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sábado, 30 de abril de 2016
O aprender: perceber, aceitar e internalizar....
O famoso estereótipo equivocado do aprendizado: ''você precisa ler mais...''
Mas o mais importante é o perceber ....
O verdadeiro aprender se consiste em 3 etapas:
- o perceber,
- o ACEITAR,
- e o internalizar...
claro, informações que forem corretas.
Perceber é o primeiro passo para o aprender, todas as 3 etapas propostas são importantes em suas respectivas áreas, tal como uma produção ao estilo fordista, um precisa do outro para que possa resultar no produto final.
Mas o ponto crítico parece ser justamente no aceitar, quando nos deparamos com muros enormes que chamamos de ''preconceito cognitivo''. Quando precisamos abdicar de nossa própria natureza (histrionicamente falando, é claro) para aceitar certa verdade ou possibilidade factual.
E claro que as verdades mais dolorosas (ou descompensadamente dolorosas, isto é, um exagero de nossa parte) costumam ser aquelas que tendem a comunicar diretamente com as nossas realidades pessoais.
Por exemplo, dizer a um negro que o grupo ao qual ele ''pertence' é/está o mais (curto prazo) violento,
ou para uma mulher que as mulheres tendem a ser menos lógicas que os homens em alguns aspectos,
ou a uma pessoa que está acima do peso que a sua condição é proto-patológica (dependendo é claro do tamanho) ou que obesidade tende a se relacionar com baixa inteligência cognitiva.
É por isso que as ciências humanas são tão complicadas, porque o ser humano já é assim, bem complicado.... e em especial quando complica aquilo que deveria ser mais simples de entender ou melhor, de aceitar.
Portanto, o ACEITAR é o divisor de águas entre o aprendizado e a apreensão e também tende a se relacionar com conhecimentos que são puramente cognitivos ou impessoais, como a física ou a matemática. Há de se ter empatia e reciprocidade para que se possa perceber, aceitar ou tomar como importante/verossímil e finalmente, internalizar para que possa recobrar esta informação quando achar mais conveniente.
O aceitar significa que você está transformando uma percepção, correta, meio correta ou equivocada, em sua realidade e que a partir disso passará a operar ou a enfatizar com base nela especialmente quando for exposto à (nano,micro,macro) realidade que for mais condizente, utilizando-se desta informação para interpretá-la.
Nós vemos, interagimos com as verdades e as interpretamos de acordo com os nossos respectivos arcabouços de apanhados e/ou achados, isto é, informações.
No entanto o real aprendizado e a partir desta macro-perspectiva perceptiva será aquele que estiver mais correto ou refletível (o espelhamento perfeito, descrever perfeitamente aquilo que se ''vê'', que se percebe) em relação à realidade condizente. E o aprendizado ideal na maioria parte das vezes nunca será 100% correto porque quase sempre haverão mais coisas a serem descobertas sobre esta realidade particular. No entanto, o simples fato de ter alguns fatos em mãos já deveria ser motivo para estar seguro ao menos em relação a este pouco que tem. No entanto, é do feitio do estúpido mas também paradoxalmente do trans-bordante criativo, de pular etapas racionais de reconhecimento exponencialmente perfeccionista de um fenômeno e especialmente aqueles que são de natureza abstrata ou inter-relativa. A própria ''religião'' ou melhor, cultologia, já se consiste neste pulo de etapas.
Todo mundo apreende, aprender é bem menos comum e portanto, ensinar também será difícil.
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