosa" que se utiliza de um livro supostamente sagrado para abordar certo aspecto da realidade, com a sapiência de um sábio que analisa por si mesmo a máxima exemplificada e deduz racionalmente que a mesma não tem base para expressar com fidedignidade àquilo que está essencialmente correto em relação a esta particularidade.

Em termos de autoconhecimento é muito comum lidarmos com pessoas que não denotam grande talento ou potencial para certa atividade mas como estão  erroneamente embebidas de um equívoco internalizado de auto-percepção, então prostram-se a realizá-la, sem perceber o ridículo que estão causando, primeiramente pra si mesmas e sem deixar de salientar quanto ao perigo de se  aventurar ingênua e tolamente numa área da qual não domina. Como exemplo tragicômico desta realidade nós podemos ver nos concursos televisivos de talentos musicais, que se tornaram tão numerosos de uns tempos pra cá.



Autoconhecimento é deixar de ser um idiota útil



Milhões de jovens europeus e asiáticos perderam as suas vidas nos dois maiores conflitos humanos de todos os tempos, ocorridos no século XX, e a maioria deles foram convencidos quanto a uma suposta necessidade imprescindível de trucidar uns aos outros para "salvar as suas respectivas nações". Eles foram dependentes dos fatores ambientais, por causa de suas respectivas ignorancias congenitas, por em exemplo, em relação aquilo que foram sendo sistematicamente informados (doutrinados) pelos meios de comunicação. Nas primeiras batalhas no front, eles já se encontravam em média totalmente crentes quanto a suposta naturalidade da geopolítica que os jogou na fogueira bem como também e novamente pela necessidade vital de se matarem "em prol da segurança nacional".

Sem pensamento crítico, analítico, holístico e finalmente racional, hordas de rapazes pingando testosterona podem ser facilmente formadas, desde que as suas imaturidades histriônicas sejam muito bem alimentadas.

Geralmente para que se possa entender a realidade é necessário começar a conhecer-se primeiro.  E a maioria das pessoas ou pulam esta parte ou calculam errado sobre si mesmas, resultando numa predominância de estupidez e ignorância nas relações interpessoais e mesmo ou especialmente, porque não, nas intrapessoais. O que de errado voce faz em termos intrapessoais, tenderá a reverberar a nível interpessoal...

Votar em candidatos corruptos, 

(Novamente) o exemplo das guerras,


Desprezar o sofrimento alheio, de seres humanos ou de outras formas de vida, e especialmente aquelas que forem mais evolutivamente próximos 
E ou mal compreende-lo,

etc etc etc etc etc um infinito de etcéteras

Quem entende mal a realidade ou não sabe por onde começar, é provável que utilizará os meios de ''informação''  mais óbvios ou populares para ''entende-la''. E a partir dai nós vamos ter a conjugação da "perspectiva existencial" (ou também, zona de conforto) com a subcultura que estiver sendo enfaticamente internalizada. 

Pessoas mal informadas ou que são dependentes daquilo que o seu jornal preferido escreve "também" serão mais vulneráveis a subconsciencia da natureza das circunstâncias que as envolvem. 

A maioria das pessoas negociam muito pouco a dinâmica na qual estão inseridas. Como resultado tendem na maioria das vezes a aceitarem passivamente o estado invariavelmente problemático das coisas humanas. 

Os jovens que mataram e morreram nas guerras, não negociaram os porquês sobre a situação que protagonizaram e muitos deles apenas tomaram consciência da realidade qualitativamente porosa em que se encontravam quando já era tarde demais.


As circunstancias se apresentam pra ti e se não tiver qualquer base firme com a realidade, as aceitará enquanto a mais pura verdade factual, a mal-dita ''realidade incontornável ou a única que existe'', e tenderá a tratar uma boa parte dos comuns absurdos que dela emanam, como ''parte da normalidade''

Existe um mundo muito maior do que aquele que é construído pelo ser humano e mesmo dentro deste, existe uma enorme densidade de ilusões que por bom gosto deveriam ser encontradas, expostas e eliminadas e uma grande densidade de novas percepções de sabedoria que merecem ser internalizadas e usadas em nossos cotidianos.

A consciencia estética é muito simples, procure pela beleza em todas as suas formas, sem guerras, sem ódios, sem mediocridade, sem extremismos negativos, sem corrupção...

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Neurótico em relação a si mesmo (baixa auto estima) ... ou em relação ao ambiente em que vive (e em tempos de decadência da "civilização" e tecnologia avançada... Estendido a outras regiões)



Um 'paradoxo'

Eu sou neurótico ''mas'' tenho alta auto-estima. Como explicar esta suposta contradição??

Simples. Por causa da multidimensionalidade nas interações (a dinamica da vida) do ser vivo em relação a

-  ele mesmo 

- e ao ambiente em que vive


Nós podemos ter os neuróticos sobre si próprios e/ou que terminarão desenvolvendo baixa auto-estima,

Podemos ter os neuróticos em relação ao ambiente em que vivem isto é, de se ''tornarem' altamente críticos em relação as suas regiões de moradia existencial (o contrário da topofilia ou topofobia, em sua manifestação mais extrema e desequilibrada... ou não, depende do lugar e das razões racionais em disputa), mas que exibirão alta auto-estima (eu por exemplo), em outras palavras, o foco do pensamento (negativamente) crítico direcionado para o ambiente ou que não é (totalmente) voltado pra si mesmo.

Enfim são muitas as possibilidades de combinações mas o que mais importa aqui é a ideia que está sendo proposta quanto a diferenciação entre os tipos de ''neuróticos'' que podem existir e baseado em suas auto percepções e/ou também em suas percepções em relação ao meio/ambiente em que vivem. Será que esta dinâmica poderia ser aplicada a outros traços de personalidade??

Eu estou (e sou) fenotipicamente neurótico e estou provido de uma alta auto-estima. Admito que já padeci de baixa auto-estima (alguns gostam de denominar como ''ter complexo''), mas que com o tempo foi sendo domada e reduzida a condição de pseudo-humildade da qual eu tenho tentado melhorar. Escusado será dizer que durante a minha primeira infância eu fui muito autoconfiante e ''orgulhoso'', apesar de sabermos o quão tolo e perigoso se consiste esta atitude. 


De fato, os fatores ambientais (circunstancias), mais as minhas respostas a eles, me tornaram menos confiante a partir do momento em que começaram a acontecer mudanças em minha vida, como quando a minha família se mudou de cidade, a nossa condição sócio-econômica se deteriorou consideravelmente e eu fui forçado (como todos são) a participar da dinamica social escolar por anos a fio.

No entanto, depois de um tempo fenotipicamente doente em meu aspecto mental eu despertei para a sabedoria e aos poucos tudo aquilo que me fazia encolher num canto escuro da sala foi se tornando mais fraco e portanto, menos influente, até que consegui eliminar uma boa parte da carga excessiva de auto-neuroticismo, enquanto que começava a descarregar esta tendencia em relação as circunstancias assim como também as outras pessoas, a fim de comparar e fazer julgamentos precisos, por exemplo, sobre o conceito popular de normalidade... Em outras palavras, ao invés de procurar defeitos em mim eu passei a buscá-los ''lá fora'' e a tremenda estupidez humana apareceu como uma fonte excepcional para este tipo de escrutínio bem como também de transferencia de responsabilidades, visto que um dos piores sentimentos que uma pessoa pode ter é justamente o de culpa. 

Este meu breve relato nos mostra também que os ''auto-neuróticos'' podem mudar o foco de suas disposições para o pensamento (negativamente) crítico e nada impede que o contrário também possa se suceder. 

Portanto em um mundo humano onde a estupidez e a ignorancia, irmãs gemeas bivitelinas, forem quase que totalmente predominantes, haverá motivo racional de sobra para se tornar mais neurótico, especialmente se for mais sábio. Também é importante salientar que haverá uma certa relatividade para se engajar em pensamentos (negativamente) críticos, usando-me como exemplo em relação as pessoas com as quais eu tenho convivido...

Voce gosta de comer carne**

Antes de me tornar vegetariano não via qualquer problema, por exemplo, em ver propagandas na televisão sobre produtos industrializados que contém carne. Quando tomamos consciencia sobre uma certa realidade e se for muito grave, então tenderemos a nos tornar menos relaxados em relaçao a esta situação e consequentemente mais preocupados, mais sérios. O que era normal se tornou inaceitável.

Para a maioria das pessoas com quais eu convivo não existe qualquer razão para serem menos relaxadas ou mesmo moralmente reativas em relação a este assunto. Em compensação, para mim, após ter internalizado e trabalhado continuamente com este dogma positivo moral ''comer carne é imoral'', inclusive com certa frequencia neste blogue, conversar sobre o consumo humano de carne bem como esperar pelas reações argumentativas comuns das pessoas que não compactuam com a minha nova rotina tem se tornado cada vez mais doloroso e eu diria mais, fértil para ideações neuróticas. 

Este exemplo é apenas um amostra pequena de um oceano de probabilidades para se ficar mais neurótico do que o costume. 



quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

A derradeira metáfora sobre comportamento, genes e ambiente



A inevitável desgraça da morte de uma pessoa muito querida e os efeitos psicossomáticos logicamente subsequentes...


''Apenas os genes*** ''

O papel dos genes no comportamento não é totalmente decisivo mas é essencial, porque basicamente nós somos os nossos genes. No entanto, é elementar concluir que não existe vida sem cenário e suas muito complexas circunstancias. Um dos paradoxos desta relação é a que apesar desta (potencialmente perceptível) complexidade de situações ou ''fenótipos ambientais'', tendemos a ser bem menos diversos em nossas respostas como nos habituamos a pensar. Também não é que sejamos como monolitos reativos mas não seremos, em média, como metamorfoses ambulantes.

 Boa parte daquilo que concebemos como ''fluidez comportamental'', se divide em duas vias de apreciação, ''diversidade relativamente heterogenea de disposições comportamentais inatas'' e ''comportamentos tipicamente induzidos pelo desenvolvimento vital ou biológico'' como a imaturidade infantil, a pseudo-sabedoria da velhice e a impulsividade da adolescencia. 

As pessoas, claramente, reagem de maneiras distintas as intempéries ambientais (e de acordo com os subgrupos em que estão melhor relacionadas), e essas reações não são essencialmente de natureza psicossomática, que nos induziria a pensar na ''reação direta de reciprocidade potencialmente racional'', ''o agir de acordo'', que não acontece para a maioria das situações cotidianas.

De fato, se somos drenados por todos os tipos de vícios, começando pelo da vida, então é de se esperar que seremos vulneráveis a toda a sorte de continuidade psico-somática, seja para o aprofundamento intelectual ou para estados mórbidos como a depressão. 

Fatores ambientais podem causar a ruptura de uma disposição como a depressão. Elementar deduzir que certos grupos serão muito mais dispostos a se tornarem depressivos do que outros e que haverão aqueles que se situarão no meio deste espectro particular e o evento psicossomático que resulte num estado depressivo ou de qualquer outra natureza mórbida, será mais incomum porém possível de acontecer. 

Metaforicamente falando, nascemos habituados a seguir por caminhos pré-determinados, e na maioria das vezes, os seguiremos, caminhos estes, de caráter interno, nossas atuações neste teatro obscuro chamado vida, que poderão ser muito independentes das tormentas de fora. Nossas reações são sempre nossas. No entanto, podemos nos enveredar a caminhos transcendentais de reação constante que era mais inesperado do que habitual de se prosseguir. Por exemplo, uma pessoa de espírito estável e com nenhuma expressão melancólica significativa, nem relativa, pode, por força da natureza dos acontecimentos, tornar-se morbidamente triste e sem esperança. A perda repentina, violenta, sem sentido ou mesmo, esperada, de um ente muito querido ou mesmo um amigo. Exceções sempre existirão. A regra, não seremos ''curiosos'' o suficiente e a um certo nível que nos faça preferir pela negação da própria naturalidade espectral de comportamento, isto é, nossa constancia relativamente heterogenea (ou homogenea) de temperamento. 

Portanto, ainda que os genes tenham grande, eu diria, fundamental importancia, estes não serão absolutamente determinantes, porque por razões supra-estéticas, existe a verdadeiramente absoluta necessidade de que hajam cenários para que a vida se expresse e esta co-existencia será complementar, mas não será desequilibrada, pois funcionaria mais como uma batalha de forças entre ''o ambiente'' e a natureza reativamente intrínseca dos seres vivos.  

Derradeira metáfora


Somos como canoas em meio a uma tempestade. Temos formas e resistencias específicas (a tormenta), mas situações de intensidade variavelmente extremas podem desencadear reações de igual natureza e derrubar o 'equilíbrio'' ou constancia comportamental e claro que algumas ou muitas ''canoas'' serão consideravelmente mais resistentes enquanto que outras serão muito mais instáveis.