choram a elegância da tristeza,
cinzas e na mais pálida pele de seda,
vestem o negro de suas almas,
choram e se misturam ao gélido vento norte,
seguram as suas crianças,
lindas bonecas, princesas,
ou marinheiros louros,
tem morenos e ruivos,
suecos ou húngaros,
pesam pelo passar,
pesam pela varíola ou pelo sarampo,
ou daqueles indianos,
mortos pela fome e desprezo,
à vida neste peso morto,
neste destino lazarento,
pequenos caixõezinhos a providenciar,
diferentes sentimentos,
para se lamentar a vida,
no mais alto grau d'arte,
de viver a tragédia,
de se deixar pela tarde,
de se prostrar,
e soltar fumaça de cigarro velho acima dos olhos,
de confundi-las com a paisagem,
de meditar pela morte,
de poder sentir todas as emoções,
acima de tudo,
ser,
e ser humano.
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