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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Aurora boreal a minha alma



Neste céu duro 
De um branco gélido


De uma limpeza impávida
Dum meu pensar 
Um mel pensante 


Que congela a língua 
E baila a riscar 

n'espelhos descrentes

Desafia o estado de antes
Uma explosão de cores enebriantes
Dum arco a riscar


Escura noite de estrelas
Serenamente agonizante


A aurora boreal 
A bailar vívida
em minha mente 


A caminhar profundamente 
E a se espalhar pelo horizonte


Como a uma cruz 


A abençoar uivos falantes
A minha voz que vem de dentro 


A transtornar um monte
A pescar todas as espécies


Sem discriminar 


Adota mesmo os discursos dementes
Uma coleção de ideias distantes


Socializar com o próprio reflexo 


É inverso e boreal 
E se é o certo 


Bem, a mente gosta 
E quer mais 


A chuva a cair fina neve
Mesmo neste ar encharcado de frio


E um raio multicor cai do céu 


Puxa todo este por do sol 
De luzes a mil


Aprofunda em um só ponto
Precisa o saber abrangente


A tomar toda uma superfície 


Precisa ir pro fundo do mar

O pensar perfeito 

Horizonte vertical 
O vértice horizontal 


Ter toda esta pouca verdade de verdade 
E com as ideias, 


ah, brincar

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