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domingo, 3 de abril de 2016

Inteligência cognitiva, memorização e replicação velho-intuitiva, em ordem: cinestésico-corporal, espacial, verbal, matemático. O diferencial é o meta-raciocínio ou a base para o pensamento abstrato ou inteligência intelectual (ainda uma manifestação corporal, só que se repete em busca de uma melhor compreensão). E esta dinâmica entre o mecânico e a reflexão.



A linearidade cronológica da evolução cognitiva e portanto da novidade cognitiva (o aparecimento de novos tipos de inteligência ou especificidades entre os seres humanos), a partir da lógica intuitiva, parece colocar as habilidades corporal-cinestésicas como as mais velhas e universais de todos os tipos propostos e lógicos de inteligências/percepções específicas da espécie humana (mas também de todas as outras).

A partir de uma linha evolutiva crescente em relação à (auto)consciência, nós começamos com a primeira de todas elas que é justamente a consciência corporal. Ou seja, o reconhecimento intuitivo ou natural do próprio corpo (clausura natural), os seus limites, as suas características e o uso apropriado delas, de acordo com as especialidades de cada espécie. Qualquer forma de vida deve apresentar este tipo de consciência. A necessidade de movimento (desde a planta até ao beija flor), manutenção, replicação e transformação de si mesmo, está profundamente enraizado para as espécies que estão destituídas de pensamento complexo, ainda que também se possa pensar se a seleção natural que costuma ser intensa e extrema nesses grupos não possa ter eliminado esta possível diversidade de (auto)consciência vital.

A partir da consciência corporal, como eu já comentei algumas vezes em outros textos, nós vamos ter o começo da expansão deste atributo essencial, em que cada espécie resplandecerá por sua vez todas as etapas de evolução até agora, desde as vidas mais simples e com mecanismos de auto-reconhecimento mais simples até à espécie humana, a mais complexa de todas.

A proposta deste texto no entanto não é a de repensar sobre esta linha evolutiva ainda que seja muito importante para prestar suporte a mais um dos meus devaneios, mas pensar se as nossas capacidades cognitivas, isto é, de memorização e replicação técnico-mecânica, que incluem os atributos verbais, matemáticos, geométrico-espaciais, não poderiam ser realocadas para dentro de um espectro mais amplo da inteligência cinestésica, transformando-as também em expressões corporais, ecos dos atributos cognitivos de natureza mais física, no caso, da inteligência cinestésico-corporal. 

Tudo se origina do físico, quando estamos falando de inteligência humana. O pensar é mais físico do que o repensar. A meta-cognição é o suprassumo diferenciador e qualificador da/para a/ espécie humana.

E a partir desta nova abordagem interpretativa nós poderíamos endereçar ao papel da inteligência intelectual ou raciocínio, para o posto de novidade ou singularidade humana, justamente a metade complementar do cognitivo/mecânico/técnico, o repensar reflexivo ou intelectual.

Portanto, nós temos o raciocínio puramente cognitivo OU reflexo predominantemente subconsciente e o raciocínio intelectual ou puramente reflexivo. O primeiro denota ''preguiça'' ou menor inclinação intensiva para o repensar pois toma como verdade de maneira precipitada e incorreta os próprios preconceitos cognitivos sem ao menos checar se estão certos (porque nem todo preconceito cognitivo que estará errado).


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