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segunda-feira, 4 de abril de 2016

Controle cognitivo (sabedoria cognitiva) e potencial de percepção ampliada



O ''esquizofrênico'', o ''artista'' e o ''observador''

A realidade está solta,
e capturamos parte dela,
pelo alcance da percepção,
enquanto humanos, pegamos a aquarela rente às mãos,
alguns são mais frios em suas cores,
outros são mais quentes, em seus sabores,
e tem aqueles que conseguem pegar todas as dores,
da ausência á presença,
da subtração à soma,
do preto ao branco,
do azul macho ao rosa fêmea, 
ou a combinação de sua preferência,
dos raios de Zeus e dos beijos de Afrodite,
quem tem todas as cores na mente,
pode produzir aberrações circenses, 
ver barba em mulher ou bigodes em um pente,
ou pode nascer mais seguro de si,
e de poder combiná-las, sem a loucura de se confundir,
tem quem confunda o pouco que captura,
tem quem troque os pés pelas mãos,
tem de tudo neste trem,
e quem vê tudo mais intenso,
um gênio desde o berço,
é provável de vir,
se muitos andam na mesma velocidade,
este meio louco, meio sóbrio,
correrá e chegará antes,
como um desbravador,

o artista recicla a loucura de um bom rapaz,
suas alucinações se tornam bons sussurros, 
o seu susto se torna uma grata surpresa,
mas da mesma caixa de pesadelos e sonhos,
alguns tremores noturnos poderão dominar olhos abertos,
a beleza da vida pode vir como um véu, coberta,
ideologias, religiões ou qualquer outra tormenta,
chamam-nas de ''ligar-se ao divino'',
mas falam mesmo é sobre controle social e clérigo, sentados na luxúria do ouro, 
contando moedas e mortes à rezar,
não se penitenciam,
de tolos, uns estúpidos,
pensam que podem julgar, 
tem tetos de vidro,
mas nos querem perfurar,
querem ensinar empatia sem usá-la,
como sempre,
querem provar aquilo que não existe,
verdadeiros santos em vida,
dedicam uma inteira para o harmonizar,
deveriam ser filósofos,
mas poucos sabem o que realmente é ser,
imagine o ser sábio,

O observador evoluiu do artista,
não quer fama, quer competência,
quer ser útil mesmo tendo asas d'imaginação, 
observar, pensar com os seus sentidos,
é o seu epicentro de excelência,
são os seus olhos grandes, 
na turva realidade humana,
começa do simples até o complexo,
é coerente, desde sempre, e então,
do objeto ao objetivo de um ideal, de uma abstração,
não a confunde com devaneios, 
seus sonhos são de um pulmão inteiro, a respirar por que e si,
vai numa corrente,
num crescer sem pudor, sem medo de errar,
mas com gana de acertar,
não é o alimento pro ego, mas pra alma,
não pensa vagamente sobre a vida, ou apenas num agora, num breve depois,
quer se gratificar, diretamente, de bebê-la em água nascente,
quer ser, à vida,
ser o ser, 
mais honesto, mais sincero, mais original, mais a si mesmo,
sem se deixar enganar,
não quer a máscara, não quer a sua persona, mas a sua verdadeira reflexão, que vem da essência, 

a sua verdade, os seus erros, as suas falhas, os seus acertos, as suas taras, os seus consertos, os seus rosários, o seu teatro,
somos todos atores,
o observador genial sabe desta mentira,
e quer superá-la,
quer parar de atuar, de enganar em meio à aparente civilização,
quer ser profundamente verdadeiro,
para retornar ao desvio do esmero,
corpo e espírito em peso,
que nos levaria à sabedoria,
mas nos leva à exploração,
visível ou escondida,
ao céu aberto ou num porão,
sofrendo ou pintada,
chamam o superficial de profundo,
e o profundo de errado,
que foi longe demais,
e de fato,

este respirar de baixo da nuca,
este estado de constante medo,
de temer por trotes,
quer sair de galope,
e respirar verdade,
para não se intoxicar por esta vil vaidade,
o louco toma o bizarro como uma revelação,
o artista toma a si mesmo como uma ponte de iluminação,
o observador toma a sabedoria como uma necessidade sem datação,
não tem validade,
não tem sequer a última estação,
não tem flores, nem neve, nem uivos d'outono,
pois tem a todos,
é o todo,
e o mais humanizante o buscará,
não  n'uma evolução sem acúmulo,
pois precisa ter bagagem para aguentar este caminho,
deixar o El Niño em suas turbulências, lamentar por sua insistência,
ver o pacífico, mas também os mares turbulentos,
decidir verdadeiro, entre dois extremos,
perceber que um nasce do outro,
ter controle e perceber com esta chave,
mestra sabedoria, coerente, e por que não lascívia, em momentos intimamente oportunos,
em seu perfeito toque com a vida,
todas as emoções, e aprender a ser corrente e permanente, em qualquer espaço/tempo,
correndo ou caminhando,
dormindo acordado ou tendo mil sonhos,
a expansão da percepção,
fizeste para o sábio a sua morada,
façamos nossas almas para a beleza,
de toda esta gentileza,
e lutar para o evoluir,
que só se dará pelo pensar,
e pelo ir e vir,
pelo refletir,
se 100 espelhos ou mais,
de lógico, para o racional,
há de se estar, há sempre de se necessitar...













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