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domingo, 14 de fevereiro de 2016

Raciocínio ''lógico'' versus mundo real, a grande falha dos testes ''culturalmente'' neutros e novamente, a grande enfase no intelecto do trabalhador e não do ser humano



Qual é o seu ''qi''**

Eu tenho batido muito nesta tecla e tenho razões muito fortes para insistir neste caminho. 

Os escravos costumavam ser analisados pela qualidade dos seus dentes, que serviam para indicar melhor ou pior saúde para o trabalho.

Hoje em dia, ao invés de mensurarmos o potencial de um trabalhador por qualidades corporais, o fazemos principalmente por meio de testes cognitivos, quer seja na escola ou em exames seletivos para cargos públicos



Estou fazendo alguns exercícios de ''raciocínio lógico'', que são comumente usados em muitos tipos de testes cognitivos e nomeadamente os de ''inteligencia verbal''. Acredita-se que, quem se sai muito bem nestes testes, tenderá a fazer o mesmo em relação ao mundo real, isto é, será ''lógico'' em relação a realidade.

Mas o que é ser lógico em nossos contextos sociais altamente complexos***

Por exemplo

A conformidade ideológica em relação a dinamica social moderna é uma maneira de se ser (contextualmente) lógico!!

È eficiente, é pragmático, é ou pode ser muito vantajoso.....

Mas não é racional porque ser conformista em relação a uma ideologia que for baseada em fantasias e mentiras não será obviamente uma atitude universal ou absolutamente certa... eu diria, racional.

Além do mais, eu duvido que a maioria das pessoas parem para raciocinar reflexivamente sobre as suas ações, porque tendem a faze-lo subconscientemente, resultando numa incompreensão sobre o que se está fazendo, não apenas em relação as ideias equivocadas que internalizam enquanto verdades ou fatos.

O ''culturalmente neutro'', de fato, não está avaliando como que interagimos, abordamos e construímos nossos respectivos sistemas de crenças, fatos e princípios morais. Está avaliando apenas a cognição, como que nossos cérebros costumam funcionar reativamente a uma bateria de exercícios mentais que tem pouco ou nenhuma relevancia para que possa se entender melhor a realidade, o princípio mais importante para um potencial de sobrevivencia bem como também de construção transcendental exponencionalmente harmonica (sabedoria).

Não somos culturalmente neutros, muito pelo contrário, e portanto, avaliar como que o cérebro humano funciona mecanicamente em relação a um apanhado de questões, que pra ser sincero, tendem a ser bem tolas, não irá expressar a(s) inteligencia(s) humana(s) em toda a sua primazia, em seu todo e o mais importante, direcionadas para o mundo real, do ser em direção ao seu ambiente de vivencia... e não apenas em relação ao seu ambiente laboral.


Q.I é a 'inteligencia'' (cognição) de um trabalhador e não de um ser humano, que está completo em suas idiossincrasias bio-existenciais.


Nem lógico, nem racional

Os testes cognitivos não refletem a realidade, cultural, interativa, multidimensional (como aprender a tocar um instrumento, decorar o caminho da casa para o trabalho, aprender como flertar com o sexo oposto ou do mesmo time, como se comportar em certos ambientes, como ser verdadeiramente empático e ''para quebrar a rotina'', fazer coisas boas) do ser humano e (de) por si mesma. Matemática, linguagem, memória e senso de proporção espacial obviamente que existem e interagem uns com os outros no mundo real. Mas essas interações não se darão apenas (obviamente) nos ambientes de trabalho, da escola ou da faculdade, mas a todo momento!!! 

A tentativa de transferencia ou de tradução perfeita (ou quase perfeita) entre acertar a maioria das respostas de raciocínio lógico de um teste cognitivo qualquer e de aplicar esta suposta comprovação conclusiva de superioridade cognitiva em um mundo real, vivido agora, o seu, o nosso mundo, em relação a política, cultura, interações interpessoais, intrapessoais ou autoconhecimento, enfim.... mostra-se extremamente falha.






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