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terça-feira, 26 de abril de 2016
Lixo branco
Deu a louca na "história" é uma ótima série da ''BBC'' que mostra o quão "dourado" tem sido o passado da humanidade e que no mundo ocidental tantos conservadores adoram defender, e o mais interessante é que o fazem sem ter real conhecimento/consciência quanto a realidade medonha que tem se descortinado de maneira constante na história humana.
Se pudéssemos cunhar uma definição ultra resumida e realista da história humana esta poderia ser "a exploração do homem, dos animais não-humanos e da própria Terra ... pelo homem".
A bizarra mania de grandeza que vez ou sempre acomete as elites predadoras ou parasitas e especialmente a partir do momento em que elas não são estes seres sábios que pensam que são, também pode servir como um resumo sucinto porém muito realista em relação ao mundo mais do que imperfeito que a espécie humana é prodigiosa em providenciar.
Mas nada parece mais desolador do que o sucesso e fracasso da civilização ocidental. Sucesso mediante tudo aquilo que tem produzido e fracasso pelas maneiras, razões e consequências de seus atos grandiloquentes e desproporcionais.
E o protagonista do ocidente, desprezando as civilizações pré colombianas, tem sido obviamente o 'homem branco' (e especialmente a partir do século XX, um certo povinho...)
Eu tenho ensinado e aprendido simultaneamente que a fissura principal de onde nascem todos os conflitos, humanos e não-humanos, é a dualidade binarizada, isto é, a gradação supernatural de contrastes transformada em um atrito interno. Ao invés da sustentação causada pela lógica dualista, nós vamos ter a auto-mutilação até a auto-aniquilação. A civilização ocidental está vivenciando esta realidade, de auto-destruição.
O que parece muito fácil de ser percebido, internalizado e transformado em uma realidade pulsante e necessária, a de reconhecer esta fissura e a de buscar meios para se sana-la, na verdade mais parece se consistir em um dos maiores desafios da débil mente humana e surpreendentemente daquela que desde a um bom tempo tem sido alçada ao posto de sétima maravilha da criação, 'a mente' (média**) 'da' raça europeia.
Desde os mais comuns até aos mais talentosos, até agora eu não consegui encontrar muitos pensadores euro-caucasianos que tenham sido capazes de superar este atraso, universalmente comum entre os seres humanos.
O ser humano tem a mente de um competidor, que por si só já pode ser descrita como a mente de um ser potencialmente alienante e divisionista. O pulsar vigoroso e desconsolado de seu ego o cega em relação àquilo que é de vital importância a partir de um macro-perspectiva holística, deixando de lado todas as ilusões que alimentamos e que muitas das quais precisamos e pensar no além, por exemplo se existe a verdadeira necessidade de se guerrear, de continuar a aceitar todo este estado de coisas e mesmo de se pensar que radicalismos possam ter o mesmo sabor amargo que a manutenção de sistemas predominantemente equivocados.
Da esquerda para a direita, do norte rico ao sul pobre, da mulher ao homem, do mais inteligente ao mais estupido, o homem branco parece ter chegado ao seu limite de sabedoria e nota-se ainda que, apressadamente por mim, o mesmo parece pouco prodigioso neste aspecto. Os pontos fortes dos grandes gênios europeus ou de mesma procedência etno-geográfica tem sido o talento na tecnologia, artes e ciências. A precisão qualitativa do homem branco em relação à filosofia tem sido menos impressionante ainda que também com grande qualidade, primeiro por sua pouca relevância direta e construtiva em ''sua'' própria civilização, mas também por causa de uma incapacidade por parte da maioria dos seus pensadores em providenciar sistemas pessoais de pontos de vista, prelúdios para a ação, que são inteiramente lógicos, isto é, ao ponto de tocar a sabedoria.
Muitos daqueles que devotaram amor sincero e absolutamente correto a qualquer forma de vida e de maneira literalmente física às espécies mais disponíveis, o fizeram tomados por suas crenças metafísicas explicitamente contraditórias, desde a teoria até às suas reverberações no mundo real.
A reação contra a cada vez mais flagrante tentativa de eliminar a ''raça branca'' tem sido desastrosa e pouco criativa. Ao invés de uma muito bem precisão cirúrgica na hora de lutar contra esta babaquice on the left/and so on, clamam por virilidades apropriadamente coletivistas, ''on the right'', e repetem os seus papeis nesta cadavérica peça de teatro, igualmente tosca e vil.
Sobram músculos e palavras de ordem, faltam tato e criatividade evolutiva. E muito...
Isso é tudo que os crápulas de sempre mais desejam, um divisionismo cada vez maior e mais intenso.
O outro lado do espectro evolutivo/político, eu já agulhei umas 400 vezes aqui, mediante o nível de imbecilidade que os acomete, e boa parte deles são brancos, e muitos são dos mais (((cognitivamente))) inteligentes. Há algo de muito errado com esta gente.
Truculência de um lado, esquizofrenia de outro, sem falar das combinações grosseiras entre ambas as palermices ao longo deste espectro.
Vendo a série da BBC eu cheguei à óbvia conclusão de que o nosso presente não parece ser muito diferente do passado e que se continuar assim, o homem e especialmente o de tez alva, continuará mordendo o próprio rabo, em um ciclo sem prazo de término de estupidez, violência e vulgaridades espirituais.
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