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terça-feira, 12 de abril de 2016

A ilusão de ótica do fator g psicométrico. Os neurotípicos são todos iguais**



A inteligência é plana**

''Fulano de tal'' fez uma bateria de testes cognitivos, os seus resultados foram similares. Esta tendência parece ser muito comum entre os neurotípicos onde que as diferenças (técnicas e superficiais) entre as suas capacidades (psicometricamente cognitivas) tenderão a ser pequenas entre si. 

Este é o fator g não é*

Para a inteligência, que não é apenas uma particularidade humana, não, não é. 

O fator g é basicamente a capacidade para o reconhecimento de padrões e agir de acordo com as características bio-cognitivas da espécie. E nada mais do que isso. O fator g, como eu já falei algumas vezes, é a estrutura que sustenta a inteligência/comportamento, de qualquer tipo, para qualquer espécie, pois se consiste na manifestação da lógica via ações vantajosas para a sobrevivência e no caso do ser humano, com potencial para a razão/sabedoria.

''Fulano de tal'' pode ter se saído bem e parecido em todos os subtestes que realizou, mas os mesmos avaliam especialmente o potencial técnico e não toda a inteligência, como eu já me cansei de falar.

Testes aculturais nos avaliam enquanto entidades cognitivamente mecânicas, e eu já falei sobre isso, também, como se fôssemos robôs, no texto ''eu, robô''. Mas nós não somos apenas a nossa cognição não é*

Portanto para começo de conversa os testes cognitivos já apresentam muitas falhas consideráveis. E pode piorar porque enquanto que nos avaliam apenas em relação ao nosso potencial técnico, isto é, apto para o trabalho, eles também desprezam completamente os outros tipos ou perspectivas perceptivas/inteligências que apresentamos e que serão fundamentais.

Inteligência social* intrapessoal* emocional*

tudo isso existe**

A própria variação de personalidade nos ajuda a entender e a concordar a priore que sim, existem diferentes tipos de inteligências, isto é, as pessoas apresentam diferentes tipos de forças ou epicentros mentalmente qualitativos.

O que é inteligência mesmo, em termos conceituais e resumidamente gerais**

Ora, é a combinação adaptativa entre personalidade e cognição. 

E reparem que, geralmente, aqueles que pendem mais para um tipo de constância comportamental também tenderão a apresentar um certo tipo de epicentro mentalmente qualitativo. Por exemplo, o caso dos sistematizadores e dos mais empáticos. Os primeiros tendem a ser bons em matemática dentre outros aspectos cognitivos que se relacionam com a percepção de causa e efeito de natureza impessoal ou material, enquanto que os segundos estarão muito mais especializados na percepção direcionada para os fenômenos de natureza pessoal/vital e a ação subsequentemente lógica. 

De longe, tudo parece mais fácil e simples, mas quando começamos a ficar mais perto de nossos objetos de observação, nós começaremos a encontrar mais detalhes e muitos deles poderão ser viscerais para sustentar ou mesmo para destruir as nossas pré concepções.

A inteligência está direcionada para todos os aspectos que estão bem descritos pela famosa teoria de Howard Gardner. 

- verbal,
- matemática,
- espacial,
- intrapessoal,
- interpessoal,
etc...

Eu não duvido se a maioria daqueles que apresentarem perfis simétricos em suas capacidades cognitivas serão notoriamente propensos a apresentarem assincronias ou assimetrias em relação a vários outros aspectos que obviamente necessitarão da inteligência. Paradoxo ou pseudo-paradoxo*

Mas isso não parece politicamente correto não é*

 O ideal é continuar a dizer para as pessoas que ser inteligente está relacionado fundamentalmente com as suas respectivas capacidades para a execução de tarefas técnicas, ou seja, o trabalho. O melhor trabalhador que está sendo enfatizado pela psicometria, e não a inteligência em toda sua exuberância lógica.

Um jovem que obtiver pontuações muito próximas em todos os subtestes cognitivos é muito provável que exibirá muitas assimetrias em outros aspectos que esta avaliação não alcança, como a capacidade empática, que por sua vez, se consiste claramente em uma capacidade mental, de mesma natureza geral que as capacidades matemáticas. Em resumo pré-conclusivo, tudo o que fazemos exige de nossas faculdades mentais e algumas estarão mais relacionadas com as atividades laborais, que praticamos para manter, colaborar com as sociedades em que vivemos. O valor ''utilitário'' foi colocado em um pedestal em relação, não apenas às habilidades mentais menos evidentemente ''utilitárias'' (a partir desta perspectiva tecnicamente utilitária), mas principalmente em relação ao próprio ser, e no caso, o ser humano, visto que a partir de uma perspectiva racional, isto é, hiper-lógica, seria a inteligência intrapessoal que deveria ser alçada para uma posição de maior destaque justamente por causa de sua natureza intrinsecamente necessária e essencial.

Em resumo, ''fulano de tal'' pode ser inteligente para executar atividades técnicas mas também pode ser um completo imbecil no trato interpessoal (apenas um exemplo simples). E isso quer indicar com clareza que o alcance do fator g psicométrico é limitado e que a teoria das múltiplas (combinações) de inteligência é mais do que apropriada para completar o quebra cabeças deste assunto em específico.

Os neurotípicos podem apresentam comportamentos muito similares mas ainda assim não serão ''todos iguais''. Sim, maiorias humanas tendem a ser estúpidas mas isto não prova que serão muito similares e a ponto de produzir um fator g.

''As pessoas que são boas para fazer uma tarefa, tenderão a ser boas para fazer outra tarefa e em níveis muito parecidos''

Isso não prova a existência de um fator g a partir desta interpretação psicometricamente tendenciosa. Além do mais esta afirmação é quase sempre dita de maneira muito vaga. Onde está a droga da precisão semântica**

Bom em que sentido qualitativo** 

É quase sempre em um sentido comparativo e que é deduzido como ''de qualidade''. Mas como sempre eu digo, está se comparando o potencial técnico (puramente cognitivo), de trabalhador, e o pior é que depois extrapolam para outras áreas. 

Parece elementar que quem é mais capaz na execução de tarefas técnicas se localizará em uma posição sócio-econômica mais confortável do que quem não o fizer.

Portanto como conclusão deste texto, as diferenças pequenas de resultados em testes cognitivos, uma tendência comum para uma parcela demograficamente prevalente e nomeadamente entre os não-judeus asquenazes, tende a mascarar diferenças possivelmente significativas ou assincronias em relação aos outros aspectos psico-cognitivos, que serão relevantes em seus próprios domínios, e alguns que serão holisticamente relevantes, como por exemplo a inteligência intrapessoal.

O fator g psicométrico é uma ilusão de ótica porque deduz que a maioria das pessoas neurotípicas e preferencialmente sem ascendência judia, serão mais ou menos iguais em suas habilidades mentais a partir de uma tendência para as simetrias relativas em relação às habilidades puramente cognitivas ou psico-mecânicas, como os potenciais de memorização, aprendizado impessoal e posterior replicação. No entanto, esta é uma perspectiva psicométrica e não geral. O fator g para o trabalhador não é o fator g (total) para a inteligência, humana ou não.







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