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domingo, 21 de fevereiro de 2016

Mentes formais e mentes filosóficas ou poéticas (vívidas)



Já lhes dei muitos nomes, e sempre gosto de buscar por novos adjetivos que possam revelar novas nuances de suas idiossincrasias bem como também de suas diferenças. 

Formalismos são aspectos definitivos da artificialidade social humana. Os domesticados os aplicam em suas redomas compartilhadas a fim de enriquecer com boas maneiras a brutalidade sutil e disfarçada das civilizações que sustentam. Vivem seus ciclos vitais como trabalhadores e não como seres humanos completos, mediante a perspectiva deste observador que vos escreve. Aderem totalmente às suas identidades laborais enquanto peças fundamentais de suas essências. Acreditam que o trabalho liberta. São regulados e se regulam. Tem como grande certeza o absolutismo da realidade humana. Crentes ou descrentes, preferem o conforto da conveniência ao desafio do gênio e ou do monstro.

Mentes poéticas ou filosóficas vivem vividamente. Reconhecem-se como seres completos em suas vitalidades e vivem-nas sem o compromisso do formalismo. São autênticos, espontâneos, profundos, muitos são narcisistas, egocêntricos, muitos tem talento para a astúcia e para a sabedoria. Cantam como cigarras, não sabem de outras vidas, gostam do metafísico mas não querem pagar pra ver. Amam a vida e por isso são melancólicos. Tudo lhes fascina e horroriza. Se emocionam mas também podem ser bons calculistas. 


O trabalho lhes causa repulsa porque dá trabalho. Muitos são assim mesmo, demasiadamente humanos. Vivem a catarse da vida cheia de véus de mistérios, dor e ignorância reinantes e conscientes desta vil incerteza existencial. Lambem suas feridas como felinos da noite, da lua amiga, em versos de poesia ou num leve desespero de quem tem veias artísticas. Podem ser predadores ou tenros sábios.

 Podem ir direto a fonte das verdades que a mão alcança ou se perder na escuridão de uma fria imaginação, querer mais devaneio do que a verdade em sua combustão, em seu fogo, em sua vida. 

Dizer verdades profundas e até tecer teias de mentiras ricas de malemolência. Podem ser malandros de rua mas disfarçados com óculos e a seriedade de um homem literário.

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